Postado por Mayanna Marques em 13/10/2020 e atualizado pela última vez em
15/10/2020
Surge como uma nova forma de pensar e ver o
mundo
A Filosofia Antiga abrange um período em que os pensadores gregos viviam
em busca constante pela sabedoria. Seu surgimento ocorreu no século VII a.C e perdurou até a queda do Império Romano.
O termo filosofia advém do grego e tem como significado “amor ao
conhecimento”. O início desse campo do saber deu-se com diversos questionamentos acerca da mentalidade humana e tinham suas explicações baseadas, especialmente, na religião e na mitologia grega. Somente com o passar do tempo, a razão e a lógica começaram a ganhar espaço entre os intelectuais, dando início então a ciência que conhecemos atualmente.
Contexto histórico
A Filosofia Antiga originou-se na Grécia, região da Jônia, onde hoje localiza-se
a Turquia. No início do século VII, as cidades desta região tinham o comércio aquecido pelas embarcações que traziam mercadorias através do Mar Mediterrâneo. Essa movimentação provocava uma grande concentração de intelectuais, que costumavam expor suas reflexões.
Os três primeiros filósofos do período surgiram na cidade de
Mileto: Tales, Anaximandro e Anaxímenes. Eles se destacaram com as explicações voltadas para o surgimento do universo a partir da racionalidade, contrapondo-se às aos mitos. Ou seja, apresentavam uma teoria cosmológica. A busca por respostas desses pesamentos filosóficos acabou resultando na divisão de três períodos distintos da Filosofia Antiga.
Períodos da Filosofia Antiga
Período Pré-Socrático (século VII ao século V a.C): primeiro período
da Filosofia Antiga, também conhecido como cosmológico, reúne as teorias apresentadas pelos primeiros filósofos do Ocidente. Cronologicamente antecendem as ideias propostas por Sócrates (como o nome sugere), um dos maiores nomes da Filosofia Clássica e quem posteriormente mudou o rumo da ciência com seus pensamentos humanistas. Nessa fase da Filosofia Antiga, os filósofos tinham os mesmos objetivos: descobrir a verdadeira origem do universo utilizando como base a observação da natureza. Tales de Mileto consagrou-se como o primeiro filósofo com a suposição de que a água era o princípio de tudo.
Anaximandro também adotou a observação empírica da natureza e defendeu
a ideia de que a origem de tudo estava contido em um elemento infinito e indeterminado, denominado por ele como ápeiron. Já Anaxímenes elegeu o ar como a causa material do mundo.
Período Socrático (séculos V a IV a.C.): o segundo período da
Filosofia Antiga também pode ser conhecido como período clássico ou antropológico. Nesta fase, os pensamentos envolvem questões relacionadas ao ser humano. De forma mais sistemática, assuntos que envolviam a ética e a política eram predominantes. Foi durante essa época, na Grécia, que se estabeleceu o conceito de democracia e que Sócrates, Platão e Aristóteles surgiram na história da Filosofia Antiga.
Sócrates: consagrado o patrono da Filosofia, sustentava a ideia de que para
conhecer a natureza e persuadir sobre os outros, era preciso conhecer a si mesmo. Além do autoconhecimento, suas teorias tinham como propósito levar às pessoas sabedoria e a prática do bem.
Platão: discípulo de Sócrates, também se destaca entre os filósofos gregos por
suas teorias idealistas. Para Platão, as ideias pensadas por nós são formuladas a partir do que sentimos, vemos, ouvimos ou tocamos e estão “guardadas” em um mundo intelegível. Sendo assim, na sua concepção, por trás da realidade material existe uma realidade abstrata e por isso quanto mais pensada for a ideia, mais chances se tem de concretizá-la.
Aristóteles: suas contudentes argumentações serviram de base para o
pensamento lógico e científico. Entre suas ideias mais marcantes estão a democracia como a forma mais justa de se governar; a ética guiada pela prudência e moderação; e o empirismo, o conhecimento surge baseado nas experiências.