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Capítulo 9: As curas, os pecadores, o jejum e a obra do Senhor

1.Na cura do paralítico Jesus fez uma pergunta impossível de qualquer ser humano
responder (“Qual é mais fácil?”). Nem curar e nem perdoar estão nas capacidades do
homem. Entendemos que a paralisia daquele homem era devido a pecado, embora
não seja um padrão para as doenças (v.1-8).

2.Mateus era considerado um grande pecador pelos judeus, pois sendo um coletor de
impostos, era considerado um traidor de seu povo e um extorsionário. Deve ter sido
uma alegria para Mateus ter sido inspirado por Deus para escrever de si mesmo neste
evangelho. Mateus foi um pecador resgatado por Aquele que foi criticado pelos
fariseus nos versículos seguintes por tomar refeição com pecadores. O Senhor permite
comermos com incrédulos, mas nos impede de comermos com os falsos irmãos ou
aqueles irmãos que andam em pecado de obstinação (1 Coríntios 5.9-13). O cuidado
para com os necessitados vale mais do que o ritual (v.9-13).

3.Os fariseus jejuavam todas as segundas e quintas-feiras. Os discípulos de João


continuavam com esta prática. O Senhor Jesus mostra que o jejum é feito quando se
está triste. Por enquanto, o noivo está na terra e os amigos do noivo se alegram nesta
festa, mas quando for tirado de modo violento, então, o jejum será uma forma sensata
de lamentação. As velhas doutrinas dos fariseus não podem ser misturadas com a
doutrina de Cristo. O pano novo costurado em pano velho não ficará, pois o tecido
velho não suportará e se rasgará. A bolsa de couro novo, chamada odre, transporta
vinho e o couro se expande. Quando o vinho novo é colocado no odre, este se expande
proporcionalmente à fermentação do vinho, porém, se o vinho colocado já é
fermentado, o odre se rasgará, pois a fermentação é demais para o couro novo (Josué
9.4). Assim como não se misturam elementos novos com velhos, da mesma forma a
doutrina de Cristo não combina com a velha doutrina dos fariseus (v.14-17).
4.A obra do Senhor Jesus incluía as muitas curas. Ninguém ficava doente ou morria na
presença de Jesus, nem mesmo os ladrões na cruz morreram antes Dele. Uma mulher
foi curada apenas tocando suas vestes, a filha de Jairo foi ressuscitada, os cegos
creram em Jesus e foram curados e o mudo endemoninhado também foi libertado dos
demônios e curado. As obras de Jesus jamais deveriam ser desafiadas, porém, alguns O
acusaram de receber poder de Satanás. Depois de tantas curas e assistências, o Senhor
Jesus pede que os discípulos orem por mais trabalhadores. Será que Ele queria
curandeiros, pois havia muitos doentes? Não, Jesus quer pessoas que se compadeçam
com a situação espiritual dos aflitos que não têm pastor (v.18-38).

“Nessa parte Mateus apresenta alguns milagres de Jesus. Seu reino não é composto
apenas de palavras, ensinamentos, mas demonstração de poder. Vemos então nesses
capítulos a autoridade do Rei Messias sobre: homens, toda sorte de enfermidades (Mt
9.35), deficiências físicas, morte, pecado, natureza, demônios. Fica em evidência o
absoluto alcance do Reino de Deus. Ele abrange todas as áreas. Temos referência ao
natural, ao humano e ao espiritual. Poderíamos considerar o humano como parte do
natural, mas dividimos assim para visualizarmos o homem em relação ao que é natural
e ao que é espiritual. É importante separarmos bem essas coisas. Nem toda doença é
provocada por demônios, mas algumas são. Nem toda ventania é provocada por
demônios, mas algumas podem ser, conforme se vê no livro de Jó. O que não se deve
fazer é generalizar. Em muitos casos será necessário o discernimento dado por Deus.
Seja de que tipo e origem for o fato, nada se encontra fora do alcance do poder de
Deus.”1

Pedra de tropeço (Mt 9)


1.Quando não cogita as coisas de Deus (v.1-8)
2.Quando não ama os pecadores (v.9-13)
3.Quando está preso às tradições (v.14-17)
4.Quando não leva a sério o poder de Deus (v.18-26)
5.Quando não se tem fé (v.27-31)
6.Quando não atribui a Deus o poder (v.32-34)
7.Quando não se ora pela obra de Deus (v.35-38)

1
Introdução ao estudo dos evangelhos e Evangelho de Mateus - Prof. Anísio Renato de Andrade
(SEBEMGE - Seminário Batista do Estado de Minas Gerais – sem data de publicação)

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