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A escola, como qualquer outra empresa, é um organismo vivo, na qual uma comunicação
adequada entre as partes é de fundamental importância, visando, conforme Mussak (2003),
um único objetivo: a manutenção da vida de todo o organismo.
A má qualidade de comunicação é um dos principais problemas que atingem a liderança e a
administração das organizações; e a escola, pública ou privada, não está isenta de tal
problema, haja vista que é composta por pessoas interagem profissional e informalmente:
diretores, coordenadores, equipe administrativa, professores, alunos.
Para isso, discorreremos, de forma sucinta, sobre o processo da comunicação, sua eficácia,
as barreiras que interferem na transmissão da mensagem; sobre grupos de pessoas e a
comunicação gerencial, fundamental para seu bom desempenho; sobre o processo da
educação escolar, envolvendo o papel das atividades-meio e das atividades-fim; e, por fim,
a comunicação na escola pública, suas falhas e seus impactos no ensino-aprendizagem.
O objetivo deste trabalho é, portanto, apresentar uma visão no impacto da comunicaçao no
ensino e aprendizagem. Comunicaçao é a utilização de qualquer meio pelo qual uma
informação é transmitida de um para o outro, sem perder, tanto quanto possível, sua
intenção original.
A comunicação torna-se vital, na medida em que a habilidade para comunicar-se aumenta
as probabilidades do homem de obter sucesso em seus empreendimentos, em sua própria
sobrevivência.
Objectivos gerais:
Conhecer o impacto da cominicação no ensino e aprendizam
Objectivo específico:
Identificar a influência da comunicação no processo ensino-aprendizagem.
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É a utilização de qualquer meio pelo qual uma informação é transmitida de um para o
outro, sem perder, tanto quanto possível, sua intenção original. É partilhar, repartir a
informação.
A importancia da comunicação a comunicação torna-se vital, na medida em que a
habilidade para comunicar-se aumenta as probabilidades do homem de obter sucesso em
seus empreendimentos, em sua própria sobrevivência.
Da boa comunicação dependem não só a aprendizagem, mas também o respeito mútuo,
a cooperação, o perfeito entendimento de regras, o bom relacionamento interpessoal,
etc.
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A interação instrutor-aluno é forte agente para o sucesso do processo ensino-
aprendizagem;
Não devemos esquecer que toda comunicação didática tem o objetivo de “afetar” o
aluno modificando sua conduta;
O feedback é importante, pois nos certificará do alcance do nosso objetivo e nos
mostrará as necessidades de ajustes. Não nos esqueçamos do cincunlóquio didático;
Cuidado com o conflito entre o que você fala e o que faz (comunicação paradoxal).
Interpretação
Habilidades comunicativas (elaborar a mensagem no nível de compreensão do receptor)
Atitudes para:
1- consigo mesmo - acreditar ou praticar aquilo que quer comunicar, aumenta sua
capacidade de comunicação.
2- com o assunto - acreditar na sua capacidade de executar aquilo que cobra, aumenta
sua capacidade de comunicação.
3- com o receptor - acreditar na capacidade de execução pelo aluno, aumenta sua
capacidade de comunicação.
Aluno
Conteúdo -Interpretação
Pode ser considerado como um esforço de esclarecimento na relação entre emissor e
receptor.
Mensagem
A forma de comunicação do instrutor com seu aluno será a linguagem didática.
Caracteristicas
simplicidade - dificuldade só inerente ao assunto, usar a terminologia prevista e
(divulgar até as gírias); evitando os discursos longos.
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Correção - respeitar o sentido exato das palavras e as formas gramaticais consagradas.
Vivacidade - refletir o entusiasmo do IN pelo assunto. Adequabilidade - ajustar ao nível
do aluno (obtido através dos feedbacks) escolhendo e/ou mesclando os tipos (oral,
escrita e corporal).
Linguagem didactica
Características culturais - grau de ecolaridade, vocabulários, tabus, experiências,
condições sócio-econômicas do receptor.
Características psicológicas - expectativas, resistências, preconceitos, sectarismos,
tendências psicológicas, história de vida, estereótipos
Emissor
Código - deve ser adequado ao receptor.
Conteúdo - escolhido pelo emissor e organizado de forma lógica, objetivando a
compreensão.
Tratamento - a mensagem varia conforme o emissor (fonte) o qual dará a ela o
tratamento necessário para adequá-la ao máximo ao fácil entendimento pelo receptor
visando atingir o objetivo. Ocorre sempre que a informação do emissor causar sensação
de desconforto e conflito no receptor. Dualidade entre mensagem verbal e não-verbal: o
instrutor comunica algo verbalmente ao cadete e se contradiz pela comunicação não-
verbal.
Dualidade entre mensagens verbais: o instrutor comunica algo verbalmente ao cadete e
se contradiz logo em seguida.
Comunicação paradoxal
Linguagem oral, escrita e corporal:
Oral - dá vida à comunicação, realça pontos importantes e aproxima o aluno do
instrutor.
Escrita - permite o arquivo e as revisões.
Corporal - através da mímica e gesticulação passa ao aluno como vê o seu desempenho,
além de possibilitar sua imitação pelo aluno (lembre-se: “As palavras convencem, mas o
exemplo arrasta”).
Habilidade: importante, já que será imitado pelo aluno. Decomposição: decompor
movimentos complexos. Padronização das respostas psicomotoras: o aluno imitará
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diferentes instrutores em missões consecutivas, devendo a padronização ser estendida à
avaliação da instrução.
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Segundo Myron Rush (2005), ainda que o homem tenha desenvolvido máquinas
eletrônicas de alta tecnologia e sofisticação, visando a comunicação, continua a
enfrentar dificuldades para se comunicar no âmbito pessoal.
Segundo Rush (2005), para que haja união e motivação, a comunicação eficaz é
indispensável. Ela é o elemento principal para que uma equipe trabalhe com inovação e
criatividade ilimitadas, podendo, consequentemente, atingir objetivos também
ilimitados, resultado do entendimento transmitido e assimilado. A comunicação tem,
portanto, para qualquer grupo, um papel de fundamental importância para a
concretização de seus objetivos.
A tecnologia e a sistematização, no ponto de vista de Mussak (2003), são necessárias,
porém não se pode desprezar que elas são utilizadas para a comunicação entre as
pessoas, as quais devem usar adequadamente a tecnologia disponível, traduzindo com
clareza suas ideias e interpretando e entendendo as mensagens vindas de seu
interlocutor. Deve-se levar em consideração, inclusive, que não há duas pessoas que
vejam o mundo rigorosamente da mesma maneira. Para ele, as pessoas não estão
preparadas para se comunicar adequadamente.
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No processo de comunicação, conforme Rush (2005:34), o
transmissor da mensagem necessita desenvolver um conceito claro da
ideia que pretende transmitir, expressar-se com palavras que não
fujam a essa mesma ideia, e também buscar atenuar as barreiras de
comunicação existentes. Além disso, as pessoas, muitas vezes, têm
receio de expressar o que pensam. O papel do ouvinte, para ele,
também é muito importante, já que a principal causa de mal-
entendidos é o fato de não se saber ouvir adequadamente. A maioria
das pessoas gasta, em média, durante o dia, setenta por cento do tempo
com comunicação verbal.
Destes setenta por cento, quarenta e cinco são gastos ouvindo outros, assimilando com
eficácia, geralmente, apenas vinte e cinco por cento do que ouvem. É muito pouco. Essa
pequena porcentagem se deve muito às divagações da mente, pois durante metade do
tempo de uma conversa a mente tende a se ocupar com outros pensamentos. Segundo
ele, o ouvinte precisa querer ouvir o outro e reconhecer o direito do outro de ter os
próprios conceitos, opiniões, ideias e sentimentos.
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3.0. O Processo de Educação Escolar
De acordo com as afirmações de Paro (2005:66), a aula é considerada
o produto do processo de educação escolar na sociedade capitalista. É
a aula, enquanto mercadoria, que se paga no ensino privado. É
também a aula que se tem como serviço prestado pela escola (pública
ou privada) e que se avalia com boa ou ruim. Entretanto, um exame
minucioso irá mostrar que a aula resume-se tão-somente na atividade
que dá origem ao produto do ensino.
Ela é o próprio trabalho pedagógico, e não o produto do trabalho. A educação,
compreendida como a apropriação de um saber historicamente reproduzido, e a escola
como uma das instâncias que proveem a educação, não se pode restringir a consideração
de seu produto ao ato de aprender. O educando, sob esse ponto de vista, não pode ser
apresentado unicamente como consumidor.
Um grande exemplo de que a boa comunicação é uma base sólida para o sucesso de um
empreendimento é a construção de uma cidade e da Torre de Babel. “Em toda a terra
havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar” (Gênesis 11:1). Todos se
entendiam e buscavam um único objetivo. Mas, por outro lado, o mesmo exemplo serve
para mostrar o oposto disso, ou seja, quando se “confundiu” a linguagem desse povo,
quando barreiras de comunicação predominaram e todos falavam, mas ninguém
entendia ninguém, eles se dispersaram, e o projeto ficou abandonado.
Temos vivido muito isso em nossa educação. A “linguagem” falada nas escolas nem
sempre é a mesma. As barreiras de comunicação estão interferindo bastante no que se
refere ao bom desempenho do projeto político-pedagógico, tanto nas atividades-meio
quanto nas atividades-fim.
Tudo começa com as inovações apresentadas, a cada governo, como as melhores e as
mais eficazes, mas muitas vezes distorcidas e mal aplicadas nas escolas devido à
escassez ou inexistência de treinamento docente adequado, antes da implantação. Visto
que a comunicação de como aplicar as novas mudanças e as novas linhas teórico-
pedagógicas é falha ou nula, cada profissional as executa da maneira que interpretou ou
consegue executar.
Segundo Zagury (2006), muitos erros ocorreram e continuam a
ocorrer devido à compreensão equivocada e à informação superficial
das novas metodologias, bem como das novas técnicas, que
rapidamente se distanciam dos propósitos dos autores. Esse é um dos
grandes motivos de a educação no Brasil estar em declínio a cada
governo que passa.
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interessa. Há também o filtro da cultura, do meio social e familiar, das crenças.
Infelizmente, temos que citar aqui também o descrédito em relação á eficiência do
outro, seja colega ou superior.
Como uma organização, a escola é um aglomerado de grupos. Cada pessoa que nela
trabalha ou estuda faz parte de um grupo. Vimos que, se não houver clareza de objetivos
e coesão, a eficácia do grupo estará comprometida, uma vez que a comunicação é de
fundamental importância para seu desempenho. O mesmo ocorre entre os vários grupos
que a compõem. Se houver falha na comunicação entre coordenadores e professores,
tendo uns, dificuldades de expressão e outros dificuldades de interpretação,
consequentemente boa parte do trabalho estará comprometida. A coesão de uma equipe
técnico-pedagógica, segundo Zagury (2006), é requisito importante para a obtenção de
resultados efetivos em Educação. E essa coesão se consegue quando as decisões
pedagógicas finais são fruto de reflexão, análise crítica e decisões conjuntas, nas quais
o professor é parte ativa.
Mas como ser coerente e coeso tendo cada um seu ponto de vista? Como refletir e tomar
decisões conjuntas se esses mesmos pontos de vista forem impostos, muitas vezes, tidos
como os únicos corretos, e não se compreende ou não se faz nenhuma questão de
compreender o pensamento do outro? Infelizmente, isso tem ocorrido frequentemente
na maioria de nossas escolas públicas.
Em seu livro A segunda criação, Ian Wilmut (Editora Objetiva), geneticista britânico e
um dos criadores da ovelha clonada Dolly, afirma que os genes mantêm um diálogo
ininterrupto com o resto da célula, a qual se comunica com outras células do corpo;
estas, por sua vez, mantêm contato com o ambiente externo. Esse diálogo, que controla
o desenvolvimento do organismo, ocorre desde sua geração e prossegue posteriormente
ao nascimento. Se houver falha nessa comunicação, ocorrerá um descontrole nos genes
e um crescimento desordenado das células. O resultado, segundo ele, é o câncer.
Se uma escola, como uma empresa, é um organismo vivo, o seu sucesso dependerá do
diálogo estabelecido entre os vários grupos e pessoas que a compõem. Se essa
comunicação não se processar corretamente, o resultado será a má qualidade do ensino-
aprendizagem, o câncer da educação.
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Um terceiro fator é o que envolve o corpo docente, afetando de modo direto o ensino
aprendizagem.
Tiba (2006) afirma que um dos grandes motivos de o aluno ser
reprovado nas provas é não conseguir entender a matéria que um
professor apenas expressou. Expressar, segundo ele, é simplesmente
exteriorizar o conteúdo de quem fala, enquanto que transmitir
significa conseguir comunicar para fazer-se entender pelo outro.
Muitos professores que estão na sala de aula das escolas públicas hoje não sabem se
expressar bem e muito menos se comunicar e transmitir informações. A má qualidade
de comunicação tornou-se um dos principais problemas que atingem as salas de aula.
Na maior parte do tempo, o professor faz uso da retórica, passando uma grande
quantidade de conteúdo em curto espaço de tempo, em detrimento da dialética, que
pressupõe a existência do diálogo, do debate, uma vez que, conforme atesta Zagury
(2006), a responsabilidade da aprendizagem também é uma função do aluno.
Não poucos professores, além de não dominarem o conteúdo de sua disciplina (já fruto
da defasagem educacional ao longo dos anos, incluindo os cursos de graduação), não
conseguem transmiti-lo, fazendo-se entender pelos alunos, e, às vezes, nem mesmo
conseguem se expressar muito bem. Outros, abusando da retórica, esbanjam o seu saber,
falando e falando, mas nem sempre com simplicidade de palavras e clareza. A
informação não se torna conhecimento e muito menos experiência para o aluno. O
professor, ao invés de perguntar aos alunos “Vocês entenderam?”, deveria perguntar
“Eu me fiz entender?”.
Segundo Maximiano (2004), existe um princípio de comunicação retratado na ideia de
que “para ensinar matemática a alguém, é preciso conhecer muito bem tanto a
matemática quanto esse alguém”.
Tiba (2006) afirma que qualquer aluno que deseja aprender de verdade aprende com
professores, sem professores ou apesar dos professores. Concordo em parte, pois nem
todos os indivíduos são autodidatas. O aprender depende muito da vontade do aluno.
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Nesse caso, além das várias barreiras de comunicação, destacam-se duas. A primeira é a
desatenção por parte do receptor, ou seja, do aluno. Trata-se daquele aluno ausente de
corpo presente. Ouve o que o professor explica, mas sua atenção está voltada para
outras coisas, inclusive tarefas de outras disciplinas. A segunda é o excesso de
mensagens que disputam a atenção do aluno. Mais para o adolescente do que para a
criança, mas não isentando esta, a gama de informações que o mundo hoje oferece é
intensa, e, geralmente, mais interessantes para o aluno do que a matéria ministrada pelo
professor na sala de aula. Assim, surgem conversas paralelas, manuseio de revistas,
utilização dos vários recursos oferecidos pelo celular, etc.
O resultado dos quatro fatores expostos é único: não efetivada a comunicação devido ás
interferências, a aprendizagem está comprometida.
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Conclusão
Dentro do processo de comunicação, vimos que existem algumas barreiras que podem
interferir em sua eficácia, afetando, no caso de uma organização, todo o seu
desempenho, uma vez que a comunicação é de fundamental importância para que tal
aconteça. Se não houver uma troca de informações de forma eficaz, se a qualidade de
comunicação entre as pessoas não for boa, a busca de objetivos no grupo,
provavelmente, não será alcançada.
No caso da escola, que é também um organismo, a comunicação entre as partes, tanto
nas atividades-meio quanto nas atividades-fim é imprescindível para o bom desempenho
do ensino-aprendizagem. Pudemos observar que, desde a implantação de novas teorias e
técnicas educacionais, focando o entendimento das novas linhas teórico-pedagógicas e
sua aplicação pelos docentes e demais profissionais na escola, passando pela troca ou
discussão de ideias entre diretores, coordenadores e docentes, até a transmissão de
conteúdos pelos professores e sua recepção pelos alunos, várias são as barreiras de
comunicação que fazem com que todo o projeto educacional da escola seja frustrado.
Desta, a consequência é a má qualidade da educação, que tem imperado nas últimas
décadas no país, chegando ao triste dado de que alunos concluem a 8ª série
semianalfabetos, vão para o ensino médio e para os cursos de graduação com grandes
dificuldades de interpretação e entendimento do que leem, com deficiências de
comunicação, gerando, assim, um círculo vicioso.
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Bibliográfica
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Índice
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