Você está na página 1de 21

ALFABETOS MÍSTICOS *ALFABETOS

MÁGICOS:
ALFABETO DAS BRUXAS * ALFABETO DOS
MAGOS

ALFABETO DE ENOCH * ALFABETOS CELESTIAIS

ALFABETO MALAQUIM* ALFABETO FUTHARK*


ALFABETO OGHAM

ALFABETO CABALISTICO * ALFABETO


MAÇÓNICO
Os alfabetos místicos, usados nas artes mágicas, são diferentes
daquele que é usado na escrita comum, e variam conforme a
necessidade. São utilizados em rituais, invocações, inscrições...

Muitos dos alfabetos mágicos são variantes do alfabeto hebraico,


seja o da cabala, e são de uso exclusivamente ocultista. Deverão
ser lidos e escritos da direita para a esquerda.

Distinção entre “línguas mães” e “línguas filhas”:

As línguas da direita para esquerda são as línguas


mães.Portanto,mais espiritualizadas.POIS O LADO ESQUERDO É O
DA SABEDORIA.

As línguas filhas são mais “humanas”. Escrevem-se da esquerda


para direita.

Algumas vezes, escreve-se de cima para baixo num gesto


evocativo de forças superiores.

ALFABETO MISTICO: ALFABETO DAS BRUXAS

ou ALFABETO TEBANO OU THEBAN


O alfabeto das bruxas também é chamado de alfabeto Tebano ou
Theban. Este por sua vez, também é conhecido como alfabeto de
Honorian ou runas de Honorian. No entanto, não há evidências de
que o alfabeto Theban tenha sido utilizado como runa.

Honorius de Thebas é um místico da idade média. Diz-se que ele


teria escritoO Tratado de Honório. Mas o primeiro manuscrito desse
livro só foi escrito no ano de 1629 d.C. O mistério ainda ronda a
verdadeira identidade desse ocultista, que muitas vezes foi ligado
aos papas Honório I e Honório III.

A origem deste sistema de escrita é desconhecida. O alfabeto


Theban não possui semelhança gráfica com praticamente nenhum
outro alfabeto.

Em comparação ao Latim Arcaico, o Theban, possui uma relação


“letra à letra”, perdendo algumas dessas correspondências somente
com o Latim moderno, onde as letras J, U e W não possuem
representação e são escritos com os mesmos caracteres para I, V e
W consecutivamente. As correspondências com o Latim Arcaico e a
falta de pontuações, sugerem portanto que tal alfabeto foi inspirado
no Latim. Não tendo ligação com o alfabeto hebraico, nao é assim
escrito de trás para frente.
A única pontuação que o Alfabeto Theban possui é um caractere que
representa o fim de um texto (uma espécie de ponto final).
Nenhuma outra pontuação aparece nos textos de Trithemius ou nos
de Agrippa e os posteriores a esses.

O Alfabeto Theban foi publicado pela primeira vez


em Polygraphia deJohannes Trithemius (Johann Heidenberg 1462-
1516) em 1518, e foi atribuído a Honorius de Thebas. Johannes
Trithemius era um abade responsável pela biblioteca de seu
convento e um grande estudioso, foi expulso da abadia em razão de
seu grande interesse pelo ocultismo e pela ciência. Ele foi o mestre
de Cornelius Agrippa e Paracelso (1493-1541).

O seu discípulo, Heinrich Cornelius Agrippa (1486-1535) no livro


“The Occulta Philosophia -1531” atribuiu o Alfabeto Theban
a d’Abano de Pietro (1250-1316). Também é conhecido como Petrus
de Apono ou Aponensis. Era um médico famoso, um filósofo, e um
astrólogo italiano, mas também um mago, tendo escrito um
Grimório chamado “Heptameron”. Foi duas vezes perseguido pela
inquisição sendo acusado de possuir pacto com o demónio devido ao
seu avançado uso da medicina com técnicas de energia e utilização
de especiarias Árabes. Conseguiu sair da primeira tortura, mas não
da segunda. O seu corpo foi raptado por um amigo para que não
fosse queimado em praça pública, já que após sua excomunhão os
inquisidores ainda iriam queimar seu corpo como um alerta à
população.

Nas décadas de 1960-70 o Alfabeto das Bruxas teve o seu auge de


popularidade, mas foi gradualmente reposta pelo Germânico e Celta
nos meados da década de 1980. Foi muito utilizado quando um dos
criadores da Wicca, Gerald Gardner, o reutilizou. Foi devido ao
amplo uso dos praticantes de Bruxaria e Wiccanos, que o alfabeto
Theban passou a também ser chamado de “Alfabeto das Bruxas”, e,
é normalmente utilizado para substituir as letras latinas ao escrever
nos Livros das Sombras.

ALFABETO FENÍCIO
O Alfabeto Fenício é o primeiro alfabeto conhecido, que deu origem
a quase todos os outros. A sua origem remonta aos séculos XIII e
XI a.C. Surgiu no médio oriente, nas antigas cidades de Biblos e Tiro.
Tem 22 simbolos. Lê-se da direita para a esquerda. Consonantal.
Não está mais em uso, mas é o ancestral de quase todos os
alfabetos e está na origem da línguas semíticas e da maior parte das
línguas indo-européias.

ALFABETO MÍSTICO: ALFABETO CELESTIAL


A escrita Celestial é o alfabeto hebraico mais antigo. Foi usado
pelos hebreus antes do período de exílio na Babilónia (sec. VI
a.c.).

Tem 22 consonantes e é escrito da direita para a esquerda.


Chamam-lhe alfabeto celestial por, diz a tradição, os seus
caracteres terem sido vistos entre os astros do céu, pelos antigos
sacerdotes hebreus...

Acerca da cabala hebraica, Agrippa escreveu: "There is also


amongst them a writing which they call Celestial, because
they show it placed and figured amongst the stars, no
otherwise than the other astrologers produce images of
signs from the lineaments of stars." Não incluiu qualquer
ilustração, nem explicou o significado de tal afirmação.

Felizmente Jacopo Gafareli (1601-1681) também conhecido por


Jacques Gaffarel, bibliotecário do Cardeal De Richelieu, escreveu
um livro, no qual demonstrou com clareza do que Agrippa estava a
falar:

- As letras celestiais têm de ser vistas no contexto actual das


estrelas fixas, pois para este efeito não se movem, ou pelo menos
não significativamente. O seu movimento, umas em relação ás
outras é tão lento que, para o que aqui interessa, não é relevante.
Cada letra do alfabeto celestial é uma constelação de estrelas,
comparável ás constelações do zodiaco.

- Os nomes retirados das das letras celestiais têm influências


ocultas das estrelas, o que define a sua forma. Nos tempos
antigos, cada uma das estrelas brilhantes fixas, possuiam a sua
própria mitologia e significado mágico. Isto era entendido de igual
forma na magia persa, sendo que os persas tinham grande renome
na astrologia e astronomia. A magia persa associava inumeros
significados esotericos ás estrelas.

- No meio gnostico, hermetico e neo-platonista do Egipto, existia a


crença de que cada estrela era a casa celestial de umainteligência
espiritual, um ser superior que podia interagir co a humanidade,
providenciando as orações correctas, oferendas e devoções.
Quando as almas dos humanos fossem perfeitas, adquirissem o
estado de perfeição, elas ascendiam para tomar o seu lugar de
direito nos céus e tornavam-se elas próprias estrelas,
transmitindo uma virtude oculta ao lugar que ocupassem.

Agrippa no livro Occult Philosophy deu uma versão (digamos que,


“actualizada”) de alfabeto celestial, mas é diferente do acima
indicado, cujas letras foram reproduzidas por Gaffarel.

ALFABETO MÍSTICO: ALFABETO MALAQUIM


O alfabeto Malaquim é um dos antigos alfabetos místicos
existentes, e seria uma evolução do alfabeto celestial. Serviu de
intermediário para a criação do alfabeto cabalístico que hoje
conhecemos. Também é escrito da direita para a esquerda.

No século 16, Heinrich Cornelius Agrippa escreveu acerca destes


dois últimos alfabetos.

ALFABETO MÍSTICO:ALFABETO HEBRAICO

OU ALFABETO CABALÍSTICO:
O Alfabeto Hebraico ou Alfabeto Cabalístico é o alfabeto mais
utilizado e conhecido nos meios Ocultistas, sendo grande parte dos
outros alfabetos místicos são variações deste.

O alfabeto hebraico nasceu no sec. X a.c., no médio oriente, é


composto por 22 simbolos, escrevendo-se da direita para a
esquerda. É um sistema de escrita ainda em uso, sendo que algumas
línguas ainda o utilizam: hebraico, aramaico, ídiche, judeu-espanhol,
judeu-árabe, etc...

O alfabeto hebraico, como o fenício do qual é derivado, é


consonantal. É ao pronunciar a palavra escrita que o falante inclui as
vogais, pelo contexto. Existem atualmente alguns sinais vocálicos
que podem ser acrescentados às letras, mas não são usados
amplamente.

Foi desenvolvido a partir do séc.VI a.c. e sua criação é atribuída a


Esdras. Também é escrito da direita para a esquerda.
O alfabeto hebraico é um alfabeto que possui significação místico-
religiosa. Tradicionalmente, eram atribuídos valores numéricos às
letras do alfabeto. Assim, a primeira letra, “aleph”, representa a
unidade e é associada ao conceito de Deus – único e onipresente na
cultura hebraica.

Segundo a Cabala, as 22 letras do alfabeto hebraico, associadas às


10 sephirots foram a matéria-prima que Deus usou para criar o
Universo. Cada uma dessas 22 letras tem um significado específico e
é atribuído um valor numérico, e quando elas se juntam nas mais
diversas combinações, seria o mesmo que montar uma equação
numérica. Dessa equação numérica de significados nasceram os
conceitos, as ideias, a própria História. Desse alfabeto, originou-se o
Tarot.

ALFABETO MÍSTICO: ALFABETO DOS MAGOS:

O Alfabeto dos Magos, é uma variante mais moderna do alfabeto


hebraico. Também escrito de trás para frente, foi muito utilizado
em diversos Grimórios, principalmente pelos alquimistas, que
visavam assim manter ocultas suas fórmulas e anotações. Muitas
invocações foram escritas utilizando-se do alfabeto dos magos.

O alfabeto dos magos foi inventado por Theophrastus Bombastus


von Hohenheim, mais conhecido por Paracelso, no seculo 16. Ele
usava este alfabeto para gravar os nomes dos anjos em talismãs,
que ele dizia poder tratar questões de saúde e providenciar
protecção ao seu possuidor.

ALFABETO ENOCHIANO:
O alfabeto enochiano apareceu no seculo 16.

Teria sido recebido e anotado durante as cerimónias mágicas


conduzidas pelomago John Dee (1527-1608) e pelo seu amigo e
vidente Sir Edward Kelly (1555-1597): a linguagem enochiana ter-
lhes-ia sido transmitida por anjos.Utilizando-se de uma coleção de
cristais e pedras Kelly comunicou-se com formas angélicas, enquanto
Dee dirigia as sessões, cuidava dos procedimentos e anotava os
resultados de cada seção.

O Alfabeto Enochiano representa a linguagem angélica, sendo esta


tão poderosa que teve seus nomes anunciados de trás para a frente
(seja, da direita para a esquerda...), de modo a prevenir a conjuração
acidental das entidades. Cada letra deste alfabeto apresenta sua
correspondência planetária, elemental e nos arcanos maiores do
Tarot. Acreditava-se que a simples pronúncia do nome desta entidade
seria suficiente para conjurá-la, ou pelo menos algum aspecto seu.
Este alfabeto foi denominado "Enochiano" por causa do patriarca
bíblioco Enoch, o qual dizia-se ter "caminhado com Deus". Este
também era o nome de um grupo de adeptos que praticavam o
ocultismo durante a Idade Média.

Este alfabeto é usado na prática da magia enochiana, para invocar os


anjos.

O sistema da Magia Enochiana sobreviveu praticamente


desconhecido ate o final do século XIX, quando foi incorporado aos
ensinamentos iniciáticos da Hermética Ordem da Aurora Dourada.

O alfabeto enochiano foi amplamente trabalhado por Aleister Crowley


pela revelação de suas correspondências planetárias e numéricas, o
que possibilitou a criação da Gematria Enochiana

É considerado como o mais eficiente e poderoso sistema mágico


conhecido e é fundamental para o entendimento de Thelema e da
vida e obra de Aleister Crowley.

As entidades angélicas com as quais se lida na magia enochiana não


correspondem á concepção popular, nem á concepçao cabalistica de
“anjos”, são antes “entidades particulares”, com quem se deve lidar
de forma cuidadosa. Um Anjo Enochiano é uma inteligência
antiqüíssima,.estas entidades representam energias poderosas as
quais não se devem tratar levianamente.

Tabela referente ao alfabeto enochiano:

Equi Corresp. Corresp. no


v. Planetaria Tarot
ou
Elemental

A Touro Hierofante

B áries Estrela

C|K Fogo Julgament


o / Eon

D Espírito Imperatriz

E Virgem Heremita

F Cauda "Juggler"
Draconis

G Câncer Carro

H Ar Louco
I|Y| Sagitário Temperan
J ça / Arte

L Câncer Carro

M Aquário Imperador

N Escorpião Morte

O Libra Justiça

P Leão Força /
Desejo

Q água Enforcado

R Peixes Lua

S Gêmeos Amantes

T Leão Força /
Desejo

Caput Alta
Draconis Sacerdotiz
a

U|V Capricórn Demônio


|W io

X Terra Universo

Z Leão Força /
Desejo

Caput Alta
Draconis Sacerdotiz
a

Para a utilização deste sistema mágico é imprescindível a correta


pronúncia dos nomes e fórmulas. Há uma certa semelhança entre a
pronúncia deste idioma e a do Hebraico, sendo quem, por uma
facilidade (muitas vezes gráfica) normalmente utilizam-se os
caracteres latinos correspondentes. As dez principais regras de
pronúncia são:
1. A maioria das consoantes possuem um e ou um eh adicional.
Por exemplo, a letra b (B) pronuncia-se beh e a letra k (K) é
pronunciada como keh.

2. A maioria das vogais pronuncia-se com um suave h ao final.


Exemplos: a(A) é pronunciada ah e e (E) pronuncia-se eh.

3. A palavra enochiana sobha (SOBHA) é pronunciada em três


sílabas:

4. so (SO) — soh

5. b (B) — beh

6. ha (HA) — hah

7. Esta é uma regra geral para as palavras.

8. A letra g (G) tanto pode ser pronunciada como um gu (como em


"gato" ou "guerra") ou como um j (como em "gelo" ou "giz").

9. As letras I e Y possuem o mesmo caractere: i. Desta forma elas


podem ser trocadas por terem a mesma pronúncia. O mesmo
ocorre com as letras V e U (v). Quando em representação latina,
as letras J e W raramente são utilizadas.

10. A letra x (X) pode possuir o som de um s (como em "samekh")


ou de tz (como em "tzaddi").

11. A letra s (S) tanto pode ser pronunciada como ess quanto como
seh.

12. A letra r (R) possui tanto a pronúncia de rah quanto a de reh e


de ar.

13. A letra z (Z) é pronunciada como zeh mas pode ser trocada com
a letra s(S).

14. A vogal i (I) pronuncía-se í, como no Português.

Quando se trata de Enochiano a pronúncia das palavras assume


uma forma fluida, passando de sílaba para sílaba sem uma
sensação de "quebra”. Quando se tratam de nomes de entidades o
ideal é que cada nome flua em um único fôlego. Algumas palavras
possuirão mais de uma pronúncia possível. Isto ocorre por serem
proveniente das Tábulas Enochianas, que contém mais de uma letra
em cada uma das células. Como uma regra geral, a pronúncia
deverá incluir todas as letras. Caso não seja possível fazê-lo, deve-
se utilizar a letra de cima. Alguns nomes não deverão ser apenas
pronunciados, mas sim "vibrados". Esta "vibração" deve ser
efetuada como o som ocupando todo o seu peito do invocador,
extendendo-se para os membros e a cabeça. Quando verbalmente
"vibrados" os nomes devem também possuir uma projeção mental
e espiritual.
ALFABETO MISTICO: ALFABETO FUTHARK
(runas)

Fuþark Antigo:

Os Alfabetos rúnicos são alfabetos baseados em letras


conhecidas como runas, usados para escrever línguas germânicas do
século II d.C. ao XV d.C.

Tal como no alfabeto latino e cirílico, o alfabeto rúnico tem certo


número de variantes:
- As escandinavas são também conhecidas como futhark (ou fuþark,
derivado das primeiras seis letras: F, U, Þ, A, R, e K);

- e a variante frísia e anglo-saxônica como futhorc ou fuþorc, devido


às alterações fonéticas das mesmas seis letras no inglês antigo.

O fuþark antigo (Alfabeto), usado para escrever o proto-nórdico


(urnordisk, urnordiska), consiste em 24 runas, freqüentemente
arranjadas em três linhas ou colunas de oito. Esse alfabeto foi usado
desde o século II d.C. e o mais antigo conjunto dessas runas em
ordem seqüencial data de cerca de 400 d.C. e foi encontrado na Pedra
Kylver, em Gotland

Assim, os glifos eram os símbolos que os antepassados conheciam


(antes dos caracteres romanos), e que compunham a escrita
alfabética Futhark.

Este alfabeto é um dos antigos alfabetos místicos, e é muito utilizado


pelos povos nórdicos. Ainda hoje é utilizado, mas como oráculo:
nas runas. De origem escandinava e germânica, trata-se de um
dos oráculos mais antigos do mundo.

A palavra “runa” significa secreto. É empregue para indicar uma


doutrina oculta ou um escrito hermético.

A palavra "RU" é de raiz indo-européia "to rown", "roon" ou


"round", e o significado é cochichar, sussurrar, murmurar,
segredo, mistério.

Estas palavras eram utilizadas entre os povos anglo-saxônicos,


durante o começo da Idade Média.

Já a palavra "RUN", provavelmente veio do alemão antigo, que


significa aquele que sussurra.

Alguns etimologistas sugeriram que o termo "runa" designa não


apenas um sussurrador de segredos, como também uma "pessoa
que sabe", "um sábio" que pratica as artes secretas da magia...

Há uma semelhança entre o alfabeto rúnico e a antiga escrita


etrusca, feitas por tribos da região norte da Itália na Idade do
Bronze. Os símbolos são compostos de linhas retas, possivelmente
porque eram mais fáceis de gravar com os instrumentos
primitivos então disponíveis.

Mas a origem perdeu-se no tempo, a sua tradição pertence ao


povo hiperbóreo, nórdicos que, segundo a mitologia grega,
cultuavam o deus Apolo. A prática de adivinhação dos povos
nórdicos tinha relação com os cultos dos deuses Vanir, que
possuíam conotação sexual, pois eram relacionados à fertilidade.
Foram empregues na poesia, em inscrições sobre pedras, pintadas
em conchas, blocos de cerâmica, argila ou cristais; usadas em
adivinhações pelos velhos povos europeus, como os germanos, os
celtas e mais recentemente os vikings. Mas, embora alfabeto
escrito, jamais chegou a ser uma língua falada.

Por volta do ano 1000 de nossa era, os vikings criam a escrita


rúnica... Nos símbolos runicos, escondem-se significados mágicos.
Por isso assumiram uma função ritual, transformando-se em um
oráculo.

ALFABETO MÍSTICO: ALFABETO


MAÇONICO/ROSA-CRUZ:
Alfabeto criado no sec. 16 por Cornelius Agrippa von Nettesheim.

A Maçonaria, instituição iniciática, como as suas pares, tem o seu


alfabeto. O alfabeto Maçonico / Alfabeto Rosa-Cruz, foi
frequentemente utilizado no seculo 17, e é especificamente utilizado,
ainda hoje, pelos membros daquelas.

A cifra de substituição mono-alfabética utilizada pela Maçonaria como


Alfabeto Maçônico, (figura acima), hoje conhecida como cifra pig
pen cada letra (porco) é colocada numa casa (chiqueiro) foi criada
pelo místico e alquimista alemãoAgrippa de Nettsesheim, que nasceu
aos 18 de fevereiro de 1.486, de uma família nobre próximo a cidade
de Colônia, onde estudou medicina e direito, aparentemente sem
conseguir graduação.

Em 1.503, ele assumiu o nome de Cornelius Agrippa von Nettesheim,


adotando o “Von” para sugerir sua origem nobre.

Em 1506, ele fundou uma sociedade secreta em Paris devotada para


astrologia, magia e calaba.
Sua carreira foi diversa: agente secreto, soldado, médico, orador e
professor de Direito, em Colônia, Paris, Dôle, Londres, Itália, Pavia e
Metz.

Em 1.509, ele montou um laboratório em Dôle com o objetivo de


sintetizar ouro, e durante a década seguinte, viajou pela Europa,
vivendo como um alquimista, e dialogando do mesmo modo com
importantes jovens humanistas escolares como em Colet e Reuchlin.

Em 1.520, ele começou a praticar medicina em Genebra.

Em 1.524 tornou-se médico pessoal da rainha mãe na corte do Rei


Francis I in Lyons. Quando a rainha mãe o abandonou, ele começou a
praticar medicina em Artuérpia, mas foi mais tarde proibido por
praticar sem licença, e se transformou historiador na corte de Charles
V. Foi preso em diversas ocasiões por diferentes motivos (dívidas,
ofensas criminais...).

Morreu em 1.535.

ALFABETO MÍSTICO: ALFABETO OGHAM

ou ALFABETO DRUÍDICO ou ALFABETO DAS


ARVORES

O Primeiro Logos
S P
F
N D C M G t I h
e O
u u o u o a o a
a h
i i l i r r h g
r n
n r l n t i o o
n
f s

O Segundo Logos

U
S H i
T
B L a u l
i O
e u i a U l
n i
t i l t r e
n r
h s l h a
e
e e n
d

O Terceiro Logos

N
Q A E
g R
u i a
e u
e l d
t i
r i h
a s
t m a
l

Koa
Mor
d

Resumidamente:

Como dito supra, algumas vezes, escreve-se de cima para baixo num
gesto evocativo de forças superiores. Na linguagem de Og’han.Todas
as letras vêm de um tronco central, como se fosse uma árvore. Na
verdade,as próprias letras são nomes de árvores. No forte de
Valitadagh, na Península Dingle, Irlanda, encontram-se as únicas
nove pedras Og'han existentes no mundo. O nome Og'han é derivado
de Og'hna, o Deus celta da elocução ou conversação. O alfabeto
Og'han consiste de grupos de uma a cinco linhas padronizadas sobre
uma vertical, conhecida como flesc.

Desenvolvendo :
O alfabeto Ogham (foneticamente: “ouam”) ou alfabeto druídico
sagrado é a mais antiga forma de escrita da Irlanda e Escócia. Ogham
é um alfabeto essencialmente relacionado aos povos celtas e à sua
cultura, sendo utilizado principalmente por bardos e druidas.

Na sua origem, esta escrita foi desenvolvida para ser usada em


bastões.

A raiz etimológica da palavra “bastões” é “basco”, que por sua vez,


designa “alfabeto”.

Na linguagem céltica, a palavra “agaka” é uma aglutinação de aga-


aka-aga, que significa bastão ou vara, e akats, que significa entalhe.
No entanto, no seu significado prático, a palavra “agaka”, é mais
usada para designar "escrita" do que "alfabeto".

O nome Ogham deriva de oga-ama - ogasun, que significa


propriedade e opulência, e ama, que significa sacerdotisa e mãe.

O bastão tinha entalhes ogâmicos, que transmitiam uma mensagem.

O bastão representava assim: "Propriedade da Suprema Sacerdotisa".

Mitologicamente, o Deus Ogama criou o Alfabeto Ogham, oriundo dos


Tuatha De Damann. Era de uma raça de Deuses gerados pela Deusa
Danu, uma das faces da Mãe Suprema (o Princípio Feminino de Deus),
conhecida pela sua eloquência e interesse pelas artes em geral.

Ogham, destacava-se tanto pelas suas habilidades artísticas quanto


pelas suas habilidades guerreiras. Foi campeão de todos os processos
iniciáticos, vencendo torneios revelando-se: "aquele que possui o
conhecimento do carvalho". Assim sendo, teria sido ele o “Eleito”
para receber O CONHECIMENTO. Conhecimento esse, que deveria ser
mantido e preservado, mas sem cair no domínio público, e daí a
criação do alfabeto Ogham que permitia o registo do conhecimento
de forma cifrada.

A título de exemplo: a palavra galesa “oghum”, que deriva de ogham,


significa "conhecimento oculto".
Os antigos Celtas usavam o alfabeto Ogham na realização da magia,
atiravam paus divinatórios gravados com os símbolos do alfabeto
Ogham. Acreditavam que muitas árvores eram habitadas por
espíritos, e por isso nomearam o nome de cada letra de seu alfabeto
com um nome de uma árvore em específico. Daí o conhecimento
divinatório vir através da "Voz das Árvores".

O Ogham era escrito da esquerda para a direita em manuscritos, e de


baixo para cima em pedras. A linha central representa um tronco de
árvore, e os traços representam os ramos.

Actualmente, esta escrita ainda pode ser encontrada inscrita em


pedras altas e estreitas, nas paredes de algumas cavernas, e também
em objectos de ossos, marfim, bronze e prata.

Você também pode gostar