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Taquiarritimias:

-Podem ser divididas em:


 Taquicardia de QRS estreito:
-Até 120 ms (até 3 quadradinhos).

 Taquicardia de QRS largo:


-Mais de 120 ms (mais de 3 quadradinhos).

 Tipos de Taquicardias de QRS estreito:


 Taquicardia sinusal:
 Taquicardia atrial
 Taquicardia atrial multifocal:
 Taquicardia por reentrada nodal:
 Taquicardia por reentrada atrioventricular:
 Taquicardia por flutter atrial:
 Fibrilação atrial:

 Taquicardia sinusal:
-Ritmo sinusal.
-Onda P positiva em D1 e AVF e negativa e AVR.
-Quando a FC está acima de 100.
-Geralmente desencadeada por uma resposta reflexa:
 Febre.
 Exercício.
 Anemia.
 Tireotoxicose.
 Insuficiência cardíaca.
 Ansiedade.

 Existe também a Taquicardia sinusal inapropriada:


-Fc em repouso > 100bpm.
-FC media do Holter (eletro de 24hrs) > 90.
-Não existe causa pra isso.
-Aumento da FC desproporcional ao escore de estresse físico e emocional.

 Sintomas:
-Palpitação.
-Tontura.
-Dispneia.
-Palidez.
-Sudorese.
-Dor torácica.
-Síncope.

 Investigação:
-ECG (Onda P + em D1 e AVF, Onda p- em AVR).
-Holter de 24 horas.
-Seven (holter de 7 dias).
-Loop recorder
-Monitor de eventos implantável (paciente muito sintomático).
-Estudo eletrofisiológico.

 Analisando o eletro:
- O QRS é largo ou estreito? Estreito..
-O RR é regular ou irregular? Se for regular, segue..
-Quantas ondas P tem para cada QRS? Se for 1 pra 1, segue..
- tempo do RP > tempo do PR, pode ser ataque sinusal ou ataque atrial.

 Tratamento:
-Conforme a causa.
-Tratamento da taquicardia sinusal inapropriada: betabloqueador, ivabradina,
ablação do nó sinusal (queimar a parte de altas frequências).

 Taquicardia atrial:
-Onda P de morfologia diferente da sinusal.
-FC > 100bpm.
-Pode haver alteração da condução AV, com intervalo PR variável e bloqueio
(relação P-QRS) tipo 2:1.
-Origem: (ñ vai cobrar)
 Onda P – em D1 e AVL (origem no átrio esquerdo).
 Onda P + em D1 e AVL (origem no átrio direito).
 Onda P – em D2, D3 e AVF (origem na próxima ao anel atrioventricular, na
região inferior do átrio).

 Sintomas:
-Palpitações.
-Tontura.
-Dispneia.
-Palidez.
-Sudorese.
-Síncope.
-Dor torácica.
 Investigação:
-ECG.
-Holter de 24 horas.
-Seven.
-Loop recorder. (monitorização de 15 a 20 dias)
-Monitor de eventos implantável. (monitorização por 3 anos)
-Estudo eletrofisiológico.

 Analisando o eletro:
-QRS estreito.
-RR regular.
-Relação P-QRS 1:1.
-RP > PR.

 Taquicardia Atrial Multifocal:


-Várias ondas P de morfologia diferentes.
-Vários focos.

 Tratamento:
-Tratamento igual da Fibrilação atrial aguda e do Flutter atrial.

-Se paciente instável hemodinamicamente (PA baixa, sudorese, palidez, sincope):


 Fazer cardioversão elétrica (choque com 100 a 200 jaules).

-Se paciente estável hemodinamicamente:


 Pergunta: Há quanto tempo ele está com essa taquiarritimia? Menos de 48
horas, mais de 48 horas, se falar que não sabe (interpresta como mais de 48
horas.

 Menos de 48 horas:
-Inicia-se o controle da FC (usar metoprolol ou verapamil ou fedilanide).
-Em seguida, inicia a anticoagulação (usar clexane ou dabigatrana ou
rivaroxabana ou apixabana).
-Após isso decide se vai fazer a cardioversão elétrica (seda o paciente e dar um
choque) ou a cardioversão química (usar amiodarona ou propafenona).
-Em seguida, após o paciente voltar pro ritmo sinusal normal, realiza-se a
anticoagulação por 3 a 4 semanas, pois pode haver o risco da formação de
trombos por causa do sangue que fica ‘parado’ dentro do átrio e possível AVC.

 Mais de 48 horas:
-Controle da FC (metropolol ou verapamil ou cedilanide) associado ao início da
anticoagulação (clexane ou dabigatrana ou rivaroxabana ou apixabana).
-Em seguida, existem duas opções:
1- Anticoagulação por 3 a 4 semanas e depois o paciente volta para realizar a
cardioversão.
ou
2- Realiza um transesofágico (sonda inserida pelo esôfago que vê o átrio
esquerdo), e caso não haja trombo no átrio, realiza-se a cardioversão elétrica ou
a cardioversão química e depois prescreve anticoagulante por 3 a 4 semanas.
Caso tenha trombo, prescreve anticoagulante por 3 a 4 semanas e repete o
transesofágico depois.

 Tratamento crônico (como faço para manter o ritmo sinusal desse paciente?):
 Controle da FC.
-Betabloqueador.
-Bloqueador de canal de cálcio.
-Digitálicos.
-Amiodarona.
 Controle de ritmo:
-Amiodarona (pacientes com IC).
-Propafenona (pacientes com coração normal, apenas com arritimia).
-Sotalol (pacientes com DAC mas não tem IC).
-Ablação da taquicardia atrial.

 Flutter atrial:
-Ritmo atrial.
-FC > 100.
-Onda P com morfologia diferente da P sinusal (chamada Onda F).
-O flutter gira ao redor do átrio de forma regular (pode girar no sentido anti-
horario ou horário).

 Sintomas:
-Palpitações.
-Tontura.
-Dispneia.
-Palidez.
-Sudorese.
-Dor torácica.
-Sincope.

 Investigação:
-ECG.
-Holter de 24 horas.
-Seven.
-Loop recoreder.
-Monitor de eventos implantável.
-Estudo eletrofisiológico.

 Analisando o eletro:
-QRS estreito.
-RR regular.
-2 Ondas F pra 1 QRS. (2:1).
-Ondas serrilhadas.

 Tratamento e tratamento crônico:


-Mesmo da taquicardial atrial.
 Anticoagulaçao oral: (PROVA)
-Prevenir o risco de trombos.
-CHAD DS- VASc:
-IC (1 ponto).
-Hipertensão (1 ponto).
-Idade acima de 75 anos (2 pontos.)
-Diabetes (1 ponto).
-Historia de AVC (2 pontos)
-Doença vascular central ou periférica. (1 ponto).
-Idade entre 65 e 74 anos (1 ponto)
-Sexo feminino. (1 ponto).

 Fibrilação atrial:
-Presença de RR irregular e ausência de onda P.
-Taquiarrtimia mais frequente em pronto socorros.
-Despolarização atrial desorganizada , caótica, com múltiplas frentes de onda no
miocárdio atrial (450 a 700 bpm), mas sem contração atrial afetiva.
-Pode ser dividida em:
 FA isolada: quando o paciente so tem um episódio.
 FA paroxística: quando ele tem um episódio que inicia e termina
espontaneamente, geralmente por 48 horas.
 FA persistente: Inicia espontaneamente, mas é necessário fazer a cardioversão
para terminar.
 FA permanente: O paciente tem FA que não foi cardiovertida, é necessário
fazer controle de FC e ritmo. Ou pode decidir não fazer cardioversão.

 Sintomas:
-Palpitações.
-Tontura.
-Dispneia.
-Palidez.
-Sudorese.
-Dor torácica.
-Síncope.

 Invertigação:
-ECG.
-Holter de 24 hrs.
-Seven.
-Loop recorder.
-Monitor de eventos implantável.
-Estudo eletrofisiológico.

 Analisando o eletro:
-RR irregular.
-Não existe onda P visível.
-Muito frequente em pronto socorro.

 Tratamento e tratamento crônico


-Igual ao da taquicardia atrial.

 Taquicardia por reentrada nodal:


-Taquicardia mais frequente do pronto socorro.
-QRS estreito e RR regular.
-FC entre 140 e 250 bpm.
-Onda P não visíveis.
-RR regular.
-Onda P pode ser retrógrada.
-RP (muito curto) <PR.

 Sintomas:
-Palpitações.
-Tontura.
-Dispneia.
-Palidez.
-Sudorese.
-Dor torácica.
-Sincope.
-Sinal de Frog positivo (sensação de pulsação no pescoço).

 Investigação:
-ECG.
-Holter de 24 horas.
-Seven.
-Loop recorder.
-Monitor de eventos implantável.
-Estudo eletrofisiológico.

 Analisando o eletro:
-RR regular.
-QRS estreito.
-Pseudo S em D2 e AVF.
-Pseudo R em V1.
-1:1 (Relação P-QRS).
-RP<PR.
-RP<70

 Tratamento:
-Cardioversão imediata (qnd houver instabilidade hemod.).
-Manobra vagal (se tiver estável, pode ser com a compressão do seio carotídeo
ou o paciente assopra o embolo com força e após isso, o paciente se deita e eleva
os membros inferiores).
-Adenosina EV (para o coração por 2 segundos e reseta o coração).
-Betabloqueador.
-Amiodarona.
-Ablação na via lenta (tratamento de preferência pós resetar).

 Taquicardia por reentrada atrioventricular:


-2° taquicardia mais comum no pronto socorro.
-Pacientes com PR curto e ONDA delta.
-Pacientes com Síndrome de Wolf-parkison-white.
-Paciente possui uma via acessória.
-Alterações secundárias no segmento ST e onda T.

 Sintomas:
-Palpitações (principalmente em jovens).
-Tontura.
-Dispneia.
-Palidez.
-Sudorese.
-Dor torácica.
-Sincope.
-Pacientes podem ter morte súbita como 1° sintoma.
 Investigação:
-ECG.
-Holter de 24 hrs.
-Seven.
-Loop recorder.
-Monitor de eventos implantável.
-Estudo eletrofisiológico.

 Tratamento:
-Cardioversão imediata (instável).
-Manobra vagal (estável).
-Adenosiva EV.
-Betabloqueador.
-Amiodarona.
-Ablação.

 Tipos de taquicardia com QRS largo:


-Ectopias ventriculares.
-Extrasístoles.
-Após a extra-sístole ocorre uma pausa compensatório.

 Sintomas:
-Palpitações.
-Sensação de pausas.

 Investigação:
-Holter de 24 horas.
-Loop recorder.
-Estudo eletrofisiológico.

 Tratamento:
-Betabloqueador lipossolúvel (propranolol).
-Amiodarona.
-Ablação.

 Taquicardia ventricular:
-Extremamente grave.
-Ritmo de morte súbita.
-Taquicardia supraventricular com aberrância de condução.
-Taquicardia supraventricular pré-excitada.
-Taquicardia atrioventricular antidromica.
-Marca-passo em situações específicas.
-Utilização de algoritmos.

 Critérios diagnósticos de brugada:


 Critérios de Vereckei:

 Taquicardia de QRS largo com RR irregular:


-Taquicardias (dura mais de 15 segundos) sustentadas e não sustentadas (menos de
15 segundos)
-Pode causar morte súbita.
-Intervalo QT prolongado
-É necessário diminuir o intervalo QT ou saber a causa de ele estar prolongado
(drogas)
-Taquicardia gravíssima.
-Tratamento: choque não sincronizado

 Taquicardia ventricular polimórfica com instabilidade: tratamento com


desfibrilação.
 Taquicardia ventricular mononórifica com instabilidade: tratamento com
cardioversão sincronizado ao ventrículo.
 Amiodarona.
 Lidocaina.
 Ablação.
 Cardiodesfibrilador implantável.

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