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LFG INTENSIVO II

DIREITO EMPRESARIAL

Material de Apoio - D. Empresarial - crédito. O segundo atributo é a


Alexandre Gialluca - Aula 01.pdf negociabilidade, i. é, o título é criado
para circular, substituindo a moeda.
TÍTULOS DE CRÉDITO A execução exige a apresentação
do título original. A cópia pode
1. Legislação aplicável aparelhar apenas ação moratória.
- letra de câmbio ou nota “CAPÍTULO IV
promissória: Decreto n. 57663/66 (LUG DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS
PARA REALIZAR
– Lei Uniforme de Genebra); QUALQUER EXECUÇÃO
- duplicata: Lei n. 5474/68; Seção I
- cheque: Lei n. 7357/85. Do Título Executivo
No Código Civil temos um Art. 783. A execução para
capítulo próprio, apenas tratando dos cobrança de crédito fundar-se-á
sempre em título de obrigação certa,
títulos de crédito. Contudo, o próprio líquida e exigível.
art. 903 já dispõe que a lei especial é Art. 784. São títulos executivos
aplicável e, apenas quando não tratar do extrajudiciais:
assunto, o CC terá aplicação (aplicação I - a letra de câmbio, a nota
subsidiária do CC). promissória, a duplicata, a debênture e
o cheque;
*Existe em trâmite, em fase avançada, o II - a escritura pública ou outro
projeto de lei que institui o novo código documento público assinado pelo
comercial brasileiro. Realmente, muitos devedor;
dos dispositivos do CC sobre títulos de III - o documento particular
crédito acabam não possuindo utilidade assinado pelo devedor e por 2 (duas)
testemunhas;
prática, já que a legislação especial dá
IV - o instrumento de transação
conta melhor de todas as questões que o referendado pelo Ministério Público, pela
CC pretendeu regrar, inclusive com a Defensoria Pública, pela Advocacia
possibilidade de se criar um titulo entre Pública, pelos advogados dos transatores
as partes. ou por conciliador ou mediador
credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por
2. Princípios cambiários hipoteca, penhor, anticrese ou outro
direito real de garantia e aquele garantido
2.1. Princípio da cartularidade por caução;
Cartularidade vem de chartula, VI - o contrato de seguro de vida
que em latim significa papel, em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro
documento. Três afirmações resumem o e laudêmio;
quem significa a cartularidade: VIII - o crédito, documentalmente
- o crédito deve estar comprovado, decorrente de aluguel de
materializado em um documento imóvel, bem como de encargos
(título); acessórios, tais como taxas e despesas de
condomínio;
- para a transferência do crédito é IX - a certidão de dívida ativa da
necessário a transferência do documento Fazenda Pública da União, dos Estados,
(título); do Distrito Federal e dos Municípios,
- não há que se falar em correspondente aos créditos inscritos na
exigibilidade do crédito sem a forma da lei;
X - o crédito referente às
apresentação do documento (título). contribuições ordinárias ou
Atenção: a executividade não é extraordinárias de condomínio edilício,
princípio, mas sim atributo do título de previstas na respectiva convenção ou

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aprovadas em assembleia geral, desde formulário eletrônico e emite o título de
que documentalmente comprovadas; forma eletrônica.
XI - a certidão expedida por
serventia notarial ou de registro relativa a
Nesse caso, houve mitigação do
valores de emolumentos e demais princípio da cartularidade. O banco,
despesas devidas pelos atos por ela para cobrar o crédito, emite um boleto
praticados, fixados nas tabelas bancário (este, é um aviso de cobrança,
estabelecidas em lei; que não possui a assinatura do
XII - todos os demais títulos aos
quais, por disposição expressa, a lei
emitente). Se o boleto bancário não for
atribuir força executiva. pago na data certa, o credor ou o banco
§ 1º A propositura de qualquer pode fazer o protesto. O que se protesta
ação relativa a débito constante de título não é o boleto. Este, apesar de ser
executivo não inibe o credor de levado em cartório, o que se protesta é a
promover-lhe a execução.
§ 2º Os títulos executivos
duplicata que ensejou a emissão do
extrajudiciais oriundos de país boleto. Nesse sentido, o protesto é
estrangeiro não dependem de realizado por indicações, i. é, não se
homologação para serem executados. apresenta a duplicata, mas apenas se
§ 3º O título estrangeiro só terá indicam os dados da mesma. Responde-
eficácia executiva quando satisfeitos os
se civil e criminalmente pelos dados
requisitos de formação exigidos pela lei
do lugar de sua celebração e quando o prestados.
Brasil for indicado como o lugar de No STJ (cf. Info. 467), o seguinte
cumprimento da obrigação. caso: um posto de gasolina adquiriu
Art. 785. A existência de título produtos da Petrobrás. Esta emitiu uma
executivo extrajudicial não impede a
duplicata virtual. O posto não fez o
parte de optar pelo processo de
conhecimento, a fim de obter título pagamento. A Petrobrás realizou em
executivo judicial.” cartório o protesto por indicações.
O princípio da cartularidade Mesmo com o protesto o posto não
sofreu uma mitigação, por conta dos pagou. A Petrobrás entrou com a ação
títulos de crédito eletrônico. O próprio de execução. Instruiu a ação com o
CC, art. 889 assim prevê: boleto (aviso de cobrança), com o
“Art. 889. Deve o título de crédito instrumento de protesto (comprova a
conter a data da emissão, a indicação mora) e mais o comprovante de entrega
precisa dos direitos que confere, e a da mercadoria (para demonstrar que a
assinatura do emitente.
§ 1º É à vista o título de crédito mercadoria foi entregue para o posto), o
que não contenha indicação de que ensejava o enriquecimento ilícito do
vencimento. posto. O posto, em sede de embargos,
§ 2º Considera-se lugar de afirmou que a execução não observou a
emissão e de pagamento, quando não cartularidade, posto que a exequente
indicado no título, o domicílio do
emitente. não juntara o título. Em primeiro grau, o
§ 3º O título poderá ser emitido juiz entendeu que deveria dar a
a partir dos caracteres criados em procedência ao posto de gasolina. A
computador ou meio técnico Petrobrás recorreu e o TJPR entendeu
equivalente e que constem da que apesar de se tratar de uma duplicata
escrituração do emitente, observados
os requisitos mínimos previstos neste virtual, é necessário adaptação aos
artigo.” títulos eletrônicos, e os documentos
O exemplo mais comum de título juntados pela exequente eram os
de crédito eletrônico é a duplicata suficientes para provar o crédito.
virtual. Ela não é emitida na forma de No informativo n. 547 (REsp
papel, tratando-se de título eletrônico. A 1354776), em evolução do mesmo
sociedade empresária preenche um raciocínio, a duplicata virtual, com os

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elementos acima também é apta a ao terceiro de boa-fé, que é a conotação
instruir pedido de falência. processual do princípio da autonomia.
A partir do momento da
2.2. Princípio da literalidade transferência do título ao terceiro de
Só tem eficácia para o Direito boa-fé, há uma dissociação entre a
Cambiário o que está literalmente relação causal, sendo transferido apenas
escrito no título de crédito. o crédito. Esse fenômeno se chama
A finalidade é assegurar certeza abstração (reflexo da autonomia, ou
quanto à natureza, ao conteúdo e a subprincípio da abstração). Perceba-se
modalidade de prestação prometida ou que a abstração só ocorre com a
ordenada. circulação do título.
Segundo a STJ, 233, o contrato de
2.3. Princípio da autonomia abertura de crédito, ainda que
O vício em uma das relações não acompanhado de extrato da conta-
compromete as demais. corrente, não é titulo executivo, mas
As relações jurídico cambiais são apenas para ajuizamento da ação
autônomas e independentes entre si. monitória (STJ, 247). Da mesma forma,
Isto significa que o possuidor de a nota promissória, vinculada a contrato
boa-fé exercita um direito próprio, que de abertura de crédito em conta corrente
não pode ser restringido ou destruído também não goza de autonomia em
pelas relações ocorridas entre os razão da iliquidez, do título que a
possuidores anteriores e o devedor. originou (STJ, 258), apesar daquela
Por isso, inclusive, que afirma-se emitida ou aceita com omissões, ou em
que o devedor não poderá opor branco, poder ser completada pelo
exceções pessoais a terceiros de boa-fé. credor de boa-fé, para ensejar o protesto
Exemplo: Nestor quer vender o ou a cobrança (STJ, 387). Por fim, Cf.
celular, e Kléber tem interesse. Este EREsp 420515, com base na STJ, 300,
úlitmo oferece R$500,00, o que agrada se o contrato der causa a um
Nestor. Eles fecham o negócio, com a instrumento público de confissão de
emissão de uma nota promissória para dívida, este é título executivo
pagamento futuro em 1-9-2016. A causa extrajudicial, cf. CPC, 784, III: “Art.
que originou emissão do título é a 784. São títulos executivos
“relação subjacente”, ou causa debendi, extrajudiciais: (...) III - o documento
que no caso foi uma compra e venda de particular assinado pelo devedor e por
celular. O aparelho celular dá problema, 2 (duas) testemunhas;(...)”
e Cléber reclama e requer o distrato, *A STJ, 258 surgiu devido à prática dos
mas Nestor não aceita. Este executa e bancos emitirem a nota promissória e a
Cléber, em embargos à execução, cederem a terceiro, com a intenção de
justifica o não pagamento da nota fazer o valor ficar ileso a
promissória. Contudo, Nestor pode ter questionamentos, já que o terceiro de
transferido o título ao seu vizinho. Pelo boa-fé não seria atingido pela relação
princípio da autonomia, temos três subjacente. Assim, nesses casos, a
ações diferentes: de Nestor contra jurisprudência passou a admitir que o
Cléber; do Vizinho contra Nestor; e do devedor também pudesse opor ao
Vizinho contra Cléber. Uma relação não terceiro as exceções que possuía perante
depende da outra. Na data do o credor original.
vencimento, o vizinho de Nestor, que é
terceiro de boa-fé, pode contra ele 3. Conceito de título de crédito
propor a ação de execução. Trata-se da Cesare Vivante: “título de crédito
inoponibilidade das exceções pessoais é o documento necessário para o

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exercício do direito literal e autônomo - causal, aquele que precisa de
nele mencionado.” Este conceito foi uma causa específica para sua emissão
praticamente reproduzido no art. 887 do (exemplo: duplicata, que só pode ser
CC. emitida em decorrência de uma compra
e venda mercantil ou prestação de
4. Classificação serviços);
A) quanto ao modelo - não causal (melhor exemplo é o
- vinculado: aquele cuja forma, cheque). Assim é que alguns chamam
sua formatação, é exigida pela os títulos não causais de abstratos.
legislação. Exemplo: cheque e
duplicata; 5. Título pro solvendo/pro soluto
- livre: a forma não está exigida Pro solvendo é o título para
em lei, a exemplo da nota promissória. pagamento, i. é, a entrega do título ao
B) quanto à estrutura credor não provoca novação da relação
- ordem de pagamento, em que causal. Portanto, a relação causal só se
temos aquele que dá a ordem (sacador), extingue com o correspondente
aquele que recebe a ordem (sacado) e o pagamento do título. Exemplo: uma
tomador/beneficiário. É o caso da compra e venda de imóvel feita
duplicata e do cheque (este, ordem de diretamente junto a uma construtora, só
pagamento à vista); pode considerar quitado quando a nota
- promessa de pagamento, que promissória for paga (nesse caso, a
possui o promitente construtora poderia optar pela execução
(emitente/subscritor) e o da nota promissória ou realiza a rescisão
tomador/beneficiário. Exemplos: nota contratual).
promissória. Pro soluto, ou em pagamento,
C) quanto à circulação: entrega o título ao credor, provocando a
- ao portador, quando não possui novação da relação causal. Significa que
identificação do beneficiário, e circula a entrega do título extingue a obrigação
por mera tradição (entrega); que gerou sua criação.
- nominativo, quando não possui Exemplo: um contrato de compra
identificação do beneficiário. Pode ser à e venda em que a quitação se deu com a
ordem, admitindo transmissão por entrega de um título de crédito (nesse
endosso; ou não à ordem, admitindo caso, o vendedor pode apenas executar a
apenas a cessão civil. nota promissória)
Endosso Cessão Civil
Responde pela Não responde pelo Material de Apoio - D. Empresarial -
solvência pagamento/solvência
Alexandre Gialluca - Aula 02.pdf
Não pode ser parcial Pode ser parcial
Presumida nos títulos Exige cláusula 6. Letra de câmbio
de crédito. expressa “não à
ordem”. 6.1. Conceito
De acordo com a Lei n. 8021/90 É um título de crédito decorrente
não mais se admite título ao portador, de relações de crédito, entre duas ou
exceto se com previsão expressa em lei mais pessoas, pelo qual a designada
especial. “sacador” dá a ordem de pagamento
Atenção à pegadinha de concurso. pura e simples, a outrem, denominado
Apesar de ser necessário o endosso nos “sacado”, a seu favor ou de terceira
títulos nominativos, também é pessoa – “tomador/beneficiário” – no
necessária a entrega da cártula. valor e nas condições dela constantes.
D) quanto às hipóteses de *cf. no material desta aula o modelo da
emissão: letra de câmbio.

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A regulamentação está na LUG
(DL 57663/66). B) quem pode dar o aceite?
Trata-se de ato privativo do
6.2. Requisitos da letra de câmbio sacado. É lançado no anverso (frente).
Estão previstos na LUG:
i) a expressão “letra” inserida no C) O aceite é obrigatório?
texto do título; Não. Na letra de câmbio é
ii) ordem pura e simples de facultativo. Significa ser possível a
pagamento de quantia determinada; recusa do aceite.
iii) nome daquele que deve pagar; Efeitos da recusa:
iv) nome da pessoa a quem ou a i) o sacado não será o devedor
ordem de quem deve ser paga principal do título;
(tomador/beneficiário); ii) vencimento antecipado do
v) indicação da data em que foi título.
emitida a letra de câmbio; D) Aceite parcial
vi) como assinatura do emitente/ É a recusa de parte do crédito
sacador; expresso no título. Pode ser:
vii) época do pagamento (= i) limitativo – refere-se ao valor;
vencimento); ii) modificativo – refere-se às
viii) lugar do pagamento; demais condições (como data de
ix) lugar de emissão. vencimento).
Os requisitos em azul, se faltarem, No aceite parcial, o aceitante fica
causam a descaracterização como letra obrigado nos termos do seu aceite. No
de câmbio. entanto, o aceite parcial provoca o
Os três requisitos destacados são vencimento antecipado do título para os
os supríveis ou acidentais que, se demais codevedores (art. 43).
ausentes, a lei supre essa ausência de
alguma forma: se não tem a época de E) Cláusula “não-aceitável”
pagamento, ela é considerado à vista A letra de câmbio não poderá ser
(art. 2º); se não consta o lugar do apresentada para o aceite, apenas para
pagamento, a presunção é que será o pagamento.
lugar de domicílio do sacado; na Assim, como exemplo: se o
ausência do lugar de emissão, entende- vencimento do título é 10-9-2016, ele só
se que o foi no domicílio do sacador. pode ser apresentado nessa data para ser
Se faltar um dos requisitos, pago. A ideia é evitar o vencimento
aplica-se a STF, 387: “A cambial antecipado do título.
emitida com omissões ou em branco,
pode ser completada pelo credor de 6.4. Endosso
boa-fé antes da cobrança ou do A) Conceito
protesto.” Só a assinatura não pode ser É o ato pelo qual o credor de um
preenchida, por óbvio. título de crédito com a cláusula “à
ordem” transmite o direito ao valor
6.3. Aceite constante do título a outra pessoa, sendo
É o ato de vontade do sacado, acompanhado da tradição da cártula,
concordando com a ordem de que transfere a posse desta.
pagamento dada pelo sacador,
tornando-se o devedor principal da B) Efeitos
quantia expressa no título de crédito. O i) transferência da titularidade do
aceitante é o devedor principal do título crédito do endossante para o
de crédito. endossatário;

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ii) tornar o endossante codevedor Depois do vencimento do título
do título ele pode ser endossado? Sim.
Art. 15 da LUG trás uma regra Se o título venceu e ainda foi
diferente do CC, 914: protestado ou tiver expirado o prazo de
“” protesto, trata-se de endosso tardio.
“” Não tem mais efeito de endosso, mas de
Por força do CC, 903, aplica-se cessão de crédito. Cf. art. 20 da LUG:
então o art. 15 da LUG. “”
Como se vê, nesse caso, o
C) Como se dá endosso? endossante não responde pelo
No verso, com a assinatura do pagamento.
endossante; ou no anverso, com a
expressão identificadora mais a I) Endosso sem data
assinatura do endossante. Nesse caso, a presunção é de que
Ex: “Endosso a ...” ou “pague-se a foi efetuado antes de expirado o prazo
...” para protesto. Cf. LUG, art. 20, parte
final:
D) Endosso em preto ou em “”
branco
Endosso em preto identifica o 6.5. Endosso impróprio
endossatário; em brando não identifica Não há transferência da
o endossatário. titularidade do crédito. Ele apenas
Ex.: 1) em preto – “Endosso a legitima a posse de terceiro sobre o
Fernando...”; em branco – “Endosso título.
a ...” (sem preencher). Modalidades:
A) Endosso mandato (ou “por
E) É possível o endosso parcial? procuração”) – é a cláusula cambiária
Não, tendo em vista que o pela qual o endossante constitui o
endosso deve ser acompanhado da endossatário como seu mandatário para
tradição. O endosso parcial é nulo a prática de todos os atos necessários ao
(LUG, 12). recebimento do título.
Temos as seguintes figuras:
F) Cláusula sem garantia - endossante-mandante; e
É possível, quando do endosso, - endossatário-mandatário.
inserir a cláusula “Sem garantia”, o que Observações:
está expresso no próprio art. 15: 1) no art. 18 da LUG há previsão
“” de que não se extingue pela morte ou
Significa que o endossante não incapacidade superveniente do
responde pelo pagamento do título, endossatário-mandatário (no que é
servindo apenas para a transferência do diferente da regra geral prevista para o
crédito. contrato de mandato no CC);
2) protesto indevido. Regra geral,
G) Cláusula proibitiva de novo quem responde é o credor (endossante-
endosso mandante). Segundo a STJ, 476: “O
O endossante responde perante o endossatário de um título de crédito por
seu endossatário direto, mas não garante endosso mandato só responde por
o pagamento aos novos e posteriores danos decorrentes de protesto indevido
endossatários. se extrapolar os poderes de
mandatário.”
H) Endosso póstumo ou tardio

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Utilizam-se as expressões visto, aplica-se a lei especial, no caso a
“endosso para cobrança” e “endosso por disposição da LUG.
procuração”.
F) Aval posterior ao vencimento
B) endosso caução ou pignoratício Sim, é possível.
Os títulos de crédito são Também é possível depois de
classificados como bem móveis, daí protestado ou de expirado o prazo do
servindo de base para a garantia pelo protesto, quando produzirá
penhor. O Endosso caução normalmente seus efeitos de aval.
consubstancia o penhor dos direitos Não há muito sentido em realizar
decorrentes do título, em garantia de essa operação, pois já demonstra que o
obrigação de natureza contratual devedor original está combalido, mas é
contraída pelo portador perante terceiro. possível ser realizada.
As expressões que identificam
esta espécie são “endosso em caução”, G) Aval simultâneo
“endosso em garantia”, “endosso em São os avais dados por dois ou
penhor”. mais avalistas ao mesmo avalizado.

6.6. Aval H) Aval sucessivo


A) Conceito Ocorre quando um avalista
É o ato cambiário pelo qual uma garante a obrigação de um outro
pessoa (avalista) se compromete a pagar avalista. É o aval do aval.
título de crédito nas mesmas condições Questão da Magistratura/ES: avais
que um devedor, ou codevedor, desse superpostos e em branco, são
título (avalizado). considerados simultâneos ou
A grande finalidade do aval é o sucessivos? São tidos como
reforço de pagamento. simultâneos: STF, 189 “Avais em
branco e superpostos consideram-se
B) Avalista simultâneos, e não sucessivos.”
Pode ser pessoa física ou jurídica.
I) Aval vs. Fiança
C) Como se dá aval AVAL FIANÇA
No anverso, com a assinatura, ou 1) só em título de 1) só em contratos;
crédito;
no verso, pela assinatura e uma
2) autônomo; 2) acessória;*
expressão identificadora. 3) não possui 3) possui benefício de
benefício de ordem. ordem
D) Aval em preto e em branco Ou seja, a autonomia do aval quer
Aval em preto é aquele que dizer que não importa o que venha
identifica o avalizado; em branco, não o ocorrer com o avalizado o avalista
identifica. continua responsável. Em caso de
Cf. art. 31 da LUG, no aval em morte, incapacidade ou falência do
branco, o avalizado será o sacador. avalizado, o avalista continua
“” responsável.
Quanto ao benefício de ordem,
E) Aval parcial contudo, é comum que cláusula
Cf. art. 30 da LUG, pode haver contratual haja renúncia ao mesmo.
aval total ou parcial: Vale ressaltar também que, cf. o
“”
CC, 1647, III, tanto a fiança quanto o
O cuidado é que o CC, 897, não
aval dependem da outorga conjugal.
admite o aval parcial. Contudo, como já

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6.7. Vencimento “Art. 981. Celebram contrato de
O vencimento da letra de câmbio sociedade as pessoas que
reciprocamente se obrigam a
pode ser: contribuir, com bens ou serviços, para
i) à vista – exigível de imediato; o exercício de atividade econômica e a
ii) data certa/marcada; partilha, entre si, dos resultados.
iii) a certo tempo da vista – ou Parágrafo único. A atividade
seja, a um certo número de dias a contar pode restringir-se à realização de um
ou mais negócios determinados.”
de uma data, que é a da vista (=aceite);
Os elementos são:
iv) a certo tempo da data – a data
- pessoas (física ou jurídica);
a que se refere o prazo é a da emissão
- contribuição (bens ou serviços),
do título.
na formação do capital social,
necessário para que a sociedade
6.8. Prazo prescricional
desempenhe suas atividades;
Refere-se à execução de uma letra
- exercício de atividade
de câmbio:
econômica;
A) quanto ao devedor principal e
- partilha dos resultados.
ao seu avalista – 3 (três) anos do
Outros conceitos importantes:
vencimento;
- capital social –
B) quanto ao codevedor e ao seu
- subscrição – comprometimento
avalista – 1 (um) ano, contado do
com determinada porcentagem do
protesto. Exemplo de codevedor é o
capital;
endossante;
- integralização – efetiva entrega
C) quanto ao direito de regresso –
do bem, valor ou serviço que o sócio
6 (seis) meses contado do pagamento ou
subscreveu.
de quando demandado.
2) Sociedades despersonificadas
7. Nota promissória
São sociedades
Também regulamentada pelo DL
despersonificadas, aquelas que não
n. 57.663/66.
possuem personalidade jurídica:
Sociedades personificadas
7.1. Conceito
(possuem personalidade jurídica):
É o titulo de crédito pelo qual uma
A personalização, decorrente das
pessoa, denominada subscritor/emitente,
sociedades personificadas, tem o início
faz a outra pessoa, designada
com o registro no órgão competente
beneficiário, uma promessa pura e
(art. 985):
simples de pagamento de quantia “Art. 985. A sociedade adquire
determinada, em seu favor ou a outrem personalidade jurídica com a inscrição
à sua ordem, nas condições dela [registro em si], no registro próprio e na
constantes. forma da lei, dos seus atos constitutivos
(arts. 45 e 1.150).”
A personificação se dá com um
procedimento dissolutório
****** (extrajudicial/judicial). São três fases:
- dissolução (encerramento da
pessoa jurídica);
- liquidação;
DIREITO SOCIETÁRIO - partilha.
Efeitos da personalização:
i) titularidade negocial, ou seja,
1. Conceito de sociedade (CC, 981) autonomia para estabelecer negócios
jurídicos;
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ii) titularidade processual: aptidão do benefício de ordem, respondendo já
para demandar e ser demandado; em primeiro plano, solidariamente com
iii) autonomia patrimonial. a sociedade.
C) Patrimônio especial
2.1) Sociedade em comum “Art. 988. Os bens e dívidas
A) Conceito sociais constituem patrimônio especial,
do qual os sócios são titulares em
É o primeiro tipo de sociedade comum.”
despersonalizada, que é a sociedade não Os sócios são cotitulares destes
levada a registro: bens destinados ao exercício das
“SUBTÍTULO I
Da Sociedade Não Personificada atividades da sociedade. Não é a
CAPÍTULO I sociedade em comum a titular desse
Da Sociedade em Comum patrimônio.
Art. 986. Enquanto não inscritos D) Prova da existência da
os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade
sociedade, exceto por ações em “Art. 987. Os sócios, nas relações
organização, pelo disposto neste entre si ou com terceiros, somente por
Capítulo, observadas, subsidiariamente e escrito podem provar a existência da
no que com ele forem compatíveis, as sociedade, mas os terceiros podem
normas da sociedade simples.” prová-la de qualquer modo.”
B) Responsabilidade do sócio E) Caso seja levada a registro
O sócio de uma sociedade em Daí ela se encaixa na regra do art.
comum tem responsabilidade ilimitada, 985, passando a ser personificada.
ou seja, o sócio responde com seus bens
pessoais, por dívidas da sociedade: 2.2) Sociedade em conta de participação
“Art. 990. Todos os sócios
respondem solidária e ilimitadamente
A) Conceito
pelas obrigações sociais, excluído do “CAPÍTULO II
benefício de ordem, previsto no art. Da Sociedade em Conta de Participação
1.024, aquele que contratou pela Art. 991. Na sociedade em conta
sociedade.” de participação, a atividade constitutiva
do objeto social é exercida unicamente
Vale ressaltar que mesmo na pelo sócio ostensivo, em seu nome
sociedade em comum opera o benefício individual e sob sua própria e exclusiva
de ordem. Contudo, o sócio que responsabilidade, participando os demais
contratou não pode dele se valer, cf. dos resultados correspondentes.
dispõe expressamente o art. 1.024 Parágrafo único. Obriga-se
perante terceiro tão somente o sócio
(artigo do capítulo das sociedades ostensivo; e, exclusivamente perante
simples): este, o sócio participante, nos termos do
“Art. 1.024. Os bens particulares contrato social.”
dos sócios não podem ser executados por O sócio ostensivo exerce o objeto
dívidas da sociedade, senão depois de
executados os bens sociais.” social, vai ter responsabilidade
Ou seja, a responsabilidade do exclusiva, e vai agir em seu nome
sócio que não contratou diretamente não individual e agem em seu nome
é solidária, mas subsidiária. Quando o individual. Já o sócio participante
CC, 990 trata da responsabilidade (oculto) apenas participa dos resultados.
solidária, o que dispôs é que há As sociedades em conta de
responsabilidade solidária entre os participação são muito utilizadas na
sócios pelas dívidas da sociedade, i. é, indústria imobiliária.
depois de cobrada a dívida da Pode haver mais de um sócio
sociedade, não solvida, a ostensivo, bem como mais de um sócio
responsabilidade dos sócios pelo saldo é oculto. Qualquer um pode ser pessoa
solidária. Concluindo, o sócio que jurídica ou natural.
contratou pela sociedade está excluído B) Patrimônio especial

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“Art. 994. A contribuição do (CC, 983) (CC, 982)
sócio participante constitui, com a do Deve constituir-se como: Pode constituir-se como:
sócio ostensivo, patrimônio especial, - sociedade em nome - sociedade em nome
objeto da conta de participação relativa coletivo; coletivo;
aos negócios sociais. - sociedade em - sociedade em
§ 1º A especialização patrimonial comandita simples; comandita simples;
somente produz efeitos em relação aos - sociedade em - sociedade limitada;
sócios. comandita por ações; - cooperativas.
§ 2º A falência do sócio ostensivo - sociedade anônima;
acarreta a dissolução da sociedade e a - sociedade limitada.
liquidação da respectiva conta, cujo “Art. 982. Salvo as exceções
saldo constituirá crédito quirografário. expressas, considera-se empresária a
§ 3º Falindo o sócio participante, sociedade que tem por objeto o exercício
o contrato social fica sujeito às normas de atividade própria de empresário
que regulam os efeitos da falência nos sujeito a registro (art. 967); e, simples, as
contratos bilaterais do falido.” demais.
O sociedade não tem autonomia Parágrafo único.
patrimonial. Os sócios são os titulares Independentemente de seu objeto,
considera-se empresária a sociedade
do patrimônio especial. Todos os sócios por ações; e, simples, a cooperativa.
são titulares. Art. 983. A sociedade empresária
C) Responsabilidade perante deve constituir-se segundo um dos tipos
terceiros regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a
O sócio ostensivo tem sociedade simples pode constituir-se de
conformidade com um desses tipos, e,
responsabilidade ilimitada, enquanto o não o fazendo, subordina-se às normas
sócio participante não responde. que lhe são próprias.
Exceção: CC, 993, p. ú.: Parágrafo único. Ressalvam-se as
“Parágrafo único. Sem prejuízo disposições concernentes à sociedade em
do direito de fiscalizar a gestão dos conta de participação e à cooperativa,
negócios sociais, o sócio participante não bem como as constantes de leis especiais
pode tomar parte nas relações do sócio que, para o exercício de certas
ostensivo com terceiros, sob pena de atividades, imponham a constituição da
responder solidariamente com este pelas sociedade segundo determinado tipo.”
obrigações em que intervier.” A sociedade empresária deve
D) Prova da existência assumir um dos tipos da tabela. A
“Art. 992. A constituição da sociedade simples pode assumir um dos
sociedade em conta de participação
independe de qualquer formalidade e tipos da tabela. Contudo, a sociedade
pode provar-se por todos os meios de simples pode ser pura (não assumir
direito.” qualquer um daqueles tipos ali
Ou seja, sócio e terceiros a colocados).
provam por todos os meios admitidos Atenção, pois as regras contidas
em Direito. nos artigos 996, 1.040, 1.053 colocam
E) Caso seja levada ao registro as regras das sociedades simples como
Continua sendo uma sociedade de aplicação subsidiária aos tipos
despersonificada: societários respectivos.
“Art. 993. O contrato social Por isso se afirma que o tipo
produz efeito somente entre os sócios, e societário da sociedade simples atua
a eventual inscrição de seu instrumento
em qualquer registro não confere
como regras gerais das sociedades.
personalidade jurídica à sociedade. Segundo o art. 1.150 do CC a
(...)” sociedade empresária é registrada na
Junta comercial, e a sociedade simples
3) Quadro geral das sociedades no Registro Civil das Pessoas Jurídicas
personificadas (Cartório). Contudo, já duas exceções:
SOCIEDADES SOCIEDADES - a cooperativa, que em tese
EMPRESÁRIAS SIMPLES deveria ser registrada em cartório por

10
ser sociedade simples, registra-se na responsabilidade limitada, ilimitada, ou
Junta Comercial; mista. O critério é a responsabilidade
- a sociedade de advogados, dos sócios pelas obrigações sociais.
apesar de ter natureza simples, também Na sociedade limita, o sócio não
se registra em órgão próprio, que é a responde por dívidas da sociedade; na
OAB. responsabilidade ilimitada, o sócio
responde com seus bens pessoais por
3) Classificação das sociedades tais dívidas; e na responsabilidade
personificadas mista, há sócios de responsabilidade
i) sociedade de pessoas e de limitada e outros de responsabilidade
capital – o critério é o grau de ilimitada.
dependência da sociedade em relação às iii) sociedade contratual ou
qualidades subjetivas dos sócios, que é institucional – o critério é o regime de
indispensável (de pessoas) ou não (de constituição e dissolução do vínculo
capital) para o sucesso da sociedade. societário. Teremos ou uma sociedade
No TRF da 5ª Região tratou-se da contratual, instituída por contrato social,
seguinte questão: exclusão de sócio do ou a institucional, por estatuto social
art. 1.030 do CC. (sociedade em comandita por ações e
“Art. 1.030. Ressalvado o sociedade anônima).
disposto no art. 1.004 e seu parágrafo No contrato social temos duas
único, pode o sócio ser excluído
judicialmente, mediante iniciativa da
características importantes: prevalecem
maioria dos demais sócios, por falta os interesses particulares dos sócios,
grave no cumprimento de suas que vão definir as regras sociais; e
obrigações, ou, ainda, por incapacidade incidem os princípios contratuais.
superveniente. Exemplo: sociedade limitada.
Parágrafo único. Será de pleno
direito excluído da sociedade o sócio
No estatuto social, o que
declarado falido, ou aquele cuja quota prevalece são as regras definidas pela
tenha sido liquidada nos termos do Lei n. 6.404/76. Exemplo: sociedade
parágrafo único do art. 1.026.”1 anônima.
Numa sociedade de capital, não iv) quanto à nacionalidade -
parece razoável a exclusão do sócio que podemos ter uma sociedade nacional ou
se tornou incapaz. estrangeira. CC, 1.126:
ii) quanto à responsabilidade - “Art. 1.126. É nacional a
pode ser uma sociedade de sociedade organizada de conformidade
com a lei brasileira e que tenha no País a
1
“Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e sede de sua administração.
prazo previstos, às contribuições estabelecidas no Parágrafo único. Quando a lei
contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos exigir que todos ou alguns sócios sejam
trinta dias seguintes ao da notificação pela brasileiros, as ações da sociedade
sociedade, responderá perante esta pelo dano anônima revestirão, no silêncio da lei, a
emergente da mora. forma nominativa. Qualquer que seja o
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria tipo da sociedade, na sua sede ficará
dos demais sócios preferir, à indeniza-ção, a exclusão arquivada cópia autêntica do documento
do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao comprobatório da nacionalidade dos
montante já realizado, aplicando-se, em ambos os sócios.”
casos, o disposto no § 1o do art. 1.031.” Assim, para ser nacional exige-se
“Art. 1.026. O credor particular de sócio pode, na
insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair constituição em conformidade com as
a execução sobre o que a este couber nos lucros da leis brasileiras, e sede da administração
sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação. no País. Não importa a nacionalidade
Parágrafo único. Se a sociedade não estiver dos sócios, muito menos a origem do
dissolvida, pode o credor requerer a liquidação da
quota do devedor, cujo valor, apurado na forma do capital social.
art. 1.031, será depositado em dinhei-ro, no juízo da “Seção III
execução, até noventa dias após aquela liquidação.” Da Sociedade Estrangeira

11
Art. 1.134. A sociedade 5) Sociedades contratuais
estrangeira, qualquer que seja o seu As sociedades institucionais,
objeto, não pode, sem autorização do
Poder Executivo, funcionar no País,
como visto, são apenas a S/A e a
ainda que por estabelecimentos sociedade em comandita por ações. As
subordinados, podendo, todavia, demais são contratuais.
ressalvados os casos expressos em lei,
ser acionista de sociedade anônima 5.1) Ato constitutivo
brasileira.
§ 1º Ao requerimento de
Instrumento particular
autorização devem juntar-se: (geralmente uma minuta) ou público
I - prova de se achar a sociedade (confeccionado num tabelionato de
constituída conforme a lei de seu país; notas).
II - inteiro teor do contrato ou do Segundo o EAOAB, art. 1º, § 2º,
estatuto;
III - relação dos membros de
exige-se o visto de um advogado.
todos os órgãos da administração da Observação: quando se trata de micro
sociedade, com nome, nacionalidade, empresa, empresa de pequeno porte ou
profissão, domicílio e, salvo quanto a microempreendedor individual não se
ações ao portador, o valor da exige esse requisito.
participação de cada um no capital da
Cláusulas do instrumento:
sociedade;
IV - cópia do ato que autorizou o i) qualificação dos sócios, que
funcionamento no Brasil e fixou o capital podem ser pessoa jurídica ou natural;
destinado às operações no território ii) objeto social;
nacional; iii) sede;
V - prova de nomeação do
iv) nome a ser adotado pela
representante no Brasil, com poderes
expressos para aceitar as condições sociedade;
exigidas para a autorização; v) prazo da sociedade
VI - último balanço. (determinado ou indeterminado);
§ 2º Os documentos serão vi) capital social;
autenticados, de conformidade com a lei vii) quotas sociais de cada sócio;
nacional da sociedade requerente,
legalizados no consulado brasileiro da viii) administrador;
respectiva sede e acompanhados de ix) participação de cada sócio nos
tradução em vernáculo.” lucros e perdas da sociedade;
Sociedade estrangeira é aquela x) tipo de responsabilidade do
organizada de acordo com a lei sócio.
estrangeira e com sede da administração Material de Apoio - D. Empresarial -
em outro país. Alexandre Gialluca - Aula 02 (II).pdf
Para funcionar no Brasil precisa Perdi essa aula estava em Palmas
de autorização do Poder Executivo fazendo matricula na Polícia.
Federal.
Ela pode ser acionista de Material de Apoio - D. Empresarial -
sociedade anônima brasileira (cf. art. Alexandre Gialluca - Aula 03 (II).pdf
1134). Contudo, tanto doutrina quanto 6. Sociedade simples (continuação)
jurisprudência entendem que podem ser 6.5. Administração
acionistas ou cotitas de outros tipos de D) Poderes
sociedades (cf. JDC, 486: “”). Um E) Função personalíssima do
exemplo recente dessa possibilidade é a administrador
Quero Alimentos Ltda, empresa Ao administrador é vedado fazer-
brasileira e a empresa americana Heinz, se substituir no exercício de suas
que comprou 80% das cotas da funções. A sociedade confia nas
primeira. características pessoais do

12
administrador e, por isso, ele foi Parágrafo único. O excesso por
nomeado. parte dos administradores somente pode
“Art. 1.018. Ao administrador é ser oposto a terceiros se ocorrer pelo
vedado fazer-se substituir no exercício de menos uma das seguintes hipóteses:
suas funções, sendo-lhe facultado, nos I - se a limitação de poderes
limites de seus poderes, constituir estiver inscrita ou averbada no registro
mandatários da sociedade, especificados próprio da sociedade;
no instrumento os atos e operações que II - provando-se que era
poderão praticar.” conhecida do terceiro;
III - tratando-se de operação
F) Responsabilidade do evidentemente estranha aos negócios da
administrador sociedade.”
Segundo o art. 1022, a vontade da Ou seja, o administrador
sociedade é externada pelo responde sozinho se:
administrador. Aqui, a sociedade é - se a limitação de poderes estiver
quem responde. inscrita ou averbada no registro próprio
“Seção IV da sociedade;
Das Relações com Terceiros
Art. 1.022. A sociedade adquire - provando-se que era conhecida
direitos, assume obrigações e procede de terceiro a limitação. Na hipótese
judicialmente, por meio de anterior, como está no contrato social,
administradores com poderes especiais, fica mais simples. Se houver prova que
ou, não os havendo, por intermédio de o terceiro conhecia a limitação, a
qualquer administrador.”
responsabilidade caberá ao
Temos algumas exceções:
administrador;
i) art. 1016 – a responsabilidade é
- tratando-se de operação
da sociedade com o administrador,
evidentemente estranha aos negócios da
quando agir com culpa no desempenho
sociedade. Trata-se da teoria ultra vires,
de suas funções.
“Art. 1.016. Os administradores
de origem inglesa. Por esta teoria, a
respondem solidariamente perante a pessoa jurídica só responde pelos atos
sociedade e os terceiros prejudicados, praticados em seu nome quando
por culpa no desempenho de suas compatíveis com o seu objeto. Se
funções.” estranho às finalidades da pessoa
O exemplo que tem sido utilizado jurídica, o ato deve ser imputado à
é no aspecto tributário. Apesar da pessoa física que agiu em nome da
própria lei determinar essa sociedade. Exemplo: imagine-se uma
responsabilidade por conta de dívidas pizzaria que compra cosméticos junto a
tributárias, o fato é que muitas um site de produtos de beleza.
execuções fiscais já estão sendo Antes do CC/2002 não se falava
direcionadas para o administrador por da teoria ultra vires no Brasil, mas
conta da dissolução irregular (falta da apenas da teoria da aparência. Se
baixa na Junta Comercial ou no aparentemente tem os poderes para
Cartório). A dissolução irregular é uma praticar o ato, devemos atribuir a
negligência e, por isso, tem-se aplicado responsabilidade à pessoa jurídica,
o art. 1016. levando-se em consideração a boa-fé do
ii) art. 1015 – apenas o terceiro que contratou com a sociedade.
administrador irá responder quando age A massificação das relações
com excesso previsto no art. 1015: comerciais torna cada vez mais inviável
“Art. 1.015. No silêncio do
contrato, os administradores podem
a análise detida caso a caso, sob pena de
praticar todos os atos pertinentes à gestão romper a fluidez dos negócios jurídicos.
da sociedade; não constituindo objeto Assim, o que vale em primeiro lugar é a
social, a oneração ou a venda de bens teoria da aparência, e depois a teoria
imóveis depende do que a maioria dos ultra vires. Cf. JDCom, 11: “A regra do
sócios decidir.

13
art. 1015, parágrafo único do CC deve Art. 1.032. A retirada, exclusão
ser aplicada a luz da teoria da ou morte do sócio, não o exime, ou a
seus herdeiros, da responsabilidade pelas
aparência e do primado da boa-fé obrigações sociais anteriores, até dois
objetiva, de modo a prestigiar a anos após averbada a resolução da
segurança do tráfego social. As sociedade; nem nos dois primeiros casos,
sociedades se obrigam perante pelas posteriores e em igual prazo,
terceiros de boa-fé”. enquanto não se requerer a averbação.”

6.6. Dissolução ii) dissolução total:


A dissolução pode ser parcial a) por vontade dos sócios;
(sociedade é preservada) ou total b) expiração do prazo;
(sociedade sofre extinção). c) falência da sociedade (por
i) dissolução parcial – hipóteses: aplicação subsidiária as demais
a) direito de retirada; sociedades, e não às sociedades simples,
b) vontade dos sócios; que não sofrem falência);
c) morte do sócio; d) unipessoalidade por mais de
d) falência do sócio; e 180 (cento e oitenta) dias, ou seja, não
e) liquidação da cota a pedido do recomposição da pluralidade de sócios
credor. nesse prazo ou da sua transformação em
“Seção V EIRELI;
Da Resolução da Sociedade e) inexequibilidade de seu objeto
em Relação a um Sócio (geralmente, a extinção do mercado).
Art. 1.028. No caso de morte de f) anulação do ato constitutivo;
sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo:
I - se o contrato dispuser g) extinção de autorização para
diferentemente; funcionamento (art. 1033, V).
II - se os sócios remanescentes “Seção VI
optarem pela dissolução da sociedade; Da Dissolução
III - se, por acordo com os Art. 1.033. Dissolve-se a
herdeiros, regular-se a substituição do sociedade quando ocorrer:
sócio falecido. I - o vencimento do prazo de
Art. 1.029. Além dos casos duração, salvo se, vencido este e sem
previstos na lei ou no contrato, qualquer oposição de sócio, não entrar a sociedade
sócio pode retirar-se da sociedade; se de em liquidação, caso em que se prorrogará
prazo indeterminado, mediante por tempo indeterminado;
notificação aos demais sócios, com II - o consenso unânime dos
antecedência mínima de sessenta dias; se sócios;
de prazo determinado, provando III - a deliberação dos sócios, por
judicialmente justa causa. maioria absoluta, na sociedade de prazo
Parágrafo único. Nos trinta dias indeterminado;
subseqüentes à notificação, podem os IV - a falta de pluralidade de
demais sócios optar pela dissolução da sócios, não reconstituída no prazo de
sociedade. cento e oitenta dias;
Art. 1.030. Ressalvado o disposto V - a extinção, na forma da lei,
no art. 1.004 e seu parágrafo único, pode de autorização para funcionar.
o sócio ser excluído judicialmente, Parágrafo único. Não se aplica o
mediante iniciativa da maioria dos disposto no inciso IV caso o sócio
demais sócios, por falta grave no remanescente, inclusive na hipótese de
cumprimento de suas obrigações, ou, concentração de todas as cotas da
ainda, por incapacidade superveniente. sociedade sob sua titularidade, requeira
Parágrafo único. Será de pleno no Registro Público de Empresas
direito excluído da sociedade o sócio Mercantis a trans-formação do registro
declarado falido, ou aquele cuja quota da sociedade para empresário individual,
tenha sido liquidada nos termos do observado, no que couber, o disposto nos
parágrafo único do art. 1.026. arts. 1.113 a 1.115 deste Código.
(...) (Incluído pela lei Complementar nº 128,
de 2008)

14
Parágrafo único. Não se aplica o sócios, podendo a escolha recair em
disposto no inciso IV caso o sócio pessoa estranha à sociedade.
remanescente, inclusive na hipótese de § 1º O liquidante pode ser
concentração de todas as cotas da destituído, a todo tempo:
sociedade sob sua titularidade, requeira, I - se eleito pela forma prevista
no Registro Público de Empresas neste artigo, mediante deliberação dos
Mercantis, a transformação do registro sócios;
da sociedade para empresário individual II - em qualquer caso, por via
ou para empresa individual de judicial, a requerimento de um ou mais
responsabilidade limitada, observado, no sócios, ocorrendo justa causa.
que couber, o disposto nos arts. 1.113 a § 2º A liquidação da sociedade se
1.115 deste Código. (Redação processa de conformidade com o
dada pela Lei nº 12.441, de 2011) disposto no Capítulo IX, deste
(Vigência) Subtítulo.”
Art. 1.034. A sociedade pode ser Nos casos de dissolução parcial,
dissolvida judicialmente, a requerimento ocorrerá a apuração de haveres na
de qualquer dos sócios, quando:
I - anulada a sua constituição;
exclusão, morte ou exercido o direito de
II - exaurido o fim social, ou retirada, na forma do art. 1031, em
verificada a sua inexeqüibilidade. balanço patrimonial especial.
Art. 1.035. O contrato pode “Art. 1.031. Nos casos em que a
prever outras causas de dissolução, a sociedade se resolver em relação a um
serem verificadas judicialmente quando sócio, o valor da sua quota, considerada
contestadas. pelo montante efetivamente realizado,
Art. 1.036. Ocorrida a dissolução, liquidar-se-á, salvo disposição contratual
cumpre aos administradores providenciar em contrário, com base na situação
imediatamente a investidura do patrimonial da sociedade, à data da
liquidante, e restringir a gestão própria resolução, verificada em balanço
aos negócios inadiáveis, vedadas novas especialmente levantado.
operações, pelas quais responderão § 1º O capital social sofrerá a
solidária e ilimitadamente. correspondente redução, salvo se os
Parágrafo único. Dissolvida de demais sócios suprirem o valor da quota.
pleno direito a sociedade, pode o sócio § 2º A quota liquidada será paga
requerer, desde logo, a liquidação em dinheiro, no prazo de noventa dias, a
judicial. partir da liquidação, salvo acordo, ou
Art. 1.037. Ocorrendo a estipulação contratual em contrário.”
hipótese prevista no inciso V do art.
1.033, o Ministério Público, tão logo 7. Sociedade limitada
lhe comunique a autoridade
competente, promoverá a liquidação
7.1. Legislação aplicável
judicial da sociedade, se os A sociedade limitada possui um
administradores não o tiverem feito capítulo próprio no CC (artigos 1052 e
nos trinta dias seguintes à perda da seguintes).
autorização, ou se o sócio não houver Se esse capítulo não é suficiente
exercido a faculdade assegurada no
parágrafo único do artigo antecedente.
para resolver a questão surgida, cf. art.
Parágrafo único. Caso o 1053, caput, devemos aplicar para as
Ministério Público não promova a sociedades limitadas as regras de
liquidação judicial da sociedade nos sociedade simples.
quinze dias subseqüentes ao recebimento Todavia, o art. 1053, p. ú. diz que
da comunicação, a autoridade
o contrato social de uma limitada pode
competente para conceder a autorização
nomeará interventor com poderes para ter uma cláusula contratual expressa
requerer a medida e administrar a falando da regência supletiva das regras
sociedade até que seja nomeado o de sociedade anônima.
liquidante. “ CAPÍTULO IV
Art. 1.038. Se não estiver Da Sociedade Limitada
designado no contrato social, o Seção I
liquidante será eleito por deliberação dos Disposições Preliminares

15
Art. 1.052. Na sociedade limitada, (desde que observada a regra do art.
a responsabilidade de cada sócio é 974, § 3º - representação, não ser
restrita ao valor de suas quotas, mas
todos respondem solidariamente pela
administrador, e o capital social
integralização do capital social. totalmente integralizado), e entre
Art. 1.053. A sociedade limitada cônjuges (art. 977, ou seja, desde que
rege-se, nas omissões deste Capítulo, não sejam casados no regime da
pelas normas da sociedade simples. comunhão universal de bens ou no da
Parágrafo único. O contrato social
poderá prever a regência supletiva da
separação obrigatória).
sociedade limitada pelas normas da
sociedade anônima.” B) forma de integralização – pode
ser paga em dinheiro, bens (móveis ou
7.2. Características imóveis – neste último caso não incide
i) é contratual, i. é, possui ITBI, cf. CRFB, 156, § 2º). Não é
contrato social (art. 1054); possível a integralização com a
ii) quanto à natureza, pode ser prestação de serviços (art. 1055, § 2º).
empresária limitada ou simples Observação. Responsabilidade
limitada; pela integralização. Se um dos sócios
integraliza sua cota com um imóvel,
7.3. Responsabilidade dos sócios dando a avaliação por um valor superior
CC, 1052: ao real. Um credor analisa que a
“Art. 1.052. Na sociedade integralização desfalcou o capital social.
limitada, a responsabilidade de cada Nesse caso, o credor pode executar os
sócio é restrita ao valor de suas quotas,
mas todos respondem solidariamente
demais sócios, responsabilizando-os
pela integralização do capital social.” pela integralização? Sim, segundo o art.
A responsabilidade do sócio está 1055, § 1º.
“Art. 1.055. O capital social
restrita ao valor de suas cotas sociais,
divide-se em quotas, iguais ou desiguais,
mas todos os sócios, sem exceção, cabendo uma ou diversas a cada sócio.
respondem de forma solidária pelo que § 1º Pela exata estimação de bens
falta para a integralização do capital conferidos ao capital social respondem
social. solidariamente todos os sócios, até o
O ato de comprometimento é a prazo de cinco anos da data do registro
da sociedade.
subscrição; o pagamento é a § 2º É vedada contribuição que
integralização. consista em prestação de serviços.”
Exceções em que há
responsabilidade ilimitada: C) Quotas iguais ou desiguais
i) ausência de registro; As cotas podem ser desiguais,
ii) dívidas trabalhistas; mas usualmente utiliza-se as cotas
iii) hipóteses de desconsideração iguais, para facilitar uma série de
da personalidade jurídica; operações, como votos, haveres,
iv) hipóteses do art. 1.080: dissolução etc.
“Art. 1.080. As deliberações
infringentes do contrato ou da lei tornam
ilimitada a responsabilidade dos que
D) Cessão de quotas sociais
expressamente as aprovaram.” Deve ser definido no contrato
v) nos casos do art. 135, III do social a possibilidade ou não da cessão
Código Tributário Nacional. das cotas sociais.
Na omissão do contrato, para
7.4. Quotas sociais ceder cotas a outro sócio, não é
A) quem pode figurar como sócio necessária anuência dos demais. Para
de uma sociedade limitada? Pode ser terceiros, é necessária autorização.
pessoa física ou jurídica, o incapaz

16
“Art. 1.057. Na omissão do direito aos que posteriormente
contrato, o sócio pode ceder sua quota, adquiram essa qualidade.”
total ou parcialmente, a quem seja sócio,
independentemente de audiência dos 7.6. Conselho fiscal
outros, ou a estranho, se não houver
oposição de titulares de mais de um
Funções do conselho fiscal são
quarto do capital social. fiscalizar as contas da sociedade e os
Parágrafo único. A cessão terá atos de gestão da administração.
eficácia quanto à sociedade e terceiros, Contudo, se trata de um órgão de
inclusive para os fins do parágrafo único instituição facultativa.
do art. 1.003, a partir da averbação do
respectivo instrumento, subscrito pelos
sócios anuentes.” Sua composição é de três ou mais
membros, sócios ou não, eleitos na
E) penhora de cotas sociais assembleia, residentes no País.
Segundo o sTJ, já era possível. O “Seção IV
Do Conselho Fiscal
CPC acatou esse entendimento e Art. 1.066. Sem prejuízo dos
autorizou no art. 835, IX. poderes da assembléia dos sócios, pode o
contrato instituir conselho fiscal
7.5. Administração composto de três ou mais membros e
A) Nomeação respectivos suplentes, sócios ou não,
residentes no País, eleitos na assembléia
Pode ser feita no contrato social anual prevista no art. 1.078.”
ou em ato separado (=ata de
assembleia). 7.7. Deliberações sociais
B) Administrador De acordo com o art. 1072 do CC,
Pode ser sócio e não sócio. Cf. art. as decisões da sociedade limitada são
1061, a aprovação do não sócio depende tomadas na forma do art. 1010:
da situação do capital social, se “Art. 1.072. As deliberações dos
integralizado ou não: sócios, obedecido o disposto no art.
“Art. 1.061. Se o contrato permitir 1.010, serão tomadas em reunião ou em
administradores não sócios, a designação assembléia, conforme previsto no
deles dependerá de aprovação da contrato social, devendo ser convocadas
unanimidade dos sócios, enquanto o pelos administradores nos casos
capital não estiver integralizado, e de previstos em lei ou no contrato.
dois terços, no mínimo, após a § 1º A deliberação em assembléia
integralização.” será obrigatória se o número dos sócios
for superior a dez.
C) Cessação do exercício do cargo § 2º Dispensam-se as
formalidades de convocação previstas no
1) decurso do prazo; § 3o do art. 1.152, quando todos os
2) destituição; sócios comparecerem ou se declararem,
3) renúncia. por escrito, cientes do local, data, hora e
ordem do dia.
D) A função de administrador não § 3º A reunião ou a assembléia
tornam-se dispensáveis quando todos os
é transferida com a cessão de cotas sócios decidirem, por escrito, sobre a
sociais (CC, 1060, p. ú.): matéria que seria objeto delas.
“Seção III § 4º No caso do inciso VIII do
Da Administração artigo antecedente, os administradores,
Art. 1.060. A sociedade limitada é se houver urgência e com autorização de
administrada por uma ou mais pessoas titulares de mais da metade do capital
designadas no contrato social ou em ato social, podem requerer concordata
separado. preventiva.
Parágrafo único. A § 5º As deliberações tomadas de
administração atribuída no contrato a conformidade com a lei e o contrato
todos os sócios não se estende de pleno vinculam todos os sócios, ainda que
ausentes ou dissidentes.

17
§ 6º Aplica-se às reuniões dos
sócios, nos casos omissos no contrato, o
disposto na presente Seção sobre a
assembléia.”
“Art. 1.010. Quando, por lei ou
pelo contrato social, competir aos sócios
decidir sobre os negócios da sociedade,
as deliberações serão tomadas por
maioria de votos, contados segundo o
valor das quotas de cada um.
§ 1º Para formação da maioria
absoluta são necessários votos
correspondentes a mais de metade do
capital.
§ 2º Prevalece a decisão sufragada
por maior número de sócios no caso de
empate, e, se este persistir, decidirá o
juiz.
§ 3º Responde por perdas e danos
o sócio que, tendo em alguma operação
interesse contrário ao da sociedade,
participar da deliberação que a aprove
graças a seu voto.”
Ou seja, as decisões podem ser
tomadas em assembleia ou em reunião.
Se a sociedade limitada possuir mais de
dez sócios, é obrigatória a assembleia.
O quórum será por maioria do
capital social e, em caso de empate, o
desempate ocorre pela quantidade de
sócios e, por fim, por decisão judicial.
A alteração do contrato social, cf.
art. 1071, V c/c 1076, I do CC, será
necessário o quórum de ¾ do capital
social.
*conferir no material todos os quóruns
mais importantes para as decisões nas
sociedades limitadas.

Material de Apoio - D. Empresarial -


Alexandre Gialluca - Aula 04 (II).pdf

Material de Apoio - D. Empresarial -


Alexandre Gialluca - Aula 05 (II).pdf

18

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