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Thamyres Cavalcante -6MA-

Cuidados Intensivos no
Paciente Cirúrgico
(AULA 3.3)

Período pós-operatório

1-4% mortalidade pós-operatório (geral) Imediato (24h iniciais)


13% das cirurgias são de alto risco para Mediato ou recente (24h até 30 dias)
complicações – 80% dos óbitos Tardio (30 dias a 1 ano)
16,8% dos pacientes apresentam eventos Risco de óbito nos primeiros 30 dias pós-op é
adversos pós-op – potenciais sequelas e piora da 1000x maior que durante a cirurgia em si
sobrevida

Pós-operatório imediato (POI)


Planejamento da cirurgia, otimização de
comorbidades, padronização do cuidado
Anestesia Local
o Alta hospitalar
Fatores de risco p/ eventos adversos pós-op
o Direto p/ quarto ou enfermaria
Condições clínicas do paciente antes da cirurgia
Prevalência de comorbidades Anestesia geral, regional, bloqueio terapêutico
Magnitude, tipo e duração da operação ou sedação
o Sala de recuperação pós-anestésica (SRPA)
o Unidade de terapia intensiva (UTI)

SRPA OU UTI?

UTI – todo paciente com indicação de


tratamento intensivo, pacientes graves e/ou de
risco
SRPA – demais pacientes

Considerar
o Idade, comorbidades
o Porte e duração da cirurgia
o Eletiva x urgência/emergência
o Estado clínico do paciente

Prevenção e detecção precoces das possíveis


complicações resultantes da anestesia ou do
procedimento cirúrgico
Thamyres Cavalcante -6MA-
Pacientes no POI desde a saída da SO até a
recuperação da consciência, eliminação de
anestésicos e estabilização dos sinais vitais
Localizada dentro ou próxima ao centro cirúrgico
Número de leitos (número de salas de cirurgia +
1)
Aspiradores, fontes de oxigênio permanente
Cardioscópio, esfigmomanômetro, termômetro
e oxímetro de pulso
Respiradores artificiais, manta térmica
Carro de emergência + desfibrilador
Mortalidade operatória

Monitorar o Geral – 3,4%


o > 55 anos + cirurgas eletivas – 8,2%
o Circulação (FC, PA e ritmo cardíaco)
o Pcts com câncer – 20,3%
o Respiração (FR, oximetria) • Estado de
15% pacientes de alto risco → 80% das mortes
consciência
associadas a cirurgia
o Temperatura
FR p/ óbito perioperatório – idade,
o Intensidade da dor
comorbidades, cirurgias de grande porte
o Evolução do quadro de bloqueio motor e/ou
Insuficiência miocárdica (33,7%), sepse (24,7%) e
simpático (se bloqueios regionais e/ou
disfunção de múltiplos órgãos (19,2%)
centrais)
o Sangramentos etc
Uti no período pós-operatório

Critérios de alta da SRPA Padrão-ouro no pós-op de cirurgias de alto risco


o Admissão imediata após a SO melhor
SSVV estáveis
prognóstico que tardia (“de resgate”)
Retorno do estado de consciência
o Reserva antecipada de UTI
Controle efetivo da dor
o ↓ custos e complicações pós-op
Ausência de bloqueio motor e/ou simpático nas
anestesias regionais
Pacientes cirúrgicos
Controle da temperatura corporal
o 40% das admissões em UTI no Reino Unido
Controle de náuseas e vômitos
o 32% na Espanha, sendo 61% cirurgias eletivas
o Europa (28 países) - 73% dos óbitos pós-op
não foram direto p/ a UTI
Thamyres Cavalcante -6MA-
Necessidade de manter IOT

Critérios cirúrgicos

Cirurgias de grande porte


Cirurgias de médio porte +
Instabilidade hemodinâmica, ou risco de falência
respiratória ou comprometimento das VVAA
e/ou portadores de comorbidades
Transplantes de órgãos intracavitários

Critérios clínicos
Politrauma com instabilidade hemodinâmica ou
neurológica
Idade > 65-70 anos + comorbidade
Grande perda de sangue perioperatória ou no
descompensada (ASA III)
POI (>1000mL)
ICC / ICO / DPOC
Apneia obstrutiva do sono e obesidade
Rebaixamento do nível de consciência
IRC/IRA, distúrbios eletrolíticos Recomendações UTI cirúrgica
Cirrose Manejo adequado de fluidos IV
Diabetes descompensado / cetoacidose o Evitar hipo ou hipervolemia, hipotensão,
Instabilidade hemodinâmica drogas nefrotóxcas
ECG com alterações isquêmicas ou arritmias o Cristalóides x colóides x HTF
Monitoração hemodinâmica e respiratória (PA,
Complicações intraop ou na SRPA FC, FR, SpO2, ritmo cardíaco, diurese, PVC)
Profilaxia úlcera de estresse e tromboembolismo
Sangramento ou coagulopatia, politransfusão
venoso (TVP e TEP)
Lesão de alça, ureter, grandes vasos
Analgesia a intervalos regulares
Padrão ventilatório ruim ou insuficiência
o Conforto, mobilidade, evitar atelectasia e
respiratória (SpO2 < 90% e/ou FR > 40 irpm)
hipoxemia
Broncoespasmo não revertido, reação alérgica
Dipirona ou paracetamol + AINEs
moderada ou grave, edema agudo de pulmão
Minimizar uso de opióides e benzodiazepínicos
Hipotensão não revertida ou crise hipertensiva
(delirium)
Sinais de hipoperfusão tecidual ou PCR
Analgesia peridural (cateter) ou subaracnóidea
Oligúria (diur < 0,5mL/h)
Sinais de sepse
Agitação psicomotora
Arritmias novas e persistentes
Alteração de ECG sugestivas de isquemia
Instabilidade hemodinâmica no intraop
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Sedação (pacientes intubados)
Bom nível de consciência
o Dose mínima necessária, fazer “despertar
PAM > 65mmHg
diário”
FC < 100bpm
o Fentanil e midazolam
Diurese > 0,5mL/kg
o Propofol e dexmedetomidina (precedex)

DOSES
Dipirona 30-50mg/kg/dose IV 6/6h
Paracetamol 750 mg VO 6/6h (se alergia a
dipirona) Tramadol 50-100mg IV 6/6h
Cetoprofeno 50-100mg IV 12/12h*
Morfina 2-4mg IV 4/4h (bolus ou ACP)

↓ complicações respiratórias
o Analgesia, fisioterapia respiratória, evitar
hiperóxia
o Avaliar analgesia regional
o VNI, deambulação precoce, decúbito elevado
> 30°
Extubação
o Estabilidade hemodinâmica, normotermia,
ausência de sangramento
o Nível de consciência, oxigenação e ventilação
adequados

Mobilização e reabilitação precoces


Reiniciar nutrição precocemente (oral, enteral,
parenteral s/n)
Prevenção de infecção – ATB profiláticos, higiene
das mãos, assepsia p/ procedimentos invasivos
Controle glicêmico (110-180mg/dL)
Humanização e cuidados paliativos

Monitoração hemodinâmica e respiratória

Cardioscopia, oximetria de pulso, PNI ou PA


invasiva, PVC
Tempo de enchimento capilar
Aferir diurese
Sinais de sangramento (drenos, curativos)

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