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Usado por recrutadores para caçar talentos, o LinkedIn pode ser uma ótima “vitrine” para
quem está desempregado e quer expor suas habilidades para o mercado.
Mas, para preencher esse espaço de visibilidade de forma realmente estratégica, é preciso
entender como as empresas buscam candidatos na rede social.
Veja na imagem abaixo um exemplo de busca em inglês por um gerente de projetos que viva
na região metropolitana de Chicago, apresente certas habilidades específicas de negócios e
tenha se formado na Northwestern University ou na DePaul University. Os filtros aparecem na
coluna à esquerda:
Clique aqui para ampliar. Tela de busca por candidato no LinkedIn (LinkedIn/Divulgação)
O perigo mora no detalhe: se não tiver incluído palavras-chave como “Chicago”, “gerente de
projetos” e “Northwestern University” no seu perfil, um candidato que preencha todos os
requisitos da vaga ilustrada acima será invisível para o potencial empregador.
Daí a importância de rechear o seu perfil com palavras-chave sobre si mesmo para atrair
oportunidades, diz Fernanda Brunsizian, gerente sênior de comunicação corporativa do
LinkedIn para América Latina, Espanha e Portugal.
É claro que os termos precisam ser precisos e pertinentes à sua área de atuação. “Não vale jogar
um monte de palavras de forma aleatória”, explica ela. “No resumo, você precisa escrever um
texto que contenha esses termos, mas que ainda tenha um nexo”.
O que um desempregado deve fazer então, se também não é interessante manter o seu antigo
cargo como se fosse atual? A solução, segundo Brunsizian, é colocar o nome da própria
profissão (“analista de sistemas”, por exemplo) ou uma frase que descreva o seu perfil
(“profissional de vendas apaixonado por social selling”).
Outro equívoco que atrapalha a sua visibilidade na rede é usar nomenclaturas específicas de
um empregador para descrever o próprio cargo.
“Já vi um usuário que se definia como CDE de uma determinada empresa”, conta Alexandre
Ullmann, diretor de recursos humanos da rede social no Brasil. “Descobrimos que isso
significava Client Delivery Executive, ou seja, uma expressão que só aquele empregador usava
e que nenhum recrutador usaria numa busca”.
O ideal é empregar palavras de uso corrente no seu mercado de atuação — nem tão específicas
a ponto de se tornarem irreconhecíveis, como “CDE” e nem tão abrangentes a ponto de não
dizerem quase nada sobre você, como “profissional de vendas”.
Veja um exemplo
Imagine que você busca uma vaga como gerente de contas. A dica de Ullmann é incluir em
algum ponto do seu perfil algum sinônimo desse cargo, como “executivo de contas” por
exemplo. Isso fará com que tanto um recrutador que busca a expressão “gerente de contas”
quanto aquele que pesquisa “executivo de contas” cheguem até você.
Também ajuda ter versões do seu perfil em outros idiomas. “Account manager”, “gerente de
cuentas” ou “directeur de compte”, por exemplo, abrem a possibilidade de ser encontrado por
empregadores que falem inglês, espanhol e francês, respectivamente.
Além do cargo, as palavras que compõem o seu perfil no LinkedIn devem informar, pelo
menos, localização geográfica, formação acadêmica, empregadores (atuais ou passados) e
principais habilidades. “Gerente de contas”, “Rio de Janeiro”, “administração de empresas”,
“Universidade X”, “Empresa A”, “Empresa B”, “inglês” e “negociação” são exemplos.
Outras típicas palavras-chave que um recrutador usaria na busca por um gerente de contas na
área de tecnologia, por exemplo, seriam “prospecção de novos clientes”, “ciclo de venda”,
“B2B”, Software as a Service”, “SAAS” e “venda de soluções”.