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Lição 7 6 a 13 de fevereiro

Os ensinos de Jesus e o grande conflito

Sábado à tarde Ano Bíblico: Lv 15, 16

VERSO PARA MEMORIZAR:"Venham a Mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e Eu lhes darei
descanso" (Mt 11:28, NVI).

LEITURAS DA SEMANA: Mt 11:29; Rm 4:1-6; Mt 13:3-8, 18-23; 7:21-27; Tg 2:17; Mt 7:1-5

Quando pensamos no tema do grande conflito, temos a tendência de pensar nele em termos grandiosos,
globais. Isto é, nos concentramos numa visão do quadro geral. Ele pode ser chamado de "metanarrativa",
uma história que abrange e explica uma grande parte da realidade, ao contrário de uma narrativa ou
história local que explica algo cuja extensão é muito mais limitada. Por exemplo, a famosa cavalgada de
Paul Revere (mensageiro patriota durante as batalhas da Revolução Americana, em 1775) é uma narrativa
local, em contraste com a narrativa muito mais grandiosa e ampla da Revolução Americana em si.

Contudo, por mais grandioso e amplo que seja o tema do grande conflito, e por mais importantes que
sejam as questões envolvidas, ele se desenrola diariamente na Terra, em nossa vida, em nossa maneira de
nos relacionarmos com Deus, com a tentação e com os outros.

Na lição desta semana examinaremos alguns ensinos de Jesus sobre assuntos muito realistas e práticos,
enquanto nos esforçamos para conhecer e fazer a vontade de Deus em meio ao grande conflito.

Desenvolva o hábito de praticar uma ação solidária a cada semana. Visite uma pessoa de sua comunidade, ore com ela, estude a Bíblia com ela e atenda às suas
necessidades materiais. Você verá milagres na vida dela e também em seu coração.

Domingo, 7 de fevereiro Ano Bíblico: Lv 17-19

Muitos tipos de descanso


1. "Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque Sou manso e humilde de coração; e achareis
descanso para a vossa alma" (Mt 11:29). Como o ato de tomar o Seu "jugo" traz descanso para nossa alma?

Essa oferta indica uma dimensão pessoal em meio à extensão muito mais ampla da missão de Jesus de
libertar as pessoas do inimigo. Suas palavras são, na verdade, uma adaptação da declaração de Jeremias,
que prometeu às pessoas descanso para sua alma se elas se voltassem para a religião de seus pais, em vez
de permanecerem no paganismo das nações circunvizinhas (Jr 6:16).

O conceito de descanso na Bíblia é muito rico. Começa com o próprio Deus, que descansou quando
terminou a obra da criação (Gn 2:2). Seu descanso deu início a um descanso sabático celebrado
semanalmente. O descanso também era comemorado ao longo do ano, durante as festas anuais (por
exemplo, Lv 16:31), e a cada 50 anos no jubileu, quando os escravos eram libertados e as dívidas eram
perdoadas (Lv 25:10).

O descanso podia ser sentido quando Deus estava presente com Seu povo (Êx 33:14) e onde não havia
"inimigo, nem adversidade alguma" (1Rs 5:4; Dt 25:19). Era desfrutado na terra dada por Deus ao Seu povo
(Js 1:13). Seria concedido especialmente quando as pessoas voltassem do cativeiro e do exílio (Jr 30:10). O
descanso também era compartilhado na hospitalidade para com os estrangeiros (Gn 18:4) e ao se desfrutar
de uma vida familiar estável (Rt 1:9; Pv 29:17).

Contudo, o descanso esteve ausente do povo de Deus durante o cativeiro (Êx 5:4, 5; Lm 1:3). O descanso
escapa dos perversos, os quais são como o mar agitado, que não se pode aquietar (Is 57:20). O único
descanso que essas pessoas podem aguardar é o da morte e da sepultura (Jó 3:11, 13, 16-18). Em
Apocalipse 14:11 encontramos uma poderosa advertência sobre descanso para aqueles que estão do lado
errado no grande conflito dos últimos dias.

O descanso que Jesus oferece é um pacote muito generoso. Ele inclui o presente do sábado, que nos
concede tempo com o Criador. A oferta de descanso feita por Cristo reconhece nossa condição perdida e
nos restaura em todos os aspectos. E, quando cometemos erros, ainda temos a certeza de um lugar de
descanso ao lado do Salvador.

Além do sábado, como aprender a desfrutar o descanso que Deus nos oferece? Como encontrar em Jesus o
descanso para nossa alma? Leia Romanos 4:1-6.
Fortaleça sua experiência com Deus. Acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/

Segunda, 8 de fevereiro Ano Bíblico: Lv 20-22

Plantio e colheita
O tema do grande conflito está implícito na parábola de Jesus sobre o semeador. A menção de quatro tipos
de respostas à mensagem do evangelho indica que há mais do que simplesmente pessoas "boas" e "más"
no mundo. A vida é mais complexa do que isso e, portanto, precisamos ser cuidadosos na nossa maneira
de abordar os que parecem não responder ao evangelho como achamos que deveriam.

2. Leia Mateus 13:3-8 e os versos 18-23. Como a realidade do grande conflito é revelada claramente nessa
história?

A batalha pelas pessoas é real, e o inimigo usa tudo que pode para afastá-las da salvação. Por exemplo, no
contexto da semente que cai à beira do caminho, Ellen G. White escreveu: "Satanás e seus anjos estão nas
reuniões em que o evangelho é pregado. Enquanto anjos do Céu se esforçam para impressionar os
corações com a Palavra de Deus, o inimigo está alerta para torná-la sem efeito. Com fervor comparável
apenas à sua maldade, procura frustrar a obra do Espírito de Deus. Enquanto Cristo, pelo Seu amor, atrai a
pessoa, Satanás procura desviar a atenção daquele que é movido a buscar o Salvador" (Ellen G. White,
Parábolas de Jesus, p. 44).

Alguém poderia perguntar: Por que o fazendeiro não foi mais cuidadoso, evitando desperdiçar as
sementes lançadas no caminho? Por que ele não foi mais diligente e removeu as pedras? Por que ele não
arrancou maior quantidade de ervas daninhas?

Quando estamos lançando as sementes do evangelho, o esforço humano é sempre limitado. Precisamos
semear em toda parte. Não somos juízes para determinar qual é o solo bom e o ruim. O aparecimento das
ervas daninhas indica que simplesmente somos incapazes de impedir que o mal brote nos lugares mais
inesperados. Somente o trabalho do Senhor da colheita sobre a terra semeada garantirá a salvação aos que
aceitam a semente da Palavra. Fazemos nosso trabalho, e precisamos aprender a crer que Ele fará o dEle.

Você já constatou a realidade dessa parábola? Por que, às vezes, vemos pessoas recém-batizadas saindo
da igreja, ou pessoas que simplesmente não demonstram interesse nenhum?

Terça, 9 de fevereiro Ano Bíblico: Lv 23-25

Construir sobre a rocha


A questão da nossa posição na luta cósmica que se desenvolve ao redor se torna muito pessoal na parábola
do homem que construiu uma casa sobre a rocha.

3. Leia Mateus 7:21-27. O que é tão assustador nessa parábola?

O que vem à sua mente quando você pensa nessa história? Onde está a rocha e onde está a areia? Para
algumas pessoas, a areia se encontra apenas na praia, mas essa história provavelmente não seja sobre uma
residência à beira-mar. O lugar mais provável talvez seja entre as colinas onduladas sobre as quais a
maioria das aldeias estava localizada, em algum lugar ao lado de um vale.

Jesus descreveu duas casas: uma construída simplesmente sobre a superfície, enquanto a outra tem
alicerces que descem até a camada rochosa (Lc 6:48). Não dá para dizer a diferença entre as duas casas
prontas até que chova nas colinas e uma repentina inundação desça estrondosamente para o vale. Para um
dos construtores, isso não será problema, pois a casa está firmemente estabelecida; mas para o outro
haverá problema. Sem um alicerce seguro, a casa construída apenas na superfície será alvo fácil das
enchentes com suas águas agitadas.

Jesus contou essa parábola porque sabia o quanto nos enganamos. Há uma séria luta em andamento e,
sem ajuda, não será possível sobreviver a ela. Visto que Jesus prevaleceu contra o mal, Ele é chamado a
Rocha.

Essa batalha pessoal contra o mal pode ser vencida, mas somente se edificarmos nossa vida firmemente
sobre Cristo, e somente podemos edificar sobre o Salvador por meio da obediência a Ele. "Todo aquele,
pois, que ouve estas Minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a
sua casa sobre a rocha" (Mt 7:24). Simples assim. Por mais que a fé seja um componente fundamental, a
Bíblia diz que a fé sem obras é "morta" (Tg 2:17, 20, 26), e nessa parábola vemos exatamente como ela é
morta.

Leia Mateus 7:22,23. Expulsar demônios ou profetizar em nome de Jesus revela que essas pessoas tinham
algum tipo de "fé". Contudo, qual foi o destino delas? Qual é o alicerce sobre o qual sua casa está
construída, e como saber a resposta?

Quarta, 10 de fevereiro Ano Bíblico: Lv 26, 27

Não julgueis
Jesus pronunciou o Sermão do Monte no princípio de Seu ministério. Ele foi revolucionário. Para começar,
Ele disse às pessoas comuns que elas eram valorizadas e bem-aventuradas aos olhos de Deus (Mt 5:3-12), e
que elas eram sal (Mt 5:13) e luz (Mt 5:14-16), duas coisas altamente valorizadas. Ele falou sobre a
importância da lei de Deus (Mt 5:17-19), mas advertiu contra a tentativa de impressionar outros com o bom
comportamento (Mt 5:20). Jesus ainda enfatizou que a moralidade é determinada pelo que a pessoa
pensa, não apenas por seus atos (Mt 5:21-28), embora devamos ter cuidado em relação aos atos (Mt 5:29,
30). Quando lemos todo o sermão, podemos ver que Ele abrangeu toda a gama da existência e dos
relacionamentos humanos (Mt 5-7:27).

4. Leia Mateus 7:1-5. De que forma a realidade do grande conflito é revelada nesse texto? Como a luta
entre o bem e o mal é manifesta ali?

'"Não julgueis, para que não sejais julgados' (Mt 7:1). Não vos julgueis melhores que outros homens, nem
vos exalteis como seus juízes. Uma vez que não podeis discernir os motivos, sois incapazes de julgar um ao
outro. Ao criticar uma pessoa, estais sentenciando a vós mesmos, pois mostrais ter parte com Satanás, o
acusador dos irmãos. O Senhor diz: 'Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós
mesmos' (2Co 13:5, ARC). Eis nossa tarefa" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 314).

Quando Jesus disse aos Seus ouvintes que não julgassem, apresentou duas ideias importantes. A primeira
é que julgamos os outros porque fazemos as mesmas coisas que estamos condenando (Mt 7:1,2). Tiramos a
atenção de nós mesmos e garantimos que todos ao nosso redor olhem para a pessoa que estamos
condenando, e não para nós.

A outra ideia que Jesus apresenta é que, com frequência, o problema que vemos em nosso irmão ou irmã
é pequeno em comparação com o nosso próprio, um problema do qual podemos nem mesmo estar
conscientes. É tão fácil ver um cisco no olho dos irmãos, mas somos incapazes de ver a grande trave de
madeira que está no nosso olho.

Qual é a diferença entre julgar alguém e julgar seus acertos ou erros? Por que é muito importante fazer essa
distinção?

Quinta, 11 de fevereiro Ano Bíblico: Nm 1-3

"Eis que estou convosco todos os dias"


5. Mateus terminou seu evangelho com algumas das palavras mais encorajadoras de Jesus: "Eis que estou
convosco todos os dias até à consumação do século" (Mt 28:20). O que elas significam para nossa vida,
lutas, fracassos, decepções e até mesmo para os momentos em que achamos que Deus falhou conosco?

É interessante que Mateus tenha começado seu evangelho com palavras semelhantes. Depois de
especificar todos os ascendentes e relatar a visita do anjo, primeiro a Maria, depois a José, Mateus
explicou que o bebê que nasceria seria Emanuel, Deus conosco (Mt 1:23).

Várias vezes na Bíblia, Deus fez a promessa: "Estarei com você". Ele prometeu estar com Isaque (Gn 26:24),
com Jacó (Gn 28:15), com Jeremias (Jr 1:8, 19) e com o povo de Israel (Is 41:10; 43:5). O contexto de muitas
dessas referências é o tempo das dificuldade e ameaças, quando as palavras divinas teriam muitíssima
relevância.

Um verso paralelo usa palavras semelhantes: "Nunca o deixarei, nunca o abandonarei" (Hb 13:5, NVI).
Apenas alguns versos depois, o autor acrescenta: "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre"
(Hb 13:8, NVI). Essa promessa também é repetida várias vezes. Na verdade, ela vem da ocasião em que
Moisés transferiu a liderança para Josué (Dt 31:6, 8), e Deus repetiu a frase para Josué após a morte de
Moisés: "Nunca o deixarei, nunca o abandonarei" (Js 1:5, NVI). Quando Davi passou o reino para Salomão,
disse a ele, da mesma forma, que Deus não o deixaria nem o abandonaria (1Cr 28:20).

Jesus, que nunca muda, que está sempre conosco, ofereceu firme confiança a nossos antepassados na fé.
Eles estavam enfrentando dificuldades e provas, ou estavam prestes a empreender o maior desafio de sua
vida, mas lhes foi assegurada a contínua presença de Deus.
Essas palavras de encorajamento são significativas para a igreja de Cristo no tempo do fim. A promessa de
Jesus de estar conosco até o fim está no contexto da ordem para fazer discípulos, indo, batizando e
ensinando. Portanto, é aí que está o foco: na alegria de resgatar pessoas para que elas não terminem do
lado derrotado no grande conflito.

Nas três tentações, Jesus usou a Bíblia como defesa. O que isso significa para nós, na prática? Quando
enfrentamos a tentação, corno usar a Bíblia para obter as mesmas vitórias?
Prepare o seu coração! Vêm aí dez dias para orar e momentos para jejuar!

Sexta, 12 de fevereiro Ano Bíblico: Nm 4-6

Estudo adicional
O escritor Leon Wieseltier escreveu sobre algo que ele classificou como "uma das histórias mais tristes do
mundo". Ele contou de um cidadão inglês, por nome S. B., cego desde o nascimento. Contudo, a boa
notícia foi que, aos 52 anos de idade, S. B. fez um transplante de córneas que lhe proporcionou a visão.
Pela primeira vez na vida, S. B. foi capaz de enxergar! Deve ter sido algo incrivelmente emocionante para
ele, finalmente, ver o mundo que havia se mostrado ao seu redor durante toda sua vida, mas estivera,
literalmente, longe dos seus olhos. Entretanto, Wieseltier citou o livro em que leu inicialmente a história.
S. B., dizia o autor, "achou o mundo sem graça, e ficou contrariado com as pinturas descascadas e manchas.
[...] Ele começou a notar cada vez mais as imperfeições das coisas, e examinava pequenas irregularidades
e marcas na pintura e na madeira, o que ele achava desagradável, pois esperava, evidentemente, um
mundo mais perfeito. Ele gostava das cores brilhantes, mas ficava deprimido quando a luz se desvanecia.
Sua depressão se tornou pronunciada e generalizada. Ele gradualmente foi desistindo da vida ativa, e três
anos depois morreu" (www.newrepublic.com/article/113312). Que incrível! Embora até certo ponto seja
difícil entender essa atitude, por outro lado é possível entender. Nosso mundo é um lugar danificado. O
grande conflito está sendo travado aqui há cerca de seis mil anos. Uma guerra de seis mil anos deixa muita
destruição em seu rastro. Apesar de todas as nossas tentativas de tornar o mundo melhor, a trajetória
parece não seguir na direção certa. Na verdade, as coisas só vão piorar. Por isso, precisamos da promessa
de redenção, que chega a nós somente por meio da vitória de Cristo no grande conflito, assegurada na cruz
e oferecida livremente a todos nós.

Perguntas para reflexão.

1. Que lições você pode aprender com a história de S.B.?

2. Se um amigo ou familiar fez algo errado, como lidar com esse problema de uma forma que não julgue a
pessoa nem pareça julgá-la?
Respostas sugestivas: 1. Nosso jugo nos sobrecarrega, mas o jugo que Cristo nos oferece é suave. Cristo restaura o ser humano em todos os
aspectos. 2. Todo o esforço foi feito para que a palavra de Deus germinasse, mas o inimigo astuto estava alerta para não deixar a semente
se desenvolver. 3. A parábola foi dirigida às pessoas que professavam conhecer Cristo e aparentemente fizeram prodígios em Seu nome,
Mas não estavam alicerçadas na Rocha que é Cristo. 4. Quando julgamos alguém, evidenciamos que temos parte com Satanás, o grande
acusador. Em vez de julgar deveríamos nos auto avaliar para ver se não estamos cometendo o mesmo ato. 5. Não estamos sozinhos! Deus
diz: Estarei com você, nunca o deixarei, nem o abandonarei. Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente!

O tempo especial para consagração começará no próximo dia 19! Participe e envolva seus amigos!

Retirado do Site: iasdcolonial.org.br

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