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SAÚDE AMBIENTAL → MEIO AMBIENTE FÍSICO:

• É um determinante EXTRÍNSECO PROTAGONISTA da história natural da


enfermidade;
• Existem COMPONENTES ESPECÍFICOS que vão atuar como desencadeantes;
• Dentro do meio ambiente físico, estão inter-relacionados elementos físicos e
biológicos;
• CONCEITO DE MEIO AMBIENTE: é um sistema global constituído por elementos
naturais ou artificiais, físicos, químicos ou biológicos, e socioculturais, com
interações em permanente modificação pela natureza e pela ação humana;
• CONCEITO DE SAÚDE AMBIENTAL: disciplina que compreende aspectos da
saúde humana, INCLUINDO A QUALIDADE DE VIDA E O BEM-ESTAR SOCIAL,
que são determinados por fatores ambientais;
• CONCEITO DE ECOSSISTEMA: UNIDADE FUNCIONAL BÁSICA NA
ECOLOGIA; compreende COMUNIDADES BIÓTICAS (seres vivos) E O MEIO
AMBIENTE ABIÓTICO (geografia) DE UMA DETERMINADA REGIÃO, cada um
dos quais influenciam nas propriedades;
• CONCEITO DE CONTAMINAÇÃO: introdução direta ou indireta de qualquer
substância ou elemento que possa resultar nociva para os seres humanos, animais
e plantas, e que cause danos ao recursos ou dificulte o uso legítimo do meio
ambiente;
• CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: são avances destinados a
satisfazer as necessidades da geração atual SEM COMPROMETER OS
RECURSOS E POSSIBILIDADES DAS GERAÇÕES FUTURAS;
• A SAÚDE AMBIENTAL É A APLICAÇÃO DO MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO AO
ESTUDO DAS CONSEQUÊNCIAS PARA A SAÚDE, DERIVADAS DA
EXPOSIÇÃO A FATORES DE RISCO PRESENTES NO MEIO AMBIENTE FÍSICO
→ ÁGUA, AR, ALIMENTOS E SOLO;

INTRODUÇÃO:
✓ A EXPOSIÇÃO (PRESENÇA DOS CONTAMINANTES NO NOSSO MEIO
AMBIENTE) PODE SER MEDIDA:
• DE FORMA INDIVIDUAL: através das pesquisas e dos efeitos fisiológicos;
• DE FORMA COLETIVA: através de modelos dosimétricos e de modelos
geográficos;
FATORES AMBIENTAIS FÍSICOS → RADIAÇÕES:
• As radiações são propagações de energia;
• ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO:
✓ RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES → São mais benignas → RAIOS
INFRAVERMELHOS, MICRO-ONDAS, ONDAS DE RÁDIO E LUZ VISÍVEL;
✓ RADIAÇÕES IONIZANTES → Causam mais danos → ULTRAVIOLETA (parte da
luz ultravioleta é não ionizante), RAIOS X E RAIOS GAMA;
✓ A luz visível se localiza entre as radiações ionizantes e não ionizantes;

FATORES AMBIENTAIS FÍSICOS → RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES:


• RADIAÇÃO VISÍVEL:
✓ Geralmente não provoca efeitos graves;
✓ PODE CAUSAR: retinite, fadiga visual, cefaleia e irritação ocular;
• RADIAÇÃO INFRAVERMELHA:
✓ A exposição aguda de alta intensidade a comprimentos de onda menores de 2 nm,
causam danos por aquecimento da córnea, íris ou cristalino;
• RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA → TEM UM COMPONENTE NÃO IONIZANTE,
PORÉM SUA MAIOR PARTE É IONIZANTE:
• Divide-se em comprimentos de onda A, B e C;
• Pode levar a alterações na pele, nos olhos e no sistema imunitário → Os
comprimentos de onda A (alfa → comprimento de onda maior) e B (beta →
comprimento de onda menor) produzem maiores efeitos biológicos, SOBRETUDO
OS COMPRIMENTOS DE ONDA B;

RADIAÇÕES IONIZANTES:
• CONCEITO DE IONIZAR: alterar eletricamente a matéria → Radioatividade;
• O dano vai depender da CLASSE DA RADIAÇÃO, DA ENERGIA, DA DOSE
ABSORVIDA, DA ZONA AFETADA, DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO, DA IDADE E
DO ESTADO DE SAÚDE;
• RADIAÇÃO ALFA: chega até pele (é barrada por uma folha de papel);
• RADIAÇÃO BETA: chega até a derme e pode provocar câncer de pele (atravessa
a folha de papel, porém é barrada por uma lâmina de alumínio);
• RADIAÇÃO GAMA/X: atravessa a folha de papel, atravessa a lâmina de alumínio,
porém é barrada por uma placa de chumbo;
• RADIAÇÃO NEUTRÔNICA: atravessa a folha de papel, atravessa a lâmina de
alumínio, atravessa a placa de chumbo, porém é barrada por blocos de água ou
concreto (deve apresentar no mínimo 10 cm de espessura);
• FONTES NATURAIS: radionuclídeos da crosta terrestre e partículas cósmicas
(provenientes do sol);
• FONTES ARTIFICIAIS: provas e acidentes nucleares, contato com radioisótopos,
radiação para fins médicos e radiações ocupacionais;

CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS SEGUNDO A DOSE-RESPOSTA:


• EFEITO BIOLÓGICO ESTOCÁSTICO:
• É também chamado ALEATÓRIO;
• A probabilidade de aparacer efeitos aumenta ao se aumentar a dose absorvida;
• A GRAVIDADE É INDEPENDENTE DA DOSE → NÃO SIGNIFICA QUE TODOS
VÃO DESENVOLVER DANOS, APENAS AUMENTA A PROBABILIDADE;
• EFEITO BIOLÓGICO DETERMINISTA:
✓ A probabilidade de aparecer efeitos é de 0, com pequenas doses absorvidas;
porém, aumenta rapidamente até 100%, quando a dose absorvida excede um
limite → SEMPRE QUE EXCEDE O LIMITE, CAUSA DANO;

CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS SEGUNDO AFETE A PESSOA OU SUA


DESCENDÊNCIA:
• SOMÁTICOS:
✓ Afeta o indivíduo exposto a radiação → AFETAM AS CÉLULAS QUE
APRESENTAM RECÂMBIO CELULAR MAIS RÁPIDO;
✓ EFEITOS IMEDIATOS: sistema hematopoiético, digestivo, respiratório, pele e
gônadas;
✓ EFEITOS TARDIOS: carcinogênicos;
• HEREDITÁRIOS:
✓ AFETAM AS CÉLULAS GERMINATIVAS DO INDIVÍDUO, MANIFESTANDO
ALTERAÇÕES NA SUA DESCENDÊNCIA;
✓ Radiossensibilidade pré-natal, alterações na organogênese (malformações
congênitas);

RÁDON:
✓ É um gás radioativo presente nas regiões ricas em urânio;
✓ OCUPA O SEGUNDO LUGAR NAS CAUSAS DE CÂNCER DE PULMÃO;
✓ A probabilidade de desenvolver câncer de pulmão é muito maior nos fumadores;

RAIOS X:
• APRESENTAM EFEITO BIOLÓGICO DETERMINISTA;
• PROTEÇÃO RADIOLÓGICA:
✓ POPULAÇÃO EM GERAL E GRÁVIDAS: o limite da dose é de 1mSv por ano;
✓ TRABALHADORES EXPOSTOS: o limite da dose efetiva é de 100 mSv durante 5
anos ou 50 mSv em qualquer ano;

RUÍDO:
• TRAUMA ACÚSTICO AGUDO: causado por um ruído intenso de duração limitada,
pode destruir o ouvido interno ou médio;
• TRAUMA ACÚSTICO CRÔNICO:
✓ É causado por uma exposição prolongada a um ruído de menor intensidade;
✓ LIMITE PARA A PRODUÇÃO DE SURDEZ: exposição diária de 8 horas a 80 dB;
✓ O RISCO SE INCREMENTA COM: a intensidade, a frequência e o tempo de
exposição → OUTROS FATORES: suscetibilidade individual, idade e patologias
concomitantes;
• DANOS A SAÚDE: sobre o rendimento intelectual, capacidade cognitiva e
concentração; sono; capacidade de comunicação; e efeitos psíquicos ou físicos;
• CONTROLE: sobre a fonte de emissão; sobre o meio de propagação; e sobre o
indivíduo receptor;

FATORES AMBIENTAIS QUÍMICOS → CONTAMINANTES ATMOSFÉRICOS:


• A contaminação atmosférica constitui um risco meio ambiental para a saúde e é
responsável por cerca de 2 milhões de mortes prematuras ao ano, em todo o
mundo (OMS);
• MONÓXIDO DE CARBONO: pode produzir a COHb;
• DIÓXIDO DE CARBONO: responsável pelo efeito estufa, estresse, alergias,
problemas respiratórios e cardiovasculares;
• ÓXIDOS DE ENXOFRE: causam irritação ocular, crises asmáticas e alergias
respiratórias;
• ÓXIDOS DE NITROGÊNIO: contaminação fotoquímica, destruição da camada de
ozônio, chuva ácida, etc.;
• PARTÍCULAS OU AEROSSÓIS: causam processos alérgicos e respiratórios,
mortalidade cardiovascular, CA de pulmão e outros cânceres;
• OZÔNIO: oxidante que reaciona com qualquer tecido, causando irritação no trato
respiratório;

EPIDEMIOLOGIA AMBIENTAL:
• Estudo epidemiológico das consequências para a saúde causadas pela exposição
ao meio ambiente → Exposições do tipo física, química ou biológica;
• Integra a informação sobre a exposição e os efeitos;
• Estratégias para proteger a população;
• Relação entre saúde e qualidade do ambiente;
• O processo de saúde-doença é resultado da INTERAÇÃO ENTRE O HOMEM E O
MEIO AMBIENTE QUE O RODEIA;

AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO:
• EXPOSIÇÃO: medida do contaminante no meio ambiente;
• DOSE: medida no tecido;
• SUAS CARACTERÍSTICAS SÃO: vias de penetração; magnitude ou concentração;
duração da exposição; e frequência;

AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO → LIMITAÇÕES:


• ÉTICA NOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS:
✓ Realizar em animais;
✓ Estudos observacionais;
• PROBLEMAS:
✓ Extrapolação dos resultados de animais a seres humanos;
✓ Muitas substâncias e químicos no ambiente → Difícil identificar a causa;
✓ Contaminantes estendidos → População de controle difícil;
✓ A vida cotidiana tem muitos âmbitos;
✓ Fatores de confusão;

SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA:


• Condição de bem-estar físico, psicológico e sociocultural nos aspectos relativos a
capacidade reprodutiva do indivíduo → IMPLICA UMA VIDA SEXUAL SEGURA,
LIBERDADE PARA TER FILHOS E DECIDIR QUANDO TÊ-LOS;
PLANIFICAÇÃO FAMILIAR:
• Um dos pilares é o poder de decisão com relação a maternidade;
• Hoje em dia as mulheres apresentam melhores condições de EDUCAÇÃO,
TRABALHO E ACESSO A MÉTODOS CONTRACEPTIVOS;
• Todos os países devem garantir que homens e mulheres possam dar o seu
consentimento ao uso de contraceptivos de acordo com as suas características e
própria fertilidade;
• Cada método contraceptivo tem seus mecanismos distintos de ação;
• PARA SUGERIR UM MÉTODO CONTRACEPTIVO, DEVE-SE TOMAR EM
CONTA A IDADE, O PERFIL DE SAÚDE (em mulheres com histórico de trombose,
os métodos contraceptivos hormonais jamais deveriam ser indicados → eles
aumentam o risco de trombose e de embolismo) E AS MOTIVAÇÕES E CRENÇAS
DOS INDIVÍDUOS;
• É NECESSÁRIO DAR TODAS ESSAS INFORMAÇÕES SOBRE UM
CONTRACEPTIVO: uso correto do contraceptivo; mecanismo de ação; efeitos
secundários; riscos e benefícios; reversibilidade; proteção frente a infecções
(apenas os preservativos apresentam essa qualidade); e preço;
• MÉTODOS MAIS UTILIZADOS: ESTERILIZAÇÃO FEMININA; DIU (Dispositivo
Intrauterino); CONTRACEPTIVOS ORAIS; E PRESERVATIVO MASCULINO;
• A esterilização feminina e o DIU são os métodos mais utilizados sobretudo em
mulheres que já tiveram um ou mais filhos;
• Os contraceptivos orais são utilizados principalmente por mulheres jovens;
• Para saber como funcionam esses métodos contraceptivos → Eles são submetidos
a uma prova que gera o ÍNDICE DE PEARL → ESSE ÍNDICE NOS DÁ O RISCO
DE GRAVIDEZ QUE TERIAM 100 MULHERES QUE USARAM ESSE MÉTODO
DURANTE 1 ANO → ESTÁ RELACIONADO A GRAVIDEZES NÃO DESEJADAS
→ ESSE ÍNDICE É ESTUDADO SOB DOIS PONTOS:
• EFICÁCIA TEÓRICA: obtém-se com o uso perfeito de qualquer método
contraceptivo;
• EFETIVIDADE OU EFICÁCIA REAL: obtém-se em condições NORMAIS DE USO;
• UTILIZAÇÃO DE NENHUM MÉTODO CONTRACEPTIVO → 85% de uma
gravidez não desejada, tanto no uso habitual quanto no uso perfeito;
• COITO INTERROMPIDO → Sua eficácia real é de 27% e sua eficácia teórica é de
4%;
• PRESERVATIVO MASCULINO → Sua eficácia real é de 15% e sua eficácia teórica
é de 2%;
• PRESERVATIVO FEMININO → Sua eficácia real é de 21% e sua eficácia teórica é
de 5%;
• DIU DE COBRE → Sua eficácia real é de 0,8% e sua eficácia teórica é de 0,6%;
• ADESIVO TRANSDÉRMICO, ANEL VAGINAL E CONTRACEPTIVOS ORAIS →
Suas eficácias reais são de 8% e suas eficácias teóricas são de 0,3%;
• A ESTERILIZAÇÃO MASCULINA TEM UM MENOR RISCO DE DESENVOLVER
UMA GRAVIDEZ INDESEJADA SE COMPARADA A ESTERILIZAÇÃO FEMININA;

PLANIFICAÇÃO FAMILIAR → MÉTODOS DE BARREIRA:


✓ São falhos quando ocorre uso incorreto, causando deslizamento ou ruptura;
✓ O uso consistente previne a gravidez indesejada e REDUZ O RISCO DE ITS
(Infecções de Transmissão Sexual) → NÃO ELIMINA O RISCO TOTALMENTE;
✓ São métodos eficazes e acessíveis;
✓ O estado deve garantir o acesso a esses métodos de barreira, principalmente para
os adolescentes;
✓ DIAFRAGMA (feminino), CAMISINHA (feminino e masculino) E ESPONJA
(feminino);
✓ ELES NÃO ATUAM SOBRE OS ESPERMATOZOIDES OU ÓVULOS;
✓ SÃO OS ÚNICOS QUE PREVINEM AS ITS;

PLANIFICAÇÃO FAMILIAR → CONTRACEPTIVOS HORMONAIS:


• PÍLULAS (apresentação de 21 ou de 28 pílulas, dependendo do uso e da
responsabilidade), INJETÁVEIS (podem durar de 1-3 meses), ANEL MENSAL (é
introduzido no fundo de saco vaginal, onde liberará hormônios lentamente durante
todo o mês) E ADESIVOS;
• São utilizados hormônios sintéticos derivados de estrógenos e gestágenos naturais
→ Podem ser utilizados de forma isolada ou combinada;
• Apresentam várias vias de administração;
• O ÍNDICE DE PEARL É < 1 QUANDO UTILIZADO DE FORMA PERFEITA;
• Deve haver um controle prévio sobre a saúde da mulher e deve haver supervisão
periódica;
• O RISCO DOS CONTRACEPTIVOS HORMONAIS AUMENTA EM: mulheres com
hipercoagulabilidade, antecedentes de tromboembolia e mulheres fumadoras
(trombose); risco de trombose venosa periférica; embolia pulmonar; e trombose
venosa cerebral por contraceptivos orais → Incrementa-se se a mulher tem
trombofilia;
• AS PESQUISAS CIENTÍFICAS APONTAM QUE MULHERES QUE UTILIZAM
ESSES MÉTODOS CONTRACEPTIVOS APRESENTAM: maior risco de câncer de
mama, cérvix e fígado; redução do câncer de ovário e de endométrio; maior risco
de adquirir infecção por HIV; inibição da ovulação; aumento da secreção cervical
(mais espessa); alteração química do endométrio; e alteração da motilidade das
trompas uterinas;

PLANIFICAÇÃO FAMILIAR → CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA:


• PÍLULA DO DIA SEGUINTE:
• Apresenta altas concentrações hormonais;
• Maior risco de dor abdominal cólica, por CONTRAÇÕES UTERINAS E
SANGRAMENTO EXCESSIVO (antes ou durante a menstruação);
• Deve ser usada de forma excepcional;
• Mulheres que demandam o uso de contraceptivos → Momento correto para sugerir
um contraceptivo formal e para ensinar sobre saúde sexual (ênfase nas ITS);

PLANIFICAÇÃO FAMILIAR → DISPOSITIVO INTRAUTERINO:


• TEM UMA EFICÁCIA OU EFETIVIDADE REAL SUPERIOR A 99%;
• Promove uma inflamação subaguda mantida no endométrio, impedindo a
implantação do óvulo fecundado → PROVOCA UM ABORTO PRECOCE;
• Promove uma reação inflamatória de corpo estranho, provocando toxicidade aos
gametas e ao zigoto → Esta toxicidade está relacionada as concentrações de
cobre que apresentam esses dispositivos;
• INCREMENTA O RISCO DE TER ENFERMIDADE INFLAMATÓRIA PÉLVICA SE
A MULHER ADQUIRE UMA ITS;
• SE O MECANISMO FALHA, AUMENTA-SE O RISCO DE GRAVIDEZ ECTÓPICA;
• 15% das mulheres solicitam sua retirada por apresentarem dor ou hemorragia
(mais frequente nas nulíparas);

PLANIFICAÇÃO FAMILIAR → ESTERILIZAÇÃO:


• APRESENTA UMA TAXA MÉDIA DE FALHA: de 0,4% para ligadura das trompas
e de 0,1-0,2% para a vasectomia;
• Entre 1-2% dos procedimentos apresentam complicações (infecções, hemorragias,
sepse, etc.);
• SÃO IRREVERSÍVEIS;

PLANIFICAÇÃO FAMILIAR → MÉTODOS NATURAIS:


• São baseados em técnicas que buscam ou evitam as gravidezes mediante a
observação de sinais e sintomas, que de maneira natural ocorrem durante as fases
férteis e inférteis do ciclo menstrual;
• Reduzem os gastos farmacêuticos;
• Evitam efeitos cardiovasculares;
• Evitam determinados cânceres que alguns contraceptivos orais são capazes de
causar;
• Evitam os riscos ginecológicos do uso do DIU;
• Promovem uma maior responsabilidade do casal sobre a sua fertilidade;
• MÉTODO BILLINGS (MUCO CERVICAL): os dias de infertilidade e de máxima
fertilidade são identificados mediante a auto-observação da secreção cervical:
✓ SECREÇÃO CERVICAL COM COR CLARA: período fértil;
✓ SECREÇÃO CERVICAL COM COR BRANCA: período infértil;
• MÉTODO SINTOTERMAL: determina as fases férteis mediante a observação da
secreção cervical e da temperatura basal → EFICÁCIA PRÁTICA DE 98,2% E
EFICÁCIA TEÓRICA DE 99,6% → Durante a ovulação, ocorre um aumento da
temperatura basal (período fértil);
• MÉTODO DE AMENORREIA LACTACIONAL (MELA): baseia-se na improvável
gravidez durante a amenorreia, até que o lactante complete os 6 meses →
EFICÁCIA DE 98-99% → LACTÂNCIA EXCLUSIVAMENTE MATERNA E A
DEMANDA → Ou seja, a mãe precisa alimentar o bebê apenas com o leite
materno:
• A sucção promovida pelo bebê estimula o cérebro materno → Promovendo a
produção de prolactina, para a produção de leite → A PROLACTINA TEM A
CAPACIDADE DE INIBIR A OVULAÇÃO, desde que o bebê esteja lactando →
Durante os 6 primeiros meses → É garantido pela amenorreia observada na mãe;

INFECÇÕES DE TRANSMISSÃO SEXUAL:


• Durante o estágio assintomático, podemos ser transmissores, sobretudo, se
apresentarmos lesões subclínicas;
• Devemos realizar o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno, SOBRETUDO
DAS ITS CURÁVEIS;
• A utilização de preservativo é a chave na prevenção primária das ITS;
• Citologia vaginal para a prevenção do câncer de cérvix nas suas fases iniciais (1-3
anos);
• GERALMENTE O ÚNICO RESERVATÓRIO É O HOMEM;
• TRANSMISSÃO:
✓ AS TRANSMISSÕES SÃO POR CONTATO DIRETO: durante o ato sexual; via
perinatal ou vertical (inclui 3 etapas: durante a gravidez; durante o parto; e
durante o puerpério ou pós-parto); e parenteral (contato com o sangue
contaminado);
✓ Geralmente os infectados transmitem essas infecções quando estão na fase
subaguda, crônica ou assintomática;
✓ Geralmente esses agentes infecciosos NÃO DEIXAM NENHUMA IMUNIDADE
ESPECÍFICA, OU SEJA, TODAS AS VEZES QUE ENTRARMOS EM CONTATO
COM O AGENTE INFECCIOSO SOFREREMOS NOVAMENTE A INFECÇÃO
(REINFECÇÃO);
✓ A transmissão depende da frequência das condutas de riscos;
✓ Lesões que cursam com úlceras favorecem a transmissão do HIV;
• OS AGENTES INFECIOSOS PODEM SER: bactérias, vírus, fungos, protozoários e
ectoparasitas;

PREVENÇÃO E CONTROLE:
• DIMINUIÇÃO DA PREVALÊNCIA MEDIANTE: interrupção da transmissão
(educação para a saúde); redução da duração da infecção; e prevenção das
complicações;
• EDUCAÇÃO SANITÁRIA:
✓ Educar os indivíduos, sobretudo, antes do início da vida sexual, promovendo
estilos de vida saudáveis nos jovens;
✓ Promover mudanças no comportamento de condutas de risco;
✓ Promover o uso de preservativos;
• DETECÇÃO DE INFECÇÕES ASSINTOMÁTICAS:
✓ ESTIGMA: pessoas com condutas de risco ou assintomáticas não buscam
assistência sanitária;
✓ Risco de desenvolver complicações e sequelas tanto individual quanto ao parceiro;
✓ Devemos combater o estigma e aumentar a percepção de risco;
• DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO CORRETO:
✓ O tratamento de infecções bacterianas é relativamente fácil → Antibióticos efetivos;
✓ No HIV, o tratamento diminui a carga viral;
✓ A colaboração do infectado diminui o risco de transmissão ao parceiro;
• AVALIAÇÃO, TRATAMENTO E CONSELHO AOS CASAIS:
✓ Tratamento simultâneo do caso e do parceiro;
✓ Implicações práticas, éticas e emocionais;
✓ Notificação ao contato por parte do caso, médico ou profissionais sanitários;
• IMUNIZAÇÃO:
✓ HEPATITE B → Transmissão por contato direto;
✓ HEPATITE A → Transmissão por via fecal-oral;
✓ PAPILOMAVÍRUS;

SAÚDE MATERNO-INFANTIL:
• A saúde da mãe e do filho estão intimamente relacionadas;
• A MORTALIDADE MATERNA E A MORTALIDADE INFANTIL SÃO
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO DE UM PAÍS OU REGIÃO →
DETERMINANTES SOCIAIS;
• A maioria das causas de mortalidade materno-infantil são evitáveis ou tratáveis →
Deve-se identificar essas causas;
• A saúde das mulheres está vinculada a maternidade;
• Está relacionada com o modelo socioeconômico e cultural;
• Nos países subdesenvolvidos, as medidas de apoio a maternidade são
insuficientes;
• OCORRERAM MUDANÇAS NA TAXA DE NATALIDADE (MAIOR NOS PAÍSES
SUBDESENVOLVIDOS E MENOR NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS) POR:
✓ Incorporação de contraceptivos;
✓ Maior incorporação das mulheres no mercado de trabalho;
✓ Maior independência econômica;
✓ Nível educativo mais elevado;

SAÚDE MATERNA:
• ENCONTRA-SE INFLUENCIADA POR TODOS OS ELEMENTOS
RELACIONADOS AO PROCESSO DE MATERNIDADE, DURANTE: a gravidez, o
parto e o puerpério;
• Apenas 51% das mulheres de países de baixa renda têm acesso à atenção pré-
natal → É preciso aumentar a atenção pré-natal;
• Existem partos não atendidos (partos domiciliares) por profissionais de saúde;
• FATORES QUE DIFICULTAM UMA MAIOR COBERTURA: pobreza, distância,
desinformação, inexistência de serviços e práticas culturais;

MORTALIDADE MATERNA:
• É A MORTE DE UMA MULHER DURANTE A GRAVIDEZ OU ATÉ 42 DIAS DO
PÓS-PARTO, POR QUALQUER CAUSA RELACIONADA OU AGRAVADA PELA
GRAVIDEZ;
• Um acidente de carro não é considerado mortalidade materna → Causa acidental;
• 70% DAS MORTES MATERNAS SÃO CAUSADAS POR COMPLICAÇÕES,
COMO:
✓ Hemorragias;
✓ Infecções;
✓ Abortos perigosos → ABORTOS INSEGUROS;
✓ ECLÂMPSIA → É o aumento da pressão arterial associada a outros sinais e
sintomas → As idades extremas são fatores de risco para a pré-eclâmpsia e
eclâmpsia;
✓ PARTO OBSTRUÍDO → Associação de problemas que podem ocorrer no
momento do parto, como a DESPROPORÇÃO CÉFALO-PÉLVICA (o diâmetro da
cabeça ou do corpo do produto é maior em relação ao diâmetro da pelve), a
APRESENTAÇÃO DO PRODUTO, HIDROCEFALIA, GÊMEOS UNIVITELINOS e
SIAMESES;
• A GRAVIDEZ DE ALTO RISCO É QUANDO A PROBABILIDADE DE ENFERMAR
OU MORRER ANTES, DURANTE OU DEPOIS DO PARTO, É MAIOR DO QUE O
HABITUAL PARA A MÃE E PARA PRODUTO:
✓ MULHERES ADOLESCENTES (MENORES DE 20 ANOS) → Maior risco por
fatores sociais; e menor número de atenções sanitárias e de cuidados na gestação;
✓ IDADE AVANÇADA (MAIORES DE 34 ANOS) → Maior risco de morbimortalidade
com complicações na gravidez, anomalias congênitas e diabetes; mais cesárias e
complicações durante o parto;
✓ COM RELAÇÃO AS DUAS IDADES → Maior probabilidade de parto pré-termo;
retardo do crescimento intrauterino; e mortalidade perinatal;

PREVENÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA:


• A MATERNIDADE SEGURA DEPENDE DA: educação e qualidade do sistema
sanitário ou atenção profissional do parto;
• Os países são obrigados a investir nos seus Sistemas de Saúde, melhorando a
disponibilidade e o acesso a cuidados de saúde dependentes da gravidez, parto e
pós-parto;

MORTALIDADE INFANTIL:
• É UM ÍNDICE DE BEM-ESTAR E DE SAÚDE EM CRIANÇAS EM UM PAÍS;
• O PRIMEIRO ANO DE VIDA É CRÍTICO → O primeiro ano de vida é um indicador
útil da condição de saúde de toda a população e das condições socioeconômicas e
culturais;
• EM MENORES DE 5 ANOS → É um indicador das intervenções dirigidas ao bem-
estar e supervivência das crianças;
• Mortalidade infantil = Número de mortos até 1 ano/Número de nascidos vivos;

MORTALIDADE PERINATAL:
• É A DESAPARIÇÃO DE TODOS OS SINAIS VITAIS ENTRE AS 22 SEMANAS DE
EG (500 GRAMOS DE PESO) E OS 7 PRIMEIROS DIAS DE VIDA;
• É um indicador das condições de vida, qualidade e acesso a cuidados obstétricos e
pediátricos disponíveis;
• A viabilidade fetal ocorre a partir das 22 semanas de gestação;
• MORTE FETAL PRECOCE: ocorre desde as 22 semanas até as 27 semanas de
gestação;
• MORTE FETAL TARDIA: ocorre desde as 28 semanas até a expulsão completa do
produto;
• MORTE NEONATAL PRECOCE: ocorre desde o momento do parto até os 7
primeiros dias de vida;
• MORTE NEONATAL TARDIA: ocorre desde o sétimo dia de vida até os 28 dias de
vida;
• MORTALIDADE PÓS-NEONATAL: ocorre desde vigésimo oitavo dia até completar
um ano de idade;
• PARA COMPARAÇÃO INTERNACIONAL → MORTALIDADE PERINATAL
COMPREENDE DESDE AS 28 SEMANAS DE EG (1.000 GRAMOS) ATÉ OS 7
DIAS DE VIDA → COMPREENDE A MORTE FETAL TARDIA E A MORTE
NEONATAL PRECOCE;

INDICADORES:
• PREMATURIDADE (EG < 37) E BAIXO PESO AO NASCER (< 2.500 gramos) →
Existe uma relação direta entre ambos → EFEITOS ADVERSOS: paralisia cerebral,
transtorno psicomotor e morbilidade respiratória;
• PREMATURIDADE EXTREMA (EG < 32 SEMANAS) → Ocasiona um maior
impacto na morbimortalidade → FATORES QUE INDUZEM A PREMATURIDADE
EXTREMA: idade extrema da mãe, consumo de tabaco, abuso de drogas, estresse
e gravidezes múltiplas;

MORTALIDADE INFANTIL:
• AS CAUSAS QUE PROVOCAM MAIOR MORTALIDADE PRÉ-NATAL E
PERINATAL SÃO:
✓ Problemas durante a gravidez e o parto;
✓ Enfermidades maternas durante a gravidez;
✓ Malformações congênitas;
✓ Infecções e má nutrição;
✓ 80% DOS NEONATOS MORREM POR PREMATURIDADE E BAIXO PESO AO
NASCER;

PREVENÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL:


• FATORES QUE DIMINUEM A MORTALIDADE INFANTIL:
✓ Melhora da saúde materna;
✓ Cuidado pré-natal;
✓ Água potável e condições de salubridade;
✓ Nutrição infantil;
✓ Assistência sanitária durante a gravidez, parto e cuidados do recém-nascido → Ao
se melhorar a assistência perinatal se melhora a mortalidade neonatal;
• A MORTALIDADE PÓS-NEONATAL É O PRIMEIRO INDICADOR A MELHORAR
COM O MELHORAMENTO DAS CONDIÇÕES SOCIOSSANITÁRIAS;
• Quando se melhora o nível de vida, aumenta a mortalidade pós-neonatal por
acidentes domésticos;

CLAP:
• SINAIS DE ALERTA:
✓ IDADE MATERNA: < 15 anos e > 35 anos;
✓ NÍVEL EDUCACIONAL DA MÃE: se sabe ler e escrever;
✓ ANTECEDENTES FAMILIARES;
✓ VACINAS: a vacina contra a rubéola deve ser administrada no mínimo com 3
meses de antecedência da gravidez; a vacina antitetânica pode ser administrada
durante a gravidez (se a mulher não tiver a vacina, são realizadas duas
administrações, uma no momento da consulta e a outra um mês depois);

CONSIDERAÇÕES:
• A gravidez é um estado vulnerável para a saúde da mãe e da criança, requer
vigilância sobre a aparição de riscos;
• O início precoce da atenção sanitária, nas primeiras 12 semanas de gestação,
detecta precocemente gravidezes de risco;
• CONTROLE ADEQUADO DA GESTAÇÃO: 6 visitas pré-natais e uma puerperal
durante a primeira semana do pós-parto;
• NA BOLÍVIA SÃO 5 VISITAS PRÉ-NATAIS E UMA PUERPERAL DURANTE A
PRIMEIRA SEMANA DO PÓS-PARTO;

SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE:


• A MORTALIDADE INFANTIL É UM REFLEXO DO DESENVOLVIMENTO
HUMANO EXPRESSADO EM:
✓ Melhora da nutrição;
✓ Higiene e saneamento;
✓ Atenção a mãe e ao recém-nascido;
✓ Clima afetivo, educativo, etc., adequados;
✓ Imunizações (a maioria das vacinas são voltadas para as crianças);
✓ Lactância materna (exclusiva até o 6 meses de idade; e pode ser estendida até os
2 anos de idade);
✓ Peso e tamanho;
✓ Cáries;
✓ Acidentes domésticos;

INTRODUÇÃO:
• O crescimento físico é extremamente rápido;
• Ocorre a aprendizagem da linguagem e o desenvolvimento das habilidades
motoras e cognitivas;
• Ocorre o amadurecimento do caráter;
• Ocorrem mudanças próprias da puberdade e o amadurecimento da identidade
sexual;
• PROMOÇÃO DA SAÚDE → RECONHECIMENTO DOS FATORES DE RISCO
QUE COMPROMETEM O DESENVOLVIMENTO FÍSICO, PSÍQUICO OU
SOCIOFAMILIAR → TAMBÉM DEVE ESTIMULAR ESTILOS DE VIDA
SAUDÁVEIS:
• Desenvolvimento de estratégias específicas para cada idade;
• Vigilância contínua do processo de crescimento;
• Educação em saúde;
• SE CONSEGUIRMOS CONTROLAR OS FATORES DE RISCO E GERAR
INTERVENÇÕES, SE AUMENTARÁ A ESPERANÇA DE VIDA;

MORBILIDADE:
• NO PRIMEIRO ANO DE VIDA: infecções, alterações nutricionais e patologias
metabólicas (são problemas genéticos → é necessário realizar estudos de crivado
→ dentre as patologias metabólicas mais comuns temos a FENILCETONÚRIA e o
HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO);
• NA INFÂNCIA: transtornos buco dentais (as cáries podem levar a complicações
cardíacas), transtornos de aprendizagem, alterações auditivas e visuais → SÃO
MAIS SUSCETÍVEIS AO ABANDONO E/OU AOS MAUS-TRATOS;
• NA ADOLESCÊNCIA: ocorrem mudanças físicas e psicológicas → Condutas de
risco, consumo de substâncias (consumo de álcool, cigarros ou drogas ilícitas),
acidentes de trânsito, gravidezes não desejadas e ITS → Para que ocorram
alterações na morbimortalidade de adolescentes, são necessárias novas
estratégias que previnam a OBESIDADE (cada vez mais frequente), o
SEDENTARISMO e a PATOLOGIA NEUROPSIQUIÁTRICA (podem levar ao
suicídio);

ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO:
• Baseiam-se em exames periódicos e educação dirigida a pais e filhos;
• Baseiam-se em exames de saúde, como a história clínica e a exploração física
mais detalhada, além da educação para a saúde;
• Provas específicas de crivado por idade;
• Antropometria seriada em todas as revisões → OS MAIS ANALISADOS SÃO A
IDADE, O PESO E O TAMANHO;
• O CRESCIMENTO É UM INDICADOR DE SAÚDE → MENSURA O
DESENVOLVIMENTO ADEQUADO E É UM MÉTODO INDIRETO PARA A
DETECÇÃO DE PATOLOGIA ADJACENTE;

ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO:
• EVITAR A HIPOTERMIA → A temperatura tem que estar entre 26 ºC e 30 ºC e
apresentar uma “lâmpada de calor”;
• Deve-se realizar o clampeamento do cordão umbilical a uma distância de 2-3 cm
da base e o corte do cordão umbilical deve ser feito a uma distância de 1 cm acima
do clampeamento, utilizando um bisturi ou tesoura esterilizada;
• Deve-se revisar se o cordão umbilical apresenta 2 artérias e 1 veia, com o objetivo
de descartar malformações;
• Deve-se administrar gotas oftálmicas de tetraciclina, nitrato de prata ou
cloranfenicol;
• Deve-se administrar, de forma intramuscular, vitamina K;

PREVENÇÃO EM FUNÇÃO DA IDADE → RECÉM-NASCIDO:


• A AVALIAÇÃO RÁPIDA DO RECÉM-NASCIDO OCORRE NOS PRIMEIROS 30
SEGUNDOS DEPOIS DO DESPRENDIMENTO DO CORPO DA MÃE, ATRAVÉS
DE PERGUNTAS:
• É DE TÉRMINO?
• O LÍQUIDO AMNIÓTICO É CLARO?
• ESTÁ RESPIRANDO OU CHORANDO?
• APRESENTA TÔNUS MUSCULAR?
• TESTE DE APGAR:
• A: Aparência → Cor da pele;
• P: Pulso → Frequência cardíaca;
• G: Gestos → Resposta a estímulos;
• A: Atividade → Tônus muscular;
• R: Respiração;
• EXPLORAÇÃO FÍSICA DE MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS OU DE LESÕES
INTRAPARTO → Palpação do paladar e dos lábios; observação se há espinha
bífida, malformações urinárias ou malformações de extremidades; observar a
permeabilidade da boca, dos ouvidos e do ânus; observar a existência de fraturas e
hematomas, consequências do processo do parto;
• PROFILAXIA DA CONJUNTIVITE NEONATAL → Tetraciclina tópica;
• PROFILAXIA DA ENFERMIDADE HEMORRÁGICA NEONATAL → Vitamina K
intramuscular → Tem como objetivo evitar hemorragias em neonatos precoces;
• Se desejamos realizar uma reanimação cardiorrespiratória, é necessário tomarmos
os critérios de FR, FC e coloração da pele;

PREVENÇÃO EM FUNÇÃO DA IDADE:


• NEONATOS:
✓ CRIVADOS: hipotiroidismo congênito; hipoacusia a partir das 24 horas de vida;
displasia de quadril (as manobras de Ortalani e Barlow detectam 50% das
displasias);
✓ LACTÂNCIA MATERNA: a lactância precoce (na primeira hora de vida) ajuda a
diminuir determinados riscos, como infecções e hipotermia, e ajuda a aumentar o
laço afetivo e psicológico entre a mãe e o filho → A LACTÂNCIA MATERNA É
EXCLUSIVA ATÉ OS 6 MESES;
✓ DIRETRIZES DE HIGIENE PARA OS PAIS;
✓ PREVENÇÃO DE LESÕES;
• LACTANTES → PRIMEIRO MÊS ATÉ 1 ANO:
✓ São feitas revisões a cada 2 meses;
✓ VACINAÇÃO: inicia-se a partir dos 2 meses de idade;
✓ GANHO PONDERAL → RELACIONADO AO PESO: no PRIMEIRO TRIMESTRE,
o ganho é 20-30 g diário; no SEGUNDO TRIMESTRE, o ganho é 600 g mensal; no
TERCEIRO TRIMESTRE, o ganho é de 500 g mensal; e no SEGUNDO ANO de
vida, o ganho é de 200 g mensal → Geralmente o ganho de peso nos meninos é
maior do que nas meninas;
✓ INTRODUÇÃO DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR (BEIKOST);
✓ EXPLORAÇÃO FÍSICA: estrabismo e criptorquidia (avaliação nos meses nove e
dez);
✓ IMC;
✓ NAS CRIANÇAS MAIORES DE 10 MESES, DEVE-SE ADMINISTRAR FLÚOR;
✓ EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE: alimentação, seguimento do calendário vacinal e
prevenção de lesões;
✓ MARCOS DO DESENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO:
*DESENVOLVIMENTO MOTOR: DE 0-6 MESES, levanta a cabeça e se prepara
para engatinhar; DE 6-12 MESES, engatinha, fica em pé e dá alguns passos; DE
12-24 MESES, anda e aprende a subir degraus; DE 2-4 ANOS, aprende a montar
na bicicleta ou patinete; E DE 4-6 ANOS, salta, escala com habilidade e gosta de
dançar;
*DESENVOLVIMENTO COGNITIVO: DE 0-6 MESES, atende a estímulos visuais e
sonoros; DE 6-12 MESES, tem um brinquedo favorito e aumenta sua
independência e curiosidade; DE 12-24 MESES, mostra mais interesse por livros e
brinquedos; DE 2-4 ANOS, tem mais interesse por desenhar; E DE 4-6 ANOS,
aperfeiçoa o desenho, veste-se sozinho e deseja autonomia;
*DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM: DE 0-6 MESES, comunica-se pelo choro
e sorriso; DE 6-12 MESES, fala suas primeiras palavras; DE 12-24 MESES,
começa a unir as palavras, mas se equivoca com frequência; DE 2-4 ANOS, sua
linguagem é praticamente perfeita (pode apresentar problemas com alguns
fonemas ou gaguejar); E DE 4-6 ANOS, é capaz de expressar emoções e
pensamentos;
*DESENVOLVIMENTO SOCIAL: DE 0-6 MESES, depende dos pais e pessoas
próximas; DE 6-12 MESES, mostra mais interesse pelos grupos; DE 12-24 MESES,
vai perdendo o apego pelos pais e mostrando mais interesse em brincar com
outras crianças; DE 2-4 ANOS, época dos “por quê” e das birras; E DE 4-6 ANOS,
desfruta brincar com grupos;
• INFÂNCIA → 1 ANO ATÉ 11 ANOS:
✓ PRIMEIRO ANO: deve-se realizar três controles (décimo segundo, décimo quinto e
décimo oitavo mês); e deve-se estimular a mastigação de alimentos sólidos;
✓ A PARTIR DOS 18 MESES: a criança deve comer sem ajuda e deve-se estimular o
controle dos esfíncteres;
✓ SEGUNDO ANO: deve-se realizar controles anuais ou bianuais;
✓ A PARTIR DOS 3 ANOS: início da escolarização; exploração física oftalmológica e
odontológica entre 3-5 anos; crivado de escoliose; educação para a saúde
(autonomia, destrezas motoras e impulsividade); e detecção de retardo psicomotor
e transtornos de linguagem;
✓ RECÉM-NASCIDO: de 0-27 dias;
✓ LACTANTE MENOR: de 28 dias até 11 meses e 29 dias;
✓ LACTANTE MAIOR: de 1 ano até 11 meses e 29 dias;
✓ PRÉ-ESCOLAR: de 2-5 anos;
✓ ESCOLAR: de 6-14 anos;
• ADOLESCÊNCIA → 11 ANOS ATÉ 19 ANOS:
✓ Se enraízam os estilos de vida (EPS);
✓ Deve-se estimular a confiança dos adolescentes em seus pais, com o objetivo de
informar situações ou condutas de risco;
✓ Assegurar o seguimento do calendário vacinal;
✓ MORBILIDADE: lesões, nutrição, início da vida sexual, uso de álcool e drogas,
problemas escolares e risco cardiovascular;
✓ PREVENÇÃO DO TABAGISMO: enfermidades cardiovasculares, câncer de
pulmão e EPOC;
✓ PREVENÇÃO DE ITS: associada a complicações, como enfermidade inflamatória
pélvica, infertilidade e câncer de cérvix;
✓ PAPANICOLAU (deve-se realizar desde o início da vida sexual);
✓ PATOLOGIA NEUROPSIQUIÁTRICA;
✓ EXPLORAÇÃO FÍSICA: IMC e pressão arterial (18 anos);
✓ EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE: enfermidades infectocontagiosas; consumo de
tabaco, álcool e drogas; e educação vial, sexual e nutricional;
✓ ESTILOS DE VIDA SAUDÁVEIS: dieta saudável, atividade física e evitar condutas
de risco;
✓ O ADOLESCENTE É SENSÍVEL AO SEU ENTORNO E, POR ISSO, ELE
INFLUENCIA O SEU ESTILO DE VIDA E SAÚDE;

ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR (BEIKOST):


• IDADE DE 0-6 MESES: exclusivamente leite materno, no mínimo 8 vezes ao dia e
uma quantidade similar durante a noite;
• IDADE DE 6-7 MESES: 2-3 colheradas de purê de arroz, e paulatinamente vão se
introduzindo outros cereais como a aveia → Pode ser introduzida a gema de ovo,
porém se existem antecedentes de alergias na família, deve-se adiar a introdução
até que o bebê complete um ano de idade;
• IDADE DE 7-8 MESES: introdução de purês de verduras de feijão-verde, cenoura
ou espinafre, 2-4 colheradas → Introdução de purês de carnes, como frango,
pescado ou vísceras (fígado, por exemplo);
• IDADE DE 8-9 MESES: continuação dos alimentos introduzidos; deve-se melhorar
a consistência e aumentar a quantidade → SE ADMINISTRARÃO TRÊS RAÇÕES
DIÁRIAS, porém, a lactância materna deve continuar; introdução da batata, inhame
e mandioca em pedaços bem pequenos;
• IDADE DE 9-10 MESES: introdução de grãos, como o feijão, a lentilha e o grão-de-
bico; introdução do ovo completo;
• IDADE DE 10-11 MESES: a criança deve comer em seu próprio prato e em
quantidades apropriadas, a mesma comida a qual toda a família come; para as
crianças menores de 1 ano não se deve dar mel; DEVE-SE OFERECER TRÊS
COMIDAS DIÁRIAS E DOIS LANCHES ENTRE AS REFEIÇÕES;
• IDADE DE 1-2 ANOS: come os mesmos alimentos que as pessoas adultas em
quantidades apropriadas, até chegar a consumir a metade do que consome uma
pessoa adulta;
• IDADE DE 2-4 ANOS: incrementação da alimentação, até comer a mesma
quantidade que consome um adulto;

MEIO AMBIENTAL SOCIAL


• RAMO DA MEDICINA QUE ESTUDA A FREQUÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DOS
DETERMINANTES SOCIAIS DOS ESTADOS DE SAÚDE → Quais determinantes
influenciarão nessa população;
• Rudolf Wirchow (epidemiólogo social), “Medicina é uma ciência social e política →
É medicina em grande escala”;
• SOCIEDADE: não é a soma dos indivíduos, influi em seus membros através de
características e normas sociais → CAUSA DAS CAUSAS;
• CÍRCULO DE HORWITZ, “A POBREZA PROPICIA A ENFERMIDADE E A
ENFERMIDADE CONDUZ A UMA MAIOR POBREZA” → Explica brechas na
saúde entre classes sociais e entre níveis educativos ou culturais → É um ciclo
vicioso;
• DETERMINANTES ESTRUTURAIS DAS DESIGUALDADES NA SAÚDE:
CONTEXTO SOCIECONÔMICO E POLÍTICO → Governo e tradição política;
atores econômicos e sociais; cultura e valores → Políticas macroeconômicas,
mercado de trabalho, políticas de estado de bem-estar;
• DETERMINANTES ESTRUTURAIS DAS DESIGUALDADES NA SAÚDE: EIXOS
DE DESIGUALDADE → Classe social, gênero, idade, etnia e território;
• Os determinantes estruturais nos afetam todos ao mesmo tempo, e não podemos
influenciá-los na nossa vida diária → O QUE EU FAÇO NÃO PODE
INFLUENCIAR NA CULTURA;
• DETERMINANTES INTERMEDIÁRIOS → Condições de emprego e trabalho;
trabalho doméstico e de cuidado; renda e situação econômica; habitação e
situação material; entorno residencial → Fatores psicossociais; fatores
comportamentais (estilo de vida) e biológicos; serviços de saúde;
• NOS DETERMINANTES INTERMEDIÁRIOS, PODEMOS EXERCER UMA CERTA
INFLUÊNCIA, ASSIM COMO, ELES PODEM INFLUENCIAR NOSSO ESTILO DE
VIDA, FATORES PSICOSSOCIAIS E FATORES COMPORTAMENTAIS E
BIOLÓGICOS;
• Repercussões positivas quando atuam sobre os determinantes estruturais →
Ações estruturais com ações educativas e individuais (educação em saúde,
principalmente) apresentam um efeito SINÉRGICO;
• FATORES SOCIAIS: risco/benefício para o estado de saúde → Influenciam e
interagem com outros determinantes de saúde;
• DETERMINANTES SOCIAIS → São as condições em que vivem as pessoas →
Estas condições afetarão as experiências sociais, estilos de vida, entorno físico e
psicossocial → Os determinantes sociais estão interconectados entre si e
influenciados por características estruturais → Tudo vai depender das
características da população, como a cultura, o governo eleito, as políticas
utilizadas, etc.;
• EQUIDADE E DESIGUALDADE → SÃO PRODUZIDAS SOCIALMENTE →
Equidade significa dar ao que necessita mais; igualdade significa dar o mesmo
para todos;
• PERSPECTIVA DO CICLO DE VIDA → Nos diz que as condições
socioeconômicas influem e interagem ao longo da vida → Se eu nasci em um
grupo social com menor poder aquisitivo existe uma maior predisposição para que
eu permaneça neste mesmo grupo;
• PERSPECTIVA MULTINÍVEL → A saúde do indivíduo está condicionada pelas
características da população onde vive → DETERMINANTES POPULACIONAIS:
individuais (raça, sexo, idade) e coletivos;
• IMPLICAÇÃO SOCIAL DE CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS → As
características individuais podem ter um enfoque social → Os papéis sociais
podem nos levar a estar expostos a fatores de risco diferentes;
• EXPERIÊNCIAS SOCIAIS → Discriminação, exclusão, etnia, etc. → Grandes
efeitos sobre a saúde, afetam a nível social as oportunidades de seus membros;
• DETERMINANTES DE SAÚDE: estilo de vida; biologia humana; meio ambiente
(que se divide em físico e social); e assistência sanitária;
• INTERVENÇÕES → AS CONDIÇÕES SOCIAIS NÃO SÃO AS MESMAS PARA
TODOS:
✓ DESIGUALDADE NA SAÚDE: circunstância laborais, econômicas ou de habitação
geram diferenças na saúde → SÃO INJUSTAS, NÃO NECESSÁRIAS E
EVITÁVEIS → Existem diferenças entre regiões dentro de um mesmo país;
✓ JUSTIÇA SOCIAL: compromisso social de gerar um meio adequado para o
desenvolvimento de condições dignas de vida;
• ESTRATÉGIAS DE AÇÃO → É QUALQUER AÇÃO QUE TEM COMO OBJETIVO
DIMINUIR A DESIGUALDADE SOCIAL → MODALIDADES POLÍTICAS DE
ATUAÇÃO (A POLÍTICA É UM DETERMINANTE ESTRUTURAL) → NÍVEIS DE
ATUAÇÃO E TRABALHO INTERSETORIAL:
✓ PROGRAMAS FOCADOS → Grupo alvo sobre o qual ocorrerá a intervenção, com
o objetivo de melhorar seu nível de saúde → Só melhorará o nível desse grupo
específico (saúde materno-infantil, por exemplo);
✓ PROGRAMAS UNIVERSAIS → Se dirigem a toda população, com o objetivo de
diminuir o gradiente social;
✓ NÍVEIS DE ATUAÇÃO → São baseados no modelo que os produziu e são
específicos de cada contexto, sobre a estrutura social (determinantes estruturais) e
sobre os determinantes intermediários;
✓ TRABALHO INTERSETORIAL → Alguns determinantes de saúde não são
competência do setor sanitário → Requerem ação combinada de distintos setores
sociais;
• PRINCÍPIOS DE AÇÃO → SÃO METAS OU OBJETIVOS QUE DEVEM SER
CUMPRIDOS, COMO:
✓ MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE VIDA E DE TRABALHO → Determinante
intermediário;
✓ GERAR OPORTUNIDADES → Comportamentos de risco relacionados aos grupos
sociais → Culpa-se o indivíduo pela sua saúde e se esquece do entorno físico e
social → As oportunidades facilitam estilos de vida mais saudáveis;
✓ EMPODERAMENTO → As estratégias devem nascer das necessidades
percebidas da população (melhor resposta) → Grupos desfavorecidos devem
participar diretamente na toma de decisões;
✓ EQUIDADE NO SISTEMA SANITÁRIO → Um Sistema de Saúde Universal não
garante uma repartição justa e equitativa dos recursos → Tem que melhorar a
acessibilidade;

DESASTRES E SAÚDE PÚBLICA:


• TODOS OS DESASTRES SÃO FORTUITOS → OU SEJA, EVENTUAIS;
• AMEAÇA: é um evento que pode ocorrer, por fatores naturais, ações naturais ou
emergências complexas;
• VULNERABILIDADE: é a probabilidade que o ameaçador tenha efeitos, resultado
determinado por condições próprias dos grupos;
• A ameaça e a vulnerabilidade vão depender da organização que teremos como
população → Se estamos bem ou mal organizados para atender a essas ameaças
e vulnerabilidades que podem ocorrer a qualquer momento;

DESASTRES NATURAIS:
• MAIOR NÚMERO DE VÍTIMAS;
• ASSOCIADA A DESASTRES TECNOLÓGICOS → Ocorre um dano ao meio
ambiente; ocorre um dano a saúde; e ocorre um dano a situação socioeconômica e
a produção que tem essa população → TODOS OS DESASTRES NATURAIS
PROVOCAM DESASTRES TECNOLÓGICOS (afetam nossa produção,
comunicação e saúde);
• Intervenção rápida e adequada;
• Afeta a saúde e o desenvolvimento das populações;

CICLO DOS DESASTRES:


• DEPENDE DO/DA:
✓ TIPO DE EVENTO;
✓ ORGANIZAÇÃO COMUNITÁRIA → Organização política e social;
✓ INFRAESTRUTURA SANITÁRIA E MUNICIPAL → Os hospitais e o governo têm
que estar funcionais após o desastre;
✓ CONHECIMENTO E DA ATITUDE;
✓ DENSIDADE DA POPULAÇÃO E DO ESTADO DE SAÚDE → Se a região
apresenta uma densidade populacional elevada e se a população apresenta
doenças crônicas ou com curso agressivo, o número de vítimas será muito mais
elevado;
• GERAR ATIVIDADES PREVENTIVAS E DE ORGANIZAÇÃO PRÉVIA;
• MINIMIZAR EFEITOS E RETORNAR A NORMALIDADE;

ETAPAS → FASES → FRENTE A UM EVENTO ADVERSO:


• ANTES: prevenção; mitigação; preparação; e alerta;
• DURANTE: resposta;
• DEPOIS: reabilitação e reconstrução;

FASE DE PREPARAÇÃO:
• ESTRUTURAÇÃO PRÉVIA → DEVEMOS SABER: as ameaças; os lugares de
risco; sistema de notificação; vigilância e monitoramento dos riscos; recursos para
a ação;
• MODIFICAÇÃO DE RISCOS SUSCETÍVEIS;
• FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO;

FASE DE ALERTA:
• Podemos gerar AÇÕES PREVENTIVAS E PROTETORAS para população
vulnerável;
• TIPO DE RESPOSTA: evacuação; planos de contingência; ou ações de setores;
• Todos deveríamos ter uma mochila de contingência, que deveria conter rádio,
fósforo, bolsas, chaves, etc. → Salvam vidas em desastres;
• A fase de alerta pode ser mais longa, como no caso das secas e das inundações;
• A fase de alerta também pode ser inexistente, como no caso dos TERREMOTOS
→ NÃO HÁ FASE DE ALERTA → Passamos direto da fase de preparação para a
fase de impacto → NÃO HÁ COMO ANTECEDER O PROGNÓSTICO DE UM
TERREMOTO;

FASE DE IMPACTO:
• O EVENTO OCORREU;
• Feridos;
• Danos na infraestrutura;
• O governo e as instituições devem interromper serviços → Se isso não ocorrer, o
desastre pode ser maior;
• Dispara o Sistema de Alarme;

FASE DE EMERGÊNCIA:
• DEVEM HAVER AÇÕES DE SALVAMENTO E DE RESGATE → Diminuir a
morbimortalidade das pessoas;
• DEVE HAVER RESTITUIÇÃO DE SERVIÇOS;
• DEVE HAVER REDES DE SUPRIMENTOS → Deve-se observar a partir de que
vias as doações chegarão aos necessitados;
• DEVE HAVER EVACUAÇÕES DE ZONAS VULNERÁVEIS;
• DEVE HAVER ABRIGOS TEMPORÁRIOS (refúgios, acampamentos, lugares
adaptados, etc.);
• IDENTIFICA O GRAU DE RESPOSTA COMO POPULAÇÃO → As coisas foram
feitas da forma correta? O nível de preparação foi adequado? Os profissionais de
saúde agiram de forma rápida?

FASE DE CONSTRUÇÃO E DE REABILITAÇÃO:


• DEPENDE DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO PAÍS;
• Tipo de dano → Quanto mais severo o dano maior o tempo de reconstrução;
• Condições econômicas prévias;
• Condições sociais existentes;

CICLO DOS DESASTRES:


• VÃO PÔR EM RISCO: a esperança de vida; a escolaridade; e a produtividade;
• CAPITAL SOCIAL: associação humana para diminuir a vulnerabilidade do grupo
→ Toda sociedade tem pessoas que fazem doações ou que estão dispostas a
ajudar (voluntários) → O capital social organiza isso;
• FATORES QUE AJUDAM QUE A RECUPERAÇÃO SEJA RÁPIDA: bom grau de
escolaridade, infraestrutura e condições de saúde prévias;
• DEVE-SE APROVEITAR QUALQUER SITUAÇÃO DE DESASTRE, COM O
OBJETIVO DE OBTER UM MAIOR DESENVOLVIMENTO;

RESPOSTA ANTECIPADA:
• É UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA OS EFEITOS DIRETOS SOBRE: a
saúde e o meio ambiente;
• Cada desastre tem padrão próprio de mortalidade e morbimortalidade;
• COM RELAÇÃO AOS SISTEMAS DE SAÚDE:
✓ RESPOSTA IMEDIATA: atenção às vítimas → Realização de uma triagem
adequada;
✓ RESPOSTA A LONGO PRAZO: efeitos sobre o meio ambiente e danos sobre o
Sistema de Saúde;

RESPOSTA IMEDIATA:
• SERVIÇOS MÉDICOS:
✓ São pontos de referência e de estabilidade social;
✓ Outro ponto de referência e de estabilidade é o Serviço Governamental → O
governo deve seguir funcionando depois de qualquer situação de desastre;
✓ Promovem tranquilidade e proteção;
✓ Em um tempo médio ou de longo prazo, são os suportes da saúde pública (esforço
organizado da sociedade);
✓ DEVEM SER RESISTENTES AS AMEAÇAS E DEVEM CONTAR COM
INDIVÍDUOS PREPARADOS;
✓ INFRAESTRUTURA: deve-se reforçar a infraestrutura para que seja resistente a
ameaça; o “hospital seguro” pode seguir funcionando e proporcionando serviço e
atenção de emergências;
✓ RECONDICIONAMENTO: é a adequação estrutural do hospital (equipamentos e
material hospitalar) e corresponde a 1% do seu custo → Esse recondicionamento
vai ser capaz de protegê-lo de 90% dos eventos; ajustes a elementos não
estruturais;
✓ EMERGÊNCIAS: valoração dos riscos; planos de mitigação e de preparação para
emergências; monitoramento de riscos; notificação de alertas; evacuação das
áreas de risco ou vulneráveis; comunicação; etc.;
*EMERGÊNCIAS INTERNAS: ocorrem dentro do hospital;
*EMERGÊNCIAS EXTERNAS: redistribuição de espaços e reprogramação de
atividades → Enviam equipes de saúde aos locais de desastre, para que as ações
sejam realizadas nesses locais (triagem, por exemplo);

AÇÕES DO SETOR DE SAÚDE → RESPOSTA ANTECIPADA:


• ABASTECIMENTO DE ÁGUA → COM RELAÇÃO A QUANTIDADE:
✓ Uma média de 15 L por pessoa/dia, usados nas atividades de alimentação, de
hidratação e de higiene;
✓ Distância de acesso à água não maior que 500 metros;
✓ Fila de espera não maior que 15 minutos;
✓ Recipientes de 20 L e enchimento não maior que 3 minutos;
✓ Deve-se prover fontes consistentes e regulares de água (subterrâneas);
• ABASTECIMENTO DE ÁGUA → COM RELAÇÃO A QUALIDADE:
✓ Deve ter um baixo risco de contaminação, em especial a água subterrânea;
✓ Não se deve haver E. Coli em 100 ml de água;
✓ Na presença de diarreia, deve-se tratar a água com cloro (0,5 mg/L);
✓ Para cada família, deve-se dar 2 recipientes com tampa que comportem de 10-20 L
de água;
✓ Deve-se oferecer uma adequada forma de armazenamento de água;
✓ Deve-se recolher amostras para a verificação da potabilidade da água;
• HIGIENE PESSOAL E DO MEIO AMBIENTE:
✓ Deve-se prover boa higiene → Quanto melhor for a higiene, melhores são os níveis
de saúde dessa população;
✓ É importante conhecer os costumes e a cultura;
✓ Promover tomas de decisões de forma coletiva;
✓ Deve-se prover lugares para higiene privados suficientes para a demanda;
✓ SEPARAÇÃO DE GÊNEROS → mantenimento da dignidade;
✓ Deve-se prover 250 g de sabão por mês/pessoa;
✓ Deve-se prover um poço para cada 100 pessoas;
• DISPOSIÇÃO DE EXCRETAS (ELIMINAÇÃO EM LOCAIS ADEQUADOS):
✓ “Barreira contra infecções”;
✓ INATIVAR O ESGOTO;
✓ EM ACAMPAMENTOS: deve haver letrines com 30 cm de largura; de 90-150 cm
de profundidade; e comprimento de 3-5 metros para cada 100 pessoas → DEVE-
SE PROVER: intimidade; 1 letrine para 20 pessoas; deve haver uma proporção de
um homem para cada 3 mulheres; deve haver uma distância de 30 metros entre as
letrines a as águas superficiais; não deve haver distância maior que 50 metros do
acampamento; e deve ter acesso seguro;
• DEJETOS SÓLIDOS:
✓ São fontes de vetores e de contaminação das águas superficiais;
✓ Deve-se prover recipientes apropriados e coleta regular;
✓ Deve-se prover contentores de 100L/família;
✓ Os depósitos de lixo devem estar fechados;
✓ DEVE-SE COBRIR COM TERRA O LIXO UMA VEZ POR SEMANA; E NOS
CASOS DE FEZES E FRALDAS, DEVE-SE COBRIR COM TERRA UMA VEZ
POR DIA;
✓ Deve-se assegurar que o lixiviado não contamine as águas subterrâneas;
✓ A eliminação dos dejetos hospitalares é realizada de forma específica e separada;
✓ Promover a reciclagem;
✓ Proteção pessoal;
• ÁGUAS RESIDUAIS:
✓ Podem contaminar fontes de água;
✓ Deve haver uma separação das águas utilizadas para as atividades domésticas
das águas contaminadas por dejetos fisiológicos (cloacas);
✓ Deve-se evitar a contaminação de fontes de água;
✓ Não deve haver águas paradas ao redor do acampamento;
✓ Deve haver um sistema de drenagem;
✓ Deve-se estimular a criação de jardins e áreas de mantenimento;
• SEGURIDADE ALIMENTÍCIA:
✓ Deve-se prover uma quantidade suficiente para todos, de boa qualidade e sem
riscos;
✓ Deve-se respeitar os costumes de cada grupo;
✓ Deve-se usar rações de comida seca ou alimentos preparados quando existe
condições;
✓ Deve-se promover um meio para a elaboração dos alimentos, artículos e
combustíveis;
✓ Devem ser alimentos de preparação rápida;
• REFÚGIOS E ASSENTAMENTOS:
✓ Proteger as pessoas das condições climáticas;
✓ Deve ter acesso a serviços;
✓ As famílias autogestionam seus espaços;
✓ Acolhida por famílias ou comunidades;
✓ Deve haver participação comunitária;
✓ Deve-se prover terrenos longes de riscos;
✓ A médio prazo, deve-se individualizar as famílias;
✓ CARACTERÍSTICAS: permissão do uso; acesso à infraestrutura comunitária;
inclinação entre 1-6%; área de 3.5 m2/pessoa; materiais de construção da zona;
ferramentas e materiais para mantenimento;
• ARTÍCULOS DE USO:
✓ São artículos utilizados para satisfazer as necessidades humanas;
✓ Artículos para suportar o clima;
✓ Higiene pessoal;
✓ Artículos para a preparação e consumo de alimentos;
✓ Artículos para o cuidado e higiene do lugar;
• SERVIÇOS DE SAÚDE:
✓ IMPACTO DIRETO: lesões físicas e psicológicas;
✓ IMPACTO INDIRETO: aumento de enfermidades infecciosas;
✓ COMPLICAÇÕES: principalmente relacionadas a enfermidades crônicas;
✓ OBJETIVOS: prevenir a morbimortalidade; coordenação multissetorial; serviços
acessíveis; protocolos de tratamento; reforçar instalações de saúde; registros para
a coleta e análise de informações; sistemas de vigilância (brotes com resposta em
menos de 24 h);
✓ NORMAS MÍNIMAS: um promotor de saúde, em aspectos básicos, para cada 500-
1.000 habitantes; uma pessoa que atenda parto a cada 2.000 habitantes; unidade
de saúde com médico e enfermeira para atenção primária a cada 10.000
habitantes (dentro de uma rede); consulta externa básica não maior que 50
consultas por dia; serviços com camas de hospital e equipes de 5 profissionais
para cada 20-30 camas;

ABORTO:
• É a interrupção da gravidez de forma natural ou voluntária, ANTES DAS 20
SEMANAS DE GESTAÇÃO OU QUANDO O PRODUTO TEM MENOS DE 500
GRAMOS DE PESO;
• A CADA ANO EXISTE UMA MÉDIA DE 208 MILHÕES DE MULHERES
GRÁVIDAS:
✓ 59% dessas planificaram a gravidez, culminando com nascidos vivos, abortos
espontâneos ou mortes fetais intrauterinas;
✓ 41% das gravidezes não é desejada;
• A MAIORIA DAS PERDAS: 30% por falhas na implantação; 30% por abortos pré-
clínicos (não apresenta sinais e sintomas de gravidez); 10% por abortos clínicos; e
30% nascem vivos;
• É UM PERIGO PARA A VIDA, SAÚDE FÍSICA OU PSÍQUICA DA MÃE;
• TRÊS DE CADA QUATRO ABORTOS SÃO EVITÁVEIS com contracepção e
educação sanitária (sexual e reprodutiva);
• Incentivar os jovens as “fidelidades sucessivas”;
• Promover o uso do preservativo;

FATORES DE RISCO:
• CAUSAS GENÉTICAS: abortos precoces (60%);
✓ Fatores anatômicos;
✓ Problemas endocrinológicos;
• CAUSAS IMUNOLÓGICAS: abortos de repetição;
✓ ALOIMUNES;
✓ AUTOIMUNES: abortos perdidos ou mortes fetais tardias;
• PROBLEMAS HEMATOLÓGICOS: são as causas mais frequentes de abortos de
repetição;
• INFECÇÕES: aborto esporádico (infecção urinária baixa → são frequentes nas
grávidas → são assintomáticas);
• OUTROS: agentes físico-químicos; patologias maternas severas; abortos pós-
intervenção cirúrgica; causas ovulares; fatores psicológicos; etc.;

GRAVIDEZ ECTÓPICA:
• Aproximadamente 1% das gravidezes são ectópicas;
• FATORES DE RISCO: ITS; tabaco e TRA; DIU, anomalias uterinas; salpingite;
enfermidade inflamatória pélvica; abortos provocados ou espontâneos; e
gravidezes ectópicas prévias;
• A LOCALIZAÇÃO TUBÁRICA É A MAIS FREQUENTE;

INTRODUÇÃO:
• A legislação vigente regula a prática do aborto induzido, como um delito ou um
direito;
• LEVAR EM CONTA AS ÁREAS: sanitária, ética, socioeconômica, religiosa e
científica;
• AS TAXAS NÃO SÃO INFERIORES EM PAÍSES COM LEIS RESTRITIVAS,
PORÉM APRESENTAM MAIORES COMPLICAÇÕES MATERNAS E
MORTALIDADE;
• O ABORTO É PROIBIDO EM: El Salvador, Nicarágua, República Dominicana,
Malta e Vaticano;

CLASSIFICAÇÃO DO ABORTO SEGUNDO A SUA NATUREZA:


• ABORTO ESPONTÂNEO OU NATURAL:
✓ Representa de 10-50% dos abortos → É O MAIS FREQUENTE;
✓ CAUSAS MAIS FREQUENTES: anomalias congênitas ou genéticas;
✓ PROBLEMAS RELACIONADOS A MÃE: anormalidades do trato reprodutivo,
enfermidades sistêmicas ou infecciosas da mãe;
✓ Depois do primeiro trimestre, o índice de abortos diminui;
✓ CLÍNICA: sangramento transvaginal anormal, verificar restos placentários → 80%
DOS ABORTOS NATURAIS OCORREM NAS PRIMEIRAS 12 SEMANAS; 20%
dos abortos naturais ocorrem entre as 12-20 semanas; e 1% destes abortos, é
aborto recorrente (relacionado geralmente a fatores maternos);
• ABORTO INDUZIDO:
✓ É A INTERRUPÇÃO ATIVA DO DESENVOLVIMENTO VITAL DO EMBRIÃO OU
FETO, COM OU SEM ASSISTÊNCIA MÉDICA;
✓ ABORTO TERAPÊUTICO: interrupção da gravidez quando a vida da mãe corre
risco → É DIVIDIDO EM DOIS: PREVENTIVO (é realizado quando a gravidez piora
a saúde materna → câncer materno, por exemplo) e CURATIVO (é realizado
quando a gravidez é a responsável pela enfermidade, ou seja, a gravidez é a
responsável pelo desenvolvimento da enfermidade → gravidez ectópica);
✓ ABORTO INDIRETO: não existe a intenção de interromper a gravidez, porém
através de procedimentos médicos é possível que ocorra;
✓ ABORTO SELETIVO: existe a intenção de interromper a gravidez;
• SEGUNDO A TÉCNICA UTILIZADA: ABORTO MÉDICO (utilização de fármacos) e
ABORTO CIRÚRGICO (utilização de instrumentos cirúrgicos);
• Das 42 milhões de mulheres por ano, 20 milhões vão realizar abortos inseguros
em situações clandestinas ou ilegais;
• A MAIORIA DOS PAÍSES DISTINGUE LEGALMENTE O ABORTO INDUZIDO
ENTRE: ELETIVO (decisão) e TERAPÊUTICO (aplica-se quando a saúda da mãe
corre perigo);
• A MAIORIA DOS PAÍSES PERMITE O ABORTO TERAPÊUTICO ENTRE AS
SUAS LEIS;

CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O QUADRO CLÍNICO:


• AMEAÇA DE ABORTO (DOR CÓLICA EM REGIÃO HIPOGÁSTRICA E
SANGRAMENTO LEVE TRANSVAGINAL): POTENCIALMENTE VIÁVEL →
metrorragia (urina escura e escassa); contrações uterinas dolorosas presentes;
modificações cervicais (colo fechado); desprendimento e expulsão ausentes;
ecografia (hemorragia decidual; coágulo subcoriônico; embrião vivo intrauterino);
• ABORTO EM CURSO (DOR CÓLICA EM REGIÃO HIPOGÁSTRICA,
SANGRAMENTO TRANSVAGINAL DE COR VERMELHA E MODIFICAÇÃO DO
COLO UTERINO): expulsão eminente do tecido ovular;
• ABORTO INEVITÁVEL: dor cólica em região hipogástrica; sangramento abundante
de cor vermelha; modificação cervical; e expulsão do produto;
• ABORTO COMPLETO: metrorragia mínima; contrações uterinas dolorosas (cessa
e diminui a dor); modificações cervicais (colo fechado); desprendimento e expulsão
(expulsão total → ovo e anexos embrionários); e ecografia (útero regredido e vazio);
• ABORTO INCOMPLETO: metrorragia e contrações uterinas dolorosas persistem;
modificações cervicais (colo aberto, restos ovulares no útero e/ou vagina);
desprendimento e expulsão (expulsão em 2 tempos, retenção de anexos
embrionários); e ecografia (restos endocavitários e vaginais)
• ABORTO PERDIDO (DIFERIDO): QUANDO O PRODUTO PERDE VITALIDADE
FETAL DENTRO DA CAVIDADE UTERINA, OU SEJA, JÁ NÃO TEM
BATIMENTOS, JÁ NÃO SE MOVE, ETC. → Muitas vezes não há manifestações
clínicas;
• ABORTO SÉPTICO: durante ou depois do aborto espontâneo ou provocado →
Ocorre uma infecção;

CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A IDADE GESTACIONAL:


• ABORTO SUBCLÍNICO:
✓ Até 2 semanas depois da fecundação → NÃO PERCEBIDO;
✓ 65% das gravidezes terminam em abortos subclínicos → SÃO CAUSADOS POR:
defeitos iniciais do espermatozoide ou do óvulo; divisões celulares anômalas pós-
fecundação; e alterações na implantação;
• ABORTO CLÍNICO:
✓ PRECOCE: até as 12 semanas de gestação → É O MAIS FREQUENTE (80-85%)
→ CAUSADO POR: anomalias genéticas, exposições ocupacionais e produtos
tóxicos;
✓ TARDIO: ocorre entre as 12-22 semanas de gestação → 10-15% das gravidezes
identificadas → CAUSADO POR: infecções, anomalias uterinas e problemas
endócrinos ou imunes;

CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A FREQUÊNCIA:


• ABORTO ESPORÁDICO: carece de significação clínica;
• ABORTO HABITUAL (RECORRENTE): maior ou igual a 2 ocasiões seguidas;

OUTRAS CLASSIFICAÇÕES:
• ABORTO MÉDICO-LEGAL;
• ABORTO EUGENÉSICO: aborto de produtos que possuem alguma incapacidade
ou malformação → Só ocorre nos países em que o aborto é permitido em qualquer
situação;
• ABORTO INDIRETO: “efeito secundário”;
• ABORTO LIVRE;
• ABORTO INSEGURO OU CLANDESTINO: 13% é mortal;

MÉTODOS DE INTERRUPÇÃO:
• A ESCOLHA DEPENDE DO: tempo de gestação (nos países que permitem o
aborto, a interrupção pode ocorrer até as 12 semanas de gestação); da saúde da
mãe; do contexto socioeconômico; do acesso a serviços sanitários; e da legislação;
• INDUÇÃO MÉDICA:
✓ Administram-se medicamentos;
✓ PROSTAGLANDINA → Atua sobre a musculatura lisa do sistema reprodutor;
✓ MIFEPRISTONA RU 486 → Bloqueia os receptores de progesterona → Utilizado
em gestações menores de 49 dias;
✓ METOTREXATO → Inibe a formação de DNA e da divisão celular → Fármaco
utilizado no câncer;
✓ OXITOCINA;
✓ SORO SALINO;
• EVACUAÇÃO CIRÚRGICA:
✓ DILATAÇÃO E EVACUAÇÃO UTERINA POR ASPIRAÇÃO (até as 8 semanas de
gestação) OU CURETAGEM UTERINA (até as 12 semanas de gestação → uma
complicação desse método, é a perfuração uterina);
✓ HISTEROTOMIA (antes das 20 semanas de gestação);
✓ HISTERECTOMIA;

ABORTO PROVOCADO:
• É um problema de saúde pública;
• Gera perda de vidas humanas, repercussões para a saúde da mulher e para a
sociedade;
• 1 a cada 5 gravidezes termina em aborto provocado;
• A MAIOR TAXA OCORRE EM MULHERES DE 20-24 ANOS;

ABORTO INSEGURO:
• É um grave problema de saúde pública;
• É o procedimento realizado para terminar uma gravidez não desejada,
PRATICADO POR PESSOAS QUE CARECEM DE QUALIFICAÇÕES
NECESSÁRIAS OU PRATICADO EM UM AMBIENTE SEM AS MÍNIMAS
CONDIÇÕES DE SEGURANÇA MÉDIA, OU AMBOS;
• 98% dos abortos inseguros ocorrem nos países em desenvolvimento;
• 47 mil mortes relacionadas com a gravidez são provocadas por complicações;
• 5 milhões de mulheres sofrem incapacidades por complicações;
• Principais complicações: shock hipovolêmico e infecções, risco de morte
materna chega até 60% (mais frequentes); 1 de cada 4 mulheres apresentam
incapacidade temporal ou permanente; risco de desenvolver patologias
psiquiátricas (é importante o estado psicológico prévio, porque pode condicionar a
um maior risco);

PREVENÇÃO:
✓ REGULAÇÃO E POLÍTICA:
• Onde é permitido, a incidência, complicações e mortalidade se reduzem ao
mínimo;
• 16% dos países subdesenvolvidos e 80% dos países desenvolvidos permitem por
razões sociais ou econômicas;
• Outras barreiras;
• EM QUASE TODOS OS PAÍSES SE PERMITE O ABORTO TERAPÊUTICO;
✓ EDUCAÇÃO SEXUAL E CONTRACEPTIVOS:
✓ Assessoria sobre os métodos contraceptivos;
✓ As mulheres jovens são mais vulneráveis em lugares: com métodos
contraceptivos apenas para mulheres casadas; e relações sexuais não
consensuais é elevada;
✓ A cada ano 33 milhões de mulheres sofrem uma gravidez acidental enquanto usam
um método contraceptivo;
✓ META: iniciar o método elegido de forma imediata e com base na aceitação e nas
necessidades, com objetivo de obter adesão;
✓ ATENÇÃO POSTERIOR E SEGUIMENTO:
• Atenção pós-aborto, estratégia para atenuar a morbimortalidade;
• Instruções sobre os sinais a serem observados;
• Informação sobre os contraceptivos;
• Prevenção de ITS, incluindo HIV;
✓ PREVENÇÃO TERCIÁRIA: sequelas psíquicas, complicações físicas → Tratar
clinicamente as pacientes para evitar possíveis sequelas → Apoio social e
reabilitação;

SAÚDE DO ADULTO → INTRODUÇÃO:


• A idade adulta é considerada entre os 20 a 65 anos de idade;
• CONSIDERAR O SEGUINTE: cobertura pediátrica até os 14 anos de; maior idade
aos 18 anos; e aposentadoria aos 65 anos;
• 2 etapas:
✓ ADULTOS JOVENS: dos 20 a 40 anos de idade → Patologias similares a idade
infantojuvenil;
✓ ADULTOS MAIORES: dos 40 a 65 anos → Patologias similares a idosos;
• Na Bolívia, a aposentadoria para mulheres ocorre aos 60 anos e para os homens
aos 65 anos;

ADULTOS JOVENS:
• Alcançam a maturidade física;
• Apresentam uma nova filosofia de vida;
• Seus sistemas funcionam ao máximo de sua capacidade → Plenitude do seu
desenvolvimento;
• Sua percepção sensorial e intelectual alcançam o máximo;
• OCORREM 2 PROCESSOS DEMOGRÁFICOS ESSENCIAIS:
✓ Inserção no mercado de trabalho;
✓ Descendência;
• É estabelecido um estilo de vida;
• Geram um costume dietético pessoal;
• Pressão do trabalho;
• Desenvolvimento constante;
• Condutas de risco → Condutas sexuais de risco, consumo de álcool, consumo de
drogas e etc.;
• Impulso sexual;

ADULTOS MAIORES:
• DIMINUIÇÃO PROGRESSIVA DA ALTURA A PARTIR DOS 45 ANOS DE IDADE;
• Ocorrem mudanças degenerativas;
• Ocorrem mudanças nas relações interpessoais;
• Inadequado hábito alimentar;
• Maior necessidade de estimulação;
• Estilo de vida mais sedentário;
• Diminuição do rendimento físico;
• Diminuição da sexualidade e da fertilidade → SÃO INTENSOS NAS
MULHERES;
• Sinais de envelhecimento;
• Incremento do peso corporal;

MORTALIDADE:
• A mortalidade precoce é prevenível → É prevenido por meio de provas de crivado,
mudanças no estilo de vida, diagnósticos adequados e etc.;
• Existe aumento de peso com o passar dos anos;
• ALTO PESO É A PRIMEIRA CAUSA DE PERDA DE ANOS POTENCIAIS DE
VIDA;
• A maior diferença entre adultos jovens e maiores ocorre a partir dos 45 anos de
idade → As mudanças degenerativas são mais intensas;
• MORTALIDADE EM AMBOS OS SEXOS:
• Enfermidade cardiovascular → Primeira causa de morte no mundo;
• Suicídio a partir dos 35 anos de idade;
• PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO PRECOCES;
• MORTALIDADE NOS HOMENS:
• Cirrose;
• Câncer de pulmão;
• ADULTO JOVEM: mortalidade por causas externas e tumores;
• HOMENS DE 60 A 64 ANOS: enfermidades crônicas, cardiovasculares e câncer;
• MORTALIDADE NAS MULHERES:
✓ É inferior se comparada a mortalidade nos homens;
✓ MAIOR MORBILIDADE;
✓ Câncer de mama;
✓ Causas maternas;
✓ Câncer de colo uterino;
✓ Violência;
• A RAZÃO HOMEM/MULHER NAS TAXAS DE MORTALIDADE SÃO ELEVADAS
ENTRE OS MAIS JOVENS (TRIPLO PARA HOMENS ENTRE 15-34 ANOS DE
IDADE);

MORBILIDADE:
• HOMEM:
✓ ADULTOS JOVENS: alergias, acidentes de trânsito e suicídios não cumpridos;
✓ Cardiopatia isquêmica e câncer de pulmão, devido ao tabagismo;
✓ Hipertensão arterial e hipercolesterolemia;
• MULHER:
✓ MAIOR MORBILIDADE QUE NO HOMEM;
✓ ADULTAS JOVENS: dor nas costas e cefaleias;
✓ Exposição hormonal é causa de câncer de mama e enfermidade cerebrovascular;
✓ Depressão e transtornos mentais → MAIS QUE O DOBRO SE COMPARADO
AOS HOMENS;
✓ O SUICÍDIO É MAIS FREQUENTE NOS HOMENS;
• AMBOS OS SEXOS:
✓ Câncer colorretal, a partir dos 50 anos de idade;
✓ Obesidade → É A SEGUNDA CAUSA DE MORTALIDADE PREVENÍVEL;
✓ Tratar fatores de risco com medidas higiênico-dietéticas;
✓ Os problemas necessitam de provas de crivado apropriadas e intervenções
preventivas → PROTEÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE;

FATORES DE RISCO:
• Durante o século XX a expectativa de vida ao nascimento se duplicou, devido a
redução da mortalidade infantil (é um indicador do grau desenvolvimento de um
país);
• Nos adultos, a diminuição da mortalidade foi menor (enfermidades crônicas e
causas externas);

INTERVENÇÃO → PREVENÇÃO PRIMÁRIA:


• PROMOÇÃO: abandono do tabagismo; redução do consumo excessivo de álcool;
práticas sexuais seguras; dieta apropriada (proteção contra enfermidades
cardiovasculares ou crônicas);
• PROTEÇÃO: administração sistemática da DT; antigripal (em maiores de 50 anos),
antipneumocócica (exclusivamente para grupos de risco); anti-hepatite B
(exclusivamente para grupos de risco); anti-varicela; e anti-hepatite A (para os
viajantes);

INTERVENÇÃO → PREVENÇÃO SECUNDÁRIA:


• INFORMAÇÃO: primeiros sinais e sintomas de enfermidades crônicas;
• AVALIAÇÃO: pressão arterial e consumo problemático de álcool;
• Detecção da obesidade;
• Detecção precoce da hipercolesterolemia, em homens de 35 a 65 anos de idade;
• Tratamento precoce da HIV;
• ESTUDOS DE CRIVADO: classifica os indivíduos segundo sua maior ou menor
probabilidade de padecer de uma enfermidade:
• CRIVADO POPULACIONAL: aqueles que estão compreendidos dentro do sistema
de saúde;
• PESQUISA DE CASOS: solicitação de crivados dependendo do risco particular de
cada indivíduo;
• EXAMES ANUAIS DE CONTROLE ADAPTADOS AO RISCO INDIVIDUAL DO
PACIENTE;
• CRIVADO DE CÂNCER:
✓ Mamografia a toda mulher entre 54-74 anos de idade;
✓ Crivado de câncer colorretal entre 50-75 anos: diagnóstico por meio da
presença de sangue oculto nas fezes, exame realizado de forma anual; por meio
da sigmoidoscopia, exame realizado a cada 5 anos; e por meio da colonoscopia,
exame realizado a cada 10 anos;
✓ Mulher sexualmente ativa entre 21-65 anos deve realizar o Papanicolau → NA
VERDADE, DEVE SER REALIZADO COM O INÍCIO DA VIDA SEXUAL
(REALIZADO A CADA ANO);
✓ Outros crivados de câncer: pulmão, próstata, oral, pele, bexiga, ovário, testículo
ou pâncreas;
• CRIVADO CARDIOVASCULAR:
✓ Crivar a hipertensão arterial a partir dos 18 anos de idade;
✓ A partir dos 35 anos de idade nos homens e 45 anos de idade nas mulheres,
realizar provas de lipídeos a cada 5 anos;
✓ CRIVADO ROTINEIRO DE OUTROS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR:
proteína C reativa, glicemia basal, enfermidade periodontal e etc.;
✓ Detecção precoce e rotineira de Diabetes;
• CRIVADO DE ENFERMIDADES INFECCIOSAS:
✓ Bacteriuria assintomática em grávidas → Realizar um exame na primeira
metade da gravidez e outro na segunda metade da gravidez;
✓ Infecção gonocócica em mulheres com fatores de risco;
✓ Mulheres com fatores de risco que não estejam grávidas (> de 25 anos) ou
que estejam grávidas (< de 25 anos), DETECÇÃO DE CLAMÍDIA;
✓ Detecção sistemática do vírus da Hepatite B em grávidas;
✓ Detecção precoce da Sífilis em mulheres com fatores de risco e grávidas;
✓ Detecção precoce de HIV em grávidas e adultos com fatores de risco;
✓ Outras provas de crivado: crivado de depressão (somente quando é possível
assegurar recursos e seguimento); e crivado rotineiro da osteoporose em
mulheres > de 65 anos idade e entre 60-75 anos de idade, se apresentam fatores
de risco;
✓ QUIMIOPROFILAXIA: uso de ASA (Aspirina → Antiagregante plaquetário) para
prevenção cardiovascular → Nos homens de 45-79 anos de idade (se prévia
avaliação sobre o risco-benefício na prevenção do infarto) e nas mulheres de 55-79
anos de idade (se prévia avaliação do risco-benefício na prevenção de AVC
isquêmico);

SAÚDE DO IDOSO:
ESPERANÇA DE VIDA:
• Mede o desenvolvimento humano de um país ou território;
• É um indicador que expressa o número médio de anos que uma pessoa poderia
viver, sob as condições de mortalidade de um determinado momento;
• A esperança de vida vai ser afetada por fatores, como;
✓ Sexo;
✓ Condições de vida;
✓ Nível educativo;
✓ Condições sanitárias;
✓ Medidas de intervenção;
✓ Etc.;
• PAÍSES MAIS ENVELHECIDOS: Japão > Itália > Finlândia > Portugal > Alemanha >
Bulgária > França > Grécia > Dinamarca;
• Vivemos em um mundo que envelhece → Na atualidade, mais de 600 milhões de
pessoas no mundo têm mais de 60 anos;
• Em 2050, 22% da população será maior de 60 anos (2.000 milhões de indivíduos);
• O importante é viver o máximo possível, desfrutando da qualidade de vida;

INTRODUÇÃO:
• A velhice abarca desde os 65 anos de idade até a morte → A expectativa de
vida a partir desta idade é de:
✓ 15 anos no homem;
✓ 20 anos na mulher;
• MAIOR SOBREVIVÊNCIA: melhores condições socioeconômicas e assistência
sanitária;
• O envelhecimento é um processo fisiológico, natural e inevitável;
• Ocorrem alterações físicas, psicológicas e sociais, como:
✓ Diminuição gradual das capacidades físicas e mentais;
✓ Aumento do risco de enfermidades, sobretudo as enfermidades crônicas
(comorbilidades);
✓ Morte;
• ALTERAÇÕES BIOLÓGICAS:
✓ Perda da elasticidade muscular;
✓ A capacidade de percepção diminui (visão e audição, por exemplo);
✓ O tempo de reação diminui;
• ALTERAÇÕES PSICOLÓGICAS:
✓ Eliminação de vínculos afetivos pelo falecimento de pessoas próximas;
✓ Sensação de ser desenraizado (sentem que já não fazem parte de um lugar),
abandonado, solitário, inutilidade e fracasso;
✓ Perda de prestígio, poder social e poder aquisitivo;
• CARACTERÍSTICAS COMUNS DOS IDOSOS:
✓ Cessação da atividade laboral;
✓ Menor capacidade para a geração de recursos econômicos;
✓ Alto consumo de recursos sanitários devido a enfermidades e incapacidades;
• O aumento da longevidade em relação a diminuição da fecundidade e da
natalidade, provoca a inversão da pirâmide populacional;
• Maior quantidade de idosos requer mais recursos para cuidados de saúde;
• DIFERENCIAMOS:
✓ 60-70 ANOS: senescência ou idade avançada;
✓ 70-90 ANOS: ancião ou velhice;
✓ MAIS DE 90 ANOS: grandes anciãos ou longevos;
✓ Sentir-se jovem é independente da idade;
✓ Ser velho depende da idade? → A idade nos serve apenas para fazer cálculos
estatísticos e epidemiológicos;
✓ Ser velho depende da aposentadoria? Existem idosos com idades maiores que
65 anos com capacidades superiores à de pessoas mais jovens;
CLASSIFICAÇÃO DO ENVELHECIMENTO:
• ENVELHECIMENTO FISIOLÓGICO:
✓ Processo degenerativo ou enfermidade NÃO impede a adaptação ao entorno →
ADAPTAÇÃO AO MEIO AMBIENTE EM QUE VIVE;
• ENVELHECIMENTO PATOLÓGICO:
✓ Processo degenerativo e enfermidade dificulta a adaptação ao entorno;

MORBIMORTALIDADE → CARACTERÍSTICAS:
• Fragilidade em todos os sistemas;
• Comorbilidade;
• Perda da capacidade de adaptação;
• VULNERÁVEIS A COMPLICAÇÕES;
• SENESCÊNCIA: mecanismo genético que cada espécie tem como tempo de vida
fixo → CONDUZ A UM DECLÍNIO FÍSICO;
• ENVELHECIMENTO: processos degenerativos que alteram a fisiologia dos órgãos
vitais e terminam provocando a morte;
• As alterações relacionadas a idade são diferentes entre os indivíduos →
Dependem da SUSCETIBILIDADE e da EXPOSIÇÃO AMBIENTAL;
• A frequência do tabagismo e consumo de álcool, nas últimas duas semanas, é
maior no homem;
• A atividade durante o tempo livre é maior nos homens, sobretudo a partir dos 75
anos;
• O sobrepeso é maior nos homens e a obesidade é maior nas mulheres;
• 86% das pessoas entre 65-74 anos consomem medicamentos e mais de 91% nos
maiores de 74 anos;
• A MORBILIDADE É MAIOR NA MULHER;
• Enfermidades crônicas;
• Aparecem as demências;
• Enfermidades respiratórias agudas → Mais frequentes em homens entre 75-84
anos;
• A PRIMEIRA CAUSA DE ENFERMIDADE NA MULHER É A ARTROSE;
• A PRIMEIRA CAUSA DE ENFERMIDADE NO HOMEM É A HTA (HIPERTENSÃO
ARTERIAL SISTÊMICA);
• As dores cervicais e lombares continuam na mulher e os problemas prostáticos no
homem;
• 74% do consumo dos recursos sanitários se dirigem a problemas circulatórios;

SÍNDROMES GERIÁTRICAS:
• Sintoma ou conjunto de sintomas complexos com alta prevalência (quantidade de
afetados) nos adultos maiores, resultantes de múltiplas enfermidades e fatores de
risco, e que originam incapacidade funcional e social;
• AS SÍNDROMES GERIÁTRICAS TÊM CAUSAS MULTIFATORIAIS;
• As vezes são díficeis de detectar e passam desapercebidas, podem aumentar a
morbimortalidade;
• Parecem prever a morte em contraste com a morbimortalidade;
• CARACTERÍSTICAS DAS SÍNDROMES GERIÁTRICAS:
✓ Elevada frequência nos anciãos, sobretudo a partir dos 75 anos de idade;
✓ Elevada frequência com caráter sindrômico;
✓ Deterioração da qualidade de vida, gerando ou aumentando a dependência;
✓ A APARIÇÃO É PREVENÍVEL;
✓ Avaliação integral, para diagnóstico e tratamento;
• SÍNDROMES GERIÁTRICAS MAIS COMUNS → 4 GIGANTES DA GERIATRIA:
✓ IMOBILIDADE: restrição, geralmente involuntária, na capacidade de deslocamento
(físico, funcional ou psicossocial);
✓ INSTABILIDADE E CAÍDAS: involuntária, e que pode ser acompanhada ou não da
perda de consciência;
✓ INCONTINÊNCIA URINÁRIA: perda involuntária de urina → Constitui um problema
social e higiênico;
✓ DETERIORAÇÃO COGNITIVA: perda ou redução, temporal ou permanente, das
funções mentais superiores → SÍNDROME CONFUSIONAL AGUDA, DEMÊNCIA;

INTERVENÇÃO → PROMOÇÃO DA SAÚDE:


• A EpS não é fácil devido a consolidação dos seus hábitos;
• Parar de fumar e de consumir álcool, sobretudo nos homens;
• Atividade física → Maior dificuldade para esportes e maior êxito com atividades
mais simples;
• Alimentação equilibrada e saudável;
• Integração social e desenvolvimento de atividades físicas e mentais;
• CUIDADOS DE LONGA DURAÇÃO:
✓ Grande uso de recursos sanitários e de estratégias com maior custo-benefício;
✓ Assistência hospitalar para a solução de problemas agudos;
✓ Os cuidados devem centrar-se mais na assistência que no resultado;
✓ Integração de aspectos sociais, sanitários e sua continuidade;
✓ A demência é um desafio para os serviços sociais e de saúde;
• Os países subdesenvolvidos apresentam dificuldades para atender as
necessidades que surgem devido ao aumento dos idosos;
• Lidam com problemas urgentes como: crescimento demográfico, mortalidade
infantil, desemprego e etc.;

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