20/03/2019 Brasil regride para 'submissão explícita', diz Celso Amorim | Brasil 247

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BRASIL REGRIDE PARA

'SUBMISSÃO EXPLÍCITA', DIZ
CELSO AMORIM

O ex-chanceler brasileiro Celso Amorim alerta mais uma vez para o fato de que o Brasil, sob
Bolsonaro, mergulha na total submissão aos desígnios do governo americano"; ele diz: "o
Brasil evoluiu de um processo em que tinha uma certa independência, claro que com
limitações, para, no governo Temer, uma certa subalternidade estratégica implícita, e agora
para uma situação de submissão explícita"

20 DE MARÇO DE 2019 ÀS 05:38 // INSCREVA-SE NA TV 247 (HTTPS://GOO.GL/U7RBR6)

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coletiva dada pelos presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro na Casa Branca,
Oposição sente cheiro de
durante visita oficial, no início da tarde de hoje (19), o norte-americano disse sangue e fecha questão
que "Brasil e Estados Unidos nunca foram tão próximos quanto agora". Ele contra Previdência
acrescentou que houve hostilidade de outros governos brasileiros aos Estados
Unidos, sem explicitar quais, e, sobre a Venezuela, que "todas as opções estão (https://www.brasil247.com/pt/colunistas/helenachagas/38
sente-cheiro-de-sangue-e-fecha-
na mesa". O colega brasileiro aproveitou para dizer sobre sua "satisfação" de
quest%C3%A3o-contra-
estar em solo estadunidense "depois de algumas décadas de presidentes Previd%C3%AAncia.htm?
antiamericanos". Bolsonaro acrescentou: "Temos muita coisa a oferecer um ao utm_source=social_monitor&utm_medium=widget_vertical
outro para o bem dos nossos povos. Ele quer uma América grande e eu também Social Monitor (http://socialmonitor.com.br?
ref=Brasil247)
quero um Brasil grande."

Para o diplomata Celso Amorim, a afirmativa de Bolsonaro, de que sucede uma

série de ex-presidentes antiamericanos, é "conceitualmente uma bobagem".
Tendo ocupado cargos de embaixador no governo de Fernando Henrique Cardoso
Ao vivo na TV 247
e de ministro de Itamar Franco, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ele
destaca que em nenhum desses momentos houve "antiamericanismo" dos (https://goo.gl/X8aUkz)
governos brasileiros.

https://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/387424/Brasil-regride-para-'submiss%C3%A3o-expl%C3%ADcita'-diz-Celso-Amorim.htm 1/3
 "O que existe são disputas naturais. Tem
20/03/2019 queregride
Brasil reconhecer as diferenças,
para 'submissão até diz
explícita', para
Celso Amorim | Brasil 247
se poder lidar com elas. A não ser que um dos países resolva abrir mão de todos (https://goo.gl/X8aUkz)
os seus interesses. Está parecendo que é essa a direção que se está tomando",
diz. "O Brasil evoluiu de um processo em que tinha uma certa independência,
claro que com limitações, para, no governo Temer, uma certa subalternidade
estratégica implícita, e agora para uma situação de submissão explícita."

A questão do chamado antiamericanismo de governos brasileiros anteriores foi

muito difundida pela grande mídia, diz. Para ele, a discordância brasileira dos
Estados Unidos, sobretudo em assuntos econômicos em que os interesses da
imprensa estavam envolvidos de uma forma ou de outra, provocava esse tipo de
avaliação.

Amorim: 'Não se pode basear um programa espacial no fato de alugar serviços.

Soberania custa caro' MATÉRIAS RELACIONADAS
"Mas é evidente que não era antiamericanismo", diz. Ele lembra de períodos
como no governo José Sarney, quando houve uma disputa sobre informática com Oliver Stone: apagão na Venezuela pode
ter sido ataque dos EUA
os EUA, ou as tentativas posteriores dos norte-americanos esvaziarem o
(//www.brasil247.com/pt/247/midiatech/38749
Mercosul, com o projeto da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), Stone-apagão-na-Venezuela-pode-ter-
recusado pela maioria dos governos latino-americanos, assim como as diferenças sido-ataque-dos-EUA.htm) ...
sobre a atitude americana no Iraque.
Aroeira: Trump sentou em cima de
"Essas diferenças se mantiveram no governo Lula, mas nada disso impediu o Bolsonaro
diálogo. Lula esteve com George W. Bush em Camp David por cinco horas. Não (//www.brasil247.com/pt/247/midiatech/3874
vejo essa hostilidade de modo nenhum nos governos anteriores. Bush veio ao Trump-sentou-em-cima-de-
Brasil e colocou o capacete da Petrobras quando ela não estava sendo Bolsonaro.htm) ...
privatizada", lembra. "O próprio Bush, uma vez, se dirigindo a Lula, disse que
temos nossas diferenças, mas trataríamos daquilo que nos aproxima." Hildegard critica “descaramento tão
grande” no caso Marielle
Embora seja tachado por setores conservadores, pejorativamente, como (//www.brasil247.com/pt/247/midiatech/3874
critica-“descaramento-tão-grande”-no-
"petista", Amorim foi embaixador de Fernando Henrique Cardoso em três postos
caso-Marielle.htm) ...
importantes: nas Nações Unidas, em organismos internacionais em Genebra
(com destaque para a Organização Mundial do Comércio) e embaixador em
Jovens estão fragilizados em função de
Londres. "Nem sempre eu estava em concordância com tudo. O Brasil tinha
hábitos e heróis digitais
posição contrária ao uso da força no Iraque e tive apoio do governo Fernando (//www.brasil247.com/pt/247/midiatech/38740
Henrique. Isso não quer dizer que não houvesse diálogo." estão-fragilizados-em-função-de-
hábitos-e-heróis-digitais.htm) ...
Alcântara, extra-Otan e Venezuela
Amorim destaca ainda, como preocupações, as questões de Alcântara, da Mídia americana ridiculariza Bolsonaro
Venezuela e da fala de Trump segundo o qual ele tem a intenção de designar o (//www.brasil247.com/pt/247/midiatech/38739
Brasil como um aliado extra-Otan, "ou talvez um aliado da Otan" – em referência americana-ridiculariza-Bolsonaro.htm)
a aliados estratégicos que não são membros da Organização do Tratado do 17

Atlântico Norte, mas têm relações com as Forças Armadas dos Estados Unidos.
Bolsonaro rebaixa Itamaraty ao levar
"Isso nos causaria um problema internacional. O Brasil sempre foi membro dos filho para reunião com Trump
grupos de não-alinhados na Conferência do Desarmamento, que presidi duas (//www.brasil247.com/pt/247/midiatech/38739
rebaixa-Itamaraty-ao-levar-filho-para-
vezes. O Brasil era visto como um país não alinhado. Se é um aliado extra-Otan,
reunião-com-Trump.htm) 10
já não é não-alinhado. A Argentina ficou nessa posição. Tinha um programa
espacial importante, mais avançado que o brasileiro, que acabou. Isso beneficia
as exportações americanas, mais do que o interesse brasileiro."

Com a ressalva de que não leu o tratado que permite aos Estados Unidos
atuarem em Alcântara, Amorim acredita que os interesses deles estão
"disfarçados com linguagem". Por exemplo, os americanos não dirão que
brasileiro não pode entrar em Alcântara, o que seria ofensivo à soberania
nacional, mas poderão condicionar a presença de qualquer um a uma credencial
de segurança. Como os os Estados Unidos terão poder de veto, hipoteticamente,
um engenheiro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais pode ser vetado se
for considerado capaz de apreender a tecnologia deles.

"Não se pode basear um programa espacial, assim como nas áreas nuclear e
cibernética, no fato de alugar serviços. Isso não existe. A China não fez isso, a
Rússia, a Índia, obviamente os Estados Unidos não fizeram isso, ou a França, só
para falar de países que têm programa espacial. Soberania é uma coisa que
custa caro." Ele lembra que tal tratado terá que ir ao Congresso ."Não tenho
confiança no nacionalismo desse Congresso, mas pelo menos vai permitir uma
discussão pública maior."

Sobre a Venezuela, diante da frase de Trump na coletiva, de que "todas as

opções estão na mesa", Amorim reafirma a posição de que há motivo para
preocupações. "Se você combina a frase do Trump com a frase da véspera de
Bolsonaro, de que confiamos na capacidade bélica dos Estados Unidos, é pra ficar
muito preocupado."

"Sabemos que nossos militares têm agido com bom senso nesse aspecto, mas às
vezes há um limite a partir do qual não se pode mais controlar. Fico muito
preocupado, acho que o problema na Venezuela só se resolve com diálogo. Juan
Guaidó é um títere, não simboliza nada. Não tem legitimidade nem como líder da
oposição, diferente de (Henrique) Capriles e outros", diz o ex-ministro.

https://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/387424/Brasil-regride-para-'submiss%C3%A3o-expl%C3%ADcita'-diz-Celso-Amorim.htm 2/3
20/03/2019 Brasil regride para 'submissão explícita', diz Celso Amorim | Brasil 247

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Sindicalista fala sobre o ato contra a reforma

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Sergio Furtado Cabreia • 9 hours ago
MAS, LOGO, LOGO SERÁ ANTIAMERICANISMO...
E, EM BREVE, VEREMOS O POVO BRASILEIRO DEFENDENDO O BRASIL NAS RUAS CONTRA O IMPERIALISMO ASSASSINO
IANQUE!
BYE, BYE, BRAZIL!
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