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ANIMAIS PEÇONHENTOS – PROF. ALEXANDRE S.

OSÓRIO

• Animais Venenosos – são aqueles que possuem


veneno, mas são desprovidos de aparelho
inoculador. Ex: sapos, algumas borboletas.

• Animais Peçonhentos – são aqueles que


inoculam na vítima o veneno (peçonha produzida
por glândulas especiais) por meio de dentes ocos,
ferrões ou aguilhões.

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Dentre os invertebrados peçonhentos, temos as ARANHAS


aranhas, escorpiões. lacraias, e alguns outros de Existem aproximadamente cerca de 35.000 espécies,
habitam praticamente todas as regiões, sendo somente uma
interesse por serem perigosos, como por exemplo: aquática (Argyroneta). Todas são predadoras, alimentando-se
de insetos, mas algumas podem alimentar-se de animais
• Celenterados (águas-vivas e medusas) maiores como lagartixas, rãs, peixes e até filhotes de aves.
• Hymenopteras (vespas, abelhas e formigas) As espécies de aranhas perigosas para o homem
pertencem a quatro gêneros: Phoneutria, Loxoceles,
• Lepidopteras (borboletas e mariposas) Latrodectus e Lycosa.

• Coleopteras (besouros)

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Phoneutria Loxoceles

- Aranha armadeira - Aranha marrom


- Agressivas
- Rápidas e agressivas
- Não formam teias - Teias irregulares em
locais escuros
- Hábitos noturnos
- Hábitos noturnos
- Veneno de ação neurotóxica e
- Veneno de ação
cardiotóxica
necrosante e hemolítico

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Latrodectus Lycosa

- Aranha de grama ou
- Viúva-Negra
de jardim
- Teias irregulares no
meio da vegetação - Não forma teias
- Hábitos noturnos e
- Hábitos noturnos
diurnos
- Veneno de ação
neurotóxica - Veneno necrosante

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ESCORPIÕES ESCORPIÕES – MORFOLOGIA EXTERNA

- São animais carnívoros de hábitos noturnos.


- Vivem sob pedras, troncos poderes, em solo úmido da
matas, em areia de regiões secas, podendo entrar em
residências humanas, onde se escondem em fendas,
entulhos, madeiras empilhadas e dentro de sapatos. É
crença popular que os escorpiões se suicidam quando
cercados pelo fogo. Na realidade, por ficarem assustados,
elevam a cauda em posição de ataque, dando a falsa
impressão de injetar seu próprio veneno na cabeça;
geralmente são imunes ao próprio veneno.

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ESCORPIÕES
Ação do Veneno
Atualmente são conhecidas cerca de 1.400 espécies de
escorpiões distribuídas pelo mundo, com exceção da Estudos experimentais
Antártida, sendo que no Brasil há cerca de 75 espécies demonstram que o veneno
amplamente distribuídas pelo país. Esses animais podem ocasiona dor local e efeitos
ser encontrados tanto em áreas urbanas quanto rurais.No complexos nos canais de
Brasil as espécies mais importantes em Saúde Pública sódio, produzindo
pertencem ao gênero Tityus, destacando-se as espécies despolarização das
Tityus serrulatus (escorpião amarelo) e Tityus bahyensis terminações nervosas.
(escorpião negro).

Tityus serrulatus

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Os acidentes por Tityus serrulatos são os mais graves, A gravidade depende de fatores como a espécie e o
principalmente em crianças e idosos. A dor local, uma tamanho do escorpião, a quantidade de veneno inoculada, a
constante no escorpionismo, pode ser acompanhada por massa corporal do acidentado e a sensibilidade ao veneno.
parestesias. Nos acidentes por Tytus serrulatus, após
intervalo de minutos até duas horas, podem surgir as
seguintes manifestações:
Tityus bahiensis
- náuseas, vômitos e diarréia.
- arritmias cardíacas, hipertensão ou hipotensão arterial.
- arritmias respiratórias e edema pulmonar agudo.
- agitação, sonolência, confusão mental, tremores e
variação de temperatura.

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Diferenças entre serpentes peçonhentas e não peçonhentas:


SERPENTES
- As jararacas, cascavel e a sururucu, possuem em comum, a
fosseta loreal, um orifício localizado entre a narina e o olho, em
CARACTERÍSTICAS cada lado da cabeça. Somente as serpentes peçonhentas possuem
este órgão. Vale a pena ressaltar que existem serpentes venenosas
• Corpo alongado coberto por escamas. que não possuem fosseta loreal, como é o caso das corais
verdadeiras.
• Ausência de membros locomotores.
A fosseta loreal tem como função a captação de calor, que permite
• Ausência de ouvido. às serpentes perceberem as diferenças de temperatura no
ambiente.
• Língua bífida que capta substâncias suspensas no ar
e encaminha ao órgão de Jacobson.
• Olhos se pálpebras.
• Ectotérmicos.

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Diferenças entre serpentes peçonhentas e não peçonhentas: Diferenças entre serpentes peçonhentas e não peçonhentas:

- Serpentes peçonhentas apresentam corpo coberto por escamas em - As Serpentes peçonhentas apresentam cabeça com escamas
forma de quilha pequenas.

- As serpentes não peçonhentas apresentam, em geral, escamas maiores


na cabeça

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Diferenças entre serpentes peçonhentas e não peçonhentas:


GÊNEROS DE SERPENTES PEÇONHENTAS DO BRASIL
- As Serpentes peçonhentas apresentam, em geral, pupila em fenda. · 1 − fosseta loreal presente
· chocalho presente = Crotalus
· 2 − chocalho ausente
· ponta da cauda com 4 séries de escamas eriçadas = Lachesis
· ponta da cauda normal = Bothrops
- As serpentes não peçonhentas apresentam pupila circular.
· 3 − fosseta loreal ausente
· sem presas anteriores = cobra não peçonhenta
· com presas anteriores = Micrurus

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TIPOS DE DENTIÇÃO TIPOS DE DENTIÇÃO


2.DENTIÇÃO OPISTÓGLIFA:
1. DENTIÇÃO ÁGLIFA: Dentes inoculadores fixos,
Não existem dentes contendo um sulco por onde
inoculadores e nem escorre a substância secretada
glândulas secretoras de pelas glândulas de veneno.
veneno. Está presente Estão localizados na região
em jibóia, sucuri, posterior da boca, um de cada
boipeva. lado da cabeça. Este tipo de
dentição é encontrado em
falsas-corais, muçuranas e
cobras-cipó.

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TIPOS DE DENTIÇÃO TIPOS DE DENTIÇÃO


3. DENTIÇÃO PROTERÓGLIFA: 4. DENTIÇÃO SOLENÓGLIFA:
Dentes inoculadores fixos, Os dentes inoculadores de
localizados na região anterior da veneno estão presentes e
boca. Esta dentição é localizam-se na região anterior da
característica das corais boca. Estes dentes são móveis e
verdadeiras. grandes, com um canal por onde
o veneno penetra no local atingido
pela mordida do animal.

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TIPOS DE DENTIÇÃO No Brasil são conhecidas aproximadamente 300 espécies e


subespécies de serpentes, das quais 70 variedades são
4. DENTIÇÃO SOLENÓGLIFA: peçonhentas e se distribuem em 4 gêneros:
1) Gênero Bothrops: 32 variedades encontradas em todo
o território nacional. Responsável por mais de 90% dos
acidentes. Veneno de efeito coagulante e necrosante
(jararaca, jararacuçu, urutu, caiçara e outros).

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2) Gênero Crotalus: 6 variedades, comuns em regiões


secas e campos. Veneno de efeito neurotóxico e miotóxico 3) Gênero Lachesis: 2 variedades, existentes na
(cascavel). Mata Atlântica e na Floresta Amazônica (surucucu).
São causa pouco freqüente de acidente peçonhento.

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4) Gênero Micrurus: 31 variedades em todo o Envenenamento Botrópico – Jararacas ( 90% dos acidentes)
país. Provocam os acidentes mais graves, embora Manifestações locais:
raros. Veneno de efeito curariforme (cobra coral).
• precoce (até 3 horas após o acidente) :
- dor imediata, inchaço (edema), calor no
local da picada e hemorragia no local da
picada ou distante dele.
• Complicações :
- bolhas, gangrena abcesso e insuficiência
renal aguda.

Micrurus frontalis Micrurus corallinus

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Envenenamento Crotálico – Cascavéis ( 8,2% dos acidentes)


Envenenamento Botrópico – Jararacas
Sinais e sintomas do envenenamento:
• Precoce (até 3 horas após o acidente)
- dificuldade de abrir os olhos, “visão dupla”, “cara
de bêbado”, visão turva, dor muscular e urina avermelhada.
• Após 6 a 12 horas:
- escurecimento da urina.
Veneno de ação proteolítica e hemorrágica • Complicações
- insuficiência respiratória e renal aguda

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Envenenamento Crotálico – Cascavéis ( 8,2% dos acidentes) Envenenamento Laquético – Surucucus ( 2,9% dos acidentes)

Envenenamento com reações


Veneno de ação neurotóxica, coagulante e miotóxica semelhantes ao de Bothrops.
- inchaço no local da picada,
diarréia e hemorragia.

-Veneno de ação proteolítica,


neurotóxica e hemorrágica.

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Envenenamento Elapídico – Corais ( 0,7% dos acidentes) Cuidados Imediatos nos Acidentes Ofídicos:
1) Sempre que houver certeza de picada de serpentes
Principais sintomas : venenosas há necessidade de hospitalização e soroterapia.
-dificuldade de abrir os olhos, cara de 2) Toda vez que houver evolução clínica sugestiva,
bêbado, falta de ar, dificuldade em engolir e identificado o agressor, a criança deve ser hospitalizada e
insuficiência respiratória aguda. receber soroterapia.
3) Na dúvida se houve ou não a picada, a criança deve
Veneno de ação neurotóxica. permanecer em observação, pelo menos 24 horas.

* Ação rápida, grande potência e mortal se 4) Paciente deve ser mantido em repouso.
não houver tratamento a tempo. 5) Não usar garrote, nem torniquete.

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Cuidados Imediatos nos Acidentes Ofídicos:


COMO PREVINIR ACIDENTES COM OFÍDIOS
6) Não cortar, não furar, não queimar. • Nunca andar descalço, principalmente em mata.
7) Membro afetado posicionado para cima. (Dependendo da altura do calçado, os acidentes podem
ser evitados na ordem de 50 a 72 %);
8) Analgésicos, limpar cuidadosamente o local da picada. • Usar luvas de couro em atividades rurais e de
9) Controlar sinais vitais e volume urinário. jardinagem;
• Nunca colocar as mãos em tocas (para pegar pelo
rabo do tatu que é visto ao entrar) ou buracos na terra,
ocos de árvores, cupinzeiros, montes de pedras ou sob
pedras grandes;

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OUTROS ANIMAIS PEÇONHENTOS

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