QUI04FEV

Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021
Ano 45 • N.º 16254

Kz 45,00
Director: VÍCTOR SILVA
Adjuntos: CAETANO JÚNIOR e CÂNDIDO BESSA
www.jornaldeangola.ao

REBELIÃO NA MADRUGADA DO DIA 30 DE JANEIRO

NESTA EDIÇÃO
MANUEL RUI
A oratória no
Parlamento angolano
Justiça promete investigação
sobre o ocorrido em Cafunfo
OPINIÃO • 11

VOLUME PARA ATÉ ABRIL

Bancos comerciais
já emprestaram
72% do previsto A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai investigar os acon- até porque estamos num processo de transparência, de diálogo
ECONOMIA • 26 tecimentos ocorridos sábado, no município do Cuango, na e contacto com a sociedade civil". Além da investigação criminal
província da Lunda-Norte, durante o ataque à esquadra da Polícia a ser desenvolvida pela PGR, o ministro da Justiça e dos Direitos
TRIBUNAL CONSTITUCIONAL de Cafunfo por mais de 300 elementos. De acordo com o ministro Humanos não descartou a hipótese de haver um inquérito, a
Deputados do MPLA da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queirós, que prestou nível da Polícia Nacional, para apurar responsabilidades, tendo
a favor da redução de regalias a informação, a investigação impõe-se “para se aclarar as coisas, em conta os vídeos que circularam nas redes sociais. POLÍTICA • 10
POLÍTICA • 2

CARLOS GUIMARÃES

4 DE FEVEREIRO DE 1961

E na madrugada
“falaram” as catanas ESPECIAL • 2 A 7

EM CABINDA
ENSINO PRIMÁRIO
Mais 700 crianças Nas últimas 24 horas, o país recuperou 103
ganham acesso ao ensino
pacientes, registou 37 infecções e duas mortes
SOCIEDADE • 27
Aulas dependem da situação epidemiológica Província da Huíla conta vinte óbitos
BROMANGOL DESTAQUE • 21
Ex-funcionários reclamam
20 meses de salários CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO
SOCIEDADE • 27 QUARTA OPERADORA
GIRABOLA
TAÇA VICTORINO CUNHA
Vila e Interclube
Africell inicia operações
jogam amanhã
final inédita
Petro vence já no terceiro trimestre
DESPORTO • 30
Progresso A Africell assinou , ontem,
com o Governo, um Con-

e cimenta
trato de Concessão para
Prestação de Serviços Elec-
trónicos, avaliado em 300
a liderança milhões de dólares, tor-
nando-se, assim, na quarta
DESPORTO • 31 operadora de telefonia em
Angola. ECONOMIA • 26

UNIÃO AFRICANA DIA MUNDIAL DO CANCRO

CONSTRANGIMENTOS
Josefa Sacko
está mais perto
Avaria na Unitel Consciencialização é meio
de ser reeleita impediu chamadas para ajudar no controlo
ECONOMIA • 26
POLÍTICA • 11 SOCIEDADE • 27
2 ESPECIAL
Gritos e ranger de dentes
na madrugada em que
Diogo Paixão
A noite de sexta-feira foi tran-
quila. Poucos imaginavam o
que havia de acontecer na
madrugada seguinte. A escu-
ridão ainda invadia a cidade
quando o silêncio da alvorada
daquele sábado memorável
foi interrompido por uma
enorme agitação. O calendário
gregoriano registava o dia 4
de Fevereiro de 1961.
Homens vestidos de preto
invadiam a s cadeia s de
Luanda, com catanas e paus,
para libertar os presos polí-
ticos que lá se encontravam.
Para despistar as autoridades
e garantir o êxito da acção,
estavam divididos em dez
grupos de 25 elementos cada,
“catanas falaram”
perfazendo 250 revoltosos.
O ataque foi antecedido
de um longo período de pre-
paração sobre questões como
manejar os instrumentos
que seriam utilizados no
assalto, principalmente cata-
nas, ou desarmar guardas.
Sessenta anos depois, dos
protagonistas da acção do 4
de Fevereiro de 1961 restam
apenas 15 sobrevimentes.
Amadeu Martins “Kalunga”,
um dos envolvidos, afirma que
as catanas eram afiadas com
lima e posteriormente com
pedra. “As catanas 'falaram'
naquela madrugada. Eram tão
afiadas que podiam servir para
barbear”, referiu. Relatos his-
tóricos revelam que os treinos
decorriam à noite, na zona de
INÍCIO DA LUTA ARMADA
Cacuaco, arredores de Luanda,
e quando começaram a recear
infiltrações de indivíduos liga-
dos à PIDE - extinta polícia
política portuguesa, muda-
ram-se para o Cazenga, no
local em que está erguido o
Marco Histórico do 4 de Feve-
reiro. O quintalão da casa de
Imperial Santana, no Rangel,
serviu também para muitos
encontros clandestinos.
A crença em forças ocultas
foi um elemento catalisador
para o ataque. Antes da acção,
que envolveu uma única
mulher - Engracia Francisco
Cabenha, com 12 anos na
altura- foram submetidos
a rituais, engolindo moedas
e outros objectos que, ale-
gadamente, os protegeria
“Fui preso pelos ‘Flechas’
e alguns foram meus alunos”
Em 1974, ainda durante a
guerrilha, Amadeu Martins
“Kalunga” é preso por “Fle-
chas”, forças de operações
especiais dependentes da
PIDE-DGS e integradas por
ex-guerrillheiros.
“Curiosamente, os indi-
víduos que me prenderam
foram meus alunos e só fui
posto em liberdade após o
25 de Abril de 1975”, enfati-
zou, acrescentando que
comeuo pão que o diabo
das balas da polícia e das
tropas portuguesas.
Os grupos pretendiam
atingir o Palácio do Governo,
a Casa de Reclusão Militar,
os Correios, a Cadeia de São
Paulo, a 7ª esquadra, o Regi-
mento de Infantaria (RI-20)
e o campo de aviação.
À testa estavam Neves
Bendinha, Paiva Domingos
da Silva, Domingos Manuel
Mateus, Imperial Santana e
Virgílio Sotto Mayor, mas
tudo o que se sabe, o principal
mentor foi o Cônego Manuel
das Neves.
A realização do acto à
madrugada destinou-se a
dificultar, ao máximo, a res-
posta do inimigo, devido à
fraca visibilidade que o
amassou. “Apanhei tanta
surra que até o diabo ficava
com pena”, lamentou o ex-
professor do “CIR Certeza”.
Assegura que são os “Fle-
chas” de Ndalatando que o
prendeu na sequência de
uma denúncia de um ele-
mento que tinha ligação com
a PIDE-DGS. “Fomos traídos
por António Kauelenga. Sem-
pre imaginávamos que ele
estivesse do nosso lado, afi-
nal era um traidor. A tropa
momento propiciava.
Amadeu Martins “Kalunga”
recorda com emoção que
“perto do campo de aviação”
havia uma companhia de cães.
“Para evitar que ladrassem,
atirou-se para o interior da
unidade um produto e os
cães deixaram de ter acção.
Quem atirou o produto foi o
Raul Deão e quando os cães
inalaram o cheiro, desapa-
receram, ficaram inanima-
dos”, enfatizou.
“Kalunga” tinha na altura
22 anos. Fazia parte do grupo
que devia atacar o campo
de aviação que, na altura,
estava nas imediações do 1º
de Maio, mas a acção foi
frustrada porque os ataques
não foram simultâneos.
veio ao nosso acampamento
e o Tala-Mungongo, um
jovem que cresceu nas matas
de Nambuangogo, foi morto
mesmo ali. Foi-lhe cortada
a cabeça”, recorda com voz
embargada. Amadeu Martins
“Kalunga” afirma que, pos-
teriormente, o indivíduo que
o traiu viria a ser morto pela
própria PIDE-DGS, por ter
mentido que Tala-Mungongo
era o Abel Stona, o chefe do
grupo guerrilheiro.
Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021
“Nós não conseguimos
chegar ao RI-20, nem ao
campo de aviação, porque
os outros que foram atacar
o s C o r re i o s e a C a sa d e
Reclusão chegaram primeiro
que nós. Toda a cidade já
estava aos tiros e já não con-
seguimos chegar ao local
definido. Tivemos que recuar
e ajudar os outros que ata-
ca ra m a 7 ª e s q u ad ra ” ,
recorda com lucidez.
A acção resultou na morte
de 40 nacionalistas, seis
agentes da Polícia e um cabo
do exército português, junto
da Casa de Reclusão.
Aos 82 anos, Amadeu
Martins “Kalunga” revela
que se tudo corresse bem,
havia um plano de ataques
em todas as províncias. “O
plano estava feito, ninguém
podia voltar atrás. Fizeram-
se ataques no dia 4 e no dia
11 de Fevereiro. Se tudo cor-
resse bem estavam preco-
nizadas outras acções nas
províncias, mas já não houve
tempo. Depois dos dias 4 e
11 de Fevereiro, aquilo foi
um caso muito sério. Foi caça
ao homem”, recorda.
Daí para frente os dias já
não eram os mesmos. Por-
tugal reforçou a presença
militar em Angola. Uma
enorme perseguição esten-
deu-se a todo o país. Segui-
ram-se prisões arbitrárias
nas cadeias da PIDE-DGS.
Alguns nacionalistas con-
seguiram escapar para lá das
fronteiras territoriais, mas
outros foram apanhados e
submetidos a torturas. É o
ESPECIAL Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021 3
AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO

caso de Amadeu Martins

“Kalunga”.
“Fui preso em 1961 e só
saí em 1965. Aquilo foi sério.
Eles tinham uma forma de
torturar que a pessoa era obri-
gada a falar à-toa”, lembra.
Em 1969, devido à sua
ligação à célula clandestina
do MPLA integrada por Diogo
de Jesus, que com Nelito Soa-
res e Luís Kiambata desvia-
ram para o Congo-Brazzaville
um avião Dakota da DTA-
Divisão de Transportes de
Angola (a predecessora da
TAAG), Amadeu Martins
“Kalunga” escapa a uma
segunda prisão.
Conta que, na altura, tra-
balhava na revista Notícias
como paquete (contínuo)
e o director era o Charula
de Azevedo.
“Eles foram à minha busca,
mas já não me deixei ser
levado. Eu que tinha saído da
cadeia em 1965 e quatro anos
depois tinha de voltar outra
vez? Fiz uma tremenda bara-
funda... Na redacção da revista
em que trabalhava lutei com
o sub-inspector Vieira, que
foi buscar-me e fugi. Nos
bairros era um caso sério”.
A PIDE-DGS realiza uma
verdadeira caça ao homem
e no mesmo ano Amadeu
Martins “Kalunga” foge para
as matas, tendo sido recebido
por um grupo da Primeira
Região Político-Militar do
MPLA que estava destacado
e m C a x i s sa ( Nd a j i - ya -
A sede da Associação4 de Feve-
reiro, por detrás da fábrica da “Casa dos heróis” em degradação Hoje os sobreviventes do 4
de Fevereiro são tenentes-gene-
Menha), província do Cuanza- Cuca, em Luanda, pode ser con- rais. Apenas um tem a patente
Norte, liderado por Abel Stona. fundida com uma residência Nada mudou desde que lá esti- logo à entrada, ao rés-de-chão. afirma que a associação não de coronel, uma situação que,
Amadeu Martins “kalunga” qualquer da antiga cooperativa vemos, há um ano, por ocasião Do outro lado, uma sala recebe qualquer apoio para segundo Amadeu Martins
lembra que. ultimamente, na Alegria pelo Trabalho. No exterior, de mais um aniversário de de reuniões com as mínimas manter a estrutura com maior “Kalunga”, não agrada aos demais,
Primeira-Região a situação não se vislumbra nenhum sím- início da luta armada. Se existe condições: mesa e um con- dignidade. “Vivemos de quoti- por considerarem que todos
era extremante difícil, havia bolo representativo. Apenas um alguma mudança é a degra- junto de cadeiras aceitáveis. zações e é com este dinheiro deviam ter o mesmo grau militar.
falta de quase tudo, incluindo mastro solitário, sem bandeira. dação acentuada. O mesmo não se pode dizer que pagamos aos funcionários “Kalunga” vai mais além,
munições e alimentos. Afirma As paredes “descascadas” No interior, o cenário não é em relação aos gabinetes que que aqui trabalham e outras s u b l i n h a n d o q u e “ to d o s
que a luta armada de libertação cor de areia e a porta de entrada muito diferente. O pobre mobi- se encontram na parte supe- despesas correntes, como energia deviam ser generais de três
nacional teve como ponto de clamam por uma nova pintura. liário pede substituição. Uma rior das instalações, que cla- e água. A quota mensal é de dez estrelas” pela sua participação
partida o 4 de Fevereiro de O aspecto degradante contrasta secretária e uma velha cadeira mam por melhores condições. mil kwanzas. Com isso não se activa no movimento de liber-
1961 e “os sobreviventes com o simbolismo que carrega. preenchem a sala de espera, Amadeu Martins “Kalunga” pode fazer muita coisa”, lamenta. tação nacional.
deviam ser mais dignificados”.

AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO

à aproximação da data que hoje se assinala, enquanto
“Menina dos olhos” crianças de troncos nus entravam no interior do recinto
para brincar, numa abertura da vedação.
quais com problemas mecânicos.
Uma fonte contactada no local disse que grande
parte das viaturas aí estacionadas está sob responsa-

sem brilho nem chama No monumento permanecem as esculturas de Paiva

A cerca de 800 metros da sede da associação, está o
Marco Histórico “4 de Fevereiro”, no Cazenga. Erguido
há cerca de duas décadas em homenagem aos heróis,
apresenta uma imagem degradante. Quando lá chegamos,
há uma semana, o capim seco no espaço reservado ao
jardim, invadia a zona. Um tímido movimento de meios
de limpeza denunciava algumas preocupação devido
Domingos da Silva e Imperial Santana, dois comandantes
que se destacaram na acção, mas foram roubadas as
duas placas de bronze com os nomes de outros heróis
de Fevereiro. Uma das placas foi recuperada pela Polícia,
mas na verdade, permanece “distante” do monumento.
No local funciona a Rádio Cazenga, a Direcção
Municipal da Cultura e um restaurante de gestão
privada. Esta parte do recinto confunde-se com um
parque de estacionamento, tendo em conta o número
de viaturas poeirentas ai estacionadas, algumas das
bilidade dos serviços municipais de fiscalização. Quer
dizer que o local funciona, também , como um parque
dos Serviço de Fiscalização.
Em contraste com o aspecto que hoje apresenta,
o Marco Histórico 4 de Fevereiro, cuja gestão pertence
ao Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, já foi
a “menina dos olhos” do Cazenga, que enchia de
orgulho os moradores. Amadeu Martins “Kalunga”
afirma que a preocupação com a limpeza do local
só se verifica quando se aproxima a data que hoje
se assinala.
4 ESPECIAL Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021

DR

PARTICIPAÇÃO NA LUTA DE LIBERTAÇÃO NACIONAL

Cónego Manuel
das Neves
promovia
reuniões
clandestinasVolvidos 60 anos depois dos acontecimentos do 4 de
Fevereiro de 1961, em Luanda, é oportuna uma breve
reflexão sobre alguma historiografia em torno daquela
data, principalmente, de uma das figuras que esteve
ligada a preparação directa ou não daquele momento
ímpar da história de Angola, o cónego
Manuel Joaquim Mendes das Neves

José Bule
Em finais do ano de 1950,
o quotidiano dos coloniza-
dos em Angola era marcado
por uma violência imen-
surável. Além de uma res-
trita elite negra e mestiça
de “civilizados”, ainda que
subalternizada, a massa
colonizada era usada como
mão - de - obra gratuita ,
barata e pagadora de impos-
tos pessoais, julgada suma-
riamente e sujeita a medidas
discriminatórias.
Antes do 4 de Fevereiro,
os negros eram tratados como
escravos, e os povos do Sul
(bailundos e umbundos) eram
levados para o Norte do país,
sobretudo para a região do
Uíge onde eram contratados
para trabalhar em determi-
nadas épocas agrícolas,
sofrendo insultos da popu-
lação local.
Naquela altura o africano
era arrebanhado à força pelas
autoridades coloniais, que
recebiam avultadas quantias
por cada trabalhador enviado
para as plantações e empresas,
onde, longe das famílias, em
instalações sórdidas, mal ali-
mentado e com salários de
miséria, era forçado a um
trabalho desumano que se
convertia em riquezas enor-
mes de que não beneficiava.
“população indígena” no da condição dos colonizados,
Concelho do Negage. e das suas aspirações à liber-
Antes do 4 de Fevereiro, os negros eram tratados “Os indígenas são muito tação e independência nacio-
como escravos, e os povos do Sul (bailundos e mais doces que os da maior nal. Durante os anos 1950 e
umbundos) eram levados para o Norte do país, parte das tribos do Sul, mas início de 1960, fora e dentro
sobretudo para a região do Uíge onde eram encontram-se muito des- da colónia, constitui-se uma
contratados para trabalhar em determinadas contentes por lhe vir sendo dinâmica contra-colonização
épocas agrícolas, sofrendo insultos imposto o trabalho compelido protagonizada por diversas
da população local em benefício dos agricultores organizações e movimentos
europeus e, por vezes, com políticos, culturais e religiosos
grandes prejuízos para as suas que, ao mesmo tempo que
culturas, e por serem utili- experimentaram muitas
A memória dramática colonial e a condição insti- zados, frequentemente, em denominações, mutações e
generalizante daquele pas- tucional coerciva. trabalhos gratuitos”, lê-se adaptações, deram voz
sado, que os historiadores No caso do Norte de no relatório. àquelas aspirações e esti-
tendem, também, a adoptar, Angola, onde ocorreram os Depois da Segunda Guerra mularam a acção, apesar da
deve ser enriquecida com principais episódios disrup- Mundial (1939 – 1945), grande repressão que a
análises regionais mais subs- tivos do início de 1961, um Angola acompanhou um Administração colonial con-
tantivas, a via para iluminar relatório colonial de 1960, movimento cultural e político duziu, especialmente a partir
as nuances da complexidade ilustra a condição entre a global de consciencialização de 1959.
ESPECIAL Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021
Doutorado em História Con-
temporânea pela Universidade
de Évora (Portugal), Fernando
Hélder Panzo Macaia lembra
que no primeiro trimestre de
1961, tal dinâmica eclodiu em
três rebeliões: a “revolta”, “suble-
vação” ou o “massacre” da
Baixa de Cassanje, no início de
Janeiro; A “revolta” de Luanda,
o 4 de Fevereiro; e o “levanta-
mento” do 15 de Março, no
Norte de Angola.
“Entendemos que um dos
precedentes políticos e mili-
tares anteriores aos aconte-
cimentos de Fevereiro/Março
de 1961, foi a revolta dos cul-
tivadores de algodão da Baixa
de Cassanje, contra a dura
exploração capitalista de que
eram vítimas por parte da
empresa COTONANG”, disse.
A revolta provocou uma vio-
lenta intervenção por parte das
forças coloniais, em Janeiro de
1961, e eclodiu quando na região
de Milando-Quivota, em Malanje,
os cultivadores recusaram-se
a trabalhar o algodão, a pagar
os impostos de captação e a
obedecer às autoridades.
Depois disso, acrescenta o
historiador, a luta alastrou-se
até Cunda e Marimba N’guengo,
e os principais incidentes veri-
ficaram-se em Cunda e Canzaje,
no Norte de Caombo, Marimba
e Milando, mais a Sul, em Xá-
Muteba e, ainda, em Cuango e
em Muanhe, onde cultivadores
africanos pretendiam amarrar
Cónego Manuel das Neves foi
preso pela PIDE, acusado de
esconder os revoltosos que
tinham participado nos assaltos
às prisões de Luanda. Não é
possível concluir esta reflexão
em torno de mais um aniversário
sobre aquela data, sem uma
referência ao papel de cónego
Manuel das Neves, destacando
a sua participação na organi-
zação e preparação dos actos
de 4 de Fevereiro, um naciona-
lista que desde cedo foi remetido
para a sombra das narrativas
políticas e historiográficas.
“Este silêncio é confirmado
em várias publicações, sobre-
tudo aquelas associadas ao
MPLA, movimento que desde
cedo reclamou a organização
e a acção do 4 de Fevereiro de
1961”, expôs. O historiador Fer-
nando Macaia refere que o pri-
meiro Presidente de Angola,
António Agostinho Neto, na sua
declaração de 1962, ao chegar
a Léopoldville, convocou outra
figura religiosa (católica) como
grande patriota angolano, o
padre Joaquim Pinto de
Andrade, e esqueceu-se do
cónego Manuel das Neves.
Segundo o académico, fon-
tes da PIDE portuguesa não
deixaram de registar as liga-
ções consistentes do sacerdote
aos militantes da UPA. “O
cónego tinha contactos regu-
lares com a UPA, em Léopold-
ville, para onde enviava
relatórios e dinheiro. Enviou
relatórios sobre o movimento
das forças militares portugue-
sas, idas da metrópole para
Angola, e enviou informações
sobre os assaltos a estabele-
cimentos oficiais e militares,
que ocorreram na noite de 3
para 4 de Fevereiro de 1961”.
Recentemente, o Cónego
Manuel das Neves foi objecto
de um ensaio de biografia polí-
tica da autoria de José Silveira
Lopes, no qual é dedicada uma
Rebeliões e controvérsias sobre os protagonistas
os cipaios e capatazes da COTO-
NANG, declarando que estavam
dispostos a atacar quem os
fosse obrigar a trabalhar, quer
no algodão, quer em serviços
do Estado.
“Esta revolta se estendeu até
ao mês de Fevereiro e, pressio-
nado pela COTONANG, o então
governador-geral de Angola,
Silva Tavares, terá dado ordem
para que fosse posto termo à
greve dos apanhadores de algo-
dão, na Baixa de Cassanje”, disse,
acrescentando que uma com-
panhia de caçadores e duas
companhias especiais deslo-
cadas de Luanda, assim como
vários aviões equipados com
bombas de napalm, cumpriram
as ordens recebidas.
O segundo momento na his-
tória da guerra colonial foi o 4
de Fevereiro de 1961, que teve
várias versões. Sobre o assunto,
Fernando Macaia elucidou que
o 4 de Fevereiro de 1961 tinha
como objectivo imediato a liber-
tação dos presos políticos que,
à data, enchiam a Casa da Reclu-
são Militar, a cadeia da admi-
nistração de S. Paulo e as
instalações da então 7ª Esquadra,
na Estrada de Catete.
“Tal objectivo estava parti-
cularmente vivo, pelo facto de
correrem rumores insistentes
de que os presos políticos que
O sacerdote católico
na luta de libertação
ampla abordagem às suas
conexões com o 4 de Fevereiro
de 1961.
O autor enfatiza a acção polí-
tica nacionalista, entre 1959 e
início de 1961, nomeadamente,
as reuniões realizadas na Sé
Catedral de Luanda, local que
foi considerado como um “centro
de subversão” contínua, e a PIDE
reconheceria esta actividade
como um dos elementos de “acu-
sação”, que foi sistematizando
na sequência da sua prisão,
depois do 4 de Fevereiro de 1961.
Para a agência portuguesa
de segurança internacional
(PIDE), Manuel das Neves, no
prosseguimento da sua acção
criminosa, manteve contactos,
com diversos indivíduos, que
visavam idênticos fins, quer
directamente quer por meio de
correspondências, como base
para as relações que mantinha
com a UPA no exterior. O sacer-
dote foi acusado de promover
várias reuniões clandestinas
no Cartório da Sé de Luanda.
Sobre a pesquisa de José
Lopes, a fonte do Jornal de
Angola documenta a consistente
ligação de Manuel das Neves à
UPA. Segundo a PIDE, o cónego
Manuel das Neves manteria
ligações ao MPLA, uma conexão
aparentemente documentada
numa lista de personalidades
daquele movimento, inserida
em relatório proveniente do
Rio de Janeiro e enviada à PIDE,
pelos Serviços do Ministério
dos Negócios Estrangeiros, em
28 de Julho de 1963, que teriam
contactos com Manuel das
Neves, sem explicitar a natureza
dos mesmos.
Também em 1963, Manuel
se encontravam na Casa da
Reclusão seriam levados para
fora de Angola, para o Aljube
ou para o Campo de Concen-
tração do Tarrafal”, contou.
A terceira revolta ocorre a
15 de Março de 1961, um pouco
mais de cinco semanas após
os levantamentos populares
de Luanda, numa altura em que
as autoridades coloniais por-
tuguesas se encontravam ainda
sob o efeito do choque causado
Pedro Pacavira, destacado mem-
bro do MPLA, partido que ingres-
sou logo no ano da fundação,
em 1956, dá-o como “tesoureiro
geral” e “conselheiro” de António
Agostinho Neto e de Joaquim
Pinto de Andrade, antes da pri-
são destas figuras, em meados
de 1960.
Fernando Macaia, doutorado
em História Contemporânea
pela Universidade de Évora
(Portugal) conta que, depois
de aturadas investigações leva-
das a cabo pela PIDE e por
outros organismos de segu-
rança da administração colo-
nial, concluiu-se que, na origem
da rebelião de 1961, um dos
grandes inspiradores era o
cónego Manuel Joaquim Men-
des das Neves, mestiço, natural
da vila de Golungo-Alto e mis-
sionário secular da Arquidio-
cese de Luanda.
“Ele dizia na roda dos seus
íntimos aliados ter chegado
a hora de provocar um violento
abanão no sistema colonial
português, tantas eram as
injustiças contra os africanos.
Perto de três centenas de
homens ouviram a sua voz e
hastearam o pendão de
revolta”, destacou.
A figura central desse pro-
As actividades que
antecederam o 4 de
Fevereiro de 1961
eram realizadas
com antecedência e
de forma
meticulosa
DR
Historiador
Fernando
Hélder Macaia
por esses acontecimentos,
outras insurreições eclodiram
no Norte do território de Angola,
organizadas por alguns nacio-
nalistas membros da UPA, aos
quais se juntaram uma grande
parte dos trabalhadores oriun-
dos do Sul de Angola.
Segundo o académico, os
trabalhadores oriundos do Sul
eram na sua grande maioria
empregados (contratados) nas
explorações agrícolas portu-
cesso foi inegavelmente o nacio-
nalista Neves Bendinha, que
fazia a conexão ao cónego, e
dele recebia instruções. Sempre
auxiliado por Domingos Manuel
Mateus e por Paiva Domingos
da Silva, formou os grupos de
ataque, nomeou um chefe para
cada unidade e designou os
locais estratégicos da cidade a
serem acomedidos.
Outra versão é aquela do
então subdirector da PIDE, Porto
Duarte, ao declarar que o cónego
tivera conhecimento da pre-
paração do 4 de Fevereiro e
que, embora se tivesse mani-
festado contrário à violência,
nada fizera para a evitar, quando
bastaria a sua intervenção para
não se dar o derramamento de
sangue. “Ao que tudo indica, o
cónego não foi na intenção de
trair os seus, como sendo uma
figura nacionalista”, meditou.
As actividades que antece-
deram o 4 de Fevereiro de 1961
eram realizadas com antece-
dência e de forma meticulosa,
fazendo com que a mesma não
fosse descoberta pelas autori-
dades coloniais. Por essa razão,
muitas reuniões realizaram-se
de forma muito confidencial e
através de emissários, no car-
tório da Sé Catedral de Luanda.
Foi então que o ataque se
precipitou e sem a conclusão
dos respectivos preparativos
para a invasão. Avisado o
cónego pelo estafeta da Junta
de Povoamento, Salvador
Sebastião, na sexta-feira, 3,
deslocou-se à Igreja dos Remé-
dios e explicou os motivos da
mudança dos planos. Mesmo
com algumas reticências por
parte do Reverendo, eis que
na madrugada os grupos de
combatentes assaltaram, sem
sucesso, a Casa da Reclusão,
a Companhia Móvel da PSP (4ª
Esquadra), a Cadeia de S. Paulo,
a Companhia Indígena e a Esta-
ção de Correios.
guesas. Estes levantamentos
foram interpretados de diferentes
maneiras pelos homens ligados
ao regime colonial e que alguns,
em suas memórias, descreveram
que “em menos de 48 horas,
pelos distritos do Zaire e do Uíge
houve uma maldita devastação.
Plantações e casas solitárias
foram incendiadas e saqueadas,
e aldeias arrasadas.
“As insurreições do Norte
desenrolaram-se de maneira
anárquica, demonstrando
assim a ausência de uma ver-
dadeira estratégia de libertação
nacional”, disse Fernando
Macaia, para quem os assal-
tantes que não tinham nenhum
projecto político consequente,
nem uma prévia formação
i d e o l ó g i c a , n ã o fi z e r a m
nenhuma distinção entre objec-
tivos militares, símbolos do
domínio colonial português,
e a população civil portuguesa.
Além disso, acrescentou,
esses manifestantes armados,
levados pela exaltação, exe-
cutaram alguns compatriotas,
cuja única culpa era serem
mestiços, negros “assimila-
dos”. “Tudo indica que aquela
acção foi prematura, mal pre-
parada, desordenada e sem
qualquer enquadramento
militar”, referiu.
Retomando a situação de
Para a agência portuguesa de segurança
internacional (PIDE), Manuel das Neves, no
prosseguimento da sua acção criminosa,
manteve contactos, com diversos indivíduos,
que visavam idênticos fins, quer directamente
quer por meio de correspondências, como base
para as relações que mantinha com a UPA no
exterior. O sacerdote foi acusado de promover
várias reuniões clandestinas no Cartório da Sé de
Luanda
Outro alvo, o aeroporto Cra-
veiro Lopes, não chegou a ser
atacado. O assalto organizou
cerca de 220 homens e deixou
no terreno quinze mortos e um
número indeterminado de feri-
dos. O novo chefe-geral dos
sublevados, Agostinho Cristó-
vão, reorganizou com Paiva
Domingos os efectivos que res-
tavam, e no dia 10, pela madru-
gada, ambos à testa de 124
indivíduos, atacaram as depen-
dências da Administração Civil
de S. Paulo, mais o Pavilhão
Prisional da referida adminis-
tração e a Companhia Indígena.
Mas o resultado foi catastrófico
e saldou-se numa matança para
os insurgentes que tiveram difi-
culdades em se evadir.
Fernando Macaia revela que
a opinião do cónego a este res-
peito consta de um relatório
que elaborou, em Fevereiro de
1961, para a Direcção da UPA.
O académico explica que as
referências sobre a participação
do MPLA acontecem quando
almejava a libertação dos presos
encarcerados, em Março de
1959, e julgados ao longo do
ano seguinte no chamado “Pro-
cesso dos 50”, cujas prisões se
juntaram, em meados de 1960,
as de António Agostinho Neto,
do padre Joaquim Pinto de
Andrade, de Manuel Pedro Paca-
vira e de outros activistas pre-
dominantemente ligados ao
partido que governa Angola.
Manuel das Neves indica nas
5
fundo, a paternidade da Revolta
Armada de Luanda, em 4 de
Fevereiro, essencialmente mar-
cada por ataques a instalações
policiais e prisionais por parte
de nacionalistas angolanos,
cedo foi reclamada pelo Movi-
mento Popular de Libertação
de Angola (MPLA).
Pela mão deste Movimento,
a data foi instituída como marco
simbólico do início da guerra
que deu lugar à Independência
de Angola. O historiador Fer-
nando Macaia avança que, do
ponto de vista dos estudos his-
tóricos das últimas duas déca-
das, é mais plausível considerar
a organização dos actos do 4
de Fevereiro como uma acção
local, levada a cabo por nacio-
nalistas, a partir do interior
da colónia, e que não tiveram
uma ligação directa com as
direcções dos movimentos
nacionalistas no exterior, ainda
que muitos dos seus autores
e participantes tenham assu-
mido, mais tarde, uma iden-
tificação com o MPLA.
O também professor auxiliar
da cadeira de História no Instituto
Superior de Ciências da Educa-
ção (ISCED) do Uíge sublinha
que os autores dos assaltos às
prisões teriam sido um conjunto
heterogéneo de angolanos,
sobretudo da região de Luanda,
e à cabeça da organização parece
ter estado a figura do Cónego
Manuel das Neves, coadjuvado
pelo padre Franklin.
suas breves memórias que, no
dia 4 de Fevereiro de 1961,
foram assaltados o Forte do
Penedo e da Esquadra da Polícia
na Estrada de Catete, com o
fim de libertar os presos, visto
ter constatado que os mesmos
seriam mandados para o Aljube
de Lisboa.
“Historicamente não seria
lógico atribuir ou reduzir os
levantamentos de Fevereiro,
como simples acto de libertar
os presos políticos. Cremos que
tudo isso passava num objectivo
geral, que era o de libertar
Angola do jugo colonial, ou seja,
dar início a luta armada de liber-
tação nacional”, disse o pro-
fessor universitário, para afirmar
que “o ataque do 4 de Fevereiro
de 1961 surpreendeu toda a
gente e ultrapassou tudo o que
podiam imaginar os dirigentes
dos movimentos nacionalistas
angolanos sedeados no estran-
geiro, tanto o Estado-Maior da
UPA, em Leopoldville, como o
MPLA instalado em Conakry,
na Guiné.
“Em conclusão, podemos
dizer que as pesquisas existentes
documentam a participação
do cónego nos levantamentos
do 4 de Fevereiro. Assim, terá
papel determinante nos acon-
tecimentos de que terá sido
um dos protagonistas, ou terá
estado na origem desta rebelião.
É bem provável que tenha
estado na orientação dos assal-
tos”, concluiu.
6 ENTREVISTA Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021

JOÃO MASSANO, DIRECTOR NACIONAL DO LEGADO HISTÓRICO DO MINISTÉRIO DA DEFESA

Recolha de obras vai ajudar a preservar

a História do 4 de Fevereiro
No dia em que o país celebra 60 anos do Início da Luta de Libertação Nacional, o director nacional da Preservação do
Legado Histórico Militar do Ministério da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria afirma que o sector está a fazer a recolha
de todas as obras sobre o 4 de Fevereiro para preservar a História. O general João Massano sublinha que esta é uma tarefa
difícil, que exige um esforço redobrado da parte das estruturas do Estado que concorrem para a sua preservação
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO

Edna Dala importante é ouvirmos o cla- lanas, têm as pensões regu- Combatente e do Deficiente legado histórico nacional, é de Fevereiro é nacional e,
mor das pessoas e procurar larizadas. Podemos ter alguns de Guerra, a promoção de uma data de todos os ango- neste sentido, o seu simbo-
Os sobreviventes do 4 de Feve- dar respostas e soluções de fora, mas talvez por ques- programas de assistência lanos. O Ministério da Defesa lismo pertence aos angola-
reiro queixam-se de serem necessárias. Quanto à efe- tões de organização das ins- social e projectos de inte- Nacional e Veteranos da nos. Não é exclusivamente
recordados apenas nas véspe- méride do 4 de Fevereiro, é tituições de proveniência ou gração económica- produ- Pátria, em particular, tem um monumento militar, o
ras da efeméride. Até que ponto lógico que ela só se comemora ainda por algum desleixo da tiva, cuja implementação é feito uma série de actividades seu alcance é de âmbito de
isto corresponde à verdade? uma vez por ano e nesta data parte do interessado. limitada, devido à crise finan- comemorativas, como a rea- todos os que estão na base
O 4 de Fevereiro de 1961 é há uma maior incidência e ceira que assola o País. lização de palestras, semi- da sua existência.
uma data de transcendental actividades, mas no dia a dia Que critérios são usados para nários e conferências para
importância na vida do povo procuramos dar solução aos o enquadramento dos Antigos Que políticas o Ministério que se mantenha viva a Preocupações sobre o baixo
angolano. Os acórdãos do inúmeros problemas com que Combatentes? tem em prol dos sobreviven- chama do 4 de Fevereiro. subsídio são evocadas cons-
nosso Hino Nacional são a se debatem os sobreviventes. O enquadramento na Caixa tes do 4 de Fevereiro ou seus Vamos e estamos a trabalhar tantemente pelos antigos com-
prova evidente desta minha de Segurança Social obedece descendentes? no sentido de fazer a recolha batentes. O que é que o
afirmação, pois estamos a Que acções estão a ser feitas a critérios previstos na Lei Em primeiro lugar devemos de todas as obras publicadas Ministério tem feito para res-
falar de heróis e, por conse- no sentido da valorização não das Carreiras dos Militares reconhecer que são prati- sobre o 4 de Fevereiro, quer ponder essas questões?
guinte, de feitos que jamais só dos heróis do 4 de Fevereiro, e no Decreto-Lei nº 16/94 camente 60 anos desde a por autores angolanos, quer Temos consciência desta
os angolanos esquecerão. como de todos os antigos com- de 10 de Agosto, que insti- insurreição do 4 de Feve- por autores estrangeiros para situação. Se tudo fosse fácil
Reconhecemos que existem batentes e veteranos da Pátria? tucionaliza o Sistema de reiro, o que implica dizer preservarmos a história sobre de resolver, os antigos com-
muitas preocupações, mas A valorização das pessoas é Segurança Social das Forças que muitos dos sobreviven- o 4 de Fevereiro. É uma tarefa batentes seriam os mais pri-
não é possível solucionar um processo natural. Tra- Armadas Angolanas. tes estão com mais de 75 difícil, não só pela conjuntura vilegiados, tendo em conta
todas neste momento. Con- tando-se dos antigos com- No entanto, a maioria que anos e muitos também já actual, mas porque exige o que fizeram pela Pátria. O
tudo, uma reclamação é sem- batentes e veteranos da não beneficiou desta opor- te rã o f a l e c i d o . S e m p re um esforço redobrado da maior problema muitas
pre um sentimento que nutre Pátria, a valorização, além tunidade se tem mostrado houve uma preocupação parte da s e strutura s do vezes é a relação entre o sub-
as pessoas por algo que con- de ser histórica, também é insatisfeita e compreendemos com os sobreviventes, desde Estado que concorrem para sídio e o poder de compra
sideram que não vai bem. simbólica por tudo quanto essa insatisfação. Não sendo as questões de habitação, a sua preservação. dos bens essenciais.
Não devemos retirar às pes- fizeram em prol da Pátria. A possível abranger todos os saúde, pensão, etc. Quanto Se pudéssemos estancar a
soas o direito de reclamar. É título de exemplo, os ex- antigos combatentes e vete- aos descendentes tem exis- O que está a ser feito para que subida de alguns preços,
necessário termos a sensibi- combatentes veteranos da ranos da Pátria, por impe- tido uma preocupação, fun- o Marco Histórico do 4 de Feve- os subsídios não seriam tão
lidade necessária para com- Pátria que continuaram a rativos legais, a preocupação damentalmente para a sua reiro, no Cazenga, sirva os baixos quanto parecem.
preendermos o problema das carreira militar, que atingi- do sector tem sido a de lutar formação e integração. objectivos para os quais foi Porém, estamos conscien-
pessoas, mas estas também ram postos de oficiais e foram pela dignificação da pensão criado? tes dos esforços que têm
devem ter a sensibilidade de posteriormente licenciados de mérito que aufere o antigo O que é que o Ministério tem É uma pergunta difícil de ser sido desenvolvidos pelo
compreender os problemas à reforma estão inscritos na combatente, conforme esta- feito para a preservação do respondida com a objecti- Executivo para ver a ques-
do país. Não se trata de uma Caixa de Segurança Social belece a Lei nº 13/02, de 15 seu legado? vidade que se impõe. O tão dos nossos antigos com-
verdade ou de mentira, o das Forças Armadas Ango- de Outubro, Lei do Antigo O 4 de Fevereiro, enquanto Monumento Histórico do 4 batentes mitigada.
ENTREVISTA Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021 7

Não existe discriminação no processo de enquadramento

As mulheres ( viúvas, guerrilheiras
e antigas combatentes) afirmam
existir discriminação no processo
de enquadramento e tratamento,
comparado aos homens. O que tem
a dizer sobre isso?
Será discriminação positiva ou nega-
tiva? Não existe política de discri-
minação por ser mulher, nem na
atribuição de subsídios ou nas formas
de atendimento.
Procuramos sempre ouvir as recla-
mações de todos e compreender
melhor os anseios das viúvas, das
guerrilheiras, etc.
Na nossa luta estiveram sempre
mulheres ao lado dos homens e
homens ao lado das mulheres. Pode
ser um caso isolado e não genera-
lizado. Estamos a falar de duas situa-
ções distintas. Para o caso dos
beneficiários do Sistema de Segu-
rança Social das FAA gerido pela
CSS/FAA e dos subsídios dos antigos
combatentes, a situação é regulada
por diplomas próprios.
Que iniciativas foram tomadas para
a recuperação de informações sobre
os movimentos desenvolvidos por
grupos de combatentes em prol da
independência nacional?
Se pretende saber o percurso histórico
dos três movimentos de libertação
nacional no processo de luta pela
Independência Nacional, podemos
afirmar que existe um grande acervo
biográfico e histórico, não só em
Angola como também no exterior,
Portugal, em particular.
Neste quadrante, já temos um acervo
considerável sobre estes movimentos.
A criação da Direcção Nacional de
Preservação do Legado Histórico
Militar – DNPLHM no Ministério da
Defesa Nacional e Veteranos da Pátria
visa responder esta questão. No
âmbito das suas responsabilidades,
este órgão tem como tarefa a criação
de uma base documental sobre a
luta de libertação nacional, a luta
pela conquista da Paz e sobre outros
feitos que estão na origem do nosso
Estado independente.
Estas informações já estão dispo-
níveis no enquadramento de antigos
combatentes e consolidação do
espólio militar que forma o patri-
mónio histórico das Forças Armadas?
É evidente que estas informações
contribuíram significativamente
para o enquadramento dos ex - mili-
tares. O espólio militar é um processo
que vamos consolidando aos poucos
por razões compreensíveis.
Que razões compreensíveis seriam
estas?
Viemos de uma guerra civil que rea-
cendeu em 1992, isso fez com que
perdêssemos a mínima base que já
estava organizada, como o espólio
passa por necessariamente não dis-
criminar nenhuma das partes. O que
implica fazer uma pesquisa em relação
a feitos históricos e uma base de
dados que dá possibilidade de todos
os movimentos de libertação.
Por outro lado ainda temos a dispersão
de corpos por todo país e temos que
identificar essas campas de angolanos
que pereceram lutando, o que suben-
tende-se que todos nós combatemos
por uma causa. Essas e outras são
as dificuldades que enfrentamos.
Além de ajudar na integração dos
institutos de atendimento por pen-
sões, as informações permitem
também, a integração dos antigos
combatentes e ex militares nos pro-
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
cessos de desenvolvimento agrícola?
É claro que sim. A integração dos
antigos combatentes e ex-militares
nos processos de desenvolvimento
agrícola e o apoio prestado às Asso-
ciações de ex-militares são bem a
prova evidente de todas as acções
desenvolvidas neste sentido
Existe, neste sentido, reclamação
de falta de orientação do Ministério
e lentidão no processo de identifi-
cação e integração de antigos com-
batentes e seus familiares.
Concorda?
Podem existir dificuldades, mas não
d e r i va m d o M i n i sté r i o. N e ste
momento, o Ministério da Defesa
Nacional e Veteranos da Pátria con-
trola um total de 153.483 assistidos.
Com a retomada do processo de
recadastramento e prova de vida
dos beneficiários, iniciado em 2018
e interrompido em Março de 2020
devido à pandemia da COVID-19, o
número poderá diminuir em função
da retoma do processo.
Em que fase se encontra o programa
de recadastramento e prova de
vida?
O processo de integração está, em
grande medida, dependente da con-
clusão deste trabalho. Precisamos
de marchar com segurança, a fim
de evitar o vício a que o processo
anterior esteve submetido, facto
que deu origem a um número elevado
de fantasmas.
O processo de recolha de informação
prevê a inclusão das actividades
desenvolvidas por grupos integrados
nos movimentos de antigos com-
batentes e veteranos da pátria sob
liderança da FNLA e UNITA?
Estamos a trabalhar no assunto.
Nesse particular existem orientações
muito precisas do Comandante - em
-Chefe das FAA e do ministro da
Defesa Nacional e Veteranos da Pátria.
A recolha de informações obedece
a critérios muitos rigorosos a fim de
se evitar aproveitamentos. A situação
é mais séria em relação à FNLA, cujo
processo depende, em grande
medida, do entendimento e concer-
tação interna. Temos desenvolvido
algumas acções no sentido de encon-
trar a melhor solução para o enqua-
dramento e entendimento a que se
refere. Pensamos que estamos no
bom caminho.
Como define a relação do Ministério
com esta classe'?
Boa. Sob a égide do Ministério são
realizados com regularidade encon-
tros com as associações de ex-mili-
tares com o objectivo de auscultar
as preocupações e inteirar-se de
projectos futuros.

KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO

Quantas cooperativas de ex-
militares, antigos combatentes
e veteranos da pátria estão sob
acompanhamento do Ministério,
através dos seus institutos?
O Ministério controla neste
momento 147 cooperativas
que envolvem 10.475 asso-
ciados, distribuídos em todo
território nacional.
Apesar da protecção social
que lhes é reconhecida nos
termos do artigo 84.º da Cons-
tituição da República de
Angola e da Lei, os antigos
combatentes e veteranos da
pátria, na generalidade,
enfrentam enormes dificul-
dades sociais, algumas das
quais caracterizadas pela
exiguidade da pensão que
auferem, falta de fontes alter-
nativas de renda, deficiente
assistência médica e medi-
camentosa, falta de habitação,
falta de oportunidade de
emprego e outras situações,
agravadas pela crise financeira
que o país atravessa.
Que outros apoios, como ajuda
em financiamento, estão pre-
vistos para permitir aos antigos
combatentes e ex-militares, de
forma geral, o estabelecimento
de negócios no domínio das
actividades agrícolas?
Existe um Plano Estratégico
e Plano de Negócios da Caixa
de Segurança Social das FAA
que prevêm a inclusão dos
antigos combatentes e ex-
militares organizados em coo-
perativas, nos distintos
projectos em carteira, com o
fito de alargar a sua base de
renda e desta forma mitigar
as carências sociais.
Do fundo disponibilizado para
atender os antigos combatentes,
por exemplo, está prevista a
aplicação financeira pensando
na multiplicação do capital?
147 cooperativas
de ex-militares
e antigos combatentes
Não existem fundos dispo- dades, estabelecimentos e esforços que têm sido feitos
nibilizados para esse efeito órgãos das FAA, mas também nesse sentido, bem como
em concreto. O que existe a nível das associações de ex- definido a forma de partici-
são iniciativas da parte da militares, a fim de levar ao pação do público alvo nas
Caixa de Segurança Social conhecimento de todos os acções em curso.
das FAA, cujo objectivo final
será, certamente, o de melho-
ria das condições de vida do
público alvo.
Existe um Plano Estratégico e Plano
Em que sectores de negócios
podem ser encontradas essas de Negócios da Caixa de Segurança Social
iniciativas e qual o montante das FAA que prevêm a inclusão dos antigos
financeiro?
A Caixa de Segurança Social combatentes e ex-militares organizados
das FAA tem levado a cabo em cooperativas, nos distintos projectos
uma grande campanha de
informação, não só nas uni- em carteira
8 Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021

(800.009)-MPI/C

International SOS Angola Lda., Multinacional líder de mercado no sector em que actua pretende recrutar

Coach de Sypply Chain e Operações (M/F)

Mestrado em Gestão de Saúde.

Experiência de no mínimo 5 anos após o estágio
Qualificação de Gestão/Formação nas área de Gestão de Supply Chain
Proficiência comprovada por meio de certificações profissionais, conforme necessário
Fortes habilidades organizacionais
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Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021 9

(500.0134)-PPI/C-3/3
10 POLÍTICA Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021

MINISTRO DA JUSTIÇA E DOS DIREITOS HUMANOS VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

democracia, Estado de Direito,
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO boa governação e regularidade

Constitucionalismo eleitoral. Bornito de Sousa

enalteceu o estabelecimento,
no país, do sistema presiden-

foi condicionado cialista parlamentar.

O Vice-Presidente da Repú-
blica, Bornito de Sousa,
declarou, ontem, em Luanda,
que os 45 anos do constitu-
cionalismo angolano foram
condicionados pelo conflito
armado, terminado em 2002,
e pela busca da paz e da
reconciliação nacional.
Bornito de Sousa falavra
sobre “Os 45 anos do cons-
titucionalismo angolano”,
na cerimónia de abertura do
primeiro Congresso Angolano
de Direito Internacional.
No entender do Vice-Pre-
sidente da República, a ela-
Francisco Queiroz falou à imprensa no final de um encontro com membros da sociedade civil boração das leis constitucionais
de 1975 a 1991/1992 regista
um período caracterizado
pela vinculação e intervenção
questione o sistema de governo
estabelecido na Constituição
e lamentou que nem sempre
os que o fazem apresentam
alternativas sobre o caminho
a seguir.
A seu ver, os sistemas
constitucionais clássicos de
governo (o parlamentarismo
e o semi-presidencialismo),
no início, também foram
considerados atípicos e até
hoje apresentam limitações
e imperfeições.
Como exemplo referiu as
observações que se fazem à
Constituição dos Estados
Unidos da América, com 234
anos de existência.
Declarou que a III Repú-
blica, com a entrada em vigor
O Vice-Presidente da
República referiu que os
“temas mais complexos”
debatidos, no âmbito da
actual Constituição (2010),
são os princípios da laicidade
do Estado, o conceito de casa-
mento, a propriedade origi-
nária da terra e o direito de
voto no estrangeiro de cida-
dãos nacionais.
Acrescentou, entre os
temas complexos, a natureza
oficial das línguas nacionais,
os símbolos nacionais, o
s i ste m a d e gove r n o e o
modelo de eleição do Pre-
sidente da República.
Participam no I Con-
gresso Nacional do Direito
Constitucional, a decorrer
até amanhã, constitucio-
nalistas, professores uni-

PGR vai investigar relevante dos órgãos do

Estado e do MPLA, então par-
tido único.
A Lei Constitucional de
da Constituição de 2010, pro-
clama o sentido de paz,
versitários, deputados, entre
outros convidados.
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO

incidentes em Cafunfo 1991 e o seu desenvolvi-

mento, em 1992, representa
uma ruptura constitucional
com o modelo que caracte-
Ministro Francisco Queiroz disse ser necessário que rizou a Lei Constitucional
de 1975, referiu , no acto rea-
se realiza a investigação “para se aclararem as coisas” l i zad o n a Fac u l d ad e d e
Direito da Universidade
Victória Ferreira Francisco Queiroz reco- membros da sociedade civil Agostinho Neto.
nheceu que a Polícia Nacio- que são interlocutores válidos Disse que a legitimidade
A Procuradoria-Geral da nal tem um papel ingrato, e constituídos legalmente. e a constitucionalidade do
República (PGR) vai inves- pois muitas vezes encontra Mas para quem não tem legi- exercício do poder consti-
tigar os acontecimento ocor- dificuldades em conciliar timidade e prossegue fins con- tuinte de 1998 a 2004 e de
ridos, no sábado, em Cafunfo, os limites de defender os trários à Constituição e 2008 a 2010 fundamenta-
município do Cuango, na interesses do Estado e os integridade do território, é ram-se nos poderes confe-
província da Lunda-Norte, direitos humanos. muito difícil encontrar um ridos pela Lei Constitucional
anunciou, ontem, em No caso particular do que canal de diálogo porque seria de 1992, observando os limites
Luanda, o ministro da Justiça sucedeu em Cafunfo, disse, legitimar situações” como as materiais constitucionais.
e dos Direitos Humanos. o que estava em causa é a do último sábado, declarou. Considerou normal que se Bornito de Sousa no Congresso de Direito Constitucional
Francisco Queiroz, que defesa de um símbolo do Carlos Cambuta, director-
falava à imprensa no final poder. “Em qualquer parte geral da Acção para o Desen-
de encontro com membros do mundo, a esquadra poli- volvimento Rural e Ambiente PRESSIONADO A DEMITIR-SE previsão sobre qual deverá
da sociedade civil, no MInis- cial é um símbolo do poder. (ADRA), disse ser importante ser o posicionamento do
tério do Interior, a quem Estava, também, ali outro fazer uma análise para se presidente, a fonte disse
esclareceu aspectos sobre símbolo, a Bandeira Nacional. encontrarem as vias de como acreditar que, “pela sua
os actos de rebelião em
Cafunfo, garantiu que o
Tudo isso com um grupo
grande de pessoas munidas
evitar situações do género,
no futuro.
Líder da CASA-CE verticalidade, (André Men-
des de Carvalho) abdicará
assunto já está à PGR, que o de armas”, afirmou Queiroz, “Sabemos que isso leva o da função”.
vai investigar, ouvindo pes-
soas e colhendo provas.
referindo-se aos integrantes
do chamado Movimento Pro-
seu tempo, mas gostaríamos
de ter um diálogo na pers-
toma decisão amanhã O regresso de Chivukuvuku?
“É necessidade que se tectorado Lunda Tchokwe. pectiva de preservar a vida A fazer fé nas declarações
realize uma investigação para Considerou que os actos humana, reconhecendo os Bernardino Manje| P i nto d e A n d rad e , e o que o deputado indepen-
se aclararem as coisas, até do último sábado, em Cafunfo, males e fazermos esforços PADDA-AP, presidido por dente da CASA-CE Makuta
porque estamos num pro- foram “quase de guerra”, mas para que o direito à vida seja Cerca de dois anos após o Alexandre Sebastião André Nkondo prestou à Lusa, há,
cesso de transparência, de lembrou que, nos termos da salvaguardo”, defendeu. afastamento de Abel Chivu- (e líder do grupo parlamentar na coligação, um certo arre-
diálogo e contacto com a Constituição, o alcance do Cambuta considerou que kuvuku da liderança da da CASA-CE), não assinaram pendimento pelo afasta-
sociedade civil”, defendeu. poder tem de ser pela via os incidentes de Cafunfo, à CASA-CE, por alegada “que- a carta entregue, no fim- mento, em Fevereiro de 2019,
Além da investigação cri- pacífica e não armada. semelhança de outros que bra de confiança políticas”, de-semana, ao colégio pre- de Abel Chivukuvuku, da
minal a ser desenvolvida pela Além disso, o ministro acontecem pelo país, decor- é a vez do sucessor, André sidencial (órgão de cúpula) liderança da coligação.
PGR, o ministro da Justiça e sublingou que, do ponto de rem de uma situação econó- Mendes de Carvalho “Miau”. da coligação, na qual se exige O deputado afirmou que
dos Direitos Humanos não vista legal, o Movimento Pro- mica social degradante em Quatro dos seis partidos a demissão do almirante. já pediu ao colégio presi-
descartou a hipótese de haver tectorado Lunda Tchokwe que vivem muitas famílias. que compõem a CASA-CE O Jornal de Angola tentou, dencial da CASA-CE para
um inquérito, a nível da Polí- não existe, nem tem legiti- Para ele, isto deve chamar a exigem a demissão do pre- o nte m , o c o ntac to c o m “pedir perdão e apelar ao
cia Nacional, para apurar res- midade para dialogar. atenção dos governantes, no sidente, por alegada "incom- André Mendes de Carvalho, regresso de Chivukuvuku”.
ponsabilidades, tendo em Francisco Queiroz con- sentido de melhorar o processo petência na liderança". O mas o deputado não res- Makuta Nkondo disse ter
conta os vídeos que circu- gratulou-se com o encontro de formulação e implemen- visado convocou, para ama- pondia às chamadas. falado também com Chi-
laram nas redes sociais. de ontem. “Tivemos aqui tação de políticas públicas. nhã, uma conferência de Entretanto, uma fonte vukuvuku, a quem apre-
imprensa, para pronunciar- próxima ao presidente da s e n to u a p ro p o s ta p a ra
se sobre o assunto. CASA-CE confirmou que retornar à coligação.
APOIO DE 580 MIL DÓLARES Criada em Abril de 2012, existe uma carta subscrita “A sua resposta foi de que
por Chivukuvuku, a CASA- por “quatro entes” da coli- não aceita e não recusa a
CE é composta por seis forças gação , sugerindo q ue o proposta. Tem a porta aberta,
EUA no combate ao tráfico de pessoas políticas, nomeadamente
os partidos Nacional de Sal-
almirante se demita. Adian-
tou que a carta está a ser
só que não pode decidir sozi-
nho porque tem seguidores
Os Estados Unidos da América vão dispo- capacidade do Executivo angolano na res- vação de Angola (PNSA), alvo de um “estudo interno”, e foi isso que informei ao
nibilizar 580 mil dólares para o combate ao posta ao problema. Aliança Livre de Maioria para um posterior pronun- colégio presidencial”, contou
tráfico de pessoas em Angola, noticiou, Com foco na protecção das vítimas do fenó- Angolana (PALMA), Pacífico ciamento de André Mendes Makuta Nkondo.
ontem, a Angop. meno e na prevenção por meio da sensibilização, Angolano (PPA), Apoio para de Carvalho. Depois de ter sido afas-
O programa será implementado pelo o programa vai, entre outras acções, reabilitar a Democracia e Desenvol- O Jornal de Angola acu- tado da liderança da CASA-
Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, quatro centros de acolhimento para as vítimas vimento de Angola - Aliança sou, também ontem, a recep- CE, Abel Chivukuvuku criou
em parceria com a Organização Internacional de tráfico nas províncias de Luanda, Cunene, Patriótica (PADDA-AP), ção de um convite de António um novo projecto político,
para as Migrações (OIM) e terá duração de Zaire e Lunda Norte. Democrática para o Pro- Nguvulo, assessor principal o PRA-JA Servir Angola,
dois anos. Vai, também, apoiar 50 vítimas em aco- gresso e Aliança Nacional do presidente da coligação, chumbado pelo Tribunal
O programa, lançado ontem, conta com modação, assistência médica, passagem em de Angola (PDP-ANA) e o a convocar, para amanhã, Constitucional, por “irre-
a assistência do Governo americano, atra- caso de migração e um valor simbólico para Bloco Democrático (BD). uma conferência de imprensa gularidades” e “insuficiên-
vés do Departamento para o Combate ao ajudar em negócio de auto-sustento dos Destes partidos, apenas dois, de Miau. cias de assinaturas” para a
Tráfico de Pessoas, e visa fortalecer a mesmos. o BD, liderado por Justino Convidada para fazer uma legalização.
POLÍTICA Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021
UNIÃO AFRICANA
Sacko com mais chances
de ser reeleita comissária
César Esteves
A diplomata angolana Josefa
Sacko tem agora mais hipó-
teses de ser reeleita ao cargo
de comissária da União Afri-
cana (UA) para Agricultura,
Desenvolvimento Rural, Eco-
nomia Azul e Ambiente Sus-
tentável, com a desistência
do candidato da Gâmbia.
O país da África Ocidental,
que retirou a candidatura na
terça-feira, garantiu apoiar
Angola na corrida. Josefa
Sacko rivaliza apenas com
o candidato de Marrocos.
Ao falar, ontem, ao Jornal
de Angola, no final do pri-
meiro dia da 38ª Sessão Ordi-
nária do Conselho Executivo
da União Africana, que está
a preparar a Agenda da 34ª
Cimeira de Chefes de Estado
e de Governo do continente,
o ministro das Relações
Exteriores, Téte António,
disse que, da avaliação feita
pela instituição que tratou
de validar as candidaturas,
antes mesmo de entrarem
em cena, Josefa Sacko já
tinha sido considerada a
melhor concorrente.
“Estamos confiantes na
qualidade da nossa candi-
data”, frisou o chefe da
diplomacia, sublinhando
que Josefa Sacko tem todas
as possibilidades de passar,
por ter realizado um bom
trabalho no primeiro man-
dato e reunir competências
para tal.
Durante a reunião de
ontem, ficou orientado, atra-
vés de uma decisão que
poderá ser adoptada hoje,
que a Comissão da UA tra-
balhe estreitamente com o
G ove r n o d e A n g o l a e a
Unesco na realização do
Fórum sobre a Cultura da
Paz. “Pensamos tratar-se de
um ponto bastante impor-
tante”, disse Téte António.
Outro tema analisado tem
a ver com o enquadramento
de quadros dentro da União
Africana. Sobre este parti-
cular, Angola defende que,
sendo um dos seis maiores
contribuintes da organiza-
ção, deve ter igual número
de quotas em relação aos
outros países, que fazem
parte deste grupo.
Josefa Sacko conta apenas com o candidato de Marrocos
Relativamente ao combate
à pandemia da Covid-19, foi
defendida à necessidade de
se acelerar o processo e que
a grande prioridade seja dada
à aquisição das vacinas.
Os líderes africanos gos-
tariam de ver 60 por cento da
população vacinada. “Mas,
isso só vai acontecer se encon-
trarmos mecanismos mais
adequados e céleres, como a
desburocratização do trabalho
do Centro de Controlo das
Doenças de Adis Abeba, de
modo a ter uma certa auto-
nomia”, alertou Téte António.
Neste momento, disse, o
centro funciona ligado a um
dos departamentos da UA,
quando se trata de um centro
especializado com compe-
tências diferentes.
Sobre a situação huma-
nitária em África, o ministro
afirmou ter sido defendida
a operacionalização da Agên-
cia Humanitária Africana,
“bastante importante para
fazer face a certas imergên-
cias no continente”. No que
diz respeito aos relatórios
sobre Direitos Humanos,
sublinhou que o país não fal-
tou com nenhum.
A reunião dos chefes das
diplomacias dos países afri-
canos prossegue hoje, por
videoconferência. Os minis-
tros deverão eleger e nomear
quatro juízes para o Tribunal
Africano dos Direitos Huma-
nos e dos Povos, seis mem-
bros do Comité Africano de
Peritos sobre os Direitos e
Bem-Estar da Criança, igual
número de membros do
Conselho Consultivo da
União Africana sobre a Cor-
rupção, bem como o presi-
dente do Conselho da
Universidade Pan-Africana.
Para membro do Comité
Africano de Peritos sobre
os Direitos e Bem-estar da
Criança concorre o angolano
Wi l s o n A l m e i d a Ad ã o ,
enquanto Pascoal António
Joaquim é candidato a
membro do Conselho Con-
sultivo da União Africana
sobre a Corrupção.
A eleição dos comissários
aconte cerá durante a
Cimeira da União Africana,
agendada para os próximos
sábado e domingo.
JOÃO GOMES |EDIÇÕES NOVEMBRO
DECLARAÇÃO
MPLA repudia
acções contra
a integridade
do país
O Bureau Político do Comité
Central do MPLA defende que
“todos os angolanos devem
repudiar, veementemente,
todas as acções que atentam
contra a soberania nacional,
a integridade territorial e a
dinâmica de desenvolvimento
económico, político, social e
cultural que Angola regista”.
Numa declaração por oca-
sião do 60º aniversário da
Data do Início da Luta Armada
de Libertação Nacional, que
hoje se assinala, o órgão de
cúpula do partido no poder
cita o discurso de João Lou-
renço no encerramento das
comemorações do 64º ani-
versário do MPLA.
“ Va m o s c o n t ra p o r à
agenda política de subversão
da ordem constitucional,
gizada e a ser já executada
pelo nosso adversário, com
uma agenda política que for-
taleça o patriotismo, o res-
peito ao primado da lei, o
respeito pela diferença, que
promova a tolerância política
e a reconciliação nacional.
Teremos como únicas armas
a palavra, a verdade e a
honestidade, para mobilizar
os angolanos em torno da
nossa causa, a do desenvol-
vimento económico e social
de Angola”, disse, na altura,
João Lourenço.
Na declaração, o Bureau
Político do MPLA exorta,
igualmente, os angolanos a
“manifestarem o sentimento
de reconhecimento e de
orgulho patriótico aos Heróis
da Liberdade, que, num con-
texto de luta desigual, ini-
ciaram a caminhada triunfal
que fez brotar uma Angola
soberana, una e indivisível”.
O Bureau Político do MPLA
deixa “uma palavra de eterna
gratidão para todas as heroí-
nas que lutaram ao lado dos
homens pela dignidade de
todos os angolanos”.
Enaltece “o exemplo de
coragem, bravura e deter-
minação dos heróis nacio-
nais, curvando-se perante
a memória de todos quantos
perderam a vida ou deram
o melhor de si em prol de
Angola livre e independente”.
Considera o 4 de Fevereiro
de 1961 a “viva expressão do
sonho de liberdade do povo
angolano, amordaçado por
cinco séculos de exploração
e humilhação do jugo colonial
português, sendo, finalmente,
realizado com a proclamação
da Independência Nacional”.
Para o MPLA, os ataques
na madrugada do 4 de Feve-
reiro de 1961 por “destemidos
nacionalistas e patriotas con-
victos” contra “a Cadeia de
São Paulo, Casa de Reclusão,
Quartel da Polícia de Segu-
rança Pública e Emissora Ofi-
cial de Angola constituíram
um dos acontecimentos mar-
cantes da História Contem-
porânea de Angola, que
traduziram a vontade de auto-
determinação dos angolanos
que efectivou-se com o has-
tear da Bandeira Nacional, no
dia 11 de Novembro de 1975”.
11
TRIBUNAL CONSTITUCIONAL
JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO
Deputados das comissões especializadas discutiram a Proposta de Lei Orgânica do TC
Regalias dos juízes
dividem deputados
Paulo de Carvalho e Agostinho Van-Dúnem, do MPLA,
são a favor da redução das regalias, enquanto Jorge Vitorino,
da UNITA, é pela manutenção
Adelina Inácio se pretendam regalias em pelo colega de bancada,
excesso. É preciso que se pedindo, igualmente, a eli-
Alguns deputados do MPLA reduza consideravelmente”, minação de algumas regalias
propuseram, ontem, ao Exe- defendeu. destinadas aos juízes do TC.
cutivo, a redução de algu- Paulo de Carvalho ques- O presidente da Comissão
mas regalias atribuídas aos tionou, por exemplo, a razão dos Assuntos Jurídicos e
juízes do Tribunal Consti- pela qual o juiz presidente Constitucionais da Assem-
tucional (TC), por conside- do TC precisa de um subsídio bleia Nacional, Reis Júnior,
rarem-las excessivas. de estímulo, “que é superior esclareceu que as regalias
Os parlamentares subli- ao salário de um deputado”. atribuídas aos juízes do TC
nharam o facto de os juízes Para o também sociólogo, têm sido suspensas em cada
do TC auferirem três milhões com a redução das regalias lei orçamental. Há mais de
de kwanzas, além de rece- dos juízes, o Executivo estaria cinco anos que a Lei do OGE
berem regalias. A proposta de a dar um bom exemplo à socie- de cada ano limita as regalias,
Lei Orgânica do TC, em dis- dade de que “apertar o cinto por falta de recursos, disse.
cussão nas comissões de espe- não é só para os mais pobres”. A UNITA é favor das rega-
cialidade, prevê a existência O deputado questionou, lias atribuídas aos juízes do
de subsídios de estímulo e de ainda, “por que razão qualquer TC. O deputado Jorge Vitorino
disponibilidade, além de sete juiz conselheiro do TC tem disse que o grupo parlamentar
empregados, bilhetes de pas- direito à residência do Estado da UNITA considera que o TC
sagem e um subsídio anual ou a expensas do Estado e é um órgão de muita delica-
para check-up. devidamente mobilada”. deza e, por isso, “merece um
O deputado Paulo de Car- Paulo de Carvalho propôs a tratamento devido, tendo em
valho, do MPLA, considera igualdade nas regalias de todos conta a sua idoneidade”.
excessivas as regalias que se os órgãos superiores dos três “Tendo em atenção as suas
pretendem atribuir aos juízes poderes, no que concerne ao atribuições e sem desprimor
do TC. “Houve redução de salário, subsídios e regalias. de outros tribunais, o Tri-
regalia a nível do poder Legis- O deputado Agostinho bunal Cionstitucional merece
lativo e Executivo e não me Van-Dúnem, também do um tratamento especial e
parece correcto que, num MPLA, concordou com as com dignidade”, defendeu
outro órgão do Poder Judicial preocupações levantadas o também jurista.
Executivo quer manter remunerações e regalias
O secretário de Estado da Justiça, Orlando dos demais, devido aos emolumentos que
Fernandes, defendeu a manutenção das remu- arrecada e à comparticipação dos emolumentos,
nerações e regalias dos juízes do Tribunal Cons- mas todos os tribunais superiores estão nivelados
titucional, para não criar desequilíbrio em em termos de subsídios.
relação às demais jurisdições. O juiz conselheiro do Tribunal Constitucional
Orlando Fernandes propôs que a questão Raul Araújo esclareceu que todos os direitos
seja vista na Proposta de Lei do Estatuto Remu- ou regalias destinados aos magistrados estão
neratório dos Magistrados Judiciais e não da consagrados no Estatuto dos Magistrados do
Orgânica do Tribunal Constitucional. “Aí atin- Ministério Público. Raul Araújo adiantou que
giríamos a tal solução optimizada e transversal os juízes e representantes da PGR não concordam
que tocasse de forma igual todas as magistra- com a redução dos subsídios e propõem acréscimo
turas”, sugeriu. de alguns, com destaque para o de risco e de
O também docente universitário disse que isolamento, entre outros.
as remunerações e regalias a nível dos tribunais O magistrado lembrou que as regalias dos
superiores estão equiparadas. “Até 2019, assis- juízes do TC constantes na proposta de lei em
tiu-se a um foço grande. Tivemos, no nosso discussão já estão em vigor desde 2008.
cenário salarial, a nível das magistraturas, uma A questão do mandato dos juízes do TC foi
situação em que o juiz conselheiro do Tribunal o assunto que mais gerou polémica durante
Supremo auferia um milhão e duzentos mil o debate entre os deputados e o Executivo.
kwanzas, quando os juízes do Tribunal Cons- Uma corrente de deputados defendia que,
titucional recebiam três milhões”, revelou. embora a Constituição defenda que os juízes
Orlando Fernandes garantiu que, actualmente, exerçam os mandatos de sete anos não reno-
não existe diferenças em relação às remunerações váveis, esta lei devia limitar o mandato ao
a nível dos tribunais superiores, com destaque limite de 70 anos. Os deputados das diferentes
para o Supremo e Constitucional. O Tribunal bancadas defenderam que a idade não deve
de Contas, disse, está numa posição diferente servir de limitação do mandato.
12 Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA SAÚDE

ANÚNCIO DE ABERTURA DE PROCEDIMENTO DE CONCURSO PÚBLICO

Concurso Público n.º 001/2021

O Ministério da Saúde vem tornar público, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 67.° e do Anexo IV, da Lei n.º 41/20, de 23 de Dezembro - Lei dos Contratos Públicos, que está
aberto o Concurso Público para aquisição: a) medicamentos; b) suplementos nutricionais; c) material de biossegurança; d) equipamentos médicos e e) serviços de instalação para o
Serviço Nacional de Saúde.

1. DADOS DA ENTIDADE PÚBLICA CONTRATANTE (EPC) www.compraspublicas.minfin.gov.ao, mediante pagamento de um valor não reembolsável de KZ
1.1 Designação (UO / OD): 100.000,00 (Cem Mil Kwanzas), solicitando o respectivo comprovativo através da emissão do Docu-
Ministério da Saúde mento de Cobrança (DC) – Emolumentos e Taxas Diversas, no valor de AOA: 100.000,00 (Cem Mil
1.2 Endereço: Kwanzas), junto das Repartições Fiscais, nos termos do Decreto Presidencial n.º 196/16, de 23 de
Rua: Revolução de Outubro, S/N, travessa do Banco de Urgência do Hospital Josina Machel (Maria Setembro.
Pia), Município da Maianga, Província de Luanda. A prova do respectivo pagamento deve ser feita aquando da submissão da proposta, sendo a não
1.3 Telefone / Fax: submissão causa de exclusão da proposta.
1.4 Correio electrónico / Endereço internet (URL): comissão.avaliacao2020@gmail.com Para os interessados a nível internacional, o depósito é efectuado em dólares no valor de USD 300
1.5 Tipo de entidade contratante e suas principais actividades: (Trezentos Dólares Americanos), nas coordenadas BNA USD CUT ME ou no valor de EU 247,29 nas
Ministério da Saúde. COORDENADAS BNA EUR CUT ME, de acordo com a informação infra:
1.6 A EPC está a contratar por conta de outras entidades? Beneficiary Account Number: DNT0094008
Não
2. INFORMAÇÕES RELATIVAS AO CONCURSO USD
2.1. Designação dada ao contrato pela EPC: COORDENADAS BNA USD CUT ME
Contrato de fornecimento de medicamentos, material de biossegurança e equipamentos médicos do Correspondent Bank: Standard Chartered Bank New York
Serviço Nacional de Saúde. SWIFT code: SCBLUS33
2.2. Tipo de contrato: Correspondent Bank Address New York City, U.S.A.
Aquisição de bens imóveis (Produtos Farmacêuticos) Account holder: Banco Nacional De Angola
2.3. Local da entrega: Account number: 3582025641001
Central de Compras e de Aprovisionamento de Medicamentos e Meios Médicos de Angola – CE- Beneficiary Bank: Banco Nacional De Angola
COMA, sita na Rua Pedro de Castro Van-Dúnem Loy, Casa S/N, nas Instalações da Angomédica, ao SWIFT code: BNANAOLU
lado do Hospital Sanatório de Luanda, Bairro Palanca, Província de Luanda. Beneficiary Bank Address Luanda, Angola
2.4. O concurso implica a celebração de um contrato público: Sim
Beneficiary Account holder: The Ministry of Finance, Republic of Angola
2.5. O concurso está aberto à participação de entidades estrangeiras: Sim
Beneficiary Account number: DNT0094008
2.6. Breve descrição das prestações objecto do contrato: Fornecimento de medicamentos para
o Serviço Nacional de Saúde, subdividido em 4 Lotes, abaixo indicados:
a) Lote 1 - Medicamentos; EUR
b) Lote 2 – Suplementos Nutricionais; COORDENADAS BNA EUR CUT ME
c) Lote 3 – Material de Biossegurança; Correspondent Bank: Commerzbank FankFurt Germany
d) Lote 4 – Equipamentos Médicos; Swift Code: COBADEFF
2.6.1 Os componentes que integram os lotes encontram-se detalhados na plataforma electrónica. Correspondent Bank Address FrankFurt Germany
2.7. Prazo de execução do contrato: 4 (quatro) meses. Account number: 400871596300 EUR
3. INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS CONCORRENTES E ÀS PROPOSTAS Account holder: Banco Nacional de Angola
3.1. Adicionalmente, é exigido no momento da notificação de adjudicação os seguintes Docu- Currency EUR
mentos de habilitação: Beneficiary Bank: Banco Nacional De Angola
Com a notificação de adjudicação, o concorrente deve apresentar os seguintes documentos: SWIFT code: BNANAOLU
a) Certificado de Escritura da Empresa; Certificado do Registo Comercial, Identificação do Repre- Beneficiary Bank Address Luanda, Angola
sentante da Empresa, Procuração em caso de delegação de poderes e o Número de Identificação Beneficiary Account holder: The Ministry of Finance, Republic of Angola
Fiscal; Beneficiary Account number: DNT0094008
b) Certificados de Registo Criminal dos representantes legais da Sociedade;
c) Certificado de Registo Estatístico; 6.1.1. Prazo para recepção de pedidos das peças do procedimento ou para aceder aos docu-
d) Documento actualizado da Autorização para o exercício da actividade farmacêutica passado pela mentos:
Direcção Nacional de Medicamentos e Equipamentos (DNME), com mínimo de seis (6) meses de As peças estarão disponíveis, para cada interessado, após o respectivo pagamento, conforme referido
validade; no número anterior.
e) Certidão Contributiva emitida pelo Instituto Nacional de Segurança Social a comprovar que se en- 6.1.2. Prazo e Lugar para apresentação das Propostas:
contra regularizada a sua situação relativamente às suas contribuições para a Segurança Social; As propostas devem ser carregadas até às 23:59 do dia 1 de Março de 2021, no Sistema Nacional
f) Declaração de Não Devedor; de Contratação Pública Electrónica (SNCPE).
g) As cópias dos documentos solicitados devem ser autenticadas pelas autoridades competentes no Para efeito de carregamento das Propostas devem ser observados os passos descritos no manual
país de origem e pelos serviços consulares da Embaixada da República de Angola no país de origem; do fornecedor, disponível em www.compraspublicas.minfin.gov.ao.
h) No caso de o concorrente ser estrangeiro, devem apresentar os documentos dispostos no n.º 3 e As propostas apresentadas fora do prazo serão rejeitadas.
seguintes do artigo 59.º da Lei dos Contratos Públicos.
3.2. Admissão de propostas variantes: Não 7. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
4. CRITÉRIO DE ADJUDICAÇÃO 7.1. Endereço e ponto de contacto onde podem ser obtidas as informações adicionais, as peças do
4.1 Na avaliação das propostas dos concorrentes que se apresentem ao concurso será adjudicada procedimento e enviadas as propostas:
a proposta cujo preço seja o mais baixo, nos termos da alínea b), do n.º 2 do artigo 82.º da Lei n.º 7.1.1. Designação oficial:
41/20 de 23 de Dezembro. Central de Compras e de Aprovisionamento de Medicamentos e Meios Médicos de Angola (CECOMA)
4.2 Terminado o procedimento a adjudicação estará dependente da aprovação da correspondente 7.1.2. Endereço:
inscrição orçamental, nos termos da Lei dos Contratos Públicos. Rua: Pedro de Castro Van – Dúnem Loy, Casa S/N, nas Instalações da Empresa Nova Angomédica,
5. LEILÃO ELECTRÓNICO ao lado do Hospital Sanatório de Luanda, Bairro Palanca, Província de Luanda.
O procedimento compreende uma fase de leilão electrónico. 7.1.6. Correio electrónico / Endereço internet (URL): comissao.avaliacao2020@gmail.com
6. PEÇAS DO PROCEDIMENTO Ministério da Saúde, em Luanda, aos ___________ de ________________ de 2021.
6.1. Condições para a obtenção das peças do procedimento:
As peças do procedimento do presente Concurso Público (Programa de Concurso e Caderno de En- A Ministra
cargos) estão disponíveis no Portal da Contratação Pública, acessível em Dra. Sílvia Paula Valentim Lutucuta
(600.003)-PP/PB
Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021 13
ANÚNCIO DE VAGA
A Auto Sueco Angola, S.A., Sociedade de Direito Angolano, com sede em Luanda, na Avenida
Comandante Gika, Travessa Ho Chi Minh, Garden Towers, Torre B, 10.º Andar, Bloco 3, Contribuinte
A ONG italiana CUAMM, especializada na área da saúde, tem a vaga de: Fiscal n.º 5410000471, serve-se do presente meio para informar aos proprietários dos equipamentos
abaixo listados que deverão se dirigir às suas instalações, sitas na Rua da Volvo, Bairro da Candua,
1 Médico/a Cirurgião
S/N, Município de Cacuaco, Província de Luanda, a fim de concertarem os moldes em que deverão
(Com conhecimento de ginecologia e obstetricia) com base no Hospital da Missão Católica do Chiulo (Mu- proceder ao levantamento dos mesmos, sob pena de no prazo máximo de 1 (um) ano, a contar da
nicipio de Ombadja) Cunene, Angola. data da publicação do presente aviso, perderem o Direito de o fazer, nos termos dos números 2, 3
e 4 do artigo 10.º do Decreto Presidencial n.º 155/20 de 1 de Junho, Regulamento Sobre a Actividade
Requisitos: de Importação, Comércio e Assistência Técnica a Equipamentos Rodoviários.
• Ser Cirurgião com especialização em ginecologia e obstetricia.
• Disponibilidade de trabalhar no longo prazo em ambiente rural em situação de baixos recursos. Igualmente informamos, que será cobrada a taxa diária de AKZ 10.000,00 (Dez Mil Kwanzas) pelo
• Ter experiência de trabalho em hospitais públicos ou privados de pelo menos 5 anos. parqueamento de cada equipamento, a contar da data da presente publicação.
• Capacidade de gestão de equipas de enfermeiros locais. Findo o prazo identificado acima, a Auto Sueco Angola, S.A., reserva-se no Direito de dar aos equi-
• Capacidade de escrever relatório das actividades em português, inglês e italiano. pamentos abandonados o fim que melhor lhe aprouver:
• Capacidade de trabalho em equipas nacionais e internacionais.
N.º Nome Cliente Matrícula
Competências:
1. CAMINHO- FERRO DE LUANDA LD0881DZ
• Coordenar, reforçar e melhorar a integração entre os projectos implementados no Hospital do Chiulo e nas
2. JOÃO BERNARDO DE MIRANDA LD3135BP
comunidades do Município, a qualidade dos dados sanitários do Hospital e do Município, a integração entre os
3. QUINTINO ARMANDO JOSÉ MORAIS LD3820DT
parceiros e grupos de apoio nacionais e internacionais presentes nas comunidades do Município, a gestão do
4. VÍCTOR MANUEL BAPTISTA ALVES LD0690DA
Hospital e a elaboração de Planos Estratégicos e Operacionais Anuais; 5. ELIAS PIEDOSO CHIMUCO LD7207CM
• Com a RMS redigir e participar no Plano de Supervisões Formativas Integradas; 6. CLT - CENTRAL LOGÍSTICA E TRANSPO LD9474DV
• Elaborar o Plano de Monitoria e Avaliação para medir o nível de avanço dos Planos Operacionais Anuais do 7. OET-TRANSPORTES COMÉRCIO E SERVIÇO HLD5496
Hospital e da RMS; 8. ROSA JÉSSICA DIAS ANDRÉ LD2972CZ
• Promover por fases, a introdução dos módulos do “Sistema Qualidade” na gestão dos serviços hospitalares.
Luanda, aos 1 de Fevereiro de 2021.
Enviar CV para angola@cuamm.org ou entregar na sede do CUAMM, Rua Projectada A3 Casa nº 2 Bairro Morro
Lizângela Furtado
Bento II, Luanda, dentro de 30 dias a partir da data desta publicação.
(Administradora)
(1601)1/8P-2/2
(1630)1/8P-1/1

CONCURSO
REPÚBLICA DE ANGOLA Condomínio fechado em Luanda, sito no
TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA bairro Cabulombo, procura empresas idóneas RECRUTAMENTO
SALA DE FAMÍLIA - 3.ª SECÇÃO
para a prestação dos seguintes serviços:
EDITAL Empresa Francisco Ferreira Barros Sucursal Angola, Lda.,
2.ª PUBLICAÇÃO com sede na Rua Direita do Panguila - Velho, portador do Contri-
1. Gestão do Condomínio; buinte n.º 5411000602, registada na Conservatória do Registo Co-
mercial de Luanda, no dia 24-09-2019, sob número de registo
Na Terceira Secção da Sala de Família do Tribunal Provincial de 2. Serviços de Protecção e Segurança; 2005.721, com Actividade de Construção Civil, precisa;
Luanda, e nos autos de Reconhecimento da União de Facto
por Morte, Processo n.º 1421/17-C, que corre seus trâmites 3. Serviços de recolha de lixo; ENCARREGADO DE OBRA, ESPECIALISTA EM BETUMINOSO
nesta secção, em que é autora, IVONE ANTÓNIO BERNARDO, 4. Serviços de limpeza e jardinagem.
solteira, filha de Guilherme Simão Bernardo, e de Eva António Local: Bengo
Segundo, residente em Luanda, município de Viana, bairro de
Requisitos:
Viana, casa s/n.º, e réus herdeiros incertos de Manuel Domin- Para mais informações, os interessados po- • Ensino médio concluído
gos, falecido a 19 de Julho de 2016; são estes citados, para no derão contactar o telefone n.º 926749444, • Capacidade de Liderança na gestão da equipa
prazo de 30 (trinta) dias, com a dilação de 30 (trinta) dias, a • Bom conhecimento em Betuminoso
contar da segunda e última publicação deste anúncio, contes-
igualmente, para a aquisição dos respecti- • Ter no mínimo 5 anos de experiência
tarem, querendo, o pedido formulado pela autora, e que a falta vos Cadernos de Encargos a um custo de • Conhecimento em terraplanagem
de contestação não importa a confissão dos factos articulados Kz: 20.000,00 (Vinte Mil Kwanzas). Os candidatos interessados deverão remeter as suas candidatu-
na petição inicial, cujo duplicado se encontra na Secretaria
ras (CV, cópia do certificado) até ao dia 6 de Fevereiro de 2021
deste Tribunal para lhes ser entregue. no e-mail: candidatura@ffb.co.ao
Condomínio Vereda das Flores, em
A JUÍZA DE DIREITO,
Dra. EUNICE TIRZA SEBASTIÃO DIOGO
Luanda, aos 26 de Janeiro de 2021. Panguila, 29 de Janeiro de 2021.

A ESCRIVÃ DE DIREITO Joana Manuel da Silva

SIDNEIA FALCÃO N. DOS SANTOS (1589)-D/2-2/2
(1280)-D/2-2/2 (1616)-D/2-1/1

YUHAI, EMPREENDIMENTOS, LDA.

N.º Contribuinte: 5419016834
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E HABITAÇÃO
ANÚNCIO DE VAGA
INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADASTRAL DE ANGOLA A Yuhai Empreendimentos, com sede em Luanda, na Rua Fidel de Cas-
DEPARTAMENTO PROVINCIAL DO CUANZA-SUL tro – Bairro 11 de Novembro, S/N.º, Município de K.K, Luanda, no âmbito
de processo de expansão, pretende recrutar com urgência novos quadros
Edital N.º 39/18 Angolanos para a seguinte posição:
MUDANÇA DE ENDEREÇO
Processo de Concessão n.º 88-CS/15 • Engenheiro (a) Civil.
• Assistente Administrativo (a).
Tendo, a senhora Angelina Imbo Manuel, requerido o direito de • Operador Aduaneiro (a).
A Sociedade de Advogados, Amaral Gourgel
superfície de uma parcela de terreno Rural com uma área de 8 Os candidatos deverão enviar a sua candidatura para o seguinte
hectares, onde será implementado um projecto Agrícola, locali- endereço de email: recrutamento.yuhai@gmail.com até ao dia
& Associados – Sociedade de Advogados,
zado na Província do Cuanza Sul, Município da Cela, Comuna 8 de Fevereiro de 2021.
(1415)-C/2-2/7
RL, vem pelo presente informar as autoridades
de Quissanga Cungo, a uma distância de 2.500. (Dois Mil e Qui-
nhentos) metros a Oeste do Bairro Catumba, feita a Demarcação
judiciais, judiciárias, do Ministério Público, a
Provisória a mesma ficou com as seguintes confrotações: a todos seus clientes e a sociedade em geral,
Norte com o riacho inominado, a Sul com terreno ocupado pela que transferiu os seus escritórios para o se-
Senhora Beatriz Dias Cadete, e Este com terreno ocupado pelo
Senhor Casimiro Carlos Cardiona, e a Oeste com terreno ocu-
guinte endereço:
pado pela Senhora Beatriz Dias Cadete.
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São, por este meio, convidadas todas as pessoas que julgarem
com direitos sobre o mesmo terreno, a virem comprová-lo neste Nova loja no Morro Bento CIF LUANDA TWO, 9º ANDAR.
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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADASTRAL DE ANGOLA
SERVIÇOS PROVINCIAIS DO ZAIRE
EDITAL N.º 71/20
PROCESSO N.º 1826-ZA/2020
Tendo a Cooperativa Agro-comercial, requerida a concessão de uma Parcela de Ter-
reno rural, com direito de superfície, destinada a actividade Agro-pecuária, situada a
aproximadamente 800m, a Oeste da ponte sobre o Rio Lué, do lado direito a EN-100,
no troço Rio Lué/Localidade da Mussera, numa profundidade de 500m, com uma área
de 208 ha (duzentos e oito hectares), localizada na Zona do Lué, Comuna da Mus-
serra, Município do Nzeto, Província do Zaire. Feita a Demarcação Provisória, a
mesma ficou com as seguintes confrontações:
A NORTE – Com terrenos baldios do Estado
A SUL – Com a EN-100.
A ESTE – Com terrenos baldios do Estado.
A OESTE – Com terrenos baldios do Estado.
São, por este meio, chamadas todas as pessoas, singulares ou colectivas, que se jul-
garem com direitos à parte ou totalidade sobre o mesmo terreno, a virem comprová-
lo nestes Serviços Provinciais do Instituto Geográfico e Cadastral de Angola, no prazo
de 30 dias a contar da data da publicação deste EDITAL.
SERVIÇOS PROVINCIAIS DO ZAIRE DO INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADAS-
TRAL DE ANGOLA, EM MBANZA-KONGO, AOS 28 DE SETEMBRO DE 2020.
O CHEFE DOS SERVIÇOS
ISAAC JOSÉ PAZ DA CRUZ
(1634)D/2-1/1
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADASTRAL DE ANGOLA
SERVIÇOS PROVINCIAIS DO ZAIRE
EDITAL N.º 03/20
PROCESSO N.º 1967-ZA/2020
Tendo a Sociedade Amacet-Comércio Geral e Prestação de Serviços, requerida a
concessão de uma Parcela de Terreno, com direito de superfície, destinada a activi-
dade agro-pecuária, situada a Oeste da Aldeia de Nkasu, a aproximadamente 900m,
do lado esquerdo a EC-304 Cuímba/Serra da Kanda, com uma área de 993ha (nove-
centos e noventa e três hectares), localizada na Aldeia Nkasu, Município do Cuímba,
Província do Zaire. Feita a Demarcação Provisória, a mesma ficou com as seguintes
confrontações:
A NORTE – Com o Rio Kabokolo.
A SUL – Com o Rio Lumona
A ESTE – Com terrenos baldios do Estado.
A OESTE – Com o Rio Mbridge.
São, por este meio, chamadas todas as pessoas, singulares ou colectivas, que se jul-
garem com direitos á parte ou totalidade sobre o mesmo terreno, a virem comprová-
lo nestes Serviços Provinciais do Instituto Geográfico e Cadastral de Angola, no prazo
de 30 dias a contar da data da publicação deste EDITAL.
SERVIÇOS PROVINCIAIS DO ZAIRE DO INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADAS-
TRAL DE ANGOLA, EM MBANZA-KONGO, AOS 12 DE JANEIRO DE 2021.
O CHEFE DOS SERVIÇOS
ISAAC JOSÉ PAZ DA CRUZ
(1633)D/2-1/1
Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021 15
Eni Angola SpA – Sucursal de Angola
Edifício Downtown Center
Rua Joaquim Figueiredo, n.º 19, 7.º / 12.º Andares
Caixa Postal 1289 | Luanda | Angola
www.eni.com

ANÚNCIO DE CONCURSO PÚBLICO PARA EMPRESAS

A Eni Angola SpA - Sucursal de Angola, empresa italiana que opera em Angola na área de Exploração, Desenvolvimento e Produção de Hidrocarbonetos, vem, por
este meio, anunciar a realização de concurso público com o objectivo de seleccionar empresas qualificadas para a prestação de bens e serviços conforme a tabela
abaixo:

DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS REFERÊNCIA DO CONCURSO

Fornecimento de Sistema Umbilical, incluindo:

- Fornecimento do Sistema Umbilical
- Integração da terminação umbilical fornecida pela Companhia 002-PRO-EOI-15/06-21
- Teste “FAT” do sistema umbilical
Assistência técnica durante a fase de instalação, pré-comissionamento e Comissionamento

As empresas interessadas em participar neste concurso deverão pronunciar-se no prazo de 7 dias úteis, a contar desde a data de publicação do presente anúncio,
enviando um e-mail para candidatura.angola@eni.com, fazendo menção à referência do concurso e seguir as instruções posteriormente recebidas.
Os requisitos mínimos para a pré-qualificação de todos os candidatos são:
Documentos administrativos:
• Carta de apresentação com descrição da equipa de trabalho, equipamentos e serviços;
• Evidência de 8 anos de experiência no sector petrolífero e descrição detalhada dos 2 últimos contratos;
• Cópia digitalizada da Certidão Comercial, do nome da Pessoa Jurídica e referência da pessoa de contacto para receber o pacote de qualificação e outras informações
relevantes da Eni Angola;
• Estrutura da empresa e do grupo com a lista dos principais accionistas e beneficiários finais (se não listados na bolsa de valores);
• Demonstrações financeiras e relatório anual dos últimos três anos, incluindo balanço patrimonial, demonstração de resultados e fluxo de caixa. Estes documentos
devem ser fornecidos para o Grupo da Empresa (se aplicável) e para a entidade do Grupo registada em Angola.
Requisitos Técnicos:
• Experiência em Gestão de Projectos de Umbilicais em águas profundas (1100-1300 m) como empreiteiro principal;
• Experiência em fabricação de umbilical com tubos de aço e cabos de energia;
• Experiência em “design”, aquisição e fabricação de Umbilicais estáticos (comprimento > 15 km) a ser ligado à "rede submarina" existente.
(500.0141)-MPI/PB-1/2

Eni Angola SpA – Sucursal de Angola

Edifício Downtown Center
Rua Joaquim Figueiredo, n.º 19, 7.º / 12.º Andares
Caixa Postal 1289 | Luanda | Angola
www.eni.com

ANÚNCIO DE CONCURSO PÚBLICO PARA EMPRESAS

A Eni Angola SpA - Sucursal de Angola, empresa italiana que opera em Angola na área de Exploração, Desenvolvimento e Produção de Hidrocarbonetos vem, por
este meio, anunciar a realização de concurso público com o objectivo de seleccionar empresas qualificadas para a prestação de bens e serviços conforme a tabela
abaixo:

DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS REFERÊNCIA DO CONCURSO

Fornecimento de “Flowlines” + Transporte & Instalação incluindo:

- Fornecimento de “rigid flowlines” e “Pipe in Pipe”, “PLETs” e “well jumpers”
- Transportação de “Umbilicals, Flowline e Subsea Structures” para offshore
- Instalação de “Umbilicals, Flowlines e Subsea Structures” em offshore 003-PRO-EOI-15/06-21
- Instalação de “well Jumper e flying leads”
- Pré-Comissionamento de “flowlines e umbilicals”
- Assistência durante a fase de Comissionamento

As empresas interessadas em participar neste concurso deverão pronunciar-se no prazo de 7 dias úteis, a contar desde a data de publicação do presente anúncio,
enviando um e-mail para candidatura.angola@eni.com, fazendo menção à referência do concurso e seguir as instruções posteriormente recebidas.
Os requisitos mínimos para a pré-qualificação de todos os candidatos são:
Documentos administrativos:
• Carta de apresentação com descrição da equipa de trabalho, equipamentos e serviços;
• Evidência de 8 anos de experiência no sector petrolífero e descrição detalhada dos 2 últimos contratos;
• Cópia digitalizada da Certidão Comercial, do nome da Pessoa Jurídica e referência da pessoa de contacto para receber o pacote de qualificação e outras informações
relevantes da Eni Angola;
• Estrutura da empresa e do grupo com a lista dos principais accionistas e beneficiários finais (se não listados na bolsa de valores);
• Demonstrações financeiras e relatório anual dos últimos três anos, incluindo balanço patrimonial, demonstração de resultados e fluxo de caixa. Estes documentos
devem ser fornecidos para o Grupo da Empresa (se aplicável) e para a entidade do Grupo registada em Angola.
Requisitos Técnicos:
• Experiência em projectos de águas profundas em Angola como principal contratante de “EPCI”;
• Experiência em “design”, aquisição, fabricação e instalação de sistemas de “Pipe-in-Pipe rigid flowlines systems”;
• Experiência em “flowline” revestida com Inconel 825:
• Navio de Instalação com a capacidade de instalar “Pipe-in-Pipe rigid flowlines” em 1100-1300m w.d.
(500.0141)-MPI/PB-2/2
16 Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021

(900.002)PP/C-6/6
Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021 17

(500.0076)PI/C-4/12
18 NECROLOGIA
MISSA
BARTOLOMEU S.RODRIGUES
DA COSTA (Tio Belo)
As famílias Simões Costa e Silva Machado
comunicam que a Missa do 1.º Mês do
seu ente querido BARTOLOMEU SIMÕES
RODRIGUES DA COSTA (Tio Belo) se
realiza dia 5/2/2021, (sexta-feira), às
6h30, na Paróquia de Santa Teresa de
Jesus, (Igreja Católica, junto à sua Resi-
dência), local do óbito.
(1612)NMI-1/2
AGRADECIMENTO
MARIA ANDRADE MOREIRA
ALVES (Mãe Bia)
Elisabeth, Luísa, João, Leonor, Manuela
e Moisés (filhos), netos, e bisnetos agra-
decem a todos quantos se dignaram em
prestar a última homenagem e apoio ao
óbito de sua mãe MARIA ANDRADE
MOREIRA ALVES, (Mãe Bia), os seus
mais sinceros agradecimentos.
(1553)NMI-6/6
FALECEU
FRANCISCO DE JESUS
MARTINS (Valódia)
Domingas Zage Martins (esposa), Mirian
Martins, Haniel Martins e Milena Martins
(filhos) comunicam o falecimento de
seu esposo e pai FRANCISCO DE JESUS
MARTINS (Valódia), ocorrido no dia
1/2/2021, na Venezuela, por doença.
(1602)NMI-4/9
FALECEU
ANTÓNIO JOSÉ SERÔDIO
ALEXANDRE (Zé Serôdio)
A família Galvão: Elsa, Ângela, Jú, Nanda,
Victor (cunhados) e sobrinhos comunicam
o falecimento do seu ente querido ANTÓ-
NIO JOSÉ SERÔDIO ALEXANDRE, (Zé
Serôdio), ocorrido no dia 1/2/21, em
Lisboa, por doença. (1565)NMI-2/6-Rec
SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 9H ÀS 15H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 8H ÀS 14H
FALECEU
SIMÃO JOÃO
FRANCISCO(Sild)
Romão Matoso Pedro de Andrade, António
Salvador Samy, Marcolino Alberto (Marro
Alberto), Sebastião Joaquim de Carvalho
(Mandinas), Pireca, Wayne, Rony, Cajó, Miguel,
Lico, Geniceu, Vavá e Rossy (amigos) cumprem
o doloroso dever de comunicar o falecimento
de SIMÃOJOÃO FRANCISCO(Sild), ocorrido
dia 31/1/2021. O funeral realiza-se hoje, dia
4/2/2021, no cemitério do Benfica, às 10h00.
(1628)NMI-1/1
FALECEU
BALTAZAR DE DEUS DO
AMARAL GOURGEL
Venceslau Gourgel (Rico), Júlia Gourgel Cou-
chinho (Maguy), Telma Gourgel Chaves (Cas-
sessa), Lili Gourgel, Jessy Gourgel, Kátya
Gourgel, Hojy Gourgel e Nvunda Gourgel cum-
prem o doloroso dever de comunicar o pas-
samento físico do seu irmão BALTAZAR DE
DEUS DO AMARAL GOURGEL, ocorrido dia
29/1/2021, na Província do Cunene. O funeral
realizar-se-á no Cunene, em data a anunciar
oportunamente. (1580)NMI-3/3
FALECEU
FRANCISCO DE JESUS
MARTINS (Vax)
Hélder Martins, Lurdes, Cândida, Ima-
culada, Odeth, Ângela, Luísa, Sonhe e
Bruno comunicam o falecimento de seu
irmão FRANCISCO DE JESUS MARTINS,
ocorrido no dia 1/2/2021, na Venezuela,
por doença. (1602)NMI-5/9
FALECEU
ANTÓNIO JOSÉ SERÔDIO
ALEXANDRE (Zé Serôdio)
Nádia Madureira, Karine Alexandre
(noras) e netos comunicam o falecimento
do seu ente querido ANTÓNIO JOSÉ
SERÔDIO ALEXANDRE, (Zé Serôdio),
ocorrido dia 1/2/21, em Lisboa, por
doença. (1565)NMI-4/6-Rec
FALECEU
ARTUR JOÃO PEDRO
DOMINGOS
Manuel João Pedro Domingos, Víctor
João Pedro Domingos, Catarina João Pedro
Domingos, Ernestino João Pedro Domingos
(irmãos), Ernestina M. Pinto Silva, Lúcia
Pinto, Carlos Pinto, Manuel Pinto, José
Pedro Domingos e António Pedro Domin-
gos (tios) comunicam o falecimento de
ARTUR JOÃO PEDRO DOMINGOS. O
funeral realizar-se-á em data a anunciar
oportunamente. (1586)NMI-1/1
FALECEU
REVERENDO JOÃO
MAKONDEKWA
Foi com profunda dor e consternação
que Isabel Makondekwa (esposa), Beryl
Massiya, Muma Makondekwa, Luzolo
Makondekwa, Ottoniel Makondekwa e
Ammiel Makondekwa (filhos) comunicam
o falecimento do seu esposo e pai, JOÃO
MAKONDEKWA, ocorrido no dia 2/2/2021,
por doença. O funeral realizar-se-á em
data e local a anunciar oportunamente.
(1614)NMI-2/10
FALECEU
FRANCISCO DE JESUS
MARTINS (Valódia)
Maria Francisco Miguel (mãe) comunica
o falecimento de seu filho FRANCISCO
DE JESUS MARTINS (Valódia ), ocorrido
no dia 1/2/ 2021, na Venezuela, por
doença. (1602)NMI-6/9
FALECEU
ANTÓNIO JOSÉ SERÔDIO
ALEXANDRE (Zé Serôdio)
Jéssica Alexandre, Nuno Alexandre,
Pedro Alexandre (filhos) e Mila Galvão
comunicam o falecimento do seu ente
querido ANTÓNIO JOSÉ SERÔDIO ALE-
XANDRE (Zé Serôdio), ocorrido dia
1/2/21, em Lisboa, por doença.
(1565)NMI-6/6-Rec
Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021
RECORDAÇÃO
CÂNDIDA DA CONCEIÇÃO GOMES DA COSTA
(Candinha)
É com profunda dor, que relembro hoje, o dia do teu Aniversário
Natalício, porque farias 47 anos. Deus te levou pois, há muito
tempo e os céus esperavam o retorno de um dos seus anjos. É
tanta a saudade, que chega a apertar o peito, mas hoje, não é dia
de lágrimas, é dia de recordar o que tu conquistaste em vida.
Que a saudade que sinto chegue até ao céu, neste dia tão especial.
Feliz Aniversário Mana. Da tua irmã Cláudia da Conceição.
(1635)NMII-1/1
CONDOLÊNCIAS
ANTÓNIO CANGANJO
Foi com profunda dor e consternação que a Direcção e funcionários
da Nile Dutch Angola tomaram conhecimento do passamento
físico de ANTÓNIO CANGANJO, pai do Sr. Crisóstomo Angelino
Canganjo, Supervisor do Departamento de Documentação,
ocorrido dia 3/2/2021, por doença. Neste momento de dor e
consternação, o colectivo de funcionários apresenta as mais
sentidas condolências à família enlutada.
(1642)NMII-1/1
CONDOLÊNCIAS
MANUEL FRANCISCO DE OLIVEIRA
O Conselho de Administração e o colectivo de trabalhadores
da empresa Sistec, S.A. cumprem o doloroso dever de comunicar
o falecimento do funcionário MANUEL FRANCISCO DE OLIVEIRA,
ocorrido no dia 2 de Fevereiro de 2021, na Província de Luanda.
Neste momento de dor e luto, endereçam à família enlutada os
mais profundos pêsames. (1665)NMII-1/1
MISSA FALECEU
LUDY KISSASSUNDA JOÃO ANTÓNIO DIOGO
A Família Kissassunda, consternada com o pere- DA SILVA
cimentodoseu entequerido LUDYKISSASSUNDA
agradece o conforto e apoio prestado pelas Maria Cristina Pereira de Sousa, Maria
entidades públicas e privadas; por ocasião das João da Silva e Manuela da Silva anunciam
exéquias fúnebres do seu Patriarca. Em especial o falecimento de JOÃO ANTÓNIO DIOGO
sua Excelência, Titular do Poder Executivo, o DA SILVA, ocorrido dia 27/ 1/ 2021, por
Ministério da Defesa e todos os Orgãos do Estado,
doença prolongada. A Missa de 1 mês
assim como, a Embaixada de Angola em Portugal.
Mais informa que no dia 6/2/21, às 7h00, rea- será realizada na Igreja da Sagrada Família
lizaremos na Igreja da Sagrada Família a missa às 17 horas do dia 27 de Fevereiro.
de 30 dias. Desde Já agradecemos a todos que (1632)NMI-1/3
se dignarem assistir a este piedoso acto. Paz a
sua alma. (1645)NMI-1/3
MISSA FALECEU
JOÃO XAVIER SIMÕES VIRGÍLIO PAQUETE
BARBOSA
Júlia Pinto Simões (esposa), Celeste Simões, A família Barbosa cumpre o doloroso
Lurdes Simões, Paulo Amado Simões, Fer- dever de comunicar o passamento físico
nando Simões, Carla Simões, Guilherme
de VIRGÍLIO PAQUETE BARBOSA,
Simões, Conceição Simões Pimenta e
ocorrido dia 1/2/2021, por doença.
Elizabeth Simões Pais (filhos), genros, noras,
netos, bisnetos e trinetos de JOÃO XAVIER O funeral realiza-se sexta-feira, dia
SIMÕES, comunicam aos demais familiares 5/2/2021, partindo o préstito fúnebre de
e amigos que será rezada Missa do 7º Dia, sua Residência, bairro Tala Hady, para
sexta-feira, às 16h00, na Casa de Velório o cemitério da Sant´Ana, às 10h00.
da Polícia Nacional. Que a sua alma descanse (1644)NMI-1/2
em Paz. (1676)NMI-1/1
Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021 19
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RECORDAÇÃO FALECEU

DOMINGAS NAZARÉ QUENTAL

DA SILVA DE CARVALHO

ABANDONO DE TRABALHO
Familiares, colegas, amigos, vizinhos e demais familiares
comunicam que o velório da amada mãe, DOMINGAS NAZARÉ
QUENTAL DA SILVA DE CARVALHO, terá lugar a partir das 18
horas de hoje, dia 4 de Fevereiro, no Quartel Militar Ex-RI20.

O Banco SOL, S.A.R.L, Sociedade Privada de Direito Angolano, com sede

O funeral realiza-se às 10 horas e 30 minutos, do dia 5 de Fevereiro,
no Cemitério da Sant’Ana. Os pêsames serão dados no local,
SILVESTRE ALVES social no cruzamento da rua Frederico Welwitch, n.º 47 e da rua Lourenço
onde decorre o velório. (1673)NMII-1/1
Mendes da Conceição, n.º 7, Luanda, Contribuinte n.º 541000579, comunica
Papá, pai, faz hoje doze(12) anos que aos trabalhadores:
partiste para a eternidade, mas continuas
vivo em nossos corações, sempre te lem- LUKANO PEDRO WUYANGA, ISABEL PAULA CUTANA DE CARVALHO, VA-
NUSA DE FÁTIMA DA COSTA CARDOSO, LUCINDA PATRÍCIA AUGUSTO
braremos, como grande pai, marido, tio, CONDOLÊNCIAS
ALVES, CLÁUDIA KIESSE LEMOS JOÃO, ESPERANÇA TULUMBA PINDALI,
avô, que foste. Beijinhos.(1672)NMI-1/1

MANUEL ANTÓNIO PAULO
RECORDAÇÃO
Foi com profunda dor e consternação que a Direcção Geral do
Conselho Nacional de Carregadores (CNC) e seus trabalhadores
tomaram conhecimento do passamento físico do Dr. MANUEL
ANTÓNIO PAULO - Ex. Director-Geral do extinto CNC, ocorrido
no sábado, dia 30/1/2021. Neste momento de dor e luto, a Direcção
Geral do CNC endereça à família enlutada os mais profundos
sentimentos de pesar.
(1671)NMII-1/2
ENGRÁCIA MARÍLIA DOMBAXI SIMÃO e NÉRCIA ROSSANA RODRIGUES
NETO que se encontram em situação de Abandono de Trabalho, pelo facto de
estarem ausentes do local de trabalho e incomunicáveis há mais de 15 dias con-
secutivos, sem qualquer justificação, conforme previsível por lei, no artigo 229º,
n.º 2 alínea c) e n.º 3 da LGT. Nos termos da LGT e, de acordo com o artigo
229º, n.º 4, ficam notificados a comparecerem na sede do Banco SOL, sita em
Luanda, nas horas normais de expediente, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a
contar da data da publicação deste anúncio, para provarem documentalmente,
as razões da ausência e a impossibilidade de ter cumprido a obrigação da infor-
mação e justificação da ausência estabelecida no artigo 144º.

ALFREDO XAVIER C. MELÃO (500.0137)D/2-2/3

Nosso pai, já faz um ano que você partiu,

ainda sentimos sua falta todos os dias RECORDAÇÃO
e levamos sempre a certeza de que
nunca iremos lhe esquecer. Recordam- ARLETE DE JESUS PEREIRA AFRICANO ESTIMA
te esposa, filhos, netos, sobrinhos, tios,
cunhados e sogra. Que a sua alma des-

ACADEMIA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E TECNOLOGIAS – ACITE

canse em paz. (1653)NMI-1/1 Passou-se um ano desde que partiste, deixando um vazio irreparável
no coração dos teu marido, irmãos, filhos, netos e de todos a quem
tu fizeste a diferença pela tua bondade, sabedoria e gratidão. Dizem

ANÚNCIO DE VAGAS
que o tempo cura tudo, mas não acredito que irá curar a ferida
RECORDAÇÃO aberta com a tua partida. Sempre foste uma fonte inesgotável de
amor, afecto, uma especialista em fazer pontes, a ligar pessoas,
em reconciliar o irreconciliável e a perdoar o imperdoável.
Para sempre fica a saudade e os ensinamentos da avó, mãe e A ACITE, instituição de ensino superior pública, vocaccionada ao en-
esposa maravilhosa e sábia que sempre foste, pois nunca deixaremos sino pós-graduado, pretende recrutar para o seu quadro docente e de
de te amar, honrar e homenagear, que a tua alma descanse em investigação, candidatos com o grau de Doutor e excepcionalmente
paz junto do Senhor. (500.0147)NMI-1/8
Mestres, nas seguintes áreas de formação:

Direito (constitucional, Penal, Público…); Relações

FALECEU FALECEU internacionais/Ciência Política; Economia, Finanças, Administração
FERNANDO ÁLVARO e Gestão; Antropologia; Sociologia; Psicologia; História; Filosofia;
EDUARDO Demografia; Ciências da Comunicação; Matemática aplicada
(estatística, modelação de fenómenos…); Engenharias (Informática,
Ciências da Computação, Gestão Informática, Redes, telecomu-
Hoje é mais um dia em que o vazio toma
conta de nós, vivemos o seu 77º aniversário
nicações, Electrónica); (Recursos Naturais, Ambiente); Ciências
com muita saudade. Que a sua alma des-

da Terra e Ciências Médicas.

canse em paz. Recordam-te: esposa,
filhos, genro, noras e netos.
(1627)NMI-1/1
MARIA DO CARMO DAS NEVES
MISSA
A família Brito comunica a todos os fami-
liares e amigos o falecimento da sua
querida MARIA DO CARMO DAS NEVES,
ocorrido dia 1 de Fevereiro de 2021, em
Luanda, por doença. O funeral Realiza-
se sexta-feira, dia 5 de Fevereiro de 2021,
partindo do velório da Polícia pelas
11horas, para o Cemitério da Sant’ Ana.
ILDA EDITE DA CONCEIÇÃO
Os candidatos deverão submeter o seu Curriculum Vitae documentado
MARIA DO CARMO DAS NEVES
Fevereiro de 2021, para o seguinte endereço electrónico: candida-
e uma carta de disponibilidade, entre os dias 21 de Janeiro e 21 de
tura.docente@acite.ao. Para mais informações, aceda ao nosso site:
www.acite.ao.
São Ramos, Paula Ramos, Nádia Ramos (filhos),
Carlos Antas, Celso Canoa (Genros) Crisna
Ramos, Leone Antas, Rosa Antas, Aline Antas, (874)D/2-6/6
Décio Ramos ( Netos) e Aniela Rachel (Bisneta)
comunicam o falecimento da sua querida
MARIA DO CARMO DAS NEVES, ocorrido dia
1 de Fevereiro de 2021, em Luanda, por doença.
O funeral realiza-se amanhã, sexta feira, dia
5 de Fevereiro de 2021, partindo do velório

RECRUTAMENTO
da Polícia pelas 11horas, para o Cemitério da
(1668)NMI-1/4
MARTINS E SOUSA (Nené) Sant’ Ana. (1668)NMI-2/4
Os familiares de ILDA EDITE DA CON-
CEIÇÃO MARTINS E SOUSA (Nené),
A TOPVISA - Prestação de Serviços, Lda., empresa de direito angolano, pre-
comunicam que será rezada Missa do FALECEU FALECEU
4.º Mês, em sua memória, sábado, dia
tende recrutar para prestação de serviço em empresa do sector petrolífero, pro-
6/2/2021, às 18h00, na Igreja de Nossa
Senhora do Carmo. (1677)NMI-1/1 fissionais que preencham os seguintes requisitos:

FALECEU
JAIME EDUARDO FRANCISCO
Josefa Goveia Francisco (esposa), filhos,
sobrinhos, primos e demais familiares
cumprem o doloroso dever de comunicar
JAIME EDUARDO FRANCISCO
Eduardo Ventura Francisco, Eva Eduardo
Francisco, Arlete Eduardo Francisco,
Maria Eduardo Francisco, Felisberto
SUPERVISOR DE SOLDADURA
• 12.ª Classe ou curso técnico-profissional nas áreas de Metalomecânica ou
Mecânica;
• Curso de Formação de Soldador.
• Experiência mínima de 6 anos na função.
• Conhecimentos de Normas e especificações WPS, AWS-ASME; Conheci-
mento e uso de materiais de adição (electrodos e varetas de diversos tipos de
ligas); Português e preferencial Inglês.
• Informática na óptica do utilizador (MS Office).

Os candidatos devem remeter carta, CV e diplomas para o e-mail: novorecru-

DUDU MAGALHÃES
É com profunda dor e consternação que
a família Magalhães comunica o passa-
mento físico de DUDU MAGALHÃES,
ocorrido no dia 2/2/2021, por doença.
O funeral realizar-se-á em data a anunciar
oportunamente. (1643)NMI-1/1
o falecimento do seu ente querido JAIME
EDUARDO FRANCISCO, ocorrido no
dia 2 de Fevereiro de 2021, por doença.
O funeral realizar-se-á em data anunciar
oportunamente. (1678)NMI-1/4
Eduardo Francisco (irmãos) comunicam
o falecimento do seu ente querido JAIME
EDUARDO FRANCISCO, ocorrido dia tamento.topvisa@yahoo.com, indicando no título do e-mail a designação da
2 de Fevereiro de 2021, por doença.
função.
O funeral realizar-se-á em data anunciar
Luanda, aos 2 de Fevereiro de 2021.
oportunamente..
A Gerência
(1678)NMI-2/4
(1669)D/2-1/1
20
Presente há mais de 25 anos no Sector Petrolífero Angolano, a ChampionX
Químicos Lda., destaca-se pela sua tecnologia avançada em produção e
aplicação de produtos químicos especializados no tratamento do petróleo
bruto, e na preservação da integridade das instalações petrolíferas.
O nosso maior activo são as pessoas e neste preciso momento a
ChampionX Químicos Lda., está a recrutar cidadãos angolanos para os
seguintes postos de Trabalho:
 DIRECTOR DE UNIDADE DE PRODUÇÃO
- Formação superior/Diploma Universitário em área Química ou Mecânica
QUALIFICAÇÕES NECESSÁRIAS
- Conhecimentos sólidos sobre Normas de Qualidade ISO 9001
- Mínimo de 10 anos de experiência Profissional em função similar;
- Domínio da língua Inglesa;
- Nacionalidade angolana.
Pacote remuneratório comparável ao nível da função.
OFERECEMOS
Se possui os requisitos acima mencionados, por favor enviar o seu
CV para o seguinte correio electrónico: hr-angola@championx.com
ou fazer entrega nos escritórios da ChampionX Químicos Limitada:
Avenida Murtala Mohamed, Parcela 3, Lote 29, Edifício Kuaquié – Ilha de
Departamento de Recursos Humanos
Luanda
(1655)1/4P-1/1
AAA Insurance & Reinsurance Brokers Limited
Registo da Empresa: 04474263
Morada da Empresa: 68 Lombard Street, London, EC3V 9LJ, Reino Unido
Os credores da Empresa são obrigados, até 28 de Fevereiro de 2021, a provar os
seus créditos (dividas da Empresa em liquidação), entregando os comprovativos /
evidências (no formato especificado pela Rule 14.4 of the Insolvency (England and
Wales) Rules 2016) à comissão liquidatária localizada em Tower Bridge House, St
Katharine’s Way, London, E1W 1DD, Reino Unido.
– Notice is hereby given that creditors of the Company are required, on or before
28 February 2021, to prove their debts by delivering their proofs (in the format
specified in Rule 14.4 of the Insolvency (England and Wales) Rules 2016) to the
Joint Liquidators at Tower Bridge House, St Katharine’s Way, London, E1W 1DD,
United Kingdom.
Se requerido pela comissão liquidatária, os credores deverão apresentar os docu-
mentos ou outras evidências que a comissão liquidatária considerar ser necessário
para substanciar, na totalidade ou em parte, a reclamação de créditos.
– If so required by notice from the Joint Liquidators, creditors must produce any do-
cument or other evidence which the Joint Liquidators consider is necessary to subs-
tantiate the whole or any part of a claim.
Nota: Os Directores da Empresa fizeram uma declaração de solvência e esperam
que todos os credores sejam pagos na totalidade.
– Note: The Directors of the Company have made a declaration of solvency and it
is expected that all creditors will be paid in full.
Neil John Mather e Guy Robert Thomas Hollander ambos da Mazars LLP, Tower
Nomes, nome da empresa e endereço dos liquidatários:
Bridge House, St Katharine’s Way, London, E1W 1DD, Reino Unido.
Data de Nomeação dos Liquidatários: 01/10/2020
Contacto dos Liquidatários: e-mail: molly.mcerlane@mazars.co.uk
(500.0139)1/4P-1/1
Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021
COMUNICADO
Esclarecimentos sobre o Estatuto Orgânico da Câmara dos Profissionais de Se-
guro e Fundo de Pensões (CAPSA)
A Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), tendo tomado conhecimento do Estatuto
Orgânico da Câmara dos Profissionais de Seguro e Fundo de Pensões (CAPSA), publicado em Diário da Re-
pública da III Série, n.º 139, de 10 de Dezembro de 2020;
Convindo esclarecer a opinião pública relativamente às suas atribuições em face do referido Estatuto Orgânico,
informa o seguinte:
1. As atribuições previstas nas alíneas b) e f) do artigo 3.º do Estatuto Orgânico da Câmara dos Profissionais
de Seguro e Fundo de Pensões, nomeadamente: i) Atribuir o título de profissional de seguros e regulamentar
o exercício da sua profissão e ii) […] exercer jurisdição disciplinar exclusiva sobre os seus membros, são da
competência exclusiva da ARSEG, nos termos do artigo 9.º do respectivo Estatuto Orgânico, aprovado pelo
Decreto Presidencial n.º 141/13, de 27 de Setembro, dos artigos 10.º e 11.º da Lei Geral da Actividade Segu-
radora, aprovada pela Lei n.º 1/00, de 03 de Fevereiro e demais legislação em vigor aplicável;
2. As atribuições previstas nas alíneas h) e i) do artigo 3.º do Estatuto Orgânico da Câmara dos Profissionais
de Seguro e Fundo de Pensões, nomeadamente: i) Contribuir para o aperfeiçoamento da elaboração do con-
trato de seguro, devendo ser ouvida sobre os projectos de Diplomas Legislativos que interessam ao exercício
da profissão em geral e ii) Ser ouvida sobre os projectos de Diplomas Legislativos que interessam ao exercício
da profissão em geral […], não vinculam este Órgão Regulador que, por força do princípio da reserva de lei,
está exclusivamente vinculado à Constituição e à lei;
3. Sem prejuízo, a ARSEG pode auscultar a Câmara dos Profissionais de Seguros e de Fundos de Pensões
sobre os diversos projectos de diplomas legais relativos ao sector de seguros, de fundos de pensões e de me-
diação de seguros;
4. O exercício da actividade de seguros, resseguros e de fundo de pensões não está condicionado ao registo
ou inscrição em qualquer outro órgão que não seja a ARSEG, nos termos previstos na legislação do sector de
seguros, de fundos de pensões e de mediação de seguros;
5. Sendo a ARSEG o órgão regulador e fiscalizador da actividade seguradora, de fundos de pensões e de me-
diação de seguros em Angola, todo e qualquer acto que se confunda com o seu escopo de actividade ou que
se assemelhe às suas atribuições determinadas por lei é desprovido de validade e de eficácia jurídica.
GULAÇÃO E SUPERVISÃO DE SEGUROS, em Luanda, a 1 de Fevereiro de 2021.
“ARSEG - Supervisão Credível, Protecção Garantida, Angola Segura“ AGÊNCIA ANGOLANA DE RE-
Telefone: 222 760 130
CONTACTOS
Correio electrónico: geral@arseg.ao
Página web: www.arseg.ao
(500.0148)-1/4P-1/5
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DOS RECURSOS MINERAIS, PETRÓLEO E GÁS
NOTA DE IMPRENSA
O Instituto Nacional de Petróleos (INP) concluiu, em parceria com a Es-
cola Francesa de Perfuração e a Worldwide Service, o seu processo de
acreditação do Centro de Formação de Luanda (CFL) junto do IWCF (In-
ternational Well Control Forum), para certificação em Controlo de Poços,
no dia 20 de Dezembro de 2020, válido até 1 de Janeiro de 2022.
A acreditação do Centro de Formação de Luanda supre a necessidade
das empresas operadoras e prestadoras de serviços de perfuração que
procediam à certificação e recertificação dos seus trabalhadores em Con-
trolo de Poços no exterior do País.
O CFL, para além dos cursos de Well Control IWCF, vai também certificar,
de forma virtual, os cursos de Well Control IAD Wellsharp, usando a
mesma sala para funcionários e empresas que tenham dificuldades de
acesso à internet.
Para mais informações, as companhias operadoras e prestadoras de ser-
viços de perfuração em Angola e outos interessados poderão dirigir-se
ao Distrito Urbano do Talatona, Rua B, travessa 9, V9 ou contactar o INP
através dos números telefónicos + 244 916 600 / +244 923 406 284 ou
através do site: www.institutodepetroleos.co.ao .
GABINETE DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
INSTITUCIONAL, em Luanda, aos 25 de Janeiro de 2021.
(500.0117)1/4P-3/3
DESTAQUE Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021
NOVAS VARIANTES DA COVID-19
Abrandamento das medidas
preocupa autoridades
Xavier António
A Comissão Multissectorial
de Combate e Prevenção
c o n t ra à C ov i d - 1 9 t e m
observado, nos últimos tem-
pos, um ligeiro abranda-
mento nas medidas de
protecção individual e colec-
tiva, por parte de algum seg-
mento da sociedade,
afirmou, ontem, em Luanda,
o secretário de Estado para
a Saúde Pública.
Franco Mufinda, que falava
no habitual encontro com os
jornalistas para apresentação
dos dados da pandemia, no
Centro de imprensa Aníbal
de Melo, lembrou que Angola
está sob ameaça das novas
variantes do vírus que causa
a Covid-19.
GABINETE PROVINCIAL DA SAÚDE
Huíla tem registo de 20 óbitos por Covid-19
Gaudêncio Hamelay | Lubango
Até a última terça-feira,
20 pessoas morreram víti-
mas da Covid-19, na pro-
víncia da Huíla, informou
a directora do Gabinete
Provincial da Saúde na
província.
Luciana Guimarães, que
fez a apresentação do tema
“A situação epidemiológica
da província”, durante o
Conselho Consultivo Alar-
gado do sector, referiu que,
desde o início da pandemia,
a Huíla notificou 421 casos
da doença, 367 recuperados
e 33 activos. Em quarentena
institucional, a província
registou 351 pessoas,
enquanto 2.576 cumpriram
a quarentena domiciliar,
sob vigilância das autori-
dades sanitárias.
Ainda na terça-feira,
segundo Luciana Guima-
rães, estavam apenas três
“Observamos de forma
triste pessoas a caminha-
rem sem a máscara facial,
famílias a se juntarem em
almoços e jantares com
bebidas e danças, até gru-
pos a organizarem festas
com ajuntamentos acima
do permitido, o que pres-
supõe um risco”, disse.
Franco Mufinda lembrou
que a Covid-19 ainda não
passou, nem no mundo nem
em Angola e referiu que a
aparente redução de casos
positivos, assim como a alta
de recuperação de pessoas
infectadas “não podem nos
confundir”. Este cenário,
segundo o secretário de
Estado para a Saúde Pública,
não pode servir de ilusão
óptica e distorcer o compor-
pessoas em quarentena ins-
titucional e 45 outras em
quarentena domiciliar e
acrescentou que foram ras-
treadas 550.686 pessoas.
“O rastreio foi realizado
em diversos pontos criados
na Huíla e abrangeu pas-
sageiros no Aeroporto Inter-
nacional da Mukanka,
pontos rodoviários e nas
fronteiras com as províncias
da Huíla, Namibe, Cunene,
Cuando Cubango, Benguela
e Huambo”, disse.
Luciana Guimarãe s
explicou que para o sucesso
da s acçõ e s realizada s
f o ra m c r i a d a s e q u i p a s
compostas por enfermei-
ros, médicos, vigilantes
epidemiológicos, funcio-
nários das administrações
municipais, coordenado-
re s dos bairros, Polícia
Nacional e Bombeiros.
Para melhor controlo a
nível da capital da provín-
CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO
tamento dos cidadãos, colo-
cando em causa todo o tra-
balho até agora b em
conduzido. “Vamos salvar a
nossa conquista”, enfatizou.
Para Franco Mufinda, a
Comissão Multissectorial
continua a equilibrar as
medidas de forma sábia e
inteligente, protegendo a
vida humana e mantendo
os indicadores económicos.
Por essa razão, disse, as
medidas são individuais e
colectivas.
Mais duas mortes
A Covid-19 matou mais duas
pessoas nas últimas 24 horas,
sendo uma cidadã angolana
e um outro de nacionalidade
indiana, de 56 e 57 anos de
idade, respectivamente. As
cia, esclareceu, o município
do Lubango foi dividido em
9 sectores, respeitando
aquilo que é o território e
a localização dos centros
de saúde de referência da
Só Frio, Rio Capitão,
Mapunda, Nambambe, Mit-
cha e as localidades do
Toco, comuna do Hoque,
Quilemba e Huíla.
“Cada um desses centros
de saúde passou a ser a uni-
dade de referência local.
Começamos por fazer um
raio de um quilómetro à
volta da unidade sanitária,
porém, este espaço teve de
ser aumentado”, disse.
Pa ra s e p reve n i r d a s
novas estirpes da Covid-
19, a directora do Gabinete
Provincial da Saúde fez
saber que foram aprimo-
radas as medidas de con-
trolo e prevenção do s
passageiros oriundos de
diversas províncias. Luciana
mortes ocorreram nas pro-
víncias de Luanda e Huambo.
As vítimas tinham comor-
bilidades de hipertensão
arterial e diabetes mellitus.
Ainda no dia de ontem, o
país registou 37 novas infec-
ções de Covid-19, das quais
25 do sexo masculino e 12
do sexo feminino, com idades
entre dois e 74 anos. Dos
casos positivos 11 são de
Luanda, oito do Huambo,
seis de Cabinda, cinco do
Cuanza-Sul, três de Ben-
guela, dois na Lunda-Sul,
enquanto o Bié e o Moxico
registaram um caso cada.
O governante anunciou,
igualmente, a recuperação
de 103 pessoas, com idades
entre cinco meses a 70 anos,
dos quais 54 registados no
Huambo, 20 em Luanda, 15
no Bié, 10 no Moxico, Lunda-
Norte e Lunda-Sul com duas
recuperações cada.
Estão ainda contabiliza-
dos 1.132 casos activos, dos
quais três estão em estado
c r í t i c o , o i to e m e s ta d o
grave, 92 moderados, 96
leves e 933 assintomáticos.
Estão internados nas uni-
dades de tratamento 195
doentes, mais dois em rela-
ção ao dia anterior.
Casos confirmados
Até à data, o país regista um
cumulativo de 19.937 casos
confirmados da Covid-19,
dos quais 1.132 activos, 470
óbitos e 18.335 recuperados.
No mesmo período, os labo-
ratórios processaram 1.591
amostras, sendo 1.223 amos-
tras por RT-PCR e 368 amos-
tras por testes de diagnóstico
rápido antigénio. O cumu-
lativo é agora de 364.695,
sendo 19.937 positivas e
344.758 negativas, com uma
taxa de positividade de 5,5
por cento.
Por outro lado, a Equipa
de Saúde Mental e Interven-
ção Psicossocial assistiu 46
pessoas através da Linha de
Apoio Psicológico. Já o Centro
Integrado de Segurança
Pública (CISP) recebeu 67
chamadas, todas relativas a
pedidos de informação sobre
a pandemia.
Guimarães informou que
está a ser feito um “grande”
estudo para potencializar
os pontos de acesso da pro-
víncia e também melhorar
a abordagem da pandemia
na comunidade.
“A província da Huíla
registou o pico de casos da
Covid-19 durante o período
compreendido entre
Setembro e Outubro do ano
passado. Mesmo assim, as
autoridades rapidamente
inverteram o quadro”, disse.
Além de apelar a popu-
lação que a actual tendência
descendente de casos da
Covid-19 não deve fazer
baixar a guarda, Luciana
Guimarães sublinhou que
é importante reforçar as
me dida s de prevenção ,
usando sempre a máscara,
lavar as mãos com água e
sabão constantemente, usar
álcool em gel e observar o
distanciamento físico.
ENSINO PRIMÁRIO
Regresso às aulas
condicionado pela
situação epidemiológica
Alberto Quiluta
A directora Nacional da
Educação Pré-Escolar e
Primário, Soraya Kalongela,
afirmou, recentemente,
em Luanda, que o retorno
às aulas está condicionado
pela situação epidemioló-
gica do país.
Em declarações ao Jornal
de Angola, depois de ter par-
ticipado de uma vídeo-con-
ferência com os directores
municipais de todo o país,
para análise das condições
de biossegurança, o quadro
relacionado ao primeiro tri-
mestre do ano académico
2020/2021 e o retorno às aulas
no ensino primário, Soraya
Kalongela afirmou que as
direcções municipais da Edu-
cação continuam empenha-
das na criação de condições
para o retorno das aulas pre-
visto para 10 de Fevereiro,
“A grande dificuldade
tem a ver com a falta de
água em algumas escolas.
Como medida de recurso,
têm estado a ser adquiri-
d o s re s e r va t ó r i o s , q u e
posteriormente vão ser
abastecidos por camiões
cisternas”, disse.
Soraya Kalongela explicou
que o Ministério da Educação
recebeu um financiamento
do Banco Mundial, visando
a melhoria das condições de
biossegurança em todas as
escolas do país, com destaque
para a produção de sabão em
barra a nível local, aquisição
de reservatórios, baldes com
torneiras, álcool em gel e
pulverizadores. A demarca-
ção de carteiras, respeito ao
distanciamento físico de
metro e meio, organização
dos horários e a constituição
das turmas em sub-grupos
com um número não supe-
Directora da Saúde na Huíla, Luciana Guimarães
21
rior a 30 alunos, que vão
funcionar em regime de tur-
nos de duas horas e trinta
minutos, constam também
dos requisitos previstos para
o reinício do ano lectivo.
“Para a aquisição das
máscaras dos alunos é res-
ponsabilidade dos encar-
regados de educação e não
do ministério”, disse.
“A grande
dificuldade tem a
ver com a falta
de água em
algumas escolas.
Como medida de
recurso, têm
estado a ser
adquiridos
reservatórios,
que
posteriormente
vão ser
abastecidos por
camiões
cisternas”
Por outro lado, Soraya
Kalongela lembrou que o pro-
jecto “Todos Unidos Pela Pri-
meira Infância” (TUPPI), criado
em 2018 pelo Ministério da
Educação, é um modelo de
atendimento alternativo não
institucional para as crianças
dos zero aos cinco anos de
idade. Referiu que mesmo
visa, com o apoio e a expe-
riência das famílias, propor-
cionar acções educativas para
garantir o desenvolvimento
integral dos seus filhos.
“Com este projecto, o
Ministério da Educação
poderá garantir que as crian-
ças dos zero aos cinco anos
de idade tenham acesso a
um desenvolvimento de qua-
lidade e reduzir as taxas de
abandono escolar no ensino
primário”, realçou.
ARÃO MARTINS | EDIÇÕES NOVEMBRO
22 OPINIÃO Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021

EDITORIAL IMAGEM DO DIA

O espírito de Fevereiro A catana que um dia serviu para abrir caminho à libertação do país do jugo colonialista é hoje um
Há 60 anos, o nacionalismo angolano assumia contornos de um ideário elemento na Bandeira Nacional, ao lado de outros de trancendente significado para os angolanos
bem assente e sólido que, independentemente das diferenças entre os
vários movimentos nacionalistas, levou a gesta heróica da madrugada CORLOS GUIMARÃES
do dia 4 de Fevereiro de 1961 “ gerar”, catorze anos depois, o dia 11 de
Novembro de 1975.
Foram várias as tentativas de resistência à conquista estrangeira, por
parte de gerações ancestrais dos povos que fazem parte do actual território
de Angola, bem como acções anticoloniais protagonizadas pelos nacio-
nalistas da era moderna.
O processo de colonização, contrariamente ao que se propagava,
segundo o qual não existia em Angola consciência nacionalista, acirrou
profundamente a ideia de autodeterminação, razão pela qual se esfumavam
todas as leituras que apontavam para uma suposta convivência pacífica
entre colonizador e colonizados.
Não há dúvidas de que o desgaste que grande parte das ex-potências
coloniais tinham sofrido na II Guerra Mundial, ao lado do processo gene-
ralizado de alcance das independências dos países africanos, algum
tempo depois, influenciaram profundamente todos quantos se levantavam
contra a colonização.
Quando grande parte dos países africanos ganhou a sua Independência,
no ano de 1960, realidade que fez despertar as lideranças dos movimentos
nacionalistas dos países não abrangidos, na altura.
Em Angola, os sinais do nacionalismo angolano datam desde há
séculos na medida em que dezenas de figuras encaravam já a necessidade
dos povos de Angola disporem de si mesmos, ao longo dos séculos XIX e
XX. O movimento “Voz de Angola Clamando no Deserto”, a organização
nacionalista Anangola, apenas para mencionar estas iniciativas, quer
fossem de cariz cultural, quer revestissem actos de solidariedade, visavam
aumentar a consciência nacionalista. Trataram-se de diligências, muitas
delas anteriores ao surgimento dos movimentos nacionalistas angolanos,
que contribuíram significativamente para a ideia de angolanidade, para
a percepção da luta anticolonial cujas consequências culminaram, de
alguma forma, para a efectivação do 4 de Fevereiro de 1961.
Os feitos do 4 de Fevereiro devem servir de betão e argamassa para
a contínua construção de nação angolana, numa altura em que importa
persistir no ensino, educação e sensibilização sobre o quanto “custou
a bandeira, o hino e a liberdade”. Preservar os feitos de há sessenta
anos pressupõe defender a unicidade do Estado angolano, implica o
dever de assegurarmos todos a inviolabilidade das fronteiras, a
obrigação de mantermos intactas as linhas que perfazem os 1.246.700
quilómetros quadrados do solo angolano.
Todas as reivindicações, manifestações de descontentamento e outras
formas de pressão para que a governação vá ao encontro das expectativas,
deverão sempre envolver princípios da legalidade, do respeito pelas leis,
pelas autoridades e pela prática democrática.
A melhor forma de preservar e honrar os feitos do dia 4 de Fevereiro
passa, também, pela consciencialização geral sobre os actuais desafios
de Angola e as melhores formas de os solucionar com o mesmo espírito
que inspirou os nacionalistas.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PROPRIEDADE

Víctor Silva (presidente) Edições Novembro, E.P.
ADMINISTRADORES EXECUTIVOS
Caetano Pedro da Conceição Júnior
Gilson dos Santos Antunes Carmelino
SEDE:
Rua Rainha Ginga, 12-26
CARTAS DOS LEITORES
Rui André Marques Upalavela Caixa Postal 1312 - Luanda
Eunice Carla Teixeira Moreno Redacção: + 244 222 020 174
ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS
Telefone geral (PBX):
+ 244 222 036 578
Aterro citadino de outras para novos contratos. para colhermos alguma experiên-
Drumond Alcides Jaime Mafuta +244 222 036 579
Cândido Bessa Receado Publicidade: + 244 937 550 262 Sou munícipe de Luanda e escrevo Não faz sentido que no acto de cia. Poderão não ser provável e
publicidade@jornaldeangola.ao
Website: www.jornaldeangola.ao para falar sobre o lixo que, a retirada das licenças às opera- necessariamente melhores, mas
cada dia que passa, se amontoa doras, o “espelho do país”, passe não custa nada procurar familia-
sobre as ruas da capital, algumas por uma situação de ausência rizar-se com o que os outros estão
DIRECTOR: GENTE E FIM-DE-SEMANA: vezes sobre as estradas e encur- completa de um plano B para a fazer para lidar com o lixo.
Víctor Silva António Cruz (Editor-chefe),
DIRECTORES-ADJUNTOS:
Isaquiel Cori (Editor) tando a faixa de rodagem. Luanda fazer que a cidade não viva os Por exemplo, a cidade de Kins-
Edna Cauxeiro (Subeditora),
Caetano Júnior e Cândido Bessa
Ferraz Neto (Subeditor) e Pereira Dinis está transformada, vergonhosa- problemas que vive hoje. É muito hasa, com catorze milhões de
DIRECTOR EXECUTIVO:
Guilhermino Alberto
EDIÇÕES ESPECIAIS:
Adalberto Ceita, André dos Anjos, Domingos dos Santos,
mente, num inteiro aterro sani- lixo um pouco por toda a parte habitantess, tem hoje, calcula-
DIRECTOR EXECUTIVO DE ACOMPANHAMENTO Leonel Kassana e Yara Simão tário desde o casco urbano às e até parece que se esgotaram damente, o triplo da população
ÀS EDITORIAS PROVINCIAIS:
Drumond Jaime FOTOGRAFIA: zonas periféricas sem que haja, todas as soluções para lidar com que Luanda possui e seguramente
Kindala Manuel (Editor-chefe),
José Cola (Editor), pelo menos até muito recente- o lixo. Não consigo perceber o num espaço territorial inferior
EDITOR EXECUTIVO: Dombele Bernardo, Eduardo Pedro, João Gomes,
Diogo Paixão Maria Augusta, Miqueias Machangongo, Mota Ambrósio, mente, uma estratégia de reversão que é que se está a passar com ao que dispomos aqui em Luanda
Paulo Mulaza, Santos Pedro, Agostinho Narciso,
GRANDE REPÓRTER: Vigas da Purificação, Contreira Pipas e Alberto Pedro do actual curso. É lixo em tudo a gestão e recolha dos resíduos para acolher as nossas popula-
Luísa Rogério
CORRESPONDENTES PROVINCIAIS:
quanto seja canto, rua, estrada, sólidos e acho que está na hora, ções. Seria interessante saber co-
EDITORIAS:
POLÍTICA:
Adão Diogo (Lunda-Sul),
Bernardo Capita (Cabinda),
passeio ou lancil. Quem for ao se necessário, de irmos colher mo as populações e as operado-
Bernardino Manje (Editor-chefe),
Fonseca Bengui (subeditor) e Santos Vilola (Subeditor)
Jaquelino Figueiredo (Zaire),
Vladimir Prata (Namibe), Mercado dos Kwanzas, ali na zo- experiências de capitais próxi- ras de limpeza locais gerem e
Isidoro Natalício (Cuanza-Norte),
Adelina Inácio, Edna Dala, Gabriel Bunga,
Garrido Fragoso e César Esteves Luís Pedro (Cuanza-Sul), na da Petrangol, vai deparar-se mas, nomeadamente a cidade dispõem do lixo.
Pedro Bica (Bengo),
Francisco Curinhingana (Malanje) ao longo do separador plano que capital da República Democrá- O nosso problema é que preten-
OPINIÃO: Miguel Ângelo (Huambo),
Ambrósio Clemente (Editor-chefe),
Faustino Henrique (Subeditor)
João Constantino (Bié), divide as duas faixas com quan- tica do Congo (RDC), Lusaka, demos sempre fazer “copy & pas-
José Chaves (Andulo),
SOCIEDADE: Jaime Azulay (Benguela), tidades de lixo ali exposto, criando capital da Zâmbia e eventual- te” de modelos de gestão e recolha
Nhuca Júnior (Editor), Jesus Silva (Lobito),
Alberto Pegado (Editor), Estanislau Costa (Huíla), um ambiente insuportável. mente Windhoek, sede do Go- de lixo de realidades distantes do
José Meireles (Editor), Armando Sapalo (Lunda-Norte),
Rodrigues Cambala, André da Costa, Kilssia Ferreira, Manuela Gomes, Silvino Paulo (Uíge), O problema do lixo em Luanda verno da Namíbia. ponto de vista da idiossincrasia
Augusto Cuteta, Alexa Sonhi, César André, Edivaldo Cristóvão, Lourenço Manuel (Cuando Cubango),
Carla Bumba e Mazarino da Cunha Quinito Kanhamei (Cunene), teve e continua a ter a ver com Ao menos vamos a estas cidades do povo angolano.
Samuel António (Moxico),
REGIÕES:
Sérgio Chivaca (Editor-chefe),
as licenças passadas para algu- para aprender com as suas auto- É preciso aprendermos com países
Béu Pombal (Subeditor), PAGINAÇÃO E ARTE:
Salvador Escórcio (Editor-chefe), Soares Neto (Subeditor), Eugénia Victor, Augusta Lucéu,
mas empresas, quase sempre as ridades e populações sobre a me- cujas populações sejam cultural-
ECONOMIA:
Cristóvão Neto (Editor-chefe),
Tomás Cruz, Noé Pungue, Evaristo Sacupalica, João Augusto, Maria Messeles,
Alberto Bumba, Inês Quingando, Margarida Zilungo, Maria da Silva, António Saldanha,
mesmas, que, no fim de contas, todologia de recolha do lixo no mente mais próximas das nossas.
Armando Estrela (Subeditor),
Ana Paulo, Kátia Ramos, Madalena José e Victorino Joaquim
Henrique Faztudo, António Quipuna, Raúl Geremias, Ana Paula Dias, Isabel Fragão, prestam sempre um mau serviço. casco urbano e em toda a periferia, Precisamos de aprender mais
Manuel Cassenda, Bruno Bernardo, Luquemba Pedro, Damião Cavinda e Moisés Gonçalo
MUNDO:
CARTOON E ILUSTRAÇÃO:
Sempre que há mudança de go- como é que nas comunidades
Bernardino Fançony (Editor-chefe),
António Canepa(Subeditor)
Armando Pululo e Casemiro Pedro verno ao nível da província de ESCREVA-NOS as famílias “fabricam” lixo, como
DESPORTO: COPY DESK:
Rui Ramos e Arlindo Soares
Luanda o problema das opera- Cartas recebidas na dispõem do mesmo e como os
Amândio Clemente (Editor-chefe), Rua Rainha Ginga, 12-26
Anaximandro Magalhães (Subeditor),
António Cristóvão, Armindo Pereira, Teresa Luís, Vivaldo Eduardo,
O Jornal de Angola doras vem logo à superfície na Caixa Postal 1312 - Luanda resíduos acabam, em grandes
utiliza os serviços da ANGOP, AFP, Reuters, EFE e Prensa Latina
António de Brito, Honorato Silva, Job Franco medida em que acabam sempre ou por e-mail: quantidades, nas ruas de Luanda.
CULTURA: PUBLICIDADE:
António Bequengue (Editor-chefe), Adriano Melo (Subeditor), “sacrificadas” pela nova lideran- MARGARIDA ESTÉVÃO
Francisco Pedro, Amilda dos Santos, Manuel Albano, (+244) 937 550 262 escrevaconnoscoJA@gmail.com
Mário Cohen e Roque Silva (+244) 949 770 006 e-mail: publicidade@jornaldeangola.com ça à frente da província a favor Samba
OPINIÃO Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021 23
O CÁGADO E AS PALAVRAS DO SILÊNCIO ESTÓRIAS
DE ONTEM E HOJE
Manuel Rui Luciano Rocha
CITAÇÕES
“Eles atacaram uma

A oratória no parlamento esquadra da Polícia

angolano
Meu pai, à luz do candeeiro a petróleo e torcida
e mais tarde petromax com a magia do incandescer
da camisa, gostava de recitar em voz bem alta,
poesia de Guerra Junqueiro, poeta português re-
publicano e anticlerical. E eu escutava com prazer
aquela arte da palavra de arte, versos da obra “A
velhice do padre eterno,” nitidamente contra a
igreja católica, com destaque para o poema “o
melro,” ou ainda do livro “Os Simples”com versos
inspirados nos mais humildes e oprimidos. Aos
seis anos já minha mãe me ensinara a ler e escrever,
entrei para a escola ficando na primeira cabunga
(primeira atrasada) por não ter ainda sete anos).
Perdi um ano a ser exibido lendo poesia para o
inspector louvar a professora. Nas festas subia
ao palco para dizer poesia ou ser o cantor solista
do coro. O gosto pela palavra como entidade le-
vou-me a fixar toda a poesia dos livros da 1ª e se-
gunda classe e, mais tarde, no ensino liceal apai-
xonei-me pela poesia trovadoresca portuguesa e
poetas franceses como Jacques Prévert.
Depois, no sexto e sétimo ano, na disciplina
de latim, deslumbrei-me com os discursos de
Cícero entendendo que em política a palavra era
uma das expressões de poder. Li e soube de cor
a primeira Catilinária de Cícero, o maior orador e
mestre da oratória de todos os tempos.
As Catilinárias são uma série de quatro dis-
cursos célebres de Cícero, o cônsul romano, pro-
nunciados em 63 antes de Cristo, na denúncia
contra a conspiração pretendida pelo senador
Catilina. Eis um extracto:
Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa pa-
ciência? Por quanto tempo ainda zombarás da
nós com essa tua loucura? Nem a guarda do Pa-
latino, nem a ronda nocturna da cidade, nem os
temores do povo, nem a afluência de todos os ho-
mens, de bem, nem este local tão bem protegido
para a reunião do Senado, nem o olhar e o aspecto
destes senadores, nada disto conseguiu pertur-
bar-te? (…) Oh tempos, oh costumes! Pela vida
fora, nos tribunais, política e dizendo poesia, em-
penhei-me sempre em bem dizer a palavra como
tenho também procurado na produção literária.
Do que estamos a falar é de oratória, a arte de
falar em público aplicando a retórica (arte de ex-
pressão) e a eloquência(persuasão). Para o pro-
fessor brasileiro Pereira de Azevedo, eloquência
“é arte e o talento de persuadir, convencer, deleitar
ou comover por meio da palavra.”
Filósofos como Aristóteles debruçaram-se
sobre a estrutura do discurso que vem de Cícero:
A introdução (proêmio), a invenção (inventio), a
organização de ideias (dispositio), a expressão
apropriada para cada ideia (elocutio), a memori-
zação do discurso (memória), a apresentação oral
para uma audiência (pronuntiatio). É costume di-
zer-se que a melhor forma de conseguir um bom
discurso é abrir bem e fechar melhor. Na estrutura
Nacional por volta
das 4h00 da
madrugada, com
auxílio de cidadãos
da aldeia
‘Kayembe’, da
do discurso há que ter em conta a dicção, as República
pausas (domínio dos silêncios), a linguagem clara,
os gestos, as frases curtas e com ritmo. Democrática do
O palco dos grandes discursos políticos são Congo, que
os parlamentos, senados e estruturas similares. entraram no país a
No entanto diversos tipos de oratória como a dos
advogados, os professores e os pregadores reli- partir do Posto
giosos como LutherKng ou o padre Antóbio Vieira, Fronteiriço do Nzoji,
jesuíta esclavagista que fazia sermões no Brasil
para os índios e outros para os escravos negros.
município de
Na política podemos recordar Getúlio Vargas Caungula, o que
que foi presidente no Brasil. Mas o grande orador forçou a acção da
do séc. XX foi sem dúvida Fidel Castro. Quem
cuidar em rever discursos de Fidel vai encontrar Polícia Nacional
toda a estrutura que vem de Cícero, Fidel, de contra os rebeldes”
improviso, cativava multidões falando muito Eugénio Laborinho
tempo, sabia fazer pausa no momento exacto Ministro do Interior, referindo-se aos
acontecimentos no Cafunfo, Cuango,
para choverem aplausos. Lunda-Norte
Mas a que propósito é que estou a falar de ora-
tória? Nessa semana o apagão foi pontual. Coloquei
pilha nova no radiozinho, liguei e estavam a trans- “O MPLA sempre
mitir o debate na Assembleia Nacional sobre a primou pelo
Conta Geral do Estado de 2018. Fui ouvindo com
atenção as intervenções dos deputados e senti
consenso e busca
orgulho porque, finalmente, havia oratória na pela unanimidade
casa das leis…que aprova decretos. Discursos e cedências, à
com estrutura, opiniões diferentes mas funda-
semelhança do
mentadas, sugestões para o futuro e muita ele-
gância da oposição e diminuição da antiga arro- que aconteceu
gância da maioria. Lembrei-me do antigamente com as restantes
em que a Assembleia era um espelho da Nação,
com o melhor cantor, o melhor futebolista e assim leis que já foram
por diante como o PT de Lula com parlamentares aprovadas no
como o palhaço Tiririca ou o ex grande futebolista quadro do pacote
Romário. Quando ganhei autógrafo de Báton de
Elza Soares no livro, falei para ela que me zangaria legislativo
com o meu maior ídolo de futebol Mané Garrincha autárquico ”
se ele alguma vez aceitasse lugar de deputado. Américo Cuononoca
Cada coisa no seu lugar mas antigamente, a As- Deputado e chefe da bancada
do MPLA
sembleia rondava a palhaçada e até havia parla-
mentares que deviam ter perdido a noite a estudar
os documentos e quando se sentavam na Assem- “O esforço deve
bleia…ressonavam.
Agora, quando escutava o debate lembrei-me ser a extensão
da frase: a liberdade está a passar por ali. No en- das redes de
tanto, bem se poderia elaborar um curso de ora- distribuição, pois,
tória para deputados que o quisessem fazer bem
como cursos de línguas regionais, cada deputado as infra-estruturas
devia estudar uma língua regional e quando hou- mais importantes,
ver autarquias, desde que não sejam pequenos como as captações
feudos, haverão, de certeza, intervenções na
língua regional. e as estações
Penso que a nossa televisão deveria ter um de tratamento,
canal só para transmitir debates da Assembleia
Nacional. Era bom para manter o cidadão comum
já foram criadas”
mais perto do parlamento e também os parla- João Baptista Borges
Ministro da Energia e Águas, sobre o desafio
mentares seriam obrigados a subir o nível de de alargamento das redes de distribuição
aos bairros não abrangidos de alguns
responsabilidade pelo facto de estarem a ser municípios da Lunda-Norte
vistos e ouvidos.
“Em
reconhecimento
a este esforço,
o executivo sul-
africano aprovou
uma proposta
para nomear
a Brigada Médica
Cubana, para
o Prémio Nobel
da Paz de 2021”
Cyril Ramaphosa
Presidente da África do Sul
Raposas e capoeiras
A estratégia de colocar raposas a guardar capoeiras não terminou
em 26 de Setembro de 2017, nem abrandou de imediato, tão-
pouco foi reformulada pelos ideólogos, convencidos que con-
tinuavam intocáveis.
Anúncios daqueles, de Setembro de 2017, de combate à
corrupção, impunidade, nepotismo, já os tinham ouvido,
como enfeites de discursos, não lhes eram direccionados. Eles
estavam devidamente organizados, estratificados, por isso
mesmo, no topo da pirâmide, bem guardada por prestáveis
servidores, ciosos de migalhas que, não raro, eram fortunas
em mãos comuns. Alheios a uma realidade que desconheciam,
mantiveram as actividades. Continuaram a coleccionar casas,
frotas de aviões e iates, espaços públicos e alheios, mortes,
muitas mais do que possam parecer a “generosos apaziguadores
da sociedade”. Também empilhadores de caixotes de dinheiro,
jóias, tudo o queriam - bastava dar-lhes na gana - levar para
o estrangeiro para juntar ao que já tinham. Que pifavam ou
mandavam pifar. A garantir-lhes êxitos nos intuitos contavam,
frequente com as raposas.
Tudo, pensavam eles - no ar enfatuado que ostentam, uma
das suas imagens de marca
- corria-lhe às mil maravi-
O 26 de Setembro lhas, até por manterem
em mãos as chaves dos co-
de 2017 é marco fres nos quais se abaste-
ciam a bel-prazer.
importante na História Até serem conhecidas
de Angola, mas, as primeiras detenções de
alguns dos até então ina-
por si só, com o apego tacáveis, “reis e senhores”,
ao dinheiro fácil sentiram, pela primeira vez,
“as barbas a arder”. As ma-
a fazer escola, nifestações de indignação
ecoaram no país e fora dele
não chega lembrá-la pela afronta que lhes foi
feita sem ter sido levado
em conta que eram os pio-
neiros das “elites intocá-
veis”, do novo-riquismo. Alguns piraram-se, outros não tiveram
tempo ou não arriscaram. Vozes de solidariedade ergueram-
se, acusando de “detenções colectivas” quem procurava refrear
o roubo da coisa pública. O que queriam se, além de se apode-
rarem do erário, faziam gala de exibir o que jamais podiam ter
com trabalho decente, quanto mais sem nenhum”?
Tão grave como os roubos foi - é! - a exibição das vidas ofen-
sivamente faustosas, a incentivarem a mangonha, o enriqueci-
mento fácil. Resumindo, exemplos de como atestar contas ban-
cária e não ser incomodado, pelo contrário venerado por muitos
dos que lhes invejavam poses e impunidades, por conhece-
rem-lhes origens idênticas às deles. E se não as conheciam, co-
nheciam-nas pais, avós, parentes, quase todos gente trabalhadora
e honesta, que eles não ouviam, nem queriam. Assim, como
pandemia, espalharam-se os crimes contra o povo.
Dois episódio registados recentemente em Luanda provam,
por um lado, que as consequências dos crimes de “colarinho
branco” e o combate contínuo que lhe é movido estão longe
do fim, por outro, que os guardadores de capoeiras têm de ser
cuidadosamente escolhidos, pois as raposas são bichos ma-
treiros, como provam dados recentes descobertos um pouco
por todo o país.
Um dos casos de raposas postas a guardar capoeiras regis-
tou-se há pouco tempo na província de Luanda, envolvendo
dois agentes da Autoridade Nacional de Inspecção Económica
e Segurança Alimentar que, ao verificarem irregularidade num
armazém de medicamentos, propuseram ao proprietário fazer
“vista grossa”, vender-lhe o silêncio por 280 mil Kwanzas.
Apenas não lograram o objectivo por serem surpreendidos, o
que pode ter livrado uma série de angolanos de irem parar ao
hospital ou mesmo à morgue ao comprarem na rua, o que não
encontram nas farmácias: antídotos para os males que os afli-
gem. A sorte dos que não os adquiriram na via pública foi o
azar dos que, alheios dos valores da vida humana, quiseram
meter ao bolso o que não fizeram por merecer. Além de serem
julgados - e condenados, espera-se - tiveram o “azar”de terem
sido apanhados depois de 26 de Setembro de 2017. Se fosse
antes, ainda podiam contar com a solidariedade de “piedosos
defensores” do esquecimento da “gatunagem do colarinho
branco”. Assim, nem isso.
O 26 de Setembro de 2017 é marco importante na História
de Angola, mas, por si só, com o apego ao dinheiro fácil a fazer
escola, não chega lembrá-la. O combate à corrupção e a tudo
que lhe está associada protagonizada por tubarões ou raposas
feitas guardadoras de capoeiras está para durar.
24 Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021

COMUNICADO

A Igreja Universal do Reino de Deus tomou conhecimento de um comunicado levado a cabo através
do Jornal de Angola pelo grupo auto-intitulado “Comissão de Reforma da IURD”, que se refere à con-
vocatória, em 23.01.2021, de uma pretensa assembleia-geral da IURD a ter lugar em 13.02.2021,
pelas 10h, na Catedral do Morro Bento, sita na Avenida 21 de Janeiro.

Importa esclarecer ao público, em particular, os fiéis, obreiros e jovens da IURD, instituição cuja dou-
trina religiosa e liderança é una e tem reconhecidamente origem no Brasil e alcance global, ao serviço
da propagação do evangelho e dos seus milhões de fiéis por todo o mundo, sendo em Angola repre-
sentada pelo cidadão angolano, Bispo António Miguel Ferraz, na qualidade de Vice-Presidente do
Conselho de Direcção:

Nenhum dos indivíduos que integram a autointitulada “Comissão de Reforma da IURD” é membro da
IURD ou é titular dos seus órgãos sociais, pelo que não têm quaisquer poderes de representação da
mesma, não se encontrando legitimados a convocar reuniões da assembleia-geral da IURD nem,
tão-pouco, a participar e exercer direito de voto nas mesmas.

A IURD é uma confissão religiosa de âmbito mundial que não se confunde e que nada tem a ver com
os membros desta autointitulada “Comissão de Reforma da IURD”, pelo que, nenhum dos indivíduos
que integram esta comissão, liderada pelo Sr. Valente Bizerra Luis, se encontra legitimado a usar o
nome IURD.

O signatário do referido comunicado, o Sr. Valente Bizerra Luís, foi desligado da IURD em 2019 por
desvio de conduta, pelo que, não detém quaisquer poderes de representação da mesma.

A IURD continuará a adoptar todas as medidas necessárias para pôr cobro à actuação ilícita daqueles
que se intitulam de “Comissão de Reforma da IURD”, na convicção de que as autoridades adminis-
trativas e judiciais da República de Angola não deixarão de fazer respeitar a Lei e a Constituição, per-
mitindo que a estabilidade possa regressar ao seio de uma instituição que está há quase 30 anos ao
serviço de Angola e das suas populações e representa milhares de fiéis.

Angola, 03 de Fevereiro de 2021.

O Vice-Presidente do Conselho de Direcção,

(Bispo António Miguel Ferraz)

(500.0146)-PP/C-1/10
Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021 25

(500.0145)-PI/C-1/2
26 ECONOMIA
TELECOMUNICAÇÕES
Operação da Africell arranca
no terceiro trimestre de 2021
Companhia assina com o Governo contrato que a habilita como
o quarto operador angolano de prestação de serviços electrónicos
Director-geral do Inacom, Pascoal Fernandes (à direita), e Ian Petterson, da Africell
António Eugénio
A Africell formalizou a
entrada no mercado angolano
como quarto operador global
de telecomunicações, ontem,
q u a n d o a ss i n o u , c o m o
Governo, um Contrato de
Concessão para Prestação
de Serviços Electrónicos,
com o arranque da operação
anunciado para o terceiro
trimestre deste ano.
O contrato, subscrito seis
meses depois de o Governo
ter aceite uma proposta de
investimento apresentada
pela companhia, está avaliado
em 300 milhões de dólares
e vai gerar mais de seis mil
postos de trabalho, de acordo
com informações avançadas
pelo presidente do Conselho
da Administração da com-
panhia, Ziad Dalloul, acres-
centando que, numa primeira
fase, o serviço cobre dez das
18 províncias angolanas.
Z i a d Da l l o l d e ta l h o u
aspectos do contrato como
a habilitação da Africell à
venda de produtos de comu-
nicações a preços competi-
t ivo s , n o m e a d a m e n t e ,
serviços financeiros e de tele-
saúde, um desenvolvimento
naquela ocasião considerado
pelo secretário de Estado para
as Telecomunicações, Mário
Oliveira, como alinhado à
estratégia do Governo.
O Plano de Desenvolvi-
mento Nacional (PDN) 2018-
2022, disse Mário Oliveira
para explicar a afirmação,
estabeleceu, como metas,
assegurar a comunicação
por rede móvel a preços aces-
síveis, criação de condições
para o acesso universal à
Internet, aumentar o acesso
à banda larga, bem como
promover e desenvolver uma
concorrência leal.
Além disso, a Estratégia
de Longo-Prazo Angola-
2025 persegue a expansão
das infra-estruturas de apoio
à oferta de serviços diver-
sificados de Telecomunica-
ç õ e s e Te c n o l o g i a s d e
Informação e Comunicação
à Administração do Estado
e a toda a sociedade, em
todas regiões, com qualidade
e a preços acessíveis.
Operação
angolana da Africell
foi apresentada pela
embaixadora
dos Estados Unidos
como uma prova
de que o Governo
do seu país começa
a promover a vinda
de investimento
não petrolífero
O secretário de Estado
prevê que operações da
envergadura da que a Africell
se propõe iniciar vão fomen-
tar iniciativas assentes em
base tecnológica, como a
teleeducação, governação
electrónica, telemedicina,
comércio e serviços finan-
ceiros electrónicos.
Realçou a conexão da ope-
ração da Africell com a
Agenda 2020, da União Inter-
nacional das Telecomuni-
cações, e Agenda 2063, da
União Africana, tratados
internacionais subscritos
pelas autoridades angolanas
que atribuem prioridade à
penetração das Telecomu-
nicações, Tecnologias da
Informação e Comunicação.
Mário Oliveira disse espe-
rar que a Africell contribua
para melhoria da concor-
rência no sector, com ino-
JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO
vação tecnológica, qualidade
de produtos e serviços e
melhores preços, viabili-
zando a entrada do país num
novo estágio de desenvol-
vimento no domínio das Tec-
nologias de Informação e
Comunicação.
O Estado angolano pers-
pectiva reduzir progressiva-
mente o seu papel activo em
investimentos na expansão
do sistema nacional das
comunicações electrónicas,
deixando esse papel às enti-
dades privadas, lembrou o
secretário de Estado, anun-
ciando o projecto institucional
da atribuição de licenças mul-
tisserviços, por considerar
importante continuar a estra-
tégia de abertura do mercado.
Capital norte-americano
A operação angolana da Afri-
cell, uma empresa libanesa
de capital norte-americano,
foi apresentada à imprensa,
pela embaixadora dos Esta-
dos Unidos, Nina Maria Fite,
como uma prova de que o
Governo do seu país começa
a promover a vinda de inves-
timento para o sector não
petrolífero de Angola.
A Africell, disse, é o pri-
meiro passo para a entrada
de investidores em outros sec-
tores da economia angolana.
Criada há mais de 20 anos,
A Africell, implantada em
cinco países africanos, foi
seleccionada, em Março de
2019 a apresentar uma pro-
p o s t a d e i nv e s t i m e n t o
adoptada pelo Governo em
Julho último.
Segundo o secretário de
Estado para as Telecomuni-
cações, Angola é um mercado
com mais de 14 milhões de
utilizadores de redes móveis,
sete mil de Internet e uma
teledensidade de 47 por cento.
CRÉDITO À PRODUÇÃO NACIONAL
Bancos já emprestaram
72 por cento do previsto
Os bancos desembolsaram,
até Dezembro, 142,99 mil
milhões de kwanzas, dos
258,63 mil milhões apro-
vados ao abrigo no Aviso nº
10/20, uma norma emitida
pelo BNA em Abril do ano
passado para sujeitar os ope-
radores bancários a empre-
garem 2,5 por cento do activo
no financiamento de pro-
jectos ligados à diversificação
da economia e aumento da
produção nacional.
O Banco Nacional de
Angola (BNA), que revelou
esses números na noite de
terça-feira, declarou que o
valor dos empréstimos já
desembolsados representa
72,51 por cento do montante
mínimo de crédito a con-
ceder, no quadro dessa
medida, até 30 de Abril do
ano em curso.
O comunicado em que
este dados são divulgados
indica que oito bancos cum-
priram a concessão de cré-
dito no valor mínimo de 2,5
por cento do activo líquido,
PORTO DE LUANDA
Mais liquidez
apesar da queda
nas operações
O volume de receitas do
Porto de Luanda disparou,
em 2020, para 82 645 milhões
de kwanzas, mais 66 por
cento que em 2019, quando
os negócios resultaram em
47 731 milhões de kwanzas,
declarou, ontem, o director
Comercial e Gestão das Con-
cessões daqueles serviços
Num encontro com jor-
nalistas para a apresentação
do novo modelo de gestão
do Porto de Luanda, Roberto
Martins atribuiu o cresci-
mento a factores como as
alterações da taxa de câmbio,
como uma acentuada depre-
ciação do kwanza, e as recei-
tas provenientes das
operações de gestão do ter-
minal multiusos.
Os dados apresentados
por Roberto Martins apon-
tam para o registo de 3 456
navios, contra 4 025 de 2019,
uma queda de 14 por cento,
e a movimentação de 6 665
toneladas, menos 7,0 por
cento que as 7 142 toneladas
de 2019.
O responsável frisou que,
ao contrário de 2019, o Porto
de Luanda não recebeu
qualquer navio de longo
curso, tendo registado um
l ig e i ro c re s c i m e n to n a
importação de viaturas ligei-
ras e queda na entrada de
veículos pesados.
Roberto Martins sublinhou
ainda um aumento de 71 por
cento das receitas inerentes
aos serviços associados à
carga, a chamada Taxa de
Utilização Portuária (que
envolve o transporte e o arma-
zenamento das mercadorias).
Hélder Jeremias
nomeadamente os bancos
S t a n d a rd B a n k A n g o l a
(SBA), de Investimento Rural
(BIR), Keve, Yetu, Finibanco
Angola (FNB), Caixa Geral
de Angola (BCGA), de Negó-
cios Internacional (BNI) e
Valor (BVB).
Apesar destes bancos
terem cumprido este primeiro
requisito, nota o comunicado,
continuam por observar o
igualmente estabelecido no
Aviso nº 10/20, sobre um
número mínimo de 20 pro-
jectos a financiar.
Em termos acumulados,
foi concedido crédito a 92
projectos, representando
17,69 por cento do total a
financiar até 30 de Abril, des-
tacando-se dez bancos a con-
centrarem 82,61 por cento
do total concedido, desig-
nadamente, os bancos Keve
(com 12 projectos), Angolano
de Investimento (BAI, com
11) e Yetu (11).
Contam-se, ainda, os
bancos Internacional de Cré-
dito (BIC, com nove projec-
REDE COLAPSOU POR HORAS
Unitel admite avaria
a impedir chamadas
O colapso das comunicações
verificado na rede da Unitel,
na manhã de ontem, levou
a companhia a anunciar, em
comunicado, a ocorrência
de “constrangimentos” no
processamento de chamadas
telefónicas a nível da pro-
víncia de Luanda desde o
último fim-de-semana.
Num comunicado enviado
ao Jornal de Angola, a com-
panhia promete “solucionar
o problema com a maior bre-
vidade possível”, revelando
que estão a ser feitas “inter-
venções técnicas” desde o
momento em que a situação
foi identificada.
Fontes deste jornal dis-
seram que, na origem dos
constrangimentos declara-
dos pelo operador, estava
uma avaria de natureza eléc-
trica que, para reparação,
requer uma importação de
equipamento, na ausência
do que estariam em curso
procedimentos paliativos
que conduzem à recorrência
das falhas
Avaria provoca o caos no acesso às chamadas na rede Unitel
Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021
tos), BVB (sete), SBA (sete),
BAI Microfinanças (BMF,
com seis), FNB (seis), BNI
(quatro) e Millennium Atlân-
tico (ATL, três).
Os financiamentos rees-
truturados representaram
25,23 por cento (36,08 mil
milhões de kwanzas) do
montante desembolsado
pelos bancos, sendo refe-
rentes a seis dos 92 projectos
financiados.
O Aviso 10/2020, consa-
grado à “Concessão de crédito
ao sector real da economia”,
viabiliza empréstimos a
projectos de produção de
bens essenciais que apre-
sentam défices de oferta, a
matéria-prima e o inves-
timento necessário,
incluindo a aquisição de
tecnologia, máquinas e
equipamentos, no contexto
da crise criada pela pande-
mia da Covid-19.
O documento reforça o
mínimo a emprestar, de 2,0
por cento do total do activo,
que chegou a estar previsto
no Aviso 4/19, de 2 de Abril,
assim como o universo das
actividades elegíveis a esses
financiamentos.
Os encargos máximos a
cobrar pelos bancos no qua-
dro desses empréstimos são
de 7,5 por cento ao ano,
incluindo juros e comissões.
Uma fonte do Instituto
Angolano das Comunicações
(Inacom) afirmou à nossa
reportagem que, para tomar
quaisquer posições sobre o
assunto, o regulador aguardava
que a Unitel concluísse as
operações para a identificação
do problema, algo que a com-
panhia disse já estar feito.
As normas do sector das
Telecomunicações prevêem
penalizações para casos em
que as causas da perda de
rede, como aconteceu ontem,
são gravosas, algo que o Ina-
com não pode determinar
antes de receber informações
do operador.
Com cerca de três milhões
de clientes, a Unitel reclama-
se o maior operador angolano
de telecomunicações, detendo
uma quota de 80 por cento
do mercado, em números que
evidenciam o sentimento de
caos que se apoderou dos uti-
lizadores da rede, com muitos
a optarem pelas chamadas
Whatsapp, também elas difí-
ceis de concretizar.
DR
SOCIEDADE
Ex-funcionários da “Bromangol”
exigem salários de mais de 20 meses
Muitos funcionários que se encontravam em casa, devido às restrições impostas pela Covid-19, foram surpreendidos
com o corte do seguro de saúde e de outras regalias, uma situação que os grevistas consideram ser uma grande injustiça
João Pedro
Cerca de 70 ex-funcionários
do Laboratório de Controlo
de Qualidade de Alimentos
e Bebidas “Bromangol”, que
alegam ter sido despedidos
pela instituição sem justa
causa, reclamam o pagamento
de salários correspondentes
a mais de 20 meses, além da
indemnização.
Alguns funcionários da
“Bromangol”, contactados
pelo Jornal de Angola, lamen-
tam o posicionamento da
direcção e dizem que alguns
colegas foram coagidos a
assinar um documento que
põe fim ao vínculo laboral
com a instituição.
Rufino Semedo afirma ter
sido coagido a assinar um
documento com a promessa
de receber os salários em
atraso, o que, em seu enten-
der, não passou de um argu-
mento para colocar as pessoas
“no olho da rua”.
“O tempo vai passando e
não sentimos que haja vontade
da direcção da empresa em
dar solução ao assunto, mesmo
sabendo que temos inúmeras
responsabilidades, pois somos
chefes de família”, lamentou,
para depois acrescentar:
“temos filhos a estudar em
colégios e não sabemos como
pagar, porque a empresa
demarca-se do compromisso
assumido anteriormente”.
Funcionário há mais de
HOJE É DIA MUNDIAL DO CANCRO
Aumentar a consciencialização Mais 700 crianças em idade
para o controlo da doença
O Dia Mundial do Cancro, que
se assinala hoje, é uma ini-
ciativa global organizada pela
União Internacional para o
Controlo do Cancro (UICC),
com o apoio da Organização
Mundial da Saúde (OMS).
Criada em 2000, por meio
da Carta de Paris contra o
cancro, a data tem como
objectivo aumentar a cons-
ciencialização e a educação
mundial sobre a doença, além
de influenciar governos e
indivíduos para que se mobi-
lizem pelo controlo da doença
evitando, assim, milhões de
mortes a cada ano.
Este ano, a celebração da
data tem como lema “Desa-
fio: 21 Dias para sua Saúde”,
cuja ideia reside na mudança
de atitude – como comer
mais verduras e legumes no
almoço – até relaxar e agra-
decer, se alcance a melhoria
da saúde com a criação de
hábitos saudáveis.
Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021
LABORATÓRIO DE CONTROLO DE QUALIDADE DE ALIMENTOS E BEBIDAS
Na segunda-feira, os trabalhadores manifestaram-se junto às instalações da empresa
sete anos na Bromangol,
Rufino Semedo explica que o
conflito começou com a perda
do monopólio do mercado da
inspecção e controlo de qua-
lidade de alimentos impor-
tados, em 2017, e daí em diante
só foi piorando.
Segundo aquele funcioná-
rio, a direcção da empresa jus-
tificou, na altura, que a crise
financeira obrigava a uma rees-
escolar têm acesso ao ensino
A acção faz parte do encer-
ramento do tema: “Eu sou,
eu vou”, da União Interna-
cional para o Controlo do Can-
cro (UICC, na sigla em inglês),
que por três anos difundiu a
concepção de que os indiví-
duos podem reduzir o impacto
da doença na sua vida, na das
pessoas que ama e no mundo.
Nos últimos dois anos,
as campanhas perguntaram
quem eram e como pode-
riam agir os indivíduos que
se engajam na causa do con-
trolo do cancro.
Agora, em 2021, para
encerrar a temática “Eu sou
e eu vou”, o Dia Mundial do
Cancro quer fazer parte da
jornada de cada participante,
ajudando-o a cumprir o seu
compromisso, encorajando-
o a causar impacto por meio
de acções pequenas, mas
significativas.
Para fortalecer as acções
de controlo do cancro, o INCA
truturação que passaria pela
redução dos colaboradores,
embora o presidente do Con-
selho de Administração, Jorge
Pontes, defendia a não redução
do pessoal, mas, infelizmente,
da intenção não passou.
Gabriel Yamba, outro cola-
borador que se encontra na
mesma situação, disse, ao Jor-
nal de Angola, que cerca de
75 por cento dos trabalhadores
convida a população a unir
forças com o Instituto ao par-
ticipar de um desafio que
influenciará todas as partes
da sua saúde (física, mental
e emocional).
O participante será esti-
mulado a se mover de maneira
diferente, relaxar e experi-
mentar coisas que talvez não
tenha feito antes. As tarefas
- sugestões diárias e inspi-
rações – foram planeadas
para serem rápidas, simples
e divertidas.
A prevenção do cancro
engloba acções realizadas
para reduzir os riscos de ter
a doença. Isso inclui evitar
a exposição aos factores de
risco da doença e a adopção
de um modo de vida saudá-
vel, detectar e tratar doenças
pré-malignas (por exemplo,
lesão causada pelo vírus HPV
ou pólipos nas paredes do
intestino) ou cancro assin-
tomáticos iniciais.
DR
que se encontram em casa,
devido à pandemia da Covid-
19, receberam o salário de
Ago s to d e 2 0 1 9 u m a n o
depois, ou seja, no mesmo
mês do ano seguinte.
“Entendemos que a crise
afectou muitas empresas e, por
conta disso, muitas estão a fazer
corte nos gastos, mas não se
justifica que os gestores da Bru-
mangol maltratem os funcio-
ALDEIA DA BEIRA NOVA EM CABINDA
Pedro Suculate | Cabinda
Uma escola com 8 salas de
aula, com capacidade para
acolher 720 alunos do ensino
primário, entrou em funcio-
namento na terça-feira, na
aldeia de Beira Nova, na
Comuna de Dinge, município
de Cacongo, em Cabinda.
Inaugurado pelo gover-
nador provincial de Cabinda,
Marcos Alexandre Nhunga,
a construção da escola foi
financiada pela Sonangol
Pesquisa e Produção. Além
das salas, o empreendimento
estudantil dispõe de uma
biblioteca, dois gabinetes de
trabalho, balneários, refei-
tório, residência para pro-
fessores e um grupo gerador
de energia eléctrica.
A escola possui ainda uma
área com bebedores e tor-
neiras para a higienização
nários, ao ponto de instruírem
os guardas a impedir-nos de
entrar nas instalações, quando
pretendemos resolver questões
laborais”, deplorou.
Um dos funcionários, que
pediu o anonimato, disse que
muitos colegas que estão em
casa, devido às restrições
impostas pela pandemia da
Covid-19, foram surpreen-
didos com o corte do seguro
de saúde e com o agravante
de não terem beneficiado dos
subsídios da Covid-19.
“É só para se ter uma ideia
de quantas famílias estão a
passar por grandes dificul-
dades por causa desta situação.
As coisas em Angola mudaram
e todos podemos reivindicar,
de maneira ordeira e sem
medo de falar sobre os nossos
direitos, pois a fase da escra-
vidão já acabou”, rematou.
Entretanto, a directora da
empresa Bromangol, Carla
Martins, em declarações ao
Jornal de Angola, não con-
firma o atraso de salário de
20 meses, mas assegurou
que os colaboradores têm
recebido periodicamente e,
de forma paulatina, conforme
os níveis actuais de arreca-
dação de receitas, “método
adoptado após consulta e
concertação com os próprios
colaboradores”.
“Desde que o Estado res-
cindiu o contrato com a
empresa, em 2017, temos
dado todos os benefícios aos
das mãos, visando a preven-
ção da pandemia da Covid-
19. No passado, os alunos do
ensino primário da localidade
da Beira Nova estudavam em
péssimas condições, ou seja,
numa infra-estrutura de
adobe, de apenas duas salas
de aula, construída em 1961.
O governador Marcos
Nhunga disse que a inaugu-
ração da escola demonstra a
clara preocupação do Exe-
cutivo em criar estabeleci-
m e n to s d e e n s i n o c o m
melhores condições, capazes
de influenciar, positivamente,
na melhoria do processo de
ensino e aprendizagem.
Marcos Nhunga apelou à
contribuição das autoridades
tradicionais na conservação
e protecção da escola, de
modo a servir as gerações
vindouras. “ Temos estado a
assistir, em algumas locali-
27
trabalhadores durante um
longo período, desde refei-
ções, transporte e seguro de
saúde, mesmo operando
com prejuízo financeiro
anual”, detalhou.
Carla Martins esclareceu
que todo o processo que
decorre actualmente, em
matéria de suspensão de con-
tratos, seguiu critérios estra-
t é g i c o s d e g ove r n a n ç a
corporativa e no estrito respeito
da Lei. Explicou que as difi-
culdades financeiras que,
efectivamente, existem e que
impedem o cumprimento
tempestivo de obrigações com
colaboradores e terceiros tem
a ver com o contexto econó-
mico que, de resto, afecta a
maioria esmagadora das
empresas angolanas.
Sobre a alegação de que
os trabalhadores foram for-
çados a assinar a rescisão de
contrato por mútuo acordo,
a directora garantiu que a
concordância resulta na des-
continuação da relação jurí-
dico-laboral e garante que a
empresa nunca forçou a res-
cisão de contratos.
Lembrou ainda que todas
as obrigações que a empresa
tem para com os colabora-
dores foram integralmente
assumidas e formalmente
comunicadas a cada fun-
cionário. “Logo, não vemos
em que circunstância a
empresa se furtaria das suas
obrigações”.
dades, a vandalização de
muitas escolas. Os malfei-
tores levam janelas, portas
e até mesmo carteiras, por
isso apelamos as autoridades
tradicionais no sentido de
colaborarem com a Polícia
para protegerem a escola”.
O secretário provincial
da Educação, Raul Mazissa,
garantiu que a referida escola
primária vai ser transfor-
mada num complexo esco-
lar, para acolher o primeiro
ciclo, de modo a facilitar
que os alunos que terminem
a 6ª classe possam dar con-
tinuidade dos estudos nas
classes subsequentes.
“Já demos início aos pro-
cedimentos administrativos
necessários para a transfor-
mação da escola primária
em complexo escolar, para
agregar o primeiro ciclo de
ensino”, disse.
28 MUNDO
SITUAÇÃO POLÍTICA NA ITÁLIA
Chefe de Estado italiano, Sergio Mattarella (à direita), deu voto de confiança a Mario Draghi
Mario Draghi aceita liderar
o governo de emergência
Novo executivo do ex-presidente do Banco Central Europeu
(BCE) tem como prioridades vencer a pandemia da Covid-19
e relançar a economia do país
O chefe de Estado de Itália,
Sergio Mattarella, desafiou,
ontem, o ex-presidente do
banco Central Europeu (BCE),
Mário Draghi, a formar um
Governo de emergência face
à pandemia que assola o país.
E após reunião mantida
no período da manhã e
segundo a imprensa italiana,
Draghi aceitou o desafio.
“O Presidente da Repú-
blica, Sergio Mattarella, rece-
beu esta manhã (ontem) o
“Homem certo” para enfrentar a crise
O desafio foi feito por parte
do Presidente italiano por
considerar que o ex-presidente
do BCE é o “homem certo”
para enfrentar imediatamente
a crise económica e sanitária
causada pela pandemia e tam-
bém como alternativa a elei-
ções antecipadas.
Mattarella pediu também
ao Parlamento para aprovar
o Governo de emergência face
ao fracasso das negociações
entre as forças da antiga coli-
gação para a formação de um
novo Executivo: “Apelo às for-
ças políticas do país para que
dêem vida a um Governo que
não se identifique” com qual-
quer partido e que tenha “um
alto perfil” para “enfrentar a
actual emergência”.
Na intervenção, o Presi-
dente italiano admitiu que
outra opção possível seria a
convocação de eleições ante-
cipadas, mas justificou a deci-
são de não o fazer porque
acarretaria a falta de um
Governo em pleno funciona-
mento durante meses cruciais
na luta contra a pandemia.
O pedido de Matterella
surgiu depois de o presidente
da Câmara dos Deputados
de Itália, Roberto Fico, lhe
ter comunicado o fracasso
Professor Mario Draghi a
quem foi confiada a missão
de formar o Governo. O Pro-
fessor Draghi reservou-se o
direito de aceitar”, lia-se no
comunicado divulgado.
“Vencer a pandemia, con-
tinuar a campanha de vaci-
nação e relançar o país.
Dirigir-me-ei às partes, con-
fiante de que a unidade
emergirá das discussões com
os partidos políticos e os gru-
pos parlamentares”, afirmou
da sua mediação para se for-
mar um novo Governo, após
a crise política aberta por
Matteo Renzi, líder do partido
Itália Viva (IV).
“Não se registou qualquer
unanimidade nem disponibi-
lidade para dar vida a uma
maioria” entre os partidos da
coligação, disse Fico à saída
de um encontro com Matta-
rella, a quem comunicou a
falta de consenso entre os
partidos políticos da antiga
coligação governamental lide-
rada pelo então Primeiro-
Ministro, Giuseppe Conte.
A saída da Renzi da coliga-
ção governamental desenca-
deou a crise política, agravada
depois pela posterior demissão
do Primeiro-Ministro italiano,
há uma semana.
A 13 do mês passado, Renzi
concretizou as ameaças e
anunciou a saída da IV coli-
gação, tendo anunciado tam-
bém a demissão do Governo
de duas ministras e do sub-
secretário de Estado perten-
centes ao partido.
Cinco dias depois, Conte
superou um voto de confiança
na Câmara dos Deputados
com uma maioria absoluta,
mas permaneceu com uma
maioria simples no Senado,
DR
Mario Draghi, após aceitar
o desafio num “momento
difícil”, vincou.
“O Presidente recordou
a dramática crise sanitária
e os seus graves efeitos na
vida das pessoas, na econo-
mia e na sociedade. A emer-
gência requer soluções à
altura. Respondo positiva-
mente ao chamamento do
Presidente”, disse Draghi
após a reunião com o Chefe
de Estado, Sergio Mattarella.
apesar do apoio dos parla-
mentares do Grupo Misto,
cenário em que a governação
se tornou muito complicada.
Renzi defendeu sempre
que os motivos que provoca-
ram a ruptura foram a baixa
ambição do Plano de Recu-
peração, com o qual serão dis-
tribuídos os fundos europeus
para o alívio da pandemia,
entre outras razões, voltando
ontem ao mesmo argumento.
“Pedimos um salto de qua-
lidade na gestão da coisa
pública. Isso significa apostar
em projectos que aumentem
os empregos (...), que melho-
rem a gestão de vacinas (...)
e que tenham uma visão para
30 anos, não para 30 minutos”,
referiu então.
Terceira economia da Zona
Euro e o primeiro país europeu
a ser atingido duramente pela
epidemia, Itália enfrenta a
pior recessão desde a Segunda
Guerra Mundial.
A crise governamental pode
ainda dificultar a aprovação
de um novo plano de ajudas
públicas de vários milhares
de milhões de euros para
apoiar os sectores mais afec-
tados pelos confinamentos
para travar a progressão do
novo coronavírus.
Breves
REINO UNIDO E UE
TENTAM APAZIGUAR
TENSÕES PÓS-BREXIT
NA IRLANDA DO NORTE
Representantes do Reino
Unido, Irlanda do Norte e
União Europeia estiveram
reunidos ontem numa
tentativa de apaziguar as
tensões pós-Brexit que
abalaram o delicado
ambiente político na região
britânica.
O ministro de Estado
britânico, Michael Gove, o
vice-presidente da
Comissão Europeia Maros
Sefcovic e os líderes do
Governo de coligação da
Irlanda do Norte
encontraram-se em vídeo-
conferência para discutir os
problemas que surgiram
apenas um mês após entrar
em vigor o acordo de
Comércio e Cooperação
entre o Reino Unido e União
Europeia (UE).
O Primeiro-Ministro
britânico, Boris Johnson,
urgiu a UE a “resolver os
problemas pendentes com
a implementação do
Protocolo” da Irlanda do
Norte, que estão a ter
impacto na entrada de
mercadorias para a região.
JORNALISTA LIBERTADO
LANÇA MÚSICA CRÍTICA
AO GOVERNO DE HARARE
O jornalista de investigação
zimbabwueano Hopewell
Chin’ono, detido três vezes
nos últimos seis meses
depois de críticas ao
Governo, lançou uma
melodia, com humor, que
se tornou viral entre os
seus compatriotas nas
redes sociais.
Segundo a Efe, num vídeo
com cerca de um minuto,
publicado nas suas páginas
nas redes e plataformas
sociais, Chin’ono canta
“dem loot” (eles roubam)
ao som de um ritmo
‘reggae’, enumerando o que
alega serem efeitos da
corrupção do Estado na
vida dos professores,
médicos ou nas infra-
estruturas zimbabweanas.
Libertado a semana
passada sob fiança,
Hopewell Chin'ono teve de
entregar o seu passaporte e
o título de propriedade da
sua casa em Harare.
DR
Em prisão domiciliária,
deve apresentar-se duas
vezes por semana na
esquadra da Polícia. O
tribunal também o proibiu
de utilizar a sua conta no
Twitter para “incitar a
manifestações” até que
seja julgado.
DETERMINAÇÃO DO PRESIDENTE
Junta Militar no Mali
reafirma a extinção
O Presidente da transição no
Mali, Bah N'Daw, reafirmou
“a firme vontade das auto-
ridades e a determinação de
liderar uma transição inclu-
siva e pacífica dentro dos pra-
zos estabelecidos” no país,
apurou a agência Panapress
junto da Presidência maliana,
no mesmo dia em que foi
extinta a junta militar que
depôs Ibrahim Boubacar
Keita, por força dos prazos
impostos pelos acordos polí-
ticos alcançados entre os
intervenientes internos.
N'Daw deu estas garantias
a dois deputados franceses,
Jean Marie Bockel e Bruno
Fucks, durante uma audiência,
d o m i n g o , e m B a m a ko ,
segundo a mesma fonte. O
Chefe de Estado mostrou-se
satisfeito com a qualidade das
relações amigáveis e de coo-
peração entre o Mali e a França.
Expressou a gratidão do
povo e do Governo do Mali
pela prontidão da França em
apoiar os esforços de desen-
volvimento e a luta contra o
terrorismo. Saudou a contri-
buição decisiva da França para
a estabilização do Mali e do
Sahel, através da força francesa
“Barkhane”, do G5 Sahel e
da Coligação para o Sahel.
Os dois deputados fran-
ce s e s con sideraram a
audiência “uma mensagem
forte” para parlamentares
franceses. “Encorajaram-
nos a apoiar projectos de
LEGISLATIVAS NA RCA
Coligação da oposição
sai do processo eleitoral
Uma coligação opositora da
República Centro-Africana
(RCA) anunciou, ontem, a
sua retirada total das eleições
legislativas, ao denunciar
uma “farsa” após a rejeição
da maioria dos seus pedidos
de anulação da primeira volta
das eleições gerais.
“Apesar de numerosas
irregularidades, fraude
maciça, violência, o Tribunal
Constitucional, ao proclamar
os resultados definitivos da
primeira volta das eleições
legislativas, confirmou que
estas foram uma farsa”, dis-
seram os líderes da Coligação
da Oposição Democrática
(COD-2020) numa declara-
ção citada pela AFP. No docu-
mento, a coligação declarou
retirar-se “totalmente do
processo calamitoso”.
Na segunda-feira, o Tri-
bunal Constitucional anulou,
por irregularidades, os resul-
tados da primeira volta em
13 dos 140 círculos eleitorais,
mantendo-se a incerteza em
58 outros onde a votação não
ocorreu devido à situação
de insegurança.
Em 27 de Dezembro, dia
das eleições presidenciais e
legislativas, dois em cada
Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021
Transição empreendidos no
Mali”, frisaram. A junta do
Mali que destituiu no ano
passado o ex-Presidente
Ibrahim Boubacar Keita, após
semanas de protestos, não
existe mais. Por decreto con-
firmado pela AFP junto de
um oficial militar “é dissol-
vido o Comité Nacional de
Salvação do Povo (CNSP)”.
Isto ocorre cinco meses
após uma tentativa de golpe
militar em 18 de Agosto e
em resposta ao apelo feito
em 12 de Janeiro pelos 15
membros da Comunidade
Económica dos Estados da
África Ocidental (CEDEAO),
que mediou o conflito polí-
tico do Mali.
O apelo foi ouvido pelo
Governo interino do Mali,
cujo líder do golpe, o coronel
Assimi Goita, é vice-presi-
dente, e está programado para
governar por 18 meses antes
de realizar as eleições gerais.
DR
Líder de transição Bah N’Daw
três eleitores recenseados
não puderam votar por causa
da insegurança fora da capi-
tal, Bangui.
A reeleição na primeira
volta do Presidente, Faustin
Archange Touadéra, com
53,16 por cento dos votos, foi
validada em 18 de Janeiro
pelo Tribunal Constitucional,
que rejeitou recursos dos opo-
sitores que alegavam “fraude
eleitoral generalizada”.
O Tribunal validou a taxa
de participação eleitoral em
35,25 por cento, muito
abaixo dos 76,31 por cento
anunciados provisoriamente
pela comissão eleitoral em
4 de Janeiro.
A RCA caiu no caos e na
violência em 2013, após o
derrube do então Chefe de
Estado, François Bozizé, por
grupos armados reunidos
na Séléka, o que suscitou a
reacção de outras milícias,
agrupadas numa coligação
anti-Balaka. Desde então,
o território centro-africano
tem sido palco de confrontos
comunitários entre estes
grupos, que obrigaram quase
um quarto dos 4,7 milhões
de habitantes da RCA a aban-
donarem as casas.
CULTURA Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021
FESTIVAL DE CURTAS METRAGENS
“Fesc-Kianda” 2021
supera expectativas
Promover o intercâmbio entre cineastas da Comunidade de
Países de Língua Portuguesa (CPLP) foi um dos propósitos da
segunda edição do Festival Internacional de Curtas Metragens
da Kianda, que o Centro Cultural Brasil-Angola acolheu de 21
a 26 de Janeiro, no qual foram exibidos 31 filmes lusófonos
A segunda edição do Festival Interna-
cional de Curtas Metragens da Kianda
(Fesc-Kianda), realizada de 21 a 26 de
Janeiro, no Centro Cultural Brasil-Angola,
superou as expectativas da organização,
afirmou ontem ao Jornal de Angola , o
director-geral.
Vânio Luís de Almeida justificou o êxito
da segunda edição do Fesc-Kianda pelo
facto de a programação inicial prever a
exibição de 24 filmes, mas acabaram por
ser apresentados 31 filmes, todos eles de
realizadores da Comunidade de Países de
Língua Portuguesa (CPLP). “Para além de
Angola, tivemos a participação do Brasil,
Cabo Verde, Moçambique e Portugal”.
O festival, que visou celebrar o 445º ani-
versário da fundação da cidade de Luanda,
prestou homenagem à cineasta Maria João
Ganga, realizadora do filme “Na Cidade Vazia”
e atribuiu no encerramento 13 distinções.
Foram distinguidos os filmes “Vivências”,
de Ernesto Castelo, como “Melhor Docu-
mentário”, e “Sondagem”, de Dércio Tomás
Ferreira como “Melhor Sonorização”.
O angolano Miguel Hurst, pela inter-
pretação no filme “Fences de Ariel Casi-
miro”, ficou com o troféu de “Melhor
Actor”, enquanto a também angolana
Eliane Silva ficou com o troféu de “Melhor
Actriz”, pela interpretação em “Preciosa
de Ariel Casimiro”.
Como “Melhor Figurino” foi distinguido
o brasileiro Katu e “Melhor Maquilhagem”
a Make Up, de André Manuel.
Para “Melhor Trilha Sonora”, com
“Encantos”, recebeu o troféu o angolano
Dércio Tomás Ferreira, e o de “Melhor
Roteiro Original” foi para “Bup” do Brasil.
O brasileiro Lúcio César Fernandes,
com o filme “Faixa de Gaza”, recebeu o
prémio de “Melhor Realizador”, e o troféu
de “Melhor Filme Nacional” foi atribuído
ao “Porquê?”, de Nuno Barreto.
Eliane Silva exibe o troféu de “Melhor Actriz” pela interpretação em “Preciosa de Ariel Casimiro”
O prémio “Melhor Filme do Festival”
foi atribuído a “Faixa de Gaza”, do brasileiro
Lúcio César Fernandes.
“Homenageamos a cineasta Maria João
Ganga que realizou o filme ‘Na Cidade
Vazia’ em 2004, um longa-metragem que
teve participações internacionais gigan-
tescas, por isso a nossa homenagem a esta
grande figura que é também directora da
Casa das Artes”, justificou o director-geral
do festival.
Durante os seis dias de actividades,
disse, foram realizadas palestras, debates
e seminários que tiveram a participação
de palestrantes de Portugal, Brasil e Estados
Unidos, via skype, graças ao apoio da
Angola-Telecom e do Jornal Cultural
“online”, que permitiram que os amantes
da sétima arte conseguissem assistir via
online aos filmes exibidos no Centro Cultural
Brasil-Angola.
Segundo o director-geral do festival,
apesar das restrições devido à pandemia
da Covid-19, o Fesc-Kianda registou uma
assistência considerável tendo em conta
o número de visualizações dos filmes nas
plataformas digitais disponíveis, mas
lamentou o facto de o público não ter
acesso directo ao espaço.
“Nós esperamos ter uma próxima edição
melhor e com maior participação de par-
ceiros. Agora tivemos um patrocinador
oficial, a Fundação Brilhante, o apoio do
Governo Provincial de Luanda e da Comis-
são Administrativa da Cidade de Luanda.
Nas próximas oportunidades, nós queremos
ter coisas melhores e mais acentuadas
para que possamos trazer à tona resultados
plausíveis e melhores produções”.
O Fesc-Kianda é o primeiro festival inter-
nacional de cinema que premeia as curtas-
metragens produzidas de Janeiro a Novembro
de cada ano, realizado anualmente no âmbito
das festividades da cidade de Luanda.
DR
CENTRO DE PRODUÇÃO DA TPA
O União Povo da Quissama
abre Carnaval “Live especial”
União Mundo da Ilha foi o vencedor da edição passada em Luanda
Manuel Albano
O União Povo da Quissama,
que ascendeu este ano à
classe A, do Carnaval de
Luanda, abre no dia 16, às
15h00, o desfile no formato
live especial edição 2021,
da maior manifestação cul-
tural do país, que acontece
nas instalações do Centro
de Produção da Televisão
Pública de Angola (TPA),
no Distrito do Camama, no
Município de Belas.
O s o r t e i o re a l i z a d o
ontem, na Biblioteca da
Escola, Nzinga Mbande, foi
dirigido pelo secretário-
geral da Associação Pro-
vincial do Carnaval de
Luanda, António de Oliveira
“Delon”, e testemunhado
CABO VERDE
Kriol Jazz
volta a ser
cancelado
A empresa de produção
musical Harmonia e a Câmara
Municipal da Praia anuncia-
ram que o Kriol Jazz Festival
2021 está cancelado, à seme-
lhança da edição de 2020,
devido à propagação do novo
coronavírus no mundo.
“O Kriol Jazz Festival 2021
não irá acontecer. Adiamos
os nossos sonhos, os nossos
planos, os nossos reencontros,
mas não adiamos a nossa vida
muito menos a nossa música,
uma das grandes companhias
destes novos tempos”, divul-
gou a produtora numa nota
publicada na sua página na
rede social Facebook.
No ano passado, quando
o Kriol Jazz Festival 2020
foi adiado, antes do Estado
de Emergência, a produtora
disse que pensavam que
seria algo “breve ou semi-
breve”, mas mais tarde tive-
ram de comunicar o seu
cancelamento, facto que
hoje lamenta.
A mesma fonte mostra-
se “esperançosa” de que em
2022 irão celebrar em Cabo
Verde esta que é, considerou,
uma das “grandes festas da
música do mundo”.
29
féus e o terceiro classificado,
União Recreativo do Kilamba,
oriundo do Distrito Urbano
do Rangel, que no ano passado
obteve um total de 559 pontos.
Na classe B, vão exibir-
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
se no dia 14, por ordem
decrescente, os grupos União
Mukuaxi, União Café de
Angola, União Twafunu-
muka, União Povo da Samba,
União Domant, União 17 de
Setembro, Unidos do
Kilamba Kiaxi, União Angola
Independente, União Cabo-
c o m e u , Un i ã o G e ra ç ã o
Sagrada, União Juventude
do Kapalanga , União
Kwanza, União Nova Geração
do Mar, União 28 de Agosto,
União Unidos do Zango e
Kazukuta do Sambizanga.
Por orientação do Minis-
tério da Saúde, sugeriu-se a
exclusão da classe infantil no
desfile desta edição do Car-
naval de Luanda, para se evitar
a propagação da pandemia
da Covid-19, nesta franja da
sociedade considerada de
pelo director artístico Manuel risco. E m d e c l a ra ç õ e s ,
Sebastião (já reformado). ontem, à imprensa, António
Na classe A, vão desfilar de Oliveira “Delon”, disse
no dia 16, por ordem decres- que cada grupo vai ter dez
cente, os grupos União 10 minutos de exibição com
de Dezembro, União 54, uma delegação composta
União Sagrada Esperança, apenas por 25 integrantes.
União Amazonas do Prenda, Delon explicou que esta
que também ascendeu à edição é especial e não tem
classe de adultos, União o carácter competitivo das
Giza, União Kiela, União edições passadas e que não
Jovens da Cacimba, Etu haverá rebaixamento. “Os
Mudieto e União Njinga grupos da classe A receberam
Mbandi, segundo classifi- o valor de um milhão e a
cado da última edição com classe B 750 mil kwanzas para
5 7 6 p o n to s . Os grandes a preparação dos mesmos”.
ausentes desta edição do De acordo com o secre-
“Carnaval Live” são os grupos tário-geral, o grupo home-
carnavalescos União Mundo nageado desta edição recebe
da Ilha, vencedor na classe um valor de 500 mil kwan-
A, com um total de 590 pon- zas. “Estamos a preparar uma
tos, permanecendo na história edição especial que vai dig-
como o mais titulado, 14 tro- nificar a festa do povo”.
SHOPPING AVENIDA
Jojó Gouveia e banda
hoje no “Sons ao Vivo”
AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Músico desfilará temas de sua autoria e de outros artistas
Analtino Santos O artista começou no movi-
mento de música de bar com
O músico Jojó Gouveia e a o seu violão, depois despertou
sua banda promovem hoje, o interesse de produtores e
às 14h00, no Bar Place to Be, participou em projectos dis-
no Shopping Avenida, um cográficos, destacando-se
concerto, no qual terá como com versões de Beto de
c o nv i d a d o s o g r u p o d e Almeida. O "boom" nacional
humor “Os Tuneza” e os aconteceu com “Recado”,
artistas Aidini, Madrilena e tema finalista do Top dos Mais
Rosa Aires. Queridos da Rádio Nacional
Com a apresentação de de Angola, edição de 2019, e
João Chaves, no concerto um marco do agora bem-suce-
enquadrado no projecto “Sons dido percurso musical. O artista
ao Vivo no Avenida”, que está a preparar o seu disco.
tem o apoio da Sodiba, Jojó O projecto “Sons ao Vivo
Gouveia, uma vez mais, des- no Avenida” é, segundo
filará temas de sua autoria e Eufránio Júnior, um apoio
versões que o têm notabilizado da cerveja Luandina à música
como “Tenho Medo”, “Amor angolana, à semelhança do
Preto e Branco”, “Tão Linda”, Bar Luandina , Palco do
“Na Lei do Amor”, “Kumba Semba e vários concertos de
Ngai” e “Carta Pa Bó”. artistas e projectos culturais.
30 DESPORTO
TORNEIO VICTORINO CUNHA
O Vila está a ser uma agradável surpresa e é com todo mérito que joga a final de amanhã
Vila Clotilde e Interclube
jogam amanhã final inédita
Ricardo Rodrigues e pupilos fizeram história ao colocar pela
primeira vez a equipa sénior masculina na final de uma prova
Juscelino da Silva
As formações do Futebol
Clube Vila Clotilde e do
Interclube, disputam ama-
nhã às 17h00, no pavilhão
Victorino Cunha, a final iné-
dita da XII edição do torneio
Victorino Cunha.
Contra todas as expecta-
tivas, as duas formações dei-
xaram pelo caminho os dois
eternos rivais. Interclube e
Vila Clotilde precisaram ape-
nas de duas vitórias conse-
cutivas para alcançar uma
vaga na final.
O Vila surpreendeu a for-
mação do 1ºde Agosto na pri-
meira jornada a quem venceu
por 106-113, e ontem em
p a r t i d a a c o n ta r p a ra a
segunda jornada da prova,
vergou a formação do Petro
de Luanda B por 80-77.
Ricardo Rodrigues e pupi-
los fizeram história ao colocar
pela primeira vez a equipa
sénior masculina numa final
de uma competição. Na par-
tida de ontem os rapazes do
bairro Maculusso, tiveram
de se aplicar a fundo para
sup e ra re m a tu r m a d e
Manuel Silva “Gi”.
Aliás, a diferença de três
pontos no resultado final da
partida espelha bem o equi-
líbrio que do jogo. No final
era visível a satisfação dos
membros de direcção do
clube, atletas e equipa téc-
nica que fizeram a festa pelo
percurso fantástico que a
equipa evidenciou.
Já o Interclube, bem orien-
tado por Raul Duarte, que
na ronda inaugural tinha
vencido a formação do 1ºde
Agosto Academia 91-86, vol-
tou ontem a provar o sabor
da vitória, desta feita diante
do Petro de Luanda (A) a
quem venceu por 91-97 na
partida de maior destaque
da segunda jornada.
Ricardo Rodrigues
e pupilos fizeram
história ao colocar
pela primeira vez a
equipa sénior
masculina numa
final de uma
competição
Os polícias finalmente
conseguiram meter ordem
na partida deixando de sen-
tido José Neto e seus rapazes.
Nem mesmo o trio composto
pelos extremos base Carlos
Morais que terminou a par-
tida com 11 pontos, Olímpio
Cipriano que anotou 14 e o
poste Valdelício Joaquim que
terminou com 12, consegui-
ram travar a fúria da turma
do Rocha Pinto, que mesmo
perdendo os dois bases por
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
lesão conseguiu vencer a
partida. O poste Alexandre
Jungo foi o cestinha da partida
anotando 21 pontos.
As duas formações vão
aproveitar o dia de hoje para
preparar a grande final agen-
dada para amanhã. De realçar
que os bases Emanuel Sebas-
tião e Carlos Cabral não ter-
m i n a ra m a p a r t i d a p o r
contraírem lesão.
O primeiro teve um cho-
que no ombro direito com o
poste Abubakar Gakou ao
passo que o segundo teve
um rompimento nos liga-
mentos do tornozelo direito
e deve realizar exames médi-
cos hoje numa unidade hos-
pitalar para se apurar o tempo
de recuperação. Os dois atle-
tas juntam-se ao base Helmer
Felix que não foi ao jogo por
estar a contas com dores no
joelho esquerdo.
Petro de Luanda e 1ºde
Agosto vão agora lutar para
o terceiro lugar da prova. A
derrota aplicada ontem pelo
Interclube levantou uma onda
de contestações da massa
associativa dos tricolores que
reclamava pela má prestação
da equipa de Zé Neto.
Esta é a quarta competição
masculina a ser disputada
esta época, depois do Torneio
de Natal, Supertaça Wlade-
m i ro Ro m e ro e To r n e i o
Cidade de Luanda.
ATLETISMO ADAPTADO
Ausência
de Chamoleia
preocupa
seleccionador
António Cristóvão
O técnico “Zeman” Manuel
mostrou-se, ontem, preocu-
pado com a ausência do velo-
cista José Chamoleia nas
sessões de treinos da Selecção
Nacional de Atletismo, que
decorrem no Estádio dos
Coqueiros, visando a partici-
pação no Meeting de Tunis de
22 a 29 de Junho, na Tunísia.
“O Chamoleia até agora
ainda não integrou a prepa-
ração, mas acredito que deve
estar a aguardar pela realização
do teste da Covid-19, para de
seguida juntar-se ao grupo”,
esclareceu o seleccionador
nacional, triste com o com-
portamento do velocista.
A Selecção Nacional con-
centrou-se no dia 15 de
Janeiro, na Centralidade do
Sequele, no município de
Cacuaco e realizou o teste
para a despistagem da Covid-
19 três dias depois no Com-
plexo da Cidadela.
“Quando integrar e estar
concentrado, vamos avaliar
o atleta e trabalhar onde for
possível. Os restantes mem-
bros do grupo estão a traba-
lhar bem e há empenho dos
atletas, pensando nos objec-
tivos que traçámos”, explicou
o treinador nacional.
José Chamoleia, por sua
vez, justificou a ausência por
ter chegado atrasado, no dia
da realização do teste da
Covid-19. “Não estou con-
centrado com o grupo porque
não fiz o teste da Covid-19.
Cheguei atrasado no local
da testagem. Por isso, tam-
bém não estou a treinar. A
minha entrada no local da
concentração está depen-
dente da realização do teste
da Covid-19”, explicou.
O velocista garantiu ao Jor-
nal de Angola que está a treinar
com o guia Nicolau Palanca,
do Interclube, nas praias da
Ilha do Cabo para a manu-
tenção da condição física.
“Nós deficientes visuais
dependemos de alguém para
a deslocação de um local para
o outro. Na altura, não tinha
um guia para me levar no
local da concentração. Tive
de falar com um vizinho para
chegar até à Cidadela”, disse.
| EDIÇÕES NOVEMBRO
AMANHÃ EM LUANDA
Faboxe reúne associados
em videoconferência
António Cristóvão
A Federação Angolana de
Boxe (FABOXE) reúne-se,
amanhã, às 15h30, em video-
conferência (Webinar) a partir
de Luanda, com os associa-
dos, com o intuito de analisar
as condições, as vias e meios
para a realização da Assem-
bleia-geral ordinária.
A reunião vai contar,
igualmente, com o presidente
da Mesa da Assembleia-
geral, Olímpio da Silva. O
encontro colegial da FABOXE
está agendado para 31 de
Março, em conformidade
com a legislação desportiva
em vigor no país.
Depois da reunião com os
sócios, no dia 14 deste mês, às
9h00, a direcção da FABOXE
reúne-se, com o presidente do
Conselho Fiscal, Joaquim
Calonga, para a concertação
do cronograma da apreciação
Questões a ver com a modalidade serão passadas em análise
TORNEIO DE TÉNIS
FAT remarca torneio
4 de Fevereiro
A Federação Angolana de
Ténis (FAT) adiou para os
dias 20 e 21 deste mês no
Centro Cultural Paz Flor,
em Luanda, a disputa da I
edição do torneio 4 de Feve-
reiro na classe de juniores,
em ambos os sexos.
De acordo com o docu-
mento, a que o Jornal de
Angola teve acesso e assinado
pelo secretário-geral da FAT,
António Malengue, a com-
petição foi remarcada por
questões técnicas.
Inicialmente o torneio
deveria ter início, hoje, às
10h30, no Clube de Ténis de
Luanda (CTL), no bairro dos
Coqueiros, cuja final estava
marcada para sábado no
mesmo recinto. Além dos
tenistas do CTL, estão con-
firmadas também as pre-
senças dos atletas do Club
Villas do Kikuxi e do Núcleo
do Kitangana.
A reunião técnica e o sor-
teio do torneio realiza-se,
no dia 20 do corrente, às
9h00, no palco da prova, na
presença dos representantes
dos clubes.
Na reunião técnica, vai
Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021
e análise das contas do exercício
entre 3 de Outubro e 31 de Março
para ser remetido à aprovação
dos sócios na Assembleia-geral.
O acto eleitoral dos corpos
sociais da FABOXE, referente
ao ciclo Olímpico 2020/24
realizou-se, no pretérito dia
7 de Dezembro, com a ree-
leição de Carlos Luís.
Neste mandato, o aumento
do número de competições,
bem como a elevação das
qualidades técnicas e indi-
viduais dos treinadores e
árbitros são as prioridades
da nova direcção.
Carlos Luís cumpre o ter-
ceiro mandato depois de já
ter ocupado a função de secre-
tário-geral da instituição pro-
meteu durante a campanha
eleitoral apostar na formação
de gestores, administradores
e oficiais de provas da Asso-
ciação Internacional de Boxe
Amador (AIBA).
| EDIÇÕES NOVEMBRO
| EDIÇÕES NOVEMBRO
ser definido o sistema de dis-
puta da competição, onde
cada formação pode inscrever
no máximo 15 tenistas. No
encontro com os clubes, vai
ser decidido, também os
locais para a disputa dos jogos.
O torneio 4 de Fevereiro
disputa-se no âmbito da cele-
bração do 60º aniversário do
Início da Luta Armada de
Libertação Nacional.
Além dos festejos do Início
da Luta Armada, a compe-
tição serve, também, para
dar maior ritmo e competi-
tividade aos tenistas.
DESPORTO Quinta-feira
4 de Fevereiro de 2021 31
FUTSAL PROBLEMA DE TRANSPORTAÇÃO
Classificação 2020
Eliseu Major
agastado Maquis manda campeão 1º
CLUBES
Petro
PT
19
TOTAL
J V E D +G-
08 06 01 01 19-04
CASA FORA
J PC V E D +G- J PF V E D +G-
05 13 04 01 00 12-01 03 06 02 00 01 07-04
com Patrício
António Cristóvão|

Eliseu Major, secretário-geral

jogar clássico sem ensaio 2º
3º
4º
5º
Interclube 13
R. Caála 12
Ferrovia 12
A. Lobito 11
08 04 01 03 11-05
07 03 03 01 10-03
08 03 03 02 07-10
08 03 02 03 06-05
04 12 03 00 00 08-00 04 01 00 01 03 02-05
04 10 03 01 00 10-02 03 02 00 02 01 00-01
03 09 03 00 00 03-00 05 03 00 03 02 04-10
05 08 02 02 01 05-02 03 03 01 00 02 00-04
do elenco cessante da Fede- Obrigado a cumprir uma maratona de modo a acertar o calendário 6º Santa Rita 09 08 02 03 03 06-07 05 09 02 03 00 06-04 03 00 00 00 03 00-03
ração Angolana de Futsal os militares defrontam os petrolíferos no regresso à competição. 7º Williete 08 07 02 02 03 04-08 03 06 02 00 01 03-03 04 02 00 02 02 01-05
(FAFUSA), mostrou-se preo- 8º Sagrada 07 04 02 01 01 08-03 01 03 01 00 00 03-00 03 04 01 01 01 05-03
ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
cupado, ontem, ao Jornal de 9º B. Maquis 07 04 02 01 01 01-05 01 01 00 01 00 00-00 03 06 02 00 01 03-03
Angola, com as declarações
10º R. Libolo 07 07 02 01 04 04-11 03 03 01 00 02 01-02 04 04 01 01 02 02-05
do actual presidente da ins-
tituição, Manuel Patrício, 11º C. Cubango 07 06 01 04 01 08-09 03 03 00 03 00 04-04 03 04 01 01 01 04-05
durante a conferência de 12º B. Cassanje 06 07 01 03 03 04-12 03 04 01 01 01 02-01 04 02 00 02 02 02-08
imprensa, realizada no dia 28 13º Progresso 05 06 01 02 03 03-07 04 05 01 02 01 03-03 02 00 00 00 02 00-04
de Janeiro, em Luanda. "Ele 14º 1º de Agosto 03 01 01 00 00 01-00 01 03 01 00 00 01-00 00 00 00 00 00 00-00
(Manuel Patrício) tem um 15º D. Huíla 03 04 00 03 01 05-06 02 01 00 01 01 03-04 02 02 00 02 00 02-02
comportamento dúbio e mui- 16º Sporting 03 05 01 00 04 01-05 02 03 01 00 01 01-02 03 00 00 00 03 00-02
tas vezes nem sempre aquilo V - VITÓRIA E - EMPATE D - DERROTA +G- GOLOS (MARCADOS-SOFRIDOS) J - JOGOS P - PONTOS
que abordamos de forma séria * 6 Pontos retirados pela FIFA ** Desistente
e profissional transmite aos 8ª Jornada 9ª Jornada
seus pares", disse.
JOGOS Resultados JOGOS Data
Acrescentou que a pas-
1 R. Libolo- Sagrada 1-4 1 B Maquis-R Libolo Sábado
sagem de pastas foi feita no
2 B. Cassanje-D. Huíla 0-0 2 Sagrada-B Cassanje Sábado
mês de Novembro, onde pro-
duziu-se uma acta de final 3 Santa Rita-C. Cubango 2-2 3 Sporting-R Caála Sábado
de mandato. "Teve o des- 4 R. Caála-A. Lobito 1-0 4 A Lobito-Progresso Sábado
plante de dizer que encontrou 5 Interclube-Ferrovia 5-0 5 D Huíla-Santa Rita Domingo
oito pares de equipamentos, 6 Williete-Sporting 2-0 6 C Cubango-Interclube Domingo
o que não é verdade. E, neste 7 Progresso-Petro 2-3 7 Ferrovia-Wiliete SC Domingo
particular, digo de forma 8 B. Maquis-1º de Agosto Adiado 8 1º de Agosto-Petro Domingo
categórica que ele mentiu.
Melhores marcadores
Mentiu à sociedade despor-
tiva e não só. Nós deixamos Jogador Clube Golos
algum. O material desportivo 1 Picas Petro 05
nunca foi em grande quan- 2 Valente Ferrovia 04
tidade", esclareceu. 3 Depô R. Caála 03
EDIÇÕES NOVEMBRO
4 Yano Petro 03
5 Moco R. Caála 03

OITAVA JORNADA DO GIRABOLA

Partir para o clássico com apenas um jogo realizado na prova pode ser penalizante ao campeão
Petro vence Progresso
Honorato Silva de Covid-19 registados no Obrigado a cumprir uma

Situação a ver com finanças
é o pomo da discórdia
Eliseu Major apresentou
a lista de inventário do
material desportivo e outro
equipamento existente na
arrecadação da FAFUSA,
com realce para os seis tro-
féus plásticos, diversas
camisolas, calções, coletes,
calças olímpicas, bolas,
p a re s d e m e i a s , c o n e s ,
galhardetes e malas para
material desportivo.
"Fizemos um inventário
do material disponível desde
as infra-estruturas, os equi-
pamentos e o material des-
portivo. O nosso espanto
foi de um conjunto de pági-
nas do inventário e o actual
presidente apegou-se ape-
A reentrada competitiva do
1º de Agosto, um mês depois
da disputa do último jogo,
antes do cumprimento da
quarentena institucional,
acontece domingo, no clás-
sico dos clássicos do futebol
angolano, frente ao Petro
de Luanda.
A ausência, ontem, do FC
Bravos do Maquis, na partida
referente à oitava jornada do
Girabola, por dificuldade de
transportação, obriga os mili-
tares a voltarem a competir
exactamente na recepção aos
arqui-rivais, numa espécie
de disputa desigual, a julgar
pelo distanciamento do nível
de forma das equipas.
Saídos de confinamento,
devido aos casos positivos
BAIXA DE CASSANJE
Paulo Saraiva é o novo treinador
plantel, os maquisardes acei-
taram o pedido de mudança
do desafio para Luanda feito
pelos rubro e negros, pre-
tensão que acabou por ficar
sem efeito, face à falta de
voos a partir do Luena.
A ausência da equipa às
o rd e n s d e Ze c a A m a ra l
manda os tetra-campeões
em título do Girabola para o
desafio mais aguardado da
época, sem passar pelo dese-
jado jogo que permitiria ao
corpo técnico avaliar a capa-
cidade do grupo, após a longa
paragem resultante da neces-
sidade de despistar eventuais
casos da nova estirpe do coro-
navirus, a seguir à disputa
das Afrotaças diante do Kaizer
Chiefs da África do Sul, um
dos países mais assolados.
maratona, de modo a acertar
o calendário, o 1º de Agosto
defronta o Petro de Luanda,
volta a competir na quarta-
feira, antes de receber no
dia 14 o Namungo FC da
Ta n z â n i a , n a p r i m e i ra
“mão” da derradeira eli-
minatória de acesso à fase
de grupos da Taça Nelson
Mandela.
Segundo apurou o Jornal
de Angola, a equipa “agos-
tina” comandada pelo por-
tuguês Paulo Duarte, de
momento retido em Portu-
gal, por causa do encerra-
mento das ligações aéreas,
prefere realizar os desafios
em atraso do campeonato
com equipas de Luanda, de
modo a evitar possíveis per-
calços com as viagens.
e consolida liderança
António Cristóvão| golos no Estádio Municipal
4 de Janeiro. Russinho e
O Petro de Luanda conso- Koadak marcaram pelos
lidou, ontem, a primeira posi- anfitriões e Masadila e Musa
ção da tabela classificativa
do Girabola'2020/21, com Rubricaram
19 pontos, ao derrotar o Pro- pelos forasteiros
gresso Sambizanga, por 3- O Desportivo da Huíla des-
2, em jogo da oitava jornada, locou-se à província de
marcado pela expulsão de Malanje, onde empatou sem
Job na etapa complementar. golos contra a Baixa de Cas-
Tiago Azulão, Job e Picas sanje no Estádio 1º de Maio.
marcaram os golos dos tri- Em Benguela, o Wiliete Sport
colores, enquanto Julinho e Club venceu o Sporting de
Filhão rubricaram para os Cabinda, por 2-0, no Estádio
sambilas. Para a mesma Nacional de Ombaka, com
ronda, o Interclube ascendeu golos de Dieu e Quinho.
ao segundo lugar da classi- O jogo entre 1º de Agosto
ficação, com 13 pontos, ao e FC Bravos do Maquis deve
golear o Ferrovia do Huambo ser disputado no próximo
por 5-0, no Estádio 22 de dia 10 do corrente, a pedido
Junho, com um "hat trick"de da segunda equipa por difi-
Gazeta. Dasfaa e Mano Calesso culdades de transporte para
fizeram os outros golos. se deslocar a capital.
O Recreativo do Libolo foi
surpreendido na vila de
Calulo, ao perder diante do
Sagrada Esperança, por 1-4.
CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO

nas na questão de equipa-
mento desportivo",
lamentou Major.
Maj or garantiu q ue o
elenco cessante deixou nos
cofres da instituição 12
milhões 396 mil kwanzas
e 053, 75 cêntimos na conta
bancária do Banco de Pou-
pança e Crédito (BPC). "Este
valor foi recebido no mês
de Março de 2020. A infor-
mação que temos, é que
durante este período estão
a ser usados valores por
alguns membros do actual
elenco", explicou.
Francisco Curihingana |
Malanje
O substituto do técnico
Manuel Martins “Bula” no
comando do Baixa de Cas-
sanje de Malanje pode ser
ap re s e ntad o a i n d a e sta
semana aos jogadores e
massa associativa do clube.
O presidente da agremia-
ção, José João Rafael, con-
firmou ao Jornal de Angola
que o novo técnico passa a
ser Paulo Saraiva, que no
último final de semana, já
acompanhou na bancada o
jogo da equipa no Bié, no
empate a uma bola com o
Cuando Cubango.
José Rafael, que não se
pronunciou sobre as cláu-
sulas à volta do contrato do
novo técnico da equipa da
Baixa de Cassanje, garantiu
apenas que a apresentação
de Paulo Saraiva aos joga-
dores e sócios pode acon-
tecer ainda esta semana na
sede daquela agremiação.
Sobre a saída do técnico
Manuel Martins “Bula” do
comando técnico do
emblema malanjino, as opi-
niões são divididas. Os adep-
tos do clube realçam que foi
cedo demais para a tomada
de posição contra a equipa
técnica, numa altura em
que a equipa estava a evo-
luir com resultados mais
favoráveis, depois de alguns
deslizes.
A massa associativa espera
que a substituição da equipa
técnica produza resultados
satisfatórios que ajudem a
permanência da equipa no
Girabola, designação por que
é conhecida a maior prova
do futebol nacional.
Luís Tati bisou pelos dia-
m a n t í f e ro s , S i m ã o e J ó
Paciência aumentaram pelos
forasteiros, enquanto Pepo
marcou o tento de honra.
O Recreativo da Caála
venceu com imensas difi-
culdades a Académica do
Lobito, por 1-0, na cidade
do Huambo, com golo soli-
tário de Jó e colocou a for-
mação do Planalto Central,
na terceira posição, com 12
pontos, ao lado do Ferrovia.
Na cidade do Uíge, o Santa
Rita de Cássia e o Cuando
Cubango empataram a dois Petro soma e segue na prova
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QUI04FEV

INDÚSTRIA TÊXTIL A UMA ONG

ALTO
Companhias
Apoio às vacinas na África do Sul
Diz o ditado que é “na aflição
que se conhecem os verdadei-
ros amigos”. Esta velha máxima
da sabedoria popular ficou evi-
dente, há dias, na África do
Sul, país que detém a maior
taxa de contaminações e de
mortes pela Covid-19 no con-
tinente. Nestes tempos em que
a pandemia arrasa economias
e deixa de rastos os países mais
pobres, uma companhia dis-
ponibilizou o equivalente a 25
milhões de dólares ao Governo
para comprar vacinas e acele-
rar a imunização. Um gesto no-
bre, sem dúvidas, que deve en-
contrar eco em todo o conti-
nente, diante da incapacidade
dos Governos de custearem to-
dos os encargos decorrentes
deste mal que está a assolar o
mundo. É verdade que dispo-
nibilizar tamanha quantia não
está ao alcance de todos, já
que as próprias empresas tam-
bém são vítimas e somam pre-
juízos nunca vistos. Mas fica
evidente que ainda há quem
não persiga apenas o lucro. A
tarefa vai muito além de ape-
nas vender: contribuir para o
bem-estar dos cidadãos.
BAIXO
Lixo
Gestores da Textang investem
da cadeia de valor do algodão
Edvaldo Lemos
A fábrica têxtil Textang II,
em Luanda, prevê iniciar a
produção de algodão até
Março, no desfecho do con-
curso público que, em
Setembro de 2020, levou a
empresa angolana IEP a
obter a adjudicação da gestão
da companhia.
Isso mesmo foi anunciado,
ontem, pelo presidente do
Conselho de Administração
da IEP, Jorge Amaral, no acto
de recepção das chaves da
fábrica, do Instituto de Gestão
de Activos e Participações
de Estado (IGAPE), o primeiro
de uma série de actos desta
natureza encetados pelo
organismo institucional.
Jorge Amaral revelou ter
investido 15 milhões de dóla-
res para relançar o mercado
do algodão em Angola. “O
nosso objectivo é pôr esta
fábrica em plena produção
a partir de agora, isto é, até
ao mês de Março”, declarou
o empresário.
Segundo o líder da IEP, a
empresa tem o plano ambi-
cioso de continuar o inves-
timento, por considerar que,
para relançar o mercado, é
fundamental que o algodão
seja cultivado em Angola,
que tem potencial para ser
auto-suficiente na produção
da matéria-prima e na
exportação de bens indus-
triais acabados saídos
daquela e de outras têxteis
angolanas, uma perspectiva
Empresa está a investir 15 milhões de dólares na África Têxtil
que estima que só se con-
cretiza dentro de três anos.
Com capacidade para
empregar 700 trabalhadores,
a Textang II inicia a operação
com 370 vagas preenchidas,
tendo o objectivo de completar
a oferta de emprego na medida
do crescimento da fábrica.
O IGAPE fez a entrega for-
mal das chaves da Textang II
à IEP, empresa vencedora da
adjudicação da unidade, no
âmbito do concurso público
de privatização nº 1/20, rea-
lizado entre Maio e Setembro
de 2020 para a adjudicação
de três unidades têxteis cons-
truídas ou reabilitadas com
fundos públicos, além das
Textang II, a Comandante
Bula (ex- Satex), localizada
no Dondo, Cuanza-Norte, e
a África Têxtil, de Benguela.
Em de claraçõ e s à
impren sa , o té cnico do
Japão apoia desminagem
com 250 mil dólares
Um acordo de doação no da Comissão Nacional Inter-
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
valor de 250 mil dólares foi sectorial de Desminagem e
assinado pelo embaixador Assistência Humanitária
do Japão em Angola à ONG Adriano Gonçalves.
Desenvolvimento de Pro- No dia 14 de Janeiro, o
dutos de Desminagem de Governo japonês já havia con-
Minas Anti-Pessoal (APOPO) cedido um financiamento a
para um projecto de desmi- Angola, para a implementação
nagem em cinco municípios do Programa de Desenvolvi-
da província do Cuanza-Sul. mento Económico e Social do
O projecto tem como sector da desminagem, no
objectivo garantir segurança valor de dois milhões de dóla-
no transporte de pessoas e res. O Governo japonês tem
bens, além de transformar implementado mais de 70
as áreas antes minadas em projectos nos sectores de Des-
terras cultiváveis para o minagem, Agricultura, Saúde
desenvolvimento da activi- e Educação.
dade agrícola. “Espera-se
que o projecto também con-
tribua para a renovação de
dados do plano de desmi-
IGAPE Divaldo Oliveira afir- nagem no país”, disse o
mou que o novo gestor da embaixador Maruhashi Jiro,
Textang II vai pagar uma numa cerimónia testemu-
renda anual de 845 milhões nhada pelo secretário de
de kwanzas ao Estado, com Estado para Acção Social do
opção de compra do patri- Ministério da Acção Social,
mónio, no fim da vigência Fa m í l i a e P ro m o ção d a
deste contrato de oito anos. Mulher, Lúcio Gonçalves
Os contratos de adjudi- Amaral, e o representante
cação das três empresas têx-
teis ficaram avaliados em 33
PUBLICIDADE
mil milhões de kwanzas,
valor que, em Setembro,
elevou para 64 mil milhões
de kwanzas a receita gerada
pela privatização de 23 acti-
vos no âmbito do Programa
de Privatizações (Propriv).
O Propriv inscreve 195
entidades e activos públicos Mercado Financeiro
a serem privatizados, até YƵŝŶƚĂĂ^ĞŐƵŶĚĂͲ&ĞŝƌĂ͕Ě ĞϬ ϰĂϬϴĚĞ&ĞǀĞ ƌĞŝƌŽĚĞϮϬϮϭ
2022, nos sectores das tele-
Taxa de Câmbio
Taxa
comunicações, indústria,
Compra Venda
banca, petróleos, recursos BANCOS COMERCIAIS USD/KZ EUR/KZ USD/KZ EUR/KZ
minerais, aviação, seguros, Banco de Poupança e Crédito - (BPC) 640,889 771,218 670,971 807,024
entre outros. Banco Comercial do Huambo - (BCH) 654,468 790,892 670,748 810,566
ĂŶĐŽ/DŝĐƌŽĮŶĂŶĕĂƐͲ;D&Ϳ 651,212 786,957 667,492 810,566
ĂŶĐŽĚĞ& ŽŵĞŶƚŽŶŐŽůĂͲ;&Ϳ 649,313 781,026 667,169 802,504

Outra vez os modelos INSTITUIÇÃO GARANTE TER CONTRATO instituição paga, mensal- ĂŶĐŽŽŵĠƌĐŝŽĞ/ŶĚƷƐƚƌŝĂͲ;/Ϳ 645,742 791,269 666,531 823,539
Banco Keve - (BKEVE) 636,327 765,405 666,195 806,800
mente, 25 mil dólares, como
Os moradores e os proprietá-
BIC nega irregularidades Banco Sol - (BSOL)   642,820 773,220 665,550 808,360
renda de utilização da aero- Banco Económic
 o - (BE)
rios de diversos imóveis no mu- 649,313 781,026 665,546 800,552
nave, valor dedutível do ĂŶĐŽDŝůůĞŶŝƵŵƚůąŶƟĐŽͲ;d>Ϳ 
nicípio de Cacuaco vão assumir 652,502 781,026 665,546 800,552

os custos de recolha dos resí-

duos sólidos naquela circuns-
crição, pagando às empresas
no uso de avião da FAN investimento feito, que ultra-
passou 1,6 milhão de dólares.
O contrato expira em Junho
Banco BIC - (BIC)
ĂŶĐŽĚĞEĞŐſĐŝŽƐ/ŶƚĞƌŶĂĐŝŽŶĂůͲ;E/Ϳ
ĂŶĐŽĚĞ/ŶǀĞƐƟŵĞŶƚŽZƵƌĂůͲ;/Z Ϳ
 644,443
636,327
647,000
775,168
765,406
786,564
665,546
665,546
665,000
808,362
800,552
786,957

A Administração do Banco provar que “não há qualquer deste ano, segundo o Banco ^ƚĂŶĚĂ ƌĚĂŶŬŶŐŽůĂͲ;^Ϳ 642,355 773,074 664,837 800,132
prestadoras de serviço entre
ĂŶĐŽĂŝdžĂŶŐŽůĂͲ;'Ϳ 656,456 795,614 664,618 805,505
25 e 350 kwanzas. As empresas BIC diz ter recebido com ilegalidade, uso abusivo ou BIC, que afirma não haver
ĂŶĐŽŶŐŽůĂŶŽĚĞ/ŶǀĞƐƟŵ
 ĞŶƚŽƐͲ;/Ϳ 649,313 786,957 664,236 805,044
pagarão valores mais elevados. “surpresa e estupefacção” indevido do avião”. “qualquer favorecimento da
ĂŶĐŽWƌĞƐơŐŝŽͲ;W'Ϳ 632,000 772,469 664,000 807,223
A iniciativa é da responsabili- a informação, através da A Ad m i n i st ração d o Força Aérea Nacional, mas Banco da China Limit
 ada
 - (BOCLB)
 637,655 771,218 663,681 802,696
dade do município de Cacuaco comunicação social, da banco sublinha ainda que um acordo transparente,  - (BVB)

Banco Valor 640,000 769,824 663,680 798,308
e faz sentido que assim seja. A apreensão, pela Procura- a aeronave estava há mais cujos termos do contrato sdĨƌŝĐĂͲ;sdͿ 636,327 773,216 659,053 805,941
recolha do lixo deveria ser uma
doria-Geral da República, de seis anos inoperacional, foram sempre cumpridos ĂŶĐŽŽŵĞƌĐŝĂůŶŐŽůĂŶŽͲ;Ϳ 644,000 783,383 659,000 814,876
competência exclusiva das ad- ^ƚĂŶĚĂƌĚŚĂƌƚĞƌĞĚĂŶŬŶŐŽůĂͲ;^Ϳ
ministrações e não dos gover- de uma aeronave Beech- no hangar da empresa Hel- pelas partes”. 644,700 777,862 657,724 813,616
Banco de Crédito do Sul - (BCS)
 649,313 781,026 656,001 789,071
nos provinciais. Não somos craft, matrícula D2-EDBU, l i a ng , n o Ae ro p o r to d e O Banco BIC diz que dispõe
R &ŝŶŝďĂŶĐŽ ŶŐŽůĂͲ;&E Ϳ  649,000 765,405 656,000 804,457
contra a contribuição dos ci- ao serviço da instituição Luanda, a precisar de uma de 321 agências, espalhadas
Banco Yetu - (Yetu)  649,313 786,957 655,806 794,827
dadãos, pelo contrário, o que financeira. grande reparação. “O Banco pelas 18 províncias, fazendo
faz confusão é a dificuldade Num comunicado, o Banco BIC propôs, em 2010, a repa- a recolha e a reposição de Taxa de Jur
Taxa o (Luibor)
Juro 
em estabelecer uma forma sus- BIC afirma que a utilização ração do avião e custeou valores, além do apoio logís- Overnight 1 Mês 3 Meses 12 Meses
tentável e prática de recolher da aeronave é sustentada por directamente, junto das ofi- tico, através de meios aéreos 5,38% 9,75% 12,35% 16,14%
os resíduos nas principais ci- um contrato firmado com o cinas de Reparação na África e terrestres. “Por isso, o inte- 



dades do país. Sempre que Estado-Maior da Força Aérea, do Sul, todas as despesas, resse em contratar, com a "%
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existem problemas, a solução %
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desde 2010, e que, ontem n o va l o r s u p e r i o r a u m Força Aérea Nacional, na uti- 

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vem em forma de novos "mo- %

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delos de recolha" e passados mesmo, remeteu à directora milhão de dólares, acrescido lização do avião”, sublinha o %
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alguns meses temos as ruas do Serviço Nacional de Recu- de 550 milhões de dólares documento, ao mesmo tempo %
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todas abarrotadas de lixo. De peração de Activos, da Pro- em manutenções”, refere o que se coloca ao dispôr para %
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novo. Até quando? curadoria Geral da República, comunicado. eventuais esclarecimentos ou 








  


 

  










 







 

 

 
  



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