SEG25JAN

Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
Ano 45 • N.º 16244

Kz 45,00
Director: VÍCTOR SILVA
Adjuntos: CAETANO JÚNIOR e CÂNDIDO BESSA
www.jornaldeangola.co.ao

EDIÇÕES NOVEMBRO

LUANDA RESILIENTE

445 anos de História

xxxxxxx POLÍTICA • 3

INSPECÇÃO BALANÇO DAS ÚLTIMAS 24 HORAS

Huambo
teve 3.096 Dois óbitos, 32 infecções e 17 recuperações DESTAQUE • 10 e 11
infracções
à lei laboral CENTRALIDADES
CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO
PORTUGAL
Um total de 3.096 infra-
Marcelo vence
cções laborais foram regis-
tadas em 2020, na província NESTA EDIÇÃO Estado inicia registo as presidenciais
do Huambo, pela Inspec-
ção Geral do Trabalho (IGT),
mais 1.468 comparativa- ISMAEL MATEUS GIRABOLA de imóveis do Kilamba à primeira volta
mente a 2019. Entre as in- País precisa
POLÍTICA • 7
fracções, constam a falta do do testemunho A projecção da Universi-
qualificador ocupacional, dos seus históricos dade Católica, emitida às
a não cedência do direito OPINIÃO • 13 20h00 de ontem, apontava
de gozo de férias aos traba- para a reeleição à primeira
lhadores e despedimentos ÚLTIMOS TRÊS MESES volta de Marcelo Rebelo
sem aviso prévio. Kwanza estável de Sousa, com uma votação
SOCIEDADE • 28 ECONOMIA • 14 entre 57 e 62 por cento, en-
Petro derrota quanto em segundo lugar
FORÇAS ARMADAS Wiliete por 3-0 aparecia Ana Gomes, com
DESPORTO • 31 13 e 16 por cento, e em ter-
ceiro André Ventura, com
SENADO 9 e 12 por cento dos votos.
Julgamento de Trump Mais de 10 milhões de elei-
pode começar amanhã tores foram chamados às
MUNDO • 26 urnas para escolher, entre
os sete candidatos, o Pre-
PIIM-CACONDA POLÍTICAS CULTURAIS sidente da República. Nas
Morreu o general Questionada a qualidade eleições passadas, Mar-
Amós Chilingutila
POLÍTICA • 7
de algumas obras
REGIÕES • 27 Governo divulga o papel da dikanza celo venceu com 52 por
cento dos votos.
CULTURA • 29 MUNDO • 26
2 ESPECIAL
Não faltam cidadãos e associações que se esforçam para que as artérias históricas da capital se transformem
em corredores de eventos culturais e expressão artística. Mas também não faltam os que deixam os
monumentos da velha Luanda no esquecimento. E a administração da Ingombota desdobra-se em
intervenções, para incentivar a mudança do actual cenário, a começar pela Rua dos Mercadores
Gaspar Micolo
"O comércio de escravos foi
o alicerce da cidade de S.
Paulo de Luanda", dizia o
escritor Castro Soromenho,
em 1939. E estava certo. Fun-
dada em 1576, para além do
seu papel de ligação com o
interior, que fornecia os
escravizados, e destinada a
ser a capital, a primeira
cidade costeira de origem
espontânea tem grande parte
dos seus edifícios e toponímia
ligados à história da escra-
vatura. É precisamente uma
das ruas mais antigas, a dos
Mercadores, que conserva
algumas partes mais negras
desta memória: edifícios
ainda em pé, na sua gene-
ralidade, do tipo sobrado,
lembram uma das fases trau-
máticas por que passavam
os infelizes capturados para
o tráfico transatlântico.
As casas da rua, com piso
térreo para o comércio e piso
superior como residência
senhorial, possuíam vastos
quintalões, que eram utili-
zados para o armazenamento
dos escravos, arrancados do
interior da colónia para serem
vendidos nas Américas, atra-
vés do porto de Luanda. São
edifícios que conservam uma
das partes mais negras da
nossa memória colectiva.
Por isso mesmo, há muito
que cidadãos e associações
se desdobram em esforço
para que a referida artéria
da capital se torne num cor-
redor de cultura, espaço de
vivência aberto às mais
variadas formas de expres-
são artística. No dia 23 de
Agosto de 2018, Dia Inter-
nacional da Abolição da
Escravatura, a Campanha
Reviver, que integra o Go-
O descaso dos lugares
de memória da velha cidade
Considerada a segunda mais antiga
de Luanda, a Rua dos Mercadores nasce nos
finais do século XVII e princípios de XVIII,
num período em que a actividade mercantil
conhece um incremento excepcional, tendo a
rua sido ocupada por negociantes
verno da Província de Lu-
anda, a Associação Kalu, o
CEICA/Universidade Lusía-
da, o CCBA e diversos outros
parceiros, promoveu um
projecto de revitalização
que lhe deu vida, com deze-
nas de pinturas de graffiti,
de modo a sensibilizar a
sociedade para a necessi-
dade da preservação da me-
mória da cidade.
Anos depois, a histórica
rua continua votada ao des-
leixo, sem qualquer dignidade
e acessibilidade para constar
dos roteiros turísticos. Mas a
actual Administração do Dis-
trito Urbano da Ingombota
está empenhada em inverter
o quadro. No passado dia 15
de Dezembro, concluiu a sina-
lização que devolve a Rua dos
Mercadores aos peões, res-
tringindo a circulação viária.
Há agora sinais de proibição
de circulação automóvel nos
três acessos, permitindo ape-
nas acesso para emergências,
cargas e descargas. Seguir-
se-ão os pilares para inter-
dição definitiva do trânsito
automóvel.
Com o empenho e a apro-
vação da maioria dos mora-
dores e engajamento dos
técnicos da Administração
do Distrito Urbano da Ingom-
bota e da Direcção Municipal
de Transportes, Tráfego e
Mobilidade, a Rua dos Mer-
cadores dá assim o seu pri-
ZONAS HISTÓRICAS DE LUANDA
meiro passo para o resgate
do valor histórico e simbó-
lico. De modo a tornar aquela
artéria da capital acessível
ao turismo, a sua valorização
deve incluir ainda a melhoria
do ambiente urbano ao nível
da acessibilidade, habita-
bilidade, segurança, ilumi-
nação e licenciamento de
usos adequados.
"Estas intervenções serão
importantes para a captação
de investimentos de pro-
prietários, empresários e
de turistas que dinamizem
a economia urbana e con-
tribuam para a melhoria da
qualidade de vida dos mora-
dores do distrito. Neste sen-
tido, agradecemos a má-
xima compreensão de todos
os moradores e visitantes
para o sucesso das várias eta-
pas, através do cumprimento
das normas e da manuten-
ção deste espaço comum",
refere o administrador do
distrito urbano da Ingom-
bota, Rui Duarte.
As pinturas de graffiti que
a rua ganhou em alguns edi-
fícios, em 2018, não são sufi-
cientes para lhe salvar da
imagem abandonada: gra-
deamentos enferrujados,
paredes sujas e com fissuras,
comércio informal desre-
grado, cabos eléctricos e de
telecomunicação a maltratar
as paredes. Para mudar isso,
os técnicos da Administração
realizam trabalhos de remo-
ção de cabos de telecomu-
nicação, afixados nas paredes
dos edifícios e respectiva
transferência dos mesmos
para sistema subterrâneo.
Entretanto, apesar deste
quadro de degradação dos
edifícios históricos, o guia
turístico Carlos Bumba pôde
realizar, desde o início do
a n o , t rê s p a s s e i o s p e l a
Luanda Velha, tendo como
mote a Rua dos Mercadores.
"Em 2020, apesar da pan-
demia, conseguimos desem-
baraçar e arriscar com dois
tours pedestres pela Baixa.
Em parceria com a Admi-
nistração do Distrito da In-
gombota, estamos a encontrar
vias para dinamizar outras
ruas, à semelhança da dos
Mercadores", diz.
Feira
Este ano, para o 445º ani-
versário da Cidade de Lu-
anda, uma feira de Cultura,
Artesanato e Gastronomia,
denominada "Os mercado-
res", decorre de 30 a 31 de
Janeiro.
A Rua dos Mercadores é
considerada a segunda mais
antiga de Luanda, sendo a
primeira a então rua Diogo
Cão (actual “17 de Setem-
bro”), que sai da Fortaleza,
passa pelo Largo do Palácio
e dá ao hospital.
A segunda rua calcetada
de Luanda nasce nos finais
do século XVII e princípios
de XVIII, num período em
que a actividade mercantil
conhece um incremento
excepcional, tendo ela sido
ocupada por negociantes.
Daí que o traçado dos seus
edifícios tenha ganho a
influência da actividade prin-
cipal dos seus proprietários.
PARTE ACTIVA
Moradores chamados
a valorizar
O a c a d é m i co B u m b a
Manuel de Castro não
tem dúvidas da necessi-
dade de valorização dos
espaços históricos da
cidade pelos próprios
moradores, pela admi-
nistração e por parceiros
sociais. Mas esclarece
que, sendo um lugar
pat r i m o n i a l i za d o, o s
moradores não podem
definir de "per si" o que
lhes apetecer fazer. Os
lugares "património",
refere, obedecem ao pre-
ceituado na Lei do Patri-
mónio Cultural do país
e no Decreto Presidencial
53/13, que regulam a
intervenção nos Monu-
mentos e Sítios. Ou seja,
qualquer reparação, rea-
bilitação ou outra acção
no lugar carece da per-
missão das autoridades,
fundamentalmente se
perigar a identidade
do lugar.
"No meu ponto de
vista, o projecto de pro-
moção tem de ser conci-
liador das duas vontades,
para que tenha sucesso.
E aqui ‘sucesso’ implica
fomento do turismo e
conservação do lugar,
por um lado, e impacto
positivo na vida dos
moradores, por outro",
refere o docente univer-
sitário, autor da obra
"Património Cultural e
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
DR
Reabilitação Urbana: Um
Caminho para o Desen-
volvimento do Turismo
em Cidades Históricas",
resultante do seu douto-
ramento em Turismo e
Cultura, pela Universi-
dade de Coimbra.
Bumba Manuel de Castro
garante mesmo que a pro-
moção de qualquer lugar
turístico, quer seja natural,
cultural ou histórico, não é
saudável (e até contrapro-
ducente) sem a participação
activa dos residentes no
local. São os mais interes-
sados naquilo que poderá
ser a dinâmica do lugar,
para além do facto de que
o próprio esforço de mar-
keting e promoção do lugar
ter de, necessariamente,
envolver a sociabilidade da
comunidade (suas rotinas,
actividades, lembranças,
narrativas, etc.).
"Quando se diz que é
preciso participação activa,
está-se a dizer que os mora-
dores devem ser os prin-
cipais actores do processo
de produção turística e de
fruição cultural. Por isso,
s e m p re q u e p o s s í ve l ,
devem ser eles mesmos
os guias, promotores cul-
turais, os vendedores de
souvenirs, etc. Porque só
assim se consegue impacto
positivo, do ponto de vista
socioeconómico na vida
dos moradores", diz.
ESPECIAL Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021 3
CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO

ONDE ESCRAVOS ERAM CASTIGADOS

O largo sem
o Pelourinho
Num encontro recente com
os moradores, o administrador
Rui Duarte explicou que a inter-
venção na segunda rua mais
antiga de Luanda visa preservar
e disciplinar o uso dos imóveis,
já que muitos destes, em con-
junto, fazem parte da zona his-
tórica da capital.
Contudo, os próprios mora-
dores já haviam solicitado, atra-
vés de uma petição, a inter-
venção da administração no
Largo do Pelourinho, na Travessa
da Providência e na rua dos
Mercadores. Mas não são só os
moradores que estão cansados
do descaso em relação àquela
zona histórica de Luanda. Carlos
Bumba, guia turístico há 12
anos, diz mesmo que a Rua dos
Mercadores constitui um dos
pontos altos do turismo urbano,
pelo que lamenta que este
espaço, que conserva a memória
da cidade, não esteja a ser valo-
rizado e rentabilizado.
O presidente da Associação
dos Guias Turísticos de Angola
descreve que as Rotas dos
Escravos, Luanda Velha, Lu-
anda Moderna, Rota do Café,
do Açúcar, das Igrejas, dos
Museus e dos Cinemas são
todas feitas com um discurso
que encontra um fraco casa-
mento com os vestígios mate-
riais, pelo que não tem sido
fácil o dia-a-dia dos profissio-
nais da área.
"Os guias de turismo enfren-
tam os contrastes, a vandali-
zação e o abandono a que
estão condenados os edifícios
da Baixa de Luanda", diz.
O Largo do Pelourinho é
um destes casos de abandono
e degradação dos espaços da
velha cidade. Local onde se
castigavam os escravos fugidos
e, sobretudo, as autoridades
nativas que se opunham ao
processo de implantação do
novo poder, o largo revela o do Pelourinho a sua dignidade seu parque de estacionamento, tomadas para contactar os pro- dor, o que se pretende é que
descaso com a triste memória histórica, depois de intervenção, o largo está já sem o Pelourinho prietários e gestores destes edi- estas áreas recuperem a sua
dos infelizes que aí padeceram. que deve contar com parceiros que lhe dá o nome: urge localizar fícios, de modo a requalificá-los função cívica, económica e cul-
Era aqui onde, nos tempos sociais, a Administração espera e devolver a dignidade histórica de acordo com projectos devi- tural, tornando-se locais apra-
mais antigos, ficava o bairro contar com uma associação dos ao espaço. De estacionamento damente licenciados, respeitando zíveis para passear, reunir amigos,
Katadi (ou Katari), que, de próprios moradores, para gerir serve, igualmente, o edifício a memória colectiva, traço arqui- fazer compras, visitar exposições
acordo com o dicionário de o espaço. Aliás, com o trânsito do antigo Teatro da Providência, tectónico e o uso compatível ou assistir a espectáculos.
Quimbundo de António de e o estacionamento interditos ocupado pelo BPC, que já foi com a vida dos munícipes. "Não é algo inédito, pois
Assis Júnior, significa "Lugar na Rua dos Mercadores, o Pelou- chamado a reabilitá-lo. "É importante que estes na Rua dos Mercadores encon-
de Suplício". Uma das artérias rinho apresenta-se como alter- Outros edifícios, como o edifícios voltem a albergar tramos o Centro Cultural Brasil
calcetadas de Luanda, a partir nativa ao estacionamento, cuja Minerva, encontram-se devolutos, unidades hoteleiras de refe- Angola, que já sofreu uma rea-
de 1779, o Largo do Pelourinho, gestão poderá estar a cargo sem o aproveitamento que se rência, centros culturais, ga- bilitação arquitectónica de
ao lado da calçada Baltazar dos munícipes. espera da zona: no local, vê-se lerias, que trarão emprego excelência e que vale a pena
de Aragão, surge no âmbito Ocupado actualmente pela o acumular de lixo, o seu uso e dinamismo ao centro da visitar, onde decorrem eventos
das vias abertas para ligar a EPAL, que o transformou, sem por delinquentes, a venda infor- cidade", diz o também arqui- e espectáculos que podem ser
cidade alta à baixa. as devidas condições de habi- mal desregrada. Segundo a admi- tecto Rui Duarte. estendidos à rua através de
Para voltar a dar ao Largo tabilidade e saneamento, no nistração, medidas estão a ser Para o também administra- feiras e exposições", diz.

O espaço urbano de Luanda, pri- M’banza Congo para Luanda, se

meira cidade fundada na África
a sul do Sahara por europeus, foi
estruturado desde a primeira
hora, na base de dois pólos: a
Cidade Alta, por cima das barrocas,
da Cidade Baixa, no sopé desta,
junto à baía. Enquanto a parte
Baixa nasceu e expandiu-se como
centro portuário e comercial, a
parte alta manter-se-ia sempre,
até aos nossos dias, a sede dos
poderes político-administrativo,
eclesiástico e militar.
Ingombota, sede do município
de Luanda, é o distrito urbano
que conta grande parte da história
da urbe pelos seus monumentos
e começa a ser urbanizado a
partir de 1661, na mesma altura
em que, na parte Alta da nova
Cidade, se dá a construção da
Igreja do Carmo.
Nome conhecido desde o
século XVII, Ingombota é tida,
para alguns, como "local dos
escravizados foragidos" e, para
outros, como "local dos merca-
dores de dinheiro". O certo mesmo
é que acolhe mais de 80 monu-
mentos (de acordo com inventário
de 2009), erguidos ou concebidos
do século XVI ao XX. São obras
de arquitectura notáveis pelo
seu interesse histórico, artístico,
científico e social. Destacando-
se os de arquitectura militar (for-
talezas), ou as de cariz religioso,
as igrejas com séculos de História,
ou ainda edifícios administrativos,
as casas de sobrados, etc, que
fazem das partes Alta e Baixa da
cidade as zonas obrigatórias para
o turismo urbano.
E à semelhança das Ruas dos
Mercadores, outras áreas de
Luanda carecem de intervenções
que garantam dignidade ao
turismo urbano. O especialista
em Turismo e Cultura Bumba
Manuel de Castro entende que a
interligação com outros espaços
SEDE DO MUNICÍPIO DE LUANDA
Ingombota, o centro
da Velha Urbe
é de facto um problema, porque
promover isoladamente um bem
cultural e activá-lo não é suficiente
para o turismo. Por isso, diz, é
que a comercialização e o con-
sumo do turismo faz mais sentido
quando concebidos na base de
um produto (onde existe a com-
binação e interligação de vários
serviços: alojamento, restauração,
entretenimento, transporte, etc.).
"O ideal seria conceber um
roteiro turístico-cultural que
envolva outras áreas circunvizi-
nhas com a mesma afinidade,
carregadas com actividades eru-
ditas, culturais e lúdicas, que
possam resgatar e transmitir
valores endógenos", defende o
docente universitário.
E um dos pontos importantes
a constar nos roteiros turísticos
para Luanda são inegavelmente
as suas igrejas centenárias. É que
a Cidade Baixa, apesar de quase
toda ser pensada em função das
actividades comerciais então pra-
ticadas, e por essa razão lá se
terem erguidos os grandes arma-
zéns, possui igrejas que acom-
panharam a evolução histórica
da capital. Classificada como
"monumento de interesse pú-
blico", a Igreja da Nossa Senhora
dos Remédios, erguida em 1655,
é um dos exemplos.
À saída da Rua dos Mercadores,
damos com o majestoso templo,
que, em 1716, quando a Arqui-
diocese de Angola se mudou de
tornou no centro do poder reli-
gioso da colónia. Entre 1828 e
1850, foi, pela primeira vez,
nomeada Sé Catedral de Luanda.
Título maior que, entretanto,
recuperou e que ostenta até hoje.
Por isso mesmo, os poucos turistas
que se aventuram a percorrer a
Velha artéria da Cidade dão sem-
pre por ela, num ainda incipiente
turismo religioso que se vai
podendo fazer.
"O turismo religioso é incipiente,
o que há são peregrinações. Mas
a cidade possui igrejas históricas,
que justificam um programa para
tal, que pode ser associado ao
desenvolvimento económico",
garante o vigário episcopal para
Área Social da Arquidiocese de
Luanda, Celestino Epalanga.
O padre sugere mesmo um
mapeamento dos itinerários no
casco urbano, que considere os
templos concebidos na capital
desde o século XVII e que,
estando carregadas de História,
devem ser tiradas da sombra
do esquecimento.
"Percorrendo alguns países,
nota-se que as catedrais aco-
lhem muitos turistas", exem-
plifica o sacerdote, sugerindo
igualmente a criação de comis-
sões para articulação de um
roteiro turístico-cultural, que
integre uma diversidade de
monumentos e sítios. E aqui
indica também o envolvimento
dos moradores e de pessoas
que se identifiquem com a me-
mória dos espaços, sobretudo
para que possam ser guias.
"Quando visitei o Santuário
de Fátima, encontrei uma das
primas dos três pastorinhos que
fazia de guia e contava a história
toda", lembra, reforçando com
o exemplo a necessidade de guias
turísticos envolvidos com o pas-
sado dos monumentos.
SÉCULOS DE HISTÓRIA
Luanda, antes da
fundação da cidade
Paulo Dias de Novais já
conhecia a geografia da
região antes de escolher
a localização da vila a edi-
ficar, que, embora só
adquirisse o estatuto de
cidade em 1606, a chama-
ria de São Paulo de Luanda.
Esse aglomerado po-
pulacional toma assim a
designação da ilha, topó-
nimo antigo bastante refe-
renciado nas fontes, que
atribuem a pertença do
território ao antigo Reino
do Kongo: cartas do so-
berano Dom Afonso I ao
Papa Paulo III revelam
que Luanda era fonte do
Nzimbo, uma das suas
moedas. O historiador
Patrício Batsikama, que
chama a ilha de "banco
do Kongo", defende que
"nem a fundação de
Angola, em 1585-1576,
retirou Luwanda do
Mbânba, província do
Kongo, à qual pertencia.
Mas, com o declínio polí-
tico, em 1665, o mono-
pólio deste banco
tornou-se questionável".
Algumas fontes revelam
que na ilha um governador
estava encarregado pelo
Ntotila da recolha da
moeda, coabitando com
pescadores akwakim-
bundu (seguindo a termi-
nologia de Virgílio Coelho).
No total, a ilha era habitada
por mais de três mil pes-
soas, entre elas algumas
dezenas de portugueses
que se dedicavam ao
comércio de escravos, sem
controlo administrativo,
quer do reino do Kongo,
quer do reino de Portugal.
"Antes da chegada dos
portugueses, a ilha estava
sob autoridade de Mani-
Luanda, representante
do Mani-Kongo, rei do
Kongo. A terra firme, a
alguns cabos de distân-
cia, pertencia a Ngola
Kiluanji, poderoso chefe
do território situado a
sul do Kongo até ao rio
Kwanza, território do
Ndongo, independente da
corte de Mbanza Kongo,
depois de longas lutas.
Mas a ilha, fonte inesgotável
de zimbo, tinha permane-
cido propriedade do Mani-
Kongo", descreve o histo-
riador António Egídio de
Sousa Santos, na sua mais
recente obra "Cidades:
organização do espaço e
sociedade em Angola",
que deve ser lançado bre-
vemente em Luanda.
No capítulo sobre a capi-
tal do país, o antigo pro-
fessor de História apresenta,
em síntese, ao lado de outras
cidades do país, as suas
transformações desde as
primeiras décadas da sua
criação até ao século XX.
4 ESPECIAL
Matadi Makola
Roberto Victor de Almeida
nasceu precisamente no dia 5
de Fevereiro de 1941, na co-
muna de Caxicane, em Icolo
e Bengo. Por mais de meio
século se viu como nato do
espaço que ate então vinha
representando a cidade do
jacaré bangão (Bengo). Porém,
foi em 2011, com as reformas
administrativas impostas na
cidade capital, que muitos
daquele quinhão de terra
viram-se jeitosamente “con-
vidados” a ser de Luanda.
Assim, o seu Icolo e Bengo ser-
viu para insuflar mais ainda a
musculatura de Luanda. Vol-
vidos quase dez anos dessa
reforma, Roberto de Almeida
é destas pessoas a quem a per-
gunta de “já se sentir luandizado
ou não” faz todo o sentido. A
resposta vem sempre antece-
dida de um sorriso. Afinal, o
conceito “luandizado” implica
toda a idiossincrasia do des-
lumbramento que esta cidade
provoca. Roberto de Almeida,
com rigor, faz um recuo cirúr-
gico, para melhor entendê-lo
na performance da toponímia
colonial a pós-colonial.
“Em 1941, Icolo e Bengo
não existia como espaço da
província do Bengo. A pro-
víncia era Angola. E Icolo e
Bengo, salvo erro, era um
conselho”, abria assim a con-
Roberto de Almeida:
nascido em Caxicane,
“luandizado” na Missão
versa, cujo motivo era des-
cortinar a sua relação com a
cidade de Luanda.
Desliga-se de Icolo e Bengo
ainda antes de completar cinco
anos. Por o seu pai ser pastor
e professor da igreja metodista,
era frequentemente transfe-
rido. Recorda que o pai movia-
se dentro das necessidades
de evangelização da igreja,
que obrigava a mudanças
periodicamente. Do seu Caxi-
cane de infância muito pouco
tem a recordar. “Sai de lá
garoto, ainda infantil”, recorda.
O seu pai seria transferido
para a Barra do Dande, numa
localidade que se chamava
Musseque Kabele, que distava
mais ou menos seis quilóme-
tros da vila sede. As suas pri-
meiras grandes recordações
da infância são deste Musseque
Kabele. Aliás, como bom filho
de professores, Roberto apren-
deu a ler e a escrever já no Mus-
seque Kabele, na escolinha
da igreja dirigida pelo pai. Foi
exactamente nesse período
que começa o contacto com
a cidade de Luanda, para onde
vinha, na companhia da mãe,
cumprir viagens esporádicas,
motivadas por questões de
saúde ou outra necessidade
doméstica.
Definitivamente, vem fixar
residência em Luanda quando
chegou a hora de frequentar a
1ª classe, decorria então o ano
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO
UM MENINO NA CIDADE GRANDE
Roberto de Almeida vem
fixar residência em Luanda
quando chegou a hora de
frequentar a 1ª classe,
decorria então o ano de 1948.
Contudo, não romantizava a
sua estadia definitiva na
grande cidade, dado que as
várias vezes que tinha vindo
com a mãe já lhe tinham
saciado a ânsia de ali estar.
“Não foi um grande impacto.
Vi a diferença por ser uma
comunidade mais numerosa
e movimentada, que oferecia
uma maior diversidade de
pessoas das mais várias
profissões e origens”,
explica. Mas, aos poucos, foi
encarnando a aventura de
morar na capital
nós, meus irmãos e meus pais, Bethel, na Avenidade Brasil,
Quando chega a Luanda vai fixar residência no vivíamos neste espaço. E arredores da cidadela. Muito
bairro Marçal, onde o pai chega a comprar uma sobrava um quarto a seguir antes de haver essa igreja
casa de pau-a-pique. “Era uma casa modesta. ao corredor, que funcionava grande, conta que era espaço
Tinha um corredor, uma sala de entrada e um como sala de entrada, que nós de uma classe metodista,
quarto. Todos nós, meus irmãos e meus pais, alugávamos”, recorda. Na- conhecida por “Classe do Qui-
vivíamos neste espaço. E sobrava um quarto a quele Marçal da década de lómetro 7”. O nome da área
seguir ao corredor, que funcionava como sala de 1940, a casa ficava junto ao estava associado ao comboio
entrada, que nós alugávamos”, recorda. Naquele campo do Moreira, por detrás que vinha do Bungo, passava
Marçal da década de 1940, a casa ficava junto ao da conhecida loja da Dona pela Cidade Alta, junto aos
campo do Moreira, por detrás da conhecida loja da Rosa, entre essa rua e a do Cinemas Alfas, seguia para a
Dona Rosa, entre essa rua e a do Barros Caiate. Barros Caiate. Com os bairros zona onde é hoje a Materni-
Com os bairros a nascerem, as referências daquela a nascerem, as referências dade Lucrécia Paim e o Hos-
época eram as lojas daquela época eram as lojas. pital Militar. Precisa que, à
Ficou no Marçal de 1948 a época, ali havia um hospital
1955. Foi em 1955 que, na chamado Hospital da Caridade
companhia da irmã mais e a Maternidade já existia,
de 1948. Contudo, Roberto não hoje tomado pela Igreja e a velha, Deolinda Rodrigues, mas com uma construção
romantizava a sua estadia defi- Universidade Metodista, à se muda para o Bairro Ope- menor. O comboio passava
nitiva na grande cidade, dado baixa da cidade. E por lá estuda rário. “Porque a nossa mãe, bem defronte à Maternidade
que as várias vezes que tinha da primeira à quarta classe. com quem vivíamos no Mar- e seguia até àquela zona da
vindo com a mãe já lhe tinham “ E ra u m a e s c o l a d e çal, teve necessidade de ir escola industrial (Makarenko)
saciado a ânsia de ali estar. madeira, que ficava mais ou morar definitivamente com e Cine Atlântico. Essa paragem
“Não foi um grande im- menos defronte ao São José o meu pai, que, na altura, era conhecida por Quilómetro
pacto. Vi a diferença por ser do Cluny e atrás do Hotel Tró- estava em Ndalatando, a cum- 5. O comboio continuava até
uma comunidade mais nu- pico. O espaço da escola era prir missão como pastor”. chegar ao Quilómetro 7.
merosa e movimentada, que vasto e se estendia até perto Foi a última missão do pai, “Essa distância das para-
oferecia uma maior diversi- do Bungo, incluído mesmo na qualidade de pastor. Depois, gens de comboio marcava o
dade de pessoas das mais parte do que é hoje a praça do assumiria a função de agente nome dos bairros. A gente
diversas profissões e origens”, Kinaxixi. Era a nossa escola”, sanitário, equivalente a pri- dizia ‘eu moro no Cinco’,
explica. Contudo, aos poucos assim recorda um dos “meni- meiro auxiliar de enfermagem. outros moravam no Sete e por
foi encarnando essa aventura nos bonitos” da honrosa escola. Nessa nova profissão, foi colo- ai fora”, recorda.
que é morar na capital. cado em Camabatela. Em todas Tanto para a Escola da Mis-
Ao começar a primeira Marçal, ponto de partida essas comissões de serviço, são como para o liceu, fez o
classe de instrução primária, Quando chega a Luanda vai Roberto e os irmãos iam sem- trajecto a pé. Ingressa no liceu
Roberto de Almeida já vinha fixar residência no bairro Mar- pre passar as férias onde quer em 1952, ainda a morar no
bem preparado da escola do çal, onde o pai chega a com- que o pai estivesse. Marçal. Na companhia de
Musseque Kabele. Já lia e prar uma casa de pau-a-pique. A mãe também era pro- outros meninos, seguiam o
escrevia perfeitamente. Natu- “Era uma casa modesta. Tinha fessora - chegou a dar aulas trajecto a pé, naquele areal
ralmente, ingressa na conhe- um corredor, uma sala de durante algum tempo onde que havia no bairro. O asfalto
cida Escola da Missão, espaço entrada e um quarto. Todos está actualmente a igreja de começava muito mais adiante.
ESPECIAL Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021 5
DR

Ficou no Marçal de
1948 a 1955. Foi em ONTEM E HOJE
1955 que, na

Luandas muito diferentes

companhia da irmã
mais velha, Deolinda
Rodrigues se muda
para o Bairro
Operário. “Porque a
nossa mãe, com quem
vivíamos no Marçal,
teve necessidade de ir
morar definitivamente
com o meu pai, que,
na altura, estava em
Ndalatando, a cumprir
missão como pastor”

Entretanto, a partir de certa

altura, aparece no bairro o
comerciante António Moreira,
que baptiza o campo de fute-
bol e a lagoa, em consequência
da proximidade da sua loja.
“O campo ficava precisa-
mente atrás da loja do Moreira
e várias equipas lá jogavam.
Por exemplo, Vandunem
“Loy”, Asdrúbal, Vasconcelos,
Francisco Romão e o ex-pre-
sidente, José Eduardo dos
Santos, jogavam à bola neste
campo”, conta. Roberto lem-
bra que passaram naquele
campo grandes craques, que
chegaram a seguir mesmo a
carreira futebolística. Dentre
estes, o destaque recai para
um grande guarda-redes de
n o m e C h a r i c o . “ E ra u m
guarda- redes que fazia cada
voo, que a gente dizia que ele
era um pouco maluco. Era
coisa de outro mundo. Grande
guarda-redes”, pontua.
Este “imortalizado”
Moreira tinha um filho que
também estudava no Liceu.
Ao levar o filho à escola, dava
‘boleia’ aos colegas do filho
que moravam ali no Marçal.
“Dava-nos boleia a todos e
eu era um dos beneficiados”,
reconhece. Pelo menos para
ir, apanhavam muita ‘boleia’
da carrinha do velho Moreira,
um dos mais conhecidos
comerciantes no Marçal.
De se esperar naquela época,
o ambiente do liceu tinha as
suas divisões. Porém, não eram
apenas as de motivações raciais.
Como em qualquer escola, de
qualquer tempo, reinava um
certo desdém dos estudantes
mais avançados sobre os estu-
dantes mais novos.
“Era mesmo de um certo
elitismo entre estudantes mais
avançados em relação aos
meninos do terceiro ano. Quem
estivesse no quinto ano ou no
sétimo nem olhava para ti, que
estavas ainda no primeiro. Era
uma divisão estratificada e
nós, os mais miúdos, tanto
brancos ou negros, ficávamos
apenas a assistir”, recorda.
Fe z a m ig o s n o L i c e u .
Alguns já travava amizade
desde a Escola da Missão,
mas outros conhece-os ali
mesmo, nesse primeiro ano
de Liceu. Lembra nomes
como de Isaque Moisés Sebas-
tião e Elísio de Figueiredo,
ambos já amigos desde a
Escola da Missão. Por lá travou
amizades com Inocêncio
Maurício, José Nunes Sobri-
nho, Onofre dos Santos, Antó-
nio Pedro Gomes e outros.
“É preciso fazer um grande
exercício de memória. Éramos
42 alunos e eu era o número
38, dados por ordem alfabética,
e o Onofre dos Santos era o 37,
se não me engano”, recorda.
Na sua breve comparação da
cidade de ontem e de hoje,
Roberto de Almeida conclui que
Luanda dos anos 40/47 era com-
pletamente diferente, referindo-
se particularmente ao musseque
onde vivia, neste caso, o Marçal.
“O Marçal daquele tempo
não tinha luz eléctrica, nem
água, tampouco recolha de
lixo. Nós fazíamos à frente de
cada casa aquilo que nós cha-
mávamos de “dixita”, onde cada
família deitava o lixo. Depois,
tinha que cavar um buraco e
queimar ou enterrar. A “dixita”
era de cada casa ou grupo pró-
ximo. A cidade era limpa, mes-
mo sem carros de lixo. Não havia
sujidade. As grandes dificulda-
des eram mesmo a falta de água
e luz”, observa.
A seu ver, os musseques tam-
bém mudaram muito, apesar
das enormes dificuldades que
ainda existem. Nota que a urba-
nização melhorou um pouco a
arquitectura da cidade, visto que,
no musseque daquele tempo,
não havia ruas definidas como
tal, asfaltadas e com passeios.
“Tudo era areia, barro, sem
passeios. Hoje, algumas ruas
do musseque estão alinhadas,
com passeios, mesmo que o
asfalto esteja a desaparecer. É
uma Luanda diferente”, conclui.
Mais do que a arquitectura,
reconhece que também mudou
muito a espiritualidade das
pessoas que moram no mus-
seque, defendendo que,
naquele tempo, havia mais
irmandade entre os habitantes
do musseque, principalmente
em situações de desastres ou
rusgas. Quanto aos pequenos
melhoramentos que os mus-
seques beneficiaram, a partir
de em 1961, explica que foram
do Chamavo e a padaria Pameli. Essa vivência em Luanda
Tem memória desse mercado nutriu o escritor, que a radio-
“Para termos água, fazíamos as compras lá e, a do Chamovo, feito de armadura grafou em “Estórias dos Mus-
partir de um certo montante, davam um vale de de ferro, que viera a desabar seques”, sob pseudónimo de
água. Era um papelinho com a rubrica dele, com a nos anos 1954/55, durante uma Jofre Rocha.
data e qualquer coisa a mais”. Era com esse vale forte chuva. Muitas quitandeiras “Nem tudo ali é ficção.
que tinham direito ao abastecimento de água. Para e gente ali às compras morre- Grande parte desse livro é
o transporte, as pessoas tinham um barril ou latas, ram neste dia. mesmo a realidade que era
levadas à cabeça. Em casa de Roberto, havia um No bairro, jogavam à bola, vivida nos musseques de
barril, daqueles onde vinha o vinho português. barra do lenço e outras brin- Luanda”, esclarece.
Esses barris, quando esvaziados, tinham grande cadeiras daquela idade. Por Roberto de Almeida hoje
utilidade, tanto para guardar água ou cortar ao naquele tempo ser costume passeia pouco por Luanda. Fá-
meio e fazer Selhas, para a lavagem da roupa. de quase todas as famílias lo mais pela necessidade de
“Normalmente, antes de ir para o liceu, eu puxava jantar cedo, por volta das 7 visitar um ou outro parente.
já um barril de água para a nossa casa. E fazia isso horas da noite, aos meninos “Luanda é diferente e os meus
dia sim, dia não. Era o meu dever”, recorda ainda sobrava tempo para mais parentes também já não estão
uma ou outra brincadeira antes nesses musseques onde eu
de se recolherem. vivi. Agora, estão nos KK,
“Então, depois do jantar, nós Camama e outros. A cidade é
motivados pela necessidade Evaristo Teixeira e Irmãos”, quem nos chamávamos de casa em outra”, justifica.
de repressão do exército colo- lhes fornecia o chamado “pre- casa, numa canção em kim- Nem a Mutamba, onde che-
nial, para melhor actuação. cioso líquido”. bundu que era popular. E can- gou a dirigir a Revista Novembro,
“A colocação de holofotes, “Para termos água, fazíamos távamos:“kafunji o bika kya, parece-lhe mais a mesma. “Sim,
que davam uma luz muito forte as compras lá e, a partir de um zenu kya mu tonoka, iboooooo!”, a Mutamba era um centro, não
à noite, era para esquadrinhar certo montante, davam um recorda. Esse era o chamado, só de pessoas que esperavam
os musseques e ver onde se vale de água. Era um papelinho que, em português, quer dizer a transportação para os seus
escondem os ‘terroristas’ e com a rubrica dele, com a data “o funje já acabou, venham já pontos, mas também pouco a
aqueles suspeitos. Foi a partir e qualquer coisa a mais”. Era brincar. E assim, sob a força do pouco foi se tornando num
dai que começaram também com esse vale que tinham chamado, os meninos voltavam ponto de convívio. Havia pessoas
a tomar medidas para alinhar direito ao abastecimento de a povoar a rua. que saiam das suas casas para
algumas ruas e facilitar a captura água. Para o transporte, as pes- Durante o dia, não faltava se encontrarem na Mutamba.
dos perseguidos. Porque antes soas tinham um barril ou latas, um bom trumunu no areal, com Havia regularidade dos auto-
eram becos e muitos deles sem levadas à cabeça. Em casa de bolas feitas de meias. Um outro carros e era ali onde as pessoas
saídas. Não fizeram para satis- Roberto, havia um barril, daque- divertimento que lhe era pra- se encontravam”, recorda.
fazer os moradores do musse- les onde vinha o vinho portu- zenteiro era ir à praia. Ganhou Figura de vulto da política
que, mas para a necessidade guês. Esses barris, quando este hábito quando saiu do e sociedade angolana, Roberto
da repressão. Isso ditava alguns esvaziados, tinham grande uti- Marçal e foi para o Bairro Ope- de Almeida veio a desempenhar
dos melhoramentos que foram lidade, tanto para guardar água rário, talvez pela proximidade importantes cargos nos últimos
feitos no musseque”, explica. ou cortar ao meio e fazer celhas, com o mar da Boavista a seduzi- 30 anos. Chefiou ministérios,
No que toca à água, era prá- para a lavagem da roupa. lo diariamente. Roberto e ami- presidiu à Assembleia Nacional
tica da época os comerciantes “Normalmente, antes de ir gos desciam as barrocas, ali, e chegou a ser segunda figura
abastecerem os clientes vizinhos. para o liceu, eu puxava já um onde é hoje o Miramar, até che- do MPLA. Neste momento, pre-
No caso da família de Roberto barril de água para a nossa garem à Praia do Ferrovia, ao side a Fundação Sagrada Espe-
de Almeida, eram as lojas Tico- casa. E fazia isso dia sim, dia lado da Casa da Reclusão, então rança. A completar 80 anos na
Tico e Zulu as mais próximas não. Era o meu dever”, recorda. prisão colonial. próxima semana, Roberto de
de casa. Tendo em conta que a Para a diversão, muitas vezes “Era a nossa praia. O espaço Almeida tem a sua vida e mo-
família de Roberto era cliente Roberto e amigos tinham que era imenso, sem esses em- mentos entranhados nesta
antiga da loja, era o comerciante, ir até ao bairro São Paulo, no preendimentos de hoje. Dáva- cidade de Luanda, que exalta
que se chamava Evaristo Teixeira, imenso espaço que circundava mos lá os nossos mergulhos. na memória ou que consagra
proprietário da “Casa Tico-Tico a igreja de São Paulo, o mercado Brincávamos ali”, recorda. na sua veia de escritor.
6 ESPECIAL
Foi esta foto, que despertou
curiosidades, que nos levou a
bater à porta de Roberto de
Almeida e tentar entender o
seu movimento pela cidade de
Luanda. Reconheceu logo que
a foto foi tirada 1957/58, na
Ilha de Luanda. Recorda que
os jovens da Igreja Metodista
estavam organizados em gru-
pos, definidos por idade. Come-
çava pelo dos adolescentes
menores de 20 anos, que era
chamado “Grupo X”. Depois,
seguia o grupo Esquadrão da
Cruz, que compreendia uma
faixa etária superior. Por fim,
vinha o grupo dos mais velhos,
denominado Estandarte de
Cristo. Cada grupo tinha a sua
agenda de actividades, entre
visitas, passeios e excursões.
A foto foi tirada durante uma
excursão à Ilha de Luanda. Eram
frequentes as idas à Ilha de
Luanda, por, naquela altura,
haver aqui missionários ameri-
canos. “E esses missionários, ou
a própria igreja, não sei bem ao
certo, compraram uma casa de
madeira na ilha de Luanda. Ficava
ali onde está hoje o Tamariz, no
Naquele tempo de 1961, muitos
jovens ansiavam “bazar”, sair
de Angola. A razão maior era
escapar do serviço militar obri-
gatório, dado que a guerra inde-
pendentista já tinha rebentado
e muitos jovens angolanos não
queriam servir nas forças colo-
niais portuguesas.
“Eu não pegaria numa arma
para defender Portugal, contra
os meus irmãos, que sabia que
estavam a lutar para libertar
Angola. Mas os que não pude-
ram, foram. De certa forma, foi
bom, porque muitos deles usa-
ram o conhecimento obtido na
instrução militar portuguesa
ao se juntarem às forças nacio-
nalistas”, justifica.
Desde sempre, a sua pri-
meira opção foi não entrar no
exército português, custasse
o que custasse, porque não se
concebia pegar numa arma
para defender Portugal. É assim
que, aos 20 anos, engendra
um plano de fuga.
Roberto de Almeida, João
Filipe Martins (chegou a ministro
da Informação e reitor da Uni-
versidade Agostinho Neto) e José
Agostinho Neto, irmão do pre-
sidente Agostinho Neto, embar-
cam no avião da Transportadora
Aérea Portuguesa (TAP), que
fazia os voos Luanda-Lisboa,
com escala na Nigéria, em Nkanu.
A ideia era tentar a fuga a partir
de Nkanu. A Nigéria acabava de
se proclamar independente e
vivia ainda um clima de frágil
autonomia, visto que os colonos
ingleses ainda estavam por lá.
Essa fuga foi planificada com
Algumas fotografias que ilustram vários instantes da vida de Roberto de Almeida, passando pelo liceu e momentos dos recreios na cadeia de São Paulo, na companhia de outros presos
INFÂNCIA
Uma foto viral
na Internet
UMA VIDA AGITADA
Prisão em Lisboa
e regresso a Luanda
a ajuda de um missionário ame- Porém, faltava-lhe concluir duas
ricano de nome Ralph Dotch, cadeiras, exactamente Latim e
que vinha a Angola muitas vezes. Filosofia. Interessava-lhe seguir
Esse missionário estava ao cor- Letras, porque sonhava cursar
rente da data em que os três direito. Conclui estas duas cadei-
estudantes partiriam de Luanda. ras, já na prisão de São Paulo.
Sendo americano, Ralph não “Estudei sozinho na cadeia e
poderia interferir directamente pedi autorização à PIDE para dei-
no assunto. É assim que chega xar-me ir fazer os exames. E fui
a encarregar a um estudante até ao liceu, acompanhado do
angolano em Paris a tarefa de guarda da prisão. Tinha dispen-
avisar atempadamente as auto- sado Alemão e História, na prova
ridades nigerianas sobre este oral. Não tive nota suficiente em
grupo de três estudantes ango- Latim e Filosofia, disciplinas que
lanos que passaria por Nkanu acabou por estudar sozinho, na
e que precisaria de acolhimento. prisão, em 1962”, conta. Nessa
Simplesmente, esse estudante prisão, que começou em 1961,
angolano esqueceu. por lá fica até 1963. Os três são
Os rapazes ficaram sem saber soltos a 28 de Fevereiro de 1963.
o que fazer. Como naquele Já depois da independência,
tempo os aviões tinham sempre o estudante angolano, a quem
gente da PIDE a acompanhar o missionário americano confiou
todo o voo, foram identificados a responsabilidade de avisar
ao se dirigirem para a sala de às autoridades nigerianas, esteve
acolhimento. Desprovidos de com Roberto de Almeida, a quem
protecção, começava ali a deten- desabafou em conversa des-
ção. São formalmente presos contraída: “vocês foram presos
em Portugal, de Junho a Outubro porque eu me esqueci de avisar
de 1961, na cadeia de Aljube, e os nigerianos”, desabafou. “Já
logo recambiados directamente fui à cadeia e já saí. Foi uma
para a cadeia de São Paulo, em série de azares. Agora estás a
Luanda, sempre sob prisão. me dizer que esqueceste. Paciên-
No momento em que engen- cia, pronto, acabou!”, respondeu
drara a fuga, já tinha o sétimo Roberto, sem nesga de mágoa.
ano do curso de Letras, no liceu. Depois é novamente preso,
outro lado da estrada”, aponta.
É nesse ponto da Ilha de
Luanda onde se faziam excur-
sões. Num desses dias de mer-
gulho, foi tirada a foto, por um
missionário americano, e todos
ali presentes eram do Grupo X.
“Temos ao alto o José Men-
des de Carvalho (Hoji-Ya-Henda),
depois, estou eu, e quem está
ao meu lado, de cabeça baixa,
era um jovem que se chamava
Nicolau de Almeida (chegou a
trabalhar no Protocolo de Es-
tado, durante a presidência de
Eduardo dos Santos). Em baixo,
está o José Matoso, que chegou
a director da Rádio Nacional de
Angola, Isaque Moisés Sebastião,
morador do Bairro Operário e
meu colega do tempo do Liceu,
e, por fim, o músico António
Pascoal Fortunato ‘Tonito”.
Rusgas
Na Luanda colonial da sua moci-
dade, as rusgas apavoravam
as pessoas do musseque.
Mesmo para ir ao liceu, o medo
de ser rusgado era real. Era pre-
ciso ter sempre o cartão de
estudante, para uma movimen-
em Junho de 1963. Provou a
liberdade por pouco mais de
três meses. A PIDE considerou-
o subversivo, por ter feito circular
panfletos que alimentavam a
luta pela independência.
Nesse período, estava a morar
no Rangel, na Rua da Vaidade.
Em casa, vivia-se uma situação
de infortúnio. Falecera, em França,
um dos seus irmãos. Fora a Paris
para estudar. Antes, esteve em
Lisboa, igualmente, a estudar,
e é um dos elementos da conhe-
cida “fuga dos 100 para Paris".
Depois de sair da prisão,
Roberto consegue trabalho no
Laboratório de Engenharia de
Angola, situado no Cassenda.
Consegue essa vaga de emprego
graças a um professor do liceu,
que leccionava Filosofia, de
nome António Barata Tavares.
Esse professor, depois de aban-
donar o liceu, integra os quadros
do Laboratório, leccionando a
disciplina de História.
Foi nesse clima laboral que
começam as confusões, por
causa da distribuição de pan-
fletos e de outras actividades
consideradas subversivas. Her-
mínio Escórcio, Aristófanes
Cabral, Manuel João Afonso
Neto e outros estavam envol-
vidos. Eram muitos, entre eles
vários funcionários do Labo-
ratório. Roberto não vai no
grosso de detidos, por não ter
ido trabalhar nesse dia, por
causa do óbito em casa.
Para não piorar o baixo
moral da família enlutada, pela
morte do irmão, e por saber
que, ao esperar que a PIDE o
tação tranquila. A polícia colonial
considerava-os, sobretudo, por-
que eram ainda miúdos. O
mesmo não acontecia com os
mais velhos, que também
podiam ser presos, se não tives-
sem o imposto de indígena
pago. Roberto nunca chegou a
ser preso no Marçal, durante
essas rusgas. Viria a ser preso
já depois de 1961, pela Pide.
Em 1959, estava Roberto e
os irmãos Deolinda e Adão (pai
de Adão de Almeida, o actual
Ministro de Estado e Chefe da
Casa Civil do Presidente da
República) no Bairro Operário.
Sai do Bairro Operário, quando
a sua irmã Deolinda (Rodigues)
vai para Portugal, isto no dia
13 de Fevereiro de 1959. Ro-
berto vai morar atrás da então
LAL, Luz e Água de Luanda,
hoje agência da EPAL, por
detrás do edifício do Ministério
da Energia e Águas.
“A minha irmã mais velha,
Engrácia, morava numa casa
ali ao pé e já era casada. Eu fui
morar em casa desta minha
irmã, ainda eu a estudar no
Liceu”, recorda.
fosse prender em casa, revista-
la-ia toda e mexeria em docu-
mentos e papéis seus, que não
quis que fossem encontrados,
arrumou a sua pastinha e foi
ele ter com a PIDE. Acompa-
nhou-o o cunhado, marido da
irmã, Engrácia.
Prisão em Luanda
Seriam novamente cinco anos
de prisão. Mas, desta vez, com
direito a julgamento. Com ele,
estiveram Hermínio Escórcio,
Couto Cabral, Mário Torres, Lopo
do Nascimento e outros. Chegam
a ser julgados no tribunal terri-
torial apenas em Junho de 1965
e assim enviados para a Comarca
de Luanda, para quem vai a
Cacuaco. Sai em junho de 1968.
Encontra os pais ainda a
morar na Rua da Vaidade. Porém,
passados apenas três meses de
liberdade, volta a viver um revés
que lhe marcaria para sempre:
os seus pais são presos pela
PIDE. “Foi o que mais me der-
rubou”. As lágrimas venceram
o nosso interlocutor.
Foi ainda com as lágrimas a
molhar o seu rosto que retomou
a conversa, dizendo que, na Igreja
Metodista, havia uma organização
das senhoras, que se chamava
“Sociedade das Senhoras da
Igreja metodista”. Essa sociedade
das senhoras quotizava para
visitar doentes ou irmãs da igreja
que tivessem óbito ou carecessem
de caridade. Essa organização
exemplar e filantrópica das senho-
ras não foi bem vista pela PIDE,
que chegou a acusar que o
dinheiro amealhado seria para
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
Quando a mãe voltou a
Luanda novamente, chegam a
morar numa casa arrendada,
na estrada da Brigada. Depois,
vão morar mais para dentro do
Rangel, na Rua da Vaidade, perto
da conhecida Dona Malha. O
pai chegou a comprar uma casa
de madeira. Garante que a casa
ainda está lá. Dali ainda volta
a morar com a irmã Engrácia,
desta vez no Quilómetro 7, arre-
dores da Cidadela. Esta casa
era controlada pela irmã de
Desidério Costa, de nome Luísa,
a quem pagavam as rendas.
“Eles também moravam ali
ao pé de onde é hoje a Igreja
Bethel. Depois, havia a casa do
pai do Ismael Martins e logo a
seguir a casa do pai do Desidério,
o senhor Fernando Pascoal da
Costa. Nós morávamos por detrás,
numa casa de madeira. Quando
rebenta o 4 de Fevereiro, eu
estava a morar ali na casa do
Quilómetro 7. E ouvíamos per-
feitamente os tiros à noite”, conta.
Tirando o período de férias,
quando ia visitar o pai, reconhece
que passou toda a sua infância
e juventude aqui em Luanda.
ser enviados aos “terroristas”.
Prenderam várias senhoras, entre
elas a mãe de Luís Neto Kyambata,
de Elísio de Figueiredo, de Ismael
Martins e a de Roberto de Almeida,
que chega a falecer em Janeiro
de 1975, em consequência desta
prisão. “Foram tempos muito
difíceis”, recorda Roberto, com
as lágrimas a caírem-lhe livre-
mente rosto abaixo.
Nessa época, Roberto de
Almeida já era casado. Três dias
depois da morte da mãe, a
esposa dá à luz a uma menina,
de nome Djamila de Almeida,
hoje deputada à Assembleia
Nacional, pela Bancada Parla-
mentar do MPLA. Casara em
1970, aqui em Luanda. O casal,
inicialmente, conseguiu arrendar
um anexo na Vila Alice, no antigo
largo Cesário Verde. Foi a sua
primeira, depois de sair da casa
dos pais. Porém, não ficou por
lá muito tempo, visto que a
moradia estava no trajecto do
tiroteio entre a FNLA, na Avenida
Brasil, e o MPLA, na Avenida da
Liberdade. “No meu tecto, caí-
ram estilhaços, balas”, explica.
Usando de cautela, tomou a
decisão de sair dali e arrendar
uma habitação noutro ponto de
Luanda. O Cassenda foi o destino
escolhido. Já em período de Inde-
pendência, Roberto de Almeida
muda-se para o Maculusso, em
1976, onde morou por cerca de
vinte anos. Foi neste Maculusso
onde encontrou sossego.
“A maior parte dos meus
filhos nasceu no Maculusso e
por lá travei amizades com a
vizinhança”, reconhece.
POLÍTICA Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
CAMPANHA COMEÇA EM FEVEREIRO NO KILAMBA
Imóveis das centralidades
registados a favor do Estado
Será criada a Assinatura Digital do Alvará de Loteamento para o registo de
propriedade em nome do Estado, para depois ser passado a quem vive ou venha a
viver no imóvel
Domingos dos Santos
O ministro da Justiça e dos
Direitos Humanos anunciou,
sexta-feira, em Luanda, o início
de uma campanha de registo
de imóveis das centralidades
do país a favor do Estado.
Em declarações à imprensa,
à margem da sexta reunião
mensal de balanço do Programa
de Massificação do Registo de
Nascimento e Atribuição do
Bilhete de Identidade, Francisco
Queiroz disse que o processo
arranca no fim do próximo
mês de Fevereiro, na centra-
lidade do Kilamba, em Luanda.
Com esta campanha, frisou,
pretende-se resolver o pro-
blema da falta de registo dos
imóveis construídos pelo
Estado. "O Estado construiu
estes imóveis, mas não os regis-
tou em seu nome. Isso impede
o Estado de passar esses imó-
veis em nome das pessoas que
neles vivem ou venham a
viver", disse o ministro.
O Ministério da Justiça e
dos Direitos Humanos reú-
ne, hoje, com os governa-
dores provinciais para a cria-
ção da Assinatura Digital do
Alvará de Loteamento, a par-
tir da qual se fará o registo
de propriedade em nome do
Estado, para depois ser pas-
sada a quem vive ou venha
a viver no imóvel.
"Essa assinatura digital
será da competência dos
governadores provinciais.
Victorino Matias | Dundo
Justino Victorino | Huambo
Elisa Solange de Almeida Paxe
é a nova secretária provincial
da Organização da Mulher
Angolana (OMA), na Lunda-
Norte, eleita sábado, durante
a X Assembleia de Balanço e
Renovação de Mandatos.
Assembleia elegeu também
105 membros do Comité Pro-
vincial e as 57 delegadas ao
VII Congresso da OMA, pre-
visto para Março do corrente
ano, em Luanda. No evento
foram também indicadas três
candidatas ao Comité Nacional
da organização.
A Assembleia foi acom-
panhada por videoconfe-
rência, pela membro do
Comité Nacional da OMA e
coordenadora do Grupo de
Acompanhamento para pro-
víncia da Lunda-Norte, Joana
António Quintas.
O 1º secretário do Comité
Provincial do MPLA, Ernesto
Muangala, chamou a atenção
da nova direcção para às tare-
fas que dela se espera, sobre-
tudo de ap oio à mulher
desfavorecida e à educação
moral e cívica da população.
Muangala pediu apoio
Por isso, dirijo um apelo
muito especial para que par-
ticipem nesse trabalho.
Depois iremos enviar equipas
para o preparo técnico para
fazer a Assinatura Digital do
Alvará de loteamento”, disse.
Francisco Queiroz subli-
nhou que, além do registo de
imóveis, esse processo vai
permitir a arrecadação de
receitas para os cofres do
Estado, através do pagamento
do Imposto Predial e do
Imposto de Sisa, que incide
Francisco Queiroz destacou que o processo vai permitir a arrecadação de receitas para o Estado
LUNDA-NORTE E HUAMBO
Eleitas primeiras
secretárias da OMA
total de todas as militantes,
quadros e dirigentes da OMA
na Lunda-Norte à nova pri-
meira secretária provincial
eleita. “A confiança depo-
sitada nesta candidata vai
fazer com que todos possa-
mos contribuir no cumpri-
mento do programa do MPLA
na nossa província”, disse,
apelando para a união, coe-
são e trabalho em equipa
para que a OMA cumpra as
orientações do partido.
Eleita com 401 dos 409
votos válidos, Elisa Solange
de Almeida Paxe agradeceu
à direcção do MPLA e a todos
quantos a apoiaram. Pro-
meteu trabalhar com todos
e cumprir as orientações do
partido na mobilização da
jovem mulher.
De 41 anos de idade, Elisa
Portanto, estamos
em presença de um
potencial de
arrecadação de
receitas para o
Estado. Essas
receitas serão para
os governos
provinciais e, no
futuro, para as
autarquias
Solange de Almeida Paxe
substituiu no cargo a malo-
grada Paciência Gomes, fale-
cida no ano passado, em
Luanda, vítima de doença.
Dolina Miguel
eleita no Huambo
A XI Assembleia de Balanço
e Renovação de Mandatos
da OMA, no Huambo, elegeu,
no último fim-de-semana,
Dolina Miguel, para o cargo
de primeira secretária pro-
vincial, em substituição de
Bibiana Nandombua, que,
por limite de idade, passa à
reforma. A nova secretária
da OMA foi eleita com 554
votos a favor e oito contra.
A primeira secretária pro-
vincial do MPLA, Lotti Nolika
destacou a trajectória política
de Dolina Miguel, cujo per-
sobre a transmissão de pro-
priedade ou de qualquer direito
constituído a título oneroso
sobre os bens imobiliários,
promessa de compra e venda
e arrendamento de longo prazo
(superior a 20 anos).
"Portanto, estamos em
presença de um potencial
de arrecadação de receitas
para o Estado. Essas receitas
serão para os governos pro-
vinciais e, no futuro, para as
autarquias, quando forem
implementadas", explicou.
CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO
curso começou na JMPLA.
“Cumpra com humildade,
zelo e dedicação as respon-
sabilidades que lhe foram
incumbidas”, aconselhou.
Lotti Nolika acrescentou
que o sucesso do trabalho
consiste na organização, pla-
nificação, execução e con-
trolo das actividades a serem
realizadas, pelo que, reforçou,
é preciso haver unidade no
seio do órgão colegial.
"Nunca decidir sozinha,
visto que a humildade e sim-
plicidade são os segredos de
um bom dirigente”, disse.
Dolina Miguel pediu o
empenho de todos e prome-
teu trabalhar para o bem-
estar das populações desta
região, sendo esta uma das
linhas de força do mandato
à frente da organização femi-
nina do MPLA.
A revitalização das estru-
turas de base do partido, será
também uma das apostas da
nova secretária da OMA,
garantindo, para este facto,
manter um contacto regular,
directo e permanente com
os militantes das estruturas
de base, conhecer os pro-
blemas que cada comuni-
dade enfrenta.
MORTE DE GENERAL DEMÓSTENES CHILINGUTILA
General morreu vítima de um enfarte agudo do miocárdio
“Notícia trágica
e inesperada”
Miguel Ângelo
e Adolfo Mundombe | Huambo
O comandante da Região
Militar Centro (RMC) consi-
derou, ontem, na cidade do
Huambo, “trágica e inespe-
rada” a notícia da morte do
antigo vice-ministro da Defesa,
ex-deputado e general na re-
forma Demóstenes Amós Chi-
lingutila, aos 73 anos.
“Angola perde um grande
filho que ainda tinha muito
a dar no processo de desen-
volvimento social e de re-
construção nacional”, la-
mentou. O tenente-general
Dinis Segunda Lucama clas-
sificou Chilingutila como
um grande homem e pessoa
de trato fácil. “A sua partida
prematura, aos 73 anos,
deixa-nos chocados. Durante
os anos de convivência cas-
trense e social, sempre de-
monstrou uma inteligência
invulgar e inspiradora para
a nova geração de militares
e homens”, lembrou.
O comandante da Região
Militar Centro destacou que
o general Demóstenes Chi-
lingutila era bastante inteligente
e de uma qualidade humana
invulgar. “Angola perdeu um
grande filho”, disse.
Dinis Segunda Lucama
assegurou que, a nível do
Estado-Maior General das For-
“Perda irreparável para o país”
Edna Dala
A UNITA considerou uma
“perda irreparável” para o
partido e para o país a morte
súbita do general na reforma
Demóstenes Chilingutila.
Em declarações ao Jornal
de Angola, o porta-voz do
maior partido da oposição,
Marcial Dachala, recordou
que o malogrado teve uma
trajectória militar e política
invejável, tendo sido furriel
da tropa portuguesa, admi-
nistrador de posto e dirigente
de topo da UNITA, onde in-
gressou em 1974.
“Tudo o que nos resta é
fazer com que o seu legado
seja transmitido às novas gera-
ções e sirva de inspiração para
os jovens, de como devem
servir a terra que nos viu nascer,
a pátria e a nação”, disse.
Em nota de condolências,
o presidente da UNITA, Adal-
berto Costa Júnior, recordou
7
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
ças Armadas Angolanas (FAA),
estão a ser criadas condições
logísticas para um funeral com
todas as honras militares,
salientando que a actual pan-
demia da Covid-19 inviabilizará
algumas homenagens.
Vítima de enfarte
agudo do miocárdio
O presidente da Bancada Par-
lamentar da UNITA revelou
que a morte do general na
reforma Demóstenes Amós
Chilingutila, ocorrida por
volta das 6h00, na Clínica
Arquidiocesana do Huambo,
foi provocada por um enfarte
agudo do miocárdio.
Liberty Chiyaka disse que
o general tinha chegado sá-
bado à província do Huambo,
proveniente do Bié, onde par-
ticipou do funeral do deputado
e secretário provincial da
UNITA, Adérito Kandambo,
que faleceu no passado dia
18 de Janeiro, vítima de
doença. “Sentiu-se mal e foi
levado para clínica, acabando
por falecer”, disse.
O deputado também con-
sidera “uma perda irreparável”
a morte de Demóstenes Chi-
lingutila, sublinhando que “o
partido perde um membro
incansável, reconciliador, deter-
minado, rigoroso e corajoso,
numa altura que se adivinham
grandes desafios políticos”.
que Demóstenes Chilingutila
foi membro da Comissão Polí-
tica e do Conselho Presiden-
cial do partido, tendo ende-
reçado “sentimentos de pesar
à família enlutada”.
Percurso
Demóstenes Amós Chilingutila
nasceu em Novembro de 1948,
na província do Bié. Foi, em
duas ocasiões, chefe do Estado-
Maior das extintas FALA, o
extinto braço armado da UNITA.
No âmbito do processo de
reconciliação nacional, foi
vice-ministro da Defesa Nacio-
nal e uma das figuras de proa
na constituição das Forças
Armadas Angolanas (FAA).
O general na reforma foi
membro do Comité Central
da UNITA e deputado à Assem-
bleia Nacional. Nos últimos
tempos, Demóstenes Chilin-
gutila ocupava a função de
conselheiro da presidência
da UNITA.
8 Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DO INTERIOR
SERVIÇO DE PROTECÇÃO CIVIL E BOMBEIROS

COMUNICADO DE IMPRENSA

O Comando do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros comunica a todos os proprietários,

gestores ou detentores de estabelecimentos, abrangidos pelo Decreto Presidencial
195/11, de 08 de Julho (Regime Jurídico de Segurança Contra Incêndios) que, está em
curso a substituição dos actuais Certificados de Segurança Contra Incêndios em uso, por
outros com características e elementos de segurança que visam evitar a sua falsificação.

Não obstante a pretensão manifestada no parágrafo anterior, informa-se às entidades

abrangidas pelo presente comunicado que os Certificados de Segurança Contra Incêndios
que ainda não tenham vencido o prazo de validade, serão, para todos os efeitos, consi-
derados conformes, até ao prazo referido no mesmo, data em que serão substituídos
pelos novos modelos, após inspecção e confirmação da manutenção das condições de
segurança contra incêndios.

Salientamos, de igual modo, que o pagamento de taxas pelos serviços prestados ou de

multas aplicadas por incumprimento das normas de segurança contra incêndios, bem
como a entrega de quaisquer outras gratificações financeiras, a qualquer título, ao Ins-
pector de Prevenção em serviço, devem, unicamente, ser feitos na Conta Única do Te-
souro (CUT), mediante apresentação de uma nota de pagamento à ser emitida pelos
órgãos de planeamento e finanças do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, a distintos
níveis, ficando proibido a entrega de valores, directamente ao agente actuante.

Por outro, para efeito de admissão à realização de inspecção em quaisquer instalações,

o Bombeiro em serviço, deverá exibir uma notificação de inspecção ou documento equi-
valente e estar devidamente fardado com colete ou farda de campanha e braçal, conforme
imagens ilustrativas em anexo, que o identificam como Inspector de Prevenção.

(500.0092)-1/4P-1/3

O Comando do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, de antemão agradece a colabo-

ração de todos, mantém total disponibilidade para prestar esclarecimentos adicionais atra-
vés do E-MAIL: direccaoprevencao@gmail.com e, exorta aos detentores de
estabelecimentos (armazéns, farmácias, lojas de conveniências, cantinas, fábricas, es-
cola, hotéis e similares e demais estabelecimentos que exercem actividade comercial e
de prestação de serviços), a apresentarem as suas necessidades de renovação de docu-
mentos técnicos aos órgãos competentes do Serviço, sob pena de incorrerem em práticas
que poderão lesar os seus interesses patrimoniais.

SERVIÇO DE PROTECÇÃO CIVIL E BOMBEIROS, Luanda, aos 20 de Janeiro de 2021

O COMANDANTE
BENSAU MATEUS
*** COMISSÁRIO B. PRINCIPAL*** (500.0094)1/4P-1/2
(500.0096)MPP/C-3/4
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021 9

(500.0097)PI/C-2/3
10 DESTAQUE
LUNDA-NORTE
PNUD ajuda
a mitigar
efeitos
da pandemia
Armando Sapalo | Lôvua
O Programa das Nações Uni-
das para o Desenvolvimento
(PNUD) disponibilizou, no
ano passado, um fundo de
150 mil dólares para os refu-
giados da República Demo-
crática do Congo (RDC) ins-
talados no município do
Lôvua, província da Lunda-
Norte, e a comunidade local
promoverem pequenos negó-
cios com vista à mitigação
do impacto da pandemia da
Covid-19.
Em declarações à imprensa,
a líder da Ajuda do Desenvol-
vimento de Povo Para Povo
(ADPP) na Lunda-Norte , Rosa
Spelile Musonza, Organiza-
ção- Não Governamental
(ONG) responsável pela coor-
denação do projecto, expli-
cou que a doação consistiu
na distribuição de roupas
usadas, bens alimentares e
equipamentos para a aber-
tura de cantinas, oficinas
mecânicas e padarias.
O projecto, que beneficiou
124 das 142 pessoas inicial-
mente formadas em matéria
de empreendedorismo, des-
tinou-se também à promoção
da agricultura e pecuária.
De acordo com a respon-
sável da ADPP, das pessoas
seleccionadas, 34 são ango-
lanos de bairros circunvizinhos
ao assentamento dos refugia-
dos. Rosa Spelile Musonza
assegurou que o projecto come-
çou em 2019 com a formação
dos potenciais empreende-
dores. Devia ser lançado entre
Outubro e Dezembro do ano
transacto, mas o repatria-
mento de alguns refugiados,
que na altura tinham decidido
regressar ao país de origem,
atrasou a execução.
Segundo a responsável
da ADPP na Lunda-Norte, a
acção formativa foi promovida
em parceria com o Alto-Co-
missariado das Nações Unidas
para os Refugiados (ACNUR),
Instituto Nacional de Emprego
e Formação Profissional (INE-
FOP) e os Serviços Jesuítas
aos Refugiados (JRS). “Em
2019, por altura do anúncio
da iniciativa pelo PNUD, foi
feito um mapeamento para
a eleição dos potenciais
beneficiários”, disse Rosa
Spelile Musonza.
Durante o mapeamento,
disse, cada beneficiário defi-
niu uma área de negócio,
tendo sido escolhidos os
ramos do comércio precário,
agricultura, pecuária , mecâ-
nica, corte e costura.
Na semana passada , por
altura do lançamento oficial
do projecto , foram simbo-
licamente entregues 13 balões
de roupa usada e igual quan-
tidade de kits de corte e cos-
tura. “Nos próximos dias vão
ser distribuídos meios de
outras áreas de negócio esco-
lhidas pelos empreendedores
do projecto “, adiantou Rosa
Spelile Musonza.
17 PACIENTES RECUPERADOS
Registados 32 casos
e dois óbitos
em 24 horas
Em relação às mortes, o boletim da
DNSP esclarece que as duas ocorreram
na província de Luanda. Relativamente
aos pacientes recuperados,
o documento indica que têm idades
entre 9 e 70 anos
Mazarino da Cunha
Angola notificou, nas últimas
24 horas, 32 novas infecções,
dois óbitos e a recuperação
de 17 pacientes, de acordo
com o boletim informativo
distribuído ontem à imprensa
pela Direcção Nacional de
Saúde Púbica (DNSP).
O documento refere que,
dos 32 novos casos, 20 foram
registados em Luanda, seis
em Cabinda, dois na Lunda-
Sul e um nas províncias de
Benguela, Cuanza-Sul, Uíge
e Zaire. Os infectados têm ida-
des compreendidas entre 1 e
63 anos, sendo 17 do sexo mas-
culino e 15 do sexo feminino.
Em relação às mortes, o
boletim da DNSP esclarece que
as duas ocorreram na província
PERISCÓPIO
Luanda resistente
Luciano Rocha
Luanda, que hoje comemora
o 445º aniversário, sempre foi
cidade sofredora, resistente,
que, com lágrimas de transbor-
dar oceanos, viu milhares de
seres humanos serem levados
à força para terras “de muito
longe e jamais voltar”.
Luanda, a terra sofredora,
mas, igualmente, solidária, já
antes daquele êxodo forçado,
assistiu à chegada dos ocu-
pantes fugidos das kalembas
da península fronteiriça, como
eles nunca tinham imaginado
existir, quando mais vê-las pas-
sar por cima de casas e coquei-
ros, a gritarem aos intrusos
“vão embora, quem vos con-
Desde o início
da pandemia,
em Março, foram
processadas
350.822 amostras,
19.399 das quais
tiveram resultados
positivos
de Luanda. Relativamente
aos pacientes recuperados, o
documento indica que têm
idades entre 9 e 70 anos.
Com estes dados, o país
contabiliza 19.399 casos con-
firmados, dos quais 459 óbi-
tos, 17.266 recuperados e
1.674 activos. Deste número,
dois estão em estado crítico
vidou?”. Mas, ela deu-lhes, na
altura, o benefício da dúvida
e, generosa, acolheu-os.
O calvário das humilhações
começara com os primitivos
ocupantes e os que, ocasio-
nalmente, lhes tomaram o
lugar. Pelo meio, assistiu a
enforcamentos de alguns dos
que ousaram fugir à canga da
escravatura, no Largo do Pelou-
rinho, no velho Bairro dos
Coqueiros, sem nenhuma
placa a assinar esse martírio.
Também viu, de coração aper-
tado, filhos fazerem o papel
de animais de carga a trans-
portarem, em tipóias, ocu-
pantes que chegaram a ela de
mãos vazias e depressa imi-
taram os senhores dos países
a receber tratamento por
ventilação mecânica invasiva,
oito em situação grave, 85
são considerados moderados,
93 têm sintomas leves e 1.486
assintomáticos.
A DNSP informa, ainda,
que nos centros de trata-
mento da Covid-19, a nível
do país, estão internados 188
doentes. Em quarentena ins-
titucional estão 144 cidadãos
e 2.471 sob investigação epi-
demiológica.
O laboratório de biologia
molecular processou, nas
últimas 24 horas, 1.093 amos-
tras, das quais 32 foram posi-
tivas. Desde o início da
pandemia, em Março, foram
processadas 350.822 amos-
tras, 19.399 das quais tiveram
resultados positivos.
de onde vinham. Pior, foi
quando descobriu que alguns
dos que ela nascera imitavam
na perfeição os estrangeiros,
vestindo como eles, asso-
ciando-se-lhes na venda de
irmãos, oferendo-lhes irmãs
como escravas sexuais. Foram
estes seres amorais, no fundo,
que iniciaram as cortes de
assimilados, que nunca mais
pararam de crescer.
Luanda, que completa hoje
445 anos de sofrimento e resis-
tência, acompanhou, também,
a fúria implacável do palu-
dismo, todas as outras doenças
que a fustigaram, como a do
sono e tuberculose, cobrindo
de dor e luto muitas casas,
principalmente, como sempre,
as mais pobres e não parou de
chorar. Manteve os olhos rasos
de chuvas e cacimbos, quando,
em nome do progresso - coi-
tado, como tem as cargas largas
para carregar tantas desculpas
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
UÍGE
Pastor pede
cumprimento
das medidas de
biossegurança
Valter Gomes | Uíge
O pastor da Igreja Evangélica
PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO
Reformada de Angola (IERA)
no Uíge, reverendo Daniel Antó-
nio, exortou os fiéis e a comu-
nidade cristã a cumprirem as
medidas de biossegurança, no
âmbito da prevenção e combate
à pandemia da Covid-19.
O reverendo, que falava para
a comunidade cristã na paró-
quia de Nova Jerusalém, no
Quixicongo Novo, arredores
da cidade do Uíge, durante o
culto de apresentação do novo
pastor, disse que uma família
cristã deve ser o primeiro exem-
plo no cumprimento das medi-
das de prevenção contra a pan-
demia, “Vamos evangelizar,
mas também aconselhar as
famílias e a população em geral,
sobretudo a juventude, para o
cumprimento das medidas de
biossegurança”, disse.
O pastor apelou para a lava-
gem constante das mãos com
água e sabão ou desinfectá-
las com álcool em gel, uso
correcto da máscara, obser-
vância do distanciamento físico
e social e manter as crianças
dentro de casa.
“Enquanto a pandemia não
passar, não devemos cessar
de manter a prevenção, obe-
decendo as orientações do
Ministério da Saúde e auto-
DOS 32 NOVOS ridades governamentais do
CASOS REGISTADOS país. Cada um deve ser par-
ONTEM tícipe nesta luta”, observou.
O reverendo Daniel António
pediu ao novo pastor diálogo,
20 responsabilidade, amor ao pró-
em Luanda ximo e instruir os novos dis-
cípulos para o crescimento da
06 Igreja. Disse que o pastor tem
em Cabinda a missão de contribuir na orga-
nização da comunidade cristã
02 para o bem da Igreja. “Somos
Lunda-Sul obreiros do Senhor, a nossa
missão é levar a paz, o Evan-
01 gelho de Cristo, o amor ao pró-
nas províncias de ximo e tornar as almas perdidas
Benguela, Cuanza-Sul, crentes e seguidoras da palavra
Uíge e Zaire de Deus, buscando a cura divina
e a salvação na Igreja”, frisou.
- começaram a esventrá-la. pelos filhos tombados nos
Quase sucumbiu, ao sentir dois lados da barricada e por
tractores a engolirem-lhe as
casas de adobe, muros de adue-
las, ferirem-lhe de morte os
paus de frutos, mas resistiu,
saber que, algures, em plateias
alcatifadas, havia negociantes
de armas, fomentadores de
guerras, construtores de divi-
uma vez mais. As lágrimas sões, hienas vestidas de anjos,
quase a traíram quando soube a esfregar as mãos.
que alguns dos seus mais devo- A reconciliação entre irmãos
tos filhos tinham sido encar- aconteceu. E cidade sofredora
cerados por quererem ser livres acreditou. Depressa percebeu
e vê-la livre. que, enquanto sarava feridas,
Em Fevereiro, marca inde- enxames de marimbondos, tra-
lével do redobrar de espe- vestidos de seres humanos, se
ranças escondidas, misturou apoderavam dos poucos meios
dores e orgulhos de mãe. que lhe sobravam para ajudar
Nesse estado cafusado ficou, os filhos mais desamparados.
novamente, quando chegou A acção de tais criaturas é mais
Novembro, de todos os sonhos, devastadora do que o paludismo
mas voltou a não celebrar o e da pandemia da Covid-19,
momento em paz, como mere- que a assola. E eles, as aves de
cia. Interesses alheios, sempre rapina, estão aí, à espera da
eles, sobrepuseram-se aos da mínima distracção para a voltar
razão. Como se tudo não che- a ferir. A cidade sofredora per-
gasse veio Maio orquestrado manece triste, sem motivos
por forças estranhas. Cerrou para sorrir. Apesar disso. para-
os dentes para segurar soluços béns, pela sua resistência.
DESTAQUE Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
PANDEMIA
Reino Unido
já vacinou
seis milhões
de pessoas
O Reino Unido já administrou
a primeira das duas doses da
vacina contra o novo coronavírus
em cerca de seis milhões de
pessoas, quando o número de
mortes no país devido à pan-
demia está perto dos cem mil.
O ministro da Saúde britâ-
nico, Matt Hancock, disse ontem
que três quartos dos maiores
de 80 anos do Reino Unido
receberam uma vacina.
Hancock sublinhou que
três quartos nos residentes de
lares de idosos também rece-
beram a sua primeira vacina.
Até sábado, quase 5,9 milhões
de doses da vacina foram
administradas no Reino Unido.
As autoridades de saúde
britânicas pretendem vacinar
15 milhões de pessoas, incluindo
todas as pessoas com mais de
70 anos, até 15 de Fevereiro.
A campanha de vacinação
no Reino Unido é um raro sucesso
em um país com o pior surto
do novo coronavírus da Europa.
O Reino Unido já registou
um total 97.329 mortes devido
à Covid-19. Outras 1.348 mortes
foram registadas no sábado e o
Reino Unido deverá chegar, em
alguns dias, ao quinto lugar do
país do mundo a registar cem
mil mortes devido à Covid-19.
A pandemia de Covid-19
provocou, pelo menos,
2.107.903 mortos resultantes
de mais de 98,1 milhões de
casos de infecção em todo o
mundo, segundo um balanço
feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por
um novo coronavírus detec-
tado no final de Dezembro de
2019, em Wuhan, uma cidade
do centro da China.
BASTONÁRIO CRITICA PLANO DE VACINAÇÃO
Pandemia matou mais três médicos portugueses África regista 778 mortes
A Ordem dos Médicos de Por-
tugal (OM) informou ontem
que morreram mais três
médicos vítimas de Covid-
19, nos últimos dias, e voltou
a apelar ao Governo para
que melhore as condições
de trabalho para reduzir o
risco de infecção.
Depois de expressar uma
homenagem pública aos cole-
gas, o bastonário da OM, Mi-
guel Guimarães, também critica
que o plano de vacinação contra
a Covid-19 em Portugal "con-
tinue a deixar milhares de médi-
cos de fora desta fase, prejudi-
cando quem está no terreno a
salvar vidas".
"Vivemos tempos de grande
pesar nacional, com muitos
portugueses a perderem a vida
todos os dias por causa da
pandemia, sejam doentes de
Covid ou não Covid, e isso não
nos pode nunca sossegar",
frisa num comunicado, onde
reitera a homenagem aos cole-
gas e dirige "uma palavra espe-
cial de gratidão e de solidarie-
dade", às famílias.
Investigador brasileiro alerta
para risco de novas mutações
Segundo o microbiologista, que coordenou o sequenciamento genético de uma nova estirpe
do Sars-Cov-2 na região amazónica, designada B.1.1.28 (K417N / E484K / N501Y),
que apresenta as mesmas características de mutações mais infecciosas registadas no Reino Unido
e na África do Sul, é urgente conter a transmissão da Covid-19
O investigador brasileiro
Felipe Naveca, da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) na
Amazónia, alertou que o novo
coronavírus continuará a
evoluir se não existir controlo
das contaminações, que faci-
litam novas estirpes mais
infecciosas "Quando deixa-
mos o vírus circulando livre-
mente com muitos casos a
acontecer, ele evolui mais,",
disse Naveca à Lusa.
Segundo o microbiologista,
que coordenou o sequencia-
mento genético de uma nova
estirpe do Sars-Cov-2 na região
amazónica, designada B.1.1.28
(K417N / E484K / N501Y), que
apresenta as mesmas carac-
terísticas de mutações mais
infecciosas registadas no Rei-
no Unido e na África do Sul, é
urgente conter a transmissão
da Covid-19.
"Nós tínhamos sequenciado
as estirpes do novo corovírus
até Novembro e esta nova
variante da Amazónia não tinha
aparecido. Quando os cientistas
japoneses alertaram em 10 de
Dezembro, comparámos as
sequências genéticas do vírus
deles com as nossas e conse-
guimos estabelecer que a
variante tem origem no Ama-
zonas só que o ancestral do
vírus que tínhamos sequenciado
era muito distante", explicou.
"A diferença da variante
que nós conhecíamos para
esta nova estirpe é muito
O bastonário explica que,
no total, chegaram ao conhe-
cimento da Ordem dos Médicos
seis óbitos de médicos com
Covid-19, mas ressalva que só
a tutela tem na sua posse dados
a nível nacional que permitam
saber efectivamente quantos
médicos morreram no combate
à pandemia.
"Como temos vindo a dizer
desde o início, era muito impor-
PESQUISADOR APELA PARA O CONTROLO DAS CONTAMINAÇÕES
grande. Em algum momento
aconteceu uma aceleração
da evolução do vírus que não
conseguimos identificar exac-
tamente", completou.
Naveca explicou que os pes-
quisadores da Fiocruz adian-
taram um sequenciamento de
amostras colhidas de pacientes
infectados em Dezembro
quando suspeitaram de um
caso de reinfecção.
"A estirpe amazónica só
apareceu de facto nas amos-
tras que sequenciámos em
Dezembro. Também foi con-
firmada a reinfecção provo-
cada pela nova variante, por
isso, disparámos um alerta
DR
tante que o Ministério da Saúde
divulgasse com mais regula-
ridade os números relacionados
com o impacto da pandemia
nos profissionais de saúde,
tanto em termos de infecções
como de óbitos ou doentes
recuperados", reforça.
Miguel Guimarães também
reivindica "medidas mais efi-
cazes que permitam que os
serviços de saúde tenham
nacional", contou o cientista.
A Fiocruz confirmou na
semana passada que foi iden-
tificada uma variante do vírus
numa mulher de 29 anos, com
sintomas leves da doença que
foi diagnosticada com Covid-
19 pela primeira vez, em 24
de Março e, em 30 de Dezem-
bro, obteve o segundo diag-
nóstico positivo para a doença
num teste RT-PCR.
Na quinta-feira, o Centro
Europeu de Prevenção e Con-
trolo de Doenças (ECDC) divul-
gou uma investigação que
reafirma a necessidade de con-
trolar a disseminação, salien-
tando que "os vírus mudam,
menos pressão e que os médi-
cos e restantes profissionais
trabalhem com mais segu-
rança, mais meios e mais
equipamentos de protecção,
por eles e pelos doentes".
Segundo refere, "muitos
médicos do SNS e do sector pri-
vado e social continuam por
vacinar e sem uma explicação".
Lembrando que a OM já
alertou para o impacto que
isto pode ter na vida dos pró-
prios médicos e dos doentes,
explica que a listagem de médi-
cos que estão a trabalhar fora
do Serviço Nacional de Saúde
(SNS), ou no SNS através de
empresas prestadoras de ser-
viços, e que queriam ser vaci-
nados engloba um total de
6.562 profissionais.
Desses, vinca, "nem meia
centena terão chegado a rece-
ber a vacina", apesar de a lista
ter sido disponibilizada ao
Ministério da Saúde, quer
num primeiro levantamento
que apontava 4.000 médi-
cos, quer com os números
mais recentes.
DR
constantemente, por mutação
e as variações no vírus SARS-
CoV-2, devido a processos de
evolução e adaptação, têm sido
observadas em todo o mundo".
"Embora a maioria das
mutações emergentes não
tenham um impacto signifi-
cativo na disseminação do
vírus, algumas mutações ou
combinações de mutações
podem fornecer ao vírus uma
vantagem selectiva, como
maior transmissibilidade ou
capacidade de evadir a res-
posta imune do hospedeiro",
acrescentou o órgão europeu
que indicou a variante bra-
sileira entre as estirpes que
RECUPERADOS 26.308 PACIENTES
e 27.316 casos em 24 horas
A África registou nas últimas
24 horas mais 778 mortes
por Covid-19 somando um
total de 84.637 óbitos, num
dia em que reportou 27.316
novos casos de infecção.
De acordo com o Centro
de Controlo e Prevenção de
Doenças da União Africana
(África CDC), o número total
de infectados é de 3.418.514.
Nas últimas 24 horas foram
recuperados 26.308 pacien-
tes, somando um total de
2.878.234 desde o início da
pandemia.
A África Austral continua
como a região mais afectada,
com 1.623.725 infectados e
44.402 mortos. Só a África do
Sul, o país mais atingido pela
Covid-19 no continente,
regista 1.404.839 casos e
40.574 mortes.
O Norte de África é a se-
gunda zona mais afectada
pela pandemia, com 1.056.428
11
causam preocupação. Naveca
afirmou que ainda não há total
certeza se a variante amazó-
nica é mais infecciosa do que
as outras estirpes do vírus que
circulam no Brasil.
"Temos algumas sugestões
disto, mas não são certezas.
Isto pode ser uma suposição
por conta dos dados da variante
encontrada no Reino Unido e
na África do Sul, que possuem
mutações em comum com
esta encontrada no Brasil, mas
nenhum resultado suporta
que esta variante chegou aqui
e se adaptou", afirmou.
"Os resultados apontam para
uma convergência evolutiva,
ou seja, o vírus evoluiu em lu-
gares diferentes mostrando as
mesmas mutações. Baseados
nestes resultados do Reino
Unido e da África do Sul, temos
a suspeita de que a variante
brasileira também tem maior
transmissão", acrescentou.
Sobre o colapso do sistema
de saúde de Manaus, onde
faltou oxigénio para atender
pacientes, o especialista insis-
tiu que o maior problema está
relacionado com a falta de
cuidado da população.
"Se as pessoas estivessem
mantendo as medidas de dis-
tanciamento e os cuidados
como o uso de máscara e a la-
vagem das mãos, o vírus pode-
ria ser até mais infeccioso, mas
a transmissão não estaria a
ocorrer", defendeu Naveca.
infectados e 28.204 vítimas
mortais.
A África Oriental contabi-
liza 351.256 infecções e 6.634
mortos, enquanto na África
Ocidental o número de infec-
ções é de 301.565 e o de mor-
tes ascende a 3.814. Na África
Central, estão contabilizados
85.540 casos e 1.583 óbitos.
O Egipto, que é o segundo
país africano com mais vítimas
mortais, a seguir à África do
Sul, regista 8.902 mortes e
161.143 infectados, seguin-
do-se Marrocos, com 8.128
vítimas mortais e 465.769
infectados.
Entre os seis países mais
afectados estão também a
Tunísia, com 6.154 mortos e
195.314 infectados, a Argélia,
com 2.861 óbitos e 105.266
casos, a Etiópia, com 2.063
vítimas mortais e 133.298 infec-
ções, e o Quénia, com 1.740
óbitos e 99.898 infectados.
12 OPINIÃO Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021

EDITORIAL IMAGEM DO DIA

Os engarrafamentos em Luanda, uma cidade com cerca de oito milhões de habitantes, causam transtornos
aos automobilistas. É preciso apostar mais em vias secundárias e terciárias na capital do país

A nossa casa comum e o seu VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO

património histórico e cultural

É frequente ouvir-se na capital do país a seguinte frase: "Não é fácil
governar Luanda". A julgar pelo número de governadores que já passaram
por Luanda, tendo alguns deles feito muito pouco tempo no cargo, pode-
se concluir que a complexidade dos problemas da capital do país tem
constituído uma grande dor de cabeça a quem tem tido a coragem (é
verdade que é preciso coragem para enfrentar os problemas de Luanda)
de aceitar governar uma província com problemas gigantescos.
Em Luanda já se ensaiaram várias fórmulas na perspectiva de se dar
solução definitiva a muitos dos seus problemas, mas o que é certo é que
ainda temos um longo caminho a percorrer para que os milhões de
habitantes da capital tenham uma boa qualidade de vida..
Os erros de gestão de Luanda cometidos e a ausência de planeamento
urbanístico ao longo de anos podem estar agora a dificultar a execução
de planos para tornar a capital num lugar bom para se viver.
Milhares de cidadãos construíram ao longo dos anos, por sua própria
iniciativa, bairros em betão que terão custado muitos milhões de dólares,
não tendo havido entretanto o cuidado de se ordenar o território, para
que os habitantes pudessem desfrutar de infra-estruturas para o saneamento
básico, estradas e para o abastecimento de energia e água potável.
Não interessa estarmos constantemente a lamentar sobre o que
foi mal feito ou sobre o que não se fez. Temos de dar soluções duradouras
aos problemas, para que Luanda seja das mais belas e bem estruturadas
cidades de África.
Muitos dos estrangeiros que nos visitam, entre os quais arquitectos,
são unânimes em dizer que Luanda tem potencialidades para se constituir
num grande ponto turístico ao Sul do Sahara.
Luanda é a casa de todos os angolanos, e, sendo a nossa casa comum,
temos todos a tarefa de torná-la numa referência nacional e internacional.
A natureza foi generosa para Angola, dando a muitas das suas cidades,
particularmente Luanda, belezas raras, que já levaram muitos estrangeiros
a instalar-se definitivamente no nosso país.
Luanda faz hoje 445 anos, e importa, não só modernizar a capital do
país, mas também preservar o seu património histórico e cultural. Não
só de arranha-céus vive uma cidade. Luanda antiga deve merecer a
atenção das entidades competentes, devendo haver verbas para obras
de restauro do que pode estar a degradar-se. Que se trave definitivamente
a tentação de certas pessoas para destruir o património histórico e cultural
de Luanda, para satisfação dos seus interesses económicos particulares,
em detrimento do que deve pertencer a toda a comunidade nacional.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PROPRIEDADE

Víctor Silva (presidente) Edições Novembro, E.P.
ADMINISTRADORES EXECUTIVOS
Caetano Pedro da Conceição Júnior SEDE:
Gilson dos Santos Antunes Carmelino Rua Rainha Ginga, 12-26
Rui André Marques Upalavela Caixa Postal 1312 - Luanda
Eunice Carla Teixeira Moreno
ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS
Redacção: 222 020 174
Telefone geral (PBX): 222 036 578/9
E-mail: redaccao@jornaldeangola.ao
CARTAS DOS LEITORES
Drumond Alcides Jaime Mafuta Telegramas: Proangola
Cândido Bessa Receado

Meninos de rua mas ainda muita coisa é preciso Maianga, e não consigo até agora
DIRECTOR: GENTE E FIM-DE-SEMANA: Tenho visto ainda muitas crianças fazer, e acredito que, se houver perceber por que razão não se con-
Víctor Silva António Cruz (Editor-chefe),
Isaquiel Cori (Editor) nas ruas de Luanda, já não em organização e vontade, muitos segue terraplanar as poucas vias
DIRECTORES-ADJUNTOS: Edna Cauxeiro (Subeditora),
Caetano Júnior e Cândido Bessa
Ferraz Neto (Subeditor) e Pereira Dinis números idênticos aos dos anos problemas sociais que temos po- que o bairro tem. Muitos moradores
DIRECTOR EXECUTIVO: EDIÇÕES ESPECIAIS: da guerra, mas mesmo assim em dem ser resolvidos. As crianças escreveram para este vosso espaço
Guilhermino Alberto
DIRECTOR EXECUTIVO DE ACOMPANHAMENTO
Adalberto Ceita, André dos Anjos, Domingos dos Santos,
Leonel Kassana e Yara Simão
situação que nos preocupa. Basta, devem ser prioridade ao nível da inúmeras cartas a pedir a terra-
ÀS EDITORIAS PROVINCIAIS: quanto a mim, que haja uma úni- protecção das pessoas carencia- planagem de alguns troços, alguns
Drumond Jaime FOTOGRAFIA:
Kindala Manuel (Editor-chefe), ca criança desamparada para das. As instituições vocacionadas deles até importantes, uma vez
José Cola (Editor),
EDITOR EXECUTIVO: Dombele Bernardo, Eduardo Pedro, João Gomes, que a sociedade se preocupe ime- para a resolução de problemas que fazem por exemplo a ligação
Diogo Paixão Maria Augusta, Miqueias Machangongo, Mota Ambrósio,
Paulo Mulaza, Santos Pedro, Agostinho Narciso, diatamente com a sua situação sociais devem trabalhar sempre entre a estrada Sagrada Esperança
Vigas da Purificação, Contreira Pipas e Alberto Pedro
GRANDE REPÓRTER:
Luísa Rogério para retirá-la da situação crítica de forma concertada para atacar e a Avenida da FAPA ou 21 de Ja-
CORRESPONDENTES PROVINCIAIS: em que se encontra. As crianças situações que sejam lesivas dos neiro, facilitando a circulação de
EDITORIAS: Adão Diogo (Lunda-Sul),
POLÍTICA: Bernardo Capita (Cabinda), são seres vulneráveis, pelo que o interesses das nossas crianças. viaturas. Penso que os que nos go-
Bernardino Manje (Editor-chefe), Jaquelino Figueiredo (Zaire),
Fonseca Bengui (subeditor) e Santos Vilola (Subeditor) Vladimir Prata (Namibe), Estado e a sociedade devem tudo Se se continuar a ajudar as fa- vernam devem prestar atenção às
Adelina Inácio, Edna Dala, Gabriel Bunga, Isidoro Natalício (Cuanza-Norte),
Garrido Fragoso e César Esteves Luís Pedro (Cuanza-Sul), fazer para as proteger e salva- mílias a saírem da pobreza, as reclamações dos cidadãos. Os ci-
Pedro Bica (Bengo),
OPINIÃO:
Francisco Curinhingana (Malanje) guardar a sua saúde e mesmo, crianças ficarão a ganhar. dadãos têm o direito de ver resol-
Miguel Ângelo (Huambo),
Ambrósio Clemente (Editor-chefe),
Faustino Henrique (Subeditor)
João Constantino (Bié), se for caso disso, as suas vidas. ESPERANÇA CRISTÓVÃO vidos os seus problemas. Os go-
José Chaves (Andulo),
SOCIEDADE: Jaime Azulay (Benguela), Em tempo de pobreza extrema, Ilha de Luanda vernados vão às urnas para esco-
Nhuca Júnior (Editor), Jesus Silva (Lobito),
Alberto Pegado (Editor), Estanislau Costa (Huíla), há crianças que são usadas para lher aqueles que eles entendem
José Meireles (Editor), Armando Sapalo (Lunda-Norte),
Rodrigues Cambala, André da Costa, Kilssia Ferreira, Manuela Gomes, Silvino Paulo (Uíge), fazer certo tipo de trabalhos, como Terraplanagem ser os melhores para os governar.
Augusto Cuteta, Alexa Sonhi, César André, Edivaldo Cristóvão, Lourenço Manuel (Cuando Cubango),
Carla Bumba e Mazarino da Cunha Quinito Kanhamei (Cunene), vender mercadorias, com vista Gostaria de ver o meu bairro, onde Faz pois sentido que quem atinge
Samuel António (Moxico),
REGIÕES:
Sérgio Chivaca (Editor-chefe),
a sustentar as famílias a que per- moro há mais de trinta anos, com o poder se preocupe com as con-
Béu Pombal (Subeditor), PAGINAÇÃO E ARTE: tencem. Trata-se de crianças que melhor aspecto em termos de es- dições de vida de quem o elegeu.
Salvador Escórcio (Editor-chefe), Soares Neto (Subeditor), Eugénia Victor, Augusta
ECONOMIA: Lucéu, Tomás Cruz, Noé Pungue, Evaristo Sacupalica, João Augusto, Maria Messeles, saem de suas casas de manhã e tradas. Moro no bairro Sagrada Muita gente já escreveu neste es-
Cristóvão Neto (Editor-chefe), Alberto Bumba, Inês Quingando, Margarida Zilungo, Maria da Silva, António Saldanha,
Armando Estrela (Subeditor), Henrique Faztudo, António Quipuna, Raúl Geremias, Ana Paula Dias, Isabel Fragão, voltam a casa quase ao fim da Esperança, Distrito Urbano da paço que há problemas nos bairros
Ana Paulo, Kátia Ramos, Madalena José e Victorino Joaquim Manuel Cassenda, Bruno Bernardo, Luquemba Pedro, Damião Cavinda tarde com algum dinheiro para que são de simples resolução. As
MUNDO:
Bernardino Fançony (Editor-chefe), CARTOON E ILUSTRAÇÃO:
Armando Pululo e Casemiro Pedro que as suas famílias possam ter pessoas perguntam por exemplo:
António Canepa(Subeditor) ESCREVA-NOS
COPY DESK:
ao menos uma refeição ao dia. o que falta para se realizar uma
DESPORTO: Cartas recebidas na
Amândio Clemente (Editor-chefe), Rui Ramos e Arlindo Soares Sei que o Estado tem um progra- Rua Rainha Ginga, 12-26 campanha generalizada de terra-
Anaximandro Magalhães (Subeditor), O Jornal de Angola
António Cristóvão, Armindo Pereira, Teresa Luís, Vivaldo Eduardo, utiliza os serviços da ANGOP, AFP, Reuters, EFE e Prensa Latina ma para acudir as famílias ca- Caixa Postal 1312 - Luanda planagem e de tapa buracos nas
António de Brito, Honorato Silva, Job Franco
CULTURA: PUBLICIDADE:
renciadas, o que tem ajudado ou por e-mail: vias asfaltadas?
António Bequengue (Editor-chefe), Adriano Melo (Subeditor),
(+244) 937 550 262 muitos angolanos a ter acesso a NARCISO PEDRO
Francisco Pedro, Amilda dos Santos, Manuel Albano, escrevaconnoscoJA@gmail.com
Mário Cohen e Roque Silva (+244) 949 770 006 e-mail: publicidade@jornaldeangola.com bens de primeira necessidade. Bairro Sagrada Esperança
OPINIÃO Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021 13
PRAÇA DA LIBERDADE IMPRESSÕES DIGITAIS

Ismael Mateus Adebayo Vunge

CITAÇÕES

“Conhecer novos

País precisa do testemunho lugares é uma

paixão minha,
mas devo admitir
Será mesmo Luanda
dos seus históricos que não tinha
uma ideia clara
do que Luanda
o Dubai de África?
Todas as semanas morrem antigos combatentes. nossa memória colectiva ainda tem estado
tem para A cidade de Luanda, ao contrário de outras, tem uma beleza
Algumas vezes, membros da velha geração, escrava de interesses de grupo, cada um pro- oferecer” incontestável, não obstante todas as situações adversas que
Jozef Smets foi conhecendo ao longo da sua história. Falo, particularmente,
acima dos 80 anos, e, outras, inesperadamente curando contar a sua versão, contabilizar armas Embaixador do Reino da Bélgica do crescimento demográfico sem precedentes, nos últimos
mais novos, abaixo dos 75 anos de idade. e vitórias, enquanto, na realidade, os homens em Angola, que gosta de andar
vinte anos.
pela cidade de Luanda
Quase sempre nenhum deles deixa testemunhos e mulheres vão morrendo lentamente uns atrás Todavia, faço notar que, quando falo da beleza de Luanda
gravados sobre o seu percurso, as suas expe- dos outros, todas as semanas. não me refiro apenas ao esplendor da Marginal, inspiração de
riências e a sua visão sobre o passado de luta. Não se espera que os protagonistas contem “Estou largos poetas e compositores, paixão de muitos cidadãos. Mas
Ontem, fomos surpreendidos com a notícia novas versões dos seus feitos ou deixem de agradavelmente a Marginal de Luanda funciona hoje como uma espécie de cortina.
da morte do general Demóstenes Amós Chi- olhar para os factos na óptica dos grupos que surpreso Em muitos países africanos, Luanda passou a ser chamada de
lingutila. Na semana anterior, havia sido o serviram durante toda a vida. O que defendemos Dubai de África, devido à volumetria e exuberância dos novos
por descobrir edifícios da Marginal de Luanda, embora nem sempre em harmonia
general Ludy Kissassunda e na anterior João é que se desencadeie, o mais cedo possível,
Neves Bolwele, um dos fundadores da Asso- um movimento de recolha ampla de testemu-
muitos bons com a arquitectura tropical então dominante.
ciação dos Filhos de São Nicolau. Muito antes nhos sobre o nosso percurso histórico. Essa restaurantes aqui É óbvio que num primeiro olhar, nós próprios, os que cá
(em Luanda), habitamos, ficamos perplexos, mas também com uma réstia
foram outros e nesse ritmo, todas as semanas recolha massiva vai permitir que os estudiosos
de orgulho, com a classificação. Pode causar orgulho por causa
seguintes também muitos mais velhos nos do futuro possam, sem emoções e paixões encontrar de tudo o que foi sendo feito ao longo dos últimos quinze anos,
vão deixar. “clubistas”, reconstruir o passado e dele tirar verdadeiras mas ao mesmo tempo somos honestamente obrigados a reco-
No nosso país, os antigos combatentes ainda contribuições para que os erros mais marcantes avenidas nhecer que aquela analogia não é justa nem para Luanda nem
enfrentam problemas básicos da nossa História não se repitam. para o Dubai. Justamente porque a Marginal é uma verdadeira
como uma pensão condigna ou com belas
o benefício de um estatuto cívico
Sem os testemunhos Podemos abrir uma secção no
Arquivo Histórico Nacional, publi- árvores antigas
cortina. Quando a destapamos somos forçados a lidar com
uma outra cidade cuja realidade é marcada por contrastes e
adequado. E, obviamente, temos dos mais velhos car na imprensa, sobretudo na cidade velha” contradições, uma cidade de sonhos e frustrações, quiçá a ver-
consciência de que tais necessi- pública, e editar em livro com dadeira “harmonia dos contrários”.
dades básicas representam a prio-
(de todos os lados, a União dos Escritores Angolanos.
Idem
É essa Luanda dos contrastes que celebra hoje os seus 445
ridade das prioridades. Mesmo incluindo os sem lado) Estas mortes sem testemunho “Já visitei várias
anos de existência, sempre ensolarada e reluzente, mas ao
mesmo tempo rastejando por um novo lustro. Acolhedora e
assim, tem de haver tempo e
ideias para preservar a memória.
sobre as circunstâncias, amnésia geral, vulnerável a
propiciam uma situação de capitais de encantadora, costumo dizer que Luanda é a mãe das cidades
Essas mortes, que se sucedem razões e causas das todas as utilizações, manipula- província, mas angolanas e se a sua história não for suficiente, então o facto
de ter/ser o caldeirão de todos os povos e culturas que compõe
quando nos
semanalmente, representam tam-
bém bibliotecas e páginas inteiras
guerras do passado, ções e instrumentalizações e
isso deixa-nos sem os instru- aproximamos de
o nosso rico mosaico cultural é o motivo suficiente para lhe pres-
tarmos outra atenção. Como Matias Damásio cantou “Luanda
da nossa história que se encerram. a sociedade tende mentos que poderiam ajudar Luanda dá para é terra de braços abertos”.
Vão no curto, médio prazo fazer
imensa falta aos historiadores e
a não eliminar as gerações mais novas a evitar
os conflitos, os erros e as crises
sentir tudo. este é A responsabilidade de salvar Luanda não reside apenas no
ombro dos seus gestores pois se é verdade que as lideranças e
investigadores de uma nova da sua memória tudo do passado. Sem os testemunhos o centro, esta é a os seus projectos para a cidade jogam um papel importante,
sede política não é menos verdade que o que faz uma cidade são as suas
Angola que queremos deixar aos o que possa desunir dos mais velhos (de todos os e económica, é gentes. O seu sentido de pertença e a forma como tratam a sua
nossos netos. lados, incluindo os sem lado)
O passado de luta colonial, os indivíduos sobre as circunstâncias, razões aqui que decorre cidade. E neste quesito, sem dúvidas, nós os habitantes de
Luanda precisamos de tratá-la melhor, o que obviamente passa
seguido da guerra civil e todo o e causas das guerras do passado, a maior parte das por pequenos gestos. Da Mutamba a Catete, do Kinaxixi a Cabo-
processo de aprendizagem que lhes são inerentes a sociedade tende a não eliminar da sua actividades Ledo Luanda precisa ser repensada. E, portanto, é imperioso
deveriam servir de alerta para que nada do memória tudo o que possa desunir os indivíduos. que haja um projecto comum… e quando falo de projecto não
passado caia no esquecimento e possa fornecer Os problemas tendem a voltar a acontecer
culturais. Em
estou a referir-me às coisas megalómanas. Precisamos de coisas
às gerações vindouras as devidas lições e ensi- como no passado, recriando-se novos ódios, Luanda existe funcionais e soluções em termos de urbanismo e paisagismo.
namentos. É sobre esses ensinamentos que novas lutas e novas separações. Hoje já con- uma mistura Precisamos de um mind-set diferenciado para não tornar as cen-
vamos erguer uma Angola para todos e sem seguimos sentir a falta de uma abordagem entre agitação tralidades em novos guetos na vertical. Precisamos de um novo
os resquícios de velhas querelas. Depois de compromissada apenas com o país: muitos compromisso com a cidade para que seja pelo menos mais limpa.
e caos, Precisamos de um novo olhar evitando o que Pepetela há não
anos de crispação partidária, precisamos rapi- jovens já reproduzem um discurso de ódio de
damente de colocar a nossa memória colectiva gerações anteriores e sem o saberem estão já
por um lado, muitos anos sentenciou: “Luanda hoje é um grande musseque”.
ao serviço dos interesses nacionais e não de na génese de novos conflitos, guerras e lutas e planeamento É inquestionável o quanto Luanda precisa de ganhar um
e renovação novo lustro, modernizar-se mesmo, abraçando equipamentos
grupos, sejam eles de que tipo forem. Nada entre irmãos. urbanos de mobilidade, melhorando o seu paisagismo, mas
deve estar acima da Angola mãe pátria de É por essa razão que defendemos a neces- urbana, acima de tudo, cuidar das suas pessoas e preservar o seu
todos. Apesar das inúmeras prioridades que sidade da criação de um programa nacional por outro” património histórico. Por isso, a Baixa de Luanda precisa de
se colocam para atender as necessidades dos de recolha de testemunhos históricos que Ibidem uma abordagem histórica e arquitectónica urgente e rigorosa
antigos combatentes, é urgente que se veja o articule a actuação do Arquivo Nacional, imprensa xxxxxxxx que evite a sua destruição, pelo contrário, que preserve e valorize
que está a ocorrer no nosso país e não se permita e UEA, por um lado, na recolha desses múltiplos o legado, traçada e confira maior dignidade cultural. De resto,
que todas as bibliotecas se apaguem, morram testemunhos e, por outro, também na sua publi- “Estou muito a cultura é um dos traços mais marcantes de Luanda que se
sem deixar falado e escrito o seu legado. É cação com o financiamento do Estado e com está a apagar mas sobre a qual ainda é oportuna a sua recuperação.
preciso fazer disso a nova missão histórica das incentivos (porte pago) para a sua circulação
preocupada com Outrossim, era suposto as centralidades fazerem desaparecer
três gerações acima dos 50 anos. Até hoje a por todo o país. E acreditem, não é pedir muito. as alegações alguns bairros e acelerar a requalificação de outros. Está a
graves de suceder o contrário: estão a nascer, ante o olhar silencioso e
DR passivo das autoridades, novos bairros exactamente nas cercanias
violência sexual das centralidades. O Estado em Luanda precisa fazer-se sentir.
na região de Precisa ao menos de funcionar.
Tigray, na Na voz do malogrado André Mingas relembro, com base
Etiópia, apenas em títulos de suas canções “o que eu quero é Luanda,
minha doce mulher, em tons de azul”, curtir um mufete e no
nomeadamente exacto momento em que escrevo, “numa manhã de domingo”.
com um grande Não é utopia. É realismo!
número de Luanda tem hoje uma dimensão tal que é comparável a
muitos Estados e não falo apenas de insulares. Ser o Dubai não
presumíveis é hoje uma prioridade. A prioridade é vermos uma cidade que
violações” ofereça uma vida digna aos seus habitantes. Uma cidade com
Pramila Patten serviços funcionais. O importante não é a forma. O importante
Representante especial do é, pois, o conteúdo.
Secretário-Geral da ONU para a
Violência Sexual em Conflitos Parabéns, Luanda!
14 ECONOMIA
ÚLTIMOS TRÊS MESES
Kwanza mostra percurso de estabilidade
Taxa de câmbio manteve-se estável em torno dos 650 kwanzas por cada dólar norte-americano no último trimestre,
facto revelador de um maior equilíbrio no mercado cambial, de acordo com a perspectiva do Banco Nacional de Angola
Banco Nacional de Angola introduziu o regime de câmbio livre e desde lá para cá deixou de intervir nas negociações directas
A taxa de câmbio manteve-
se estável em torno dos 650
kwanzas por cada dólar
norte-americano, nos últi-
mos três meses, facto reve-
lador de um maior equilíbrio
no mercado cambial.
Esta é a observação do gover-
nador do Banco Nacional de
Angola, José de Lima Massano,
ao responder a uma pergunta
durante o evento organizado,
em finais do ano passado, pela
Media Rumo sobre o tema:
“Qual o sistema financeiro que
queremos para Angola”.
José de Lima Massano refe-
riu também que os últimos
três meses do ano são tipi-
camente um momento de
pressão sobre a taxa de câm-
bio, mas que em 2020 veri-
ficou-se estabilidade nesse
período, pese embora o au-
mento da procura.
A taxa de câmbio do kwanza
PETRÓLEO
Brent recupera brilho ao atingir 57,42 dólares Reservas do país
O barril de petróleo Brent,
referências às exportações
de Angola, negociou, em
sessões da última semana,
nos 57,42 dólares, preço que
reflecte optimismo do mer-
cado com o contexto político
norte-americano e uma
equilibrada oferta resultante
das posições da Organização
de Países Exportadores de
Petróleo (OPEP) e os parcei-
ros fora do grupo, liderados
pela Rússia.
Apesar de o preço de 57
dólares não ter sido o do fecho
da sessão diária, ainda assim,
os analistas da "Investing.com"
e outros especialistas do mer-
em relação ao dólar chegou
a 673,5930 kwanzas em mea-
dos de Outubro, mas tem
perseguido desde então numa
tendência decrescente e,
actualmente, a moeda norte-
americana está cotada em
655,9510 kwanzas, ou seja,
o kwanza se valorizou cerca
de 2,6 por cento nos últimos
90 dias.
No mercado informal,
também se regista calmia e
estabilidade. Para o dólar dos
Estados Unidos, o diferencial
entre o câmbio praticado
pelos bancos comerciais e
as kínguilas estava no dia 22
de Janeiro em torno de 13,7
por cento, enquanto para o
Euro a diferença era de apenas
7,28 por cento.
O Banco Nacional de Angola,
no final de 2017 implementou
um novo regime cambial e
tem vindo a definir, ao longo
registam ligeira subida
cado consideram uma bri-
lhante recuperação em 22
dias, se se tomar em consi-
deração o preço de 51,09 com
que se iniciou as negociações
do mês.
Última sessão
O fecho da sessão de sexta-
feira, 22, foi nos 55,41 dólares,
depois de uma abertura de
56,00 e um máximo diário
de 56,03 dólares.
Ao longo do mês, o preço
mínimo de 51,09 dólares no
fecho das negociações, no
mercado de Londres, valo-
rizaram o máximo de 56,10
dólares, uma vez que o sobe
destes últimos 3 anos, medidas
sucessivas para normalizar o
mercado, com a eliminação
ponderada de controlos ad-
ministrativos conjugados com
a implementação de um mo-
delo de funcionamento em
que o equilíbrio entre a pro-
cura e oferta no mercado de-
termina a taxa de câmbio, ou
seja, um regime de taxa de câm-
bio flutuante.
Nas medidas mais recentes,
inclui-se a venda, pelo Banco
Nacional de Angola, de moeda
estrangeira através de leilões
de venda a prazo, com o objec-
tivo de procurar conferir maior
previsibilidade ao mercado
cambial e contribuir para a
evolução informada da taxa
de câmbio.
O BNA continuou também
o seu caminho de saída do
mercado cambial como prin-
cipal fornecedor de moeda
e desce, que justificou o pico
nos 57 dólares ainda é expec-
tativa de voltar a verificar-
se ao longo destes últimos
dias de Janeiro em que se
realizam as encomendas para
entregas de Março.
S egu n d o o p i n i õ e s d e
analistas e correctores do
mercado, existe uma forte
possibilidade de os preços
do Brent virem a atingir os
60 dólares por barril, aliás,
este é o preço de defesa dos
produtores.
Para tornar possível os
cenários desenhados, a OPEP
mantém o compromisso de
restringir a oferta do crude,
EDIÇÕES NOVEMBRO
estrangeira, tendo o Tesouro
Nacional iniciado em Novem-
bro a venda de moeda estran-
geira directamente aos bancos
comerciais através da pla-
taforma FXGO.
Assim, as empresas petro-
líferas, diamantíferas e o
Tesouro Nacional, que são
os maiores provedores de
moeda estrangeira no mer-
cado angolano, e que ante-
riormente vendiam a sua
moeda quase exclusivamente
ao BNA, agora transaccionam
directamente com os bancos
na plataforma FXGO.
Os operadores económicos
iniciam o ano de 2021 com
um indicador que confere
confiança ao processo de
normalização do mercado
cambial e que auspicia esta-
bilidade dos preços na eco-
nomia e maior segurança nos
investimentos.
embora, no último encontro
deste mês, permitiu que dois
operadores fora do cartel
fizessem ajustes na oferta.
O quadro macroeconó-
mico para 2021 apresenta
como pressuposto um preço
médio do barril de petróleo
de 39 dólares, uma taxa de
inflação acumulada anual
de 18,27 por cento e uma
taxa de crescimento do pro-
duto não petrolífero de 2,1
por cento, enquanto o sector
petrolífero continuará a ex-
perimentar o declínio de
actividade, com uma taxa
de crescimento negativa de
6,2 por cento.
Câmbio mais atractivo no BIR
O Banco de Investimento
Rural (BIR) foi o mais atractivo
na venda do dólar, ao menos
até ontem, no mercado cam-
bial, a moeda norte-americana
por 652 kwanzas.
A tabela publicada pelo
BNA fixa em 657,744 kwanzas
as taxas cobradas pelo Banco
Yetu e o Standard Chartered
Bank Angola, valendo-lhes as
três primeiras posições no con-
trolo oficial.
O preço da compra nos três
referidos bancos, segundo a
publicação, foi de 650,00; 651,232
e 644,720 kwanzas, apurando,
deste modo, um "gap" de 2,000;
6,512 e 13,024 kwanzas, res-
pectivamente.
Quanto ao euro, o preço
mais atractivo foi oferecido
pelo Banco Yetu ao vender a
nota por 797,021 kwanzas, na
mesma sessão em que o Banco
Internacional de Crédito (BIC)
pós a nota à disposição dos
clientes a moeda europeia ao
custo de 820,310 kwanzas.
Num e noutro (BIR e BIC),
o preço apurado de compra
estabeleceu-se nos 789,130 e
784,730 kwanzas.
O mercado cambial ango-
Um total de 24 bancos comerciais disponibilizam as divisas
EVOLUÇÃO DIÁRIA
As Reservas Internacionais
Líquidas (RIL) do país regis-
taram ligeira subida entre
quinta e sexta-feira última,
de 8,36 para 8,38 mil milhões
de dólares, de acordo com o
quadro sobre a evolução diária,
de ontem, do Banco Nacional
de Angola (BNA).
Na tabela disponível na
sua página de Internet é pos-
sível ler-se uma maior su-
bida em termos gerais, con-
siderando-se os 14,79 mil
milhões do início do mês
com os actuais 14,99 mil mi-
lhões de dólares apurados
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
lano está a ser operacionalizado
por um total de 24 bancos.
Em determinado momento
do ano passado, por exemplo,
a venda da nota do dólar era
feita bem abaixo dos actuais
650 kwanzas de média.
No mês de Setembro, por
exemplo, os bancos Atlântico
(627,849); Standard Bank Angola
(627,950) e o Finibanco (639,000)
venderam o dólar com taxas
mais atractivas. Em posição
contrária estiveram os bancos
de Investimento Rural (BIR),
Comercial do Huambo (BCH)
e VTB que se apresentaram com
taxas médias apuradas em torno
dos 660,000 kwanzas. Estes três
bancos venderam as divisas
disponíveis nos seus balcões,
na última semana de Setembro,
por 664,000 (BIR); 662,853 (BCH)
e 657,435 kwanzas (VTB).
Na ocasião, o BNA colocou
à disposição dos bancos comer-
ciais um total de 200 milhões
de dólares, repartidos em oito
sessões de 25 milhões cada.
O valor estabelecido pelo BNA
para a colocação de divisas no
mercado primário foi inferior
aos 600 milhões dos meses de
Julho e Agosto.
DR
como Reservas Internacio-
nais Brutas.
Estes níveis dão ao país
uma garantia de 11,9 meses
de cobertura às importações.
No fecho de Dezembro e início
deste mês de Janeiro a cober-
tura apurada era de 11,1 e 11,8
meses, respectivamente.
Conforme os dados da
instituição reguladora, as
maiores cifras atingidas, seja
de Reservas Brutas seja da
Líquida, foram de 15,09 mil
milhões e 8,66 mil milhões
de dólares no início e meados
do mês.
ECONOMIA Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
PARCERIA COMERCIAL
Industrialização conta
com ajuda da Rússia
Angola vai contar com a expe-
riência russa para dinamizar
o processo de industrializa-
ção, com realce para inves-
timentos na produção de carne
bovina e suína.
Esta intenção foi mani-
festada pelo embaixador da
Rússia em Angola, Vladimir
Tararov, durante o encontro
que manteve com o secre-
tário de Estado do Comércio,
Amadeu Nunes, recente-
mente, em Luanda.
Na ocasião, o Decreto Pre-
sidencial n.º 23/19, que tem
suscitado algumas contes-
tações por parte dos parceiros
comerciais de Angola junto
da Organização Mundial do
Comércio, mereceu especial
atenção na conversa mantida
entre as duas entidades.
Sobre o assunto, o secretário
de Estado do Comércio, Ama-
deu Nunes, sublinhou que o
decreto não proíbe a impor-
tação, mas sim, dá um maior
impulso ao fomento da pro-
dução nacional, atendendo a
mudança de paradigma que
o Executivo tem vindo a impri-
Secretário de Estado do Comércio, Amadeu Leitão Nunes
PROTECÇÃO DE DADOS
Huawei aponta tendências SHOPRITE EM ANGOLA
tecnológicas para este ano Supermercado prevê novos investimentos
A Huawei realizou, recente-
mente, a partir de Shenzen,
na China, um webinar com
um painel de especialistas
para discutir as lições apren-
didas sobre protecção de dados
em 2020 e as tendências a
serem observadas em 2021.
No evento foram apresen-
tadas as implicações jurí-
dicas, técnicas e comerciais
das mudanças crescentes e
da aplicação mais rígida das
leis de protecção de dados
para empresas do sector de
telecomunicações.
Durante o webinar os
interlocutores citaram os
perigos do aumento de lití-
gios, o painel destacou como
a cooperação, o foco na tec-
nologia e a transparência
ajudariam as empresas a se
prepararem para os desafios
futuros. Entre os palestrantes
estavam Felix Wittern, sócio
de um escritório de advo-
cacia multinacional, Field-
fi s h e r ; Ra m s e s Ga l l ego ,
mir na sua estrutura econó-
mica, com vista à diversifi-
cação da economia nacional.
Anunciou que o país está
a trabalhar na revisão da
redacção de alguns artigos,
do referido decreto, a fim de
conferir maior conforto aos
seus parceiros comerciais.
Para o futuro, ficou o com-
promisso dos dois países
estudarem novas áreas para
importação e exportação
que sejam mutuamente
vantajosas.
Relações vantajosas
Angola e Rússia têm relações
privilegiadas desde 1976,
altura em que foi assinado,
em Moscovo, capital da Rús-
sia, o Tratado de Amizade e
Cooperação.
Actualmente, as relações
estão cimentadas nos sec-
tores da Energia, Geologia e
Minas, Ensino Superior, For-
mação de Quadros, Defesa
e Segurança, Telecomuni-
cações e Tecnologias de Infor-
mação, Pescas, Transportes,
Finanças e Banca.
AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO
director internacional de
Tecnologia, Segurança Ciber-
nética na empresa global de
software e TI, Micro Focus
e Joerg Thomas, que lidera
o Escritório de Protecção de
Dados da Huawei.
O ano de 2020 foi desa-
fiador para a protecção de
dados - rastreamento de
contacto digital Covid-19 e
vigilância geral de saúde
adicionado a um cenário já
complexo de direitos huma-
nos e leis de privacidade. O
julgamento Schrems II e um
Brexit iminente colocaram
em jogo algumas mudanças
importantes que serão total-
mente desvendadas em 2021.
Somadas a isso foram as estra-
tégias de soberania de dados
dos governos, a aplicação
mais rigorosa do Regula-
mento Geral de Protecção de
Dados (GDPR), para não
mencionar o impacto de novas
tecnologias, como 5G e inte-
ligência artificial (AI).
PESCA NO NAMIBE
Armadores traçam caminho
para o aumento das capturas
Seis embarcações de pesca industrial garantem o abastecimento do mercado, o que
é visto como insuficiente e um potencial contribuinte à subida do preço do pescado
João Luhaco | Moçâmedes
Os armadores da Associação
de Pesca Artesanal e Semi-
industrial de Luanda (APA-
SIL) defendem o aumento
das embarcações e da pesca
por arrastão como forma de
elevar as capturas de pescado
e consequente controlo dos
preços finais junto dos con-
sumidores.
Segundo o presidente da
agremiação, Manuel Aze-
vedo, numa recente visita
ao município de Moçâmedes,
província do Namibe, a pesca
de arrasto pelágico (pesca
em forma de saco puxado a
uma velocidade que permite
aos peixes, crustáceos ou
outro tipo de pescado ficarem
retidos dentro da rede) é per-
mitida pela Lei dos Recursos
Biológicos e Aquáticos.
Manuel Azevedo respondia
também assim a denúncias de
pescadores locais (Namibe),
que responsabilizam armadores
idos de Luanda de estarem a
danificar os produtos do mar
e a violar a Lei dos Recursos
Biológicos e Aquáticos.
Segundo ele, a actuação
dos associados faz-se nos mar-
cos legais e ao nível da pesca
industrial, a prática é intensiva,
já que se consegue mais quan-
tidades para suprir as neces-
sidades das populações e até
para a exportação.
Informou, na ocasião, que,
neste momento, estão em
funcionamento apenas seis
embarcações, contra as 10
previstas para este ano e que
a associação controla seis
Pedro Peterson
A rede de supermercados
Shoprite pretende, este ano,
continuar a fazer novos in-
vestimentos no mercado
como parte da estratégia do
grupo para contrapor o actual
cenário económico difícil,
resultante do desalinhamento
do comércio mundial.
No relatório anual de 2020
que fez publicar, o grupo
assegura que a actual situação
económica mundial, moti-
vada pela pandemia da Co-
vid-19, está a forçá-los, como
acontece com as demais em-
presas de outros segmentos
e do seu em particular, a rever
os modelos de negócio para
evitarem-se futuras perdas
de activos.
Segundo o documento,
o negócio do grupo no país
apresentou em 2020 um
equilíbrio constante nas
vendas na ordem de 1,2 por
cento, valor ainda assim
Pescadores estão a ser incentivados a criar mais postos de trabalho aos recém-formados
barcos do tipo arrastão pelá-
gico e dois transportadores.
Fiscalização
Contudo, o gestor revelou
que, apesar de ser permitida,
ainda assim deve-se redobrar
a fiscalização por parte das
autoridades, para que os
aproveitadores não ponham
em perigo as espécies.
Durante a estadia na loca-
lidade, a associação manteve
encontros com vários arma-
dores locais, bem como com
o governador provincial,
onde foram passadas em
revista questões que afligem
os pescadores.
Questionado sobre as
inferior ao contabilizado em
2019, traduzindo-se numa
queda de 29,1 por cento na
venda global.
O impacto combinado
da inflação galopante e da
desvalorização da moeda
nacional, nos últimos anos,
continuam a reduzir o poder
de compra dos consumido-
res finais.
Por outro lado, o grupo
assegura que, embora haja
disponibilidade em dólares
americanos no mercado para
garantir os níveis de reserva,
a oferta permanece ainda
restrita, mas que conseguiu
melhorar a disponibilidade
do stock durante o segundo
semestre de 2020.
"O ajuste de hiperinflação
cumulativa resultou num
aumento de 1,7 mil milhões
de rands (72,9 mil milhões
de kwanzas ), contra os 2,7
mil milhões em 2019 (115,8
mil milhões de kwanzas),
em activos imobilizados, que
consequências que os arras-
tões poderão causar à bio-
massa, com principal realce
na baixa de capturas, o gestor
minimizou a situação, tendo
exemplificado que dados da
Direcção Provincial das Pes-
cas do Namibe indicam que
no ano passado foram cap-
turadas 20 mil toneladas.
Defende a renovação da
frota de barcos, tanto no seg-
mento artesanal como semi-
industrial, para responder
às necessidades do mercado.
No quadro da cooperação,
Manuel Azevedo revelou
que a APASIL prevê manter
encontros com associações
do Namibe e Benguela, para
teve um forte impacto, prin-
cipalmente no portfólio das
propriedades das operações
do grupo no mercado nacio-
nal", avança.
Investimento em títulos
O relatório sustenta ainda
que o dinheiro em moeda
nacional e os depósitos de
curto prazo estão sujeitos a
onerosos regulamentos do
controlo cambial local.
Em função disso, o grupo
está a utilizar o dinheiro em
caixa para o comércio local
e investiu o seu excedente
em kwanzas, dólar, em obri-
gações, bem como em Bilhetes
do Tesouro (BT) como parte
da sua estratégia de cobertura
contra uma possível desva-
lorização futura.
Os títulos públicos no valor
de 2,4 mil milhões de rands
(103 mil milhões de kwan-
zas), têm vencimento nos
próximos 12 meses e o objec-
tivo é, seguramente, reinvestir
15
RAFAEL TATI | EDIÇÕES NOVEMBRO
traçarem estratégias con-
juntas de actuação.
Na passagem por Namibe,
e no encontro com o governo
local, adiantou, ficou acor-
dado que os armadores em
actividade no Namibe deve-
rão adquirir serviços e pro-
dutos locais, bem como
empregar marinheiros para
as embarcações, principal-
mente os recém-formados
da Academia de Pesca, bem
como do Instituto Médio.
Garantiu que existe gran-
des quantidades de peixe
em armazéns, numa altura
em que o desafio será o de
baixar os preços e garantir
mais exportação.
em instrumentos financeiros
mais rentáveis.
Em 2020, o grupo registou
ganhos cambiais no valor de
566,4 milhões de rands (24,3
mil milhões de kwanzas).
No seu agregado, a maioria
das diferenças de câmbio
deve-se, sobretudo, a ganhos
em moeda nacional, em títu-
los indexados em dólares
americanos, nas perdas em
empréstimos de curto prazo
denominados em dólares
americanos de operações fora
da África do Sul e em saldos
em dólares mantidos em con-
tas offshore. O valor em caixa
e equivalentes de caixa líqui-
dos (após a dedução dos des-
cobertos bancários) totalizou,
em 2020, um montante de
10 mil milhões de rands (429,1
mil milhões de kwanzas) em
comparação com os 3,6 mil
milhões registados em 2019.
O aumento no valor em
caixa foi principalmente de-
vido a uma melhoria no capital
circulante e do reduzido gasto
de capital após a desaceleração
do bloqueio resultante da
venda de activos.
16 Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021

(700.089)PP/C
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021 17

(500.0041)PI/C-6/18
18
Atendimento
Rua Rainha Ginga, 18/24 — Luanda
de Segunda a Sexta-feira, das 9h às 14h,
aos Sábados e Domingos, das 9h às 14h
IMOBILIÁRIO
VENDE-SE
EDIFÍCIOc/ 3 andares, 19 suites,
1 apartamento T1, esplanada,
2cozinhas, 5 WC´s, restaurante,
Via Expressa. Tlfs.: 923321615.
(11468)-C3L-11/23
CONDOMÍNIO fechado no Ki-
lamba, rua da PEP, 100m da
estrada, T3, T4. Telefones.:
936420660,930919694.
(312)C3L-15/20
T3, Kz. 14.000.000,00; T4, Kz:
17.000.000,00, Condomínio
Rocadia. Telefs:. 925500073,
995693106 (360)C3L-15/15
VIVENDAS Luxuosas, Condo-
mínios Luxuosos Riviera, Ku-
ditemo e T5 Patriota. Telefone:
939 558 846, 926 662 211.
(885)C3L-5/15
PRÉDIO Luxuoso Benfica, Hos-
pedaria 36 quartos Talatona,
clínica inacabada no Benfica.
Telef: 916641319, 939558846.
(886)C3L-5/15
VIVENDAS Bairro Militar-Ta-
latona, Jardim do Éden, Pa-
triota e Benfica 60.000.000 kz
Telefone: 941 360 240/ 916
641 319. (887)C3L-5/15
CASA T3, acabada e inacaba-
da Cond. fechado, Benfica,
Via Expressa. Tlfs.: 949339764,
990339764 (960)C3L-3/5
CASA T4, Projecto Nova Vida,
pronto a habitar, quintal vasto.
Telefs.: 912763258/943596735
(953)C3L-4/15
APARTAMENTO T3+1 no Solar
Alvalade. Telefone: 923517122.
(987)C3L-3/3
ESPAÇO com 3.700m2 na Sa-
grada Família. Telefone:
923517122. (987)C3L-3/3
ESPAÇO Localizado no Km
30 C/ 2 Naves e Escritórios.
Telefone: 928 895 999, 913
357 199
(987)C3LI-3/3
APARTAMENTO T3/ S. Paulo
4.º andar defronte à ENDE,
rua Cónego Manuel das
Neves. Telefone: 928668904
(911)C3L-1/5
VIVENDA T4, 37/17 e meio
com um anexo no Morro
Bento. Telefone: 923 236 468,
992 687 079. (1019)C3L-1/1
INSTAÇÕES no Palanca (Sana-
tório), Rua direita do Bairro Po-
pular, 65.000.000Kz. Telefone:
932508847 (1043)C3L-1/4
APARTAMENTO T4, prédios
Zango-0 pago na totalidade,
6º andar 23.000.000 Akz, ne-
gociável. Telef:923983448,
912052958. (1110)C3L-1/1
CLASSIFICADOS
IMOBILIÁRIO
VIVENDA T5, R/C, 1º andar,
estacionamento 6 viaturas,
nos Combatentes, zona
nobre, a 320.000.000Kz. Tele-
fone: 932508847 (1042)C3L-1/4
ARRENDA-SE
MORADIAno Prenda c/ 4 suites,
200.000,00 kz/mês, s/ interme-
diário. Telefone: 923447256
(444) C3L-13/17
VIVENDAS E APARTAMENTOS
no Benfica, Via Expressa e Pa-
triota T2, T3, e T5. Telefone:
941360240/ 939558846.
(889)C3L-5/15
VIATURAS
VENDE-SE
PRADO Lagrima 2015, diesel,
42.000Km, Akz. 23.000.000.00.
Telef: 924348222, 922125446
(762)C3LI-7/7
FORD TRANSIT VAN Gasolina
98 934 km, em bom estado
Ac, motor seco, AKz 10.500.000
discutíveis. Terminais telefs.:
923151341, 991151341
(732)3CLI-9/10
TOYOTA Hilux série FZ, ma-
nual, diesel, 72mil Kilómetros,
12.000.000kzs. Telefones:
924321296/994321296.
(1027)C3L-2/3
HILUX 9.700.000, Tucson x35,
Kia Cerato 44.000km
6.300.000, Kia Picanto, ma-
nual 2.800.000.00Akz. Telefo-
ne: 923623162 (1077)C3L-1/5
RAV 4 - Familiar bolinha, Jeep
Chevrolet Captiva e outros
mais. Telefones: 932334140
945023509 (1095)C3L-1/1
CARRINHA JMC térmica 4 mi-
lhões 500, Spark 2 milhões
600, Mitsubichi L200, Tucson,
i10. Telefones: 927963851,
998905044. (1096)C3L-1/1
HILUX Diesel manual c/ AC,
8.500.000 AKZ, Kia Soul
3.600.000Akz. Telefones:
923983448, 912052958.
(1112)3CL-1/1
TUCSON novo modelo 23 km,
22.500.000kz , Hilux automá-
tico, gasolina 13.000.000 AKZ.
Telef: 923983448/912052958
(1113)3CL-1/1
KIA RIO 2.900.000 akz, i10,
2.700.000 Akz, Dayatsu Térios
manual 1.600.000 Akz. Telef:
923983448, 912052958.
(1114)3CL-1/1
HYUNDAI H1 automático 12
lugares , gasolina , 12.000.000
Akz, negociável - Kilamba Telf:
918760063 (1118)3CL-1/3
KIA SORENTO automático AC
motor selado, 7.500.000Akz,
negociável - Kilamba. Telf:
918760063. (1117)3CL-1/3
ALUGA-SE
Viaturas. Telefone: 946107584
(992)C3LI-3/7
DIVERSOS
VENDE-SE
TERRENO no Mussulo,
1.8000m2, 3 casas, piscina, jun-
to à Roça das Mangueiras, ne-
gociáveis. Telefs: 923408554,
923401470. (133)-C3L-20/31
TERRENO na estrada prin-
cipal de Catete, frente ao
Hotel Viana, Zona Econó-
mica, 2.5 hectares. Telefo-
ne: 927339050 (812)C3L-6/10
FORNO Rotativo industrial,
diesel, amassadeira, car-
rinho novo, recém-chega-
do. Telefone: 922204848
(786)C3LI-7/7
CONTENTORES frigoríficos e
secos de 20 e 40 pés. Telefo-
nes: 926495192, 995495192
(820)C3L-6/11
CARCAÇA de marca Chevrolet
Captiva com todos os aces-
sórios a 750 mil negociável.
Telef: 926340401 (940)C3L-3/3
TERRENO de 861.00m2, no
Maculusso/ Arrenda-se apar-
tamento na mesma área, Pré-
dio dos Cubanos. Telefones:
923 942040/ 991 115718
(1047C3L-2/5
FORNO para Panificação de
Marca Sopaco (usado) kz
4.500.000.00. Tlfs: 923487549,
943181945.
(1001)C3LI-4/10
TERRENO P/agricultura, 100
hectares, próximo ao rio, in-
vestimento lucrativo. Telf:
948399762.
(1068)C3L-2/8
TERRENO de 5 hectares, no
Úcua. Telefone: 936 970868
(1091)3CL-2/2
TERRENO 17x12, Coelho, Via-
na Km 11 A, Akz 4.400.000.
Telefone: 936438207.
(922)3CL-2/2
TERRENO 1 hectare e meio,
Nova Vida, bem localizado.
Telef: 923983448/912052958
(1111)3CL-1/1
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
Mais informações
Telefones: 937 550 262 / 949 770 006
e-mail: publicidade@jornaldeangola.com
VIATURAS DIVERSOS
PUBLICIDADE
NEGÓCIOS
DESINFESTAÇÃO s/cheiro, an-
ti-alérgico disponíveis todos GRANITOS, MÁRMORE E OUTROS
os dias . Telefones: 941377706/
914803246. (561) C3L-11/15 Nova loja no Morro Bento
MUDANÇA Residências, escri- Em frente ao retorno da Multiperfil
tórios, encaixamento, monta-
gem de mobília, carregamento, BANCADAS DE COZINHA - SOLEIRAS - LADRILHOS - PEDRA NATURAL - CALÇADAS
transporte. Tlfs: 929500085,
992500085 (631)C3L-6/30
CAMPAS - JAZIGOS - GRAVAÇÕES - CHURRASQUEIRAS – FORNOS
Artigos de Jardim
VALENCE EDGE Technologies Fábrica: Estrada de Viana, Km 25
Soluções tecnológicas inova-
doras. +(244) 927575700/ 990 Tel. (+244) 946 600 163– 938 422420
575 701. (933)C3L-5/16
Email: geral@ladystone-angola.com
CONTABILISTA Sénior, presta (1026)-C/2-1/25
serviços a empresas: Encer-
ramento de Contas, etc. Tele-
fones: 912323744, 923341375
(933)C3L-5/16
AULAS ao domicílio: Mate-
mática, Física, Química, Por-
tuguês, Inglês para crianças
e adultos.
923336121
Telefone:
(1074)C3L-2/3 RECRUTAMENTO
CONTABILIDADE - Profissional
liberal. Telefones: 993406625, A empresa SULAIMAN. A. B. SILLAH Comércio e Serviços Lda., escri-
933566778 (225)C3L-2/5
CARPINTEIRO ao domicílio.
tório em Luanda, Bairro Mártires de Kifangondo, Maianga, Rua 12, Casa
Monta armários, roupeiros, n.º 18, Sociedade por cota, com o NIF: 5480037331, Tel: 923313374,
prateleiras, etc. Tlf: 912924873
(1120)C3L-1/2 precisa para preencher o seu quadro de pessoal um Director Comercial.
Devem enviar os Cv para o Email: sillahab@hotmail.com
PRECISA-SE (1023)C2-1/1
TERRENO- 30x40, frente à es-
trada no Calemba 2, procura
parceiro para vedação e pro-
RECRUTAMENTO
jectos de negócio. Telefone:
923 544861 (1018)3CL-1/2
FUNCIONÁRIA experiente pa- NIOBONGA- Comércio Geral, Lda. tem disponível as seguintes vagas para
ra aplicação de pestanas, téc-
nica volume Russo. Telefone: TÉCNICOS SUPERIORES
933422080 (671)3CL-10/15
INVESTIDORES Financeiros 1- Tradutor de línguas (Mandarim e Português)
para construção de residên-
cias. Telefone: 928562360 ou
917777964 (941)C3L-5/9
2 - Financeiro com experiência comprovada e domínio da língua inglesa
MAQUINISTAS C/urgência,
para trabalhar com Electroes- Os candidatos devem enviar os CV para o seguinte endereço:
cavadora e Niveladora. Tele-
fones: 933221418, 924703257. geral@tleva.co.ao, ou ligar para o 944230158.
(1016)C2-1/1
(1060)3CL-2/5
SENHORA que saiba cozinhar,
com idade entre 35/45 anos,
para trabalhar em casa de um
casal idoso, no B.º Maculusso.
ATENÇÃO
Telefs : 944 179502,912 210985
(1090)C3L-2/3
Clínicas Pediátricas, Infantários, Creches, Postos Médicos.
EMPRESA LUÍS RITA precisa
de motorista ligeiro profissio-
nal, com 2 anos de experiên- GRANDE OPORTUNIDADE!!
cia. Telefone: 948927782
(10002)C3L-1/3
VENDE-SE: Material Reconstruído
Camas pediátricas, Marquesas, Berçários, Armários, Esterilizador, etc.
OFERECE-SE Contactar:
COMUNICÓLOGO (Marketing Telefone: 924 672 104- 923 328 284
vendas, jornalista) procura
oportunidade. Aberto a de- Email: tecniconta.angola@gmail.com
safios. Terminais telefónicos: (956)C2-1/3
924304253, 990304253.
(611)3CL-10/10
CONSULTOR, de vendas e
marketing com experiência
para o seu negócio. Telefone: FABRICAMOS Carteiras Escolares.
924978565 (903)3CL-1/1
CHEFE DE COZINHA procura
uma vaga, vasta experiência
em restaurantes. Telefones: Email:
938305688, 993642260.
(1044)3CL-1/1
ailtondejesusdasilva02@gmail.com
COMPRA-SE Telefones:
OURO pagamos a grama
935000077, 943760595
20 mil Kwanzas. Telefones:
931753003, 936747203 Pólo Industrial de Viana - Luanda
(574)C3L-10/30 (825)C2-3/3
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021 19

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA CULTURA, TURISMO E AMBIENTE
GABINETE DA SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE

ANÚNCIO DE VAGA
No âmbito do projecto de Combate ao Comércio Ilegal da Vida Selvagem
e ao Conflito entre seres Humanos e Animais Selvagens em Angola, que
tem como objectivo prevenir a extinção de espécies terrestres, através do
combate ao comércio ilegal de vida selvagem e a redução dos conflitos VAGA PARA ESTAGIÁRIO/AUXILIAR DE FINANÇAS
entre humanos e animais selvagens, financiado pelo Sexto Ciclo do Fundo O I.A.S.E.D – Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais e Democracia é uma instituição
Global para o Ambiente e com a parceria técnica do Programa das Nações não governamental, e sem fins lucrativos, cujo objecto social é o de promover actividades
Unidas para o Desenvolvimento, pretende recrutar: de educação, ensino, advocacia, observação e monitorização técnico-científica e acadé-
mica sobre Eleições, Democracia e Direitos Humanos em Angola.
• (1) Coordenador Nacional do Projecto.
No âmbito da implementação do Projecto de Capacitação Eleitoral necessita de contratar
Os interessados deverão obter os Termos de Referências através do correio 1 (um) Estagiário com motivação e interesse no engajamento cívico e do voluntariado nas
ONGs (Organização Não Governamental) para auxiliar o Gestor de Contabilidade da ONG
electrónico gsea@mcta.gov.ao. ou coordenador.cci.inbac@gmail.com, na realização das seguintes tarefas:
e remeter as candidaturas, de acordo as especificações nos Termos de Re-
ferência, nas instalações do Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas 1. Registo de caixa;
2. Preparar receber/pagar facturas;
de Conservação, sito em Luanda, Centralidade do Kilamba, Rua 26 de Ja-
3. Elaborar relatórios/folhas de registo de despesas financeiras;
neiro, Quarteirão Nimi Ya Lukeni, Edifício Q11, 2º e 3º andares. 4. Conciliação contabilística e apuração de custos.
A data limite para o envio das candidaturas será de 10 dias após a data Requisitos Mínimos
desta publicação. 1. Jovens com idade entre 18 e 35 anos;
2. Estudantes nos cursos Ciências Contabilidade e Finanças.
A DIRECTORA DE GABINETE
Enviar CV e cópia do BI por e-mail contratacao@iased-angola.org até ao dia 27 de
NARA MACHADO
Janeiro de 2021.

(1063)1/4P-1/1
(1070)1/4P-1/3

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DOS RECURSOS MINERAIS, PETRÓLEO E GÁS
DIRECÇÃO NACIONAL DE RECURSOS MINERAIS
EMBAIXADA DOS E.U.A. EM ANGOLA
EDITAL N.° 014/DNRM/2021
2° AVISO
Venha fazer parte do quadro de funcionários da Embaixada dos
Em conformidade com o estipulado no artigo 104° do Código Mineiro e tendo em conta que a empresa GEOREX,
Estados Unidos de América em Angola, uma representação do Go- Lda. requereu os direitos mineiros para a prospecção de Ouro, numa área de 107 Km², situada na localidade de
verno dos Estado Unidos de América em Angola altamente respei- Tando Zinze, nos Municípios de Cacongo, Buco-Zau, Belize, Província de Cabinda, com as coordenadas geográficas
a seguir discriminadas, são notificadas todas as pessoas singulares ou colectivas para junto à Direcção Nacional
tada com estabilidade que está a expandir os seus serviços e onde dos Recursos Minerais fazerem valer os seus direitos, sob pena de preclusão do direito à reclamação, no prazo de
15 (Quinze) dias, a contar da data da publicação deste Edital.
terá a oportunidade de crescer profissionalmente.
A Embaixada tem aberta a seguinte vaga: Vértice Latitude Longitude
A 05° 14´ 20´´ S 12° 15´ 13´´ E
B 05° 20´ 01´´ S 12° 27´ 04´´ E
• Especialista em Saúde Pública
C 05° 21´ 41´´ S 12° 28´ 10´´ E
D 05° 22´ 12´´ S 12° 30´ 40´´ E
Nota: Para mais informações, como a submissão de candidatu- E 05° 29´ 55´´ S 12° 30´ 41´´ E
ras, favor visitar o novo website de recrutamento ERA: F 05° 29´ 55´´ S 12° 14´ 58´´ E
https://erajobs.state.gov/dos-era/ago/vacancysearch/search-
DIRECÇÃO NACIONAL DE RECURSOS MINERAIS, em Luanda, aos 18 de Janeiro de 2021.
Vacancies.hms
O DIRECTOR NACIONAL
(500.0102)1/8P-1/1 André Francisco Buta Neto (1101)1/8P-1/1

SRS TRANSPORTADORES CASA DOS ÓCULOS

VENDEMOS
Duas (2) Carroçarias para camião fechadas
Medidas: 3650 x 2060 mm.
Fabricamos outros modelos e medidas
Aqui temos todo o tipo de Graduação RECRUTAMENTO
Óptica Casa dos Óculos Graduados, promoção:
1.º Venda de armação: Akz 6.500.00 A empresa CDI KUZOLA MONA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
2.º Lentes Brancas A/R: Akz 14.500.00
3.º Lentes Fotogrey: Akz 15.500.00 (SU), LDA, NIF 5000012084, pretende preencher a vaga para
4.º Lentes Bifocais e Progressivas: Akz 68.500.00. função de:
5.º Reparação de Armação: Akz 1.500.00, diversos.
6.º Traga a sua armação e Receita Médica. Professor de educação física com pós-graduação em Psico-
Temos serviço de TPA. motricidade.

Metalart-viana (metalart.angola@gmail.com)
Telef.: 923270410, 924125279, 924672104
(1022)C2-1/4
Local: Golfe I, entrada da Administração K. Kiaxi, junto à Hospedaria - Experiência mínima: 3 anos.
Rio Kabongo (Azulay).
Os interessados deverão enviar CV para:
Telefones: 933502721, 915857091
atendimento@kuzolamona.com / Tel: 925 863 367
Trabalhamos até aos domingos.
(1128)C2-1/1 (1011)C2-1/1
20 NECROLOGIA
FALECEU
FERNANDO RAMOS TAVARES
FERREIRA
Teresa de Jesus Tati Ferreira (esposa),
Núria, Odair, Amélia, Jennifer e Olgário
(filhos) e netos e demais familiares cum-
prem o doloroso dever de comunicar o
falecimento do seu esposo, pai e avô
FERNANDO RAMOS TAVARES FERREIRA,
ocorrido no dia 22/1/2021, por doença,
o funeral realizar-se-á em data a anunciar
oportunamente. (1082)NMI-6/10
FALECEU
FERNANDO RAMOS TAVARES
FERREIRA
Cesária Almeida José, Adérito José e
filhos cumprem o doloroso dever de
comunicar o falecimento do seu tio,
padrinho e avô FERNANDO RAMOS
TAVARES FERREIRA, ocorrido no dia
22/1/2021, por doença, o funeral reali-
zar-se-á em data a anunciar oportuna-
mente. (1082)NMI-9/10
FALECEU
AMÉRICO TOMÁS
MENDES FISCHER
Joana de Brito (tia), Tomásia de Brito, Euclides
de Brito, Elisabeth de Brito, Júlia de Brito,
Antero de Brito, Josefa de Brito, Paula de Brito,
Manuel de Brito (primos) e demais familiares
participam o falecimento de seu ente querido
AMÉRICO TÓMAS MENDES FISCHER, ocorrido
no dia 21/1/2021. O funeral realiza-se no dia
26/1/2021, no Cemitério de Sant’Ana pelas
11h00, o velório será realizado em sua residência.
Paz à sua alma. (1075)NMI-1/2
FALECEU
FIRMINO ANTÓNIO MENDES
RIBEIRO (Nito)
A família Mendes Ribeiro, Flora (esposa)
Marco, Cláudio, Tuka e Ary (filhos) têm
o doloroso dever de comunicar o pas-
samento físico do seu familiar FIRMINO
ANTÓNIO MENDES RIBEIRO (Nito),
ocorrido, dia 22/ 1/2021, às 13h30, por
doença. O funeral será anunciado em
data oportuna. Paz à sua alma.
(1076)NM1-2/3
SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 8H00 ÀS 15H00, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H00 ÀS 14H00
FALECEU
FERNANDO RAMOS TAVARES
FERREIRA
Ezequiel Almeida, Lindalva Almeida
(compadre e cunhada), Cesária, Stésio
e Yurik cumprem o doloroso dever de
comunicar o falecimento do seu esposo,
compadre, cunhado e tio, FERNANDO
RAMOS TAVARES FERREIRA, ocorrido
no dia 22/1/2021, por doença, o funeral
realizar-se-á em data a anunciar opor-
tunamente. (1082)NMI-7/10
FALECEU
FERNANDO RAMOS TAVARES
FERREIRA
Cesária Almeida, Stésio Almeida e Yurik
Almeida cumprem o doloroso dever de
comunicar o falecimento do seu tio,
FERNANDO RAMOS TAVARES FER-
REIRA, ocorrido no dia 22/1/2021, por
doença. O funeral realizar-se-á em data
a anunciar oportunamente.
(1082)NMI-10/10
FALECEU
AMÉRICO TOMÁS
MENDES FISCHER
Janice, Daniela, Mauro e Ondek Fischer,
filhos e sobrinhos cumprem o dever de
comunicar o passamento físico do seu
pai e tio, AMÉRICO TOMÁS MENDES
FISCHER, ocorrido no dia 21/1/2021 e
informam que o funeral se realizará no
dia 26/1/2021, no Cemitério de Sant´Ana
pelas 11h00, e o velório será realizado
em sua residência. (1102)NMI-1/3
CONDOLÊNCIAS
FIRMINO ANTÓNIO MENDES
RIBEIRO (Nito)
A ti amigo Mendes Ribeiro, colega e com-
panheiro, rendo a mais sigela homenagem,
pelos momentos por nós vividos, pelos
teus ensinamentos desta vida bela que
acabas de deixar, provocando-nos dor e
consternação. Neste momento de luto
Álvaro Cardoso (Varito) e família apresentam
as mais sentidas condolências à tua querida
e prestimosa família. Que a tua alma des-
canse em paz. (1085)NMI-2/2
FALECEU
FERNANDO RAMOS TAVARES
FERREIRA
Ezequiel, Tino e Gugu (A Chefia) cumprem
o doloroso dever de comunicar o fale-
cimento do seu amigo FERNANDO
RAMOS TAVARES FERREIRA, ocorrido
no dia 22/1/2021, por doença o funeral
realizar-se-á em data a anunciar opor-
tunamente. (1082)NMI-8/10
FALECEU
MARIA INÊS DE ALMEIDA
MOREIRA
Eurits, Víctor, Alice e Pedro (filhos) cum-
prem o doloroso dever de comunicar o
falecimento de sua querida MARIA INÊS
DE ALMEIDA MOREIRA, ocorrido no
dia 22/1/2021, por doença. O funeral
realiza-se no dia 26/1/2021, partindo o
préstito fúnebre de sua residência, sita
no Gamek, para o Cemitério do Camama,
às 10h00. (1097)NMI-2/2
CONDOLÊNCIAS
AMÉRICO TOMÁS
MENDES FISCHER
A Direcção da Empresa BFNAXCO e o
colectivo dos seus trabalhadores cumpre
o doloroso dever de comunicar o fale-
cimento do seu Administrador Sr. AMÉ-
RICO TOMÁS MENDES FISCHER,
ocorrido na madrugada do dia 21/1/2021,
e apresentam à família enlutada as mais
sentidas condolências. (1102)NMI-2/3
MISSA
ARLETE FELISBELA SERAFIM
S. DE CARVALHO
Simão de Carvalho (esposo) Ângela Bal-
tazar, Wilma de Carvalho, Wilker de
Carvalho, William de Carvalho (filhos)
Serafim Senguanhanga (pai) e demais
familiares comunicam que será rezada
Missa de 6.º Mês, em memória de ARLETE
F. S. SENGUAHANGA DE CARVALHO,
segunda-feira, 25/1/2021, na Paróquia
do Santíssimo Redentor (Kilamba) às
17h00. (985)NMI-2/2
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
CONDOLÊNCIAS
FERNANDO RAMOS TAVARES FERREIRA
A Marinha de Guerra Angolana cumpre o doloroso dever de
comunicar o passamento físico do Senhor Capitão-de-Mar-e-
Guerra, FERNANDO RAMOS TAVARES FERREIRA, ocorrido
aos 22/01/2021, vítima de doença. O funeral realiza-se hoje,
25/01/2021, pelas 13h00 no cemitério do Benfica. Nesta hora de
luto e de dor, o Comando da Marinha de Guerra Angolana, seu
corpo de Oficiais, Sargentos, Praças e trabalhadores civis inclina-
se perante a memória do Malogrado apresentando à família
enlutada, o mais profundo sentimento de pesar.(1122)NMII-1/1
RECORDAÇÃO
JOSÉ COELHO TENAZINHA
( Ti Zeca)
Faz hoje um mês que partiste para nunca mais voltares deixando
um imenso vazio em nossa família, pois eras o nosso grande
comandante, sempre presente disposto e disponível para ajudar
sem medir esforços para quem quer que fosse. Recordar-te-
emos com as melhores das lembranças. Amar-te-emos sempre.
Da tua esposa Maria Miguel Tenazinha, filhos, genros, netos e
demais familiares. Eterna saudade.
(1023)NMII-1/1
CONDOLÊNCIAS
MARIA TERESA DA CRUZ DE FIGUEIREDO
É com profundo pesar e consternação que a Direcção do Ministério
da Energia e Águas e o colectivo de trabalhadores tomou conhe-
cimento do passamento físico da senhora MARIA TERESA DA
CRUZ DE FIGUEIREDO, ocorrido em Portugal (Setúbal), mãe
da Directora Nacional das Águas, Elsa Ramos, ocorrido dia 22
de Janeiro de 2021, vítima de doença. Neste momento de dor e
luto, vergam-se perante a sua memória, associando-se à família
enlutada a quem endereçam os seus mais profundos sentimentos
de pesar. Que a sua alma descanse em paz. (500.0101)NMII-1/1
FALECEU FALECEU
AMÉRICO TOMÁS MENDES AMÉRICO TOMÁS
FISCHER MENDES FISCHER
Alda G. Fischer (esposa) e filhos cumprem Umbelina Mendes (mãe), Sebastião Tomás,
o doloroso dever de comunicar o pas- Maria Gabriela Tomás (Ngueve), Filipina Tomás
samento físico de AMÉRICO TOMÁS "Jamba" (irmãos), Euclides Brito, primos,
M E NDE S FIS CH ER , o corrido dia sobrinhos, netos e demais familiares cumprem
21/01/2021, por paragem respiratória. o doloroso dever de participar o falecimento
O óbito decorre no Nova Vida em sua de AMÉRICO TOMÁS MENDES FISCHER,
residência , Rua 64, por detrás do Banco ocorrido dia 21/1/2021, em Luanda. O funeral
BAI. O funeral realiza-se no dia 26/01/2021 realiza-se no dia 26/1/2021 no Cemitério de
no cemitério de Sant´Ana pelas 11h00. Sant´Ana pelas 11h00, o velório será realizado
(1102)NMI-3/3 em sua residência. (1048)NMI-2/2
RECORDAÇÃO RECORDAÇÃO
ARLETE FELISBELA SERAFIM ADALBERTO CARLOS MIRANDA
S. DE CARVALHO PROENÇA (Garoupa)
Foi há seis meses que partiste, deixando "João, faz hoje 9 meses que partiste, dei-
saudade e tristeza nos nossos corações. xando um grande vazio em nossas vidas.
Nossa é a gratidão por seres sempre parte Pensávamos que tudo tinha terminado,
de nós, apesar de não estares fisicamente mas tu junto do pai do Céu tens nos dado
no nosso convívio. Recordam-te, esposo, forças para continuarmos a viver. Te
filhos, pai, irmãos, genros, noras, netos, amamos para sempre, nosso eterno
tios e sobrinhos. (988)NMI-2/2 Garoupa ". (1115)NMI-1/1
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021 21
FALECEU FALECEU FALECEU FALECEU

ANTÓNIO DOMINGOS DA SILVA ELOY MIGUEL ANTÓNIO MARIA EMÍLIA DA SILVA MARIA EMÍLIA DA SILVA
(Tony Silva Francal) LUCAS MENEZES MENEZES

Maria da Silva (esposa), Fátima, Ana, Caetano, Francisco, António, Luísa, Patrick, A família Lucas cumpre o doloroso dever Wanda M. Menezes, Luísa M. da Silva A Família da Silva Menezes comunica
Judite (filhos) e demais familiares cumprem o doloroso dever de comunicar o de comunicar o falecimento de ELOY Menezes e Kâmia Nayolle da Silva Menezes o falecimento de MARIA EMÍLIA DA
passamento físico do seu ente querido ANTÓNIO DOMINGOS DA SILVA, como MIGUEL ANTÓNIO LUCAS, ocorrido dia ( filhas), Adilson Jorge de Menezes, Mauro SILVA M ENEZES, ocorrido no dia
ocorrido dia 21/1/2021, por doença. O velório realiza-se, amanhã, terça-feira, dia 21/01/2021, por doença. O funeral rea- V. Menezes Liayuca, Paula Larissa Menezes 22/01/2021 por doença. O óbito está
26/1/21, às 8h30, no Salão da Boneca, junto ao Hospital Américo Boavida, partindo, lizar-se-á em data anunciar oportuna- Monteiro ( netos) e Adria Tchissola Mene- localizado no Bairro Neves Bendinha,
de seguida, o cortejo fúnebre para o cemitério do Alto das Cruzes, às 10h00. mente. Descansa em paz. zes ( bisneta) cumprem o doloroso dever Rua das Violetas, casa nº 7, nas ime-
(1026)NMII-1/1 (1089)NMI-2/2 de comunicar o falecimento de MARIA diações da Escola Che Guevara. O funeral
EMÍLIA DA SILVA MENEZES, ocorrido realizar-se-á em data anunciar opor-
no dia 22/01/2021, por doença. tunamente. (1119)NMI-2/2
(1119)NMI-1/2

CONDOLÊNCIAS FALECEU FALECEU FALECEU

JOAQUIM PEDRO PAÍS CARLOS DA FONSECA MANUEL NICOLAU MANUEL NICOLAU MBIAVANGA ROGÉRIO MBALA
FRANCISCO FRANCISCO EMANUEL

Foi com profundo pesar e consternação que o Banco Millennium Atlântico tomou Isabel A. Miranda (esposa), António Gomes,
conhecimento do falecimento do colaborador JOAQUIM PEDRO PAÍS CARLOS DA António Francisco, Moisés Francisco, Joana Simão,
FONSECA. O colega Pedro Fonseca será sempre lembrado pelo seu sentido de missão, Isabel Vergueiro, Manuel Francisco, Josimar Fran-
entrega e forte compromisso institucional. A Administração e colaboradores do cisco, Pedro Miranda, Paula Mascarenha, Nelson
Banco Millennium Atlântico apresentam à família enlutada os mais profundos Francisco e Rosário Miranda (filhos), tios, primos,
sentimentos de pesar. (500.0103)NMII-2/2 sobrinhos, netos, bisnetos, genros, noras e demais
familiares comunicam o falecimento de MANUEL
NICOLAU FRANCISCO (Tio Manuel), ocorrido
na quarta-feira, em Luanda , vítima de pro-
longada doença. (1121)NMI-1/2
A Família Nicolau Francisco comunica
o falecimento de MANUEL NICOLAU
FRANCISCO , ocorrido na quarta-feira,
em Luanda, por doença. O funeral rea-
lizar-se hoje, dia 25/01/2021 , às 11 horas,
partindo o cortejo fúnebre da ex- Sede
Nacional da Igreja Tocoísta, sita no Rangel
junto ao ex- Cine Ngola para o Cemitério
da Sant’Ana. (1121)NMI-2/2
A família do malogrado Dr. MBIAVANGA
ROGÉRIO MBALA EMANUEL informa
que o seu funeral se realizará hoje,
segunda-feira, dia 25 de Janeiro de 2021,
às 12h00, no Cemitério do Benfica. O
velório realiza-se no espaço Maitete,
Bairro Patriota, (após as 3 casas gêmeas),
Rua Vetangola. (1100)-NMI-2/2

RECORDAÇÃO RECORDAÇÃO RECORDAÇÃO FALECEU FALECEU

FÁTIMA JUNQUEIRA
DE CARVALHO
As pessoas especiais nunca nos deixam
por completo. Só quem conhece a dor
percebe o quanto é difícil. Tu partiste
e nos nossos corações nasceu um vazio,
uma dor sem fim. Que a tua alma des-
canse em paz. Recordam-te Pedro de
Carvalho (esposo), Suzi, Dadinho, Zelí
, Elsa,Hélio, Pendinho, Cláudia (filhos),
netos e bisnetos. (1013)NMI-3/3
ORLANDO VIEIRA LINO
Já se passaram ( 6) meses e as lágrimas
continuam cada vez mais fortes. A nossa
cumplicidade deixam-me cada dia mais
triste e desolada. Peço a Deus que me
ajude nesta tortura e angústia. Recorda-
te tua esposa, Nsimba Miguel.
(1093)NMI-1/2
DOMINGOS DE JESUS
FRANCISCO (Minguito)
Querido irmão! Hoje é um dia que nunca
esquecerei porque completarias 55 anos
de idade. As recordações e memórias
são as melhores. A saudade é muita
porque não está fácil viver sem os meus
tropas... Recordação de teu irmão Mário
Francisco.(GK)
(1059)NMI-1/1
ADÃO MENDES ANTÓNIO
Mendes Adão (filho), Conceição Mendes
(irmã), noras, netos, primos e demais
familiares comunicam o falecimento de
seu ente querido ADÃO MENDES ANTÓ-
NIO, ocorrido dia 23/01/21, vítima de
doença prolongada. O funeral realiza-
se amanhã, dia 26/1/21, no cemitério do
Benfica, pelas 10h00. (1127)NMI-1/1
ANTÓNIO GARRIDO
FERREIRA
Esposa, filhos, sobrinhos, netos, noras
e demais familiares comunicam o fale-
cimento de seu ente querido ANTÓNIO
GARRIDO FERREIRA, ocorrido no dia
22/1/2021, por doença. O funeral reali-
zar-se-á em data e local a anunciar.
(1084)NMI-2/2

FALECEU FALECEU FALECEU

VENDE-SE

JOAQUIM PEDRO CARLOS
PAIS DA FONSECA
Solange da Fonseca (Esposa) Pedro da
Fonseca, Catarina Alexandra da Fonseca,
Maria de Fátima da Fonseca e Alfredo
Rosendo da Fonseca (Filhos), Participam
o falecimento do seu ente Querido
JOAQUIM PEDRO CARLOS PAIS DA
FONSECA, no dia 23/01/21 e comunicam
que o seu funeral está previsto para as
13 horas de hoje, dia 25/01/31, no cemi-
tério do Benfica.
JOAQUIM PEDRO CARLOS
PAIS DA FONSECA
Georgina Fonseca, (Mãe) Paulo Amaral
Pais da Fonseca, Carlos Alexandre Fonseca,
Maria Eugênia Fonseca, José Eduardo
Veiga Fonseca , Elsa Fonseca, Tânia Patrícia
da Fonseca Neves, Lúcio Fonseca, Carlos
Fonseca, Ana Lúcia Fonseca(irmãos) Par-
ticipam o Falecimento de JOAQUIM PEDRO
CARLOS PAIS DA FONSECA, no dia
23/01/21 e que o seu funeral se realiza
hoje, 25/01/21, partindo da ZEE, para o
cemitério do Benfica, pelas 13 Horas.
FIRMINO ANTÓNIO MENDES
RIBEIRO (NITO)
A família Mello Xavier - cunhados e
sobrinhos - lamentam, profundamente,
a perda do seu ente querido FIRMINO
ANTÓNIO MENDES RIBEIRO (Nito),
unindo-se à esposa, filhos e netos, neste
momento de luto e de dor.
UMA VIVENDA T4, NO GOLF 1, AVÔ KUMBI
NAS IMEDIAÇÕES DO MAPESS.
A 5 METROS DA ESTRADA.
COM DOIS (2) ANEXOS NO QUINTAL
DOIS (2) QUARTOS E SALA, COZINHA, WC
E TEM UM ARMAZÉM DE 30/5 COM UMA ÁREA
DE CHURRASCO NO QUINTAL, CABEM TRÊS
VIATURAS.
Bom bairro, comercial.
Preço: 35.000.000,00kz negociável
Telefone: 933 50 27 21 / 915 85 70 91(1124)C/2-1/1)
22
ACADEMIA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E TECNOLOGIAS – ACITE
ANÚNCIO DE VAGAS
A ACITE, instituição de ensino superior pública, vocacio-
nada ao ensino pós-graduado, pretende recrutar para o
seu quadro docente e de investigação, candidatos com o
grau de Doutor e excepcionalmente Mestres, nas seguin-
tes áreas de formação:
Direito (Constitucional, Penal, Público…); Relações
internacionais/Ciência Política; Economia, Finanças,
Administração e Gestão; Antropologia; Sociologia;
Psicologia; História; Filosofia; Demografia; Ciências
da Comunicação; Matemática aplicada (estatística,
modelação de fenómenos…); Engenharias (Informática,
Ciências da Computação, Gestão Informática, Redes,
Telecomunicações, Electrónica); (Recursos Naturais,
Ambiente); Ciências da Terra e Ciências Médicas.
Os candidatos deverão submeter o seu Curriculum Vitae
documentado e uma carta de disponibilidade entre o dia
endereço electrónico: candidatura.docente@acite.ao.
21 de Janeiro a 21 de Fevereiro de 2021, para o seguinte
www.acite.ao.
Para mais informações aceda ao nosso site:
(874)D/2-3/6
RECRUTAMENTO
A empresa FULL BLISS ANGOLA COMPANY, LDA., localizada
no Pólo de Desenvolvimento Industrial do Lucala, Província de
Cuanza Norte - Angola, com o Número de Contribuinte Fiscal
5417391921 pretende recrutar:
Dois (2) Operadores de Máquina
- Experiência mínima de 3 anos na área e vasto nível de conhe-
cimento;
- Capaz de comandar máquinas de válvulas, compressores
bombas e demais equipamentos, planificar e realizar outras
tarefas específicas à sua função;
- Capaz de inspeccionar;
- Boa capacidade de comunicação escrita e oral das línguas
português, inglês;
- Disponibilidade para trabalhar em regime de turno
- Preferenciamente residente na cidade de Ndalatando e Lucala.
Os interessados deverão enviar as suas candidaturas num prazo
de 5 dias a contar da data de publicação, para o correio electró-
nico: daiana@fullblissangola.com
(1058)D2-1/2
RECRUTAMENTO
EMPRESA DE OBRAS PÚBLICAS & AGREGADOS
RECRUTA PARA OS SEUS QUADROS
MECÂNICO DE 1ª
Requisitos mínimos:
-Experiência Superior a 10 anos em:
-Equipamentos, CAT; KOMATSU; VOLVO; ATLAS
COPCO.
-Viaturas Pesadas, VOLVO; SCANIA, MAN, SCHAKMAN
-Equipamentos de Pedreira, PARKER; SANDVIC; PEGSON.
Condições de Preferência:
-Formação mínima 9º Ano
-Carta de condução
-Conhecimentos de Informática
Remuneração de acordo com a Experiência.
hildabaro50@gmail.com
Enviar Curriculum Vitae para o Email:
(946)D2-1-/1
RECRUTAMENTO
A empresa GULKIS COMÉRCIO E INDÚSTRIA LDA., localizada na Rua
tribuinte Fiscal 541767751 pretende recrutar:
S/N.º, BAIRRO VIANA, KM 28, Luanda - Angola, com o Número de Con-
1 Técnico de Processamento
-Experiência mínima de 3 anos na área e vasto nível de conhecimento;
- Capaz de planificar e executar os processos técnicos de fabrico, segundo
as normas vigentes
- Capaz de inspeccionar produtos e controlar serviços ou processo de fa-
brico, de forma a verificar a sua conformidade com as normas de qualidade,
de higiene e segurança, assim como as disposições legais, profissionais e
comerciais;
- Capaz de verificar a aplicação das normas definidas na recepção, pro-
dução, embalamento, acondicionamento, armazenamento, distribuição e
transporte;
- Boa capacidade de comunicação escrita e oral das línguas portuguesa
e inglesa;
- Disponibilidade para trabalhar em regime de turno.
1 Contabilista Sénior
- Experiência mínima de 5 anos na área e vasto nível de conhecimento;
- Experiência comprovada como controlador financeiro, supervisor de con-
trolador, contador-chefe ou sénior;
- Conhecimento profundo dos procedimentos cantábeis básicos;
- Compreensão aprofundada dos princípios de Contabilidade Geralmente
Aceitos (GAAP);
- Conhecimentos das tendências de negócios;
- Boa capacidade de comunicação escrita e oral das Línguas Portuguesa
e Inglesa;
- Disponibilidade para trabalhar em regime de turno.
a contar da data de publicação, para o correio electrónico: hr@gulkis.com
Os interessados deverão enviar as suas candidaturas num prazo de 5 dias
(873)D/2-5/5
RECRUTAMENTO
A empresa NOVA FIBREX, LDA. pretende recrutar para o seu
quadro de pessoal, a seguinte função:
Director Geral (CEO) M/F
Requisitos:
• Formação Superior em Gestão Empresarial, Economia ou
Finanças Empresarial;
• Experiência mínima de 10 anos na área de Administração
Industrial;
• Experiência mínima de 3 anos na área de Marketing, Comer-
cial e Vendas;
• Experiência mínima de 5 anos na área de Desenvolvimento
de Novos Negócios;
• Espírito de liderança, capacidade motivacional e de trabalhar
sob pressão;
• Fácil adaptação em ambiente multicultural;
• Elevado sentido de responsabilidade, dinamismo e autonomia;
• Fluência na língua Inglesa;
• Boas Relações interpessoais;
• Domínio de ferramentas informáticas na óptica do utilizador.
Remuneração de acordo ao alcance dos objectivos mensalmente
definidos. Os Cv’s (em Português e Inglês) e a documentação
recrutamento@gruposanep.co.ao até ao dia 27/01/2021.
de suporte devem ser enviadas para endereço electrónico:
Délcio da Ressurreição Freire
Coordenação de Capital Humano
(994)D2-1/1
ANÚNCIO DE EMPREGO
A Lemuxus Services Lda., empresa de direito
Angolano, situada na Vila de Viana, Rua Saydi
Mingas Vieira Dias n.º 17, necessita para com-
pletar o seu quadro de efectivo um profissional
com conhecimentos abrangentes de Recursos
Humanos.
Qualificações:
1. Licenciatura em Recursos Humanos;
2. Experiência mínima de 5 anos;
3. Idade entre 35 aos 45 anos;
4. Preferencialmente do sexo masculino.
tes terminais telefónicos: 928 618 739 / 914
Os interessados deverão contactar os seguin-
588 114 / 222 786 570, ou o
Email: lemuxus@hotmail.com
(1053)D2-1-/1
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DOS RECURSOS MINERAIS, PETRÓLEO E GÁS
DIRECÇÃO NACIONAL DE RECURSOS MINERAIS
EDITAL N.º 006/DNRM/2021
1º AVISO
neiro e tendo em conta que a Empresa KIMPUANZA RECUR-
Em conformidade com o estipulado no artigo 104º do Código Mi-
SOS MINEIRAIS, LDA. requereu os direitos mineiros para a
prospecção de Granito, numa área de 33 ha, situada na locali-
dade de Cassimo, comuna da Quihita, Município da Chibia, Pro-
víncia da Huíla, com as coordenadas geográficas a seguir
discriminadas, são notificadas todas as pessoas singulares ou
colectivas para junto à Direcção Nacional dos Recursos Minerais
fazerem valer os seus direitos, sob pena de preclusão do direito
à reclamação, no prazo de 15 (Quinze) dias, a contar da data da
publicação deste Edital.
VÉRTICE LATITUDE LONGITUDE
A 15º 13’ 28’’S 14º 07’ 54’’E
B 15º 13’ 42’’S 14º 08’ 07’’E
C 15º 13’ 50’’S 14º 07’ 50’’E
D 15º 13’ 36’’S 14º 07’ 36’’E
DIRECÇÃO NACIONAL DE RECURSOS MINERAIS, em
Luanda, aos 11 de Janeiro de 2021.
O DIRECTOR NACIONAL
André Francisco Buta Neto
(1116)D2-1/2
RECRUTAMENTO
A empresa Auto 24 Angola Lda., empresa totalmente an-
golana do ramo de manutenção automóvel multimarcas,
abre candidatura para admissão de duas vagas, apenas
para nacionais.
1ª Vaga para RECEPCIONISTA E ORÇAMENTISTA DE
AUTOMÓVEIS
- Habilitações necessárias: Ensino Médio/Ensino Superior.
- Experiência de Trabalho - Mínima de 3 anos como
recepcionista e orçamentista automóvel
2ª Vaga para BATE-CHAPA
- Habilitações necessárias: Ensino Secundário/Ensino
Médio
- Experiência de Trabalho mínima de 5 anos
o seguinte e-mail: geral@auto24.co.ao, juntamente com
Os candidatos deverão enviar as suas candidaturas para
Contacto: 940304238
o seu curriculum vitae.
(1015)D2-1/1
RECRUTAMENTO
A empresa, United Steel, Indústria Metálica Lda.,
lificado, está a recrutar um TÉCNICO DE CONTABI-
para preenchimento do seu quadro do pessoal qua-
LIDADE inscrito na ordem dos contabilistas e perítos
contabilísticos, com as seguintes qualificações:
Bacharel ou licenciado em Contabilidade;
Domínio software primavera;
Domínio do IVA;
Domínio de informática - Microsoft Office;
Domínio fluente da língua inglesa falada e escrita
Experiência profissional comprovada de 4 a 5 anos
Nacionalidade angolana / idade 25 a 40 anos
Os interessados poderão submeter as candidaturas no
e-mail: unitedsteel.recrutamento21@gmail.com,
as documentações: B.I, CV, diploma, carta de reco-
mendação, para mais esclarecimento ligar: +244
916432741, no prazo entrega, 3 dias após a publi-
cação.
(996)D2-1/1
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
COMUNICADO
Revogação da licença da sociedade Garantia Seguros, S.A.
A Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) comunica ao público em geral
que, ao abrigo do Despacho n.º 5701/20 de 29 de Dezembro, de Sua Excelência Senhora Ministra
das Finanças, foi revogada a licença n.º 07/ISS/MF/08 emitida aos 5 de Agosto, para o exercício
da actividade seguradora da sociedade GARANTIA SEGUROS, S.A., nos termos das disposições
combinadas da alínea b), e) e f) do n.º 1 do artigo 29.º da Lei de Bases das Instituições Financeiras
e das alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 16º da Lei n.º 1/00, de 3 de Fevereiro, Lei Geral da Activi-
dade Seguradora.
A referida revogação resultou da inexistência de garantias financeiras por parte da empresa, asso-
ciada à indisponibilidade dos accionistas para a injecção de recursos financeiros necessários para
a satisfação dos requisitos mínimos de solvabilidade, deixando a mesma de reunir as condições ne-
cessárias para o exercício da actividade. Também esteve na base da medida aplicada a redução
em mais de 80% da actividade da empresa e o número de reclamações dos segurados, acumuladas
ao longo de vários anos, relativamente à dificuldade da empresa indemnizar os sinistros que lhes
eram apresentados.
Nestes termos, a referida sociedade entra imediatamente em liquidação, em conformidade com o
disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 39.º da Lei Geral da Actividade Seguradora, tendo a ARSEG,
nos termos do n.º 1 do artigo 135.º da supracitada Lei de Bases das Instituições Financeiras, tomado
as medidas cabíveis para que o Procurador Geral da República requeira a declaração de falência
da referida instituição junto do Juiz da Comarca Provincial de Luanda.
A Arseg, ao abrigo do respectivo processo, diligenciará no sentido de assegurar a transferência das
carteiras activas, bem como o tratamento dos processos de sinistro e indemnizações junto dos to-
madores e beneficiários.
“ARSEG - Supervisão Credível, Protecção Garantida: Angola Segura“
AGÊNCIA ANGOLANA DE REGULAÇÃO E SUPERVISÃO DE SEGUROS, em Luanda, aos 12 de
Janeiro de 2021.
CONTACTOS
Telefone: 222 760 130 | 222 444 084
Correio electrónico: geral@arseg.ao | DSI_SMS@arseg.ao
correspondencias@arseg.ao
Página web: www.arseg.ao
(500.0062)1/4P-7/10
ERICSSON AB - SUCURSAL DE ANGOLA
Na Ericsson, você pode mudar o jogo! Porque trabalhar aqui não é apenas um negócio. É um
grande negócio. Significa que você pode aproveitar nossos mais de 140 anos de experiência e o
conhecimento de mais de 95.000 colegas diversos em todo o mundo. Como parte de nossa equipe,
você ajudará a resolver alguns dos desafios mais complicados da sociedade, permitindo que você
seja "a pessoa que fez isso". Nunca tivemos uma oportunidade maior de inspirar mudanças; definir
o padrão para que a tecnologia seja inclusiva e acessível; capacitando um mundo inteligente, sus-
tentável e conectado.
Arquitecto de Soluções: Catálogo e Gestão de Pedidos.
Procuramos um Catálogo de Sistemas de Suporte Comercial e Arquitecto de Soluções de Gestão
de Pedidos. Você terá a capacidade de construir princípios, modelos e directrizes a partir de estra-
tégias. Converterá requisitos para desenvolver soluções económicas que sejam consistentes entre
negócios, informações e tecnologia. Interagirá com as partes interessadas internas e clientes ex-
ternos para definir e fornecer soluções para melhorar sua vantagem competitiva. Por fim, actuar
como consultor interno para as muitas melhores práticas de OSS / BSS alinhadas com TMForum
e outros padrões.
Responsabilidades:
• Analisar e decompor estratégias em recursos arquitectónicos na fase de pré-estudo
• Traduzir os requisitos para uma arquitectura de solução económica
• Conformidade da arquitectura e aplicação das melhores práticas em todo o ciclo de vida da solução
• Implementar conhecimento de arquitectura e padrões de EA para a entrega de grandes projectos
de SI
• Possuir todas as actividades técnicas do Catálogo e Gestão de Pedidos de Pré-vendas e Entrega
de Projectos
Requisitos:
• Experiência e especialização no domínio de Catálogo e Gestão de Pedidos, a competência ECM
(Ericsson Catalog Manager) / EOC (Ericsson Order Care) é preferida, enquanto outros sistemas BSS
(Sistema de Carregamento, BSCS, EMM) são uma vantagem
• Experiência como arquitecto líder em projectos sofisticados de transformação de TI em teleco-
municações, de preferência em gestão de catálogos e pedidos, sistema de cobrança e outras
soluções BSS
• Experiência e especialização em todas as fases do ciclo de vida de um projecto de integração de
sistema com experiência DevOps / Agile
• Educação: Bacharel em Ciências, Engenharia da Computação
• Capacidade demonstrada: Extensa experiência comprovada BSS em CRM, facturamento, catálogo
e gestão de pedidos, etc., histórico de arquitectura empresarial
Para se inscrever, por favor acesse: www.ericsson.com/careers procure para obter a requisição
de emprego n.º438885 or https://performancemanager12.successfactors.eu/sfcareer/ jobreq-
career?jobId=438885 &company=Ericsson Em caso de dúvida, entre em contacto com o espe-
cialista em Aquisição de Talentos – Timur Mader (Timur.Mader@ericsson.com)
(500.0087)-1/4P-3/4
23
COMUNICADO DE IMPRENSA
O Banco Prestígio no âmbito do memorando de entendimento para
a operacionalização do Projecto de Apoio ao Crédito (PAC), cele-
brado entre o Ministério da Economia e Planeamento e Banco Pres-
tígio, que foi assinado respectivamente pelo titular da pasta, o Dr.
Sérgio de Sousa Mendes dos Santos e a Presidente da Comissão
Executiva, Dra. Maria João de Almeida, é com elevada satisfação
que comunica que o Banco Prestígio desembolsou, à data, o mon-
tante de Akz 2.062.160.000,00 (Dois Mil Milhões e Sessenta e Dois
Milhões e Cento e Sessenta Mil Kwanzas), direccionado para Pro-
jectos Agrícolas, destinados à produção de hortaliças, batata, milho,
feijão, alho, feijão seco e para a Produção de Embalagens.
O Banco Prestígio reitera o seu total compromisso em continuar a
apoiar os Projectos de Investimento no País, em particular os en-
quadrados no Projecto de Apoio ao Crédito (PAC), que contribuem
para o incremento da produção interna de bens essenciais, criação
de valor para a cadeia produtiva nacional e geração de emprego.
O Banco Prestígio, como reiteradamente é expresso pelo Presi-
dente do Conselho de Administração, Dr. Tito Mendonça, inovar e
oferecer soluções, independentemente de qualquer contexto, que
aportem valor ao mercado financeiro e que contribuam dessa forma
para o desenvolvimento real da economia nacional.
O Banco Prestígio desenvolve a sua actividade desde Março de
2015 e tem como foco os parceiros Corporate e a Banca de in-
vestimento.
(500.0104)1/4P-1/1
ERICSSON AB - SUCURSAL DE ANGOLA
Tem uma excelente oportunidade de trabalho: Arquitecto de Soluções Sénior: NDO
Procuramos Arquitecto de Soluções para Design e Optimização de Redes, alguém que possa for-
necer soluções em diferentes tecnologias e fluxo. Quem pode fornecer revisão de processos ponta
a ponta para fortalecer e optimizar soluções, processos e metodologias que levam a uma maior efi-
ciência e entrega garantida de qualidade.
Responsabilidade principal:
• Envolvimento do cliente em discussões técnicas avançadas para entender os requisitos do cliente
e propor conselhos e orientações estratégicas
• Fornecer todo o projecto de rede para aceitação em várias tecnologias e vários fluxos sob o domínio
NDO, incluindo, mas não se limitando a:
• Projecto inicial do sistema e dimensionamento do sistema para cobertura e capacidade, incluindo
análise de tráfego
• Planejamento de cobertura, identificação do local, avaliação, planejamento NW, análise de interfe-
rência e optimização, usando EDOS DP.
• Configurar processos de governança para garantir que todos os indivíduos e centros de serviço
(GSCs) de diferentes fluxos de projecto estejam executando nos níveis esperados e aderindo aos
SLAs acordados
Requisitos:
• Pelo menos 10 ou + anos de experiência em múltiplas tecnologias em Design, Optimização, Pla-
nejamento e Soluções de Redes de Rádio.
• Deve ter experiência de relacionamento com o cliente, especialmente com a alta administração.
• Ampla experiência de trabalho no projecto, ajuste e optimização de redes sem fio GSM, WCDMA,
HSPA + e LTE de alta capacidade, usando tecnologia de engenharia RF.
• Boa experiência em Ericsson NW Design Tools, Radio Products e Solutions (GSM, WCDMA e LTE).
• Bom conhecimento de redes de rádio complexas e avançadas para auxiliar na optimização avan-
çada e soluções de design criativo.
Como aplicar:
Para se inscrever, acesse: www.ericsson.com/careers. Procure para obter a requisição de emprego
n.º 451203 ou https://performancemanager12.successfactors.eu/sfcareer/jobreqcareer?
jobId=451203&company=Ericsson. Em caso de dúvida, entre em contacto com o talento Especia-
lista em Aquisições - Rajendra Singh (rajendra.a.singh@ericsson.com)
(500.0087)-1/4P-4/4
24 Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021

(800.006)-MPP/C

(700.003)1/4P (700.053)1/4P
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021 25

(500.0086)MPI/C-1/1

(800.009)-MPI/C
26 MUNDO
SEGUNDO PROJECÇÕES DAS PRINCIPAIS TELEVISÕES
Mais de dez milhóes de portugueses foram chamados às urnas para escolher Presidente
Marcelo de Sousa vence
eleição à primeira volta
Portugal elegeu o 20º Presidente da República, sexto em
democracia e em plena pandemia entre sete candidatos
A projecção da Universidade
Católica emitida às 20h00
de ontem apontava para a
reeleição à primeira volta de
Marcelo Rebelo de Sousa com
a votação entre 57 e 62 por
cento, enquanto em segun-
do e terceiro lugares apare-
ciam Ana Gomes com 13 e 16
por cento e André Ventura
com 9 e 12 por cento dos votos,
respectivamente.
Nas posições posteriores
seguiam Marisa Matias com
3,5 e 5.5 por cento, João Fer-
reira igualmente com 3,5 e
5.5 por cento, Tiago Mayan
Gonçalves com 3 e 5 por
cento e Vitorino Silva com
2 e 4 por cento. Até às 19h00
locais (20h00 em Angola) já
se previa uma abstenção
entre 50 e os 55 por cento.
A projecção da SIC dava a
Marcelo uma votação entre
os 55,5 e os 60 por cento. Ana
Gomes reunia 13,1 e os 17,1
por cento dos votos e André
NOVA ESTRATÉGIA FRANCESA PARA O SAHEL
ONU pede nova adaptação
e não a redução das tropas
O sub-Secretário-Geral das
Nações Unidas insistiu na
necessidade de adaptação,
e não na redução de tropas
france sa s no Sahel . Em
d e c l a ra ç õ e s à A F P, e m
Bamako, capital do Mali,
Jean-Pierre Lacroix disse
que "não é uma questão de
números, não é uma questão
de mais ou menos, é uma
questão de adaptação per-
manente e é um trabalho
que está em curso.
Estas declarações surgem
depois de o Presidente fran-
Ventura 10,1 e os 14,1 por
cento, João Ferreira deve
colher 3,3 a 6,3 por cento dos
votos; Marisa Matias 2,4 a 5,4
por cento; Tiago Mayan 2,3
e 5,3 por cento e Vitorino Silva
1,3 e 3,3 por cento.
Já a previsão da TVI é que
Marcelo Rebelo obtenha
entre 56,4 por cento e os 60,4
por cento e a Ana Gomes
entre os 12,2 e os 16,22 por
cento dos votos. André Ven-
tura fica em terceiro lugar
com votação entre os 9,9 e
os 13,9 por cento.
Mais de 10 milhões de
eleitores foram chamados
às urnas para escolher entre
os sete candidatos o Presi-
dente da República.
Nas anteriores presiden-
ciais votaram 4,7 milhões
de eleitores em 9,6 milhões
de inscritos, que deram a
vitória a Marcelo Rebelo de
Sousa, com 52 por cento de
votos à primeira volta, contra
cês, Emmanuel Macron, ter
afirmado que o seu país pre-
para-se para "ajustar" o
"esforço" no Sahel, onde está
destacada a sua força anti-
terrorista (Barkhane),graças
aos "resultados obtidos" e
"à maior intervenção dos
parceiros europeus", anun-
ciou, sábado, o Presidente
francês, citado pela AFP.
"Os resultados obtidos
pelas nossas forças no Sahel,
combinados com a maior
intervenção dos nossos par-
ceiros europeus, permitir-
DR
Maria de Belém Roseira,
Sampaio da Nóvoa, Edgar
Silva, Marisa Matias, Vitorino
Silva, Henrique Neto, Cân-
dido Ferreira, Paulo Morais
e Jorge Sequeira.
O número de eleitores
nestas eleições aumentou
exponencialmente face ao
número registado nas pre-
sidenciais de 2016: cerca de
1,2 milhões de eleitores a
mais. Em 2016 estavam regis-
tados 9. 741 377 eleitores e
nestas estavam registados
10. 865 010. O aumento regis-
tou-se, sobretudo, nos elei-
tores inscritos no estrangeiro.
De 301 mil em 2016 passaram
para 1,55 milhões (mais 1,3
milhões de eleitores).
Os novos eleitores regis-
tados no estrangeiro signifi-
caram 13,5 pontos percentuais
de abstenção.
Já no território nacional,
o número de eleitores regis-
tados diminuiu de 2016 para
n o s - ã o a j u s ta r o n o s s o
esforço militar", afirmou
Emmanuel Macron, que
falava durante uma visita às
tropas do Exército francês
em Brest (Oeste da França),
sem especificar qual a redu-
ção que poderia haver nem
em que prazo.
O Chefe de Estado francês
confirmou, assim, a intenção
de reduzir a presença da
França na faixa do Sahel,
onde tem vindo a realizar a
sua maior operação externa
desde 2013, com 5.100 sol-
cá, passando de 9,43 milhões
para 9,31 milhões (menos
124,9 mil).
O enorme aumento de elei-
tores registados no estrangeiro
faz só por si a abstenção aumen-
tar. Em 2016, a participação
dos emigrantes portugueses
nas eleições presidenciais foi
de menos de cinco por cento
(4,69 por cento). As mesas de
voto, que este ano foram
mais para evitar grandes
concentrações de pessoas,
abriram às 8h00 locais (7h00
em Angola) e encerram às
20h00 (19h00 em Angola).
No total, estavam inscritos
nos cadernos eleitorais
10.865.010 eleitores à data
de referência de 31 de Dezem-
bro. Desses, mais de 133 mil
votaram antecipadamente
no passado domingo e quase
13 mil inscreveram-se para
um regime extraordinário de
recolha de votos que decorreu
ao longo da semana, além
dos 1,5 milhões recenseados
no estrangeiro que começa-
ram a votar no sábado.
Segundo as regras defi-
nidas pela Direcção-geral
da Saúde para as eleições,
para votar os eleitores tiveram
de usar máscara e, prefe-
rencialmente, levar uma
caneta, por uma questão
sanitária e de higiene. Algu-
mas câmaras municipais
decidiram testar todos os
elementos que estavam nas
mesas de voto.
Concorrem às eleições sete
candidatos, Marisa Matias
( ap o i a d a p e l o B l o c o d e
Esquerda), Marcelo Rebelo
de Sousa (PSD e CDS/PP)
Tiago Mayan Gonçalves (Ini-
ciativa Liberal), André Ventura
(Chega), Vitorino Silva, mais
conhecido por Tino de Rans,
João Ferreira (PCP e PEV) e
a militante do PS Ana Gomes
(PAN e Livre), que aparecem
por esta ordem no boletim.
Esta é a 10ª vez que os
portugueses foram chamados
a escolher o Presidente da
República em democracia,
desde 1976. Desde 1976,
foram Presidentes António
Ramalho Eanes (1976-1986),
Mário Soares (1986-1996),
Jorge Sampaio (1996-2006)
e Cavaco Silva (2006-2016).
O Chefe de Estado ces-
sante, eleito em 2016, foi-
Marcelo Rebelo de Sousa,
que se recandidatou ao cargo.
dados.Em Janeiro de 2020,
na Cimeira de Pau (Sudoeste
de França), o Presidente fran-
cês e os homólogos do G5
do Sahel (Mauritânia, Mali,
Burkina Faso, Níger e Chade)
decidiram intensificar a luta
anti-terrorista para travar a
espiral de violência. Emma-
nuel Macron enviou então
um reforço de 600 homens
para esta região tão grande
como a Europa.
"Os reforços temporários
que decidi destacar permi-
tiram à força Barkhane colo-
car grupos terroristas em
grandes dificuldades, que se
encontram hoje encurrala-
dos, reduzidos a métodos
cobardes, que chegaram às
nossas forças", lamentando
a recente morte de cinco sol-
dados franceses no Mali, "mas
que" - sublinhou - "atingiram
sobretudo civis, sem discri-
minação", referiu o Presi-
dente.francês.
PROCESSO ENTRA HOJE NO SENADO
Julgamento de Trump
pode começar amanhã
O julgamento político do
ex-Presidente norte-ame-
ricano, Donald Trump, pode
começar amanhã, após o
envio, ontem, do processo
da acusação ao Senado pela
presidente da Câmara dos
Representantes, a democrata
Nancy Pelosi, confirmou,
ontem, o líder da maioria de-
mocrata na Câmara Alta,
Chuck Schumer.
O ex-Presidente Donald
Trump é acusado de incen-
tivar a invasão do Capitólio
pelos seus apoiantes, uma
semana antes da tomada de
posse de Joe Biden.
O líder da maioria demo-
crata no Senado, Chuck
Schumer, acrescentou que
o segundo julgamento polí-
tico de Trump pode começar
formalmente amanhã, um
dia após a entrega da acu-
sação contra o ex-Presidente,
a não ser que os democratas
e os republicanos do Senado
cheguem a um acordo para
mudar o calendário.
“Haverá um julgamento
no Senado e votaremos sobre
a condenação do ex-Presi-
Ex-estadista norte-americano é acusado de incitar a violência
DIVERGÊNCIAS MARÍTIMAS
Grécia e Turquia
reatam conversações
O ministro dos Negócios
Estrangeiros grego, Nikos Den-
dias, afirmou que os membros
do seu Governo retomam,
hoje, em Istambul, as con-
versações exploratórias com
a Turquia, com vista a encon-
trarem pontos comuns que
conduzam a futuras negocia-
ções sobre as divergências
marítimas, após quase cinco
anos de interrupção, em 2016.
Numa entrevista ao jornal
“Efimerida ton Syntakton”,
Dendias disse que a Grécia
vai ao encontro de “boa-fé”
e com “espírito construtivo”,
um estado de espírito que
também espera do lado oposto.
“Não queremos uma esca-
lada. Pelo contrário, espe-
ramos que estes contactos
conduzam a uma redução
da tensão, tal como expresso
pelo Conselho Europeu, em
Dezembro, quando falou da
“continuação sem proble-
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
dente. Falei com a presidente
Pelosi e fui informado que
o texto será entregue na
segunda-feira ao Senado”,
disse Schumer em discurso
na Câmara.
Trump, o primeiro man-
datário da história dos Esta-
dos Unidos a ser submetido
a dois julgamentos políticos,
será acusado de “incitar à
insurreição” pelo envolvi-
mento na invasão ao Capitólio,
no dia 6 de Janeiro, pelos seus
apoiantes que resultou em
cinco mortes.
O julgamento não pode
mais resultar na destituição
de Trump, que já deixou a
Casa Branca, mas os demo-
cratas acreditam que o pro-
cesso conseguirá inabilitar
o ex-Presidente a cargos polí-
ticos no futuro. Segundo as
regras do Senado americano,
qualquer julgamento político
deve começar às 13h00 do
dia seguinte ao momento em
que a Câmara dos Represen-
tantes enviar a acusação.
No entanto, o Senado tem
certa flexibilidade para mudar
o calendário.
DR
mas” dos contactos explo-
ratórios. Espero que o lado
turco venha a estes contactos
com um espírito seme-
lhante”, sublinhou Dendias.
O ministro reconheceu
que foi dada uma dimensão
“mítica” a esta reunião, que
o próprio vê com “realismo”,
uma vez que “não se trata de
negociações, mas de contactos
para explorar se existem pon-
tos de convergência para pos-
síveis negociações futuras”.
Embora em nenhuma das
60 reuniões anteriores tenha
havido uma agenda oficial,
nem o objectivo de qualquer
acordo, Dendias deixou claro
que na perspectiva grega
sobre uma futura negociação
só pode haver uma questão
em cima da mesa, que é a
delimitação das respectivas
Zonas Económicas Exclusivas
e plataformas continentais
no Egeu e Mediterrâneo.
REGIÕES Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
SOYO
A sensibilização da população sobre os benefícios da campanha deu lugar à adesão massiva aos postos móveis de consultas
Consultas médicas gratuitas
beneficiam milhares de pessoas
Sector da Saúde na cidade do Soyo prestou assistência médica e medicamentosa
gratuita a habitantes dos bairros periféricos e vacinou centenas de crianças
Victor Mayala | Soyo
Uma campanha de consultas
médicas gratuitas decorreu,
na semana passada, nos bair-
ros periféricos da cidade do
Soyo, província do Zaire,
numa iniciativa da Direcção
local da Saúde.
O supervisor municipal
da Saúde do Soyo, Sebastião
António, disse ao Jornal de
Angola que, diariamente
foram atendidas, em média,
500 pessoas nas áreas de
Medicina Geral e Pediatria,
PARA SEREM IMPLEMENTADOS ESTE ANO
Projectos avaliados em 84 milhões de USD
Fernando Neto | Mbanza Kongo
Trinta projectos de impacto
social, avaliados em 84 mi-
lhões de dólares, vão ser im-
plementados este ano na
província do Zaire, através
de uma linha de crédito do
Reino de Espanha, no âmbito
do Programa de Investimentos
Públicos (PIP), anunciou, o
director provincial do Gabi-
nete de Estudos, Planeamento
e Estatística (GEPE).
Sebastião Bumba, que
falava à margem da primeira
reunião ordinária do Governo
Provincial, realizada quinta-
feira, informou que, entre
os projectos, constam obras
de construção de um novo
Hospital Municipal do Nóqui,
e vacinadas centenas de crian-
ças. “Conseguimos intensi-
ficar a assistência médica e
medicamentosa aos habitan-
tes da periferia da cidade do
Soyo”, afirmou, acrescentado
que a campanha inclui a dis-
tribuição de mosquiteiros
impregnados com insecticida
às gestantes e crianças.
Sebastião António reve-
lou que a malária e a hiper-
tensão arterial foram as prin-
cipais patologias detectadas
entre os habitantes que bene-
ficiaram de assistência médica
um outro no município do
Cuimba, escolas em Mbanza
Kongo, dois edifícios para
técnicos e 24 vias urbanas.
Obras do PIIM
Em relação ao Plano de
Intervenção Integrado nos
Municípios (PIIM), o inter-
locutor fez saber que a pro-
víncia tem 34 projectos já
aprovados, orçados em mais
de 26 mil milhões de kwan-
zas, 18 dos quais já estão
em execução.
“Dos 34 projectos , dezoito
arrancaram no ano passado
e seis estão a mercê do im-
passe que se verifica na
transportação dos materiais
de construção para as comu-
nas devido ao mau estado
gratuita. “Contamos com
uma equipa multidiscipli-
nar, que em colaboração com
as autoridades tradicionais,
trabalhou para o êxito deste
programa.
Os cidadãos consultados
que tiveram diagnóstico posi-
tivo receberam, igualmente,
medicamentos gratuitos”,
informou .
Durante as consultas, os
cidadãos que apresentaram
um quadro que exigiam um
diagnóstico mais profundo
foram imediatamente enca-
das vias ”, detalhou.
A construção de infra-
estruturas sociais nas áreas
da Educação, Saúde, estra-
das e o novo Hospital Mu-
nicipal do Tomboco, cons-
tam entre as obras dos 34
projectos.
Ainda no que concerne
à construção de infra-estru-
turas, a província vai contar,
este ano, com um complexo
residencial e administrativo
nos municípios do Tomboco
e Nóqui, uma ponte sobre
o rio Mboba no Cuimba e
vários empreendimentos
no Nzeto, cujos trabalhos
estarão sob tutela dos Minis-
térios da Administração do
Território, Obras Públicas e
Ordenamento do Território,
ADOLFO DUMBO | EDIÇÕES NOVEMBRO
minhados para o Hospital
Municipal. “A adesão em
massa da população aos pos-
tos criados para o efeito de-
veu-se ao grande trabalho
de sensibilização que os sobas
realizaram”, disse Sebastião
António.
O supervisor da Saúde
no Soyo recordou que con-
sultas do género foram rea-
lizadas no ano passado nas
comunas do Quêlo, Sumba
e Pedra de Feitiço, onde houve,
igualmente, adesão massiva
da população.
Educação, Interior e da Ener-
gia e Águas.
O Ministério da Energia
e Águas, avançou o respon-
sável, vai implementar no
Zaire, este ano, um projecto
de modernização e expansão
da rede eléctrica de média
e baixa tensão em todos os
municípios.
O responsável do GEPE
no Zaire frisou que, o Governo
Provincial vai intervir, junto
do Ministério da Adminis-
tração do Território, para en-
contrar soluções imediatas
para, num curto espaço de
tempo, arrancar a construção
de infra-estruturas nas comu-
nas do Kindege e Lufico, nas
regiões do Nzeto e Nóqui,
respectivamente.
PIIM EM CACONDA, HUÍLA
Luís Nunes reprova
qualidade das obras
Arão Martins | Caconda
O governador provincial da
Huíla, Luís Nunes, manifestou
insatisfação com o andamento
e má qualidade das obras de
construção de três escolas,
inseridas no Programa Inte-
grado de Intervenção nos
Municípios (PIIM), no muni-
cípio de Caconda, situado a
230 quilómetros da cidade
do Lubango.
Luís Nunes, que falava
depois de visitar várias infra-
estruturas que estão em
construção, entre as quais o
bloco operatório do Hospital
Municipal, orientou a Admi-
nistração local para “ser mais
rigorosa ” com os em-prei-
teiros e fiscais.
O governante mostrou-
se, por outro lado, satisfeito
com as obras de construção
de uma escola do ensino
primário, com 12 salas de
aula, no bairro Kavava, arre-
dores de Caconda, cujo em-
preendimento, segundo
garantiu, será inaugurado
em Março próximo. “Gostei
Governador não gostou do andamento dos trabalhos
SAURIMO
Terrenos distribuídos
vão ser confiscados
Flávia Massua|Saurimo
A Administração Municipal
de Saurimo está a concluir
um levantamento para con-
fiscar os terrenos que loteou
e distribuiu a instituições e
pessoas singulares há mais de
três anos para a construção
de residências e infra-estru-
turas sociais, junto ao aeroporto
e nos bairros Luar, Muangueji
e Camundambala, arredores
da cidade.
O administrador-adjunto
para o sector Técnico e Infra-
Estruturas, Wilson Txipema,
Muitos lugares loteados e distribuídos continuam sem obras
27
de ver a escola concluída, ape-
sar de ter ainda uma exe-
cução financeira de 40 por
cento”, referiu.
Luís Nunes disse que os
empreiteiros estão proibidos
de fazer modificações das
obras sem a autorização do
Governo. “As alterações só
devem ser feitas se forem
autorizadas pelo Governo
Provincial. As administra-
ções municipais têm de
estar atentas a este porme-
nor”, exortou.
O governador revelou que
entre os municípios que visi-
tou, Caconda é o que mais
o preocupa em termos de
execução das obras do PIIM.
“Não gostei de ver algumas
obras em Caconda, tanto em
termos de cumprimento de
prazos quanto de qualidade”,
deplorou.
Por seu lado, o adminis-
trador municipal de Caconda,
Nandim Capenda, informou
que estão em curso nove
projectos do PIIM nos domí-
nios da Educação, Saúde e
Energia e Águas.
ARÃO MARTINS | EDIÇÕES NOVEMBRO
explicou que a medida resulta
da expiração do prazo con-
cedido aos beneficiários para
realizarem os projectos apre-
sentados na altura que rece-
beram os terrenos.
Txipema garantiu que a
Administração Municipal
tem recebido inúmeras soli-
citações de entidades colec-
tivas e individuais para a
aquisição de terreno , pelo
que se optou por dar opor-
tunidade a quem tem vontade
e arcaboiço para realmente
construir, daí a razão da refe-
rida inventariação.
EDIÇÕES NOVEMBRO
28 SOCIEDADE
HUAMBO E NAMIBE
As empresas de construção civíl estão entre as que mais ilegalidades têm cometido
Inspecção Geral regista
aumento de infracções
Denunciados incumprimentos de empresas que justificam
dificuldades de gestão com a pandemia da Covid-19
Um total de 3.096 infracções
laborais foram registadas em
2020 pela Inspecção Geral
do Trabalho (IGT), na pro-
víncia do Huambo, mais 1.468
comparativamente a 2019.
A informação foi avançada
à Angop pela directora local
dos serviços de inspecção,
Paula dos Santos, referindo
que, entre as infracções, cons-
tam o incumprimento do
regime de horário de trabalho
e a não observância dos inter-
valos de descanso diário.
Sublinhou ainda a falta do
qualificador ocupacional, a
não cedência do direito de
gozo de férias dos trabalha-
dores e o despedimento sem
o aviso prévio.
Paula dos Santos referiu
que as infracções foram apu-
radas durante as 903 visitas
inspectivas realizadas a 822
empresas públicas e privadas.
Acrescentou que, além das
visitas, receberam ainda várias
denúncias de trabalhadores
sobre o incumprimento da Lei
Geral do Trabalho (LGT), por
parte das entidades empre-
gadoras, que alegam as impli-
cações negativas da pandemia
da Covid-19.
Não obstante essa reali-
dade, a responsável disse
que no leque das infracções
laborais 41 resultaram na
aplicação de multas, devido
AUXILIARES DE LIMPEZA
Candidatos não residentes excluídos
Weza Pascoal/Menongue
O director do Gabinete Pro-
vincial da Educação do
Cuando Cubango, Miguel
Canhime Kazavubo, adver-
tiu, em Menongue, que todos
os concorrentes provenientes
do Huambo, Bié e Huíla, para
o concurso público excep-
cional de auxiliares de lim-
peza, serão imediatamente
desqualificados e, assim, não
terão acesso aos testes de
ingresso.
à sua gravidade.
Salientou que durante
o ano transacto a Inspecção
Geral do Trabalho recep-
cionou 229 pedidos de me-
diação, 53 dos quais resol-
vidos, sendo 39 em benefício
dos trabalhadores e 13 dos
empregadores.
Ainda em 2020, esta ins-
tituição registou 15 acidentes
de trabalho, com um grave e
14 leves.
Namibe
Mil e 262 infracções laborais
foram registadas, de Janeiro
a Dezembro de 2020, pelo
Gabinete Provincial da Ins-
pecção Geral de Trabalho
no Namibe, mais 354 em
relação a igual período do
ano anterior.
Os sectores com maiores
incidências foram os do
Comércio, com 492 infrac-
ções, prestação de serviços,
com 266, Indústria, com 233
e Construção Civil, com 109.
As infracções têm a ver
com as más condições de
trabalho, falta de pagamento
do salário mínimo nacional,
subsídio de férias, de Natal,
segurança social, seguro,
entre outras.
Em declarações à Angop,
a chefe da Inspecção Geral
de Trabalho no Namibe, Laura
Magalhães André, detalhou
Miguel Kazavubo disse que
estão inscritos mais de 600
candidatos, muitos dos quais
provenientes do Huambo,
Bié e Huíla, mas sublinhou
que não serão admitidos por-
que cada província recebeu
d e te r m i n ad a q u o ta p o r
município, tendo o Cuando
Cubango sido contemplado
com apenas 261 vagas, insu-
ficientes para cobrir a pro-
cura. Revelou que para o
município de Menongue
estão reservadas 95 vagas,
EDIÇÕES NOVEMBRO
que as infracções foram detec-
tadas durante 406 visitas.
Como sanção, foram apli-
cadas multas no valor 928
mil 810 kwanzas, mais cinco
milhões 106 mil 728 kwanzas,
comparando com 2019.
Ao longo do ano, segundo
a responsável, foram media-
dos 802 conflitos laborais,
705 dos quais resolvidos a
favor de cinco mil 118 traba-
lhadores envolvidos.
Destes conflitos resultaram
no pagamento de indemni-
zações no valor de 106 milhões
e 441 mil e 648 kwanzas , para
982 trabalhadores.
Apontou como perspec-
tivas para o ano em curso,
a deslocação dos técnicos
aos municípios do Virei,
Bibala e Kamucuio para fis-
calizar as condições laborais
em algumas obras do Plano
Integrado de Intervenção
nos Municípios (PIIM), já
que chegam muitas recla-
mações, sobretudo relacio-
nadas com a falta de paga-
mento de salários.
Laura Magalhães André
informou, também, que em
consequência da pandemia
da Covid-19, mil e 32 traba-
lhadores perderam os seus
empregos em 2020, devido
às dificuldades financeiras
das empresas, principalmente
as do sector pesqueiro.
Cuito Cuanavale, Cuchi e
Mavinga 30 cada, Rivungo
22, Calai e Cuangar 14 cada,
Nancova e Dirico 11 cada.
Miguel Canhime Kaza-
vubo explicou que os dois
primeiros dias de recepção
dos documentos foram mar-
cados por uma fraca adesão
dos candidatos, tendo em
conta que muitos só come-
çaram a tratar dos certificados
de habilitações e atestados
de residência depois da aber-
tura do concurso.
REMOÇÃO DE PERIGO NO PRENDA
Moradores da “Grua”
já estão reinstalados
André Sibi
A Comissão de Moradores
do Lote 25 do Bairro Prenda,
em Luanda, está satisfeita
com a conclusão e recepção
das 12 residências requali-
ficadas no âmbito da remo-
ção da “Grua do Prenda”, no
município da Maianga, uma
iniciativa do já falecido
governador Luther Rescova.
Jaia Borges, vice-presi-
dente da Comissão de Mora-
dores do Lote 25, disse ao
Jornal de Angola que as resi-
dências foram reabilitadas
e entregues aos respectivos
donos. “Eram oito residên-
cias que deram lugar a doze
residências requalificadas”,
disse, acrescentando que
foi utilizado material mo-
derno de construção, que
gera conforto, satisfação e
bem-estar aos moradores.
As obras duraram seis
meses, período em que cada
morador recebeu 240 mil
kwanzas para assegurar o
arrendamento de casas en-
Lugar perigoso da grua requalificou casas agora seguras
CUANZA-NORTE
Homem encontrado
morto num matagal
Manuel Fontoura / Ndalatando
O Serviço de Investigação
Criminal (SIC) removeu um
cadáver encontrado no mata-
gal, na manhã de sábado, em
Dange-ya-Menha, comuna
do município de Cambambe,
Cuanza-Norte.
O porta-voz local do SIC,
Adão Morais, disse que o
corpo é de um cidadão que
aparenta ter mais de 30 anos,
sem identificação e estava
numa estrada terciária junto
ao capim, a 100 metros da via
principal. Explicou que o
corpo se encontrava deitado
na posição decúbito dorsal,
trajado de uma camisola de
cor branca, calção preto, meias
brancas e calçado (ténis) de
cor preta.
Referiu que, após obser-
vação, se constatou que a
vítima apresentava lesões
graves na face, o que se pre-
sume ter sofrido alguma
agressão, apesar de não haver
vestígios de rixa no local, nem
sangue escorrido, pelo que
se admite , também, ter sido
quanto aguardavam pela con-
clusão das obras. Manuel Fon-
seca, morador, explicou que
quando chegou ao Bairro
Prenda, em 1985, já encontrou
a grua, que foi abandonada
na véspera da Independência
,em 1975, pela construtora
portuguesa “Precol”.
Victor António, outro
morador que morava debaixo
das pedras que davam equi-
líbrio à grua, disse que o equi-
pamento em estado obsoleto
foi removido numa altura em
que já abanava no período da
noite, sobretudo quando esti-
vesse a chover. “Era difícil
ter sono quando estivesse a
chover porque a grua girava
ao longo da noite”. “Nasci
aqui e encontrei aqui a grua,
Passaram-se 32 anos, agora
estou mais aliviada'', disse,
por seu lado, Felismina Miguel.
A requalificação contou
com a intervenção e finan-
ciamento do Ministério do
Urbanismo, Governo Pro-
vincial e Laboratório de Enge-
nharia de Angola.
SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
transportado de algum lugar
e posto no referido local. Adão
Morais disse que a localização
do morto deveu-se à denúncia
de populares que circulavam
nos arredores e garantiu que
diligências policiais continuam
para se apurar as circunstân-
cias da morte e a localização
dos familiares.
Apreensões
O Departamento de Combate
ao Tráfico Ilícito de Pedras
Preciosas, Metais e Ambiente
do SIC procedeu, também,
à apreensão de 34 carris dos
Caminhos-de-Ferro de Lu-
anda, no Posto de Fiscali-
zação do Zenza do Itombe,
em Cambambe.
Adão Morais disse que
o s m e i o s e stava m a s e r
transportados de forma ile-
gal numa viatura de marca
Mitsubishi Fuso, cor branca,
com a chapa de matricula
LD-02-23-EU.
Realçou, ainda,. que os
meios e a viatura foram enca-
minhados ao SIC no município
de Cambambe.
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
INVENTORES
Angolanos
ganham interesse
pelo registo
de marcas
Os inventores angolanos
estão a ganhar maior inte-
resse pelo registo de marcas,
como forma de proteger os
seus activos. Quem o diz é
a chefe do Departamento de
Apoio à Direcção-Geral do
Instituto Angolano de Pro-
priedade Industrial (IAPI),
Maria Imaculada Manuel.
Ao falar durante a oficina
sobre propriedade intelec-
tual, no Centro de Formação
de Jornalistas (Cefojor), a
responsável do IAPI asse-
gurou que os angolanos pas-
saram a cultivar o hábito de
autenticar as obras há sen-
sivelmente seis anos.
“Se fizermos uma análise
temporal, de 2015 para cá,
já se verifica esse interesse
dos inventores nacionais,
muito por conta do que se
tem feito em relação às maté-
rias de propriedade industrial
e ao trabalho árduo que o
Instituto tem levado a cabo,
com formações e seminá-
rios”, disse.
Maria Imaculada Manuel
esclareceu, ainda, ser o registo
de marca “a única forma de
proteger os domínios e activos
de propriedade industrial”,
razão pela qual sente satis-
fação ao constatar “um cres-
cimento considerável”.
A responsável lamentou,
por outro lado, o facto de a
lei datada de 1992 estar desa-
justada do contexto actual.
Assegurou, por isso, estar
em projecção a aprovação
de uma nova lei, que prevê
revogar a número 03/92, de
28 de Fevereiro.
“O Instituto rege-se pela
lei de propriedade industrial
de 1992, que se encontra
contextualmente desajus-
tada. De lá para cá, muita
coisa aconteceu. Temos uma
lei que não prevê procedi-
mentos administrativos para
a protecção dos diferentes
domínios de propriedade
industrial e não traz consigo
o regime jurídico de algumas
modalidades de propriedade
industrial reconhecidos pela
Organização Mundial da Pro-
priedade Intelectual”.
Face às insuficiências cons-
tatadas na actual lei, Maria
Imaculada Manuel garan-
tiu que o Instituto tem con-
sigo o Ante-Projecto de lei
da propriedade industrial,
cujo trabalho assegurou estar
já na fase final, após a dis-
cussão recente junto do gru-
po técnico.
“O IAPI está a trabalhar
na actualização das correcções
feitas pelo grupo técnico.
Estamos com um ante-pro-
jecto de Lei que, se tudo correr
bem, até ao segundo semestre
de 2021 teremos já a nova Lei
da propriedade industrial
aprovada”, disse.
Maria Imaculada foi uma
das prelectoras da formação
sobre propriedade industrial
e direitos de autor, dirigido
aos profissionais da comu-
nicação social.
Paulo Caculo
CULTURA Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
Governo de Luanda cria políticas
para divulgar o papel da dikanza
Mário Cohen
A divulgação e maior valo-
rização do instrumento musi-
cal tradicional dikanza levou
o Governo da Província de
Luanda (GPL) a criar o pro-
jecto “Tuxika hô Dikanza”,
com o intuito de recuperar
a arte e o potencial criativo
inovador deste, assim como
enaltecer os tocadores.
A iniciativa, realizada atra-
vés da direcção provincial da
Cultural, Turismo, Juventude
e Desportos, foi anunciada,
publicamente, no Museu de
Nacional de Antropologia, em
Luanda. Para o director pro-
vincial da Cultura, Turismo,
Juventude e Desportos,
Manuel Gonçalves, o objectivo
do projecto é, também, incen-
tivar a maior valorização das
línguas nacionais.
Outro propósito, disse, é
massificar e divulgar os ins-
trumentos tradicionais, a partir
da música e com a integração
das crianças, dando a estas
oportunidades de expressar
sensações, sentimentos e pen-
samentos, como a possibili-
dade de ampliarem conheci-
mentos sobre a música tra-
dicional e a popular.
Manuel Gonçalves acredita
que seja altura de criar um
programa de educação musi-
cal, capaz de promover a for-
mação dos futuros talentos
criadores, através da cons-
trução da cidadania e também
do aumento da habilidades
socioeducativas. “É preciso,
ainda, prestar maior atenção
ao resgate da identidade cul-
tural angolana, por meio da
cultura, e incitar a descoberta
de novos talentos, dispostos
a usar a arte como um processo
de integração”, reforçou.
A Direcção Provincial da
Cultural, Turismo, Juventude
“FESTA DOS PORCOS” E “ANGOLA COLONIAL”
Fundação António Agostinho Neto apresenta títulos no Bengo
Alfredo Ferreira | Caxito
“A Festados Porcos” e “Angola
Colonial - Fotografada por
Missionários Metodistas” são
os títulos dos dois livros que
a Fundação António Agosti-
nho Neto apresentou, ontem,
aos estudantes da Escola
Superior Pedagógica do Bengo,
em Caxito.
Os livros, “A Festa dos
Porcos”, da autoria de Dias
Neto, e “Angola Colonial -
Fotografada por Missionários
Metodistas”, de norte-ame-
ricano Paul Blake, foram
apresentados pelo adminis-
trador da Fundação António
Agostinho Neto, Amarildo
da Conceição, para quem
trabalhos do género ajudam
Mentores do projecto pretendem homenagear os tocadores deste instrumento e preparar uma nova geração de artistas
e Desportos, destacou, pre-
tende ainda incentivar a in-
clusão social da criança e dos
adolescentes, tornando as
escolas pública num espaço
de educação integral em prol
do desenvolvimento da sen-
sibilidade e criatividade, por
meio da linguagem artística.
“Queremos criar artistas
capazes de contribuir acti-
vamente, com mudanças
socioculturais necessárias,
na construção de uma socie-
dade mais ética e digna”.
A inserção de práticas cul-
turais e artísticas nas escolas
é, para o director, dos melho-
res métodos para promover
acções que visam valorizar
a cultura e as figuras histó-
ricas de Angola, assim como
a criação de núcleos culturais
nestes espaços, de forma a
promover o gosto pela arte.
a conhecer melhor o país,
desde o período colonial.
A Fu n d ação A ntó n i o
Agostinho Neto, adiantou,
tem trabalhado com alguns
parceiros, no intuito de colo-
car em livros muitas outras
histórias reais, de forma a
elucidar os angolanos sobre
os passos dados até a inde-
pendência do país e a impor-
tância desta e dos heróis na
estabilidade nacional.
Para o escritor Dias Neto,
“A Festa dos Porcos” é um
exemplo de histórias do quo-
tidiano, que ouvia dos fami-
liares. “Existem muitas
histórias para serem con-
tadas, em especial no interior
do país, onde podemos
encontrar acontecimentos
únicos”, disse.
“TUXIKA HÔ DIKANZA”
A realização de festivais
de arte e cultura nas escolas,
continuou, ajudaria muito
a conhecer instrumentos
como a dikanza e o valor
destes para a música nacio-
nal, em particular a tradi-
cional, que aos poucos está
a ser perdida. “A nova gera-
ção precisa saber mais sobre
a variedade de manifestações
musicais de Angola”.
O projecto, esclareceu, é
destinado aos alunos das esco-
las públicas do ensino pri-
mário, incluindo a 6ª classe,
e do I ciclo, da 7 a 9ª, dos muni-
cípios e distritos urbanos de
Luanda. A iniciativa inclui,
ainda, a criação do Clube da
Dikanza, um espaço para
divulgar o instrumento.
Nas escolas públicas, des-
creveu, o projecto vai ser
desenvolvido através da
O director da Escola Supe-
rior Pedagógica do Bengo,
Isaías Simão, disse que os
livros são importantes para
o ensino académico por tra-
zerem valências históricas
do país. “Angola Colonial
Fotografada por Missionários
Metodistas”, disse, é um tra-
balho profundo e de grande
alcance histórico e socioló-
gico, escrito por um norte-
americano, no qual o leitor
pode ver mais sobre o movi-
mento religioso das igrejas
metodistas e protestantes
no país.
Editados pelo Instituto
Nacional das Indústrias Cul-
turais e Criativas, “A Festa
dos Porcos” foi vendido ao
preço de 3.500 kwanzas e
teve uma tiragem de mil
criação de núcleos para o
ensino da dikanza, que depois
passa para os municípios e
bairros de Luanda. “Porém,
é preciso começarmos a pen-
sar na construção de uma
fábrica de dikanza e em pales-
tras, assim como criar um
registos em disco-áudio e
documentar em livro”, pediu.
Precursores
A Direcção Provincial da Cul-
tura, Turismo, Juventude e
Desportos informou, decidiu,
dentro do projecto, homena-
gear os exímios executores da
dikanza, com destaque para
Raul Tolinga, Zé Fininho e Didi
da Mãe Preta. A homenagem,
explicou Manuel Gonçalves,
vai ser feita com o auxílio da
União Nacional dos Artista e
Compositores (UNAC-SA).
Os homenageado s , q ue
Livros são baseados em histórias reais como forma de aproximar mais os leitores dos autores
exemplares, enquanto o
título “Angola Colonial -
AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO
assistiram a gala de lança-
mento do projecto, agrade-
ceram o gesto e esperam um
reconhecimento a altura.
Para Raul Tolinga, a dikanza
é um instrumento muito
valioso para a música angolana
tradicional. “Tenho passado
o legado sobre este instru-
mento aos mais jovens a custo
zero e os ensino a darem maior
valor a dikanza, por dar outra
sonoridade rítmica a música”.
Zé Fininho, outro tocador
de dikanza, disse que também
tem ensinado os jovens, de
forma a darem continuidade
de todo um legado em torno
deste instrumento.
O mentor do projecto, o
músico Jorge Mulumba, con-
siderou uma honrar ver a
dikanza, tocada por muitos
músicos, receber o real valor
no seu país de origem.
Fotografada por Missionários
Metodistas” custa 5.000 kz
29
LANÇAMENTO
Histórias
de vida
narradas
em livro
Analtino Santos
“A balada de Herculano
Mercês” é o título do livro
de Aristóteles Kandimba,
que é apresentados ao
público, dia 31, numa ceri-
mónia online.
O livro narra em verso
a fascinante história do
músico negro, dos melho-
res e mais cotados profes-
sores de dança de salão da
década de 1830, em Lisboa.
Com base numa nota do
editor, “o livro também nos
oferece um retrato da pre-
sença africana em Portugal
no século XIX e é o primeiro
e único especificamente
sobre o ilustre e quase
esquecido mestre de dança
que, em 1839, chegou a ser
indicado para professor do
Conservatório Nacional de
Lisboa, escola de ensino
de música, dança, teatro e
cinema, fundado em 1836
e extinto em 1983”.
Escrito com base em
factos reais, recolhidos
pelo autor a partir de 2016,
de livros, o livro contém
dados sobre determinados
locais de Lisboa.
Pesquisador, produtor
cultural, cineasta, curador,
activista social e cultural,
professor de Capoeira e
fundador da cerimónia
Tributo aos Ancestrais,
Aristóteles Kandimba é o
autor de “O Livro dos
Nomes de Angola (2019)”.
Natural de Lisboa, Por-
tugal, cresceu, estudou e
viveu entre Angola, Por-
tugal, Esta¬dos Unidos,
Holanda e Brasil. Publicou
o primeiro livro em Nova
Iorque, quando cursava a
Faculdade Comunitária
La Guardia.
MARIA JOÃO | CAXITO
e tem uma edição de cinco
mil exemplares.
30 DESPORTO
CAMPEONATO DO MUNDO DE ANDEBOL
Selecção Nacional procura somar primeira vitória na competição depois de quatro desaires
Guerreiros tentam fugir
das últimas posições
Kidó e pupilos esperam fechar a participação com triunfo
sobre a Tunísia, um velho conhecido das lides continentais
António de Brito | Cairo
A Selecção Nacional sénior
masculina de andebol
encerra, hoje, a participação
na 27ª edição do Campeonato
do Mundo no Egipto, quando
defrontar a congénere da
Tunísia, às 17h00, no Pavilhão
Hassan Moustafa Sports Hall,
em desafio da terceira jornada
do Grupo A, para as classi-
ficativas do 25º ao 32º lugar.
Na eventualidade de o
“sete” nacional vencer a
selecção tunisina fica entre
o 27º e o 28º lugar. Em caso
de derrota baixa duas posi-
ções. A melhoria do 23º lugar
da edição passada, disputada
na Alemanha e Dinamarca,
não passou de sonho.
Na fase regular, o conjunto
angolano estava inserido
num agrupamento bastante
acessível, com Croácia, Qatar
e Japão. Nos confrontos com
os asiáticos (Qatar e Japão),
o s comandado s de Jo s é
Pereira “Kidó” poderiam ter
feito melhor, já que nos desa-
fios anteriores triunfaram
sobre os respectivos adver-
sários. Em duas ocasiões,
Kidó antevê elevado grau de dificuldades
Na antevisão ao encontro
diante da similar da Tunísia,
o técnico José Pereira “Kidó”
reconheceu que é um teste difí-
cil, mas prometeu uma equipa
diferente dos últimos quatro
jogos, com a finalidade de
encerrar a presença no Cam-
peonato do Mundo com vitória.
Em declarações ao Jornal
de Angola, o seleccionador
angolano mostrou-se bastante
confiante, após o trabalho psi-
cológico realizado, bem como
as correcções feitas na véspera
do jogo, principalmente as
situações de ataque, o elo mais
fraco do combinado nacional.
Angola venceu o Qatar, e
ganhou ao Japão.
A jogar com a calculadora
não mão, Angola é obrigada
a ganhar à Tunísia, seja qual
for o resultado, para evitar
os três últimos lugares.
Para evitarem a zona ver-
melha, Kidó e pupilos estão
proibidos de falhar, daí o
redobrar de esforços para
contornar o opositor. Se
tivesse vencido, pleno menos
um dos jogos da fase preli-
minar, o conjunto nacional
não estaria nesta condição.
Em quatro participações
em Campeonatos do Mundo,
a equipa nacional nunca regis-
tou derrotas seguidas. Nesta
edição consentiu três na fase
regular com Qatar (25-30),
Croácia (20-28) e Japão (29-
30), e outra para as classifi-
cativas frente à RDC (30-31).
Apesar de não ter obtido
a vitória em campo, a Selec-
ção Nacional venceu a similar
de Cabo Verde por falta de
comparência, em conse-
quência da desistência do
conjunto do arquipélago.
Os Tubarões Azuis desis-
tiram da prova, assolados
“ É verdade. A finalização cons-
titui a maior preocupação. Criá-
mos várias situações, mas não
conseguimos concretizar. Nos
jogos disputados, se concre-
tizássemos em golos as opor-
tunidades criadas não esta-
ríamos nesta condição. Por-
tanto, temos uma partida difícil
e decisiva, em que só a vitória
interessa”, garantiu Kidó.
Quanto à selecção tunisina,
o também técnico do Interclube
adiantou que “vamos jogar
com uma equipa bastante expe-
riente, apesar de não estar a
passar por um bom momento.
Ainda assim é um adversário
DR
por vários casos da Covid-
19, que infectou seis dos 11
jogadores presentes na maior
cimeira do andebol mundial.
Sendo assim, a equipa
treinada por Kidó tem de
abordar a partida com cau-
telas redobradas, para evitar
o quinto deslize.
Tal como Angola, a Tunísia
também quer ganhar, pelo
que se espera uma partida
intensa do primeiro ao último
minuto e de resultado impre-
visível. Vai ser, seguramente,
um hino ao andebol. Do
ponto de vista morfológico,
as duas selecções equipa-
ram-se, embora os tunisinos
levem vantagem nos jogos
entre si . Um bom jogo em
perspectiva.
Frente ao conjunto árabe,
o timoneiro dos guerreiros vai
actuar com uma equipa com-
bativa. Na baliza, Kidó vai
apostar em Geovani Muachis-
sengue. A primeira linha será
formada por Jaroslav Aguiar,
Edvaldo Ferreira e Manuel
Nascimento, sendo que na
segunda as opções recaem
para Elias António, Cláudio
Chicola e Adelino Pestana.
a respeitar. Conversei com os
jogadores e prometeram dig-
nificar a bandeira nacional,
sobretudo neste desafio”, asse-
gurou, acrescentando que o
grupo está motivado para arran-
car a primeira vitória no torneio.
“A convicção é forte e todos
estão unidos à volta do principal
objectivo: vencer a Tunísia para
evitar os três últimos lugares.
Visionámos os jogos realizados
pela Tunísia. Detectámos os
pontos fortes e fracos do opo-
nente. Com base na recolha feita,
tenho a certeza de que iremos
conseguir um resultado positivo”.
António de Brito | Cairo
RONDA PRINCIPAL
Egipto e Argélia únicos Interclube
africanos na fase decisiva e 1º de Agosto
António de Brito | Cairo
Egipto e Argélia representam
o continente africano no Main
Round (ronda principal) do
Campeonato do Mundo, onde
24 selecções inseridas em
quatro grupos de seis equipas
disputam o apuramento para
os quartos-de-final.
A selecção egípcia integra
o Grupo 4, com a Eslovénia,
Suécia, Bielorrússia, Mace-
dónia do Norte e Rússia,
enquanto a Argélia figura no
Grupo3, onde pontificam as
selecções da Noruega, Por-
tugal, França, Islândia e Suíça.
C o mpa rat iva m e nte à
equipa anfitriã, o conjunto
argelino teve a pior sorte,
porque faz parte de um agru-
pamento com candidatos
assumidos à conquista da
coroa, casos de França e
Noruega.
São muito remotas as pos-
sibilidades de a formação
argelina transitar para os quar-
tos-de-final, em que passam
Portugal surpreendeu selecções teoricamente mais cotadas
MOTIVAÇÃO
Carlos Almeida valoriza
prestação na competição
Silva Cacuti
A prestação da Selecção
Nacional sénior masculina
de andebol, apelidada de
“Guerreiros”, no 27º Cam-
peonato do Mundo, que de-
corre no Egipto, não é nega-
tiva, defendeu Carlos Al-
meida, secretário de Estado
para o Desporto.
O governante, que falava
à margem da jornada come-
morativa do Dia Nacional do
Desporto, celebrado a 23 do
corrente, valorizou a partici-
pação na competição, que
ocorre num quadro “suis gene-
ris”, em consequência da pan-
demia que assola o país.
“A competição mundial
tem características próprias,
desde os adversários que
enfrentamos, por isso pen-
samos que a prestação não
é d e to d o n e gat iva . E ra
importante mantermos esta
os dois primeiros classificados
dos quatro grupos.
Por sua vez, o Egipto tem
fortes possibilidades de passar,
porque está motivado e apos-
tado em garantir presença na
eliminatória, depois de ter
vencido nas duas primeiras
partidas a Rússia e a Bielor-
rússia, respectivamente.
A Argélia perdeu os dois
primeiros desafios com a
França e Noruega, hipotecando
o apuramento para os quartos.
O país organizador vai, cer-
tamente, disputar o apura-
mento para os quartos, com
a Eslovênia e Suécia, adver-
sários teoricamente mais for-
tes. O Main Round prossegue
hoje, com os jogos referentes
à quarta jornada. No Grupo 2
o cartaz inscreve os duelos
Bahrein-Japão (14h30),
Argentina-Qatar (17h00) e
Dinamarca-Croácia (19h30).
Jogam ainda para o Grupo 1,
Brasil-Uruguai (14h30), Espa-
nha-Hungria (17h00) e Poló-
nia-Alemanha (19h30).
DR
presença na prova, porque
por si só acarreta outros be-
nefícios. É mais uma inter-
nacionalização. Os atletas
sairão deste mundial muito
mais bem preparados para
as próximas competições
africanas. Pensamos que
tem sido a prestação possí-
vel”, comentou.
Sobre a preparação dos
Guerreiros, que tem merecido
críticas por não ter incluído
a realização de jogos de con-
trolo, o antigo basquetebolista
internacional refere que “a
Federação Angolana de Ande-
bol fez um esforço tremendo
para poder dar as mínimas
condições aos atletas, com
um estágio que não foi pré-
competitivo, porque não foi
possível fazer qualquer jogo
de preparação. Mas, para
aquilo que foram as neces-
sidades básicas de uma boa
preparação, foi possível”.
Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021
BASQUETEBOL
jogam final
na Cidadela
O vencedor da edição inau-
gural da Taça Cidade de Luanda,
em basquetebol sénior mas-
culino, será conhecido hoje,
a partir das 17h00, no Pavilhão
Gimnodesportivo da Cidadela,
quando as formações do 1º de
Agosto e Interclube disputarem
a final da competição, orga-
nizada pela Associação Pro-
vincial (APBL).
Militares e polícias con-
firmaram o prognóstico na
segunda prova oficial da
época 2020/2021, que visa
saudar os 445 anos da fun-
dação da cidade capital. Com
desfecho imprevisível, os
contendores, que termina-
ram invictos a fase de grupos,
vão procurar explorar as fra-
gilidades defensivas de cada
um, na busca do triunfo.
As duas formações já se
tinham defrontado, na meia-
final da Supertaça Wlademiro
Romero. Os rubro e negros
levaram a melhor, por 73-
64, e garantiram a passagem
para a final da referida prova.
Resta saber se os orientados
de Raul Duarte vão conseguir
redimir-se da derrota.
No sector feminino, a
decisão será igualmente entre
as formações afectas às For-
ças Armadas Angolanas e
ao Ministério do Interior, às
14h00, no mesmo recinto-
As duas equipas não tiveram
dificuldades para suplantar
as adversárias na etapa ante-
rior e terminaram invictas.
O Interclube (A), orientado
por Apolinário Paquete, der-
rotou na primeira jornada a
formação do 1º de Agosto/Aca-
demia, por 78-53. As senhoras
do Rocha Pinto voltaram a
triunfar, desta feita diante das
Formiguinhas do Cazenga,
90-40 foi o resultado final.
O torneio marca o baptismo
das Formigas e “na vida de
cada uma das suas integrantes”,
como se lê numa publicação
da página oficial da equipa,
na rede social Facebook.
Armindo Pereira
Breve
PORTUGUÊS
LIDERA “RANKING”
DOS MELHORES
GUARDA-REDES
Com 32 defesas a 72
remates, em cinco jogos,
Humberto Gomes, da
selecção de Portugal, lidera
o “ranking” dos melhores
guarda-redes do Mundial,
com 44 por cento
de eficácia.
Com 43 anos, Gomes é uma
das surpresas da prova.
O russo Stanislav Tretynko
é segundo, à frente do
francês Wesley Pardin,
que fez 20 defesas em 52
remates e decidiu na estreia
frente à Noruega, mas se
lesionou gravemente
ao terceiro jogo.
DESPORTO Segunda-feira
25 de Janeiro de 2021 31
ANDEBOL SEXTA JORNADA DO GIRABOLA’2020/21
Classificação 2020
Namibe
pode confirmar Yano brilha na goleada 1º
CLUBES
Petro
PT
15
J
06
V
TOTAL

05
E
00
D +G-
01 16-02
J
04
PC
12
CASA
V E D +G-
04 00 00 12-01
FORA
J PF V E D +G-
02 03 01 00 0104-02

presença
na Supertaça
Silva Cacuti
A equipa sénior masculina
do Atlético do Namibe pode
confirmar, hoje, a disputa
do jogo diante do Interclube,
referente à Supertaça Fran-
cisco de Almeida, remarcado
pela Federação Angolana de
Andebol (FAAND), para 27
de Fevereiro, na cidade de
Moçâmedes.
Recentemente Rui David,
secretário executivo da equipa,
em contacto com o Jornal de
Angola, admitiu a indispo-
nibilidade da equipa, por ale-
gada falta de condições para
o reinício dos trabalhos para-
lisados em virtude da pan-
demia da Covid-19.
Dados novos apontam para
a alteração do quadro
A provável pre s ença da
equipa na prova vai ser abor-
dada hoje, às 10h00, num
encontro em que vão estar
presentes representantes do
clube, da associação local e
das delegações provinciais
da Saúde e dos Desportos.
Na reunião vão ser avaliadas
as condições de testagem dos
atletas, biossegurança, logísticas
e técnicas da agremiação, que
é a finalista vencida da Taça de
Angola.
Contactado, Alberto Chiata
"Juju", presidente da Asso-
ciação Provincial de Andebol,
disse estar optimista em rela-
ção à participação do filiado
na prova.
"Este assunto vai ser abor-
dado em reunião. Não quero
antecipar-me aos aconte-
cimentos, mas tenho con-
fiança que haja um resul-
tado positivo e a província
se faça representar nesta
prova. É prestigiante parti-
cipar da Supertaça, porque
na prática é a verdadeira aber-
tura da época, depois do de-
feso provocado pela pande-
mia", disse.
O 1º de Agosto é o detentor
do troféu masculino, con-
quistado na edição de 2019.
Em feminino a prova refe-
rente à presente época foi
disputada pelo 1º de Agosto
e o Petro de Luanda, em Feve-
reiro de 2020, com vitória
para as agostinas.
Equipa reestruturada
Ainda que se inscreva para
jogar a Supertaça Francisco
de Almeida, a equipa do Atlé-
tico do Namibe vai reaparecer
diferente daquela que, em
2019, se estreou no campeo-
nato nacional de seniores, sob
batuta de Alex Fernandes.
O treinador e coordenador
da modalidade, segundo
apuramos, já não faz parte
dos quadros do clube. Com
o ex-treinador, deixam tam-
bém de representar a equipa
os atletas que residem na pro-
víncia de Benguela. "Vamos
ter uma equipa reestruturada,
a actuar simplesmente com
a prata da casa, dos técnicos
aos atletas", assegurou fonte
do Petro sobre o Wiliete 2º
3º
4º
5º
Interclube
Ferrovia
R.Caála
Santa Rita
10
09
08
08
06
06
05
06
03
02
02
02
01
03
02
02
02 06-04
01 06-05
01 09-03
02 04-04
03
02
03
04
09
06
07
08
02 00 0003-00
02 00 0002-00
02 01 0009-02
02 02 0004-02
03 01 00 01 0202-04
04 03 00 03 0104-05
02 01 00 01 01 00-01
02 00 00 00 0200-02
Avançado marca dois golos de belo efeito, um em cada período 6º A.Lobito 08 06 02 02 02 03-04 04 05 01 02 01 02-0 02 03 01 00 0100-03
do jogo, e contribui para a vitória folgada na deslocação a Benguela 7º B.Maquis 07 04 02 01 01 01-05 01 01 00 01 0000-00 03 06 02 00 0103-03
8º C. Cubango 05 04 01 02 01 05-06 02 02 00 02 0003-03 02 03 01 00 0102-03
DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO 9º Wiliete 05 05 01 02 02 02-05 02 03 01 00 01 01-03 03 02 00 02 01 01-02
10º Progresso 05 05 01 02 02 01-04 03 05 01 02 0001-00 02 00 00 00 0200-04
11º Sagrada 04 03 01 01 01 04-02 01 03 01 00 0003-00 0 01 00 01 01 01-02
12º B. Cassanje 04 05 01 01 03 03-11 02 03 01 00 01 02-01 03 01 00 01 0201-07
13º 1º de Agosto 03 01 01 00 00 01-00 01 03 01 00 0001-00 00 00 00 00 0000-00
14º D.Huíla 02 02 00 02 00 04-04 01 0 00 01 0002-02 01 01 00 01 0002-02
15º R.Libolo 01 04 00 01 03 00-06 01 00 00 00 0100-02 03 01 00 01 0200-04
16º S. Cabinda 00 02 00 00 02 00-02 01 00 00 00 0100-02 01 00 00 00 01 00-01
V - VITÓRIA E - EMPATE D - DERROTA +G- GOLOS (MARCADOS-SOFRIDOS) J - JOGOS P - PONTOS
* 6 Pontos retirados pela FIFA ** Desistente
6ª Jornada 7ª Jornada
JOGOS JOGOS Data
1 B. Cassanje-Ferrovia 2-1 1 Sagrada-B Maquis 30.01
2 Santa Rita-Sporting 1-0 2 Sporting-Interclube 30.01
3 Interclube-A. Lobito 2-0 3 Petro-R Caála 30.01
4 R. Libolo.C. Cubango 0-2 4 C Cubango-B Cassanje 31.01
5 R. Caála-Progresso 3-0 5 D Huíla-R Libolo 31.01
6 Williete-Petro 0-3 6 Ferrovia-Santa Rita 31.01
7 Sagrada-1º de Agosto Adiado 7 A Lobito-Wiliete 31.01
8 B. Maquis-D. Huíla Adiado 8 1º de Agosto-Progresso 31.01
Melhores marcadores
Interclube regressou aos triunfos e interrompeu ciclo de vitórias da Académica do Lobito Jogador Clube Golos
1 Picas Petro 04 Golos
2 Valente Ferrovia 04 Golos
Paulo Caculo cador, por intermédio de mesmo a dilatar os núme- 3 Depô R.Caála 03 Golos
Yano, na sequência de uma ros, por Isaac Mensah. 4 Yano Petro 03 Golos
O avançado Yano foi a figura jogada de belo efeito, fina- Na segunda parte, os tri- 5 Moco R. Caála 03 Golos
do jogo, com dois golos, na lizada com remate de cabeça colores precisaram de apenas
goleada (3-0) imposta pelo indefensável. seis minutos para voltar a
Petro de Luanda ao Wiliete A vencer por 1-0, os tri- forçar os donos da casa a
de Benguela, ontem, no Está- colores assumiram as des- "morder a isca". Yano não CICLISMO
dio de Ombaka, em desafio pesas do jogo e chamaram teve problemas em bisar no
da sexta jornada do Girabo- a si o domínio territorial da jogo, a finalizar com arte e
la'2020/2021. Como se não
bastasse a pesada derrota, o
partida, perante um conjunto
benguelense que, diga-se
engenho uma jogada de
insistência. E os números
Tricolores dominam
conjunto benguelense ainda em amor à verdade, mos- não foram mais expressivos,
deu-se ao luxo de falhar uma
grande penalidade.
trava-se impotente para
sacudir a enorme pressão a
porque a equipa de Toni
Cosano protagonizou um
GP Cidade de Luanda
Pela segunda vez essa que esteve sujeito durante festival de falhanços, após
época, os tricolores voltam quase todo o jogo. ter sujeitado o Wiliete a largos Job Franco levou a melhor sobre o com-
a vencer por mais de dois O Petro alojou-se à frente períodos de sufoco, incapaz panheiro de equipa Júlio
golos e deixam intacta a ima- da área do Wiliete, forçando- de repensar o seu jogo. Os A equipa do Bai Sicasal Petro André (43' 02). Ambos são
gem de um colectivo com o a sacudir a bola como pôde benguelenses ainda chega- de Luanda (BSPL) dominou, afectos ao Clube de Ciclistas
raça e crença próprias de um e procurar sair em contra- ram a dispor de oportunidade ontem, a terceira edição do do Kilamba.
candidato ao título, cada vez ataque, sempre que desco- para reduzir a desvantagem, Grande Prémio de Ciclismo João Cavaleiro, dos Ama-
mais equilibrado, dominador brisse uma brecha. aos 81 minutos, desperdiçado “Cidade de Luanda” na cate- dores do Cicloturismo (ACT),
e demolidor. Quer em bola parada ou por Quinho. goria Elite , em circuito venceu a etapa com (44'11),
Nessa deslocação a um corrida, os tricolores reve- Nos últimos minutos, e fechado, disputado nos arre- à frente dos oponentes Leo-
terreno habitualmente com- lavam forte pendor ofen- tirando um lance de desper- dores da Baixa da capital. nel Araújo (Tchaco Cycling
plicado, os tricolores nem sivo, cansando o adversário dício de Job, os forasteiros A prova anual assinalou Team) e Wagner Sousa (indi-
por isso tiveram grandes e deixando-o em dificul- geriram muito bem a bola e os 445 anos da fundação da vidual), no Master 30.
dificuldades para ultrapassar dades. Antes do intervalo, o ritmo da partida, fechando cidade que se comemora Em Master 40, Márcio
os donos da casa. Como aos 24 minutos, e após fazer bem todos os caminhos para hoje. Hélder da Silva foi o Gourgel, do Tchaco Cycling
prova disso, decorridos ape- a bola rondar vezes sem a baliza de António Domi- vencedor, ao cortar a meta Team, subiu ao primeiro
nas 14 minutos, já o Petro conta a área do guarda- nique, e manteve o "assalto" com o tempo de 42 minutos lugar do pódio, ao passo que
viria a adiantar-se no mar- redes Toni, o Petro viria à baliza dos donos da casa. e 54 segundos, seguido por Rafael Moura e Mauro de
Adilson Zacarias (42 min e A l m e i d a , a m b o s d a RV
54 seg) e Bruno de Araújo Racing Team , ocuparam as
Polícias colocam estudantes de sentido (42 min e 56 seg).
Nos Sub-23, Christian
Perez do BSPL superou a
posições imediatas.
Na classificação por equi-
pas, o Bai Sicasal Petro de
O Interclube quebrou ontem o ciclo vitorioso parte, ao permitir que as suas redes fossem concorrência , com a marca Luanda foi o vencedor com
da Académica do Lobito, ao impor-lhe derrota, visadas, aos 51 minutos, por Dasfaa. O golo de 42 minutos e 54 segundos. duas horas, oito minutos e
por 2-0, no Estádio 22 de Junho, com golos veio espevitar, ainda mais, os "polícias" que Hélio Lemos e Estêvão da 41 segundos, seguido pelo
rubricados por Dasfaa e Wilfred. não tiveram dificuldades em dilatar a van- S i l va , a m b o s d o Te a m ACT, que totalizou mais três
Depois da inesperada derrota averbada tagem, aos 73 minutos, desta feita pelo avan- Sequele, completaram o minutos e 29 segundos. O
diante do Petro, na ronda anterior, os "polícias" çado costa-marfinense Wilfred. pódio, com 44' 05 e 44' 06, Team Sequele terminou na
surgiram no confronto com os "estudantes" Muito bem esteve igualmente o Recreativo respectivamente. terceira posição, com três
cheios de intenções e desejosos de resolver da Caála, ao golear o Progresso Sambizanga, Na categoria de juniores, minutos e 33 segundos a
cedo o jogo. por 3-0, no Estádio dos Mártires, com o atacante com apenas dois corredores, mais em relação ao segundo
A jogar em casa e diante de uma reduzida Moco a evidenciar-se entre os marcadores, Herculano Katewa (45' 48) colocado.
falange de adeptos, não admirou que fosse com dois golos, aos 16 e 86 minutos. Jó foi o VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
pertencer ao Interclube a iniciativa da partida. autor do segundo golo, aos 23 minutos, numa
Umas vezes por Mano Calesso, outras por jogada com demérito da defesa contrária.
Dasfaa e, ainda, Paty, os donos da casa produziam De mal a pior mostra-se a equipa do Recrea-
jogadas com princípio, meio e fim, suficientes tivo do Libolo. A equipa de Calulo está irre-
para incomodar a baliza contrária. conhecível na presente época. A segunda
E a despeito de ter produzido maior derrota consecutiva, ontem, em casa, por 2-
volume de jogadas ofensivas e de criado 0, frente ao modesto Cuando Cubango FC,
maiores calafrios ao adversário, mérito para vem agudizar a crise de resultados que enfrenta
a Académica que, apesar de tremer, nunca a equipa orientada por Romeu Filemon. Balakai,
chegou a cair nesse período da partida. Sorte aos 20 minutos, e Gaca, aos 80, fizeram os
igual não tiveram os "estudantes" na segunda golos do jogo. Pedaladas voltaram a movimentar as artérias da capital

SEG25JAN
ALTO
Luanda
Uma cidade secular
Apesar dos muitos problemas
que se colocam todos os dias a
uma cidade com oito milhões
de habitantes, Luanda continua
pujante e resiliente. Aos 445 anos,
que são hoje assinalados, Luan-
da, a cidade primeira dos ango-
lanos, de Cabinda ao Cunene,
procura fazer o seu melhor para
que o amanhã seja melhor que
o hoje. É uma cidade madura,
que em tempo de pandemia pro-
cura respeitar as regras sanitárias
para que a Covid-19 e todas as
suas mutações genéticas sejam
travadas. Para tanto, as autori-
dades têm tomado as medidas
necessárias, tendo como factor
prioritário o bem vida, sem des-
curar, é claro, as medidas para
relançar a economia. É hoje claro
que em Luanda e um pouco por
todo o país já se consome um
pouco mais do que é produzido
localmente, quando há três anos
até a água mineral, a batata-rena,
as hortaliças e a banana eram
importadas de países tão distan-
tes como a Colômbia, Brasil ou
Portugal. Por outro lado, os ha-
bitantes desta cosmopolita ci-
dade são hoje mais exigentes,
querem que a sua cidade seja
das melhores desta região de
África e do mundo, como já o foi
num passado não muito distante.
Querem que os administradores
municipais e distritais sejam no-
meados com base na sua capa-
cidade técnica. Querem projec-
tos concretos para a desmusse-
quização do Rangel, Cazenga e
Sambizanga, apontando como
exemplo de transformação a se-
guir Katutura, antigo bairro de
lata da vizinha Namíbia.
BAIXO
Musseques
Lixo e falta de espaços verdes
Na véspera do seu 445º aniversá-
rio, que hoje se assinala, este es-
paço percorreu muitos dos bairros
periféricos desta grande Luanda.
E o que ficou na retina é a grande
quantidade de lixo que ainda con-
tinua por recolher e a falta de es-
paços verdes. Nas grandes ave-
nidas e em bairros mais urbani-
zados, o lixo é recolhido com al-
guma regularidade. Nas zonas
mais suburbanas, como o interior
do Cazenga, Sambizanga, Rangel
e Viana, aquilo é um autêntico
calvário. Aquela gente vive prati-
camente submersa em água sa-
lobra e sem espaços verdes. Tudo
porque alguém decidiu acabar
com os eucaliptos, árvores que
se plantadas em larga escala con-
somem bastante água.
VISITA DO NÚNCIO APOSTÓLICO AO HUAMBO
Igreja Católica reafirma
parceria com o Estado
Justino Victorino / Huambo
O Núncio Apostólico em
Angola e São Tomé e Prín-
cipe, Dom Giovanni Gaspari,
garantiu, ontem, na cidade
do Huambo, a permanente
parceria entre a Igreja Católica
e o Estado angolano, visando
a consolidação do processo
de paz, unidade e reconci-
liação nacional.
O facto foi transmitido
por Dom Giovanni Gaspari
durante um encontro de cor-
tesia com a governadora pro-
vincial, Lotti Nolika, tendo,
também, aproveitado para
dar a conhecer a celebração
da missa eucarística para a
imposição do pálio atribuído
pelo Papa Francisco ao novo
arcebispo da Arquidiocese
do Huambo, Dom Zeferino
Zeca Martins.
O pálio - derivado do latim
pallium, manto de lã - é uma
vestimenta litúrgica usada
na Igreja Católica, consistindo
de uma faixa de pano de lã
branca que é colocada sobre
os ombros dos arcebispos.
A cerimónia realiza-se
no próximo domingo, no
Centro São João Paulo II,
situado na zona da Cidade
Alta, nas imediações do
Isabel dos Santos foi retirada
da lista de bilionários africanos
A empresária angolana
Isabel dos Santos foi retirada,
pela revista Forbes, da lista
de bilionários de África, na
sequência da queda da sua
fortuna de 2,3 para 2,2 mil
milhões de dólares, em
Janeiro de 2020.
Na sua edição de sexta-
feira citada ontem pela
Angop, a Forbes indica que
a fortuna de Isabel dos San-
tos “encolheu” em 100
milhões de dólares.
A revista norte-ameri-
cana esclarece que Isabel
dos Santos havia assumido
a posição de bilionária há
oito anos e que, naquela
altura, era considerada a
mulher mais rica de África,
com um valor estimado em
3,5 mil milhões de dólares.
Um artigo assinado pela
jornalista Kerry A. Dolan
refere que o império de Isa-
bel dos Santos é uma sombra
do que já foi, devido às acu-
Bispos católicos depois da visita ao Governo Provincial
Aeroporto Albano Machado.
O Núncio Apostólico de
Angola e São Tomé e Príncipe
afirmou que o contributo da
Igreja Católica, no país, está
reflectido na árdua tarefa
nas áreas da saúde, ensino
geral, educação cívica, união
das famílias e outras acções
que visam o bem-estar dos
angolanos.
Lotti Nolika assegurou que
o Governo continua aberto
a fortalecer a parceria e man-
ter as relações existentes com
a Igreja Católica.
REVISTA FORBES
sações de corrupção lançadas
contra ela pela Justiça ango-
lana, aos bens congelados
por tribunais em três países
diferentes e a uma acção
judicial reivindicando cen-
tenas de milhões de dólares
em dívidas não pagas.
De acordo com a Forbes,
presume-se que ela não
tenha acesso e, provavel-
mente, nem hipótese de
recuperar o controlo dos acti-
vos congelados, pois todos
juntos valem cerca de 1,6 mil
milhões de dólares.
Por esta razão, a publi-
cação não dá a essa fortuna
nenhum valor e, pelos cál-
culos da Forbes, Isabel dos
Santos “não é mais bilioná-
ria”.“A Forbes retirou (Isabel)
Dos Santos, que valia cerca
de 2,2 mil milhões de dólares
em Janeiro de 2020, da nossa
lista recém-divulgada das
pessoas mais ricas de África”,
sustenta a revista.
PUBLICIDADE
MANIFESTAÇÃO EM SÃO PAULO
Direita pede destituição
do Presidente brasileiro
Dois importantes grupos rior Presidente, Dilma Rous-
de direita no Brasil organi- seff, que o Congresso afastou
MIGUEL ÂNGELO | EDIÇÕES NOVEMBRO
zaram, ontem, uma caravana em 2016.
de automóveis, em São Paulo, Recorrendo às buzinas dos
para exigir que o Presidente carros e a cartazes com men-
Jair Bolsonaro seja submetido sagens contra o Presidente e
a um processo de destituição líder da ultradireita e o seu
pela gestão da pandemia. ministro da Saúde, o general
O Movimento Brasil Livre Eduardo Pazuello, e exigindo
(MBL) e Vem Para Rua, que medidas mais eficazes para
apoiaram Jair Bolsonaro na combater a pandemia, nome-
sua chegada ao poder, em adamente a aceleração da
Janeiro de 2019, reivindicam campanha de vacinação.
agora que o actual Presidente Numa fotografia publicada
seja submetido a um processo no jornal Folha de São Paulo
de ‘impeachment’. pode ler-se, pintada no capô
Segundo descreve a agên- de um carro, a frase “Quadri-
cia espanhola Efe, cerca de lheiro, corrupto, vagabundo.
50 automóveis percorreram Impeachment Fora Bozo”.
as várias ruas da maior cidade Direita e esquerda estão
do Brasil, passando por locais unidas no pedido ao Con-
emblemáticos como a Ave- gresso para que aprove uma
nida Paulista e o Parque de das 57 petições para desen-
O Governo, apontou, reco- Ibirapuera, antes de se con- cadear o processo de desti-
nhece o papel da Igreja Cató- centrarem em frente ao está- tuição de Bolsonaro, apresen-
lica na construção e recons- dio de Pacaembú. tadas na Câmara dos Depu-
trução do tecido social, res- Estes dois movimentos tados e que denunciam o nega-
tabelecimento dos valores lideraram os protestos de cionismo do Presidente bra-
morais e cívicos dos cidadãos, rua que, há cinco anos, exi- sileiro face à gravidade da pan-
educação e cuidados primá- giram a destituição da ante- demia de Covid-19.
rios de saúde e outros serviços.
O arcebispo do Huambo,
PUBLICIDADE
Dom Zeferino Zeca Martins,
ao intervir no final do encon-
tro, recordou que a Igreja vai
continuar a trabalhar em prol
do bem-estar dos angolanos
e pelo desenvolvimento har-
monioso do país.
Taxas de Câmbio dos Bancos Comerciais
^ĄďĂĚŽĂ^ĞŐƵŶĚĂͲ& ĞŝƌĂ͕Ϯ ϯĂϮϱĚĞ:ĂŶĞ ŝƌŽĚĞϮϬϮϭ
TTaxa
axa de Câmbio Actual
BANCOS COMERCIAIS
Compra
USD/KZ EUR/KZ USD/KZ
Venda
EUR/KZ
Banco BIC - (BIC) 646,348 784,730 670,769 820,310
Todavia, a Forbes ressalva ĂŶĐŽ/DŝĐƌŽĮŶĂŶĕĂƐͲ;D&Ϳ 651,232 790,660 670,769 814,380
que a antiga “princesa” afri-
Banco de Crédito do Sul - (BCS) 651,232 790,660 669,584 812,941
cana não é de forma alguma
BancoKeve - (BKEVE)  638,207 773,347 669,466 813,593
uma mendiga, já que tem
ĂŶĐŽĚĞ&ŽŵĞŶƚŽŶŐŽůĂͲ;&Ϳ 651,232 790,660 669,141 814,380
uma casa numa ilha particular
no Dubai, outra residência ĂŶĐŽĚĞWŽƵƉĂŶĕĂĞƌĠĚŝƚŽͲ;WͿ 638,207 775,230 668,750 811,223
em Londres e um iate avaliado BancoValor
 - (BVB)  648,639 789,003 668,098 818,196
em 35 milhões de dólares. ĂŶĐŽWƌĞƐơŐŝŽͲ;W'Ϳ 634,000 771,769 668,000 806,491
Para a publicação norte- ĂŶĐŽĂŝdžĂŶŐŽůĂͲ;'Ϳ  659,047 798,600 667,778 809,178
americana, provavelmente ĂŶĐŽŶŐŽůĂŶŽĚĞ/Ŷ ǀĞƐƟŵĞŶƚŽƐͲ;/Ϳ 651,232 790,660 667,513 810,427
Isabel dos Santos tenha con- ĂŶĐŽĐŽŶſŵŝĐŽͲ;Ϳ 651,232 790,660 667,513 810,427
tas bancárias e activos que ĂŶĐŽDŝůůĞŶŝƵŵƚůąŶƟĐŽͲ;d>Ϳ   652,502 790,660 667,513 810,427
a Forbes e as autoridades
ĂŶĐŽĚĞEĞŐſĐŝŽƐ/ŶƚĞƌŶĂĐŝŽŶĂůͲ;E/Ϳ 638,208 774,847 667,513 810,427
legais ainda precisam ras-
ĂŶĐŽ^ŽůͲ;^K>Ϳ 644,720 782,750 667,510 818,330
trear. Contactada pela Forbes,
ĂŶĐŽŽŵĠƌĐŝŽĞ/ŶĚƷƐƚƌŝĂ Ͳ ;/Ϳ 645,742 785,546 666,531 817,582
por intermédio de um porta-
ĂŶĐŽŽŵĞƌĐŝĂůĚŽ,ƵĂŵďŽͲ;,Ϳ 654,488 793,076 665,884 806,885
voz, Isabel dos Santos não
quis comentar. A lista dos ^ƚĂŶĚĂ ƌĚĂŶŬŶŐŽůĂͲ;^Ϳ  643,094 781,424 665,602 808,774
bilionários africanos é lide- >ƵĂĂŶŶĐĚŽĂĚͲĂ;ŚKŝŶ>Ă>Ϳŝŵ ŝƚĂĚĂͲ^ƵĐƵƌƐĂůĞŵ 638,207 774,847 664,257 806,473
rada pelo nigeriano Aliko sdĨƌŝĐĂͲ;sdͿ 638,208 782,753 661,001 813,510
Dangote, pelo 10º ano con- ĂŶĐŽŽŵĞƌĐŝĂůŶŐŽůĂŶŽͲ;Ϳ 645,000 787,795 660,000 819,465
secutivo, com uma fortuna &ŝŶŝďĂŶĐŽ ŶŐŽůĂͲ;&EͿ   651,000 774,847 658,000 814,380
de 12 mil milhões de dólares,
^ƚĂŶĚĂ ƌĚŚĂƌƚĞƌĞĚĂŶŬ Ŷ ŐŽůĂͲ;^Ϳ 644,720 783,528 657,744 819,543
seguido pelo egípcio Nassef
BancoYetu
 - (Yetu)   651,232 789,130 657,744 797,021
Sawiris (8.5 mil milhões de
ĂŶĐŽĚĞ /ŶǀĞƐƟŵĞŶƚŽ ZƵƌĂůͲ;/ZͿ 650,000 777,293 652,000 800,967
dólares) e o sul-africano
Nicky Oppenheimer (8 mil
milhões de dólares). &ŽŶƚĞ͗E