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UNIDADE I - VETORES
R² = {(x, y) / x ∈R e y ∈R }
Marque no plano acima, os pontos A (4,3), B ( -2,2), C ( -4, -2), D( 3, -3) , E(0, 2) e F( -3,0) .
Exemplo: ( x + 1 , y – 1 ) = ( 0,1 ) → x + 1 = 0 e y – 1 = 1 → x = -1 e y = 2.
c) Multiplicação por escalar ( ou número real): chamamos produto do número real k pelo
par (x,y) ao par ( kx, ky) e indicamos por: k ( x,y) = ( kx, ky).
d) Propriedades:
Sejam A = ( x1 , y1 ), B = ( x2 , y2 ) e C = ( x3 , y3 ) três elementos quaisquer de R² e
sejam k e m dois números reais quaisquer. Podemos constatar as seguintes propriedades
das operações com pares ordenados:
- Associativa: ( A + B ) + C = A + ( B + C )
- Comutativa: A + B = B + A
- Elementos neutro da adição: é o par O = (0,0), onde A + O = O + A = A
- Oposto de A: é o par –A = ( - x1 , - y1 ) , onde A + (-A) = O
- k ( A+ B ) = kA + kB
- k ( mA) = (km)A
- 1. A = A
Exercícios:
2. O espaço R³:
P2
O
P1
x
Exemplo: P3 C P = ( 2, 5, 3 )
A = ( 2, 5, 0) ∈ plano xy
P B=
B P C=
P2 P1 =
P2 =
P1 A P3 =
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Atividade avaliativa:
Exercícios:
1) Dados u = (1, 2, 3), v = ( 1, 0, 1) e w = ( -1, 2, -2), calcule:
a) u + v b) 2v – w c) 2u – v + 3w d) 3 ( 2w – u) – 2 ( 3v + w)
A B
r
Por isto, dizemos que AD e BC representam um mesmo vetor v : AD é o vetor
r r
v aplicado em A e BC é o vetor v aplicado em B.
Um número real não negativo ( denominado módulo), uma direção e um sentido
são os três elementos que caracterizam o que denominamos vetor, ente que é
representado geometricamente através de segmentos orientados.
r
Na figura indicamos três segmentos orientados
r u
r
representantes de um mesmo vetor u . u
Podemos observar que todos os três tem mesma direção
e sentido e a projeção na direção do eixo x tem medida
algébrica -3 enquanto a projeção na direção do eixo y
r r
tem medida 2. Podemos assim associar o vetor u ao
r u
par ( -3, 2 ) do R². Logo, u = ( -3, 2).
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r
De modo geral , um vetor v do plano cartesiano pode ser associado a um par ordenado ( a,
r
b) do R², onde a e b são, nesta ordem, as medidas algébricas das projeções de v nas
direções dos eixos s e y.
y
r
v b b
r
v
a
x a
r
v = AB = B – A = ( 5 – 1, 1 – (-1)) = ( 4, 2 )
r
Represente graficamente AB e v :
Observações:
- Medida de um vetor: é o seu comprimento ou módulo e é indicado por | AB |. Ex.| AB |
= 5 u.c.
A B
Unidade
- Vetor Nulo: é um vetor cuja extremidade coincide com a origem e tem comprimento
zero. Pode ser chamado de vetor zero e é indicado por O .
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r
- Vetor Oposto: dado um vetor v = AB, o vetor BA é o oposto de AB e se indica
r
por - AB ou por - v .
r r
- Vetor Unitário: um vetor v é unitário se | v | = 1.
- Vetores Colineares: dois vetores são colineares se tiverem a mesma direção. Em
r r
outras palavras, são colineares se tiverem representantes u e v pertencentes a uma
mesma reta ou a retas paralelas.
r
r v r r
u u v
r
v D F
r
C w
B
r
u
A E
Observação: Dois vetores quaisquer, não colineares são sempre coplanares no R².
r r r r
u = (x1 , y1 ) e v = ( x2 , y2 ) ⇒ u + v = ( x1 + x2 , y1 + y2 )
Representação geométrica:
r r
u +v
r
u r
v
Exercícios:
r r r r
1) Dados u = ( 3, 1) e v = ( 2,5), determine u + v .
r r r r
2) Dados u = (-2, 5) e v = (-4, 3), determine u + v .
r r r r
3) Dados u = (-4,-5) e v = (2, -3), determine u + v .
Propriedades da adição:
r r r r
- Comutativa: u + v = v + u
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r r r r r r
- Associativa: ( u + v ) + w = u + ( v + w )
r r r
- Existe vetor nulo O tal que v + O = O + v = v
r r r r r
- Existe vetor oposto – v tal que v + ( - v ) = - v + v = O
r r r r r
Subtração : Dados dois vetores u e v , a diferença d = u - v corresponde ao vetor u
r
+ (- v ) .
Representação geométrica:
r
u
r r
u -v r
-v
Exercícios:
r r r r
1) Dados u = ( 3, 1) e v = ( 2,5), determine u - v .
r r r r
2) Dados u = (-2, 5) e v = (-4, 3), determine 2 u -3 v .
r r r r
3) Dados u = (-4,-5) e v = (2, -3), determine u - v .
r
Multiplicação por número real : Dado um vetor u ≠ 0 e um número real k ≠ 0 , chama-se
r r
produto de número real k pelo vetor u o vetor p = k u , tal que:
r r
Módulo: | p | = | k u | =r | k | | u |
Direção: a mesma de u .
r r
Sentido: o mesmo de u se k > 0, e contrário ao de u se k < 0.
AB =
BC =
CA =
2 AB + 5 BC – CA =
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Exercícios:
r
1) Dar o par ordenado associado ao vetor v em cada caso:
a) b) c)
5
3 2
2
4 -4
1 6
d) e) f)
4 5
4
2
2
2 5 1
1 5 3 7
3) Dados A = (2,1) , B = (5,-1) e C (-4,0), calcule e represente o vetor soma dos vetores AB
e AC.
r r
4) Se v = AB, A = (3,2) e v =(5,8), então qual é o ponto B?
r r r r r r
5) Os vetores u = (3,4), v = (2a , 7) e w = (1, 3b) satisfazem à equação 2 u – v + 3 w =
O. Calcule a e b.
r r
6) Sabendo que o ângulo entre os vetores u e v é de 60º, determine o ângulo formado
rpelosr vetores: r r r r r r
a) u e v b) – u e v c) – u e – v d) 2 u e 3 v
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Marque a resposta correta, justificando:
11) Da igualdade ( xy – 1 , x – y ) = ( 3,0), podemos concluir que
a) x = 3 e y = 0 b) x = y = 1 c) x = y = ± 2 d) x = 1 e y = 0 e) x = 2
e y = -2
6 2
2
-2 -6 -2
6 r
14) Das representações geométricas seguintes, a que não corresponde ao vetor u = (2,1) é:
a)
b) c) d)
3
1 1
2 2
-2
2
-1
1 3
C B
P z1 A
b y y1 y2 y
x1
a x2
x x
Esta correspondência é tal que à soma de dois vetores corresponde a soma dos
ternos associados aos vetores e o produto de um número real por um vetor corresponde o
produto do mesmo número real pelo terno associado ao vetor. Isto significa que operar com
os vetores é o mesmo que operar com os ternos associados.
Exemplo: Sendo A = ( 1, 2, -5), B = ( 4, -3, 0) e C = ( 6, 4, 1 ) temos os vetores,
representados por:
AB = B – A =
BC = C – B =
AC = C – A =
AB + BC =
A+B A+B+C.
M= e G=
2 3
Exercícios:
r r r
1) Dados u = ( -1, 2, -3), v = (-1, 0, 1 ) e w = ( 1, -2, -2), calcule e represente
graficamente: r r r r
r r r r r r
a) u + v b) 2 v – w c) 2 u – v + 3 w d) 3( 2 w - u ) – 2 ( 3 v +
r
w)
r r r
2) Dados u = ( 1, 2, 4), v = ( 2, 1, 0) e w = ( 1, 0, 0 ), calcule os números a, b e c
r r r
tais que a u + b v + c w = ( 4 , 6, 8 ).
5) Obter o ponto simétrico ( que está do outro lado, tipo espelho ) do ponto P = ( 2, 1, 0) em
relação ao ponto M = ( 0, 1, 2 ).
DESAFIO:
6) Determine os vértices de um triângulo sendo conhecidos o baricentro G = ( 4, 1/3, 2), e
os pontos médios de dois lados, M = (3, 1, ½ ) e N = ( 0, -1, 2).
Gabarito
Exemplo:
r r r
1) Dados os vetores v 1 e v 2 não colineares e v ( arbitrário), a figura mostra como é
r
possível formar um paralelogramo em que os lados são determinados pelos vetores a1 v 1
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r r
e a2 v 2 e, portanto, a soma deles é o vetor v , que corresponde à diagonal desse
paralelogramo:
r r
v1 a1 v 1
r
v2 r r
v r v
v1
r r
v2 a2 v 2
r r r r r
Quando o vetor v estiver representado por v = a1 v 1 + a2 v 2 dizemos que v é
r r r r
combinação linear de v 1 e v 2 . O par de vetores v 1 e v 2 , não colineares, é chamado
r r
base no plano. Aliás, qualquer conjunto { v 1 , v 2 } de vetores não colineares constitui
uma base no plano. Os números a1 e a2 da representação são chamados componentes ou
r r r
coordenadas de v em relação à base { v 1 , v 2 }.
É bom esclarecer que, embora estejamos simbolizando a base como um conjunto, nósr a
r r
pensamos como conjunto ordenado. O vetor a1 v 1 é chamado projeção de v sobre v 1
r r r r
segundo a direção de v 2 . Do mesmo modo, a2 v 2 é a projeção de v sobre v 2 segundo a
r
direção de v 1.
Uma base { e1, e2 } é dita ortonormal se os seus vetores forem ortogonais e unitários,
isto é , e1 ⊥ e2 e | e1 | = | e2 | = 1.
r
Na figura, consideramos uma base ortonormal { e1, e2 } no plano xOy e um vetor v com
r
componentes 3 e 2, respectivamente, isto é, v = 3e1 + 2e2 .
2e2
r
v
e2 3 e1
e1
x
No caso de uma base ortonormal como esta, os vetores 3e1 e 2e2 são projeções
r
ortogonais de v na direção de e1 e e2 , respectivamente.
r
j
x
r
i
Em nosso estudo, trataremos somente da base canônica ( a não ser que seja feita alguma
outra referência).
r r r r
Dado um vetor v = x i + y j , no qual x e y são as componentes de v em relação à base {
r r r r r r
i , j }, o vetor x i é a projeção ortogonal de v na direção de i e y j é a projeção
r r
ortogonal de v na direção de j . Como a projeção sempre será ortogonal, diremos somente
projeção.
y
r
yj
r
v
x
r
xi
Observação:
Expressão analítica de um vetor no plano R²:
r
A cada vetor podemos associar um par ordenado, ou seja, v = ( x, y), onde x é a
r r r
abscissa e y é a ordenada. Por exemplo, em vez de escrever v = 3 i – 5 j , pode-se
r
escrever
r v =r ( 3, -5). Assim também:
-i + j = ( -1, 1)
r
3 j = ( 0, 3)
r
-10 i = ( -10, 0)
r r
e particularmente, i = ( 1,0), j = ( 0,1).
Exercícios:
r r r r r r
1) Determine o vetor w na igualdade 3 w + 2 u = ½ v + w, sendo dados u = (3,-1) e v = -
r r
2i + 4 j .
r r r r r r r
2) Encontrar os números a1 e a2 tais que w = a1 u + a2 v , sendo u = i + 2 j , v = (
r
4, -2) e w = ( -1,8).
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Todo estudo de vetores feito até aqui, no plano, pode ser realizado no espaço de
r r
forma análoga. No plano, qualquer conjunto { v 1, v 2 } de dois vetores, não colineares, é
uma base e, portanto, todo vetor v deste plano é combinação linear dos vetores da base,
r r r
isto é, sempre existem os números a1 e a2 reais tais que v = a1 v 1 + a2 v 2.
r r r
No espaço, qualquer conjunto { v 1, v 2 , v 3 } de três vetores não coplanares é uma
r
base e, de forma análoga, demonstra-se que todo vetor v do espaço é combinação linear
r r
dos vetores da base, isto é, sempre existem números reais a1 , a2 e a3 tais que v = a1 v 1
r r
+ a2 v 2 + a3 v 3 .
Uma base no espaço é ortonormal se os três vetores forem unitários e dois a dois,
ortogonais. Por analogia ao que fizemos no plano, dentre as infinitas bases ortonormais
r r r
existentes, escolheremos para nosso estudo a base canônica representada por { i , j , k }.
r r
A reta com a direção do vetor i é o eixo x, a reta com a direção do vetor j é o eixo dos y e
r
a reta com a direção do vetor k é o eixo dos z. As setas indicam o sentido positivo de cada
eixo. Estes eixos são chamados eixos coordenados.
z
r
k
r
j y
r
i
x
r r r r
Para completar, consideramos um vetor v = x i + y j + z k , onde x, y e z são as
r r r r
componentes de v na base canônica { i , j , k ). Da mesma forma como fizemos no plano,
r
este vetor v é igual ao vetor OP com , O (0,0,0) e P ( x, y, z). O vetor v corresponde à
r r r
diagonal do paralelepípedo, cujos lados são determinados pelos vetores x i , y j e z k . E
r r
para simplificar, escrevemos v = ( x, y, z) , que é a expressão analítica de v .
r
zk
r
k r
vr r
j yj y
r
r i
xi
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r r r r r
Em vez de escrever v = 2 i – 3 j + k , pode-se escrever v = ( 2, -3, 1). Assim também,
r r
i – j = ( 1, -1, 0 )
r r
2 j – k = ( 0, 2, -1 )
r
4 k = ( 0, 0, 4 )
r r r
e em particular, i = ( 1, 0, 0) , j = ( 0, 1, 0 ) e k = ( 0, 0, 1).
Exemplos: r r r
1) Escreva na forma analítica os vetores: u = (1, 0, - 1), v = ( 2, 3, 0) e w = (5, - 1, 2 ) .
2) Agora
r r r r r r escreva
r r r rna r forma de ternos ordenados:
u = 2 j − 3 i + k, v = 2k - 2 i e w = 5k - j + 2 i .
Exercícios:
r r r
1) Determine a extremidade do segmento que representa o vetor v = 2 i – 5 j , sabendo
que sua origem é o ponto A ( -1, 3).
r r r r r
2) Dados os vetores u = ( 3, -1) e v = ( -1, 2), determine o vetor w tal que 4 ( u – v ) +
r r r
1/3 w = 2 u – w .
r r r
3) Dados os vetores u = ( 2, -4) , v = ( -5, 1) e w = ( -12, 6), determine a1 e a2 tal que
r r r
w = a1 u +a2 v .
4) Dados os pontos A ( 2, -3, 1) e B (4, 5, -2), determine o ponto P tal que AP = PB.
r r r r r r
5) Determine o vetor v sabendo que 3 i + 7 j + k + 2 v = ( 6, 10, 4) – v .
Respostas:
1) (r 1, -2)
2) w = ( -15/2, 15/2)
3) a1 = -1 e a2 = 2
4) Pr = ( 3, 1, - ½ )
5) v = ( 1, 1, 1)
REFERÊNCIAS:
- ANTON, Howard & RORRES, Chris, Álgebra Linear com Aplicações, 8ª ed. , Porto
Alegre, Bookman, 2001.
- STEINBRUCH, Alfredo & WINTERLE, Paulo. Álgebra Linear. 2. ed. São Paulo: Makron
Books, 1987.
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UNIDADE II – Produto escalar
1) Definição:
r r
Chamamos produto escalar ( ou produto interno usual) de dois vetores u = ( x1 , y1 ) e v = (
r r
x2 , y2 ) do R² ao número real x1 x2 + y1 y2 . Indicamos este número pelo símbolo u • v
r r
ou < u , v > , cuja leitura é “u escalar v ”.
r r r r
u = ( x1 , y1 ) e v = ( x2 , y2 ) ⇒ u • v = x1 x2 + y1 y2
Exemplos:
r r r
1) Sendo u = ( 5, 3) , v = ( 2, 4 ) e w = ( -6, 1), temos:
r r
ur • v = 5 . 2 + 3 . 4 = 22
vr • rw = 2 ( -6) + 4 . 1 = - 8
u • u = 5 . 5 + 3 . 3 = 34
r r r r r r r r
2) Se u = 3 i – 5 j e v = 4 i + 2 j então < u , v > = 3 . 4 + ( -5 . 2 ) = 12 – 10 = 2
Exemplo:
Mostre as propriedades 2, 3 e 4 usando um exemplo numérico.
2) Módulo de um vetor:
r
Dado o vetor u = ( x, y) do R², podemos mostrar que o seu módulo ( comprimento) é dado
por:
r
| u |= x +y
2 2
P
r
u y
0 x
O módulo pode ser expresso usando o produto escalar. De fato, notamos que
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r r r
u • u = ( x, y ) • ( x , y ) = x . x + y . y = x² + y² = ( | u | ) ²
r r r
logo | u | = u•u
r r r r
Observação: o módulo de u é também chamado norma de u e indicado por | u | ou || u
||.
r r
Exemplo: u = ( -6, 8) ⇒ | u | = ( - 6) + 8 = 36 + 64 = 100 = 10 .
2 2
3) Vetor Unitário:
Um vetor que possui módulo igual a 1 é chamado vetor unitário.
r r
v é unitário ⇔ | v | = 1
Observações:
r r r
1) Dado um vetor não nulo v , o vetor v ’= vr é um vetor unitário de mesma direção e
|v|
r r
sentido de v , denominado versor de v .
r r r
Exemplo: O versor de v = ( 3, -4 ) é o vetor v ’= v (3, − 4) (3, − 4) 3 − 4 .
r = 2 = = ,
|v| 3 + 42 5 5 5
Exemplo:
Sabendo que A ( -1, 2 ) e B ( 1, -1 ) , calcule a distância entre estes pontos.
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r r
Exemplo: Dados os vetores u = ( 4, α , -1) e v = ( α, 2, 3 ) e os pontos A (4, -1, 2 ) e B ( 3,
r r
2, -1), determine o valor de α tal que u • ( v + BA ) = 5.
5) Módulo de um vetor no R³ :
r
Dado o vetor u = ( x, y, z ) do R³, podemos mostrar que o seu módulo ( comprimento) é
dado por:
r
| u |= x +y +z
2 2 2
z
r
u
y
Observação:
A distância d entre os pontos A ( x1 , y1 , z1 ) e B ( x2 , y2 , z2 ) é assim definida:
d = | AB | = | B – A |
d= (x − x ) + (y − y ) + (z − z )
2 1
2
2 1
2
2 1
2
Exemplos:
1) Sabendo que a distância entre os pontos A ( -1, 2, 3 ) e B ( 1, -1, m ) é 7, calcule m.
r
2) Determine α para que o vetor v = α, − 1 , 1 seja unitário.
2 4
r r r r r r
3) Prove que | u + v | ² = | u | ² + 2 u • v + | v | ²
r r r r r r
4) Prove que | u - v | ² = | u | ² - 2 u • v + | v | ²
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r r r
5) Prove que u • u = | u | ². ( PROPRIEDADE)
Vamos aqui mostrar que o produto escalar de dois vetores está relacionado com ro
r
ângulo formado por eles. Lembremos que o ângulo θ entre dois vetores não nulos u e v
r r
varia desde 0º até 180 º. u u
r
u r r r
θ v θ v θ v
r r r θ r
u v u v
θ = 0º θ = 180º
r r r r
u e v são paralelos, de mesmo sentido u e v são paralelos, de
sentidos opostos
Observe rque:
r
1º) u • v > 0 ⇔ cos θ > 0 ⇔ 0º ≤ θ < 90º
O produto escalar é positivo quando o ângulo é agudo ( ou nulo).
r r
2º) u • v < 0 ⇔ cos θ < 0 ⇔ 90º < θ < 180º
O produto escalar é negativo quando o ângulo é obtuso ( ou raso).
r r
3º) u • v = 0 ⇔ cos θ = 0 ⇔ θ = 90º
O produto escalar é nulo quando o ângulo é reto.
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r r
Para determinar o ângulo θ , sendo dados u = ( x1 , y1 ) e v = ( x2 , y2 ), partimos da
fórmula:
r r
u⋅v
cos θ = r r
| u || v |
Exemplos:
r r
1) Determine o ângulo entre os vetores u = ( 1, 1, 4) e v = ( -1, 2, 2 ).
R.: 45º
r
2) Sabendo que o vetor v = ( 2, 1, -1) forma um ângulo de 60º com o vetor AB determinado
pelos pontos A (3, 1, -2) e B (4, 0, m), calcule m.
R.: m = - 4
7) Paralelismo e Ortogonalidade:
Condição de Paralelismo:
r r
Quando dois vetores u e v do R² são paralelos, suas representações geométricas
por segmentos orientados a partir da origem O, ficam sobre uma mesma reta.
Y y
r
r r v
r u u
r u
u r x
r v r
v v
x
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r r r
Neste caso, se v não é nulo , podemos concluir que u é “múltiplo” de v , ou seja,
r
r r |u| r r r
u = k v , onde k = ± r . Assim, dado um vetor não nulo v , todo vetor u paralelo a v é
|v|
r r r
um “múltiplo” de v , isto é, u = k v , onde k é número real.
r r
Sendo u = (x1 , y1 ) e v = (x2 , y2 ) temos
r r x = kx 2
u = k v ⇔ (x1 , y1 ) = k (x2 , y2 ) ⇔ 1
y = ky
1 2
Se x2 . y2 ≠ 0, decorre que k =
x 1 e k=
y 1 , logo
x 2
y 2
x 1 =
y 1
x 2
y 2
r r
E concluímos que a condição de paralelismo dos vetores u e v é que eles apresentem
componentes proporcionais.
O mesmo vale para vetores no R³, ou seja,
x 1 =
y 1 =
z 1
. Assim, verificamos que as
x 2
y 2
z 2
Exemplo: r r
Dado v = ( 3, 5 ) , são paralelos a v os seguintes vetores:
r
ur 1 = ( 6, 10)
ur 2 = ( 15, 25 )
ur 3 = ( -9, -15)
u 4 = ( 1, 5/3 )
Condição de Ortogonalidade:
De acordo com a terceira observação da página anterior, vimos que dois vetores são
ortogonais ( ou perpendiculares ) se e somente se o produto escalar deles é nulo, isto é,
se:
r r
u • v =0
Exemplo: r
r r r
Seja u = ( -2, 3, -2) e v = ( -1, 2 , 4 ) . Mostre que u e v são ortogonais.
r r
u • v = -2 ( -1) + 3 . 2 + ( -2) . 4 = 2 + 6 – 8 = 0
r r
Logo, u e v são ortogonais.
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22
6) Interpretação Geométrica do Produto Escalar:
r
Na figura abaixo, A’ B’ é a medida algébrica da projeção do vetor v sobre a direção do vetor
r r
u . Em símbolos: A’ B’ = proj ur v . B
r
v
A θ
A’ r B’
u
9) O vetor projeção: r
O assunto é muito útil
r em física. F representa uma força aplicada a um bloco. Nosso
objetivo é decompor F sobre outro vetor ou sobre os eixos cartesianos x e y.
r r
F2 F
r
o F1
r r r
Determinar o vetor v 1 , projeção do vetor v sobre o vetor u ≠ 0.
r r
v2 v r
// u
r
v1 r
r u r r r
Dedução: Sendo v 1 paralelo a u , então v 1 = k u . (1)
r r r
Mas v = v 1 + v 2 (2)
r r r
Substituindo (1) em (2) temos v = k u + v 2
r
Multiplicando escalarmente por u
r r r r r r r r r u.v
u • v = k u • u + u • v 2 ou u • v = k | u |² + 0 ⇒ k =
2
|u|
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Vetor proj u v =
r u.v r
u
2
|u|
Exemplo:
r r r r r r r r
Dados os vetores u = i – j e v = 2 i – j + 2 k , calcule o vetor projeção de v sobre
r
u.
Exercícios:
r r r
1. Dados u = ( 4, 7, 3 ) , v = ( 2, 2, 1 ) e w = ( 0, -5, 2 ), calcule:
r r r r r r r r r r
a) u • v b) v • w c) ( u + v ) • w d) u •( v – 2 w )
r r
e) proj ur v f) vetor proj ur v
r r
2. Dados u = ( 4, 0, 3) e v = ( 0, 1, -1 ), determine:
r r r r
a) | u + v | b) | 3 v – u |
r
3. Determine o versor de u = ( -5, 10, -10).
r r r
4. Dados os vetores u = ( 1, a, -2a-1), v = (a, a-1, 1) e w = ( a, -1, 1), determine “a”
r r r r r
de modo que u • v = ( u + v ) • w .
11. Sabe-se que os vetores ( k, -1, 0) e ( 2, -1, 2) formam um ângulo de 45º. Qual é o valor
de k?
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24
12. Mostre que os pontos A(0,3,2), B(-1,1,2), C(1,0,1) e D(2,2,1) são os vértices de um
retângulo.
16. Determine o perímetro do triângulo ABC de vértices A ( 0, 1, 2), B ( -1, 0, -1) e C (2, -
1, 0).
r r r
17. Calcule n para que seja de 30º o ângulo entre os vetores u = ( 1, n, 2) e v = j .
r r r r r r r r
18. Qual o valor de ∝ para que os vetores a = α i + 5 j - 4 k e b = ( α + 1 ) i + 2 j + 4 k sejam
ortogonais.
r r r r r r r r
19. Calcule | u + v | e | u – v |, sabendo que | u | = 4, | v | = 3 e o ângulo entre u e v é de
60º.
r r r r r
20. Se u = ( ½ , 1/3 ) e v = ( ½ , 2/3 ) então o ângulo formado pelos vetores u + v e 2 u –
r
v é:
a) 30º b) 45º c) 60º d) 120º e)n.r.a.
RESPOSTAS:
1) a) 25 b) –8 c) – 37 d) 83 e) 25 f) 50 , 175 , 75
74 37 74 74
2) a) 21 b) 61
3) ( -1/3, 2/3, -2/3 )
4) a = 2
5) ( 7/9, 4/9, 4/9 )
6) 2 + 2
7) ( -3/4, 0, 0)
8) I – B II – A III – C IV – C V–B
9) 45º
10) a = 5 b = -20
11) k = 1 ou 7
12) Sim são vértices do retângulo
13) y = 17/3
14) Não
15) 30º
16) 2 ( 11 + 3 )
17) ± 15
18) –3 e 2
19) 37 e 13
20) b
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REFERÊNCIAS:
- ANTON, Howard & RORRES, Chris, Álgebra Linear com Aplicações, 8ª ed. , Porto
Alegre, Bookman, 2001.
- STEINBRUCH, Alfredo & WINTERLE, Paulo. Álgebra Linear. 2. ed. São Paulo: Makron
Books, 1987.
Exercícios complementares
→ →
1) Dados os pontos A(2, -1) e B(-1, 4) e os vetores u =(-1, 3) e v = (-2, -1), determinar:
→
a)| u |
→ →
b)| u + v |
c)a distância entre os pontos A e B.
→
2) Dado o vetor w = (3, 2, 5), determinar a e b de modo que os vetores
→ → →
u = (3, 2, -1) e v = (a, 6, b) + 2 w sejam paralelos.
→ →
3) Determinar o valor de a para que seja 45º o ângulo entre os vetores u =(2, 1) e v = (1, a).
→ →
4) Dados os vetores u = (2, 1, -1) e v = (1, -1, a), calcular o valor de a para que a área do
→ →
paralelogramo determinado por u e v seja igual a 62 .
5) Calcular a área do triângulo ABC. Dados: A(-4, 1, 1), B(1, 0, 1) e C(0, -1, 3).
→ → →
6) Qual deve ser o valor de m para que os vetores u = (2, m, 0), v = (1, -1, 2), w = (-1, 3, -1)
sejam coplanares?
7) Três vértices de um tetraedro de volume 6 são A (-2, 4, -1), B (-3, 2, 3), C(1, -2, -1).
Determinar o quarto vértice D, sabendo que ele pertence o eixo Oy.
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1) Definição:
r r r r r r r r
Dados os vetores u = x1 i + y1 j + z1 k e v = x2 i + y2 j + z2 k , do R³ e não
r r
paralelos entre si, tomados nesta ordem, chama-se produto vetorial dos vetores u e v , e
r r
se representa por u × v ao vetor:
r r r r r
u × v = ( y1 z2 – z1 y2 ) i – ( x1 z2 – z1 x2 ) j + ( x1 y2 – y1 x2 ) k
Cada componente deste vetor pode ainda ser expresso na forma de um determinante de 2º
ordem:
r r r r r
u × v = y1 z1 i - x1 z1 j + x1 y1 k
y2 z2 x 2 z2 x 2 y2
r r r
É importante lembrar que i = ( 1, 0, 0), j = ( 0, 1, 0) e k = ( 0, 0, 1).
r r
E mais, é importante notar que para formar o determinante para o cálculo de u × v ,
indicamos:
r r r
- na 1ª linha os vetores i , j , k .
r
- na 2ª linha as componentes do primeiro vetor ( u ).
r
- na 3ª linha as componentes do segundo vetor ( v ).
r r r r
Para o cálculo de v × u devemos anotar as componentes de v na segunda linha e as de u
na terceira linha. Isto acarreta mudança de sinal do determinante, o que nos leva a concluir
que :
r r r r
u × v = - ( v × u)
Exemplos: r
r r r r r
1) Sendo u = ( 1, 3, 2) e v = ( 2, 4, 5), mostre que u × v = - ( v × u ).
r r r r r r r r r
2) Calcule o produto vetorial de u por v , sendo u = 5 i + 4 j + 3 k e v = i + k .
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Observação:
r r
Os vetores u e v podem ser deslocados sem que sua magnitude e direção se
r r
alterem, de modo que suas extremidades iniciais coincidam. Seja θ o ângulo entre u e v ,
com 0 ≤ θ ≤ π .
r r
Então, a menos que u e v sejam paralelos, eles determinam um plano.
r r r r
r O r produto vetorial entre eles é escrito como u x v e é um terceiro vetor w , onde w =
u x v , com as seguintes características
r r quanto:
r r
a) à direção: o vetor u x v é, por definição, perpendicular aos vetores u e v e
r r
logicamente, perpendicular ao plano formado por u e v
r r
u xv
r
v
θ
r
u
r r r r
b) ao sentido: os vetores u , v e u x v nesta ordem, formam um triedro positivo se, um
r r r r r
observador postado em u x v e de frente para u e v , tem à sua direita o vetor u e à
r
sua esquerda o vetor v .
r r r r
u xv u xv
r r r r
u v v u
r r r r r r
c) ao módulo: | u x v | = | u | | v | sen θ , onde θ é o menor ângulo entre u e v ( não
nulos).
Exemplo: r
r r r r r
Dados u = ( 1, 2, 2) e v = ( 1, 2, -2) , mostre que | u x v | = | u | | v | sen θ.
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Cabe salientar que:
- Para o produto escalar não faz qualquer diferença se escolhermos o menor ou o maior
ângulo entre eles, já que cos ( 2π - θ) = cos θ . Entretanto, isso importa no caso do
produto vetorial já que sen (2π - θ) = - sen θ.
r r r r
- O produto vetorial u x v é um vetor, enquanto que o produto escalar u • v é um número
real. O produto vetorial desempenha importante papel no estudo da Eletricidade e do
Magnetismo.
θ r
v
r
v
r θ
u
r r r r
Note que v x u não é o mesmo vetor que u x v , de modo que a ordem dos fatores
em um produto vetorial é importante, isto é, altera o produto. Isto não é verdadeiro para
r r
escalares porque a ordem dos fatores na álgebra não altera o produto. Na realidade, u x v
r r
= - ( v x u ), como já vimos anteriormente.
3) Propriedades:
r r r
1. u × u = 0, qualquer que seja u .
i j k
r r
De fato, de acordo com a definição, u × u = x y z .
1 1 1
x y z
1 1 1
r
Tendo em vista uma propriedade dos determinantes ( ... duas linhas iguais...) temos que u
r r
× u =0.
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29
r r r r r r r
Resulta desta propriedade que i x i = j x j = k x k = 0 .
r r r r
2. u x v = - ( v x u ) ( propriedade anti-comutativa)
r
u
r r r r r r r r r r
4. Sendo u , v e w vetores, temos que u × ( v + w ) = u × v + u × w .
Prove:
r r r r r r
5. Sendo u e v vetores e m número real, então temos que ( m u ) × v = m ( u × v ).
Prove:
r r r r r
6. Sendo u e v vetores então u × v = 0 se e somente se um dos vetores é nulo ou
r r
se u e v são colineares.
Prove:
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30
r r r r r r
7. | u × v |² = | u | ² | v | ² - ( u • v ) ²
Prove:
r r r r r r
8. O produto vetorial não é associativo, ou seja u × ( v × w ) ≠ ( u × v ) × w .
Prove:
OBSERVAÇÃO:
r r r
Sendo i , j , k os vetores da base canônica, temos que
r r r r r
• i × j=k k j
r r r
• j×k = i
r r r
• k× i = j
r
É fácil lembrar se usarmos a representação i +
CABE SALIENTAR:
r
r r r
- u • v = | u | | v | cos θ ( verdadeiro)
r r r r
- u x v = | u | | v | sen θ ( falso)
r r
- u x v = 0 se: um dos vetores for nulo ou os dois vetores forem paralelos, pois o sen θ
= 0 quando o θ = 0º ou 180º.
r
v h
θ
r
A u B
De fato:
r r
Área ABCD = | u | h Como h = | v | sen θ
r r
Temos que: Área ABCD = | u | | v | sen θ
r r r r r r
Mas: | u × v | = | u | | v | sen θ Logo: Área ABCD = | u × v |.
Exercícios:
r r
1) Calcule u × v nos casos:
r r r r
a) u = ( 2, -1, 3 ) e v = ( 4, 1, 1) b) u = ( 0, 2, 0) e v = ( 1, 3, -1)
r r r
2) Dados u = ( 1, 1, 2) , v = ( 3, 1, -1) e w = ( 0, 2, 1), calcule:
r r r r r r r r r
a) u × w b) v × ( w – u ) c) ( u + v ) × ( v – w )
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r r r
3) Dados u = ( 0, 2, 1), v = ( 1, 3, 4) e w = ( -1, 4, 2 ) determine:
r r r r r r r r r r r r r r r
a) u • ( v × w ) b) ( u × v ) • w c) ( u + v ) • ( v × w ) d) [ 2 u × ( v – w )]•( u + w )
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UNIDADE IV – Produto Misto
1) Definição:
r r r
Dados os vetores u , v e w , do R³, notamos que:
r r
• v × w é um novo vetor do R³;
r r r r r r
• u • ( v × w ) é um número real ( produto escalar do vetor u pelo vetor v × w )
r r r r r r
O número real u • ( v × w ) é denominado produto misto dos vetores u , v e w ( nesta
r r r r r r
ordem) e pode ser representado por ( u , v , w ) ou [ u , v , w ].
r r r r r r
Logo: [ u , v , w ] = u • ( v × w )
r r r r r r r r r r r r
Dados u = x 1 i + y 1 j + z 1 k , v = x 2 i + y 2 j + z 2 k e w = x 3 i + y3 j + z3k
temos:
r r r
i j k
r r r r r
v × w = x 2 y2 z2 = y2 z2 i − x 2 z2 j + x 2 y2 k
y3 z 3 x3 z3 x 3 y3
x 3 y3 z3
r r
e levando em consideração a definição de produto escalar de dois vetores, o valor de u • ( v
r
× w ) é dado por:
r r r y2 z2 x2 z2 x 2 y2
[ u , v , w ] = x1 − y1 + z1
y3 z3 x3 z3 x 3 y3
x 1
y 1
z 1
r r r
[u,v,w ] = x y z
2 2 2
x 3
y 3
z 3
Exemplos:
r r r r r r r r r
1) Calcule o produto misto dos vetores u = 2 i + 3 j + 5k , v = - i + 3 j + 3 k e w =( 4, -3,
2 ). Resp.: 27
r r r r r r
2) Ídem para u = ( 0, 2, 4 ), v = - j + 2 i + 3k e w = ( 2, 0, 1) Resp.: 16
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2) Propriedades:
r r r r r r r r
Para quaisquer vetores u = x 1 i + y1 j + z1k , v = x 2 i + y2 j + z2k e
r r r r
w = x 3 i + y 3 j + z 3 k , veremos que algumas propriedades do produto misto estão
intimamente relacionadas com propriedades dos determinantes:
x 3
y 3
z 3
b) Se dois
r r vetores são colineares:
r r r
Se u e v são colineares, u = m v ou u = m x2 i + m y2 j + m z2 k.
Logo:
r r r mx my mz 2 2 2
[u,v,w ] = = m x2 y2 z3 +m y2 z2 x3 +m z2 x2 y3 -m z2 y2 x3 -m y2 x2 z3 +m x2 z2y3=0
x 2
y 2
z 2
x 3
y 3
z 3
c) Se os
r r três r vetores forem coplanares.r r r r
Se u , v e w são coplanares, o vetor v × w , por ser ortogonal a v e w , é ortogonal
r r r r
ao vetor u , logo u • ( v × w ) = 0.
2) PROPRIEDADE CÍCLICA:
A permuta circular ou cíclica dos fatores não altera o produto misto. Por outro lado, o produto
misto troca de sinal quando se permuta não ciclicamente seus fatores.
Esta propriedade do produto misto é uma conseqüência da propriedade dos determinantes
relativamente à circulação de linhas e à troca de duas linhas.
r r r r r r r r r
[u,v,w ] = [v,w , u ] = [w , u, v ] ( não se altera se permutarmos ciclicamente os
vetores).
r r r r r r r r r
[ u , v , w ] = - [ u , w , v ] = - [ v , u , w ] , etc... ( trocando-se duas linhas o determinante
muda de sinal).
3) PERMUTA DE SÍMBOLOS:
Os sinais • e × podem
r r ser permutados
r r r r e o produto misto não se altera, ou seja, :
u • ( v× w ) = (u × v ) •w
r r r r r r r r r r r r r r
4) Dados os vetores u , v , w e r , temos que [ u , v , w + r ] = [ u , v , w ] + [ u , v , r ].
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34
r r r r r r r r
5) Dados os vetores u , v e w e m = número real , temos que [ u , v , m w ] = [ u , m v ,
r r r r
w ] = [m u , v , w ].
Exercícios:
r r r r
Dados os vetores u = ( 2, 3, -4), v = j - i + 2 k , w = 2k e r = ( 3, 0, 2), mostre
propriedades 3 e 4 acima vistas.
Observações:
1) O produto vetorial e o produto misto não são definidos no R².
2) Quanto a ordem das operações, realiza-se primeiro o produto vetorial e depois o escalar.
D
r
u
h C
r
w
A r
v
B
V = Ab . h, mas
r r r r r r r
Ab = | v x w | e sendo θ o ângulo entre u e v x w , lembrando que o vetor v x w é
r
perpendicular à base, a altura do paralelepípedo é dada por: h = | u | | cos θ| .
r r r
Logo, o volume do paralelepípedo é V = | v x w | | u | | cos θ |, ou
r r r r r
V = | u | | v x w | | cos θ | ou , fazendo v x w = a, vem
r
V = | u | | a | | cos θ | (1)
Mas, de acordo com a definição de produto escalar,
r r
u • a = | u | | a | cos θ , e em conseqüência
r r
| u • a | = | u | | a | |cos θ|. (2)
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35
r r r
V = | [u ,v, w ] |
Exemplo:
r r r r r r
1) Dados os vetores u = (2,3,-1), v = (5, -1,2) e w = 3 j - i + 2k , determine o volume do
r r r
paralelepípedo determinado por u , v e w .
e) o vetor proj vr =
r r
l) | u × v |=
r
r u
r
f) | u | = m) | v | =
r r
g) | v × u | =
r r
4) Sendo v = ( 2, -1, 2 ) e u = ( 5, 2, 5 ), calcule: a) o vetor proj ur r
v
b) o vetor proj vr
r
u
r r
5) Qual o vetor projeção de u = ( 0, 1, 5) sobre o vetor v =(3, -5, 1).
B m H n C
Calcule:
a) m b) n c) BH
r r r r r r r r r r
7) Efetue: a) ( j × k ) × (i × j ) = b) (i × k ) × ( k × j ) × ( j × j ) =
r
8) Determine um vetor unitário simultaneamente ortogonal aos vetores
r u = ( 2, -6, 3) e
v =(4, 3, 1).
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36
r r r
9) Determine o vetor w = ( x, y, z), tal que w • (1, 0, 2) = 3 e w × ( 1, 0, -1) = ( -2, 3, -2).
r r r r r r r r r r r
10) Sejam o vetores u = 3i − 2 j − 6k , v = 2i − j e w = i + 3 j + 4k , determine:
r r r r r
a) u • v = d) (u × v ) × w =
r r r r r
b) | u × v |= e) u × (v × w) =
r r r
c) u × v • w =
r r r r r r
11) Calcule | u |, conhecendo | u × v |= 4 2 , | v | = 2 e o ângulo entre u e v de 45º.
r r
12) Sejam os vetores u =(3, 1, -1) e v = ( a, 0, 2). Determine o valor de a para que a área do
r r
paralelogramo determinado por u e v seja igual a 2 6 unidades de área.
r r
14) Verificar se os vetores u = ( 3, -1, 4 ), v =(1, 0, -1) e wr =(2, -1,0) estão no mesmo plano.
r r
15) Qual deve ser o valor de m para que os vetores u =(m, 2, -1), v =(1, -1, 3) e wr = ( 0, -2,
4) sejam coplanares ?
r r r
16) Dados os vetores u =(x, 5, 0), v =(3, -2, 1) e w = (1, 1, -1), calcule o valor de x para que
r r r
o volume do paralelepípedo determinado por u , v e w seja 24 unidades de volume.
r r r r r
17) Na figura, obter
r u • v + u • wr + v • wr + | v × wr |.
v r
w
r
u
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RESPOSTAS:
1) ( - ½ , ½ , 0)
2) a) b) -8/ 19 r
3) a) (3, 2, 3) b) ( 1, 4, -1) c) 0 d) 1/ 14 e) ( 1/7, 3/14, 1/14)
f) 14 g) 83 h) θ ≅ 83,7º i) 1 j) (-7, 3, 5 )
k) n’= ( 7/ 83 , - 3/ 83 , -5/ 83 ) ou oposto l) 83 m) 6
4) a) ( 4, -2, 4) b) ( 5/3, 2/3, 5/3)
5) (0, 0, 0) , os vetores são ortogonais.
6) a) 7 2 b)
7
2 c) ( -3/2, -5/2, 4)
2 2
r
r
7) a) − j b) 0
8) ( -3/7, 2/7, 6/7) e ( 3/7, -2/7, -6/7)
r
9) w = ( 3, 2, 0)
r r r r r r
10) a) 8 b) 181 c) –38 d) − 51i + 25 j − 6k e) − 62i + 3 j − 32k
11) 4
12) a = -4 ou a = -2
13) a) A = 3 10 u.a. b) 9 2 u. a.
2 2
14) Não, os vetores não são coplanares.
15) m = 3
16) x = 4 ou – 44
r r
17) | v | | w |
r r r r r r
18) a = −6k b = −3 j c = 2i
b
c a
REFERÊNCIAS:
- ANTON, Howard & RORRES, Chris, Álgebra Linear com Aplicações, 8ª ed. , Porto
Alegre, Bookman, 2001.
- STEINBRUCH, Alfredo & WINTERLE, Paulo. Álgebra Linear. 2. ed. São Paulo: Makron
Books, 1987.
Material elaborado pela Professora Mirian B. B. Oberziner - Disciplina Álgebra Linear e Geometria Analítica I.
38
UNIDADE V – MATRIZES
1.1 Introdução:
1.2 Exemplos:
Exemplo 1: Uma indústria tem quatro fábricas A, B, C e D, cada uma das quais produz três
produtos 1, 2 e 3. A tabela mostra a produção das indústrias durante uma semana.
Pergunta-se:
1) Quantas unidades do produto 2 foram fabricadas pela fábrica C?
1.70 70 23
1.75 60 45
1.60 52 25
1.81 72 30
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39
1.3 Definição:
1.4 Notação:
a 11 a 12 a 13 . . . a 1n
a
21 a 22 a 23 . . . a 2n
.
A =
.
.
a
m1 a m2 a m3 . . . a mn
1 2 3 1 2 3 1 2 3
2 3 4
2 3 4
2 3 4
4 5 6 3 4 5 3 4 5
Obs: os elementos de uma matriz podem ser números reais, números complexos,
polinômios, funções, etc. Aqui trabalharemos somente com matrizes constituídas por
números reais.
Ex.:
1 2 3 1 2 3
1) 2 3 4 = 2 3 4
3 4 5 3 4 5
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40
2 3 2 3
2) ≠ 8 1
8 - 1
3 2 1 log1 9 sen 90 o 0
3) =
2 2
2
5 2 4 5
Podemos também construir matrizes que possuam uma relação entre seus elementos, a
partir de uma lei de formação:
Exemplos:
1) Represente explicitamente a matriz A = (ai j ) com 1 ≤ i ≤ 3 e 1 ≤ j ≤ 2 tal que ai j
= 3i – 2j + 4.
1, se i ≠ j
3) Ídem para A = ai j com 1 ≤ i ≤ 3 e 1 ≤ j ≤ 3 tal que ai j = .
0, se i = j
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41
2) B = ( bi j ) 1x3 tal que bi j = j - 2i
0 , se i ≠ j
5) E = ( ei j ) 3x3 tal que ei j =
i + j, se i = j
1 0 0
Obs: Diagonal principal : A = 0 − 2 0
0 0 6
0 0 2
Diagonal secundária: B = 0 5 0
− 1 0 0
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42
0 , se i ≠ j
6) F = ( fi j ) 3x3 tal que fi j =
1, se i = j
0 , se i < j
7) G = ( gi j ) 4x4 tal que gi j =
2i - j, se i ≥ j
0 , se i > j
8) H = ( hi j ) 4x4 tal que hi j =
3i − 2 j, se i ≤ j
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43
1.7 Operações com Matrizes:
Adição e Subtração :
1 - 2 0 4
a) - 2 0 + - 1 2 =
3 4 1 0
1 - 2 0 4
b) - 2 0 − - 1 2 =
3 4 1 0
0 4
1 - 2
c) + -1 2 =
- 2 0
1 0
Obs:
- só podemos somar ou subtrair matrizes de mesma ordem;
1 - 2 - 1 2
-
se A = - 2 0 , a matriz oposta de A , denotada por – A é -A =
2 0 .
3 4 - 3 - 4
Propriedades:
Sejam A e B matrizes. Então:
i) A + B = B + A (propriedade comutativa);
ii) ( A + B ) + C = A + ( B + C ) (propriedade associativa);
iii) A + 0 = 0 + A = A ( 0 = matriz nula, dita elemento neutro);
iv) A + ( -A) = ( -A) + A = 0 ( -A = elemento oposto).
Exercícios:
8 7 0 - 1 3 7
1) Sendo A = , B= e C= 1 - 2 , calcule:
2 3 4 2
a) A + B – C = b) ( A – B ) – C =
c) A – ( B – C ) = d) X, tal que A + X = B + C .
Respostas:
5 - 1 5 1 11 15 - 5 - 1
a) b) c) d) X =
5 7 -3 3 -1 -1 3 -3
Multiplicação de matrizes por escalar ou número real:
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44
Exemplo:
1 2 0
Seja A = . Determine :
3 − 1 2
a) 2A =
b) – ½ A =
c) 5 A =
Propriedades:
Sejam A e B matrizes de mesma ordem e α e β números reais. Logo:
i) α ( β A ) = ( α β ) A
ii) ( α + β ) A = α A + β A
iii) α ( A + B ) = α A + α B
Exercícios:
2 6
1) Sendo A = , obtenha a matriz X tal que 3 ( X – 3 A ) = 5X – 13 A .
5 − 3
3 2 5 3 0 - 1
2) Sendo A = e B= obtenha as matrizes X e Y tais que
1 0 3 2 4 2
2X + Y = 4A + B
.
X − 2Y = −3A + 3B
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45
Multiplicação de Matrizes:
Exemplo:
Uma empresa de produtos eletrônicos produz dois tipos de aparelhos: A e B. Para a
produção desses aparelhos são utilizados os componentes x, y e z conforme a tabela
abaixo:
A B 5 8
X 5 8
Y 3 2 Em forma de matriz: C = 3 2
Z 4 7 4 7
Vamos supor que sejam fabricados 150 aparelhos do tipo A e 50 aparelhos do tipo B.
150
Em forma de matriz: D =
50
Determine a quantidade de componentes usados por dia para fabricar os aparelhos.
Solução
5 8 5.150 + 8. 50 750 + 400 1150
150
C.D = 3 2 . = 3 .150 + 2.50 = 450 + 100 = 550
4 7 50 4 .150 + 7.50 600 + 350 950
De modo geral:
Sejam as matrizes A = ( ai k ), 1 ≤ i ≤ m e 1 ≤ k ≤ p e B = ( b kj ) , 1 ≤ k ≤ p e 1 ≤ j ≤ n,
Chamamos de PRODUTO da matriz A pela matriz B à matriz C = ( c i j ) , 1 ≤ i ≤ m e 1
≤ j ≤ n tal que :
p
c ij = a i1 b 1j + a i2 b 2j + a i3 b 3j + ... + a ip b pj = ∑ a ik b kj
k =1
onde 1 ≤ i ≤ m e 1 ≤ j ≤ n.
Exemplos:
1 2
7 1
1) Determine o produto de A = 3 4 e B = 2 4 .
0 5
2 0 1 1 - 1
2) Determine o produto de A = 0 - 1 2 e B =
2 1 .
4 1 3 3 0
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46
3 1
3) Determine o produto de A = [1 - 2 4] e B = 2 3 .
1 2
Obs:
- No exemplo 1 podemos observar que a ordem da matriz A é 3x2 e de B é 2x2. Assim,
observamos que o número de colunas de A é igual ao número de linhas de B e, então, o
produto AB está definido e é uma matriz de ordem 3x2.
A B
3x2 2x2
iguais
Exercícios:
1 2
1 1 1
1) Sendo A = 3 4 e B = 2 1 2 , determine AB e BA.
1 - 2
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47
1 2 1 1 1
2) Sendo A = e B= 2 0 2 , determine AB e BA.
1 2
- 1
3) Sendo A = - 2 e B = [1 2 3], determine AB e BA .
- 3
Observações:
- O produto de duas matrizes não nulas pode resultar numa matriz nula.
Propriedades:
Sejam as matrizes A, B e C, e o número real α , temos:
i) ( AB ) C = A ( BC) ( associativa)
ii) C ( A + B ) = CA + CB ( distributiva)
iii) ( A + B ) C = AC + BC ( distributiva)
iv) A In = In A = A (In = identidade ou elemento neutro)
v) ( αA ) B = A ( α B ) = α (AB)
vi) A O = O A = O
Exercícios:
1 2 1 - 1 3 2
1) Dados A = , B = 1 0 e C = - 1 0 calcule:
- 1 3
a) A(BC) =
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48
b) (AB)C=
c) (A+B)² =
d) A² + 2AB + B² =
3) Durante a 1ª fase da Copa do Mundo de futebol, o grupo A era formado por 4 países:
Brasil, Escócia, Marrocos e Noruega e eles conseguiram as seguintes vitórias e
derrotas:
País Vitórias Empates Derrotas
Brasil 2 0 1
Escócia 0 1 2
Marrocos 1 1 1
Noruega 1 2 0
Pelo regulamento da Copa, cada resultado ( vitória, empate ou derrota) tem
pontuação correspondente a 3 pontos, 1 pontos ou 0 pontos, respectivamente.
Nº de pontos
Vitória 3
Empate 1
Derrota 0
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49
8 12 6 9
10 11 8 3
V = 15 6 9 7 . Qual é o estoque deixado ao final do mês?
21 14 5 18
6 11 13 9
d) Se o preço de uma TV é R$ 1050,00, de um aparelho de som é R$ 890,00, de um DVD
é R$ 940,00 e de um gravador é R$ 350,00, calcule o valor do estoque da firma e da loja
2.
Respostas:
10 6 10 6
1) a) A(BC) = 5 4 b) (AB)C = 5 4
4 5 5 5
c) (A+B)² = d) A² + 2AB + B² =
0 9 1 8
2)
3) Total de pontos das equipes: Brasil: 6 pontos; Escócia: 1 ponto; Marrocos: 4 pontos e Noruega:
5 pontos.
15 17 10 17 7 5 4 8
20 23 14 6 10 12 6 3
4) a) b) 21 15 17 12 c) 6 9 8 5
37 17 11 24 16 3 6 6
14 18 23 23 8 7 10 14
d) Total firma: R$ 125.950,00 e Total loja 2: R$ 27.870,00
Exemplo:
2 5
2 3 4
1) A = e AT = 3 7
5 7 1 4 1
1 3 1 5
2) B = e BT= 3 2
5 2
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50
3
1
3) C = e CT = (3 1 0 5 )
0
5
Obs.:
- O número de linhas de A = número de colunas de AT ;
- O número de colunas de A = número de linhas de AT ;
- O elemento que, em A, ocupa a linha i e a coluna j , em AT ocupa a linha j e a coluna i.
Propriedades:
Quaisquer que sejam as matrizes A e B, ambas m x n, a matriz C, n x p, e o número real α ,
temos:
i) ( AT )T = A
ii) ( A + B ) T = AT + BT
iii) ( αA )T = α AT
iv) ( A C )T = CT AT
Exercícios:
2 1 2 5
1) Sejam as matrizes A = e B= , calcule:
3 1 2 - 6
a) ABT =
b) BAT =
c) (AB)T =
d) B TA T =
Matriz simétrica:
0 - 3 - 4 0 - 3 - 4
Exemplo: A = − 3 0 6
e AT = − 3 0 6
− 4 6 0 − 4 6 0
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51
Matriz Anti-simétrica:
Uma matriz quadrada A = ai j é anti-simétrica se AT = - A .
0 3 4 0 - 3 - 4
Exemplo: A = − 3 0 − 6
e AT =
3 0 6
− 4 6 0 4 - 6 0
Logo, AT = -A .
Matriz Ortogonal:
Uma matriz quadrada A é ortogonal se A . AT = I e AT . A = I, onde I é a identidade.
1 3
Exemplo: A =
2 2
3
2 −1
2
Matriz Inversa:
Se existe uma matriz B tal que A . B = B . A = I , dizemos que B é matriz inversa de A e
indicamos por A-1 .
Assim, A . A-1 = I .
Se existir a inversa, dizemos que a matriz A é inversível e, em caso contrário, dizemos que é
não inversível ou singular.
Exemplo:
2 4
1) Determine a inversa de A = .
1 5
Solução:
A . A-1 = I
2 4 a b 1 0
1 5 . c d = 0 1
Multiplicando as matrizes, obtemos os sistemas:
2a + 4c = 1 2b + 4d = 0
a + 5c = 0 b + 5d = 1
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52
Resolvendo os sistemas, obtemos :
a= 5 b= −2 c= − 1 d= 1
6 3 6 3
5 −2
6 -13
Logo, a matriz inversa é A = .
− 1 1
6 3
Exercício:
3 2 1 1
1) Dadas as matrizes A = e B = , calcule AB + A-1 .
7 5 - 1 1
3 0 2 - 1 1 a 10
2) Dadas as matrizes A = , P = 3 5 e B = , determine os
0 - 2 13 75 b
valores de a e b tal que B = P A P-1 .
Respostas:
6 3
1)
- 5 15
2) a = 24 b = -11
PROPRIEDADES:
Exemplo:
1 3 5
Seja A = 0 0 2 .
0 4 12
1 3 5
Permutação de linhas : L 23 0 4 12
0 0 2
1 3 5
Multiplicação de uma linha por nº real: L 2 ÷ 4 0 1 3
0 0 2
Soma de uma linha da matriz com outra linha multiplicada por um número real :
1 0 - 4
L 1 = L1 + (-3)L2 0 1 3
0 0 2
Definição:
Dadas as matrizes A e B, de mesma ordem. Diz-se que a matriz B é equivalente à matriz A,
e se representa por B ~ A se for possível transformar A em B por meio de uma sucessão
finita de operações elementares.
O método consiste no uso de operações elementares para tentar transformar nossa matriz
na identidade.
Exemplo:
1 1 0
1) Determine, se possível, a inversa de A = 0 1 1 .
1 0 2
Solução:
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54
1 1 0 1 0 0
0 1 1 0 1 0
1 0 2 0 0 1
A I
L3 = L3 – L1
1 1 0 1 0 0
0 1 1 0 1 0
0 -1 2 -1 0 1
L3 = L3 + L2
1 1 0 1 0 0
0 1 1 0 1 0
0 0 3 -1 1 1
L1 = L1 - L2
L3 = L3 ÷ 3
1 0 -1 1 -1 0
0 1 1 0 1 0
0 0 1 -1/3 1/3 1/3
L1 = L1 + L3
L2 = L2 – L3
I A-1
2 1
3 − 3
2
3
Logo, a matriz inversa A-1
= 1 2 −1
3 3 3
−1 1
1
3 3 3
1 2 6
2) Determine, se possível, a inversa de A = 0 1 5 usando operações elementares.
2 3 7
2 1 3
3) Determine, se possível, a inversa de A = 4 2 2 usando operações elementares.
2 5 3
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55
Exercícios - Matrizes
m 2m n − n 7 8
2) Encontre m, n, p e q de modo que
p p + q − 3q = 1 5 .
2 3 8 - 3 7 1 7 -8 3
C = 4 2
3) Dadas as matrizes , e , determine:
A = -5 9 -6 B = -4 2 5 -3
7 4 - 1 0 9 4 9 -5 1
T
a) C – A b) 3A– 2B + 4C c) 2A – BC
0 4
4) Calcule o produto das matrizes A = - 8 4 - 6 1 e B = 2 - 2 .
2 - 5 7 3 1 - 5
3 8
i − j, se i = j
5) Determine a transposta da matriz A = (ai,j)3x2 em que ai,j = .
j − i, se i ≠ j
6) Sejam as matrizes A = (ai,j)2x2 , com ai,j = 2 i - j² e B = (bi,j)2x2 , com bi,j = ai,j + 1.
Calcule:
a) A – B b) B – A c) (A+B)T d) AT – BT e) (AB)T
4 1 24
7) Sendo A = e B= 6 , calcule a matriz X tal que A . X = B.
2 − 1
2 x2
11) Seja A = . Se A T = A, então x = ........
2x − 1 0
− 2 7 2
12) Sabemos que A 2 = A ⋅ A. Assim, se A = , A = .........
5 3
x y 2 3 1 0
13)Ache x, y, z, w se ⋅ = .
z w 3 4 0 1
14) Um construtor tem contratos para construir 3 estilos de casa: moderno, medieval e
colonial. A quantidade de material empregada em cada tipo de casa é dada pela matriz:
a) Se ele vai construir 5,7,12 casa dos tipos moderno, medieval e colonial, respectivamente,
quantas unidades de cada material serão empregadas?
b) Suponha agora que os preços por unidade de ferro, madeira, vidro, tinta e tijolo sejam
respectivamente, 15, 8, 5, 1 e 10 Cubs. Qual é o preço unitário de cada tipo de casa?
12 7
16) Determine a inversa da matriz A = .
5 3
- 2 3 - 1
17) Idem para B = 1 - 3 1 .
- 1 2 - 1
18) Dadas as matrizes A = (aij )mxn e B = ( bi j ) pxn , onde n, p, m são números distintos, qual
das operações abaixo podemos efetuar?
a) A+B b) A .B c) B.A d) (AT).B e) A.(BT)
19) Uma maneira de codificar uma mensagem é através de multiplicação por matrizes.
Vamos associar as letras do alfabeto aos números, segundo a correspondência abaixo:
A B C D E F G H I J L M N
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
O P Q R S T U V W X Y Z
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57
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Suponhamos que a nossa mensagem seja “PUXA VIDA”. Podemos formar uma matriz 3 x 3
assim:
P U X 15 20 23
A − V , que usando a correspondência numérica fica: 1 0 21 = M
I D A 9 4 1
1 0 1
Agora seja C uma matriz qualquer 3 x 3 inversível, por exemplo, C = - 1 3 1 .
0 1 1
Multiplicamos nossa matriz da mensagem por C, obtendo M.C, assim:
15 20 23 1 0 1 - 5 83 58
M C = 1 0 21 . - 1 3 1 = 1 21 22
9 4 1 0 1 1 5 13 14
b) Aconteceu que o inimigo descobriu sua chave. O seu comandante manda você substituir
1 1 - 1
a matriz chave por 1 1 0 . Você transmite a mensagem “Cretino” a ele ( codificada,
0 0 2
naturalmente). Porque não será possível a ele decodificar sua mensagem?
2 1 -1
c) Suponha que a matriz chave seja C =
0 2 1 . Você recebeu a mensagem
5 2 - 3
codificada 91 65 -40 27 25 -9 24 12 -12. Decodifique-a e descubra qual era a
mensagem.
Respostas:
1) y = 8 x=±7
2) m = 5, n = 2, p = 2, q = -1
5 − 11 − 5 40 − 37 34 - 12 − 8 8
3) a) 9 − 12 8 b) 9 11 - 20 c) - 19 17 11
2 − 9 2 57 - 26 - 7 - 56 35 - 24
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58
5 − 2 0 − 1 − 2
4) 5) AT =
6 7 1 0 - 1
- 1 - 1 1 1 3 7 - 1 - 1 - 6 6
6) a) b) 1 1 c) - 3 1 d) - 1 - 1 e)
- 1 - 1 - 3 - 3
5
7) X =
4
- 8 18 6 - 39 58 20 2 -4 - 4
2
8) a) X = - 13 14 - 3 b) X = - 33 c) X= 5 - 10 13
2
- 31 5
- 2 18 2 63 2 0 6
- 32 10
2
4 −4
9) X = 2 0
- 1 - 1
- 9 3 1 3
10) X = 2 2 e Y = 2 2
3 6 4 - 6
11) x = 1
39 7
12) A² =
5 44
13) x= -4 y = 3 z = 3 w = -2
3 -7
16) A-1 =
- 5 12
-1 - 1 0
17) B-1 = 0 - 1 - 1
1 - 1 - 3
18) e)
19) a) Não desanime
b) Pois a matriz não tem inversa
c) Coragem
REFERÊNCIAS:
- ANTON, Howard & RORRES, Chris, Álgebra Linear com Aplicações, 8ª ed. , Porto Alegre,
Bookman, 2001.
- STEINBRUCH, Alfredo & WINTERLE, Paulo. Álgebra Linear. 2. ed. São Paulo: Makron
Books, 1987.
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59
Unidade VI - DETERMINANTES
1. Introdução
Surgiu na Alemanha com Leibniz (1646 – 1716) e no Japão com Shinsuke Kowa
(1642 – 1708) ao solucionarem problemas de eliminação na resolução de um sistema de
equações com n incógnitas.
Dentre as inúmeras aplicações dos determinantes na Matemática, temos:
- Cálculo de matriz inversa;
- Resolução de alguns tipos de sistemas lineares;
- Cálculo de área de um triângulo ou paralelogramo, quando são conhecidas as
coordenadas dos vértices ( produto vetorial de Álgebra Linear e Geometria
Analítica I );
- Cálculo de volume de paralelepípedo ou tetraedro ( produto misto de Álgebra
Linear e Geometria Analítica I ).
Então:
- ordem 1:
det [ a ] = a , ou seja , o determinante de uma matriz de ordem 1 é o próprio número.
- ordem 2:
a 11 a 12 a 11 a 12
det = = a11 a22 – a12 a21 (diag. principal – diag. secundária)
a 21 a 22 a 21 a 22
Exemplos:
4 − 3
1) Determine o det A, sendo A = .
6 − 1
x+3 2
2) Resolva a equação = 0.
x −1 5
1 3 - 1 3
4) Sendo A = e B= , calcule:
0 2 2 0
a) det A = b) det B = c) det(AB) =
2 4
5) Dada a matriz A = , determine:
1 3
a) det A = b) det AT =
c) det A² = d) det A-1 =
Respostas: 1) 14 2) x = - 17 3) –2 4) a) 2, b) –6 c) –12 5) a) 2 b) 2 c) 4 d) ½
3
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60
2. Determinante de ordem 3 ( SARRUS):
Como todos já devem ter visto no Ensino Médio como também em Geometria
Analítica ou em Álgebra Linear I , vamos relembrar a regra de Sarrus para encontrar o
determinante de uma matriz de ordem 3 através de um exemplo:
Exemplo:
− 1 2 3
1) Calcule o det A sendo A =
0 1 4 .
− 2 − 3 5
Solução:
−1 2 3 −1 2
0 1 4 0 1
−2 −3 5 −2 −3
2) Calcule os determinantes:
3 1 −2 2 5 7
a) − 5 4 −6 = b) 3 1 4 =
0 2 7 6 8 2
3) Resolva as equações:
x x x x + 3 x +1 x + 4
a) x x 4 =0 b) 4 5 3 = −7
x 4 4 9 10 7
2 0 1 1 4 0
4) Dadas as matrizes A = e B = , calcule o valor do determinante
3 2 − 3 2 − 1 1
de AT . B .
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61
a 11 a 12 a 13
Dada a matriz A = a 21 a 22 a 23 , o menor complementar Di relativo a um
j
a 31 a 32 a 33
elemento ai j é dado por:
a 22 a 23
D11 = ou seja, eliminamos a 1ª linha e a 1ª coluna da matriz A.
a
32 a 33
a 12 a 13
D21 = ou seja, eliminamos a 2ª linha e a 1ª coluna da matriz A.
a
32 a 33
Exemplo:
2 − 1 3
Dada a matriz A = 0 1 4 , determine:
5 − 2 1
a) D21 =
b) A21 =
c) D23 =
d) A23 =
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62
Exemplo:
2 − 1 3
1) Calcule o determinante da matriz A = 0 1 4 , usando a regra de Laplace:
5 − 2 1
Solução:
Primeiro devemos escolher uma linha, por exemplo, a 1ª :
det A = a11 A11 + a12 A12 + a13 A13
1 4 0 4 0 1
det A = 2 . ( -1)1+1 . + (-1) . ( -1)1+2 . + 3 . ( -1)1+3 .
−2 1 5 1 5 -2
det A = 2 . 1. (1+8) + (-1).(-1).(0-20) + 3 . 1 . ( 0 –5)
det A = 18 – 20 – 15
det A = - 17
A mesma regra utilizada anteriormente para matrizes de ordem 3 vale para determinarmos o
determinante de matrizes de ordem maior que 3.
Assim, vejamos um exemplo:
Exercícios:
2 3 − 1 0
4 − 2 1 3
1) Calcule o determinante da matriz A = . Resp.: 13
1 − 5 2 1
0 3 − 2 6
4 −2 3 1
− 1 3 0 2
2) Calcule o determinante da matriz A = . Resp.: 4
0 2 1 5
− 3 1 − 2 3
2 1 3 1
4 3 1 4
3) Calcule o determinante da matriz A = . Resp.: -180
- 1 5 - 2 1
1 3 − 2 - 1
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63
6. Algumas propriedades dos determinantes:
1) Se todos os elementos de uma linha ( ou coluna) de uma matriz A são nulos, então
o det A = 0 .
2) det A = det AT
3) Se multiplicarmos uma linha da matriz por uma constante, o determinante fica multiplicado
por esta constante.
5) O determinante de uma matriz que tem duas linhas ( ou colunas) iguais é zero.
6) O determinante não se altera se somarmos a uma linha outra linha multiplicada por uma
constante.
Exemplo:
2 4 6
1) Seja a matriz A = 5 9 8 . Calcule seu determinante usando triangularização.
7 2 1
Solução:
2 4 6 1 2 3
Det A = 5 9 8 = 2 . 5 9 8 L2 = L2 – 5 L1 e L3 = L3 – 7 L1
7 2 1 7 2 1
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64
1 2 3
Det A = 2 . 0 - 1 - 7
0 - 12 - 20
Exercícios:
2 3 − 1 0
4 − 2 1 3
1) Calcule o determinante da matriz A = . Resp.: 13
1 − 5 2 1
0 3 − 2 6
1 0 3 1
0 2 0 0
2) Calcule o determinante da matriz B = . Resp.: 48
3 1 -1 1
1 0 0 - 2
REFERÊNCIAS:
- ANTON, Howard & RORRES, Chris, Álgebra Linear com Aplicações, 8ª ed. , Porto
Alegre, Bookman, 2001.
- STEINBRUCH, Alfredo & WINTERLE, Paulo. Álgebra Linear. 2. ed. São Paulo: Makron
Books, 1987.
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65
Unidade VII - SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
1. Definição:
onde
- x1 , x2 , x3 , ... , xn são as variáveis;
- a1 , a2 , a3 , ... , an são os respectivos coeficientes das variáveis
- b é o termo independente.
2. Definição:
a 11 x 1 + a 12 x 2 + a 13 x 3 + ... + a 1n x n = b 1
a x + a x + a x + ... + a x = b
21 1 22 2 23 3 2n n 2
a 31 x 1 + a 32 x 2 + a 33 x 3 + ... + a 3n x n = b 3
.
.
.
a x + a x + a x + ... + a x = b
m1 1 m2 2 m3 3 mn n m
Exemplo: Sabemos que reagindo hidrogênio ( H2 ) com oxigênio ( O2) produz-se água
(H2O). Mas quanto de hidrogênio e de oxigênio precisamos?
2x = 2z
2y = z
ou
2x - 2z = 0
2y - z = 0
3. Solução de um sistema:
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66
Exemplo:
2x + 3y − z = 0
1) Seja o sistema S = x − 2y + z = 5
y − x + z = −2
b) Verifique se ( 0, 0, 0) é solução de S.
2x + 3y = 18
cuja solução é S = {(3.4)}. Num gráfico teremos:
3x + 4y = 25
y = (18-2x)/3 7.0
y
y = (25-3x)/4 6.0
5.0
4.0
3.0
2.0
1.0
x
-9.0 -8.0 -7.0 -6.0 -5.0 -4.0 -3.0 -2.0 -1.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0
-1.0
-2.0
-3.0
-4.0
-5.0
-6.0
-7.0
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67
2) SPI : ou seja, infinitas soluções:
4x + 2 y = 10
cuja solução é S = {( x , 5 – 2x )}. Num gráfico teremos:
8x + 4y = 20
y = (10-4x)/2 7.0
y
y = (20-8x)/4 6.0
5.0
4.0
3.0
2.0
1.0
x
-9.0 -8.0 -7.0 -6.0 -5.0 -4.0 -3.0 -2.0 -1.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0
-1.0
-2.0
-3.0
-4.0
-5.0
-6.0
-7.0
3x + 9 y = 12
cuja solução é S = ∅. Num gráfico teremos:
3x + 9y = 18
y = (12-3x)/9 7.0
y
y = (18-3x)/9 6.0
5.0
4.0
3.0
2.0
1.0
x
-9.0 -8.0 -7.0 -6.0 -5.0 -4.0 -3.0 -2.0 -1.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0
-1.0
-2.0
-3.0
-4.0
-5.0
-6.0
-7.0
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68
4. Sistemas equivalentes:
Diz-se que dois sistemas de equações são equivalentes se admitem a mesma solução.
Exemplo:
3x + 6y = 42 x + 2 y = 14
Sejam os sistemas S = e R = . Estes sistemas são
2x − 4y = 12 x − 2 y = 6
equivalentes pois possuem a mesma solução x = 10 e y = 2.
5. Sistemas homogêneos:
Quando num sistema de equações lineares os termos independentes são todos nulos, o
sistema é dito homogêneo.
Exemplos:
2x + 5y − z = 0
S = x − y + z = 0
y − x + 2z = 0
2x + 3y = z
R = x − z = 2y
y − x + z = 0
a 11 x 1 + a 12 x 2 + a 13 x 3 + ... + a 1n x n = b 1
a x + a x + a x + ... + a x = b
21 1 22 2 23 3 2n n 2
a 31 x 1 + a 32 x 2 + a 33 x 3 + ... + a 3n x n = b 3
Um sistema .
.
.
a x + a x + a x + ... + a x = b
m1 1 m2 2 m3 3 mn n m
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69
a 11 a 12 a 13 ... a 1n x 1 b1
a 21 a 22 a 23 ... a 2n x 2 b2
a a 32 a 33 ... a 3n x b
31 3 3
pode ser escrito na forma matricial como: . . . = .
. . .
. . .
a m1 a m2 a m3 ... a mn x n bm
Por exemplo:
2x + 3y − z = 0 2 3 − 1 x 0
x − 2y + z = 5 → 1 − 2 1 . y = 5
y − x + z = −2 − 1 1 1 z - 2
Matriz dos Matriz Matriz dos
Coeficientes das termos
Incógnitas independentes
7. Regra de Cramer:
A Regra de Cramer consiste num método para resolver um sistema linear onde o número de
equações é igual ao número de incógnitas.
a 11 x + a 12 y + a 13 z = b 1
Seja o sistema: a 21 x + a 22 y + a 23 z = b 2
a x + a y + a z = b
31 32 33 3
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70
a 11 a 12 a 13
Logo, a matriz dos coeficientes é A = a 21 a 22 a 23 .
a 31 a 32 a 33
A matriz Ax é obtida substituindo-se a coluna dos coeficientes de x pela coluna dos termos
independentes, ou seja:
b 1 a 12 a 13
Ax = b 2 a 22 a 23
b 3 a 32 a 33
det A x
Para acharmos o valor da incógnita x, basta fazer x = .
det A
Para acharmos o valor da incógnita y, encontramos a matriz Ay , que é obtida substituindo-se
a coluna dos coeficientes de y pela coluna dos termos independentes, ou seja:
a 11 b1 a 13
Ay = a 21 b2 a 23
a 31 b3 a 33
det A y
Daí basta encontrar y =
det A
Idem para a incógnita z.
Exemplo:
1) Resolva o sistema usando a regra de Cramer:
x + 2y − z = 0
3x − 4y + 5z = 10
x + y + z = 1
Solução:
1 2 − 1
A = 3 − 4 5 det A = -12
1 1 1
0 2 −1
Ax = 10 − 4 5 det Ax = - 24
1 1 1
− 24
Logo, x = =2
− 12
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71
1 0 − 1
Ay = 3 10 5 det Ay = 12
1 1 1
12
Logo, y = = −1
− 12
1 2 0
Az = 3 − 4 10 det Az = 0
1 1 1
0
Logo, z = =0
− 12
Solução : S = { ( 2, -1, 0 )}.
Exercícios:
x + y − 10 = 0
b) x − z − 5 = 0 S = {(6,4,1)}
y − z − 3 = 0
8. Forma Escalonada:
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72
Exemplos:
1 − 1 0 − 1 2
0 3 5
A = 0 1 está na forma escalonada
0 0 0 1 7
0 0 0 0 1
0 2 1
B=
1 0 − 3
não está na forma escalonada.
0 0 0
1 0 0 0
C = 0 1 − 1 0 está na forma escalonada.
0 0 1 0
0 1 − 3 0 1
D = 0 0 0 0 0 não está na forma escalonada.
0 0 0 − 1 2
2x + 4y = 22 x + 2y = 11 x + 2 y = 11
L1 ( ½ ) L2 = L2 –5L1
5x − 15y = −20 5x − 15y = −20 0x − 25y = −75
1 x + 2 y = 11 x + 0 y = 5
L2 ( - ) L1 = L1 -2 L2
25 0x + y = 3 0x + y = 3
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73
Com isto, podemos observar que:
1) A matriz dos coeficientes das variáveis foi transformada, por meio de operações
adequadas na matriz identidade; ao mesmo tempo, submetida às mesmas operações, a
matriz-coluna dos termos independentes foi transformada nas raízes das equações, isto
é, na solução do sistema;
2) As variáveis x e y durante as operações realizadas praticamente não participaram do
processo, a não ser por sua presença ao lado dos coeficientes.
Diante disto, é fácil explicar e entender o método de Gauss-Jordan, que por sua vez consiste
em:
1) Escrever o sistema em forma matricial ampliada;
2) Transformar, por meio de operações elementares, a matriz dos coeficientes das variáveis
na matriz identidade;
3) Encontrar a solução.
Exemplo:
2x 1 + x 2 + 3x 3 = 8
1) Resolva o sistema: 4x 1 + 2x 2 + 2x 3 = 4
2x + 5x + 3x = −12
1 2 3
Solução:
Matriz ampliada:
1 1 3 4
2 1 3 8 2 2
4
4 2 2 4 L1 = L1 : 2 2 2 4 L2 = L2 – 4 L1
2 5 3 − 12 2 5 3 − 12
1 1 3 4 1 1 3 4
2 2 2 2
0 0 -4 - 12 L3 = L3 – 2 L1 0 0 -4 - 12 L2 ↔ L3
2 5 3 − 12 0 4 0 − 20
1 1 3 4 1 1 3 4
2 2 2 2
0 4 0 − 20 L2 = L2 : 4 e L3 = L3 : (-4) 0 1 0 − 5
0 0 -4 - 12 0 0 1 3
1 0 3 13
2 2 1 0 0 2
0
L1 = L1 – ½ L 2 1 0 − 5 L1 = L1 – 3/2 L3 0 1 0 − 5
0 0 1 3 0 0 1 3
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74
x 1 + 0 x 2 + 0 x 3 = 2
0x 1 + x 2 + 0x 3 = -5
0x + 0 x + x = 3
1 2 3
Exercícios:
Resolva os sistemas e classifique-os em SPD, SPI ou SI.
x 1 + 4 x 2 + 3x 3 = 1
1) 2x 1 + 5x 2 + 4 x 3 = 4 S = {( 3, -2, 2)}
x − 3x − 2 x = 5
1 2 3
2x 1 + 4 x 2 = 16
2) 5x 1 − 2x 2 = 4 S = {(2,3)}
10x − 4 x = 8
1 2
2x − 2z = 0
3) S = {( z, z/2, z )}
2y − z = 0
2x + 3y + z = 2
4) x + y + 2z = 1 S= ∅
4x + 5y + 5z = 6
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75
10. Algumas aplicações:
- em Circuitos Elétricos:
Exemplo:
1) Determine a intensidade das correntes no circuito elétrico abaixo:
7Ω
i1 i2
30 V +
i3 3Ω 11Ω
-
+ -
50 V
- 1ª Lei de Kirchhoff:
A soma das intensidades de corrente que chegam a um nó é igual a soma das intensidades
de corrente que deixam o nó.
- 2ª Lei de Kirchhoff:
Percorrendo-se uma malha num mesmo sentido, é nula a soma algébrica das tensões
encontradas em cada elemento do circuito.
Solução:
Usando a 1ª lei, temos:
i 1 = i2 + i3
i1 − i 2 − i 3 = 0
7i1 + 3i 3 = 30
11i − 3i = 50
2 3
570 590 - 20
i1 = i2 = i3 =
131 131 131
Observações: o sinal da intensidade de corrente 3 é negativo pois o sentido da corrente
está indicada ao contrário no desenho.
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76
- em Balanceamentos Químicos:
Exemplo:
1) Faça o balanceamento da reação:
Solução:
N 2a =b
H 8 a = 3b + 2c
C a=d
O 3a = c + 2d
2 a = b
8 a = 3b + 2c
Encontramos assim o sistema
a = d
3a = c + 2d
E resolvendo-o teremos:
b = 2a; c = a; d = a
Ou seja se a = 1, b = 2, c = 1, d = 1, ou no balanceamento:
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77
2x − y + 3z + 4t = 9
x − 2z + 7t = 11
1) Seja o sistema S: .
3x − 3y + z + 5t = 8
2x + y + 4z + 4t = 10
a) Verifique se ( 1, -1, 0, 2) é solução deste sistema;
b) Verifique se ( -1, 0, 1, 2) é solução deste sistema.
Justifique sua resposta
2) Um sistema é homogêneo quando a matriz dos termos independentes for toda nula. Seja
3x + y = k 2 − 9
o sistema S: . Calcule k para que o sistema seja homogêneo.
x − 2y = k + 3
Justifique sua resposta.
2x − y = 5 - x + 5y = 11
3) Verifique se os sistemas S1 : e S2: são equivalentes.
x + y = 7 3x - y = 9
Justifique.
4) Resolva os sistemas:
2a + 3b + 4c = 5
a) a + b + c = 2 ( use a regra de Cramer)
4a − 5b + 2c = 3
x + y − z + t = 0
x − t + z − y = 2
b) (use escalonamento)
y − x − t + z = − 4
x − z − y − t = −4
5) Um laticínio vai misturar dois tipos de leite: um que tem 1% de gordura e outro que tem
6%. Quantos litros de cada tipo deverão ser misturados para que se obtenham 1000 litros
de leite com 3% de gordura?
7) As moedas de um determinado país são de três tipos: de 3g, que vale $ 10,00; de 5g que
vale $20,00; e de 9g que vale $50,00. Uma pessoa tem cem moedas, num total de 600g
somando $2800,00. Quantas moedas ela tem de cada tipo?
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78
8) Suponha que você vá fazer um lanche, constando de iogurte, pastel e chocolate e que
disponha de R$ 1,80. Segundo os nutricionistas, um lanche deve conter 1350 calorias e
66 gramas de proteínas. Para cada 100 g dos alimentos acima temos:
100g Calorias Proteínas (g) Custo (R$)
Iogurte 50 4 0,20
Chocolate 600 24 0,60
Pastel 200 28 0,80
a) 8V
+ -
2Ω I3 4Ω
2Ω I1 I2
- +
6V
b) 5Ω
- i3 -
8V i1 13Ω 3V
+ i2 +
5Ω 9Ω
c)
+ 2V
-
6Ω i2
4Ω i1
i3
- 2Ω
+
1V
b) HF + Si O2 Si F4 + H2 O ( dissolução do vidro em HF ).
Respostas:
1) a) não b) sim
2) k = -3
3) Sim
4) a) S = {(5/4, ½ , ¼ )} b) S = {(1, -2, 3, 4)}
5) 600 l de um tipo de leite e 400 l de outro tipo.
6) Sexta –feira: uma vendeu 300 pares e outra 200 pares
Sábado: uma vendeu 330 pares e outra 240 pares
7) 10 moedas de $ 10,00; 60 moedas de $ 20,00 e 30 moedas de $ 50,00
8) 100g iogurte; 200g choc. e 50g pastel.
9) a) I1 = 13/5 I2 = - 2/5 I3 = 11/5
b) I1 = -177/317 , I2 = -127/317 , I3 = -50/317
c) I1 = -5/22 , I2 = 7/22 , I3 = 6/11
REFERÊNCIAS:
- ANTON, Howard & RORRES, Chris, Álgebra Linear com Aplicações, 8ª ed. , Porto
Alegre, Bookman, 2001.
- STEINBRUCH, Alfredo & WINTERLE, Paulo. Álgebra Linear. 2. ed. São Paulo: Makron
Books, 1987.
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80
Estudo da Reta
r
P
A
r
v
y
x
r
De (1), temos P = A + t v
r
Se P = ( x, y, z), A = ( x1 , y1 , z1 ) e v = ( a, b, c ), temos:
( x, y, z) = ( x1 , y1 , z1 ) + t ( a, b, c ) (2)
Qualquer uma das equações (1) ou (2) é denominada equação vetorial da reta r.
r
O vetor v é chamado vetor diretor da reta r e t é denominado parâmetro.
Exemplo:
1) Determine a equação vetorial da reta r que passa pelo ponto A (3, 0, -5) e tem a direção
r r r r
do vetor v = 2i + 2 j − k . Construa o gráfico desta reta.
r
Designando por P(x,y,z) um ponto genérico dessa reta, tem-se P = A + t v .
Assim, ( x,y,z) = ( 3, 0, -5) + t ( 2,2,-1)
Se t = 3, temos (x,y,z) =
Se t = 4, temos (x,y,z) =
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81
2) Equação paramétrica da Reta:
r r r
Sejam ( i , j , k ) um sistema de coordenadas, P(x,y,z) um ponto genérico da reta r e A
r r r r
(x1,y1,z1) um ponto dado da reta r, e v = ai + bj + ck um vetor de mesma direção de r.
r r
Da equação vetorial da reta r: P = A + t v , vem P – A = t v .
Ou:
r r r r r r
( x – x1 ) i + ( y – y1 ) j + ( z – z1 ) k = tai + tbj + tck
ou ainda:
( x – x1 , y – y1 , z – z1 = t ( a, b, c )
ou
x − x 1 = ta x = x 1 + ta
y − y 1 = tb e y = y 1 + tb (1)
z − z = tc z = z + tc
1 1
r
P= A+t v
As equações em (1), onde a, b, e c não são todos nulos, são denominadas equações
paramétricas da reta r , em relação ao sistema de coordenadas fixado.
Exemplo:
1) Determine as equaçõesr paramétricas da reta r, que passa pelo ponto A (3, -1, 2) e é
paralela ao vetor v = ( -3, -2, 1). Determine também um ponto qualquer desta reta.
Solução
x = 3 − 3t
y = -1 − 2 t
z = 2 + t
Para se obter um ponto desta reta, basta atribuir a t um valor particular. Por exemplo, para t
= 3, temos:
x = -6, y = -7 e z = 5.
Isto é, o ponto ( -6, -7, 5) é um ponto da reta r.
A reta definida pelos pontos A (x1,y1,z1) e B (x2,y2,z2) é a reta que passa pelo ponto A ( ou B)
r
e tem a direção do vetor v = AB = (x2 - x1, y2 - y1, z2 - z1).
Exemplo:
1) A reta r determinada pelos pontos A (1, -2, -3) e B( 3, 1, -4) é paralela ao vetor
r
v = AB =(2, 3, -1). Determine as suas equações paramétricas.
r
Solução a): usando o ponto A e o vetor v , temos:
x = 1 + 2 t
S1=
y = −2 + 3t
z = − 3 − t
r
Solução b) : usando o ponto B e o vetor v , temos:
x = 3 + 2 t
S2=
y = 1 + 3t
z = − 4 − t
r
Observação: Assim como o vetor v = (2, 3, -10 ) é um vetor diretor desta reta, qualquer
r
vetor α v , com α ≠ 0, também o é. Portanto, apenas para exemplificar, se α = 2 e α = -1, as
equações
x = 1 + 4 t x = 1 − 2 t
y = −2 + 6 t e y = −2 − 3t ainda representam a reta r.
z = − 3 − 2 t z = − 3 + t
x − x1 y − y1 z − z1
t= t= t=
a b c
logo:
x − x1 y − y1 z − z1
= = com a, b, c ≠ 0
a b c
Estas equações são denominadas equações simétricas ou normais de uma reta que
r
passa por um ponto A (x1,y1,z1) e tem a direção do vetor v = (a, b, c ).
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83
Exemplo:
1) Determine as equações simétricas da reta que passa pelo ponto A (3, 0, -5) e tem a
r r r r
direção do vetor v = 2i + 2 j − k .
Solução:
Observação:
Se a reta é determinada pelos pontos A (x1,y1,z1) e B (x2,y2,z2), suas equações simétricas
x − x1 y − y1 z − z1
são = =
x 2 − x 1 y 2 − y1 z 2 − z1
r
pois um vetor diretor é v = AB = (x2 – x1 , y2 –y1 , z2 - z1 )
Exemplo:
2) Determine as eqs. simétricas da reta determinada pelos pontos A(2,1,-3) e B(4,0,-2).
Solução:
x − 2 y −1 z + 3
= = (equações da reta que passa pelo ponto A com direção de AB ).
2 −1 1
x−4 y z+2
= = (equações da reta que passa pelo ponto B com direção de AB ).
2 −1 1
x − x1 y − y1 z − z1
As equações simétricas da reta dadas por = = com a, b, c ≠ 0
a b c
podem ter outra forma se isolarmos as variáveis y e z e expressarmos por meio de x (variável
indep.) :
x − x1 y − y1 b(x − x1 )
Assim: = teremos y – y1 = ou
a b a
b b
y – y1 = x − x1 ou
a a
b b
y = x − x1 + y1
a a
b b
Fazendo =m e − x1 + y1 = n ficamos com y = mx + n
a a
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z − z1 x − x1
O mesmo ocorre para = .
c a
x − x1 c x c x1 c x c x1
Teremos z − z1 = c ou z − z1 = − ou ainda z = − + z1
a a a a a
c c
Fazendo: = p e − x1 + z1 = q ficamos com z = px + q
a a
Exemplo:
1) Estabelecer as equações reduzidas da reta r que passa pelos pontos A(2, 1, -3) e
B (4, 0, -2), com variável independente x. (Utilize uma vez o ponto A e outra vez o ponto B).
3) Determine as equações da reta que passa pelo ponto A(0,3,-2) e tem a direção do vetor
r r
v = 2i .
| v1 • v 2 |
cos ( θ) = , com 0 ≤ θ ≤ π
| v 1 || v 2 | 2
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85
Exemplo:
x = 3 + t
x +2 y−3 z
1) Determine o ângulo entre as retas r1 = y = t e r2 = = = .
z = −1 − 2t − 2 1 1
OBSERVAÇÕES:
r r
Dadas as retas r1 e r2 com direções v1 = (a1, b1, c1 ) e v 2 = (a2 , b2 , c2 ) respectivamente.
1) Condição de paralelismo:
r r
Para que r1 e r2 sejam paralelas, basta que v1 e v 2 sejam paralelas.
r r
Logo, devemos ter v1 = m v 2 , ou seja
a1 b1 c1
= =
a 2 b2 c 2
2) Condição de ortogonalidade:
r r
Para que r1 e r2 sejam ortogonais, basta que v1 e v 2 sejam ortogonais.
r r
Logo, devemos ter v1 • v 2 = 0.
Ou seja: a1 a2 + b1 b2 + c1 c2 = 0
3) Condição de coplanaridade :
r
As retas r1 , que passa pelo ponto A1 (x1, y1, z1 ) e tem a direção de um vetor v1 = (a1, b1, c1 )
r
e a reta r2 , que passa pelo ponto A2 (x2, y2, z2 ) e tem a direção de um vetor v 2 = (a2 , b2 ,c2)
r r
são coplanares se os vetores v1 , v 2 e A1 A2 forem coplanares, isto é, se for nulo o produto
r r
misto [ v1 , v 2 , A1 A2 ].
a1 b1 c1
r r
Ou seja: [ v1 , v 2 , A1 A2 ] = a 2 b2 c2 =0
x 2 − x1 y 2 − y1 z 2 − z1
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86
Exercícios:
1) A reta r1 que passa pelos pontos A1 (-3, 4, 2) e B1 (5, -2, 4) e a reta r2 , que passa pelos
pontos A2 (-1,2,-3) e B2 (-5, 5, -4) são paralelas. Justifique.
y = 3
x y +1 z -3
2) Verifique se as retas r1 : x − 3 z + 1 e r2 : = = são ortogonais.
8 = 3 5 4
−6
x − 2 y z - 5 x +5 y+3 z-6
4) Verifique se as retas r1 : = = e r2 : = = são coplanares.
2 3 4 − 1 1 3
x = t
y = mx + 2
5) Determine o valor de m para que as retas r : e s : y = 1 + 2 t sejam
z = 3x - 1 z = -2t
coplanares.
Respostas:
1)
2) sim
3) m = -8
4) sim
5) m = -3
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87
7) Posições relativas entre duas retas:
r2
r1
r1
P r2
• r1
r2
Exercícios:
Determine a posição relativa entre as retas em cada caso:
x = 1 - 3t
y = 2x − 3
1) r : e s : y = 4 - 6t
z = − x z = 3t
x = 2 - 4t
x y -1
2) s: y = 2t e r: = =z
z = −2 t + 1 2 - 1
x = 5 + t
x-2 y z−5
3) r: = = e s : y = 2 - t
2 3 4 z = 7 − 2 t
y = 3
4) r: x = y = z e s:
z = 2x
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88
Respostas: 1) paralelas 2) paralelas 3) concorrentes 4) reversas
8) Distâncias:
A distância d entre os pontos P1 (x1, y1, z1 ) e P2 ( x2, y2, z2) é o módulo do vetor P1 P2 , isto é:
d(P1 , P2 ) = | P1 P2 | e portanto
d(P1 , P2 ) = (x 2 − x 1 ) 2 + (y 2 − y 1 ) 2 + (z 2 − z 1 ) 2
Exemplo:
1) Calcule a distância entre os pontos P(7, 3, 4) e Q(1, 0, 6).
P0
d r
r
v
P1 H
y
Sabe-se que a área A de um paralelogramo é dada pelo produto da base pela altura:
r
A=| v|d
ou
de acordo com a interpretação geométrica do produto vetorial, por:
r
A = | v x P1 P0 |
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89
r r
Comparando estes dois resultados, teremos: | v | d = | v x P1 P0 |
e
r
| v × P1 P0 |
d = d(P0 , r ) = r
|v |
Exemplo:
x y-2 z+3
2) Calcule a distância entre o ponto P (2, 0, 7) e a reta = = .
2 2 1
P0
r
d
s
d(r,s) = d(P0 , s ) se P0 ∈ r
d(r,s) = d(P0 , r ) se P0 ∈ s
Como se vê, a distância entre duas retas paralelas se reduz ao cálculo da distância de um
ponto a uma reta, visto anteriormente.
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90
r
| v × P1 P0 |
Ou seja, usamos a fórmula: d = d(P0 , r ) = r
|v |
Sejam duas retas r e s reversas: a reta r definida por um ponto P1 ( x1, y1, z1 ) e pelo vetor
r r
diretor u = (a1, b1, c1 ) e a reta s pelo ponto P2 ( x2, y2, z2 ) e pelo vetor diretor v =
(a2 , b2 , c2 ).
r r
Os vetores u , v e P1 P2 = ( x2 – x1, y2 – y1 , z2 – z1) determinam um paralelepípedo. A
r r
base desse paralelepípedo é definida pelos vetores u e v e a altura corresponde à
distância d entre as retas r e s, porque a reta s é paralela ao plano da base do
r
paralelepípedo uma vez que sua altura é a do vetor v .
z
s
P2
d
r
v
P1
r
u r
y
O
Sabe-se que o volume V de um paralelepípedo é dado pelo produto da área da base pela
altura:
r r
V = | u xv | d (1)
r r r r
| u x v | d = | [ u , v , P1 P2 ] |
e:
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91
r r
| [u , v , P1 P2 ] |
d= r r
|u× v|
Exemplos:
x = −1 − 2t
y = −2x + 3
3) Calcule a distância entre as retas r : e s : y = 1 + 4t
z = 2x z = −3 − 4t
y = 1 x = 3
4) Calcule a distância entre as retas r : z−4 e s : y = 2t − 1
x + 2 = − 2 z = − t + 3
Exercícios
x = 1 - 2t
2) Calcule a distância do pontos P ( 1, 2, 3 ) à reta r: y = 2t .
z = 2 − t
3) Seja o triângulo ABC de vértices A (-3, 1, 4), B (-4, -1,0) e C ( -4, 3, 5). Calcule a medida
da altura relativa ao lado BC.
x = 0 y = 3
a) r : s:
y = z z = 2x
b) r passa pelos pontos A(1,0,1) e B ( -1, -1, 0) e s pelos pontos C( 0, 1,-2) e D ( 1,1,1).
x = 3 x = 1
c) r: s:
y = 2 y = 4
x = 1 - t
d) r: y = 2 + 3t s: eixo dos x
z = − t
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92
y = x + 1
e) r: x = y = z –2 s:
z = x − 3
Respostas:
3157
1) d = 30 u.m. 2) 2 u.m. 3) d = u.m.
41
6 35 10 186
4) a) u.m. b) u.m. c) 2 2 u.m. d) u.m. e) u.m.
2 7 5 3
REFERÊNCIAS:
- ANTON, Howard & RORRES, Chris, Álgebra Linear com Aplicações, 8ª ed. , Porto
Alegre, Bookman, 2001.
- STEINBRUCH, Alfredo & WINTERLE, Paulo. Álgebra Linear. 2. ed. São Paulo: Makron
Books, 1987.
Problemas propostos:
x = 2 − t
2) Determine o ponto da reta r: y = 3 + t que tem abscissa 4.
z = 1 − 2t
x = 1 − 2t
3) Determine m e n para que o ponto P ( 3, m, n) pertença à reta s: y = −3 − t .
z = −4 + t
4) O ponto P(2,y,z) pertence à reta determinada por A(3, -1, 4) e B(4, -3, -1). Calcule P.
5) Determine as equações reduzidas, com variável independente x, da reta que passa pelo
r r r r
ponto A(4, 0, -3) e tem a direção do vetor v = 2 i + 4 j + 5k.
7) Qual deve ser o valor de “m” para que os pontos A(3, m, 1) , B( 1, 1, -1) e C ( -2, 10,-4)
pertençam à mesma reta?
y = −2x - 1 y z +1
b) r: s: = ; x=2
z = x + 2 3 -3
x = 1 + 2t x = 0
c) r: y = t s:
z = 5 − 3t y = 0
x = 1
x - 4 y z +1
d) r: = = s: y + 1 z − 2
2 -1 - 2 4 = 3
12) Determine o valor de n para que seja de 30º o ângulo entre as retas
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94
x-2 y+4 z y = nx + 5
r: = = s:
4 5 3 z = 2x − 2
y = t
13) A reta r: x = 1 + 2t forma um ângulo de 60º com a reta determinada pelos pontos
z = 3 − t
A(3, 1, -2) e B( 4, 0, m). Calcule o valor de m.
14) Calcule o valor de m para que os seguintes pares de retas sejam paralelos:
x = −3t x + 5 y -1
a) y = 3 + t e s: = ; z=6
z = 4
6 m
x = 2 − 3t x − 4 z -1
b) y = 3 + t e s: = ; y=7
z = mt
6 5
15) Quais as equações reduzidas da reta que passa pelos pontos A( -2, 1, 0) e é paralela à
x +1 y z
reta r: = = ?
1 4 -1
16) A reta que passa pelos pontos A ( -2, 5, 1) e B ( 1, 3, 0) é paralela à reta determinada
por C( 3, -1, -1) e D ( 0, y, z). Determine o ponto D.
y = mx + 3
17) A reta r: é ortogonal à reta determinada pelos pontos A(1, 0, m) e
z = x − 1
B( -2, 2m, 2m). Calcule o valor de m.
y = 2x + 3 y z x -1
a) r: s: = =
z = 3 x - 1 -1 m 2
x = -1 y = 4x - m
b) r: s:
y = 3 z = x
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95
19) Estabeleça as equações da reta passa pela origem e é simultaneamente ortogonal às
x y z−3 y = 3x - 1
retas r: = = e s: .
2 -1 − 2 z = -x + 4
Respostas:
1) Apenas P1. 2) ( 4, 1, 5) 3) m = -2, n = -5
x−5
5x y = y = − x + 1
4) P(2, 1, 9) 5) y = 2x + 8 e z= − 13 6) a) 2 b)
2 z = -2x + 5 z = 3
y = −2 x = 3 x = 2
7) m = -5 8) 9) a) b) c)
z = 4 z = 1 y = 3
x = 2
z = 2
d) e) y + 1 z − 3
x = -y + 3 2 = − 1
Exercícios complementares
2x - 1 1 - y z + 1
1) Identifique o ponto e o vetor da reta = = .
3 2 1
2) Calcule a distância:
a) P(-1,-3, 4) e Q (1,2,-8)
x-2 y z -1
b) (-1, -1, 4) e a reta = =
4 -3 -2
y-3 z − 2 y +1
c) reta x = = e a reta reta x − 3 = = z−2
2 1 2
3) Determine o ângulo:
x = 3 + t x = -2 + t
a) r: y = 2 − t e s: y = 3 + t
z = t 2 z = −5 + t 2
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96
Unidade VIII – Estudo do Plano
1) Equação geral
→ → → →
Equação geral do plano, dados um ponto P1( x1 , y1 , z1) e o vetor n = a i , b j , c k , que lhe é
normal.
→
n
→ r
P P ( x,y,z) ∈ π ⇔ P1 P . nπ = 0
→ r
n = vetor normal, geralmente é u .
( x - x1 , y - y1 , z - z1) . ( a,b,c) = 0
a ( x - x1)+ b ( y - y1) + c (z - z1) = 0
ax + by + cz – ax1 – by 1– cz1 = 0
ax + by + cz = d = 0
Exercícios
1) Determine a equação geral do plano que passa pelo ponto A ( -5,3,2) e é normal ao vetor
r r r
i − 2 j + 4k .
→ r
P1 P . nπ = 0
(x +5, y-3, z-2) . (1,-2,4) = 0
1(x +5) – 2(y-3) + 4(z-2) = 0
x +5 –2y +6 + 4z –8 = 0
x - 2y + 4z + 3 = 0
2) equação geral do plano que passa pelo ponto A(5,-1,0) e é normal ao vetor
r r r
3i − 4 j + k .
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97
2) Determinação de um plano
Um plano sempre fica determinado quando se conhece um ponto e um vetor que lhe é
normal, mas nem sempre, esses dois elementos (ponto e vetor normal) ficam bem
evidentes.
r r
1) Equação do plano que passa pelo ponto A e é paralelo aos vetores v 1 e v 2 não
colineares.
→ r r
nπ = v 1 x v 2
→ r
AP . nπ = 0
Exercício
a) Equação geral do plano π que passa pelo ponto A(-3,5,-2) e é paralelo aos vetores
r r r r r r r r
v 1 = 3 i − 2 j + k e v 2 = i + j − 2k .
→ r r
nπ = AB x v
→ r → r
AP . nπ = 0 ou BP . nπ = 0
Exercício
a) Determine a equação geral do plano que passa pelos pontos A(1,1,1) e B(3,-2,2) e é
r r r r
paralelo ao vetor v = i − 5 j + 2k .
→ r r
n π = A B x AC
→ r → r
AP . nπ = 0 ou BP . nπ = 0
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98
Exercício
a) Determine a equação geral do plano que contém os pontos A(5,3,2),
B(-,1,1) e C(0,2,-1).
3) Equação Paramétrica
Essa equação pode ser expressa em forma escalar, em função das coordenadas do ponto P
r r
e dos vetores u e v .
r r
Fixada uma base ortonormal, dados P0 ( x0 , y0 , z0) e os vetores v 1 = (a1,b1,c1) e v 2=
(a2,b2,c2), o ponto P=(x,y,z) é o ponto do plano se:
x =x0 + λa1 + µa 2
onde resulta o sistema: y = y o + λb1 + µb2
z = z + λc + µ c
0 1 2
Essas equações são conhecidas com equações paramétricas do plano, agora expressas na
forma escalar.
Exercício
Escrever as equações paramétricas do plano que passa pelo ponto P(5,1,-1) e que tem a
r r
direção definida pelos vetores u = (1,1,1) e v = (2,-1,3).
Então:
Exercícios
1) Escrever a equação vetorial do plano que passa pelo ponto A(1,3,4) e é normal ao vetor
r r r r
u = 3i + 2 j − k .
2) Escrever as equações paramétricas do plano que passa pelo ponto P1( 5,1,-4) e que tem
r r
direção definida pelos vetores v 1 = (1,1,1) e v 2 = (2,-1,3).
3) Dado o plano 15x +10y + 6z – 30 = 0, verificar se os pontos P1( 0,3,0) e P2( 1,-1,1)
pertencem a esse plano.
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99
4) Dada a equação x – y + z – 9 = 0 , achar um ponto desse plano.
5) Escrever a equação cartesiana do plano π que passa pelos pontos A=(3,-1,2) , B= (4,-1,-
1) e C=(2,0,2).
Para encontrarmos o ângulo, basta encontrar o ângulo entre seus vetores normais.
b) π 1 = 2x - 2y +1 = 0 e π 2 = 2x - y – z = 0
c) π 1 = 3x + 2y – 6 = 0 e π 2 = plano xoz.
d) π 1 = 3x + 2y – 6 = 0 e π 2 = plano yoz.
π 1 = x + my + 2z – 7 = 0 e π 2 = 4x + 5y + 3z – 2 = 0
R: m= 1 ou 7
Exercícios
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100
4) Verificar se os planos:
→ r r r → r r r
a) π 1 = x . (2 i − j + 2k ) = 5 e π 2 = x . (6 i − 3 j + 6k ) = 12 , são paralelos.
→ r r r → r r r
b) π 1 = x . ( i − j + k ) = 2 e π 2 = x . ( i + 2 j + k ) = 15, são perpendiculares.
5) Distâncias
a) Distância da origem até o plano
Exemplo:
→ r r
1) Calcular a distância entre π 1 = x . ( i − j ) = 6 e a origem.
Dados:
= (1,-1, 0) seu módulo =
K= 6
d(P1, π ) =
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101
Exemplo 1:
→ r r r
Calcular a distância do ponto P(2,1,1) ao plano π = x . (2 i − j + 2k ) = 6.
Dados:
k= 6
a) Determinar P0
b) Determinar
c) Determinar d(P1, π ) =
Exemplo 2:
Dados:
k = - 11.
a) Para determinar P0 , usamos x0 =
b) Determinar
c) d(P1, π ) = =
→ r r r
Exemplo 3: Achar a distância entre planos paralelos π = x . ( i − j + 2k ) = 8 e 4x - 4y + 8z
– 12 = 0.
Dados:
k= 8
a) Determinar x0
b) Determinar
Material elaborado pela Professora Mirian B. B. Oberziner - Disciplina Álgebra Linear e Geometria Analítica I.
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c) d(P1, π ) =
d(P, π ) =
Exemplo:
π 1 = 4x - 4y + 2z + 14 = 0 e π 2 = 2x - 2y + z - 5 = 0.
Material elaborado pela Professora Mirian B. B. Oberziner - Disciplina Álgebra Linear e Geometria Analítica I.