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Termodinâmica
Uma região limitada por uma superfície real ou imaginária, fixa ou móvel, através da qual
passa energia trocada com o meio ambiente, denomina-se sistema termodinâmico.
vizinhança
sistema
contorno
1.1.1 Sistema aberto
Um sistema constituído por uma fronteira que não permite passagem de massa é um
sistema fechado.
Este sistema apenas troca energia (calor ou trabalho) com a vizinhança. Neste caso, o
sistema é envolvido por uma fronteira real, podendo ser fixa ou móvel, através da qual
pode haver transferência de energia.
Exemplos: uma panela de pressão, uma estufa, um frasco fechado etc.
Figura 3. Sistema fechado
TRABALHO
Contorno móvel
GAS
ENERGIA
Sistema fechado
Neste caso, a sua fronteira deve ser fixa, para não permitir que o sistema realize algum
trabalho, e deve ser real, para impedir a passagem da massa.
1.1.4 Estado
1.1.7 Calor
Calor é a energia que se transfere de um corpo para outro ou de um ponto para outro
de um mesmo corpo, movida somente pela diferença de temperatura. Para haver
transferência de calor não há necessidade de massa entre os dois corpos, por exemplo, o
calor do Sol que se transfere para a Terra.
dW = F . dS Sendo: F = P . A
O trabalho de expansão de um gás num cilindro: V1(volume 1) para V2(volume 2), em que: dV>
0
Sabe-se que: V = A . dS
Teremos: W = PΔV
Antes de descrever as leis dos gases, é de salientar alguns aspectos relacionados com as
variáveis do estado.
F=m.g
Logo tem-se: P = d . V . g /A
P = Pext . d . g . h
- Volume (V): é todo o espaço ocupado pelo sistema. os gases tendem a ocupar todo
espaço que lhe é concedido, sendo assim o volume de um gás depende do volume do
recipiente em que está contido. Este espaço pode sofrer modificações, o sistema pode
sofrer uma expansão ou compressão.
As unidades mais usuais e suas relações são:
1 litro = 1dm3 = 1000 ml = 1000 cm3 = 10-3m3
P ᾳ 1/V
Logo: P . V = KT (1)
Segundo a equação (1), se o volume do recipiente que contém o gás aumenta, a pressão
decresce e vice-versa. Isto significa que as moléculas têm mais espaço livre para percorrer e,
portanto, a frequência dos choques com as paredes do recipiente diminui. Sendo assim, a pressão
será menor. O processo inverso também se verifica.
Experimentalmente foi determinado que kT é directamente proporcional à temperatura, T, e ao
número de moles de gás, n=m/M (m-massa do gás, M - massa molar):
KT = nRT (2)
Para uma dada amostra de gás sujeita a dois conjuntos de condições diferentes e a mesma
temperatura, pode-se escrever:
P1 . V1 = KT = P2 . V2
Ou: P 1 . V1 = P 2 . V2 (3)
Figura 6. Relação pressão – volume à temperatura constante
Esta lei, descoberta em 1787 por Jacques Charles, descreve a relação linear
existente entre o volume e a temperatura de um gás ideal quando a pressão se mantém
constante.
Segundo esta lei “ o volume de uma certa quantidade de gás, mantendo-se a
pressão constante, é directamente proporcional à temperatura do gás “
V ᾳ T
V = KP . T
V /T = KP (4)
Suponha que a temperatura aumenta. Isto significa que as moléculas dentro do recipiente
movem-se mais depressa (a energia cinética aumenta) e, portanto, a frequência dos
choques com as paredes do recipiente também aumenta. Sendo assim, a pressão será
maior. Este aumento de pressão provocará um aumento de volume do recipiente (para
este fim concebido), o que, por sua vez, pelas razões antes explicadas, se reflectirá numa
diminuição da pressão até esta atingir o seu valor constante. Assim, se a temperatura
aumenta, o mesmo acontece com o volume e vice-versa. Experimentalmente foi
determinado que KP é inversamente proporcional à pressão, P, e directamente
proporcional ao número de moles de gás, n,
KP = nR/P (5)
V1 / T1 = KP = V2 / T2
Ou: V1 / T1 = V2 / T2 (6)
Figura 7. Relação entre volume – temperatura à pressão constante
Esta lei, descoberta por Joseph Louis Gay-Lussac nos princípios do século XIX,
relaciona linearmente a pressão e a temperatura de um gás ideal, se o volume se mantiver
constante, i.e.,
PᾳT
P = KV . T
P / T = KV (7)
KV = nR/V (8)
P 1 / T 1 = KV = P 2 / T 2
Ou: P1 / T1 = P2 / T2 (9)
Vᾳn
V = KPT . n (10)
P.V=n.R.T (12)
esquema
PT = nA RT / V + nB RT / V
nA RT + nB RT
PT = ---------------------
V
PT = nRT/V (13)
n = n A + nB
A pressão total só depende do número total de moles dos gases presentes, mas não da
natureza das suas moléculas.
nART/V
PA / PT = ----------------------
(nA + nB) RT/V
PA/PT = nA / nA + nB (14)
PA = XA . PT (para o gás A)
PB = XB . PT (para o gás B)
A soma das fracções molares para uma mistura de gases deve ser igual a 1.
Os gases reais apresentam características diferentes das dos gases ideais, pois apresentam
forças intermoleculares e o seu volume é considerado, embora sob determinadas condições
têm um comportamento ideal.
Gás real – todo gás quando submetido a aumento de pressão e redução de temperatura se
liquefaz. Um gás real se aproxima do modelo ideal quando está submetido a elevada
temperatura e a baixíssima pressão, ou seja, quanto mais rarefeito estiver mais próximo do
modelo ideal ele estará. O gás real que mais se aproxima do modelo de gás ideal é o gás hélio.
Para estudar com precisão os gases reais necessitou-se de introduzir algumas modificações
na equação do gás ideal.
Este análise foi feita pela primeira vez em 1873 pelo físico holandês de nome Van der
Waals.
Se da equação PV = nRT, n for igual a 1, então a equação passa a PV = 1.RT, logo tem-
se o seguinte:
PV/RT = 1 em que V – volume molar
Z = PV/RT (20)
Em que Z depende de P, V e T.
Coeficientes viriais variam com a temperatura o que significa que deve haver uma
temperatura em que os coeficientes viriais vão até zero – 0.
No caso de B = 0, a temperatura é chamada de temperatura de Boyle (TB)
Pode-se deduzir algumas relações úteis entre a equação de Van der Waals com a equação
virial.
Se resolvermos P a partir da equação de Van der Waals e substituir na equação que define
a compressibilidade, tem-se:
1º passo: isolar P da equação de Van der Waals
( P + an2/V2 ) ( V – nb ) = nRT, se n = 1;
( P + a/V2 ) ( V – b ) = RT
P + a/V2 = RT/V-b
P = RT/V-b - a/V2
Z = PV/RT
(RT/V-b - a/V2 ) . V
Z= -----------------------------
RT
VRT/V-b - aV/V2
Z = ---------------------------
RT
Z = VRT/RT(V-b) - a/VRT
Z = V/V-b - a/VRT
Z = V/V(1-b/V) - a/VRT
Continuando temos:
B = b - a/RT se B = 0
0 = b - a/RT
-b = -a/RT (-1)
b = a/RT
T = a/bR onde T representa a temperatura de Boyle (TB)
Então:
TB = a/bR (23)
Estados críticos
Os estados críticos são estados que caracterizam o momento em que não se distingue a
separação de fases entre o gás e o líquido, é o chamado ponto crítico.