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Lições Adultos

O Evangelho de Mateus

Lição 4 - Fé e cura

Sábado à tarde
16 a 23 de abril
Ano Bíblico: 1Rs 13, 14

VERSO PARA MEMORIZAR:


“Qual é mais fácil? Dizer: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te e anda?” (Mt 9:5).

LEITURAS DA SEMANA:
Mt 8; Lv 13:44-50; Dn 7:7, 8; Jo 10:10; Mt 9:1-8; 1Jo 1:9

Se você fizesse uma lista de seus maiores temores na vida, como seria ela? Para muitas pessoas, a lista incluiria a morte
de um membro da família ou mesmo a sua própria morte. Embora isso certamente seja compreensível, esse medo está
muito concentrado nas coisas da Terra e envolve apenas a nossa vida presente. Seria a perda da vida terrestre o que
mais deveríamos temer, especialmente tendo em vista que esta vida, de qualquer forma, não dura tanto assim?

Se Deus fosse fazer uma lista do que Ele mais teme, Sua lista certamente teria que ver com nossa perda da vida eterna
e a perdição de nossos familiares.

É claro que Deus Se importa com a doença e a morte no aspecto físico, mas, acima de tudo, Ele Se importa com a
doença espiritual e a morte eterna. Embora Jesus tenha curado muitas pessoas, e até tenha trazido mortos de volta à
vida, isso foi apenas temporário. Todas essas pessoas morreram a morte física, de um jeito ou de outro, com exceção
dos santos que Jesus ressuscitou em Sua ressurreição. (Ver Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 595
e, de Ellen G. W hite, O Desejado de Todas as Nações, p. 786.)

O plano da salvação não nos poupou da doença e da morte físicas. Consideraremos várias histórias de cura e veremos
importantes lições sobre a fé que podemos extrair delas.

A note em sua agenda: 1 4 de maio ser á o dia do Impacto Esper ança! Leia o livr o Esper ança Viva

Domingo
Ano Bíblico: 1Rs 15, 16

Tocando o intocável
Após pregar o Sermão do Monte, no qual descreveu os princípios do reino de Deus, Jesus Se defrontou novamente
com o reino de Satanás, um lugar frio e escuro, cheio de pessoas em decadência, gemendo em busca de redenção, um
lugar cujos princípios são frequentemente contrários a tudo o que Jesus defende. Naquela época, um dos maiores
exemplos do quanto o reino de Satanás havia se tornado miserável e caído podia ser visto na enfermidade da lepra.
Embora ocasionalmente usada como uma forma de punição divina, como no caso de Miriã (Nm 12:9-12), no contexto
mais amplo da Bíblia a lepra é um exemplo forte e horripilante do que significa, exatamente, viver neste mundo caído e
arruinado.

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1. Leia Mateus 8:1-4. Que importância tem o fato de que, ao curar o leproso, Jesus o tocou (ver, por
exemplo, Lv 13:44-50)?

O leproso se ajoelhou diante de Jesus e disse: “Se quiseres, podes purificar-me.” A palavra grega para “podes” é
dunamai, de onde vem nossa palavra “dinamite”. Significa estar cheio de poder. “Se quiseres, estás cheio de poder e
podes transformar minha vida.” Jesus disse que estava disposto a curar o leproso, e o curou imediatamente.

O fato de que Jesus o tocou deve ter causado arrepios nas multidões que viram a cena. Certamente, como fez em
outras ocasiões (por exemplo, na cura registrada a seguir), Jesus poderia simplesmente ter dito uma palavra, e o
homem seria curado. Então, por que Ele o tocou?

“A obra de Cristo em purificar o leproso de sua terrível doença é uma ilustração de Sua obra em libertar do pecado. O
homem que foi a Jesus estava cheio de lepra. O mortal veneno da moléstia havia penetrado em todo o seu corpo. Os
discípulos procuraram impedir o Mestre de o tocar, pois aquele que tocava num leproso se tornava imundo. Pondo a
mão sobre o doente, porém, Jesus não sofreu nenhuma contaminação. Seu contato comunicou poder vitalizante. A
lepra foi purificada. O mesmo se dá quanto à lepra do pecado, profundamente arraigada, mortal e impossível de ser
purificada pelo poder humano” (Ellen G. W hite, O Desejado de Todas as Nações, p. 266).

Talvez, ao tocar o leproso, Jesus tivesse mostrado que, não importa a gravidade do pecado, Ele Se achegará àqueles
que estiverem dispostos a ser perdoados, curados e purificados.

Você conhece alguém que esteja sofrendo de algum tipo de “lepra”, isto é, algo que horroriza e afasta outras pessoas,
levando-as a uma atitude crítica? De que forma o exemplo de Jesus o ajuda a entender como se relacionar com essa
pessoa?

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Segunda
Ano Bíblico: 1Rs 17–19

O romano e o Messias
Há uma boa razão pela qual grande parte do livro de Daniel trata de Roma (ver Dn 7:7, 8, 19-21; Dn 8:9-12, 23-25), e
a razão é o grande poder desse império, que era notório também no tempo de Cristo. Contudo, foi a Jesus um oficial
romano, que era tanto um símbolo quanto uma expressão do poder de Roma. O homem estava indefeso diante das
provações e das tragédias comuns que assediam todos nós. Essa é uma grande lição sobre os limites dos poderes
terrestres. Os maiores e mais influentes líderes, os homens e mulheres mais ricos, são impotentes no que diz respeito a
muitas das lutas comuns da vida. Verdadeiramente, sem a ajuda divina, que esperança teria qualquer um de nós

2. Leia Mateus 8:5-13. Que importantes verdades são reveladas nessa história sobre a fé e seu significado?
O que ela diz a nós, adventistas do sétimo dia, em vista dos privilégios que recebemos?

Um centurião era um oficial militar romano que geralmente supervisionava entre 80 a 100 soldados. Pelo fato de atuar
no exército por cerca de 20 anos, não lhe era permitido ter uma família legal. Assim, o servo desse centurião talvez
fosse sua única família.

Naquela cultura, só um leproso seria mais desprezado do que um gentio e por isso, talvez esse oficial tivesse entendido
que Jesus não desejava entrar em sua casa, embora o Mestre tivesse dito que entraria. Ao pedir apenas a palavra de
Jesus, e não Sua presença real, o centurião demonstrou uma grande fé, que nos fala hoje dizendo: A palavra de Jesus
é tão poderosa quanto Seu toque. O centurião acreditava que, para Jesus, a cura de alguém não era algo difícil; era
semelhante a um oficial militar dando ordens a um soldado, o que acontecia o tempo todo.

Além disso, veja o que Jesus disse em Mateus 8:11, 12. Que severa advertência àqueles que receberam grandes
privilégios! Nós, adventistas do sétimo dia, também fomos grandemente privilegiados, e devemos prestar atenção ao
que é dito ali.

Quais são suas práticas e escolhas diárias? Como essas escolhas afetam sua fé? Que decisões podem fortalecer sua fé e
ajudá-lo a aproveitar mais os privilégios que Deus nos dá?

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Terça
Ano Bíblico: 1Rs 20, 21

Demônios e porcos
3. Leia Mateus 8:25-34. O que esses dois relatos ensinam sobre o poder de Deus? Que conforto
encontramos nesses episódios, especialmente quando estamos lutando com coisas mais fortes do que
nós?

No pensamento judaico, governar a natureza e os demônios era prerrogativa de Deus. Depois de ter acalmado uma
violenta tempestade com uma simples palavra (Mt 8:23-27), Jesus desceu na praia oriental do Mar da Galileia, num
território que, além de ser pagão, era habitado por homens endemoninhados.

Marcos 5:1-20 e Lucas 8:26-39 acrescentam detalhes à história desses endemoninhados. Eles se identificaram como
“legião”. Uma legião do exército romano tinha seis mil soldados. Os demônios foram enviados para dois mil porcos.

Muitos têm indagado por que eles pediram permissão para ser enviados aos porcos. Uma tradição dizia que os demônios
detestavam ficar vagando em vão; preferiam uma casa de qualquer tipo, mesmo que fosse um porco imundo. Outra
tradição dizia que eles tinham medo da água. O próprio Jesus fez referências a demônios andando por lugares áridos
procurando repouso (ver Mt 12:43, NTLH). Também havia tradições judaicas que ensinavam que os demônios poderiam
ser destruídos antes do último dia apocalíptico do Senhor.

Contudo, o ponto mais importante é o seguinte: a condição destrutiva dos homens nessa história é exatamente a
condição destrutiva que Satanás deseja para os filhos de Deus. Mas Jesus transformou completamente a vida deles. Se
escolhermos nos entregar a Jesus, Ele pode e irá desfazer tudo o que Satanás procura fazer em nossa vida. Sem Cristo,
somos impotentes contra ele.

Ou estamos de um lado ou do outro no grande conflito. Não importa quanto essa verdade pareça severa e inflexível,
Jesus não a poderia ter expressado de maneira mais clara do que fez quando disse: “Quem não é por Mim é contra Mim;
e quem comigo não ajunta espalha” (Lc 11:23). Precisamos escolher de que lado ficaremos.

Leia João 10:10. “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenham vida e a tenham em
abundância.” Como isso se aplica não só aos endemoninhados, mas à nossa vida? De que maneira devemos
experimentar essa promessa?

Quarta
Ano Bíblico: 1Rs 22; 2Rs 1

“Levanta-te e anda”
Na lição de segunda, notamos que Jesus disse ao centurião que nem mesmo em Israel havia encontrado uma fé tão
grande. Mas, naquele exato momento em Israel, um homem havia chegado a um ponto em que seu desejo de cura
para o coração era muito maior do que o anseio de cura para o corpo.

4. Leia Mateus 9:1-8. Que grande esperança encontramos nesse relato a respeito da promessa de perdão
para nossos pecados, não importando quais tenham sido nem o dano que tenham causado? Ver também
Rm 4:7; 1Jo 1:9; 1Jo 2:12

É interessante o fato de que a primeira coisa da qual Jesus tratou quando o paralítico foi levado à Sua presença foi a
condição espiritual do homem. Jesus, é claro, sabia exatamente qual era o verdadeiro problema. Apesar do estado físico
miserável daquele homem, Cristo sabia que seu mais profundo problema era a culpa relacionada a uma vida cheia de
pecado. Portanto, sabendo que o homem desejava o perdão, Jesus proferiu as palavras mais confortadoras para alguém
que entende a realidade e o preço do pecado: “Estão perdoados os teus pecados.” Ellen G. W hite declarou: “Não era,
entretanto, o restabelecimento físico que ele desejava tanto, mas o alívio do fardo de pecado. Se pudesse ver Jesus, e
receber a certeza do perdão e a paz com o Céu, estaria contente em viver ou morrer, segundo a vontade de Deus” (O
Desejado de Todas as Nações, p. 267).

Um pastor adventista pregava, muitas vezes, sobre a fé suficiente para não ser curado. Essa é a maior fé entre todas:
quando olhamos para além de nossas circunstâncias físicas e nos concentramos na vida eterna. Frequentemente, nossos
pedidos de oração estão relacionados às nossas necessidades físicas. Embora Deus Se importe com essas necessidades,
em Seu Sermão do Monte, Jesus disse que devemos buscar “em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça” (Mt
6:33, NVI). No fim das contas, apesar de nossas necessidades físicas imediatas, neste mundo de tantas coisas temporais

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e fugazes, é fundamental conservar sempre diante de nós as coisas eternas.

Sejam quais forem nossas lutas físicas, mesmo no pior cenário elas serão sempre e apenas temporais. Por que é
fundamental nunca se esquecer dessa verdade?

Quinta
Ano Bíblico: 2Rs 2, 3

Deixar os mortos sepultarem os mortos


5. Leia Mateus 8:18-22. O que Jesus disse a respeito do que significa segui-Lo?

Primeiro, em Mateus 8:18-22, vemos dois homens se aproximando de Jesus com o desejo de ser Seus discípulos.
Ambos são sinceros; contudo, alguma coisa parece impedi-los de seguir o Mestre. Jesus, que conhece os pensamentos
humanos, foi direto ao âmago da questão. Ele perguntou se o primeiro homem estava realmente disposto a renunciar a
tudo, inclusive a sua própria cama, para segui-Lo! Isso não significa, necessariamente, que os seguidores de Jesus
devam perder todas as posses terrestres, mas, simplesmente, que eles devem estar prontos a perdê-las.

Jesus então perguntou ao segundo homem se ele estava verdadeiramente disposto a colocar Cristo acima de sua
família. À primeira vista, Suas palavras para o segundo homem parecem muito duras. Tudo o que o homem desejava era
sepultar seu pai. Por que ele não podia fazer isso primeiro, e depois seguir Jesus, especialmente quando, na fé judaica,
garantir um sepultamento adequado para os pais era considerado parte da obediência ao quinto mandamento?

Contudo, alguns intérpretes argumentam que o pai do homem ainda não estava morto, ou mesmo à morte; em vez
disso, o homem estava basicamente dizendo a Jesus: Deixa-me resolver todos os meus problemas familiares, e então Te
seguirei.

Por isso, Ele respondeu de modo firme.

Outro chamado ao discipulado foi feito a Mateus, um desprezado coletor de impostos (Mt 9:9-13). Jesus conhecia o
coração de Mateus, que estava obviamente aberto à verdade, como mostra sua reação ao chamado. Jesus certamente
conhecia o tipo de reação que produziria Seu chamado a alguém como Mateus, e isso ocorreu, como o texto revela. A
partir de nossa perspectiva hoje, é difícil imaginar exatamente qual seria a reação das pessoas daquela época ao
chamado de alguém como Mateus, devido ao transtorno que isso representaria à ordem da sociedade. O que vemos
aqui é outro exemplo de que o chamado do evangelho é realmente universal.

Leia Mateus 9:13. Embora o contexto seja diferente, como esse princípio se aplica ainda hoje, mesmo quando
substituímos a ideia do sacrifício animal pelo sacrifício de Jesus? Isto é, como podemos ser cuidadosos para não deixar
que as crenças ou práticas religiosas, ainda que sejam corretas, nos impeçam de fazer o que realmente importa para
Deus?

Sexta
Ano Bíblico: 2Rs 4, 5

Estudo adicional
Leia, de Ellen G. W hite, “Podes Tornar-me Limpo”, em O Desejado de Todas as Nações, p. 262-271.

Os alemães têm um ditado: “Einmal ist keinmal”, que quer dizer, literalmente, “uma vez significa nenhuma vez”. É uma
expressão idiomática cujo significado é: se algo acontece apenas uma vez, não conta, não importa. Se acontece apenas
uma vez, poderia também nunca ter acontecido. Quer você concorde ou não, pense sobre essa ideia no contexto do
estudo de quinta-feira, quando Jesus disse ao homem que desejava primeiro sepultar seu pai para depois ser discípulo:
“Segue-Me, e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Mt 8:22). O que Jesus quis dizer ao deixar implícito
que o homem vivo, na realidade, estava morto? Bem, se “einmal ist keinmal”, se “uma vez significa nenhuma vez”,
então viver neste mundo apenas uma vez, sem a eternidade, seria como se uma pessoa nunca tivesse nascido. Seria a
mesma coisa que estar morta (ver Jo 3:18). Os pensadores seculares, que não creem numa vida futura, têm se
queixado da falta de sentido de uma vida que existe aqui apenas uma vez, e que, além disso, dura bem pouco antes de
se dissipar por toda a eternidade. Que sentido há, perguntam eles, se após esse curto espaço de tempo deixamos de
existir e somos esquecidos para sempre? Não é de admirar, portanto, a forte declaração de Jesus. Ele estava
procurando indicar para o homem uma realidade mais ampla do que aquela que este mundo oferece.

Perguntas para reflexão


1. Com base nas palavras de Jesus sobre deixar que os mortos sepultem os mortos, qual é a importância de conservar
em mente o quadro mais amplo em tudo o que fazemos? Como nossa teologia nos ajuda a entender a amplitude desse

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quadro?

2. Nem sempre conhecemos a vontade de Deus a respeito da cura física, mas sempre sabemos qual é Sua vontade a
respeito da cura espiritual. De que forma isso deve afetar nossa vida de oração?

3. Quais são as coisas mais importantes para você? Faça uma lista e leve para a classe. O que vocês podem aprender
com as prioridades uns dos outros? O que nossas prioridades nos ensinam sobre nós mesmos e sobre nosso conceito de
mundo, de Deus e uns dos outros? Qual seria a diferença entre a nossa lista e a de um grupo de ateus?
Respostas sugestivas: 1 . Jesus tocou o leproso e toca o corpo e o coração dos pecadores contaminados pelo pecado. Seu poder de purificação foi mais
forte que a impureza da lepra. 2 . Por meio da fé, Deus realiza marav ilhas em nossa v ida. Dev emos confiar no poder div ino e aceitar a autoridade de Sua
Palav ra. Q uando intercedemos por outras pessoas, milagres acontecem. 3 . O poder div ino controla a natureza e até os demônios. Em meio às tempestades da
v ida e ao ataques do inimigo, Em C risto encontramos proteção e libertação. 4 . A pesar dos nossos erros e suas consequências, C risto nos perdoa, aceita e
transforma. O C risto que morreu para nos perdoar também tem autoridade para nos curar. 5 . O discípulo dev e entender que seguir Jesus significa renunciar às
coisas deste mundo, incluindo até algum planejamento familiar. Enquanto seguimos Jesus, os mortos espiritualmente podem cuidar dos mortos fisicamente.

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