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Novo-Desenvolvimentismo
Autoria: Marta Lucia Azevedo Ferreira
Resumo: Este ensaio teórico propõe a reflexão sobre Estado, instituições e desenvolvimento
no escopo das recentes discussões sobre o processo de globalização. A partir das abordagens
da Economia Política Comparada e das Variedades de Capitalismo (VoC), apresenta-se
inicialmente o debate contemporâneo sobre o papel do Estado na economia e no
desenvolvimento e a seguir suas repercussões na América Latina e no Brasil, sob o novo-
desenvolvimentismo. Como o Estado é o ator-chave no sentido de capacitar, regular e
influenciar o comportamento dos agentes econômicos e da sociedade em geral, conclui-se que
o sucesso desta empreitada depende de sua própria capacidade de renovação.
1. Introdução
As reflexões e debates sobre o papel do Estado na economia e no desenvolvimento
vêm sendo revigorados pelo enfraquecimento da agenda de reformas pró-mercado iniciadas
no final dos anos 70 e pela retomada do Institucionalismo em suas distintas versões (Tapia &
Giesteira, 2010). De fato, em um contexto de crescente dinamismo, incerteza, complexidade,
diversidade e interdependência global, o argumento de validade e eficácia de uma agenda
única de aplicação universal tornou-se frágil.
O Institucionalismo, por sua vez, distingue-se do paradigma intelectual do
individualismo metodológico por privilegiar a compreensão da ação dos indivíduos em suas
manifestações coletivas, constituindo um novo paradigma ou aparato conceitual capaz de
propiciar um entendimento mais amplo e completo dessa realidade multifacetada e de
promover uma intensa renovação nas Ciências Sociais, sobretudo de natureza interdisciplinar.
Neste sentido, a Economia Política Comparada vem buscando, desde o pós-guerra,
explicar as diversas trajetórias de desenvolvimento dos países por meio das instituições. Esta
abordagem vem dialogando com as contribuições mais recentes da abordagem de Variedades
de Capitalismo (VoC), que enfatiza a maneira pela qual as instituições nacionais interagem
para produzir tipos particulares de capitalismo.
Segundo Carvalho (2008), a unificação de mercados alcançada a partir da segunda
metade do século XIX sob o padrão-ouro e a hegemonia britânica foi interrompida no período
entre as duas guerras mundiais e revertida no período do pós-guerra aos anos 70, quando a
tendência se reverteu novamente a favor da integração de mercados, ou seja, da globalização
econômica, com reflexos nas dimensões financeira, comercial e produtiva.
Bresser-Pereira (2009) acrescenta que esse processo veio acompanhado das ideologias
do neoliberalismo e do globalismo, representando a crença na auto-regulação dos mercados e
na irrelevância do papel do Estado. A percepção era de que havia uma trajetória única de
crescimento econômico e de desenvolvimento a ser seguida pelos países com base no modelo
americano.
O fim da Guerra Fria favoreceu a disseminação ao redor do mundo do Consenso de
Washington, que consolidou as recomendações de política macroeconômica que deveriam ser
adotadas pelos países da América Latina que recorressem ao Banco Mundial, ao Fundo
Monetário Internacional e ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (Williamson, 1990,
1993).
A abertura comercial e a quebra de barreiras ao investimento estrangeiro direto, a
liberalização financeira, a desregulamentação visando o estímulo à competição e a
privatização de empresas estatais foram acompanhadas por reformas complementares ou de
segunda geração visando o fortalecimento das instituições públicas, jurídicas, financeiras e
educacionais em prol do crescimento voltado para o mercado (Williamson, 2004).
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Esta nova agenda trouxe ao debate o tema da relação entre instituições e
desenvolvimento. É com o objetivo de aumentar a coordenação entre as atividades
econômicas e reduzir o desperdício que as sociedades criam suas regras ou instituições. Estas
tanto restringem como capacitam a ação coletiva, mas nada garante o melhor resultado
possível.
Seja no nível macro do ambiente em que operam, seja no nível micro dos arranjos que
dificultam, impedem, facilitam ou viabilizam as relações sociais e transações de natureza
econômica, “as instituições devem realizar a tarefa de promover a cooperação e reduzir o
conflito em um ambiente de desenvolvimento econômico, que é um ambiente de
transformações e mudanças profundas” (Fiani, 2011, p. 11).
Porém, esta nova agenda acabou por significar a tentativa de adequação dos ambientes
e arranjos institucionais dos países latino-americanos aos existentes nos países desenvolvidos.
Segundo Chang (2004), estes últimos se valeram do pretexto de recomendar políticas e
instituições “boas” unicamente para dificultar ou impedir o processo de emparelhamento ou
catching-up dos primeiros, ou seja, “chutaram a escada”. Os países desenvolvidos não seriam
o que são hoje se tivessem adotado as políticas e instituições que recomendaram às nações em
desenvolvimento, razão pela qual atuaram como “maus samaritanos” (Chang, 2009).
De fato, a aplicação da ortodoxia neoliberal durante os anos 80 e 90 não conduziu os
países da região aos resultados esperados. Ao contrário, eles tiveram grandes dificuldades em
retomar o crescimento econômico de décadas anteriores, buscar o desenvolvimento segundo
parâmetros sustentáveis e galgar inserções competitivas ativas no comércio e na economia
internacional, constituindo exemplos de fracasso quando comparados aos países do leste
asiático, que lograram êxito ao optarem por estratégias e políticas autônomas de crescimento
econômico e desenvolvimento.
Como afirma Evans (2003), a "virada institucional" marcou o surgimento da
"monocultura institucional", baseada na idéia errônea de que instituições anglo-americanas
são replicáveis independentemente do contexto cultural a que se destinam. Diferentemente, o
catching-up de países como Japão, Taiwan, Coréia, Hong-Kong e Cingapura conferiu outro
sentido à "virada institucional”, mostrando a importância do papel ativo do Estado no sentido
de promover adaptações e mudanças institucionais em função de estratégias e políticas
próprias.
Ainda que no contexto de maior interdependência global as margens de manobra do
Estado possam diminuir, o sucesso desses países tornou evidente que existem espaços para a
atuação soberana e a inserção competitiva ativa. Não se trata do “eclipse do Estado” (Evans,
1997), mas da “transformação do Estado” (Weiss, 2003), isto é, da reconfiguração de seu
papel na dinâmica atual do capitalismo. A afirmação de Held (1991, p. 160) é elucidativa: “as
capacidades estatais foram ao mesmo tempo reduzidas e alargadas, permitindo ao Estado o
cumprimento de uma série de funções que já não podem ser mantidas senão em conexão com
relações e processos globais”.
Mais recentemente, países periféricos como Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul vêm despertando grande atenção, não apenas por suas semelhanças em termos de tamanho
de mercado, mas especialmente por sua busca de trajetórias e soluções endógenas para as
questões de natureza política, econômica e social, razão pela qual passaram a ser considerados
países emergentes. O caso da China é emblemático, pois o país vem promovendo alterações
dramáticas e significativas na geopolítica e na ordem econômica mundial ao delinear os
contornos de um capitalismo de feição peculiar.
No século XXI, impõe-se a percepção da globalização como fenômeno
multidimensional, ou seja, que transcende à lógica econômica, sujeitando-se, acima de tudo, à
lógica política (Diniz, 2007). Vale acrescentar seus componentes ideológicos e culturais, que
não podem ser subestimados. Vive-se hoje um novo período histórico pós-Consenso de
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Washington, que é marcado pela controvérsia e conflito de visões acerca dos rumos do
desenvolvimento capitalista. O consenso e a unidade deram lugar ao dissenso e à diversidade.
A autora aponta uma fissura na atual “comunidade epistêmica” (Haas, 1997), ou seja,
na rede transnacional de conexões que permite a difusão de novas idéias, argumentos
técnicos, modelos e valores (Diniz, 2009). Tal fissura é explicada pelos motivos anteriores,
aos quais ela acrescenta a transformação do crash do mercado financeiro americano em 2007
na crise econômica de 2008 que, por gerar simultaneamente ameaças e oportunidades, acentua
a tendência à reflexão crítica e ao acirramento do debate acadêmico (Diniz, 2010). É nesse
contexto que a discussão sobre o papel do Estado na ordem econômica ganha proeminência,
como será apresentado a seguir.
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Governo Lula, há baixa probabilidade de que a “convenção neoliberal” possa retomar sua
posição dominante.
A eleição da presidente Dilma Roussef em 2010 ratifica a aposta do autor, que aponta o
“novo desenvolvimentismo” como convenção alternativa aplicável a países de renda média
como o Brasil. Segundo Bresser-Pereira (2009, p. 52), o fato histórico novo é que a
“estratégia nacional de desenvolvimento” é a instituição-chave neste processo, pois “de
maneira geral, as boas reformas institucionais caminham juntas, de um lado, com mudanças
tecnológicas e econômicas, e de outro, com mudanças culturais e ideológicas.
Ao guiar os principais atores políticos e econômicos, esta estratégia envolve o
incentivo à inovação e à acumulação de capital priorizando, não apenas os interesses do
capital nacional, mas também do conhecimento nacional e da mão de obra nacional.
Configura-se uma estratégia nacional de catching-up. Nas palavras do autor, trata-se de um
“conjunto de instituições que definem as regras do jogo do crescimento econômico”, ou seja,
de uma coalizão política implícita em que as classes sociais, sob a liderança do governo,
suspendem seus conflitos internos e cooperam, quando o problema que enfrentam é a
competição econômica internacional (Bresser-Pereira, 2009, p. 57).
O autor compara o “novo desenvolvimentismo” com o “desenvolvimentismo” dos
anos 50 e com a ortodoxia econômica convencional ou neoclássica e lança uma proposta que
chama de “macroeconomia estruturalista do desenvolvimento”, centrada no financiamento do
desenvolvimento com poupança interna e na gestão da taxa de câmbio, de modo a torná-la
competitiva e dar suporte à exportação de produtos tecnologicamente avançados. Outros
aspectos enfatizados são o equilíbrio do orçamento público por meio de uma política fiscal
rígida e a gestão da taxa de juros, que deve manter-se em patamar moderado (Bresser-Pereira,
2009, 2011; Bresser-Pereira & Gala, 2010).
Na mesma direção, Sicsú, Paula e Michel (2005) exploram as relações entre as esferas
econômico-social, público-privada e nacional-internacional, bem como as linhas mestras da
“estratégia nacional de desenvolvimento” que propõem para o Brasil, à qual também
denominam “novo desenvolvimentismo”, centrada no binômio crescimento sustentado com
eqüidade social, o que significa pleno emprego com equidade social. Para os autores, o Estado
deve ser forte para permitir ao governo a implementação de políticas macroeconômicas
expansionistas ou defensivas e ser capaz de regular a economia. Esta deve ser constituída por
um mercado forte e por um sistema financeiro funcional, isto é, voltado para o financiamento
das atividades produtivas e não especulativas.
Alinhando-se sobretudo às considerações de Chang (2003, 2004) e Evans (2004), os
autores propõem que o Estado brasileiro faça uso de políticas industriais e comerciais
inteligentes e criativas e se torne ao mesmo tempo autônomo e responsável perante a
sociedade que representa. Conforme assinalado por Boschi e Gaitán (2010), Sicsú, Paula e
Michel (2005) preconizam a reconstrução e capacitação do Estado nos planos político,
administrativo e financeiro, de modo a poder fazer uso de incentivos à competitividade
industrial, visando a inserção competitiva ativa do país nos segmentos tecnologicamente
dinâmicos do comércio internacional. Outro destaque é o desenvolvimento do capital humano
por meio da educação pública.
Em trabalho posterior, Sicsú (2008) apresenta as três partes da “estratégia nacional de
desenvolvimento” para o Brasil: a primeira, que representa o objetivo final, corresponde à
visão da sociedade desejada; a segunda envolve a trajetória macroeconômica a ser percorrida
para atingir este objetivo por meio de um Estado ativo; e a terceira diz respeito às políticas
públicas promotoras da justiça social e do desenvolvimento.
O autor enfatiza o papel da mobilização nacional em torno da visão da sociedade
desejada através de um amplo e organizado debate em torno de linhas gerais. As políticas
macroeconômicas devem promover o crescimento econômico e a industrialização
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tecnologicamente sofisticada, enquanto os sistemas de saúde e educação devem ser gratuitos e
de máxima qualidade para todos os níveis e necessidades.
Em complemento, Magalhães (2008) afirma que o fracasso do modelo brasileiro de
“integração competitiva no mercado mundial” é atribuído à incapacidade do país de penetrar
nos segmentos tecnologicamente dinâmicos deste mercado e aponta a estratégia de
crescimento para dentro e para fora como a mais adequada para o país, na medida em que é
viável politicamente e economicamente.
A transição de um processo de crescimento lento para um processo de catching-up
requer ações do Estado no sentido de promover inovações tecnológicas e institucionais. Como
afirma Ferreira (2010), embora o estabelecimento do sistema de pós-graduação tenha
constituído um dos elementos-chave para os processos de aprendizagem tecnológica ativa e
de inovação e para a consolidação do sistema brasileiro de inovação, o que se verifica é o
papel limitado que a transformação de conhecimentos científicos em inovações tecnológicas
vem desempenhando no país.
Em complemento, Suzigan e Albuquerque (2008) explicam que o protecionismo
exagerado, o domínio de indústrias estratégicas por empresas multinacionais, a
descontinuidade de políticas públicas e as recorrentes crises macroeconômicas acabaram por
determinar no país um padrão tecnológico predominante de baixa demanda sobre o sistema
científico e universitário.
As inovações institucionais, por sua vez, constituem pré-requisitos para o
desenvolvimento e sua dinâmica é essencial, ao lado da capacidade de implementá-las e da
flexibilidade para mudá-las ao longo do tempo. Albuquerque (2009, p. 69) acrescenta que “a
capacidade de coordenação para a criação e a mudança institucional são as variáveis-chave do
processo e componentes decisivos de políticas públicas ajustadas à dinâmica do capitalismo
do século XXI”. A capacidade de coordenação do Estado constitui-se como fator crítico de
sucesso.
De acordo com Chang (2004), um esforço intelectual maior é necessário visando a
melhor compreensão do papel das instituições e das políticas no desenvolvimento. E segundo
Evans (1998), o recuo do neo-utilitarismo permite moldar uma visão mais satisfatória do
papel do Estado no processo de desenvolvimento. Como afirma Boschi (2011), não há uma
modalidade única de Estado capitalista, tampouco um só caminho para o desenvolvimento.
No novo período histórico pós-Consenso de Washington, o diálogo crescente entre as
abordagens da Economia Política Comparada e da VoC é oportuno e necessário.
4. Considerações Finais
Passada a primeira década do século XXI, verifica-se que o debate sobre o processo de
globalização atinge um novo patamar. A pluralidade de visões sobre os rumos do
desenvolvimento capitalista se sobrepõe ao pensamento único neoliberal e o papel do Estado
na ordem econômica ganha novos contornos. Sem dúvida, um momento fértil para novas
reflexões e formulações críticas.
Os Estados se vêem hoje desafiados a construir estratégias de desenvolvimento e
políticas específicas que levem em conta o atendimento das necessidades domésticas e sua
inserção internacional, estimulando o ressurgimento das discussões em torno das teorias do
desenvolvimento. Paralelamente, a vertente do Institucionalismo vem recebendo atenção
crescente e promovendo grande renovação nas Ciências Sociais por meio de contribuições
interdisciplinares como a Economia Política Comparada.
A VoC, por sua vez, vem permitindo a releitura e revitalização daquela à luz dos
eventos que marcaram a trajetória de diversidade da economia mundial no período pós-
Consenso de Washington. Embora focalizando inicialmente empresas, mercados e suas
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formas de coordenação em detrimento da coordenação pelo Estado, este vem ganhando
espaço nas análises recentes, o que aproxima os dois campos.
O debate em torno do papel do Estado é central no caso dos países latino-americanos,
uma vez que este é capaz de promover a ruptura em relação a trajetórias e
complementaridades negativas e estimular outras novas e positivas rumo ao crescimento
econômico e ao desenvolvimento. A consolidação da democracia, os governos progressistas e
a nova agenda desenvolvimentista vêm ganhando espaço na região.
A percepção de que os Estados podem assumir novos e diferenciados papéis em suas
relações com o mercado e a sociedade é particularmente importante em países de renda média
como o Brasil, que enfrentam o desafio de realizar o catching-up em um cenário político-
econômico de complexidade e interdependência crescentes.
Como Estado, instituições e desenvolvimento encontram-se entrelaçados, a sociedade
brasileira precisa buscar seus próprios caminhos, o que requer a construção de uma visão e de
um projeto nacional de desenvolvimento capaz de direcionar a adoção de uma estratégia
nacional de desenvolvimento e das políticas públicas que a ela darão suporte. As mudanças no
sistema político, no arcabouço institucional e no aparelho estatal devem ser orientadas
também para a democratização, a descentralização, a regionalização, a integração, a
flexibilização e a gestão pública empreendedora.
Tal como proposto pela VoC, o impacto das instituições sobre a eficiência econômica
conduz a duas importantes questões: a relação entre instituições e inovações e a conexão entre
instituições e desenvolvimento. O Estado é o ator-chave no sentido de capacitar, regular e
influenciar o comportamento dos agentes econômicos e da sociedade em geral. Porém, o
sucesso desta empreitada depende de sua própria capacidade de renovação, não apenas no
caso dos países do continente latino-americano, mas sobretudo no caso de países emergentes
como o Brasil.
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