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TCC Desempenho Acústico - Maikon David Silva Kikuchi
TCC Desempenho Acústico - Maikon David Silva Kikuchi
ARACAJU – SE
2019
UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
ARACAJU – SE
2019
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RESUMO
Diante dos valores elevados tanto dos índices de crescimento populacional quanto das
taxas de ocupação dos grandes centros urbanos, fatores que levam ao aumento da concentração de
pessoas em edificações habitacionais, as quais estão passando então pelo processo de
verticalização, observa-se o surgimento de óbices no que diz respeito ao meio ambiente e à
qualidade de vida e de convívio, especificamente no que diz respeito ao conforto acústico, trazendo
desarmonia aos sistemas de habitação. Tais óbices se devem também aos avanços nas novas
tecnologias, produzindo equipamentos com maiores potências e, portanto, com elevados níveis
sonoros, os quais se anexam às diversas fontes de ruído aéreo e de impacto. Estas particularidades
trazem à tona falhas no quesito conforto acústico das edificações habitacionais em face às referidas
normatizações e legislações vigentes. Desta forma, emerge a importância de determina a partir de
que ponto e em qual espectro de frequência um som em forma de ruído pode ser prejudicial à saúde
humana, tanto na ótica da saúde física quanto da saúde mental, criando dúvidas a respeito da
confiabilidade das habitações modernas e dos procedimentos a serem seguidos para determinar o
seu desempenho. Os fatores de desempenho citados dependem diretamente dos sistemas e
subsistemas de vedação vertical e horizontal, componentes da edificação (incluindo o tipo de laje,
vedação vertical, revestimento, argamassa e também esquadrias utilizadas) bem como da sua
classificação quanto ao local onde está localizada. No presente trabalho, são analisados os diferentes
componentes de uma edificação habitacional disponibilizada por uma construtora, com o objetivo de
determinar, através da NBR 15575, de 2013, se esta atende ou não aos requisitos de desempenho de
cada uma das partes da norma.
Introdução
Fundamentação teórica
Sistemas de vedação
a fachada de um edifício tem uma relação marcante com o meio ambiente urbano e
envolve valores sociais importantes, tipificando e caracterizando a sociedade, suas
aspirações e até grau de prosperidade.
Os revestimentos das fachadas cumprem um papel importante no
desempenho das vedações verticais dos edifícios. Contribui na
estanqueidade, no isolamento termo-acústico das vedações verticais
e na estética do edifício entre outras funções. (QUEIROZ, 2007).
A NBR 13816 - Placas cerâmicas para revestimento – Terminologia
(ABNT, 1997) define revestimento cerâmico como sendo o conjunto formado pelas
placas cerâmicas, pela argamassa de assentamento e pelo rejunte. (REIS, 2013).
Pastilhas cerâmicas: são materiais de louça, empregados para
revestimentos de paredes e nos pisos. (WILLIAM, 2012).
Laje nervurada
Segundo o item 14.7.7 da NBR 6118 (2003), lajes nervuradas são as lajes
moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração para
momentos positivos está localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado
material inerte (material mais leve, sem função estrutural, como placas de EPS,
elementos cerâmicos, entre outros).
A laje nervurada representa uma grande evolução nas estruturas de
concreto armado. Parte desse avanço aconteceu, principalmente, devido ao
desenvolvimento de programas computacionais para análise de projetos estruturais,
que permitiram que o conjunto composto pela interação de lajes nervuradas e vigas
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fosse tratado como uma única estrutura em grelha, retratando de maneira mais
precisa o seu comportamento ante aos esforços solicitantes. O resultado desse
progresso tecnológico é a eliminação das restrições provenientes da utilização de
processos simplificados para o seu dimensionamento (CARVALHO e FIGUEIREDO
FILHO, 2004).
Contrapiso
Forro de gesso
Som X Ruído
Som
de SOM, que nada mais são do que variações na pressão do ar, acima e abaixo da
pressão atmosférica.
De acordo com Méndez (1994), essas variações de pressão são
conhecidas como “pressão sonora”.
Dessa forma, então, podemos dizer que o som é o resultado das
vibrações dos corpos elásticos, quando essas vibrações se encontram em
determinados limites de frequência. Essas vibrações são mais ou menos rápidas e
recebem o nome de vibrações sonoras, as quais se propagam com velocidade
uniforme em todas as direções, se a propriedade elástica do meio for igual e
constante em todos os sentidos. (COSTA, 2013).
De forma simplificada, Souza; Almeida e Bragança (2012) definem som
como um fenômeno que tem origem na vibração de um objeto, que provoca vibração
de partículas do meio, tornando possível que ocorra a captação por parte do ouvido
humano. Além disso, segundo o mesmo autor, quando se fala em “partículas do
meio”, para a construção civil, esse meio refere-se basicamente ao ar e aos
materiais de construção.
Cientificamente, se sabe que o som se comporta como uma
onda, ou conjunto de ondas distintas. Sabe-se também que
este possui algumas características intrínsecas chamadas de
qualidades fisiológicas do som. São elas, a intensidade, a
altura e o timbre. Tais características são as responsáveis pela
possibilidade de distinção entre os sons. (COUTO, 2006).
Assim, para o perfeito entendimento do tema tratado, faz-se necessário o
conhecimento de tais características, as quais serão, portanto, tratadas em tópicos
específicos dispostos na sequência.
Propagação do som
Onde:
C é a velocidade de propagação do som no ar;
T é a temperatura em graus Celsius;
Frequência
Intensidade do som
I = W/4πd² (W/m²)
Onde:
d é a distância entre o ponto a ser considerado e a fonte;
W é a potência sonora da fonte;
I é a intensidade sonora.
Decibel
Composição do som
Ruído
Fontes de ruído
Ruído de impacto
Méndez et al. (1994) cita que usualmente as estruturas dos edifícios não
possuem uma dureza suficiente para proporcionar uma vedação adequada ao ruído
de percussão ou impacto. Sendo assim, é necessário seguir os meios construtivos
diferenciados a fim de garantir um bom desempenho.
Normas e legislação
Sistemas de pisos
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Tabela 3 – Níveis de isolamento ao ruído de impacto e aéreo de pisos tabelados de acordo com
a NBR 15575.
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Sistemas de paredes
Tabela 4 – Níveis de ruído aéreo de parede tabelado de acordo com a NBR 15575.
Tabela 5 – Níveis de ruído aéreo de fachadas tabelado de acordo com a NBR 15575.
METODOLOGIA
Figura 11 – Sonômetro
CONCLUSÃO
sendo recomendável a existência de frestas, mesmo que pequenas, pois como visto
essas permitem a passagem de ruídos de alta frequência.
Visando garantir a qualidade técnica dos resultados obtidos, assegurando
o atendimento às normas de desempenho vigentes, recomenda-se realização de
novos testes após as modificações propostas nos pontos, então, considerados
críticos no sistema.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. NBR 13816: Placas cerâmicas para revestimento. Rio de Janeiro, 1997.
BALTAR, C. M.; BASTOS, F. F.; LUZ, A. B.; Rochas & Minerais Industriais:
Gipsita Capítulo 21. Rio de Janeiro: Centro de Tecnologia Mineral – Ministério da
Ciência e Tecnologia, 2005. p.449-470.
COSTA, E.A. & KITAMURA, S. Órgão do sentido - Audição. In: MENDES. Patologia
do Trabalho. São Paulo, Atheneu, 1995. 365p.
GOMES, J.R.; CANDEIAS, N.M.; PRIMO, B.; PEREIRE, T.; RISSO, M. Condições
de trabalho e de saúde de um grupo de trabalhadores da área de prensas.
Saúde Pública.,65.32-46, 1983.
PATRÍCIO, J. Acústica nos edifícios (2003). 2ª Edição. Jorge Patrício Ed., Lisboa.
PLAZA, YAMADA. Física: física pai d’égua. Ondulatória e acústica. Belém, 2011.