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Acidemia: pH arterial abaixo do valor normal 3. 56 anos, sexo feminino, DPOC com diarreia
Alcalemia: pH arterial acima do valor normal o pH 7,08
Acidose: processo que reduz o pH, por ↓HCO3 o pCO2 80 mmHg
o HCO3 24 mEq /L
e/ou ↑PaCO2
o R: alcidemia devido uma acidose respi-
Alcalose: processo que eleva o pH, por ↑HCO3 ratória
e/ou ↓PaCO2
Acidose metabólica
Obs.: a acidose e a alcalose vão ser os processos que
tendem a abaixar ou aumentar o pH, mas que não ne- Ocorre quando temos excesso de H+ ou perda
cessariamente vais deixa-lo acima ou a baixo dos pa- de bicarbonato. Ele ocorre quando há algum processo
râmetros, por exemplo, podemos ter uma alcalose, com metabólico no corpo em que irá ser gerado muito H+ ou
consumo de bicarbonato e o paciente está com o pH perder muito bicarbonato. Essa perda de bicarbonato
normal porque o organismo conseguiu compensar. pode ser através da via digestiva (como nas diarreias),
Obs.: caso o paciente apresente uma acidose metabó- através dos rins (o rim deveria filtrar e reabsorver o bi-
lica (retendo H+ ou perdendo base) o organismo vai carbonato, só que isso não está ocorrendo ou então o
tender a fazer uma alcalose respiratória para compen- rim não está eliminando o excesso de H+, mas devido a
sar essa alteração. uma disfunção como a insuficiência renal ele não está
conseguindo). Nela temos dois tipos:
Distúrbios ácido básicos primários (ou simples)
Obs.: o normal é que no sangue tenhamos a mesma
Acidose metabólica (↓ HCO3- → ↓pH) quantidade de íons de carga negativa e de positiva.
Sendo os positivos Na+ e um pouquinho de K+ (quase
Alcalose metabólica (↑ HCO3- → ↑ pH)
nada), e os negativos cloreto, bicarbonato e os ânions
Acidose respiratória (↑ pCO2 → ↓ pH) não mensuráveis (são a soma de outros ânions que estão
Alcalose respiratória (↓ pCO2 → ↑pH) em pequena quantidade, mas que juntos fazem dife-
rença).
Como caber quem é o distúrbio primário e o distúrbio
secundário? O distúrbio primário (o distúrbio que co- Ânion GAP alto
meçou a alteração) tende a ser na mesma direção do
pH. Então se o distúrbio primário for a acidose o pH vai É aquela em que na hora em que se formou o
estar diminuído, já se o distúrbio primário for uma alca- ácido, foi formado também uma partícula que
lose o pH vai estar aumentado. é negativa que vai ficar em acumulo/ excesso
no organismo. Por exemplo, em uma paciente
Valores de referência da gasometria: que está em choque cardiogênico ou hemorrá-
gico ele vai apresentar ácido lático em excesso,
esse ácido lático vai se dissociar no sangue em
H+ e lactato
AG = Na ++--(Cl --+ HCO3
Normal < 12
Exemplos:
o Acidose láctica (sepse, choque)
o Cetoacidose (diabética, alcoólica, je-
jum)
Casos clínicos o IRC- não é possível eliminar o ácido sul-
1. 48 anos, sexo feminino, choque séptico de ori- fúrico
gem abdominal. o Rabdomiólise
o pH 7,15 o Intoxicações exógenas (etanol, etileno-
o pCO2 18 mmHg glicol, AAS)
o HCO3- 6 mEq /L o Ingestão de metanol, polietilenoglicol,
o R: acidemia devido a uma ácidose me- etilenoglicol, isoniazida
tabólica Ânion GAP normal
2. 60 anos, sexo feminino, vômitos pós QT
o pH 7,54 quando o problema é diretamente o excesso de
o pCO2 53 mmHg bicarbonato ou excesso de H+, sem formação
o HCO3- 42 mEq /L de um ânion estranho
o R: alcalemia devido a uma alcalose me- Perdas digestivas (diarreia, fístulas entéricas/
tabólica pancreática/ biliar)
Perdas renais (acidose tubular renal, IRC inicial)
Bruna Carvalho- Med10 MA 3
Ao se deparar com uma acidose metabólica de- cloreto (soluções de NaCl e KCl), susp diuréticos, adm.
vemos tratar doença de base. Se for um choque séptico antieméticos e bloq da secreção gástrica.
devemos fazer antibiótico, volume e droga vasoativa.
Se for um choque cardiogênico fazer medicação cardi- Obs.: geralmente as alcaloses respiratórias são respon-
otônica, volume e medicações vasoativas. Se for uma ce- sivas a cloreto.
toacidose corrigir a glicemia com insulina, fazer volume, Acidose respiratória
corrigir distúrbios hidroeletrolíticos.
Quando se deve corrigir a acidose metabólica com bi- Temos uma ↓ eliminação de CO2 pelos pulmões,
carbonato? que pode ser:
Alcalose respiratória
A ingestão de água recomendada mínimo 1 Hiponatremia (Na < 135 mEq /L)
2L/dia (adultos sedentários em clima temperado) (ho-
mens > mulheres) (não vale para atletas ou trabalhado- Mais excesso de água que déficit de sódio
res que realizam esforço físico em climas quentes). Gravidade depende da velocidade de instala-
Sendo o ideal recomendar a ingesta de 2-3 L/ dia. A ção (crônicos- adaptação cerebral e menor le-
deficiência aguda ou crônica de água pode prejudicar são tecidual)
a saúde e/ou o desempenho físico e mental. Além disso Casos agudos (<48h) e graves (<125mEq/L)
qualquer excesso de água é facilmente eliminado pelo necessitam correção de emergência pois pode
rim. causar lesão cerebral
Distribuição de água corporal Pode ser dividida em:
A hipercalemia pode causar arritmias cardíacas Hipocalcemia (<8,5 mg/dL ou ionizado < 1mmol/L)
e até PCR
↓secreção ou ação do PTH
Dosagem sérica + ECG (para ver se já tem al-
o Hipoparatireoidismo 1º ou 2º (cirurgia
guma repercussão cardíaca)
ou trauma cervical, iodo radioativo, do-
Tratamento ença infiltrativa (hemocromatose, cân-
cer), neonatal, sepse, queimaduras,
Corrigir causa/retirar drogas hiperK+ hipo hipermagnesemia, pancreatite, ra-
Resina de troca (poliestirenossulfonato de cál- bdomiólise, pós hiperCa
cio) 15 30 g VO ou VR 6 6 h ou 8 8 h (troca K+ ↓síntese ou ação da vitamina D
por Ca++) vai quelar o K+ do sangue e eli- o Baixa ingestão, má absorção, doença
minar nas fezes hepática ou renal, hipomagnesemia,
Se ECG alterado ou K+ de 6,5-7 Correção sepse, rabdomiólise, pseudo hipopara-
de urgência (enquanto a resina de troca não tireoidismo
funciona) Precipitação/ação quelante sobre o cálcio
o Gluconato de cálcio a 10% 10 30mL IV o Fosfato, citrato, EDTA (paciente poli-
lentamente (estabiliza a membrana ce- transfudido- >3 bolsas de sangue), al-
lular) bumina, embolia gordurosa, pancrea-
o Bicarbonato de sódio a 8,4% 50 tite, sepse, protamina
100mL IV (desvia K+ para o intracelu- ↓do turnover ósseo
lar) o Calcitonina, cisplatina, bifosfonatos
o Solução polarizante (insulina + glicose)
desvia K+ para o intracelular Clínica:
o Nebulização com beta2 agonista (ex.
Obs.: Sintomas geralmente se cálcio < 7,0 7,5 mg/Dl
fenoterol) desvia K+ para o intracelu-
lar Aguda
o Furosemida excreção renal de K+ o Neuromuscular tetania, mialgia, câim-
o Diálise bras, disfagia
o Psiquiátrica ansiedade, irritabilidade,
Distúrbios do cálcio (VR: 8,5-10,5 mg/ dL)
psicose, demência
Fonte: dieta (absorção pelo TGI sob influência o Cardíaco prolongamento do ST, au-
mento do QT, ondas T invertidas, mio-
da vitamina D)
cardiopatia
50% do Ca plasmático está ligado às proteínas
Cálcio ionizado (Ca++) VR: 1,0 1,4 mmol/L
Hipoalbuminemia
cálcio total está reduzido, cálcio ionizado não
Excreção: Ca livre é filtrado nos rins, 95 % é
reabsorvido no túbulo proximal e na alça de
Henle Crônica- osteomalácia
Regulação hormonal: Insuflação de manguito- ↑P venosa- espasmo
o Paratormônio (PTH)- na hipoCa ++++, (sinal de Trousseau)
liga se a receptores nos ossos reabsor- Estimulação do nervo facial espasmo facial ipsi-
ção óssea) e túbulos renais (excreção lateral (sinal de Chvostek)
renal) Hiperreflexia
o Vitamina D (pele e dieta) - aumenta Laringoespasmo, broncoespasmo, convulsões e
absorção de Ca e fósforo no TGI
Papiledema
Bruna Carvalho- Med10 MA 7
o Condução nervosa
o Função muscular
o Reações corporais que exigem energia
(compõe o ATP)
Pacientes críticos maior demanda de fósforo (hi-
permetabolismo)
Hipofosfatemia (< 2,7mg/dL)
Causas
Desnutrição
↓reservas ou administração de fosfato, NPT po-
bre em fosfato
Alcalose (resp ou metab)
Cetoacidose diabética, alcoolismo, vômitos ou
perda gástrica
Medicações (insulina, diuréticos, antiácidos, Su-
cralfato
Clínica
Reposição oral/enteral/NPT
Se sintomática, moderada ou grave fosfato de
potássio ou de sódio IV em 4 6h
Hiperfosfatemia (> 4,5 mg/ dL)
Causas
Quelantes de fosfato
o Iônicos (sais de magnésio, alumínio) ou
o Não iônicos sevelamer )