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UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

MAIKON DAVID SILVA KIKUCHI

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ACÚSTICO SEGUNDO A NBR 15575-2013

ARACAJU – SE
2019
UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

MAIKON DAVID SILVA KIKUCHI

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ACÚSTICO SEGUNDO A NBR 15575-2013

Artigo Cientifico Apresentado a Universidade


Candido Mendes – UCAM, com requisito parcial
para obtenção do título de Especialista em
(Engenharia de Estruturas de Concreto
Armado).

ARACAJU – SE
2019
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RESUMO

Diante dos valores elevados tanto dos índices de crescimento populacional quanto das
taxas de ocupação dos grandes centros urbanos, fatores que levam ao aumento da concentração de
pessoas em edificações habitacionais, as quais estão passando então pelo processo de
verticalização, observa-se o surgimento de óbices no que diz respeito ao meio ambiente e à
qualidade de vida e de convívio, especificamente no que diz respeito ao conforto acústico, trazendo
desarmonia aos sistemas de habitação. Tais óbices se devem também aos avanços nas novas
tecnologias, produzindo equipamentos com maiores potências e, portanto, com elevados níveis
sonoros, os quais se anexam às diversas fontes de ruído aéreo e de impacto. Estas particularidades
trazem à tona falhas no quesito conforto acústico das edificações habitacionais em face às referidas
normatizações e legislações vigentes. Desta forma, emerge a importância de determina a partir de
que ponto e em qual espectro de frequência um som em forma de ruído pode ser prejudicial à saúde
humana, tanto na ótica da saúde física quanto da saúde mental, criando dúvidas a respeito da
confiabilidade das habitações modernas e dos procedimentos a serem seguidos para determinar o
seu desempenho. Os fatores de desempenho citados dependem diretamente dos sistemas e
subsistemas de vedação vertical e horizontal, componentes da edificação (incluindo o tipo de laje,
vedação vertical, revestimento, argamassa e também esquadrias utilizadas) bem como da sua
classificação quanto ao local onde está localizada. No presente trabalho, são analisados os diferentes
componentes de uma edificação habitacional disponibilizada por uma construtora, com o objetivo de
determinar, através da NBR 15575, de 2013, se esta atende ou não aos requisitos de desempenho de
cada uma das partes da norma.

Palavras chave: Desempenho acústico. Acústica. Som. Ruído. Norma de


desempenho. NBR 15575. ISO 140. ISO 717.

Introdução

Na antiguidade clássica, ambientes como os teatros Gregos, Romanos e


as cúpulas religiosas eram de evidente importância na formação artística-cultural do
cidadão, bem como na formação de seu caráter de religiosidade e fé. Para tal, uma
das ferramentas a qual se dispunha era o som, em sua forma falada, cantada,
executada através de algum instrumento ou impactada através dos ruídos causados
por encenações artísticas persuasivas.
Fazia-se importante naquele tempo, algo que se prevalece até os tempos
atuais em teatros, cinemas e auditórios, o desenvolvimento da qualidade e
inteligibilidade do som. Este deveria chegar de maneira uniforme aos ouvidos do
público, o qual era disposto de forma a favorecer o melhor aproveitamento da
distribuição das ondas, enquanto o som era amplificado e projetado em suas
direções por meio de reflexões sonoras em paredes e cúpulas, empiricamente
posicionadas.
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Estando até então o valor da acústica meramente relacionado à questão


de condicionamento sonoro, os tempos modernos foram chegando, e com o
desenvolvimento urbano e elevada expansão das metrópoles pode ser observado
aumento na densidade populacional, que veio a gerar a verticalização das
edificações habitacionais, suscitando uma série de problemas de controle de ruídos
e de qualidade ambiental, provocados pela proximidade das habitações umas as
outras e muitas vezes a indústrias e comércios em centros urbanos de diversos
tipos.
Então, por volta de 1960 na Europa, começou a ser desenvolvida uma
série de diretrizes para minimização de tais óbices, através da criação de
metodologias para criação e execução de projetos, bem como desenvolvimento de
materiais com enfoque na melhoria do desempenho de edificações. Tais diretrizes
levaram a criação da ISO 6241 – Performance standards in building – Principles for
their preparation and factors to be considered, no ano de 1984.
“[... ] o desempenho acústico das edificações, em vários países, acabou
se tornando exigência de leis e códigos de obras, tendo em vista seu impacto sobre
a saúde humana.” (PIERRARD; AKKERMAN et al., 2013).
Neste período, tais diretrizes foram definidas como obrigatórias, mas
sempre de acordo com as respectivas conjunturas econômicas do período em cada
país, situação em que merece destaque a desfavorável posição da américa latina e
do Brasil em específico.
A construção civil foi o setor de atividade mais atingido pela
estagnação da economia, afetado pela paralisação das obras
públicas e pela falência do Sistema Financeiro de Habitação. Em
números absolutos, a construção civil teve menor emprego formal em
1989 do que em 1979. (BALTAR, 1993).
O país localizado na América do Sul, na segunda metade da década de
80, estava passando por uma fase de racionalização de recursos para construção
civil, principalmente para edificações habitacionais, cujo uso não era público-
coletivo.
A partir da década de 70 consolidou-se no Brasil a busca, entre as
propostas formuladas para o setor da construção, da racionalização
da construção. Este conceito é tido como algo intermediário entre a
maneira tradicional de se construir e a construção industrializada,
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que requeria uma mudança brusca na maneira de se construir.


Procura-se, portanto, reduzir a ocorrência de erros, minimizar perdas
e diminuir tempos ociosos, aumentando a produtividade, através da
antecipação das atividades nas fases de projeto e planejamento.
(BENTES apud FARAH, 2002).
A redução de custos causou forte desenvolvimento de aspectos de
desempenho, ao passo em que buscou maximização de resultados no
desenvolvimento de seus elementos tecnológicos.
Porém a indústria da construção civil brasileira apresenta um atraso
muito grande se comparada a outros setores da economia,
principalmente pelos processos e produtos tradicionais que
incorporam em sua essência métodos construtivos já ultrapassados
em países desenvolvidos. (BENTES, 2002).
E enquanto para o lado econômico a racionalização é tão importante,
ressalta-se que tais estudos devem ser feitos de forma extremamente cuidadosa. Do
ponto de vista do desempenho acústico, paradoxalmente tais tecnologias trouxeram
deterioração aos aspectos de conforto e desempenho, trazendo problemas com
soluções complicadas e onerosas.
Mesmo cientes desses problemas e, por muitas vezes, vítimas deles,
os profissionais de arquitetura e engenharia têm negligenciado os
aspectos acústicos nos projetos de urbanismo e de edificações,
causando uma série de transtornos e insatisfação em seus usuários.
(OLIVEIRA; ALBUQUERQUE; CARVALHO, 2009).
Estas questões atingem diretamente o conforto pessoal do homem nas
dependências da edificação, trazendo complicações de saúde de ordem física e
mental, bem como queda de produção no ambiente corporativo, déficit de atenção,
entre outros problemas a serem citados e explanados no decorrer deste trabalho.

Fundamentação teórica

Buscando melhor assimilação do tema proposto, em todos os elementos,


partes analisadas e definições exibidas, procurou-se na bibliografia assuntos
relativos ao saber dos vários campos definidos como necessários à clareza geral.
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Sistemas de vedação

O componente essencial para estudo do nosso trabalho é o sistema de


vedação. Composto por sistema de vedação vertical e sistema de vedação
horizontal, merece tópicos específicos para explanação.

Sistema de vedação vertical

Segundo Franco (1998), a vedação vertical é o subsistema que tem como


principais funções compartimentar a edificação e propiciar aos ambientes
característica que permitam o adequado desenvolvimento das atividades para as
quais eles foram projetados. Constitui-se, além dos vedos, que definem a tecnologia
de produção e são os principais responsáveis pelo desempenho global da vedação
vertical, dos revestimentos e das esquadrias existentes sobre as paredes.
O autor diz ainda que a vedação como um sistema está associado ao
cumprimento dos requisitos de desempenho: segurança estrutural, isolação térmica,
isolação acústica, estanqueidade, segurança ao fogo, estabilidade, durabilidade,
estética e economia.
O vedo mais comum, utilizado no Brasil, é realizado através da alvenaria
de blocos cerâmicos, mas diversas outras opções podem ser utilizadas, como por
exemplo, fechamento em drywall [...] (MARQUES, 2013).

Vedação vertical interna

Sabbatini (1997), define como vedação vertical o subsistema do edifício


constituído por elementos que compõem e fazem parte dos ambientes internos, e
fornecem proteção em sua lateral contra os agentes patogênicos.
Com os avanços e novas descobertas de materiais, muitos dos produtos
acabam se inovando, e com a alvenaria não é diferente. Sendo ela composta de
materiais de alta tecnologia que oferecem maior resistência, leveza e um menor
custo, além de apresentarem elevada resistência ao tempo e aos fatores
patogênicos. Os elementos que formam a alvenaria de vedação possuem cada um,
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características próprias, porém são independentes, mas interagem entre si


(TRAMONTIN, 2005).
Alvenaria: segundo (SABBATINI, 1984), a alvenaria é caracterizada por
ser um subsistema das etapas da obra, onde é o resultado da união de seus
componentes (tijolos ou blocos) através de juntas de argamassa, onde após a
secagem forma um conjunto rígido e coeso.
Revestimento: de acordo com a NBR 13529 – ABNT (1995) é o
recobrimento de uma superfície lisa ou áspera com uma ou mais camadas
sobrepostas de argamassa, em espessura normalmente uniforme, apta a receber
um acabamento final.
Gesso liso desempenado: de acordo com Alves (2010), o gesso é um
material muito utilizado em construção devido às suas propriedades de aderência. A
sua maleabilidade faz da argamassa deste ligante um bom material para a execução
de pormenores decorativos em paredes e tetos, assim como fazer o estuque que
reveste as paredes.
Massa: tipo de revestimento de alta consistência, próprio para proteger,
preencher frestas e nivelar superfícies (NBR 15156, 2004).
Pintura: processo de proteção de uma superfície pela aplicação de tintas
(produto líquido, pastoso ou em pó, com propriedades de formar película após
secagem ou cura, composto por uma mistura formada de resinas, pigmentos,
solventes, cargas e aditivos) (NBR 15156, 2004).

Vedação vertical externa

A vedação vertical externa, também denominada de vedação fachada, ou


simplesmente fachada, pode ser entendida como sendo um subsistema do edifício
constituído por elementos que compartimentam e definem os ambientes internos dos
externos, controlando a ação de agentes indesejáveis, sendo, portanto, o invólucro
do edifício. Dessa forma, as esquadrias e o revestimento são partes da vedação de
fachada. Porém, do ponto de vista construtivo, os revestimentos são, em alguns
casos, considerados separadamente, em função da sequência de execução dessas
atividades no conjunto dos serviços (SABBATINI et al. 1998).
O organismo internacional CTBUH - Council on Tall Buildings and Urban
Habitat (1995 apud MEDEIROS; 1999 apud SABBATINI; REIS, 2013) considera que
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a fachada de um edifício tem uma relação marcante com o meio ambiente urbano e
envolve valores sociais importantes, tipificando e caracterizando a sociedade, suas
aspirações e até grau de prosperidade.
Os revestimentos das fachadas cumprem um papel importante no
desempenho das vedações verticais dos edifícios. Contribui na
estanqueidade, no isolamento termo-acústico das vedações verticais
e na estética do edifício entre outras funções. (QUEIROZ, 2007).
A NBR 13816 - Placas cerâmicas para revestimento – Terminologia
(ABNT, 1997) define revestimento cerâmico como sendo o conjunto formado pelas
placas cerâmicas, pela argamassa de assentamento e pelo rejunte. (REIS, 2013).
Pastilhas cerâmicas: são materiais de louça, empregados para
revestimentos de paredes e nos pisos. (WILLIAM, 2012).

Sistema de vedação horizontal

De acordo com a nomenclatura adotada, as vedações horizontais são


definidas como atividades realizadas com objetivo de revestir os planos das
construções quer sejam internos ou externos. São executados na posição horizontal
em posição superior destinados aos tetos ou inferior para os pisos, sendo de grande
importância, pois têm influência direta no fator de habitalidade das construções
(ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - DEPARTAMENTO
DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL, 2002).

Laje nervurada

Segundo o item 14.7.7 da NBR 6118 (2003), lajes nervuradas são as lajes
moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração para
momentos positivos está localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado
material inerte (material mais leve, sem função estrutural, como placas de EPS,
elementos cerâmicos, entre outros).
A laje nervurada representa uma grande evolução nas estruturas de
concreto armado. Parte desse avanço aconteceu, principalmente, devido ao
desenvolvimento de programas computacionais para análise de projetos estruturais,
que permitiram que o conjunto composto pela interação de lajes nervuradas e vigas
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fosse tratado como uma única estrutura em grelha, retratando de maneira mais
precisa o seu comportamento ante aos esforços solicitantes. O resultado desse
progresso tecnológico é a eliminação das restrições provenientes da utilização de
processos simplificados para o seu dimensionamento (CARVALHO e FIGUEIREDO
FILHO, 2004).

Contrapiso

Contrapiso: Segundo a BS 8204 [03]: “O contrapiso consiste de camada


(s) de argamassa ou enchimento aplicada (s) sobre laje, terreno ou sobre uma
camada intermediária de isolamento ou de impermeabilização. ” Sua definição é
fundamental determinar os processos envolvidos de forma direta no seu
desempenho, dando ênfase a sua função e finalidade, as propriedades e suas
características; a base em que vai ser aplicada; o tipo de cerâmica que irá receber; o
tipo de solicitação que será recebida; as técnicas de execução; e os materiais que
serão utilizados na produção da argamassa.

Forro de gesso

Na construção civil, o emprego do gesso divide-se em dois grupos


básicos: para fundição e para revestimento. O gesso para revestimento é
empregado para revestir paredes e tetos de ambientes internos e secos. Gesso para
fundição, é o material empregado na fabricação de pré-moldados como peças para
decoração, placas para forro, blocos de gesso reforçados ou não com fibras e
chapas de gesso acartonado (drywall), utilizados para fazer divisórias e forro (JOHN,
2000) citado por Munhoz (2008)).
De acordo com Baltar et al. (2005), da NBR – 13207: Gesso para
Construção Civil, de outubro de 2004 tem a definição de gesso como: “Material
moído em forma de pó, obtido da calcinação da gipsita, constituído
predominantemente de sulfato de cálcio, podendo conter aditivos controladores de
tempo de pega”.
Como sistema de vedação horizontal, o gesso pode ser empregado na
execução de forros, contribuindo para o acabamento e para o desempenho da
habitação.
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Som X Ruído

O assunto abordado envolve um ponto bastante importante: a


compreensão da diferença entre som e ruído. Devemos saber com o máximo de
rigor possível, ainda que seja um assunto bastante relativo, quando uma onda
sonora deixa de ser agradável, simplesmente um som, e passa a ser um ruído
desagradável. Ver figura 1:

Figura 1 – Música x Ruído

Fonte: DUARTSTUDIO, 2019.

Som

Áudio, palavra que existe em Português e em muitas outras línguas,


vem do Latim audio, primeira pessoa do presente do verbo audire,
que significa ouvir. Então, Áudio quer dizer “ouço”. No sentido
técnico, entende-se por Áudio qualquer fenômeno no qual ocorram
de 20 a 20 mil ondas por segundo. O ouvido humano é capaz de
perceber sons que contenham números de ondas por segundo
dentro dessa faixa (VALLE, 2009).
Ainda segundo Valle (2009), as ondas de áudio podem aparecer em três
meios diferentes: nos corpos sólidos, sendo chamadas de vibração; nos circuitos
elétricos, sendo chamadas de sinal de áudio; e finalmente no ar, sendo chamadas
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de SOM, que nada mais são do que variações na pressão do ar, acima e abaixo da
pressão atmosférica.
De acordo com Méndez (1994), essas variações de pressão são
conhecidas como “pressão sonora”.
Dessa forma, então, podemos dizer que o som é o resultado das
vibrações dos corpos elásticos, quando essas vibrações se encontram em
determinados limites de frequência. Essas vibrações são mais ou menos rápidas e
recebem o nome de vibrações sonoras, as quais se propagam com velocidade
uniforme em todas as direções, se a propriedade elástica do meio for igual e
constante em todos os sentidos. (COSTA, 2013).
De forma simplificada, Souza; Almeida e Bragança (2012) definem som
como um fenômeno que tem origem na vibração de um objeto, que provoca vibração
de partículas do meio, tornando possível que ocorra a captação por parte do ouvido
humano. Além disso, segundo o mesmo autor, quando se fala em “partículas do
meio”, para a construção civil, esse meio refere-se basicamente ao ar e aos
materiais de construção.
Cientificamente, se sabe que o som se comporta como uma
onda, ou conjunto de ondas distintas. Sabe-se também que
este possui algumas características intrínsecas chamadas de
qualidades fisiológicas do som. São elas, a intensidade, a
altura e o timbre. Tais características são as responsáveis pela
possibilidade de distinção entre os sons. (COUTO, 2006).
Assim, para o perfeito entendimento do tema tratado, faz-se necessário o
conhecimento de tais características, as quais serão, portanto, tratadas em tópicos
específicos dispostos na sequência.

Propagação do som

De acordo com Halliday (1996), a propagação sonora só ocorre através


de matéria que componha um meio, podendo ser este gasoso, líquido ou sólido.
Através deste meio, a sua trajetória produz força friccional, a qual faz com que a
amplitude do som produzido diminua com o tempo e com a distância da fonte
sonora. Caso não exista nenhum obstáculo no caminho percorrido pela onda, algo
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que dificulte sua passagem bloqueando-a, temos denominada uma transmissão em


campo livre.
[...] ao aplicar pressão às moléculas próximas ao gerador (fonte
sonora), estas se deslocam, transmitindo, por meio de forças
elásticas, o seu movimento para as moléculas mais próximas, e
voltam à posição de equilíbrio (ver figura 2). Então, se admitirmos as
moléculas como fixas no espaço, teremos que as mais próximas da
fonte executam movimento de vaivém, transmitem às seguintes e
assim, sucessivamente até que o som atinja grandes distâncias,
sendo atenuado por absorção e sua transformação em calor.
(NEPOMUCENO, 1977).

Figura 2 – Representação da propagação do som no ar.

Fonte: NEPOMUCENO, 1977. P. 26, modificado.

Conforme o meio [...], varia a velocidade de propagação do som, ou


seja, a velocidade com que as ondas se deslocam. Em um meio mais
denso, a velocidade aumenta. Nos sólidos e nos líquidos, a
velocidade depende da densidade do material e da temperatura,
sendo sempre superior à velocidade no ar. No ar, a velocidade
depende da temperatura e da pressão. (VALLE, 2009).
Segundo Nepomuceno (1977), para calcular a velocidade de propagação
do som no ar, precisamos da densidade e da pressão. Sendo sua fórmula
matemática:
C² = 1,4 Pat/ ρ (m/s) ²
Onde:
C é a velocidade de propagação do som no ar;
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Pat é a pressão atmosférica em N/m²;


ρ é a densidade do ar em kg/m³;
1,4 é a razão do calor específico à pressão constante pelo calor específico a volume
constante.
Valle (2009), propôs uma fórmula alternativa para cálculo da velocidade
do som no ar ao nível do mar:
C = 20,06*(T+273) ^ (1/2) (m/s)

Onde:
C é a velocidade de propagação do som no ar;
T é a temperatura em graus Celsius;

Frequência

A frequência é o número de ondas por segundo, a quantidade de vezes


que estes ciclos se repetem por um determinado tempo. Sua grandeza é medida em
Hertz (Hz). (BRESSANE et al, 2010).
[...] a altura, se refere à frequência com que essas oscilações
ocorrem. Quanto maior o número de oscilações por unidade de
tempo, ou, de forma mais simples, quanto maior a frequência, mais
alto (agudo) é o som. Em contrapartida, o som será mais baixo
(grave) quanto menor for sua frequência. Interessante é o fato de que
o ser humano apenas consegue perceber (e, por consequência,
distinguir) sons de frequências entre 20 Hz e 20000 Hz, por maior
que sejam suas respectivas intensidades. Sons de frequência abaixo
do limite inferior e acima do limite superior são, respectivamente,
chamados infrassons e ultrassons. (COUTO, 2006).
Atrelado ao conceito de frequência, temos ainda dois simples, mas
importantes tópicos: período e comprimento de onda, dos quais não se poderia falar
antes de entender o que é velocidade do som e como ele se propaga.
Enquanto frequência é a quantidade de ciclos em 1 segundo (hertz, como
explicado anteriormente), o Período é exatamente o inverso da frequência (VALLE,
2009). Isso significa dizer que o período da onda equivale ao tempo em segundos
que esta onda leva para realizar 1 ciclo, expresso em segundos.
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Em relação à onda sonora, se for considerada, ainda, a distância


entre duas vibrações sucessivas a partir de uma fonte, ou seja, a
distância que o som percorre em cada ciclo completo de vibração,
obtém-se uma característica de importância fundamental para o
desempenho acústico de um ambiente: o comprimento de onda.
Essa grandeza física do som caracteriza seu comportamento perante
as superfícies, revelando se a superfície tem dimensões adequadas
para que ocorra a distribuição sonora desejada para o ambiente.
(SOUZA; ALMEIDA; BRAGANÇA, 2012).
Portanto, segundo Ramalho (1999), o comprimento de onda λ é
percorrido pela onda no período T. Sendo a velocidade v igual à variação de
deslocamento pela variação de tempo, a velocidade pode ser escrita como:
v = λ / T ou v = λ * f

Intensidade do som

Intensidade do som é a quantidade de energia contida no movimento


vibratório. Isso se traduz em uma maior ou menor amplitude na vibração ou na onda
sonora. A intensidade do som é medida por meio de potência sonora, propagada por
unidade de superfície. Sob este ângulo o som toma o nome de intensidade
energética (GERGES, 1988).
Amplitude pode ser definida como a energia que atravessa uma área
num intervalo de tempo, ou a força exercida pelas partículas
materiais sobre a superfície na qual incidem. A amplitude relaciona-
se à intensidade sonora, sendo um dos processos físicos utilizados
na medida desta juntamente com a pressão efetiva e a energia
transportada pelo som, permite classificar o som em uma escala de
fraco a forte. (MEDEIROS, 1999).
Plaza (2011) diz ainda, de forma mais direta e simplificada, que amplitude
equivale aos valores máximos e mínimos de pressão atingidos no período, ou seja,
amplitude representa a variação de pressão. A figura 3 mostra a representação
gráfica de uma onda.

Figura 3 – Representação gráfica de uma onda


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Fonte: VALLE, 2009. p. 9.


“O som originário de uma fonte ideal, puntual (infinitamente pequena), se
espalha igualmente em todas as direções do espaço – portanto esta seria uma fonte
sonora de radiação esférica. ” (VALLE, 2009).
Dessa forma podemos notar que, assim como de acordo com De Marco
(1982), a intensidade sonora num ponto e numa direção é determinada como a
quantidade de energia transportada pela onda sonora por unidade de superfície
normal à direção da onda. É a energia dos movimentos vibratórios que é medida em
(W/m²), sendo sua fórmula matemática:

I = W/4πd² (W/m²)

Onde:
d é a distância entre o ponto a ser considerado e a fonte;
W é a potência sonora da fonte;
I é a intensidade sonora.

Decibel

Se temos uma lâmpada, digamos, de 60 watts, acesa, e fazemos


acender junto uma outra igual, o ambiente não parecerá duas vezes
mais claro, embora evidentemente tenhamos o dobro da luz: ficará
um pouco mais claro. Se estamos segurando um peso de meio quilo
e o trocamos por outro de um quilo, este nos parecerá um pouco
mais pesado, mas não duas vezes mais pesado. Se aumentarmos
para o dobro a potência de um equipamento, o som parecerá
ligeiramente mais alto. Se formos aumentando o volume até
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sentirmos “o dobro” do som, teremos aumentado dez vezes a


potência! (VALLE, 2009).
Sons de frequência constante, cujas intensidades físicas variam em
progressão geométrica, produzem sensações cujas intensidades subjetivas variam
em progressão aritmética (FERNANDES, 2002). Isso significa dizer que as
percepções do corpo são transformadas dos nossos órgãos de sentidos para o
cérebro forma não linear.
A faixa de pressão que provoca a sensação auditiva é larga, pois
enquanto o limiar de audição corresponde a 0,00002 N/m², o limiar
da dor é considerado como 200 N/m². Na prática, além de essa
escala ser de difícil manuseio, a percepção que o ouvido apresenta
para a pressão sonora ou para a intensidade sonora corresponde a
uma resposta não-linear, ou seja, dobrando o seu valor, o ouvido não
irá perceber o som como sendo duas vezes mais intenso. (SOUZA;
ALMEIDA; BRAGANÇA, 2012).
Segundo Gerges (2000), um valor de divisão adequado a esta escala é
log10, também chamado Bel.
Porém, logo se percebeu que o uso do bel era um pouco inconveniente,
produzindo números muito pequenos. Era como expressar o comprimento
de uma folha de papel em metros: muitas vezes, o resultado seria um
número menor que 1. Adotou-se, então, um submúltiplo do bel, o decibel,
igual a 0,1 bel. Muito mais prático e intuitivo, o decibel, abreviado dB, é
usado no mundo inteiro, inclusive fora do áudio. (VALLE, 2009).
1 Bel = 10 dB
Vale lembrar que o Decibel é uma grandeza subjetiva, dependendo de
dois valores de intensidade, representando, portanto, variações de pressão, e não
valores absolutos. Dessa forma, segundo Souza; Almeida e Bragança (2012), o nível
de uma grandeza em decibel é definido como o logaritmo decimal da razão entre os
valores medidos e os valores de referência:
L (G) = K log (G/Go) (dB)
Onde:
L (G) é o nível da grandeza G;
K é constante;
G é o valor medido;
Go é o valor de referência.
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Espectro de frequência audível

A resposta de frequência, ou seja, a capacidade de ouvir uma grande


extensão de frequências do ouvido é notável, chegando nas pessoas
jovens a cobrir uma faixa de 1:1000, ou seja, de 20Hz até 20kHz. No
entanto, a sensibilidade do ouvido não é a mesma para todas as
frequências. E mais, essa variação depende tremendamente do nível
sonoro. A níveis altos, a resposta é bem mais plana (constante com a
frequência) do que a níveis baixos. (VALLE, 2009).
Tudo que é audível ao ouvido humano está compreendido entre o limite
mínimo e máximo. Méndez (1994) afirma que a intensidade de um som, para o
ouvido humano, depende do valor que tenha sua pressão sonora. Para nós, o
mínimo som audível tem uma pressão na ordem de 20 μPa em 1 KHz, denominada
“limiar da audição”. O “limiar da dor” é uma pressão sonora superior, sendo ela 20
Pa.
Na gama audível, a sensibilidade do ouvido varia. A sensibilidade é
máxima para sons de frequências compreendidas entre 500 e 5000 Hz e atenua-se
fortemente nas frequências baixas (ALMEIDA, 2007).
Segundo Valle (2009), as curvas de Fletcher e Munson (ver figura 4)
foram obtidas extraindo a média da sensibilidade relativa à frequência de um grande
número de pessoas de audição normal. Elas mostram o nível de pressão sonora
(SPL = Sound Pressure Level) necessário para que, em várias frequências, se tenha
a mesma sensação de volume de som que em 1kHz.

Figura 4 – Curvas de Fletcher e Munson


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Fonte: VALLE, 2009. p. 48.

O nível de 20dB corresponde a um estúdio bem silencioso. Tomando


a curva de 20dB (em 1kHz) como exemplo, vemos que, para termos
a sensação do mesmo volume a uma frequência bem grave de 50Hz,
precisamos de um SPL de aproximadamente 53dB - ou seja, 33dB
mais forte. Fazendo as contas, o resultado impressiona: é preciso 2
mil vezes mais potência sonora em 50Hz, para ouvir o mesmo
volume aparente! Já em 10kHz, precisamos de 30dB-SPL, ou seja,
10 vezes mais potência sonora. (VALLE,2009).

Composição do som

“Um som constitui-se de uma série de sons concomitantes: os harmônicos


superiores. [...] a série de sons resultante é sempre composta pelos constitutivos
essenciais de um som fundamental e pelos seus afins. ” (SCHOENBERG, 2002).
Se dois sons possuem mesma intensidade e frequência, ainda assim
é possível a distinção, desde que não possuam mesmo timbre. O
som de um instrumento melódico ou harmônico, como o violão, por
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exemplo, é na verdade formado pela junção de vários sons (ondas


de freqüências diferentes), ou várias “ondas sonoras primitivas”.
(COUTO, 2006).
Isso quer dizer que os sons geralmente possuem mais de uma
frequência. Então, o espectro de frequência audível é o conjunto diversos sons
parciais, partindo de um som fundamental, segundo uma relação
frequência/amplitude.

Ruído

Em 1978, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)


definiu ruído como sendo um fenômeno acústico dissonante ou
anárquico, aperiódico e indesejável; mistura de sons cujas
frequências diferem entre si por valor inferior à discriminação em
frequências da orelha. O ruído é uma onda sonora aperiódica e,
sendo assim, é muito difícil ou quase impossível prever a forma da
onda em um intervalo de tempo, a partir do conhecimento de suas
características, durante outro intervalo de tempo de igual duração. O
movimento vibratório de uma onda aperiódica como o ruído ocorre ao
acaso, é aleatório e, por esta razão, imprevisível. (MELLO, 1999 apud
ALMEIDA et al.,1995)
Para Medeiros (1999), o ruído é um tipo de som de natureza esparsa,
cujo espectro não exibe componentes de frequências distintos. É difícil definir com
precisão o ruído, qualquer som pode molestar, ser desagradável ou irritante quando
o ouvinte se encontra mal preparado, física ou mentalmente.
A ISO 2204 (1979) diz que a característica de um ruído pode ser definida
pelo seu espectro de frequência, sua variação de amplitude com o tempo e as
características do campo sonoro. Muitos ruídos tem um espectro contínuo, fazendo
com que a energia sonora seja distribuída quase uniformemente em grande parte
dos limites de frequência audíveis. Em outros casos, tons discretos são audíveis no
ruído.
Segundo Medeiros (1999, apud FELDMAN & GRIMES, 1985) os ruídos
podem ser classificados segundo a variação do seu nível de intensidade com o
tempo em: ruído contínuo (com variações de níveis desprezíveis); ruído intermitente
(cujo nível varia continuamente de um valor apreciável); ruído de impacto e de
18

impulso (apresenta-se em picos de energia acústica de duração inferior a um


segundo).

Influência do ruído no corpo humano

Quando o ouvido recebe sons fortes, os músculos que sustentam os


ossículos se contraem, reduzindo seu movimento e diminuindo
temporariamente a sensibilidade do ouvido. É por isso que ficamos “meio
surdos” depois de ouvir um ruído muito forte. O abuso permanente dos
ouvidos, ou seja, sua exposição a sons fortes durante muito tempo, acaba
por enrijecer permanentemente o ouvido médio, levando a vítima à surdez.
(VALLE, 2009)
Principais consequências do ruído:
É muito comum observar em ambientes barulhentos, duas pessoas
conversando com a boca próxima ao ouvido da outra. Se utilizasse o
mesmo tom de voz como em um ambiente de uma biblioteca, por exemplo,
ficaria muito difícil de se conversar. Então é normal que nessa situação se
aumente o tom de voz, sendo isso prejudicial não só as cordas vocais que
tencionam para que a outra pessoa ouça, mas também o ouvido de quem
está escutando. Pesquisas eletroencefalográficas apresentam alterações,
demonstrando que ruídos, mesmo de fraca intensidade, provocam o
chamado complexo “K”, ou seja, a passagem temporária de um estado de
sono profundo para outro mais leve. Sabe-se também que o barulho
perturba o sono REM, sem acordar o indivíduo, mas causando irritabilidade,
cansaço e dificuldade de concentração. Como consequência de um sono
“mal dormido”, acaba sendo refletido no trabalho, na falta de vontade de
fazer os afazeres cotidianos, gerando estresse e mal-estar.
São relatados pela maioria dos autores, uma extensa série de sintomas
comportamentais. São eles: mudanças na conduta e no humor, falta de
atenção e concentração; inapetência, cefaleia, redução da potência sexual,
ansiedade, depressão, cansaço, estresse, nervosismo, fadiga mental,
frustração, irritabilidade, mau ajustamento em situações novas, e conflitos
sociais entre pessoas expostas ao ruído. (Seligman,1993).
De acordo com Gomez (1983), em alguns casos pode ocorrer a
diminuição do peristaltismo (movimentos necessários para processamento e
digestão dos alimentos) e da secreção gástrica, com aumento da acidez do
estômago, seguido de enjoos, perda de apetite, dores epigástricas, gastrites e
úlceras.
19

Na Figura 5, mais consequências que a exposição a ruídos pode


proporcionar:

Figura 5 – Efeitos negativos do ruído

Fonte: ACITAL, 2019.

Fontes de ruído

Para que se entenda a questão do isolamento ao ruído, recomenda-se


compreender os diferentes fenômenos de transmissão e origem do mesmo. Para tal,
a leitura dos tópicos do item 2.3 se faz totalmente proveitosa.
Ruído aéreo

Segundo a Associação Brasileira para a Qualidade Acústica (2019), o


ruído aéreo é aquele que tem sua origem no ar e se transmite através do piso e
paredes do prédio entre os distintos ambientes. Os exemplos mais comuns de ruído
aéreo em prédios são as conversas, música ou TV (ver figura 6).

Figura 6 – Ruído Aéreo


20

Fonte: ACUSTICAYSONIDO, 2019.

Ruído de impacto

O ruído de impacto é aquele que se produz por impactos ou atritos sobre


o piso de nosso vizinho de cima e se transmite através dos elementos estruturais do
edifício para os diferentes ambientes. Alguns exemplos são pessoas caminhando de
salto, arraste de móveis, o bater uma bola (ver figura 7). (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA PARA A QUALIDADE ACÚSTICA, 2019).

Figura 7 – Ruído de Impacto

Fonte: MEHTA, 1999.


21

Isolamento e condução acústica

Agora que já são conhecidos os tipos de ruído e sua transmissão,


caracterizações de isolamento e condução para cada espécie serão citadas. O
entendimento geral de tais itens dá luz ao tema proposto.

Isolamento ao ruído aéreo

Segundo Rougeron (1977), o isolamento acústico ao ruído aéreo é um


conjunto de medidas que ao serem aplicadas, opõem-se à transmissão sonora. O
autor dá exemplos dos meios de transmissão da energia sonora de um ambiente a
outro:
a) Através do fechamento que os separam, esta por via direta;
b) Pelas paredes e fechamentos adjacentes, quando o isolamento próprio é
insuficiente. Esta é uma via indireta de transmissão;
c) Através de dutos e canalizações que passam pelos locais, esta é outra forma
indireta de transmissão.
d) De acordo com Patricio (2003), as ondas sonoras que incidem sobre os
elementos de construção (paredes e pavimentos), submetem estes a forças
normais cuja amplitude e sentido podem variar em dado momento, de um ponto
para outro.
e) Sendo em um local mais distante da fonte sonora por uma parede ou pavimento,
o ruído sentido será o resultante do movimento do elemento de separação e dos
demais elementos do local ligados com aquele.

Isolamento ao ruído de impacto

O som de impacto (percussão) é o resultado de um choque sofrido


diretamente sobre um elemento de compartimentação qualquer, podendo, por causa
da rigidez das ligações existentes ao longo do edifício, propagar-se com grande
facilidade através de toda a malha definidora dos espaços de utilização,
estabelecendo campos sonoros, eventualmente intensos, em compartimentos
razoavelmente afastados do local de origem da excitação (PATRÍCIO, 2003).
22

Méndez et al. (1994) cita que usualmente as estruturas dos edifícios não
possuem uma dureza suficiente para proporcionar uma vedação adequada ao ruído
de percussão ou impacto. Sendo assim, é necessário seguir os meios construtivos
diferenciados a fim de garantir um bom desempenho.

Normas e legislação

De acordo com a NBR 15575 (2013), existem etapas para a atenuação


acústica dos ruídos de impactos aplicados às lajes de piso e para a isolação ao som
aéreo dos pisos e do envelope da construção (fachadas e coberturas). Além disso,
existe a necessidade de isolar paredes que dividem as áreas privativas das áreas
comuns.
A NBR 10152 - Níveis de ruído para conforto acústico, que existe
desde 1987, estabelece os níveis de ruído máximos admissíveis nos
ambientes segundo o tipo de uso. Mas nosso mercado de construção
civil nunca buscou atendê-la com soluções que pudessem alcançar
estes níveis lá estabelecidos.
A NBR 15575 diz que a partir desses níveis admissíveis previstos na
NBR 10152, os níveis de desempenho que os sistemas construtivos
devem ter para atenuar a transmissão dos ruídos gerados externa e
internamente nas edificações habitacionais.
Conforme definido nas incumbências dos intervenientes previstos na
NBR 15575, cabe aos fabricantes de sistemas construtivos de
vedações internas (paredes de alvenaria, drywall, etc) ou externas
(paredes de alvenaria, chapas cimentícias, painéis pré-moldados,
esquadrias de dormitórios e portas de entrada, que tenham um hall e
parede de geminação com outra unidade) apresentar ao projetista e
ao empreendedor o desempenho de seus sistemas quando medidos
em laboratório. E cabe ao empreendedor analisar estes dados
quanto à capacidade de atenderem a condição de desempenho em
campo exigida do incorporador/construtor. (MANUAL
PROACUSTICA – NORMA DE DESEMPENHO, 2013).
A NBR 10.151 (2000) tem como alvo fixar condições que são exigíveis
para a avaliação da aceitabilidade do ruído em comunidades. Sendo assim, essa
23

Norma é caracterizada pelo método específico, buscando padronizar o sistema de


análise da acústica em ambientes.

Tabela 1 – Nível de pressão sonora permitido pela NBR 10.151.

TIPOS DE ÁREAS DIURNO NOTURNO


Áreas de sítios e fazendas 40 35
Área estritamente residencial, urbana, de hospitais ou de
50 45
escolas
Área mista, predominantemente residencial 55 50
Área mista, com vocação comercial e administrativo 60 55
Área mista, com vocação recreacional 65 55
Área predominantemente industrial 70 60
Fonte: ABNT, 2000.

Para avaliar o desempenho, a norma 15575 (2013) permite a realização


de dois métodos: o método de controle, não muito preciso, com grandes incertezas
nos resultados finais, sendo prejudicial na hora de avaliar e o método de avaliação
pela engenharia, mais preciso na hora de avaliar o que a norma pede.
A determinação através do método do controle, menos preciso que o
método da engenharia, resulta em uma estimativa do isolamento sonoro aéreo da
vedação externa (conjunto fachada e cobertura no caso de serem casas térreas e
sobrados, e as fachadas nos conjuntos verticais multipisos) e também dos
ambientes internos. A norma recomenta que este método seja utilizado em situações
em que não se tem os instrumentos necessários para a medição do tempo de
reverberação ou em condições onde o ruído de fundo não permite a obtenção
destes parâmetros. Este método é descrito na ISO 10052, onde os resultados finais
restringem-se somente a medições efetuadas.
Seus resultados são expressos em dB, onde adota-se o símbolo:
D2m,nTw – Diferença padronizada de nível ponderada a 2m (weighted
standardlzed level difference at 2m), sendo as medidas tomadas a 2 metros do
elemento que se está analisado. (ISO 10052, 2004)
Segundo a ISO 140-5, a determinação do método da engenharia difere do
método anterior pela forma rigorosa e mais precisa do isolamento sonoro aéreo da
vedação externa (conjunto fachada e cobertura no caso de serem casas térreas e
sobrados, e as fachadas nos conjuntos verticais multipisos).
24

Além disso, é determinado também de forma rigorosa o isolamento aéreo


de pisos e paredes entre unidades autônomas e entre unidade e em áreas comuns,
sendo ele direto quando refere-se ao comportamento acústico do sistema (ISO 140-
4).
Seus resultados são expressos em dB, onde adota-se o símbolo:
DnT,w – Diferença padronizada de nível ponderada (weighted standardlzed level
difference). (ISO 140-4).
A metodologia para avaliar o atendimento dos limites de desempenho
de isolamento ao ruído aéreo e de isolamento ao ruído de impacto
consiste em medições acústicas conforme procedimentos
padronizados especificados em normas internacionais. A norma de
desempenho permite a realização das medições por dois métodos,
com procedimentos diferentes: engenharia e controle. A precisão do
método de controle é inferior, com maiores incertezas nos resultados
que podem conflitar na hora de avaliar o atendimento à norma. Por
isso, se recomenda a realização das medições pelo método de
engenharia. (NBR 15575, 2013).
De acordo com a NBR 15575 (2013), existem etapas para a atenuação
acústica dos ruídos de impactos aplicados às lajes de piso e para a isolação ao som
aéreo dos pisos e do envelope da construção (fachadas e coberturas). Além disso,
pode existir a necessidade de isolar paredes que dividem as áreas privativas das
áreas comuns.

Instalações, equipamentos prediais e sistemas hidrossanitários

De acordo com a NBR 15575-1 e a NBR 15575-6 são estabelecidos


limites de níveis de ruídos nos dormitórios para instalações e equipamentos prediais,
sendo também aplicado para sistemas hidrossanitários, classificando-os em três
tipos de níveis de desempenho informativo, mínimo (M), Intermediário (I) e Superior
(S).
Existem requisitos tanto para os ruídos integrados durante um
período de tempo correspondente ao ciclo de operação do
equipamento (LAeq, nT) como para os níveis sonoros máximos
produzidos instantâneos (LASmax, nT). Recomenda-se que sejam
25

observados simultaneamente para atender a um nível de


desempenho. (MANUAL PROACUSTICA – NORMA DE
DESEMPENHO, 2013).

Tabela 2 – Níveis de pressão sonora permitido pela NBR 15575.


DESCRIÇÃO PARÂMETRO NÍVEL dBA NÍVEL DE DESEMPENHO
Nível de ≤ 37 Mínimo
pressão ≤ 34 Intermediário
Laeq, nT
sonora ≤ 30 Superior
equivalente
Nível de ≤ 42 Mínimo
pressão ≤ 39 Intermediário
LASmax,nT
sonora ≤ 36 Superior
máximo
Fonte: MANUAL PROACUSTICA, 2013.

A forma de medição de cada método está especificada nas normas ISO


16032 e ISO 10052. Basicamente, os métodos se baseiam em medir os níveis de
pressão sonora no interior do dormitório com os equipamentos em funcionamento.
De acordo com as ISO 16032, o tempo a ser medido será de meio minuto
para equipamentos que emitem ruídos de forma contínua e uniforme (climatização,
bombas, etc.) e um ciclo completo de utilização para equipamentos que emitem
ruídos descontínuos. (Elevadores, descargas hidráulicas, etc.).
Estes níveis serão corrigidos com o ruído residual (Laeq,ai)
(existente com o equipamento desligado) e com uma correção
segundo as condições acústicas do recinto receptor (reverberação
sonora), proporcionando o nível de pressão sonora máximo
ponderado A e padronizado (LASmáx,nT), que são valores
comparáveis com os níveis de desempenho da NBR 15575-1 eNBR
15575-6. (MANUAL PROACUSTICA – NORMA DE DESEMPENHO,
2013).

Sistemas de pisos
26

Para coberturas onde existem o acesso, posicionadas nas partes


superiores das unidades autônomas e entre pisos que separam essas unidades,
verifica-se, além do isolamento ao som aéreo, os isolamentos decorrentes de
impactos ou derrubamento de objetos, etc. O método que auxilia essa avaliação está
descrito na norma ISO 140-7, onde os impactos são gerados por um equipamento
padrão.
Os resultados obtidos são expressos em dB, adotando-se o símbolo:
L'nT,w – nível de pressão sonora de impacto padronizado ponderado
(weightd standardized impact sound pressure level). (ProAcústica, 2013).

Tabela 3 – Níveis de isolamento ao ruído de impacto e aéreo de pisos tabelados de acordo com
a NBR 15575.
27

Fonte: MANUAL PROACÚSTICA, 2013.

Sistemas de paredes

Os sistemas de vedação de parede separam as diferentes unidades


habitacionais autônomas. Estes devem garantir um desempenho adequado de
conforto ao ruído aéreo (conversa, TV, música, etc.). Os dados são tirados em
campo com o mesmo processo utilizado com as avaliações de portas e janelas
descrito na ISO 10052 (2004).
28

Tabela 4 – Níveis de ruído aéreo de parede tabelado de acordo com a NBR 15575.

Fonte: MANUAL PROACÚSTICA, 2013.

Sistemas de vedações verticais fachadas

Segundo a NBR 15575 (2013), os sistemas de vedação vertical fachada


que separam os quartos, salas, cozinhas, etc. do exterior, devem garantir um
resultado de desempenho adequado do isolamento acústico ao ruído aéreo (tráfego,
aviões, trens, etc.). O mínimo adequado é exigido de acordo com o ruído existente
ao redor da habitação.
29

Tabela 5 – Níveis de ruído aéreo de fachadas tabelado de acordo com a NBR 15575.

Fonte: MANUAL PROACÚSTICA, 2013.

A metodologia de medição especificada nas normas ISO 140-5 e ISO


10052 está baseada na emissão de ruído do ambiente exterior à
fachada, mediante uma fonte sonora posicionada de forma
normalizada. E medição dos níveis de pressão sonora em bandas de
frequência no exterior a uma distância de 2 metros da fachada e no
recinto receptor. A diferença entre ambos os níveis, com uma
correção segundo as condições acústicas do recinto receptor,
proporcionam a Diferença padronizada de níveis (D2m,nT), que é
convertida em um número único através da ISO 717-1, obtendo-se a
Diferença padronizada de nível ponderado (D2m,nT,w), que é o valor
comparável com os níveis de desempenho da NBR 15575-4.
(PROACUSTICA, 2013).

METODOLOGIA

A metodologia do estudo de caso é realizado e descreve os ensaios e


apresentam as análises realizadas para avaliar o desempenho acústico.
Os ensaios são feitos no que se refere ao desempenho acústico das
vedações verticais e horizontais, seguindo para tal, os procedimentos, critérios e
documentos preconizados na norma NBR 15575 (ABNT, 2013).
30

Serão contempladas a consolidação e análise de resultados obtidos em


ensaios de campo, quanto ao isolamento de ruído aéreo promovido pelas vedações
verticais externas (fachada), pelas vedações verticais internas (paredes entre
unidades distintas) e pelas vedações horizontais (sistema de piso), bem como, o
isolamento ao ruído de impacto promovido pelo sistema de vedação horizontal (piso
entre unidades).
Os procedimentos de ensaios e análises foram realizados tomando como
base as seguintes normas referentes ao assunto:
NBR 15575-3: 2013;
NBR 15575-4: 2013;
ISO 140-4: 2009;
ISO 140-5: 2009;
ISO 140-7: 2009;
ISO 717-1: 2006;
ISO 717-2: 2006.

Cada um dos equipamentos tem a sua devida função e importância,


sendo merecida explanação rápida de seus funcionamentos e aplicações.
Como exemplo a fim de mostrar, todos os equipamentos utilizados foram
fabricados pela empresa 01dB, empresa pertencente ao grupo ACOEM,
especializada em desenvolvimento de equipamentos para possibilitar medições
visando o atendimento dos requisitos acústicos e de meio ambiente.
O calibrador acústico (ver figura 10) é um gerador de pressão sonora
padrão fabricado para a calibração de decibelímetro e dosímetro de
ruído, pois tanto o dosímetro de ruído como o decibelímetro são
fabricados com microfones capacitivos de eletreto em 99 % das
marcas disponíveis no mercado, o que exige que antes e depois de
cada medição (Dosímetro ou Decibelímetro) seja feita uma
recalibração acústica, para compensar variações do microfone para
que a precisão do instrumento volte a especificação de fábrica.
(INSTRUBRAS, 2015).

Figura 10 – Calibrador Acústico


31

Fonte: TOPSEG, 2015.

O sonômetro SOLO SLM (ver figura 11) é um dispositivo metrológico


classe 1 ou 2 orientado de multiuso, adequado tanto para medidas
feitas na estação bem como no meio-ambiente. Com um grande
display retroiluminado, um teclado ergonômico e fácil de operar,
dando ao usuário flexibilidade, rapidez e economia de tempo em
suas operações. (ACOEMGROUP, 2015).

Figura 11 – Sonômetro

Fonte: PROJETO ACÚSTICO, 2015.

O LS01 (ver figura 12) é uma fonte de ruído omnidirecional composta


de um dodecaedro, um amplificador de potência e um gerador de
32

ruído rosa capaz de produzir 122 dBLin de nível de potência


acústica.
A fonte LS01 dispõe de bateria com autonomia de 1h e pode ser
operada por controle remoto. É o equipamento ideal para medições
de isolamento e de tempo de reverberação em conformidade com as
normas ISO140, ISO 717-1 e ISO3382. (ACOEMGROUP, 2015).

Figura 12– Dodecaedro (Omni 12) e amplificador.

Fonte: AESSE, 2015.


“A máquina de impactos TM01 (ver figura 13) permite de realizar medições de
ruídos de impactos conforme as diferentes normas internacionais em vigor, e em particular a
norma Brasileira de desempenho NBR15.575.” (ACOEMGROUP, 2015).
Figura 13– Tapping Machine.

Fonte: PROJETO ACÚSTICO, 2015.


dBBATI (ver figura 14) é um software de pós-processamento
dedicado ao isolamento do tempo de reverberação de medições de
33

som realizadas com o sonometro SOLO Edition. Ele leva em conta


as normas internacionais (ISO 717, ISO 140 , etc.), mas também as
directivas europeias relativas à caracterização do ruído. Ele é
totalmente adequado para a construção de aplicações acústicas:
isolamento acústico entre ambientes, correcção acústica em um
ambiente, ruído de equipamentos, etc. (ACOEMGROUP, 2015).

Figura 14– Software dBBati.

Fonte: ACOUSTIC1, 2015


Procedimentos a serem adotados para o melhoramento do ruído

Os ensaios são realizados utilizando o método de engenharia, realização


de ensaios em campo, conforme prescrito na NBR 15575 (ABNT, 2013).
São analisados os ruídos promovidos pela vedação vertical externa,
esquadrias, paredes internas e lajes superior e inferior, etc..., Utilizando os
instrumentos adequados para capitar e analisar os resultados. Com os resultados,
podem-se adotar meios e formas para reduzir o ruído caso necessário.
34

CONCLUSÃO

Uma possível causa do não atendimento aos requisitos da referida norma


é o baixo índice de isolação sonora das esquadrias.
Resultados de isolação sonora, obtidos em laboratório, apresentados por
Oliveira (2007) em sua dissertação de mestrado, “Estudo da influência da duplicação
de janelas na melhoria do isolamento acústico destes componentes”, e expostos na
Figura 23, demonstram o baixo índice de isolação sonora das janelas de correr.
Figura 23 – Ensaio de isolamento do ruído de impacto entre unidades

Fonte: OLIVEIRA, 2007.


Conforme especificações da NBR 15575-4 (ABNT, 2013), o índice de
redução sonora ponderado (Rw) de fachadas, obtido em ensaio de laboratório, para
atendimento ao desempenho mínimo de habitações localizadas em áreas de ruído
classe II é de 30 dB. Assim sendo, pelos resultados apresentados no estudo de
Oliveira (2007), as janelas analisadas apresentam desempenho insatisfatório.
Sugere-se então o uso de novas esquadrias, com melhores índices de
redução sonora, podendo ser nesse caso instaladas esquadrias duplicadas, ou
pode-se alterar a espessura das lâminas de vidro. Ao fechamento lateral das
esquadrias na vedação vertical deve ser dada, também, atenção especial, não
35

sendo recomendável a existência de frestas, mesmo que pequenas, pois como visto
essas permitem a passagem de ruídos de alta frequência.
Visando garantir a qualidade técnica dos resultados obtidos, assegurando
o atendimento às normas de desempenho vigentes, recomenda-se realização de
novos testes após as modificações propostas nos pontos, então, considerados
críticos no sistema.
36

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