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Robson Dos Santos Mendes 0613116
Robson Dos Santos Mendes 0613116
dezembro/2015
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Resumo
A consideração do maciço de solo na elaboração do projeto estrutural de um edifício em
concreto armado é algo relevante, haja visto que toda estrutura se apóia sobre ele, pensando
nisso apresenta-se neste trabalho um estudo comparativo entre dois modelos, onde o Modelo
A, despreza a presença do solo e considerada a estrutura sobre apoios indeslocáveis e no
Modelo B o maciço de solo é parte integrante do modelo estrutural. Grande parte desse
estudo originou-se da necessidade de verificar qual a importância do terreno de fundação na
análise dos parâmetros de estabilidade global (γz), sua influência nos deslocamentos
horizontais (δH) e na redistribuição dos esforços entre os pilares.Para efeito de comparação
adotou-se como exemplo uma edifício de dupla simetria, constituído de dez pavimentos tipo,
para análise estrutural e obtenção dos resultados foi utilizado o softwares CAD/TQS
versãoPlena18.10. Através da análise estrutural pode-se comprovar que quando há interação
solo-estrutura o modelo apresenta maiores deslocamento horizontais, maior grau de
instabilidade e uma migração dos carregamentos verticais que atuam nos pilares centrais
para os pilares de periferia.
1. Introdução
Nas últimas décadas os avanços tecnológicos dos softwares tem nos permitido realizar
cálculos complexos em segundos e processar edifícios em poucos minutos, levando em
consideração inúmeras variáveis, apesar destas facilidades o desenvolvimento de um modelo
matemático que possa simular o comportamento real de uma estrutura ainda é algo de grande
complexidade, desta forma muitas simplificações são feitas de modo a facilitar a obtenção de
um resultado final satisfatório.
Os motivos para elaboração desse trabalho tiveram origem no fato de que apesar dos
avançados softwares para análise estrutural muitas simplificações ainda fazem parte das
etapas de modelagem de um edifício, como por exemplo, a consideração de vínculos
indeslocáveis sob a estrutura, esta situação era comumente encontrada em projeto antigos
justificado pela dificuldade de cálculo caso a deformabilidade do solo fosse levada em
consideração.
O projeto estrutural costumeiramente se desenvolve em duas etapas o dimensionamento da
superestrutura considerando-a sob apoios indeslocáveis, rotulas ou engastes, no qual se obtém
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os carregamentos que irão atuar na fundação, esses esforços são repassados ao engenheiro
geotécnico que projeta as fundações compatibilizando deslocamentos.
Segundo Velloso e Lopes (2011), toda fundação sofre deslocamentos verticais (recalques),
horizontais e rotacionais em função das solicitações a que é submetida. Esses deslocamentos
dependem do solo e da estrutura, isto é, resultam da interação solo-estrutura.
Gusmão (1990), define interação solo-estrutura (ISE) como sendo a união entre três partes,
superestrutura, infra-estrutura e terreno de fundação, estas três juntas garantem o bom
desempenho de uma edificação.
Segundo Velloso e Lopes (2011), quando os deslocamentos em uma estrutura ultrapassam
certos limites, tem se então o conhecido problema de interação solo-estrutura, que implica no
aparecimento de patologias que vão desde o surgimento de esforços não previstos até o
colapso da estrutura.
Ao compararmos edifícios calculados pelo processo tradicional de apoios indeslocáveis a um
modelo mais refinado que considera a interação solo-estrutura, pretende-se identificar as
variações nos parâmetros de estabilidade global (γz), nos deslocamentos horizontais (δH) e na
redistribuição dos esforços nos pilares, objetivando orientar profissionais da área de
engenharia estrutural quanto à importância da ISE na elaboração de seus projetos, afim de
evitar possíveis patologias.
2. Interação solo-estrutura
Conforme Moncayo (2011), as ações atuantes em uma estrutura se resumem em dois tipos,
ações horizontais e verticais. As ações horizontais são oriundas da ação de ventos e do
desaprumo da estrutura, as ações verticais correspondem ao peso próprio, ações permanentes
e variáveis mínimas, esta última recomendada pela NBR 6120/1980 - Cargas para o cálculo
de estruturas de edificações.
Todas as ações provenientes da superestrutura são distribuídas através de vínculos aos
elementos de fundação. Segundo Kripka (2011) o vínculo é tudo aquilo que restringe um ou
mais movimentos da estrutura, despertando reações nestas direções. Para o caso mais geral,
de uma estrutura no espaço, um único vínculo pode impedir de um a seis movimentos figura
1. Cabe destacar ainda que um conjunto de vínculos é responsável pela estabilidade de uma
estrutura, não necessariamente um único vínculo.
Figura 1 - Exemplo de apoios no espaço: apoio de primeira espécie e apoio de sexta espécie.
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Para Martha (2010), em um modelo estrutural, uma representação razoável para blocos de
fundação com oito estacas pode ser um engaste, pois esse tipo de fundação restringe todos os
movimentos de translação e rotação. Por outro lado, a fundação em sapata oferece pouca
resistência ao giro assim como blocos sobre uma estaca, estes tipos de fundação podendo ser
representada por um apóio de segundo gênero (rotula), pois não impede o movimento de giro
figura 2.
Figura 2 - Fundação profunda com bloco de oito estacas e fundação rasa em sapata.
Ao mesmo tempo em que existem apoios bem definidos como o caso de rotulas e engastes
existem também apoios intermediários que restringem de modo parcial os movimentos de
translação e/ou rotação de um elemento de fundação, estes apoios são representados em um
modelo estrutural como apoios elásticos ou molas. De acordo com Martha (2010) observa-se
pela figura 3, que o apoio elástico rotacional é um caso intermediário entre o engaste e o
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apoio de segundo gênero. O engaste é um caso extremo com rigidez à torção com valor
infinito e rotação nula. O apoio de segundo gênero é extremamente o oposto, com à rotação e
reação de momento nulos.
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𝑞 = 𝑘𝑣 . 𝑤 (1)
onde:
q representa o carregamento;
kv coeficiente de reação vertical;
w deslocamento vertical.
Figura 5 - Discretização empregada pelo SISEs da TQS informática para fundações do tipo estaca.
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O método Aoki-Velloso (1975) apud Lobo (2005) foi concebido com base nos ensaios de
penetração estática CPT (cone penetration test), mas através de correlações pode ser adaptado
para o ensaio SPT (standard penetrations test). A capacidade de carga última Qu é
representada pela equação 2.
𝑘 . 𝑁𝑠𝑝𝑡 𝛼 . 𝑘 . 𝑁𝑠𝑝𝑡
𝑄𝑢 = 𝐴𝑝 + 𝑈𝛴 ΔL (2)
𝐹1 𝐹2
onde:
Ap representa a área da seção transversal da estaca;
U perímetro da estaca;
ΔL seguimento da esta que está sendo calculado.
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Os coeficientes F1 e F2 são fatores de correção das resistências de ponta e lateral que leva em
conta diferenças de comportamento entre a estaca e o cone estático. Os coeficientes k e α
dependem do tipo de solo.
Para o cálculo da carga admissível Qadm deverá ser usado um coeficiente de segurança de no
mínimo 2 equação 3.
𝑄𝑢
𝑄𝑎𝑑𝑚 = (3)
2
O CRV (coeficiente de reação vertical) pode ser entendido como a rigidez de contato estaca
solo. O CRV é a razão entre a cara aplicada no topo da estaca e o deslocamento na base da
estaca, dentro do SISEs ele é representado pela seguinte equação 4:
𝑃𝑖
𝐶𝑅𝑉𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 𝑖 = (4)
𝛿𝑖
Onde:
Pi carga aplicada no topo da estaca;
δi recalque na base da esta mais deformabilidade elástica do fuste.
𝐹𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑖
𝐶𝑅𝑉𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑖 = (6)
𝛿𝑖
Caso o carregamento no topo da estaca for absorvido pelo fuste o CRVponta i será igual a zero.
O CRH (coeficiente de reação horizontal) pode ser compreendido como a rigidez de contato
estaca-solo, mas nesse caso, ao contrario do CRV, na direção horizontal.
O coeficiente de reação horizontal K é definido como a relação entre a reação do solo na
profundidade z, e o deslocamento horizontal conforme equação 7:
𝑃
𝐾= (7)
𝑦
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4. Estabilidade Global
4.1 Coeficiente γz
onde:
ΔMtot,d é a soma dos produtos de todas as forças verticais atuantes na estrutura, na
combinação considerada, com seus valores de cálculo, pelos deslocamentos
horizontais de seus respectivos pontos de aplicação, obtidos da análise de primeira
ordem;
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𝐻
𝛿𝐻 = 1700 (9)
𝐻
𝛿𝐻𝑖 = 850𝑖 (10)
Onde:
H é a altura total do edifício, resultando da equação o deslocamento máximo
horizontal do edifício;
Hi o desnível entre pavimentos, resultando da equação o deslocamento máximo
horizontal entre pavimentos.
Cabe destacar que a avaliação dos deslocamentos de uma estrutura deve ser realizada com a
combinação frequente adotando ψ1 igual a 0,30, ou seja, apenas 30% do vento na direção
analisada.
5. Modelo numérico
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Nos pavimentos, além do peso próprio da estrutura também foi considerada uma carga
permanente de 100 kgf/m² e uma carga acidenta de 150 kgf/m² para todas as vigas foi
considerado carga de alvenaria de 728 kgf/m. Para as ações horizontais utilizou-se como base
a NBR 6123/1988 - Forças devidas ao vento em edificações, considerando um vento de
turbulência baixa com velocidade básica de 45 m/s, os fatores S1 e S3, fator de terreno e fator
estatístico respectivamente foram considerados iguais a 1,00, a categoria de rugosidade
considerada III e a classe da edificação B, para os coeficiente de arrastos considerou-se 1,00
na direção X paralela a maior dimensão do edifício ângulos 0º e 180º, e 1,30 da direção Y
perpendicular a maior dimensão do edifício, ângulos 90º e 270º.
Para análise estrutural adotou-se o modelo de pórtico espacial flexibilizado com as lajes dos
pavimentos modeladas como grelha plana. Também foi considerado a utilização de concreto
C25 segundo recomendações da NBR 6118/2014.
Na análise envolvendo as combinações do ELU - Estado Limite Último, a não-linearidade
física foi considerada de maneira aproximada com a redução da rigidez bruta EcIc, de acordo
com o elemento estrutural, para as vigas adotou-se 0,4EcIc e para pilares 0,8EcIc. Para análise
ELS - Estado Limite Serviço, adota-se a rigidez integra dos elementos.
Para analisar o comportamento estrutural do edifício modelo, foram consideradas duas
hipóteses, a primeira hipótese trata-se do Modelo A que considera o edifício sobre apoios de
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Inicialmente a estrutura foi processado considerando-a sobre apoio rígido Modelo A, para
obtenção dos resultados de referência que serão comparado ao Modelo B. A tabela 1
apresenta os valores de estabilidade global γz, deslocamento horizontal δH encontrados para o
Modelo A, em virtude da simetria da edifício estão representados juntos os ângulos 0º e 180º
e também 90º e 270º.
Limites
Parâmetros Modelo A
NBR 6118/2014
γz Âng. 0º e 180º 1,145 1,00 a 1,30
γz Âng. 90º e 270º 1,027 1,00 a 1,30
δH Âng. 0º e 180º 0,34 cm 1,65
δH Âng. 90º e 270º 0,98 cm 1,65
Com base nos resultados da tabela 1 pode-se dizer que o Modelo A esta de acordo com os
limites de deslocamento e estabilidade prescritos pela NBR 6118/2014, porém cabe destacar
que não faz parte deste estudo o dimensionamento dos elementos estruturais portanto, apesar
da estrutura estar atendendo os limites de norma isso não quer dizer que os elementos que a
constituem estejam atendendo os ELU ruptura e ELS deformações.
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Com base no perfil de sondagem apresentado na figura 8, optou-se por utilizar fundações
profundas do tipo estaca hélice continua. Para pré-dimensionanemento das estacas adotou-se
como base a tabela 4 da NBR 6122/2010 que estabelece a tensão média abaixo da qual não é
necessário armar as estacas, para o tipo de estaca escolhido a tensão média é de 6 MPa. A
tabela 3 apresenta o pré-dimensionamento das estacas. Adotou-se o diâmetro limitado em 40
cm para as estacas tendo em vista as limitações do programa que será utilizado para análise da
interação solo estrutura, SISEs/TQS.
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Cota da
Qu,ponta ΣQu,fuste Qu Qadm
Sondagem NSPT Material
tf tf tf tf
m
- 3,0 17 Areia Argilosa 30,16 7,14 37,30 18,65
- 4,0 19 Areia Argilosa 42,73 17,26 59,99 29,99
- 5,0 23 Areia Argilosa 47,75 28,57 76,32 38,16
- 6,0 26 Areia Argilosa 57,81 42,26 100,07 50,03
- 7,0 28 Areia Argilosa 65,35 57,74 123,08 61,54
- 8,0 30 Areia Argilosa 70,37 74,41 144,78 72,39
- 9,0 32 Areia Argilosa 75,40 92,26 167,66 83,83
- 10,0 35 Areia Argilosa 80,42 111,31 191,74 95,87
- 11,0 40 Areia Argilosa 87,96 132,15 220,11 110,05
- 12,0 40 Areia Argilosa 100,53 155,96 256,49 128,24
F1 = 3,00 ; F2 = 3,80 ; Fseg 2
A tabela 3 apresenta para cota de 9,0 m uma capacidade suporte geotécnica de 83,83 tf por
estaca considerando os fatores de segurança, deste modo a capacidade geotécnica da estaca
garante que o terreno de fundação receba o máximo carregamento para o qual a estaca será
solicitado 75,40 tf, sem romper.
Após pré-dimensionamento e lançamento das fundações no modelo estrutural figuras 9 e 10,
fez se então um novo processamento considerando agora a interação solo-estrutura, e
verificou-se que as tensões nas estacas não ultrapassaram e nem se distanciaram das tensões
admissíveis utilizadas no pré-dimensionamento, indicando que as dimensão adotadas estão de
acordo.
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Limites
Parâmetros Modelo B
NBR 6118/2014
γz Âng. 0º e 180º 1,183 1,00 a 1,30
γz Âng. 90º e 270º 1,049 1,00 a 1,30
δH Âng. 0º e 180º 0,65 cm 1,65
δH Âng. 90º e 270º 1,14 cm 1,65
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Com base nos dados apresentados para os dois Modelos A e B, será realizada uma
comparação entre os parâmetros de estabilidade global γz e deslocamentos horizontais δH com
intuito de verificado qual a influência da ISE. Na sequência será feita uma comparação dos
esforços atuantes nos pilares (Fz, Mx e My).
Sobre a consideração dos esforços (Fx e Fy) na análise, os mesmos não tiveram variação de
um modelo para o outro, considerando a soma dos valores Fx ± 32,89 tf e Fy ± 70,10 tf, apenas
houve uma redistribuição entre as fundações, isso se deve justamente porque tal esforço é
uma reação da estrutura à ação horizontal de vento, que para os dois modelos tem a mesma
intensidade e direção.
A tabela 7 apresenta o comparativo entre os dois modelos analisados e demonstra que quando
se considera a interação solo-estrutura Modelo B os parâmetros de estabilidade global γz e
deslocamento horizontal δH tendem a aumentar comparado ao Modelo A, que considera a
rigidez infinita da fundação, demonstrando que a interação solo estrutura interfere diretamente
nos parâmetros de estabilidade e deslocamentos.
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Modelo A Modelo B
Elemento Fzmáx Fzmín Fzmédio Fzmáx Fzmín Fzmédio A/B
tf tf tf tf tf tf
P1 117,57 72,10 94,84 127,14 76,48 101,81 0,93
P2 198,09 146,26 172,18 205,46 145,91 175,69 0,98
P5 150,50 130,75 140,63 140,77 119,51 130,14 1,08
P6 267,78 253,83 260,81 256,41 243,73 250,07 1,04
Pode-se observar pela tabela 8 que houve uma redistribuição dos esforços normais atuantes
nos pilares, de modo que os pilares centrais P5 e P6 tiveram uma redução nas solicitações e os
pilares P1 e P2 um aumento, confirmado a hipótese de que quando considerada a interação
solo estrutura o pilares de periferia tendem a ter um aumento nas solicitações ao contrario dos
pilares centrais.
Na tabela 9 estão contidos os esforços de momento Mx que atuam nos pilares, deve-se notar
que os valores estão representados em módulo, um vez que a simetria imposta para a
armadura elimina a necessidade de consideração dos sinais.
Modelo A Modelo B
Elemento Mxmáx Mxmín Mxmédio Mxmáx Mxmín Mxmédio A/B
tf.m tf.m tf.m tf.m tf.m tf.m
P1 16,98 16,15 16,57 7,87 6,65 7,26 2,28
P2 17,09 15,92 16,51 6,19 4,86 5,53 2,99
P5 16,25 16,25 16,25 6,25 6,25 6,25 2,60
P6 16,11 16,11 16,11 8,36 8,36 8,36 1,93
Observa-se pela tabela 8 que os momentos fletores na direção x tiveram uma redução
significativa com a consideração da interação solo-estrutura, comparados ao Modelo A, essa
redução se dá justamente porque o Modelo A considera a estrutura engastada na fundação, de
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modo que a fundação é responsável por restringir todos os esforços de momento, conforme
pose-se observar na figura 10 quando considerada a interação solo-estrutura o esforço Mx é
redistribuído para as vigas do pavimento.
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Modelo A
Modelo A Modelo B
Elemento Mymáx Mymín Mymédio Mymáx Mymín Mymédio A/B
tf.m tf.m tf.m tf.m tf.m tf.m
P1 4,75 4,90 4,83 1,25 0,28 0,77 6,31
P2 5,07 4,79 4,93 4,34 4,49 4,42 1,12
P5 4,59 5,11 4,85 1,49 0,16 0,83 5,88
P6 5,15 4,76 4,96 5,76 6,22 5,99 0,83
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O objetivo deste trabalho foi verificar as mudanças nos parâmetros de estabilidade global γ z,
nos deslocamentos horizontais δH e na redistribuição dos esforços entre os pilares quando
considerada a interação solo-estrutura. Para que se alcançasse o fim desejado, foram
comparados dois edifícios, Modelo A sobre apoios indeslocáveis e Modelo B sobre apoios
flexíveis, considerando a ISE.
Após análise dos resultados constatou-se que o edifício sobre apoios flexíveis sofreu maiores
deslocamentos, consequentemente teve maior grau de instabilidade elevando-se assim o
parâmetro γz. Observou-se também que ao se considerar a deformabilidade do solo os pilares
centrais ficaram mais aliviados enquanto os pilares de periferia sofreram um acréscimo do
carregamento vertical. A flexibilização dos apoios fez com que os momentos atuantes nos
pilares migrassem para as vigas dos pavimentos.
Por fim o estudo demonstrou a importância da interação solo-estrutura na análise de edifícios
em concreto armado pois, infelizmente a ISE é usada apenas em projetos de obras de grande
vulto, deste modo muitas estrutura de menor porte, podem ter sua durabilidade comprometida
por não levar em consideração a deformabilidade do solo.
Referências
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LOPES, Arlindo P.; SANTOS, Gláucyo O.; SOUZA, André L. A. C. Estudo sobre
diferentes métodos de análise p-delta. Artigo Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.7, p 9-
19, 2005.
SOUZA, Rafael. A.; REIS, Jeselay H.C. Interação solo-estrutura para edifícios sobre
fundações rasas. Artigo Acta Scientiarum Technolgy, Maringá, v.30, n.2, p 161-171, 2008.
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