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"Eu sou um cara inteligente", disse ele, embora reconhecendo que não podia prever que as drogas

funcionariam. "Eu me sinto bem sobre isso. E nós vamos ver. Você vai ver em breve. [...] Mas o
principal especialista em doenças infecciosas do país, Dr. Anthony S. Fauci, delicadamente - ainda
que com força - recuou do mesmo estágio, explicando que havia apenas evidências anedóticas de
que as drogas, cloroquina e hidroxicloroquina, podem ser eficazes. [...] "O presidente se sente
otimista com algo, tem sentimentos sobre isso", disse o Dr. Fauci, diretor do Instituto Nacional de
Alergia e Doenças Infecciosas, enfatizando que ele era um cientista. "Estou dizendo que pode ser
eficaz." [...] Em um tweet no sábado,o Sr. Trump chamou a atenção para outro tratamento não
aprovado para o Covid-19, desta vez uma combinação de hidroxicloroquina e azitromicina, um
agente antibacteriano comum. Ele citou um relatório de pesquisadores franceses em uma revista
científica que não era um ensaio clínico controlado, e estudou apenas 20 pacientes.
https://www.nytimes.com/2020/03/20/health/coronavirus-chloroquine-trump.html?
searchResultPosition=7

Relatórios preliminares da Coreia do Sul e da China que ainda não são revisados por pares, mas
estão ganhando ampla atenção, surpreenderam e confundiram os cientistas. Alguns sobreviventes
testam positivo depois de serem oficialmente curados. Eles também têm quantidades amplamente
variadas de anticorpos - abundantes em alguns sobreviventes, indetectáveis em outros.
https://www.washingtonpost.com/world/2020/04/14/coronavirus-latest-news/

Então ele insistiu que uma pílula anti-malária de eficácia não comprovada curaria aqueles que
adoecem com o vírus que matou mais de 43.000 pessoas em todo o mundo.
read://https_www.nytimes.com/?url=https%3A%2F%2Fwww.nytimes.com
%2F2020%2F04%2F01%2Fworld%2Famericas%2Fbrazil-bolsonaro-coronavirus.html
%3FsearchResultPosition%3D2

Ferrari disse que hidroxicloroquina por si só apresenta apenas um pequeno risco cardíaco. No
entanto, quando dado ao lado do antibiótico azitromicina, com o qual está sendo prescrito em
combinação para o tratamento do coronavírus, o risco aumenta. Ele disse que, para alguns
pacientes que estão sendo tratados com essas drogas, "o remédio é mais prejudicial do que a
própria doença". [...] Ele continuou: "É importante que as pessoas se lembrem que esta é uma
terapia totalmente experimental para o COVID-19. Não há provas suficientes para saber se ele tem
algum benefício. Precisamos de ensaios controlados bem feitos e randomizados para orientar o uso
e para quantificar efeitos colaterais. Os pacientes também devem perceber que há uma série de
terapias experimentais sendo testadas para o COVID-19, incluindo novos tratamentos que estão
sendo investigados em ensaios clínicos." https://www.newsweek.com/hydroxychloroquine-
coronavirus-france-heart-cardiac-1496810

O que acontece é que, apesar de promissores, os estudos realizados até então não são suficientes
para comprovar a eficácia das substâncias no tratamento do Coronavírus. Seu uso sem indicação
médica pode desencadear reações adversas graves ou complicações. Vale ressaltar ainda, que caso
os fármacos sejam aprovados de fato, eles atuarão como tratamento e não como prevenção. O uso de
Cloroquina e Hidroxicloroquina podem prevenir a infecção por coronavírus? Não. O uso dos
medicamentos Cloroquina e Hidroxicloroquina como forma de prevenção contra o Coronavírus não
é indicado. Além de não haver evidências sobre os fármacos protegerem contra a infecção, a
administração sem indicação médica pode colocar a vida do(a) paciente em risco. Isso, pois as
medicações podem provocar graves efeitos colaterais, afetando regiões como o sistema nervoso,
globo ocular e até mesmo o coração. https://minutosaudavel.com.br/anvisa-alerta-sobre-cloroquina-
e-hidroxicloroquina/
Deu água/ Em entrevista ao CB.Poder, em 23 de março, o deputado Osmar Terra (MDB-RS, foto),
cotado inclusive para ministro da Saúde, disse que “no Rio Grande do Sul morriam de 950 a mil
pessoas por ano de influenza. No Brasil, não vai morrer isso de infecção causada por coronavírus”.
O último boletim do Ministério da Saúde registra 1.532 mortes por causa da Covid-19.
read://http_blogs.correiobraziliense.com.br/?url=http%3A%2F%2Fblogs.correiobraziliense.com.br
%2Fdenise%2Fgoverno-tem-a-menor-base-politica-desde-a-redemocratizacao%2F

"O distanciamento altamente eficaz poderia reduzir a incidência de SarS-CoV-2 o suficiente para
tornar factível uma estratégia baseada em rastreamento de contatos e quarentena, como na Coreia
do Sul e Cingapura", escrevem eles. Do contrário, esforços de distanciamento menos eficazes
"podem resultar em uma epidemia prolongada de pico único, com a extensão da pressão sobre o
sistema de saúde". https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-
saude/2020/04/15/interna_ciencia_saude,844782/pesquisa-de-harvard-preve-isolamento-social-
intermitente-ate-2022.shtml

O Washington Post, em reportagem intitulada “Remédio promovido por Trump é alvo de alerta da
CIA”, informou que uma semana após a recomendação de Trump  o serviço de espionagem dos
EUA avisou seus agentes que a hidroxicloroquina poderia causar “morte cardíaca súbita”. O
remédio é propagandeando tanto por Trump como por Bolsonaro como “solução mágica” para a
pandemia de coronavírus. https://www.washingtonpost.com/world/national-security/trump-
hydroxychloroquine-coronavirus-cia/2020/04/13/54129d64-7dba-11ea-8013-
1b6da0e4a2b7_story.html

O New York Times foi além e dedicou uma reportagem só ao estudo brasileiro, destacando que foi
“encerrado após pacientes desenvolverem batimentos cardíacos irregulares”.  "Para mim, este
estudo transmite uma informação útil, que é que a cloroquina causa um aumento dependente de
dose em uma anormalidade no ECG que poderia predispor as pessoas à morte cardíaca súbita",
disse o Dr. David Juurlink, um internista e chefe da divisão de farmacologia clínica da
Universidade de Toronto, referindo-se a um eletrocardiograma, que lê a atividade elétrica do
coração. Cerca de metade dos participantes do estudo recebeu uma dose de 450 miligramas de
cloroquina duas vezes por dia durante cinco dias, enquanto o restante foi prescrito uma dose maior
de 600 miligramas durante 10 dias. Em três dias, os pesquisadores começaram a notar arritmias
cardíacas em pacientes que tomavam a dose mais alta. No sexto dia de tratamento, 11 pacientes
haviam morrido, levando ao fim imediato do segmento de alta dose do estudo. Um dos autores do
estudo brasileiro, Dr. Marcus Lacerda, disse em um e-mail no domingo que seu estudo descobriu
que "a alta dose que os chineses estavam usando é muito tóxica e mata mais pacientes".
https://www.nytimes.com/2020/04/12/health/chloroquine-coronavirus-trump.html

"Eles passaram pelo processo de aprovação", disse Trump sobre as drogas. "Foi aprovado, e eles
fizeram." Mas a FDA não aprovou nenhum medicamento para uso no tratamento do coronavírus, e
os medicamentos já estavam disponíveis, para tratar a malária, bem como artrite reumatóide e
lúpus. Até o momento, a FDA não adicionou o coronavírus à lista de doenças para as quais os
medicamentos são especificamente aprovados. Então, novamente, os médicos foram livres para
usar ambos os medicamentos antigos de malária para qualquer propósito considerado apropriado.
https://www.nytimes.com/2020/03/19/health/coronavirus-drugs-chloroquine.html?
action=click&module=RelatedLinks&pgtype=Article

De acordo com um estudo feito pela Universidade do Texas, "nenhuma terapia se mostrou efetiva
até agora" contra o novo coronavírus. O resultado foi obtido após os pesquisadores analisarem mais
de 100 testes clínicos de medicamentos. https://olhardigital.com.br/coronavirus/noticia/estudo-
afirma-que-nao-ha-droga-comprovada-contra-a-covid-19/99466
“Cloroquina não é vacina. Está sendo vista como salvadora, e não é. Mas se você fala isso, já
começa a apanhar porque virou uma questão nacional de pressão. Mas a realidade científica é essa,
não tem evidência”, diz a médica e professora do InCor (Instituto do Coração). Os ensaios in vitro
demonstram um potencial da cloroquina de inibir a replicação do vírus e a entrada dele na célula.
Porém, em estudos clínicos há uma escassez de dados e muita controvérsia. Boa parte do otimismo
vem de um único grupo de pesquisa da França, mas os dados são cientificamente fracos. Os efeitos
adversos não são desprezíveis. Muita gente argumenta ao contrário: ‘ah, é uma droga segura, usada
há anos na malária, na artrite reumatoide, no lúpus, as pessoas usam em casa’. Mas a hipótese é que
um dos principais efeitos colaterais dessa medicação seja no coração, a arritmia cardíaca. E por que
essa pressão em torno do uso? Surgiram pessoas que foram acumulando experiências e não
evidências científicas, por exemplo, a Nise [Yamaguchi] com os casos da Prevent Senior. Eu já
disse: ‘Nise, isso não dá para ser replicado enquanto não tiver estudo comparativo, com grupo
controle e que tenha a mesma gravidade da doença, as mesmas comorbidades. Eu não posso pegar
isso e começar a pressionar o Brasil’. read://https_www1.folha.uol.com.br/?url=https%3A%2F
%2Fwww1.folha.uol.com.br%2Fequilibrioesaude%2F2020%2F04%2Fcloroquina-esta-sendo-
vista-como-salvadora-mas-nao-e-diz-medica-do-incor.shtml%3Futm_source%3Dfacebook
%26utm_medium%3Dsocial%26utm_campaign%3Dcompfb%26fbclid
%3DIwAR15JxYv0l63HwWBQisY6od8qluMBGlDgir6j9RiJaJ09OiAAl-Ixaoq94w

O conselho de especialistas médicos diz que, na melhor das hipóteses, uma vacina está a 12 a 18
meses de distância, e pode vir com potenciais efeitos colaterais que ainda são
desconhecidos. https://www.theguardian.com/commentisfree/2020/apr/15/how-long-the-lockdown-
lasts-is-not-just-a-medical-question-its-a-democratic-one

Para a bióloga Natalia Pasternak, o fato de a droga ter eliminado o vírus numa cultura de células
não significa "absolutamente nada". "Não representa nada, nada mesmo. Esses 94% de eficácia são
in vitro. In vitro, ou seja, em cultura de células, em laboratório. Nesse ponto tem um monte de
substâncias que funcionam. E que depois, quando você passa para os testes em animais e em
humanos, deixam de funcionar", diz ela, que é pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da
Universidade de São Paulo (USP) e presidente do Instituto Questão de Ciência. "Normalmente, só
7% dos medicamentos testados é que conseguem chegar no mercado. O restante é descartado no
meio do caminho", diz a pesquisadora. "A cloroquina também funcionou muito bem in vitro, da
mesma forma que esse medicamento que o ministro está anunciando. A cloroquina se mostrou
muito promissora in vitro, e matou uns 95% da carga viral. Só que ela não fez isso só com o SARS-
CoV-2 (o vírus causador da doença covid-19. In vitro, ela também foi extremamente bem sucedida
para outras viroses (no passado), como dengue, zika, HIV, chikungunya, a própria Sars (causada
por outro tipo de coronavírus) e o ebola. Para todas essas viroses, a cloroquina funcionou super
bem, em células de cultura", diz a pesquisadora. "Mas daí, quando foram fazer os testes em
animais, não deu certo. Para nenhuma dessas doenças. Inclusive para a Sars. Foi testada em
camundongos e não funcionou. Além disso, para você ver como é imprevisível, e como não dá para
confiar no resultado in vitro: a cloroquina, quando foi testada em animais para ebola e para
chikungunya, ela aumentou a carga viral dos animais", explica ela. [...] De acordo com os
pesquisadores do CNPEM, a cloroquina, recomendada como tratamento já na fase inicial da covid-
19 pelo presidente Jair Bolsonaro, foi usada como referência, mas não está entre as drogas testadas.
https://www.msn.com/pt-br/saude/medicina/coronav%C3%ADrus-%C3%A9-cedo-para-
comemorar-avan%C3%A7o-anunciado-pelo-governo-na-busca-por-rem%C3%A9dio-dizem-
pesquisadores/ar-BB12GHAO?ocid=msedgntp

O chefe de Campos Neto, o presidente Jair Bolsonaro, defende a adoção do que chama de


isolamento vertical. O termo é uma invenção de políticos populistas, que sem qualquer respaldo
científico defendem que apenas pessoas de grupos de risco devem permanecer em casa para que
se mitiguem os efeitos econômicos da pandemia. É o contrário do que orientam a Organização
Mundial da Saúde e economistas de posições liberais como Henrique Meirelles, Samuel Pessôa
e Alexandre Schwartsman – para quem o isolamento social no começo da crise encurta a
recessão causada por ela. [...] “Se você não entrar em quarentena por causa da pandemia, ela
causa mais problemas e mais danos econômicos. (…) Se você não implementa uma quarentena
porque quer economizar dinheiro, está enfrentando uma questão moral e não econômica”, disse
Baldwin, em entrevista à BBC. https://theintercept.com/2020/04/16/banco-central-presidente-
coronavirus-economia/

Ninguém fica alheio ao debate. Em São Paulo, o médico reumatologista Roberto Bernd, de 78
anos, ousou testar na prática o efeito da cloroquina preventivamente. Começou a tomar o
medicamento antes mesmo de contrair a doença e descobriu nele próprio o resultado. “Ela não evita
a doença”, diz ele que descobriu no dia 25 de março que havia contraído o coronavírus. Bernd faz
parte do corpo médico de um hospital na capital paulista. Foi afastado por fazer parte do grupo
mais vulnerável aos efeitos da Covid-19, devido à idade. “Mas me afastei tarde demais”, lamenta.
[...] O uso de cloroquina virou arma de guerra política, a despeito dos riscos que a substância pode
ter no organismo. Nesta semana, um tratamento experimental com cloroquina administrado a 81
pacientes vítimas do coronavírus foi interrompido depois que quem recebeu doses mais alta sofreu
arritmia. [...] Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o vice-presidente Hamilton Mourão,
por exemplo, disse que a discussão a respeito da cloroquina é exacerbada e falta “estudo
consistente” sobre sua eficiência. https://brasil.elpais.com/politica/2020-04-15/reumatologista-se-
automedica-com-cloroquina-de-forma-preventiva-mas-contrai-covid-19.html

“Estamos vendo que muitas decisões sobre os tratamentos para esta doença se baseiam, na melhor
das hipóteses, em pouquíssima ciência. As pessoas querem aplicar algo o quanto antes possível”,
observa Ordovás-Montañés. “É o caso da hidroxicloroquina, que parecia funcionar observando
resultados de um ensaio não controlado em pacientes que de todas maneiras iriam melhorar”,
continua. Entretanto, a análise de células individuais mostrou que, diferentemente da SARS e da
gripe, que contagiam um maior percentual de células, o novo vírus só afeta algumas poucas de cada
tecido. “Isto poderia explicar por que este vírus, ao contrário daqueles anteriores, permite que você
continue infectado, mas sem sintomas alarmantes durante um tempo, contagiando mais gente, a
forma de infectar do novo coronavírus, mais seletiva que a gripe, permite que os doentes sigam
com vida normal e contagiem antes de terem sintomas fortes”, afirma o pesquisador.
https://brasil.elpais.com/ciencia/2020-04-15/medicamentos-contra-o-coronavirus-muita-pesquisa-
mas-pouca-ciencia-na-aplicacao.html

Embora não constem no grupo de risco nem encabecem as estatísticas sobre o número de  mortos
por coronavírus, pessoas com menos de 60 anos são as mais infectadas pela doença no Brasil, o que
tem elevado o número de internações entre as camadas mais jovens da população e ajudado a
sobrecarregar o sistema de saúde. O Ministério da Saúde não detalha nos balanços diários sobre a
evolução da covid-19 os casos por idade, mas, de acordo com levantamentos das secretarias locais,
Estados brasileiros em situação de emergência registram percentual maior de contaminados e
hospitalizados abaixo dos 60 anos que epicentros globais da pandemia, como Estados Unidos,
Espanha e Itália. Os números contrariam a tese de que a doença não teria tanto impacto entre a
população mais jovem —propagada até pelo presidente Jair Bolsonaro, ela serve de argumento para
a defesa do isolamento vertical, que manteria em casa principalmente idosos e pessoas com
doenças prévias. [...] A faixa etária com mais infectados pela covid-19 (40%) em São
Paulo, recordista de casos (11.043) no país, é dos que têm entre 20 e 39 anos (4.420). [...] por
exemplo —no Rio, na última terça-feira, a vítima mais jovem no Estado, Kamilly Ribeiro, de 17
anos, morreu sem ter qualquer doença prévia. [...] Entre os 807 casos confirmados de coronavírus
na Bahia, a média dos infectados é de 39 anos. A faixa etária mais acometida (29%) é a de 30 a 39
anos, seguida pela de 50 a 59 anos, indicando, segundo a secretaria da Saúde local, “que o risco de
adoecer passou a ser maior entre os adultos jovens”. No Ceará, 60% das pessoas contaminadas
estão na faixa de 20 a 49 anos. O grupo com maior proporção em internações por síndrome
respiratória aguda decorrente de covid-19 é o de 50 a 59 anos (entre os homens) e de 40 a 49 anos
(entre as mulheres), sendo que 59% das hospitalizações envolvem pacientes com menos de 60
anos. [...] “Temos a demonstração cabal de que a doença atinge pessoas jovens e pode ser fatal para
essa faixa etária. Todos devem estar em alerta durante a epidemia”, afirma André Longo, secretário
de saúde de Pernambuco, que, em menos de uma semana, registrou a morte de um adolescente de
15 anos e um bebê de sete meses por coronavírus. A média de idade dos infectados no Estado é de
37 anos. https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-04-16/jovens-internados-mostram-
rejuvenescimento-da-covid-19-no-brasil.html

China, França, Espanha, Itália, Índia e Reino Unido tomaram medidas drásticas para frear o avanço
do Sars-Cov-2, nome oficial do novo coronavírus. O governo brasileiro se recusou até agora a
seguir pelo mesmo caminho — na verdade, vem atuando na contramão. [...] Médicos, virologistas e
economistas ouvidos pela BBC News Brasil dizem que elas são necessárias no momento, porque o
Sars-Cov-2 tem características diferentes do H1N1 — e causou uma pandemia mais grave, contra a
qual não temos outras armas até agora além do isolamento social. [...] A agência contabilizou em
quase 16 meses da pandemia de H1N1 mais de 493 mil casos confirmados e de 18,6 mil mortes.
[...] A pandemia atual ainda não completou três meses e já superou o número de infecções e vítimas
fatais da anterior. Até 29 de de março, a OMS contabilizou 571,6 mil casos confirmados e 26,4 mil
mortes. [...] Um terceiro fator é importante para explicar os números desta pandemia em relação à
de 2009: nenhuma pessoa tem imunidade contra o Sars-Cov-2, ao contrário do H1N1, que afetava
menos idosos do que uma gripe comum. [...] Até o momento, não existe um antiviral para combater
o novo coronavírus. Mas, quando a pandemia de H1N1 ocorreu, já havia medicamentos deste tipo
para vírus da gripe comum. [...] Por isso, em 2009, dois antivirais — oseltamivir, mais conhecido
no mercado como Tamiflu, e, em menor escala, zanamivir — foram usados para combater o H1N1.
[...] "Há apenas um medicamento no momento que acreditamos ter eficácia real, o remdesivir",
disse o epidemiologista Bruce Aylward, consultor da OMS. Essa droga, desenvolvida para o
combate ao ebola, parece ser capaz de matar uma grande variedade de vírus. Mas os estudos ainda
estão em andamento. [... ] Na pandemia de 2009, as perspectivas eram mais otimistas, porque já
havia uma vacina contra outros vírus influenza. Foi uma questão de adaptar o que existia para criar
uma versão capaz de conferir imunidade contra o H1N1, e foi possível aplicá-la na população partir
de novembro daquele ano. [...] o Sars-Cov-2 infecta qualquer pessoa e é muito transmissível. [...] O
Ministério da Saúde aponta que, em média, o número de casos nesta pandemia aumenta 33% por
dia e que, sem ações que reduzam a circulação e o contato social, o total pode dobrar a cada dois ou
três dias. [...] Brito diz que se trata de um momento sem precedentes na história e que, diante disso,
"é melhor pecar pelo excesso", mesmo que o isolamento gere prejuízos à economia. "Pessoas
mortas não movem economias." [...] "Essa discussão é travada só por alguns empresários e por
alguns poucos economistas, que, a cada dia que passa, são menos numerosos, porque fica claro que
não fazer o isolamento ou adotar um isolamento parcial é mais prejudicial para a economia", diz
Gonçalves. [...] "Diante dos níveis de contágio que estamos vendo, a quarentena é necessária. Ela
não pode ser muito prolongada para não ter um impacto econômico pior do que o da própria
pandemia, mas quem vai determinar isso não é o ministro da Economia, mas os médicos e
infectologistas", diz o economista. https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52078906

[...] Salles garantiu que não irá, “de forma alguma, afrouxar as nossas medidas”. Justificou sua
posição, mostrando que o próprio levantamento que o Exército está fazendo, demonstra que o pior
ainda está por acontecer. https://www.brasil247.com/blog/enquanto-bolsonaro-fala-em-empregos-
exercito-conta-sepulturas

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso [...] "Demissão do ministro da Saúde em má hora. Ele
estava na linha de frente da batalha pela vida. A economia conta, mas manter ou não a quarentena é
decisão médica. O povo verá arrogância na demissão e não competência. O custo político se medirá
pelo (número) de mortes. Tomara (que) não aumentem", escreveu o ex-presidente no Twitter: [...]
"É melhor que não haja politização em questões técnicas. Como que eu vou opinar se um remédio
resolve ou não? Eu não tenho competência. Fazer isso atrapalha, cria zumbidos", disse, na ocasião,
Fernando Henrique Cardoso. Na entrevista, concedida no último dia 9, FHC também criticou a
condução de Bolsonaro na pandemia. "Ele não pode ser manda-chuva, mandar em tudo, porque
isso atrapalha o bem-estar do povo", afirmou: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-
noticias/2020/04/16/fhc-critica-saida-de-mandetta-povo-vera-arrogancia-na-demissao.htm?
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