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1ª Edição
Belém-PA
2020
https://doi.org/10.46898/rfb.9786599175268.
E64
Epidemiologia das doenças infecciosas no nordeste brasileiro [recurso digi
tal] / Bárbara Letícia de Queiroz Xavier e Brenda dos Santos Teixeira
(Organizadoras). -- 1. ed. -- Belém: Rfb Editora, 2020.
2.380 kB; PDF: il.
Inclui Bibliografia.
Modo de acesso: www.rfbeditora.com.
ISBN: 978-65-991752-6-8
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.
1. Coronavírus: Análise da Distribuição dos Casos e Medidas de Enfren
tamento em um Município da Região Metropolitana do Estado do Ceará.
2. Análise das Internações e Óbitos por Covid-19 no Estado no Ceará. 3.
Análise Epidemiológica dos Casos de Sífilis em Gestantes no Brasil. 4. Ca
racterísticas Epidemiológicas e Clínicas de Reações Hansênicas em um
Município do Alto Sertão Paraibano. 5. Perfil Epidemiológico de Pessoas
com Doenças Infectocontagiosas no Estado de Alagoas. 6. Perfil Epidemio
lógico de Casos de Adolescentes com AIDS em Maceió-AL. 7. Vigilância
Epidemiológica em Saúde Coletiva: : Uma Análise dos Casos de Dengue
no Ceará. 8. Perfil Epidemiológico dos Casos de Tétano Acidental em um
Hospital de Referência, 2007-2013.
Título.
CDD 616.047
Conselho Editorial
Prof. Dr. Ednilson Sergio Ramalho de Souza - UFOPA (Editor-Chefe)
Prof.ª Drª. Roberta Modesto Braga - UFPA.
Prof. Me. Laecio Nobre de Macedo - UFMA.
Prof. Dr. Rodolfo Maduro Almeida - UFOPA.
Prof.ª Drª. Ana Angelica Mathias Macedo - IFMA.
Prof. Me. Francisco Robson Alves da Silva - IFPA.
Prof.ª Drª. Elizabeth Gomes Souza - UFPA.
Prof.ª Me. Neuma Teixeira dos Santos - UFRA.
Prof.ª Me. Antônia Edna Silva dos Santos - UEPA.
Prof. Dr. Carlos Erick Brito de Sousa - UFMA.
Prof. Dr. Orlando José de Almeida Filho - UFSJ.
Revisão de texto
Os autores.
CAPÍTULO 1
CORONAVÍRUS: ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS E MEDIDAS DE
ENFRENTAMENTO EM UM MUNICÍPIO DA REGIÃO METROPOLITANA DO
ESTADO DO CEARÁ.......................................................................................................... 11
XAVIER, Bárbara Letícia de Queiroz
MARINHO, Francielly Karoliny Barbosa Dantas
TEIXEIRA, Brenda dos Santos
SOARES, Amanda
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.1
CAPÍTULO 2
ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR COVID-19 NO ESTADO NO
CEARÁ.................................................................................................................................... 21
MAIA, Jéssica Karen de Oliveira
ARAUJO JUNIOR, Antonio José Lima de
TRAVASSOS, Priscila Nunes Costa
REBOUÇAS, Ellys Rhaiara Nunes
XAVIER, Bárbara Letícia de Queiroz
TEIXEIRA, Brenda dos Santos
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.2
CAPÍTULO 3
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTES NO
BRASIL................................................................................................................................... 33
TEIXEIRA, Brenda dos Santos
ANDRADE, Gabriela Santos
TENORIO, Maria Eduarda da Macena
MATIAS, Guilherme Lages
XAVIER, Bárbara Letícia de Queiroz
SOARES, Amanda
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.3
CAPÍTULO 4
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E CLÍNICAS DE REAÇÕES HANSÊ-
NICAS EM UM MUNICÍPIO DO ALTO SERTÃO PARAIBANO............................ 45
XAVIER, Bárbara Letícia de Queiroz
TEIXEIRA, Brenda dos Santos
NASCIMENTO, Maria Mônica Paulino do
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.4
CAPÍTULO 5
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PESSOAS COM DOENÇAS INFECTOCONTA-
GIOSAS NO ESTADO DE ALAGOAS............................................................................ 61
SANTOS, Ellys Maynara Soares Batista dos
FREITAS, Ana Paula Santos
TEODOZIO, Fernanda Jessica de Melo
TEIXEIRA, Brenda dos Santos
XAVIER, Bárbara Letícia de Queiroz
ROCHA, Thiago José Matos
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.5
CAPÍTULO 6
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE ADOLESCENTES COM AIDS EM
MACEIÓ- AL......................................................................................................................... 75
SANTOS, Dayane Menezes
SILVA, Francisca Girlândia da
RODRIGUES, Deborah do Nascimento
XAVIER, Bárbara Letícia de Queiroz
TEIXEIRA, Brenda dos Santos
SILVA, Elvya Lylyan Santos
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.6
CAPÍTULO 7
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM SAÚDE COLETIVA: UMA ANÁLISE
DOS CASOS DE DENGUE NO CEARÁ......................................................................... 89
MAIA, Jéssica Karen de Oliveira
ARAUJO JUNIOR, Antonio José Lima de
TRAVASSOS, Priscila Nunes Costa
REBOUÇAS, Ellys Rhaiara Nunes
XAVIER, Bárbara Letícia de Queiroz
TEIXEIRA, Brenda dos Santos
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.7
CAPÍTULO 8
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE TÉTANO ACIDENTAL EM UM
HOSPITAL DE REFERÊNCIA, 2007-2013........................................................................ 99
PEREIRA, Andressa Pedroza
XAVIER, Bárbara Letícia de Queiroz
TEIXEIRA, Brenda dos Santos
SILVA, Ivanise Tibúrcio Cavalcanti da
NUNES, José Ronaldo Vasconcelos
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.8
APRESENTAÇÃO
O livro “Epidemiologia das Doenças Infecciosas no Nordeste Brasileiro” é uma
coletânea que reúne pesquisas em diversos lugares do Brasil, com foco na região nor-
deste. Esses estudos apresentam uma visão macro e micro da epidemiologia e tem
como objetivo possibilitar aos leitores uma reflexão sobre os temas de interesse da
comunidade científica.
É importante ressaltar que, todos os autores dos capítulos têm interesse em con-
tribuir para a literatura científica brasileira com temas relevantes e de qualidade, para
assegurar, sobretudo, os profissionais de saúde informações sobre os avanços no que
se refere à vigilância epidemiológica, além de outras particularidades vinculadas às
doenças infecciosas de interesse para a saúde coletiva.
CORONAVÍRUS: ANÁLISE DA
DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS E MEDIDAS DE
ENFRENTAMENTO EM UM MUNICÍPIO DA
REGIÃO METROPOLITANA DO ESTADO DO
CEARÁ
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.1
1 Pós-graduanda em Saúde Pública pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE). Pós-graduada em Saúde da Fa-
mília pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Pós-graduada em Unida-
de de Terapia Intensiva pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). Graduada em Enfermagem pela Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG). E-mail: barbaraleticiaqx@hotmail. com
2 Pós-graduada em Gestão de Urgência e Emergência e em Unidade de Terapia Intensiva pela Universidade Cândido
Mendes (UCAM). Graduada em Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). E-mail:
francielly_karol@hotmail.com
3 Enfermeira pela Universidade Federal de Campina Grande. Pós-graduada em Enfermagem Ginecológica e Obsté-
trica pela Universidade Cândido Mendes. Discente do curso de medicina pela Universidade Federal do Vale do São
Francisco. E-mail: b.teixeirast@gmail.com
4 Enfermeira pela Universidade Federal de Campina Grande. Especialista em Emergência e UTI pelo Centro Universi-
tário São Camilo. Mestra em Saúde Pública pela Universidade Estadual da Paraíba. E-mail: amandar_soares@hotmail.
com
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
12
Resumo
Introdução
nal (ESPII), passando a ser classificada como uma pandemia em 11 de março de 2020
(WHO, 2020).
A doença COVID-19 evolui na maioria dos casos, podendo cursar de forma as-
sintomática e com atípicas manifestações como anosmia, conjuntivite, insuficiência re-
nal e manifestação cutâneas, além de casos da infecção pelo vírus durante a gestação e
na população pediátrica (MONTE et al., 2020).
Nos casos assintomáticos o quadro clínico apresenta curso com sintomas leves ou
ausentes. No entanto, se a doença for transmitida a grupos de risco, poderá se apresen-
tar em formas graves e a letalidade aumenta. A doença COVID-19 é de rápida dissemi-
nação geográfica e demonstra que seu controle poderá ser difícil (MONTE et al., 2020).
Neste sentido, este estudo tem como objetivo, analisar a distribuição espacial de
casos de COVID-19 e medidas de enfrentamento no município de Maranguape no
estado do Ceará.
Metodologia
CAPÍTULO 1
CORONAVÍRUS: ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS E MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO EM UM MUNICÍPIO DA
REGIÃO METROPOLITANA DO ESTADO DO CEARÁ
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
14
Para complementar a discussão dos dados, foi realizada uma busca nas bases de
dados virtuais: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Ame-
ricana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysisand
Retrieval System Online (MEDLINE). Para o levantamento das publicações nas bases
eletrônicas de dados, foram utilizados descritores controlados do vocabulário Des-
critores em Ciência da Saúde – DeCS e, constantes nas língua portuguesa: “Infecções
por coronavírus”, “Epidemiologia descritiva”, “Pandemias” pesquisados através das
bases de dados.
Para análise e categorização dos artigos foi realizada uma leitura interpretativa
dos que se enquadravam nos critérios do estudo e realizada a análise descritiva dos
resultados de acordo com os objetivos propostos.
Resultados
Conforme nota técnica da Fundação Oswaldo Cruz (2020), existem muitos de-
safios para comportar essa demanda por cuidados em centros de maior aglomeração
populacional, onde já são locais com maiores números de casos de COVID-19, bem
como também é onde se situam mais recursos.
Discussão
Considerações finais
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Projeto Lean nas emergências: plano de resposta hos-
pitalar ao COVID-19. Brasília, 2020c. 44 p. Disponível em: https://portalarquivos.
saude.gov.br/images/pdf/2020/April/03/Ebook-SirioLibanes-PlanodeCriseCOVI-
D19-LeannasEmerg--ncias-0304-espelhadas.pdf. Acesso em: 04 de jul. de 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde destina mais R$ 600mi para ações de combate
à pandemia. Brasília, 2020e. Disponível em: https://www.saude.gov.br/noticias/
agencia-saude/46602-saude-destina-mais-r-600-mipara-acoes-de-combate-a-pande-
mia. Acesso em: 05 de jul. de 2020.
CAPÍTULO 1
CORONAVÍRUS: ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS E MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO EM UM MUNICÍPIO DA
REGIÃO METROPOLITANA DO ESTADO DO CEARÁ
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
20
SPOSITO, M.E. B.; GUIMARÃES, R. B. Por que a circulação de pessoas tem peso na
difusão da pandemia. Notícias Unesp de 26/03/2020.
ZHU, N. et al. A novel coronavírus from patients with pneumonia in China. N Engl J
Med., v. 382, p. 727-733, 2019.
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.2
1 Enfermeira pela Universidade de Fortaleza. Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará. Resi-
dência Multiprofissional em Saúde – ênfase em Infectologia pela Escola de Saúde Pública do Ceará. Pós-graduada em
Enfermagem em Nefrologia pela Universidade Estadual do Ceará. E-mail: jessikarenmaia@gmail.com
2 Enfermeiro pela Universidade Federal do Ceará. Mestrando em Saúde Pública pela Universidade Federal do Ceará.
Residência Multiprofissional em Saúde – ênfase em Infectologia pela Escola de Saúde Pública do Ceará. Pós-graduado
em Terapia Intensiva pelo Centro Universitário Farias Brito. E-mail: junioraraujoenfermagem@gmail.com
3 Enfermeira pela Universidade de Fortaleza. Mestra em Patologia pela Universidade Federal do Ceará. Pós-graduada
em Enfermagem em Nefrologia pela Universidade Estadual do Ceará. E-mail: priscila.travassos@ymail.com
4 Fisioterapeuta pelo Centro Universitário Estácio do Ceará. Residente Multiprofissional em Saúde – ênfase em Infec-
tologia pela Escola de Saúde Pública do Ceará. E-mail: nunesllys@gmail.com
5 Pós-graduanda em Saúde Pública pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE). Pós-graduada em Saúde da Fa-
mília pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Pós-graduada em Unida-
de de Terapia Intensiva pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). Graduada em Enfermagem pela Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG). E-mail: barbaraleticiaqx@hotmail. com
6 Enfermeira pela Universidade Federal de Campina Grande. Pós-graduada em Enfermagem Ginecológica e Obsté-
trica pela Universidade Cândido Mendes. Discente do curso de medicina pela Universidade Federal do Vale do São
Francisco. E-mail: b.teixeirast@gmail.com
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
22
Resumo
O Brasil foi um dos primeiros países da América Latina a reportar casos relacio-
nados a SARS-CoV-2, denominado como COVID-19, após o estado de pandemia ser
declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março de 2020. Objetivou-se
analisar as internações e óbitos por COVID-19 no Ceará no primeiro semestre de 2020.
Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, de natureza descritiva. Dados ex-
traídos da plataforma IntegraSUS. Análise feita por meio de estatística de frequência e
percentual simples. A taxa de ocupação de UTI foi considerável (73%), com destaque
para UTI Adulto (76%) e enfermaria adulto (40%), média de 9 dias de internação hos-
pitalar, maior número de altas por dia de 592 e o menor, 78. O pico de óbitos por dia
foi de 129, e o menor 33, sendo o total 6.441 pessoas, com 584 ainda suspeitos, e média
de idade de 70 anos. Cerca de 40% doas pacientes com comorbidades evoluíram para
óbito, com destaque para doença cardiovascular crônica (DCV) com 26%. Os resulta-
dos apontam forte incidência da doença no estado, confirmando que as desigualdades
não se limitam somente às geográficas, pois esta doença e outras estão acometendo as
regiões mais vulneráveis e com maior população no Brasil. Diante disso, a ocupação
de UTIs, enfermarias está elevada tendo como motivo essa causa básica, levando a
sobrecarga dos serviços de saúde. Evidencia-se, portanto a urgente necessidade de
fortalecimento do suporte oferecido à população para enfrentamento da pandemia.
Introdução
O Brasil foi um dos primeiros países da América Latina a reportar casos re-
lacionados a SARS-CoV-2, denominado como COVID-19, após o estado de
pandemia ser declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março de 2020
(BURKI, 2020). Pouco mais de três semanas após o primeiro caso de infecção por CO-
VID-19 ter sido registrado no país, o Ministério da Saúde declarou, em 20 de março
de 2020, o reconhecimento da transmissão comunitária do vírus em todo o território
nacional (WERNECK; CARVALHO, 2020).
Além disso, existem fatores de risco para infecção e agravo pelo COVID-19, os
infectados que possuem doença renal crônica e diabetes apresentaram taxas de inter-
nação em UTI, respectivamente 11 e 8,5 vezes maiores do que os que não se enqua-
dram nos grupos de risco. Pessoas com doenças pulmonares crônicas como bronquite
e asma são demonstradas com 3,4 vezes maior taxa de internação e 6,5 vezes maior de
transferência para UTI (NASSIF-PIRES et al., 2020).
As regiões mais pobres do país são consideradas as mais vulneráveis aos im-
pactos da pandemia pelo COVID-19, pois os fatores de risco relacionados ao agravo
pela infecção do vírus tão pouco parecem estar distribuídos igualmente na população,
tendo uma prevalência maior em regiões de baixa e média renda (NASSIF-PIRES et al.,
2020).
Quando se observa apenas pelo traço social da escolaridade, a maior parte das
pessoas que possuem pelo menos um dos fatores de risco declarou ter frequentado
apenas o ensino fundamental (54%). O mesmo foi relatado por uma parcela bem me-
nos considerável entre as pessoas que chegaram a cursar o ensino superior ou pós-
-graduação (34%). Essa diferença é ainda mais relevante quando se considera que a
presença de dois ou mais fatores de risco é três vezes maior entre aqueles que frequen-
taram apenas o ensino fundamental do que entre aqueles que frequentaram o ensino
médio (PIRES; CARVALHO; XAVIER, 2020).
A região Nordeste, já bastante marcada por todo o seu contexto histórico de vul-
nerabilidade social da maior parte de sua população, enfrentou uma situação bastante
agravada dentro do cenário da pandemia de 2020. O estado do Ceará liderou tanto o
índice do número de casos como os registros de óbitos na região, sendo o estado que
mais realizou notificações durante o período (MARINELLI; ALBUQUERQUE; SOU-
ZA et al., 2020).
CAPÍTULO 2
ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR COVID-19 NO ESTADO NO CEARÁ
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
24
Metodologia
Após a coleta, a análise dos dados foi realizada por meio de estatística de fre-
quência e percentual simples. Por tratar-se de dados secundários obtidos do próprio
IntegraSUS, e por não possuir conflitos de interesses, o estudo não necessitou ser sub-
metido à apreciação de Comitê de Ética em Pesquisa, pois os dados são de uso público
e divulgados de forma agregada, não havendo identificação dos indivíduos.
Resultados
seguido da UTI gestante (50%), da UTI pediátrica (48%) e, por fim, a UTI neonatal
(14%).
De acordo com o número de alta hospitalar registrada por dia, o maior número
de altas por dia foram 592 e o menor 78. Ao considerarmos, o número de óbitos regis-
trados no ambiente hospitalar por dia, o maior número de óbitos foi 129, e o menor 33.
Acerca número de óbitos na UPAs por dia, o maior foi 42 óbitos e o menor foi zero.
IntegraSUS, 2020
Fonte:
A letalidade registrada no estado apresenta-se no patamar de 5%. O estado do
Ceará apresentou, no período estudado, uma média de óbitos por dia bastante eleva-
da, com 63%. (Figura 1) O tempo médio de internação de um paciente diagnosticado
com COVID-19 nos hospitais cearenses é de 9 dias.
CAPÍTULO 2
ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR COVID-19 NO ESTADO NO CEARÁ
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
26
Figura 2- Tempo decorrido desde o início dos sintomas para internação, receber os exames e ir a óbito.
Discussão
Neste sentido, a taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva nos hospitais
cearenses acompanhou a taxa apresentada a nível nacional de 77%. Estudo realizado
sobre o perfil nacional de ocupação de leitos de terapia intensiva a nível nacional,
aponta que as diferenças regionais dentro do estado do Ceará, podem comprometer
a qualidade de vida das pessoas afetadas pela infecção, o que pode ser complicado
mesmo no cenário de diminuição das taxas de infecção, tendo em vista a incapacidade
de diversas regiões do estado em oferecer o suporte necessário aos pacientes que de-
mandem cuidados intensivos (NORONHA et al., 2020).
Neste mesmo cenário, evidencia-se a busca por parte dos gestores em oferecer a
garantia de leitos a pacientes diagnosticados com covid-19 no que diz respeito a de-
mandas a nível de enfermaria, pois o nível de ocupação esteve coerente com o apresen-
tado em níveis nacionais de 37% assim como a níveis internacionais 39% (NORONHA,
2020; ZHANG, 2020).
Considerações finais
Diante disso, a ocupação de UTI’s, enfermarias está elevada, tendo como motivo
essa causa básica, levando a sobrecarga dos serviços de saúde. As variáveis que esti-
veram associadas aos óbitos foram a presença de comorbidades, sendo as principais
doenças: cardiovascular crônica e diabetes mellitus, outro fator também importante
que está relacionado ao óbito é a idade avançada.
Referências
BURKI, T. COVID-19 in Latin America. Lancet Infect Dis. 2020. Disponível em: ht-
tps://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32311323/. Acesso em: 06 de julho de 2020.
COELHO, F. C, LANA RM, CRUZ OG, et al. Assessing the potential im-
pact of COVID-19 in Brazil: mobility, morbidity and the burden on the heal-
th care system. medRxiv 2020; 26 mar. https://www.medrxiv.org/conten-
t/10.1101/2020.03.19.20039131v2
FRANÇA, E. B et al. Óbitos por COVID-19 no Brasil: quantos e quais estamos identi-
ficando?. Rev. bras. epidemiol. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?s-
cript=sci_arttext&pid=S1415790X2020000100203&lng=en. Acesso em: 06 de julho de
2020.
CAPÍTULO 2
ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR COVID-19 NO ESTADO NO CEARÁ
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
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NASSIF-PIRES, L. et al. We need class, race, and gender sensitive policies to fight the
COVID-19 crisis. Multiplier effect, The Levy Economics Institute Blog. Disponível
em: http://multiplier-effect.org/we-need-class-raceand-gender-sensitive-policies-to-
-fight-the-covid-19-crisis/. Acesso em: 06 de julho de 2020.
WANG, D. et al. Clinical characteristics of 138 hospitalized pacientes with 2019 novel
coronavírus-infected pneumonia in Wuhan, China. JAMA, v. 323, n. 11, p. 1061-9,
2020.
WANG, D. et al. Clinical characteristics of 138 hospitalized pacientes with 2019 novel
coronavírus-infected pneumonia in Wuhan, China. JAMA, v. 323, n. 11, p. 1061-9,
2020.
ZHANG, T. et al. A model to estimate bed demand for COVID-19 related hospitaliza-
tion. MedRxiv, 2020.
ZHOU, F. et al. Clinical course and risk factors for mortality of adult inpatients with
COVID-19 in Wuhan, China: a retrospective cohort study. Lancet, 2020.
CAPÍTULO 2
ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR COVID-19 NO ESTADO NO CEARÁ
CAPÍTULO 3
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.3
1 Enfermeira pela Universidade Federal de Campina Grande. Pós-graduada em Enfermagem Ginecológica e Obsté-
trica pela Universidade Cândido Mendes. Discente do curso de medicina pela Universidade Federal do Vale do São
Francisco. E-mail: b.teixeirast@gmail.com
2 Discente do curso de medicina pela Universidade Federal do Vale do São Francisco. E-mail: gsantosandrade@gmail.
com
3 Discente do curso de medicina pela Universidade Federal do Vale do São Francisco. E-mail: mariaeeouricurii@gmail.
com
4 Discente do curso de medicina pela Universidade Federal do Vale do São Francisco. E-mail: guilhermelagesm@
gmail.com
5 Pós-graduanda em Saúde Pública pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE). Pós-graduada em Saúde da Fa-
mília pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Pós-graduada em Unida-
de de Terapia Intensiva pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). Graduada em Enfermagem pela Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG). E-mail: barbaraleticiaqx@hotmail. com
6 Enfermeira pela Universidade Federal de Campina Grande. Especialista em Emergência e UTI pelo Centro Universi-
tário São Camilo. Mestra em Saúde Pública pela Universidade Estadual da Paraíba. E-mail: amandar_soares@hotmail.
com
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
34
Resumo
Introdução
T odos os anos, mais de 1 milhão de novas gestantes, em todo o mundo, são in-
fectadas pelo Treponema pallidum, bactéria causadora da sífilis. Sua transmis-
são acontece principalmente através do contato sexual, mas também pode ocorrer por
via transplacentária, ou seja, infecção vertical (CUNHA; BISCARO; MADEIRA, 2018).
Na grande maioria das gestações, há um grande risco de desfecho adverso, causando
danos à saúde, tanto para a mãe quanto para o recém-nascido. Para tanto, foram toma-
das iniciativas em todo o mundo para a eliminação da transmissão vertical através de
estratégias e políticas públicas (NUNES et al., 2018).
Esse dado remete ao aumento progressivo da sífilis congênita, uma vez que sua
taxa de transmissão é de 70 a 100% e a de mortalidade é de 40%, podendo aumentar,
caso a gestante não tenha um acompanhamento adequado durante a gravidez (BRA-
SIL et al., 2014). De acordo com esses dados, é visto que tal problema ainda persiste,
uma vez que, segundo os números divulgados pelo Ministério da Saúde em 2019, o
número de casos de sífilis congênita aumentou 3,8 vezes no país, passando de 2,4 para
9,0 casos em 1000 nascidos vivos (BRASIL, 2019).
CAPÍTULO 3
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTES NO BRASIL
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
36
Metodologia
Tipo de estudo
Sua execução foi seguida por as seguintes etapas: identificação da temática e ela-
boração das questões de pesquisa, busca na literatura, categorização dos estudos, ava-
liação dos estudos selecionados, interpretação dos resultados e exibição da síntese do
conteúdo.
No sentido de viabilizar a análise dos artigos que integram esta revisão integrati-
va foi utilizado um formulário, que continha as questões pertinentes à coleta de dados
e contemplava os objetivos do estudo, com as seguintes informações: Título, Autores,
Ano de publicação e periódico, Delineamento e Cidade/Estado.
Resultados e discussão
Foi observado que a maioria dos estudos desta revisão foram descritivos, com
abordagem quantitativa e majoritariamente realizados na região sul e sudeste, com
apenas 3 estudos realizados da região norte-nordeste. A amostra final de 10 artigos foi
disposta em um quadro sinóptico (Quadro 1).
CAPÍTULO 3
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTES NO BRASIL
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
38
Quadro 1- Distribuição dos estudos acerca da temática em foco, segundo as características dos artigos,
2018 a 2020.
Ano de
Cidade/E
Nº Título Autores publicação e Delineamento
stado
periódico
Prevalência de sífilis em 2018
parturientes atendidas CUNHA Estudo transversal, Criciúma,
1 em uma maternidade na BISCARO; Arquivos de abordagem Santa
cidade de Criciúma, MADEIRA. Catarinenses de quantitativa Catarina
Santa Catarina Medicina
2018
Sífilis em gestantes e Estudo descritivo,
GUIMARÃ
2 sífilis congênita no Arquivos de retrospectivo e Maranhão
ES et al
Maranhão Ciências da quantitativo
Saúde
Sífilis gestacional e
congênita e sua relação 2018
com a cobertura da
NUNES et
3 Estratégia Saúde da Epidemiologia e Estudo Ecológico Goiás
al
Família, Goiás, 2007- Serviços de
2014: um estudo Saúde
ecológico
2018
Estudo
Análise epidemiológica Macaé,
SOUZA et Rev. da observacional,
4 de casos notificados de Rio de
al Sociedade descritivo e
sífilis Janeiro
Brasileira de retrospectivo
Clínica Médica
Prevalência da sífilis
2018
gestacional e congênita
RAMOS et Estudo descritivo e Maringá,
5 na população do
al Revista Saúde e retrospectivo Paraná
município de Maringá -
Pesquisa
PR
Sífilis na gestação: 2018
associação das Estudo
PADOVANI
6 características maternas Revista Latino- retrospectivo e Paraná
et al
e perinatais em região Americana de transversal
do sul do Brasil Enfermagem
Análise dos casos de
2018
sífilis gestacional e
CARDOSO Fortaleza,
7 congênita nos anos de Estudo transversal
et al Ciência & Saúde Ceará
2008 a 2010 em
Coletiva
Fortaleza, Ceará, Brasil
Epidemiologia da sífilis
2019
congênita e materna em Carapicuí
Estudo descritivo e
8 um hospital público do MOREIRA ba, São
Journal Health quantitativo
município de Paulo
NPEPS
Carapicuíba/SP
Perfil epidemiológico de
2019 São José
pacientes com sífilis
do Rio
congênita e gestacional
9 LIMA et al Revista Brasileira Estudo ecológico Preto,
em um município do
Saúde Materno São
estado de São Paulo,
Infantil Paulo
Brasil
Análise epidemiológica Estudo
de casos notificados de 2020 retrospectivo,
Teresina,
10 sífilis gestacional no SILVA et al exploratório
Piauí
município de Teresina, BJSCR descritivo e
Piau quantitativo
Fonte: Dados da pesquisa, 2020
Dados epidemiológicos
análise geral foi de 2007 até 2018 e, em todos eles, foi verificado um aumento dos casos
ao longo dos anos.
Com relação aos estudos realizados com dados municipais, foi visto que os arti-
gos com codificação, conforme quadro 1, nº 4, 5 e 9 obtiveram quantitativos semelhan-
tes (SOUZA et al., 2018; RAMOS et al., 2018; LIMA et al., 2019), com bastante discre-
pância dos altos números encontrados em Teresina/PI (SILVA et al., 2020). Apesar de
serem estudos realizados em locais diferentes, mas com períodos similares, uma das
causas que sugere a ocorrência da diferença em número de casos é a subnotificação no
SINAN, pois nas pesquisas em que foram utilizadas esta plataforma para a obtenção
dos dados, tiveram os menores quantitativos, enquanto que, no estudo em que foi
utilizado as fichas de consultas encontradas na ESF do município, obteve os maiores
resultados.
No que diz respeito a taxa de prevalência, apenas dois artigos fizeram essa aná-
lise, obtendo níveis crescentes de 2011 a 2016. Já a taxa de incidência foi analisada por
três artigos, dois destes mostraram picos em 2014, o outro em 2015.
CAPÍTULO 3
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTES NO BRASIL
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
40
Perfil epidemiológico
A análise da faixa etária não foi a única variável discutida, sete dos artigos sele-
cionados avaliaram a variável também a cor/raça das gestantes que possuíam sífilis.
Neste quesito, houve certa discrepância, visto que três deles expõem que a SG é en-
contrada em maior taxa em mulheres brancas (CUNHA; BISCARO; MADEIRA, 2018;
LIMA et al., 2019; RAMOS et al., 2018 ), dois afirmam ser mais presente em mulheres
pardas (SILVA et al., 2020; MOREIRA, 2019), enquanto os demais demonstram que
essa maior taxa está presente em gestantes não brancas (PADOVANI et al., 2018; CAR-
DOSO, 2018). Como os artigos analisados possuem diferentes localidades geográficas,
sugere-se que esta evidência tenha relação com as variáveis observadas, não havendo
como avaliar de maneira mais aprofundada esse quesito.
vel de escolaridade pode ser reflexo do contexto social em que a sífilis está inserida, já
que acomete, majoritariamente, gestantes que se encontram em situação de vulnerabi-
lidade social (LIMA et al., 2019). Esses dados corroboram com o estudo de Domingues
et al. (2016), no qual foi identificado que existe um risco de até 3,2 vezes maior de con-
trair a sífilis nas mulheres que apresentam baixa escolaridade, existindo uma relação
inversamente proporcional entre a escolaridade da mulher e a frequência de sífilis, ou
seja, quanto menor a escolaridade, maior a frequência da doença.
Considerações finais
Foi possível concluir também que o perfil predominante das gestantes infectadas
pela sífilis é composto por mulheres jovens, brancas e de baixa escolaridade. Nessa
perspectiva, é necessária a formulação de novas medidas e políticas de saúde que aten-
dam a esse público e ações de educação em saúde, para que essas mulheres tenham
acesso a esclarecimentos de sobre prevenção e evitando assim a transmissão da sífilis,
como também uma maior oferta de preservativos. Além disso, para reduzir a preva-
lência de sífilis na gestação, é importante que os profissionais de saúde proporcionem
mais informações durante as consultas e se atentem para o diagnóstico precoce e o
tratamento eficaz da mulher e de seu parceiro.
CAPÍTULO 3
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTES NO BRASIL
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
42
Referências
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CARDOSO, R. P, A. et al. Análise dos casos de sífilis gestacional e congênita nos anos
de 2008 a 2010 em Fortaleza, Ceará, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 2, p.
563-574, 2018.
LIMA, M. G. et al. Incidência e fatores de risco para sífilis congênita em Belo Horizon-
te, Minas Gerais, 2001-2008. Ciênc Saúde Coletiva, v. 18, n. 2, p. 499-506, 2013.
LIMA, T.M. et al. Perfil epidemiológico de pacientes com sífilis congênita e gestacio-
nal em um município do estado de São Paulo, Brasil. Revista Brasileira Saúde Ma-
terno Infantil, 2019.
NEWMAN, L. et al. Global estimates of syphilis, In: NUNES, P. S. et al. Sífilis ges-
tacional e congênita e sua relação com a cobertura da Estratégia Saúde da Família,
Goiás, 2007-2014: um estudo ecológico, Epidemiol. Serv. Saude, v. 27, n. 4p. 2018127,
2018.
NUNES, P S. et al. Sífilis gestacional e congênita e sua relação com a cobertura da Es-
tratégia Saúde da Família, Goiás, 2007-2014: um estudo ecológico. Epidemiologia e
Serviços de Saúde, Brasília, v. 27, n. 4, p.2018127, 2018.
CAPÍTULO 3
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTES NO BRASIL
CAPÍTULO 4
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E
CLÍNICAS DE REAÇÕES HANSÊNICAS EM UM
MUNICÍPIO DO ALTO SERTÃO PARAIBANO
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.4
1 Pós-graduanda em Saúde Pública pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE). Pós-graduada em Saúde da Fa-
mília pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Pós-graduada em Unida-
de de Terapia Intensiva pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). Graduada em Enfermagem pela Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG). E-mail: barbaraleticiaqx@hotmail. com
2 Enfermeira pela Universidade Estadual do Ceará. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Católica de Santos.
Especialização em Gestão dos Hospitais Universitários Federais no SUS. E-mail: enfmonicapaulino@hotmail.com
3 Enfermeira pela Universidade Federal de Campina Grande. Pós-graduada em Enfermagem Ginecológica e Obsté-
trica pela Universidade Cândido Mendes. Discente do curso de medicina pela Universidade Federal do Vale do São
Francisco. E-mail: b.teixeirast@gmail.com
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
46
Resumo
Introdução
CAPÍTULO 4
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E CLÍNICAS DE REAÇÕES HANSÊNICAS EM UM MUNICÍPIO DO ALTO SERTÃO
PARAIBANO
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
48
Metodologia
Resultados
Discussão
CAPÍTULO 4
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E CLÍNICAS DE REAÇÕES HANSÊNICAS EM UM MUNICÍPIO DO ALTO SERTÃO
PARAIBANO
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
50
Tabela 1. Distribuição das características da hanseníase e das reações hansênicas. Cajazeiras - PB, 2015.
Tabela 2. Distribuição dos casos de reações hansênicas segundo o dano neural e os sinais clínicos. Ca-
jazeiras-PB, 2015.
CAPÍTULO 4
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E CLÍNICAS DE REAÇÕES HANSÊNICAS EM UM MUNICÍPIO DO ALTO SERTÃO
PARAIBANO
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
52
Estes achados também são encontrados na pesquisa de Neves et al. (2013), reali-
zada em Palmas/TO durante o período de 2005 e 2010 com 1362 casos de hanseníase
notificados, em que a forma clínica dimorfa aparece com o percentual de 48,6%, se-
guida pela forma virchowiana 21,3%, assim como no estudo de Corrêa et al. (2012). Já
o trabalho de Rodini et al. (2010) diverge deste, pois a forma clínica que obteve maior
frequência foi virchowiana com 35%.
forma virchowiana. Corroborando com os estudos de Carneiro et al. (2012), que ava-
liou a situação endêmica da hanseníase em uma cidade do interior do Rio Grande do
Sul, a baciloscopia negativa apresentou-se em maior percentual, com 39,5% dos casos
avaliados.
Do total de pacientes com reações hansênicas neste estudo, 68,2% eram do tipo
1- reação reversa, 31,8% do tipo 2- eritema nodoso hansênico. Pessoas com hanseníase
MB podem desenvolver tanto reação do tipo 1 como do tipo 2, onde no presente estu-
do é concordante com a literatura ao apresentar elevado percentual dos pacientes com
os dois tipos de reação.
CAPÍTULO 4
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E CLÍNICAS DE REAÇÕES HANSÊNICAS EM UM MUNICÍPIO DO ALTO SERTÃO
PARAIBANO
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
54
estarem fora do registro e não serem mais acompanhados. Isso pode levar os pacientes
a não considerar sinais e sintomas como possíveis complicações, fazendo com que
procurem tardiamente os serviços de saúde. Portanto, o monitoramento pós-alta deve
fazer parte da rotina dos serviços de saúde (ORSINI, 2008).
Quando avaliado os sinais clínicos nos membros, constatou-se que 59,1% dos
casos desenvolveram pé inchado. Observa-se uma menor proporção no desenvolvi-
mento dos sinais clínicos nas mãos, por ser uma região de percepção precoce e por sua
fácil aplicabilidade das medidas de autocuidado, diminuindo a frequência de incapa-
cidades.
Estes achados estão de acordo com os encontrados por Carvalho e Alvarez (20000,
os autores encontraram elevada frequência de incapacidades nos pés, isoladamente,
quando comparada com os resultados encontrados nas mãos. Para Araújo et al. (2014),
a maior presença e o aumento da frequência de incapacidades físicas, principalmente
nos pés, pode ter sido influenciado pelo descuido nas orientações relacionadas ao au-
tocuidado.
CAPÍTULO 4
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E CLÍNICAS DE REAÇÕES HANSÊNICAS EM UM MUNICÍPIO DO ALTO SERTÃO
PARAIBANO
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
56
Considerações finais
Com relação aos danos neurais, observou-se que o grau de incapacidade 2 foi o
mais perceptível entre estes indivíduos, levando-se em conta que esse potencial inca-
pacitante acarreta prejuízo físico, comprometimento na participação social, além de
danos psicológicos e dificuldade nas atividades da vida cotidiana destas pessoas. Mas
pode-se observar que eles receberam orientações para o autocuidado e prevenção das
incapacidades, o que levanta o questionamento de que a assimilação das informações
pode ter sido dificultada pelo baixo nível de escolaridade.
Entende-se que os dados aqui apresentados podem oferecer subsídios para ela-
boração de estratégias educativas para os pacientes e para os profissionais da saúde,
capacitações por meio de cursos e treinamentos. Principalmente focando na qualidade
de vida dos pacientes que finalizam o tratamento, com maior atenção não só aos que
Referências
CAPÍTULO 4
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E CLÍNICAS DE REAÇÕES HANSÊNICAS EM UM MUNICÍPIO DO ALTO SERTÃO
PARAIBANO
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
58
NEVES, T. V., et al. Perfil de pacientes com incapacidades físicas por hanseníase tra-
tados na cidade de Palmas-Tocantins. Revista Eletrônica Gestão & Saúde [acesso em
10 de julho de 2015], v. 4, n. 2, p. 139-48, 2013. Disponível em: http://gestaoesaude.
unb.br/index.php/gestaoesaude/article/view/223/pdf_1
CAPÍTULO 4
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E CLÍNICAS DE REAÇÕES HANSÊNICAS EM UM MUNICÍPIO DO ALTO SERTÃO
PARAIBANO
CAPÍTULO 5
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.5
1 Enfermeira pelo Centro Universitário CESMAC. Pós-graduada em Obstetrícia pela Faculdade Integrada de Patos.
Pós- graduanda em Avaliação em Saúde Aplicada à Vigilância pela Universidade Federal de Pernambuco. Pós-gra¬-
duanda em Gestão de Políticas de Saúde Informadas por Evidências pelo Instituto Sírio Libanes. E-mail: ellysmay-
na¬ra@outlook.com
2 Enfermeira pelo Centro Universitário CESMAC. Pós-graduada em Urgência, emergência e UTI pela
faculdade Integrada de patos. Pós-graduanda em Avaliação em Saúde Aplicada à Vigilância pela Univer-
-sidade Federal de Pernambuco. E-mail: anapaulasf92@hotmail.com
3 Enfermeira pelo Centro Universitário CESMAC. Pós-graduanda em Cardiologia e Hemodinâmica pela
CEFAPP. E-mail: nanda.teodozio@gmail.com
4 Enfermeira pela Universidade Federal de Campina Grande. Pós-graduada em Enfermagem Ginecoló-
gica e Obsté¬trica pela Universidade Cândido Mendes. Discente do curso de medicina pela Universidade
Federal do Vale do São Francisco. E-mail: b.teixeirast@gmail.com
5 Pós-graduanda em Saúde Pública pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE). Pós-graduada em Saúde da Fa-
mília pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Pós-graduada em Unida-
de de Terapia Intensiva pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). Graduada em Enfermagem pela Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG). E-mail: barbaraleticiaqx@hotmail. com
6 Pesquisador da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas e do Centro Universitário Cesmac. E-mail:
Tmatosrocha@cesmac.edu
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
62
Resumo
Introdução
CAPÍTULO 5
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PESSOAS COM DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS NO ESTADO DE ALAGOAS
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
64
Metodologia
Resultados e discussão
Gráfico 2- Casos notificados de tuberculose segundo gênero e faixa etária residente em Alagoas no ano
de 2015.
CAPÍTULO 5
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PESSOAS COM DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS NO ESTADO DE ALAGOAS
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
66
Ao observar o gráfico, nota-se que a aids atingiu portadores com faixa etária de
30 a 39 anos, do gênero masculino com (36,7%) e de 20 a 29 anos do gênero feminino
com (27,9%), no ano de 2014. Em 2015 o maior número de portadores da doença pre-
valeceu na faixa etária de 30 a 39 anos, do gênero masculino com (31,38%), porém, o
Gráfico 3- Casos notificados de AIDS segundo gênero e faixa etária residente em Alagoas no ano de
2014.
CAPÍTULO 5
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PESSOAS COM DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS NO ESTADO DE ALAGOAS
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
68
0,4%. Segundo Pedrosa et al. (2015), no Ceará, em 2012, foram notificados cerca de 800
casos de aids, das quais 53,7% residem na capital. O Ceará se encontra em uma região
que sofre severas disparidades relacionadas à aids. Foi observado nesse estudo que na
população feminina os casos de AIDS aumentaram de 25,94 em 2014, para 28,81 em
2015. Porém ainda assim as mulheres continuam com proporção inferior a população
masculina.
Gráfico 6- Casos notificados de hanseníase segundo gênero e faixa etária residente em Alagoas no
ano de 2015.
CAPÍTULO 5
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PESSOAS COM DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS NO ESTADO DE ALAGOAS
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
70
Considerações finais
Em virtude dos fatos mencionados, a tuberculose foi a doença com maior núme-
ro de notificações, nos dois anos de análise, seguidas de hanseníase, aids e hepatite C.
Esse maior número de notificações da TB, deve- se a fatores como, a desigualdade so-
cial, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, o envelhecimento da população e os
grandes movimentos migratórios. O menor número de casos, provavelmente, deve-se
ao fato da hepatite C apresentar infecção assintomática, tornando sua prevalência in-
certa, o que observa-se a necessidade de uma maior investigação dessa doença.
Referências
GABRIEL, R.; BARBOSA, D.A.; VIANNA L.A.C. Perfil Epidemiológico dos clientes
com hiv/aids da Unidade Ambulatorial de hospital escola de grande porte- municí-
pio de são Paulo. Ver. Latino-am Enfermagem, v.13, n.4, p.509, 2015.
OLIVEIRA JUNIOR M.S; MENDES D.M.C; ALMEIDA R.B. Rev. Saúde Públ. Santa
Cat., Florianópolis, v.8, n.1, p.43-57, 2015.
SANTEL, C.O. et al. Ciências Biológicas da Saúde. Maceió, v.3, n.1, p.77-92, 2015.
CAPÍTULO 5
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PESSOAS COM DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS NO ESTADO DE ALAGOAS
CAPÍTULO 6
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.6
1 Enfermeira pelo Centro Universitário CESMAC. Pós-graduada em Vigilância em Saúde, pela Universidade Federal
de Alagoas. Pós- graduanda em Cardiologia e Hemodinâmica. E-mail: menezes_338@hotmail.com
2 Enfermeira pelo Centro Universitário CESMAC. E-mail: girlandia_fran@hotmail.com
3 Enfermeira pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas. Pós-graduanda em Urgência e Emergên¬-
cia pela FAVENI. E-mail: deboraah_rodrigues@hotmail.com
4 Pós-graduanda em Saúde Pública pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE). Pós-graduada em Saúde da Fa-
mília pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Pós-graduada em Unida-
de de Terapia Intensiva pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). Graduada em Enfermagem pela Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG). E-mail: barbaraleticiaqx@hotmail. com
5 Enfermeira pela Universidade Federal de Campina Grande. Pós-graduada em Enfermagem Ginecológica e Obsté-
-trica pela Universidade Cândido Mendes. Discente do curso de medicina pela Universidade Federal do Vale do São
Francisco. E-mail: b.teixeirast@gmail.com
6 Enfermeira pelo Centro Universitário CESMAC. Mestra em Terapia Intensiva pelo Instituto Brasileiro de Terapia
Intensiva – IBRATI. E-mail: elvyalylyan@hotmail.com
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
76
Resumo
Introdução
CAPÍTULO 6
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE ADOLESCENTES COM AIDS EM MACEIÓ- AL
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
78
Desse modo, a partir da análise desse perfil, poderão ser traçadas estratégias que
subsidiarão nas ações de promoção e prevenção da doença, considerando que os com-
ponentes efetivos para o seu controle são: a informação e a educação. Nesse sentido,
esta pesquisa teve como objetivo estudar o perfil epidemiológico de casos de AIDS em
adolescentes residentes em Maceió- AL.
Metodologia
Resultados e discussão
contemporâneas nas ciências da saúde e sociais, por sua natureza sociológica, política,
econômica e clínico-epidemiológico (RIBEIRO et al., 2010).
Pinto, et al. (2007) fez a análise das tendências da epidemia e seus rumos em nos-
so país, em que identificou três direções importantes. Na primeira direção, há relativa
tendência de expansão do número de casos entre as populações com baixo nível de
renda e escolaridade, atingindo camadas sociais sem nenhuma ou quase nenhuma
proteção social, tendência que é denominada por alguns autores como a “pauperiza-
ção” da epidemia brasileira. Na Segunda direção, apesar dos casos se concentrarem
nas áreas urbanas e regiões metropolitanas, verificam-se um processo de interiorização
da infecção no país, para municípios de pequeno porte e médio. Na terceira direção,
consubstanciando a assim chamada feminização da epidemia, cresce significamente o
número de mulheres infectadas pelo vírus. Isso decorre do fato das mulheres serem
biológica, epidemiológica e socialmente mais vulneráveis.
Gráfico 1- Frequência de casos de AIDS por sexo, em Maceió-AL no período 2000 a 2010.
CAPÍTULO 6
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE ADOLESCENTES COM AIDS EM MACEIÓ- AL
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
80
Percebe-se que ao longo dos anos a AIDS vem mudando o seu perfil, onde no
período de 2000 a 2010, no município de Maceió-AL, foram diagnosticados no SINAN,
37 casos de AIDS em adolescentes com faixa etária compreendida entre 10 a 19 anos.
Deste total, 20 (54%) casos eram do sexo feminino e 17(46%) do sexo masculino.
o maior percentual de casos, em oposição aos anos de 2001 e 2006, os quais foram no-
tificados os menores números (Gráfico 3).
Gráfico 3- Número de casos de AIDS em adolescentes, segundo ano de ocorrência, Maceió-AL no pe-
ríodo de 2000 a 2010.
CAPÍTULO 6
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE ADOLESCENTES COM AIDS EM MACEIÓ- AL
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
82
Verifica-se que no período de 2009, 20% dos casos de AIDS correspondia ao cam-
po Ignorado / Branco, onde caracteriza deficiência do preenchimento adequado da
notificação quanto à variável escolaridade, considerando que a mesma é de grande
magnitude, pois mede o grau de conhecimento desses adolescentes, ou seja, quanto
menor o nível de escolaridade, mais vulnerável os mesmos estarão. Os dados coleta-
dos mostram que existe carência no que diz respeito a notificações de casos registrados
nos bancos de dados, o que pode se caracterizar falha na notificação e nas pesquisas.
Tabela 3- Casos de AIDS em adolescentes, segundo a raça em Maceió-AL, no período de 2000 a 2010
CAPÍTULO 6
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE ADOLESCENTES COM AIDS EM MACEIÓ- AL
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
84
Para tanto, foi identificado que 34% correspondem ao campo não preenchido/
branco, sendo acompanhado respectivamente de 24% dos casos em Dona de Casa e
24% estudantes. Vale salientar que, a maioria dos adolescentes depende economica-
mente de um pai ou outro responsável.
Considerações finais
Nota-se também, que estes indivíduos uma vez expostos a tal agravo, podem
comprometer seu desenvolvimento, gerando no mesmo e em seus familiares receios,
medos, angústia e sofrimento, além de ter que enfrentar a situação de discriminação
e isolamento. O início precoce da atividade sexual sem uma orientação adequada e o
uso de drogas ilícitas pode ser considerado agravante para o comportamento de risco
frente ao HIV, tornando-os mais susceptíveis a contrair o vírus, o que mostra a impor-
tância de trabalhar no sentido de sensibilizar o grupo estudado indicando a responsa-
bilidade que eles têm com sua saúde.
Nesse sentido, percebe-se que o acometimento a saúde dos jovens, assim como
sua infecção e a transmissão do vírus HIV para seus parceiros dependem de um traba-
lho social e cultural permanente com os mesmos, fazendo-os entender as consequên-
cias de uma prática sexual sem proteção, assim como comportamentos que apresen-
tem perigo real a sua vida, sendo os educadores, cuidadores e profissionais de saúde,
principalmente os enfermeiros que estão frente à Estratégia Saúde da Família os maio-
CAPÍTULO 6
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE ADOLESCENTES COM AIDS EM MACEIÓ- AL
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
86
Referências
DIAS, A. P. V. et al. Estudo comparativo: Perfil dos adolescentes atendidos numa clí-
nica de DST nos anos de 1995 e 2003. Adolescência & Saúde, v. 2, n. 2, 2005
RIBEIRO, A. C. et al. Perfil Clínico de adolescentes que tem Aids. Cogitare Enferm, v.
15, n. 2, p. 256-62, 2010.
CAPÍTULO 6
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE ADOLESCENTES COM AIDS EM MACEIÓ- AL
CAPÍTULO 7
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.7
1 Enfermeira pela Universidade de Fortaleza. Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará. Resi-
dência Multiprofissional em Saúde – ênfase em Infectologia pela Escola de Saúde Pública do Ceará. Pós-graduada em
Enfermagem em Nefrologia pela Universidade Estadual do Ceará. E-mail: jessikarenmaia@gmail.com
2 Enfermeiro pela Universidade Federal do Ceará. Mestrando em Saúde Pública da Universidade Federal do Ceará.
Residência Multiprofissional em Saúde – ênfase em Infectologia pela Escola de Saúde Pública do Ceará. Pós-graduado
em Terapia Intensiva pela Universidade Estadual do Ceará. E-mail: junioraraujoenfermagem@gmail.com
3 Enfermeira pela Universidade de Fortaleza. Mestra em Patologia pela Universidade Federal do Ceará. Pós-graduada
em Enfermagem em Nefrologia pela Universidade Estadual do Ceará. E-mail: priscila.travassos@ymail.com
4 Fisioterapeuta pelo Centro Universitário Estácio do Ceará. Residente Multiprofissional em Saúde – ênfase em Infec-
tologia pela Escola de Saúde Pública do Ceará. E-mail: nunesllys@gmail.com
5 Pós-graduanda em Saúde Pública pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE). Pós-graduada em Saúde da Fa-
mília pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Pós-graduada em Unida-
de de Terapia Intensiva pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). Graduada em Enfermagem pela Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG). E-mail: barbaraleticiaqx@hotmail. com
6 Enfermeira pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Pós-graduada em Enfermagem Ginecológica e
Obstétrica pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). Discente do curso de medicina pela Universidade Federal do
Vale do São Francisco (UNIVASF). E-mail: b.teixeirast@gmail.com
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
90
Resumo
Introdução
Aedes aegypti, são elas a Dengue, Zika, Chikungunya, Febre Amarela e Febre do Oeste
do Nilo. Essas enfermidades ornaram-se um dos principais problemas de saúde públi-
ca no mundo, especialmente no cenário brasileiro, onde tomou proporções endêmicas
(BRASIL, 2019a).
CAPÍTULO 7
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM SAÚDE COLETIVA: UMA ANÁLISE DOS CASOS DE DENGUE NO CEARÁ
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
92
Métodos
Taxadeincidencia=Númerodenotificaçõesdolocal/Populaçãodolocal x100mil
A análise dos dados foi realizada por meio de estatística de frequência e percen-
tual simples. Por tratar-se de dados secundários obtidos do próprio IntegraSUS, e por
não possuir conflitos de interesses, o estudo não necessitou ser submetido à apreciação
de Comitê de Ética em Pesquisa, pois os dados são de uso público e divulgados de
forma agregada, não havendo identificação dos indivíduos.
Resultados
Discussão
CAPÍTULO 7
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM SAÚDE COLETIVA: UMA ANÁLISE DOS CASOS DE DENGUE NO CEARÁ
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
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Entre outras ações que podem ser realizadas, estão: o reforço na contratação de
agentes de controle de endemias para propiciar a cobertura das visitas domiciliares;
a descentralização das ações voltadas para a dengue; a intensificação da dispersão de
informações relacionadas à dengue na mídia; a educação permanente dos profissio-
nais de saúde, fortalecendo estratégias de prevenção e identificação precoce de casos
graves; e a sensibilização dos gestores da importância de investirem na educação am-
biental da população em geral para combater a dengue (ARAÚJO, SOUSA, SOUSA et.
al., 2014).
Outro fator importante no contexto da dengue diz respeito ao risco de uma pes-
soa ser infectada com sorotipos distintos, o que possibilita um maior risco de desen-
volvimento de um quadro grave e, consequentemente, eventual óbito. O estado do
Ceará apresenta predominância dos tipos DENV-1 e DENV-2 (CAVALCANTI, COE-
LHO, VILAR et al, 2010).
Neste sentido, o rastreio cuidadoso do perfil de pessoas que estão mais propen-
sas a evoluir para o quadro de dengue grave e, consequentemente, com maior risco de
evolução para óbito é algo de extrema relevância a ser realizado por todos os profissio-
MAIA, Jéssica Karen de Oliveira
ARAUJO JUNIOR, Antonio José Lima de
TRAVASSOS, Priscila Nunes Costa
REBOUÇAS, Ellys Rhaiara Nunes
XAVIER, Bárbara Letícia de Queiroz
TEIXEIRA, Brenda dos Santos
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NORDESTE BRASILEIRO
95
nais de saúde, a fim de que sejam evitados os desarranjos nos gastos já tão insipientes
do sistema de saúde brasileiro (CAVALCANTI; BARRETO; OLIVEIRA et al., 2018).
Além disso, é essencial que seja realizado o constante monitoramento dos soro-
tipos circulantes em cada região, analisando a eventual reintrodução de um sorotipo
que não havia afetado a população até então. Caso contrário, esta reintrodução, ao
afetar uma localidade, condiciona o acometimento de indivíduos não afetados ante-
riormente, abrangendo jovens e crianças não nascidos à época, fator este que eleva os
riscos tanto de dengue grave como de síndrome do choque da dengue, para as quais
crianças têm 15 vezes mais chances de vir a óbito (VICENTE, LAUAR, SANTOS et al.,
2013)
Considerações finais
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EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
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Referências
CAPÍTULO 7
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM SAÚDE COLETIVA: UMA ANÁLISE DOS CASOS DE DENGUE NO CEARÁ
CAPÍTULO 8
DOI: 10.46898/rfb.9786599175268.8
Resumo
Introdução
No Brasil, entre o período de 2007a 2013 ocorreu cerca de 1.950 casos da doença,
correspondendo a uma média de 278 casos por ano, sendo a região Nordeste a que
possui maior número de casos (36,54%) (ZATTI, 2013). Em 2004, 15% dos casos noti-
ficados nesta região, foram do Estado de Pernambuco, com notificação média de 40
casos de tétano acidental por ano nos últimos seis anos (GOUVEIA et al., 2009). Sua
tendência é para uma redução do número de casos, entretanto apresenta-se ainda com
alto índice de letalidade (MOURA et al., 2012).
Metodologia
A amostra foi composta pela totalidade dos pacientes com diagnóstico de tétano
acidental (CID- A35), internados no referido serviço e notificados através do Sinan
(Sistema de Informação de Agravos de Notificação), no período de 2007 a 2013. Fize-
ram parte da amostra pacientes com idade maior que 28 dias. Foram excluídos os casos
que tiveram como classificação final o diagnóstico descartado.
CAPÍTULO 8
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE TÉTANO ACIDENTAL EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA, 2007-2013
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
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Resultados
Quanto ao tipo de ferimento, a perfuração foi o mais frequente com 48,4% dos ca-
sos; e os membros inferiores foi a região mais afetada, correspondendo a 65,1%. Entre
os sinais característicos da doença encontrou-se o trismo (90,5%), as crises de contra-
turas (68,2%) e a rigidez de nuca (48,4%), constituindo os principais sinais, associados
ou não uns aos outros (Tabela 3).
Discussão
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Tabela 3: Perfil clínico dos Casos de Tétano Acidental em um Hospital Universitário de Pernambuco,
2007-2013. Recife, PE, Brasil, 2015.
*respostas múltiplas
Fonte: Sinan, 2014
Tabela 4 – Classificação final dos casos notificados de tétano acidental em um Hospital Universitário
de Pernambuco, 2007-2013. Recife, PE, Brasil, 2015.
Os resultados desta pesquisa apontam para predomínio dos casos no sexo mascu-
lino. Outros estudos brasileiros semelhantes evidenciaram que esta parcela da popula-
ção é a mais atingida pela doença (MOURA et al., 2012; NEVES et al., 2011; GOUVEIA
PEREIRA, Andressa Pedroza
XAVIER, Bárbara Letícia de Queiroz
TEIXEIRA, Brenda dos Santos
SILVA, Ivanise Tibúrcio Cavalcanti da
NUNES, José Ronaldo Vasconcelos
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
NORDESTE BRASILEIRO
105
et al., 2009; OLIVEIRA; NUNES, 2013). Esta situação tem sido explicada pelo fato de os
homens estarem em maior número no mercado de trabalho e, consequentemente, mais
expostos a riscos de acidentes ocupacionais, bem como as estratégias de saúde dire-
cionadas para esse público ainda serem incipientes no país (VIEIRA; SANTOS, 2011).
No que diz respeito à ocupação dos pacientes, as profissões mais frequentes entre
os casos estudados foram trabalhador agropecuário em geral e pedreiro (construção
civil), somando-se 31,7% do total de acometidos pelo tétano; repetindo os resultados
encontrados em um estudo realizado com 131 pacientes no Estado do Ceará, em 2007,
no qual estas profissões somaram 32,0% dos casos. Tais resultados revelam a relação
direta entre o adoecimento e o risco ocupacional a que estes indivíduos estão expostos
(FEIJÃO; BRITO; PERES, 2007). Por assim ser, são grupos para os quais é imprescindí-
vel repensar as estratégias de ampliação das coberturas vacinais e ações de educação
em saúde com ênfase nesta população.
A população mais atingida pelo agravo se encontrava na faixa etária entre 35-49
anos de idade, seguidas de 50-64 anos, reforçando os resultados encontrados em estu-
do epidemiológico de tétano acidental desenvolvido no Brasil (GOMERI; GAGLIANI,
2011). Há evidências de que o tétano atinge, em maior proporção, a faixa etária mais
produtiva, podendo ser justificado pela maior exposição deste grupo a ferimento trau-
mático, havendo maior facilidade de infecção no exercício do trabalho (OLIVEIRA;
NUNES, 2013).
Ainda, a população idosa foi atingida pela doença de forma significativa, reite-
rando os resultados encontrados em outros estudos (NEVES et al., 2011; GOUVEIA et
al., 2009; VIERTEL; AMORIM; PIAZZA, 2005). O risco de acometimento maior desse
grupo se justifica pela diminuição da imunidade, pois os níveis de anticorpos pro-
tetores para o tétano decrescem com o avançar da idade (VECKY et al., 2006). Além
disto, com o passar dos anos, o ser humano vai perdendo a capacidade psicomotora e
as percepções de espaço, estando mais propenso a acidentes (PAGLIUCA; FEITOSA;
FEIJÃO, 2001).
CAPÍTULO 8
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Da faixa etária mais atingida pela doença, nenhum dos pacientes apresentou es-
quema completo de vacinação contra o tétano, e a grande maioria referiu nunca ter
sido vacinada, demonstrando uma lacuna em medidas preventivas contra a doença,
uma vez que estes pacientes não estavam inseridos nos programas regulares de imu-
nização, mesmo com a ampliação do programa da Estratégia Saúde da Família,
Como tipo de ferimento mais comum, a perfuração foi descrita na maior parte
dos casos estudados, em consonância com outros estudos nacionais (MOURA, et al.,
2012; NEVES, et al., 2011). Observou-se também que as escoriações e as lacerações fo-
ram portas de entrada para a doença corroborando com dados encontrados na região
sul do país (VIERTEL; AMORIM; PIAZZA, 2005). Qualquer solução de continuidade
com presença de tecido necrosado, contaminado com terra, poeira e fezes, favorece
a colonização da bactéria após a deposição dos esporos; justificando a ocorrência de
casos decorrentes de queimaduras, feridas cirúrgicas, aborto infectado, cárie dentária
e úlcera de pernas. Os membros inferiores também foram a topografia do ferimento
mais acometida, corroborando com outras casuísticas (MOURA et al., 2012; NEVES et
al., 2011; OLIVEIRA, 2008; VIERTEL; AMORIM; PIAZZA, 2005).
Ceará e no interior de São Paulo, onde encontraram este achado em 50 a 75% e 72,7%
dos casos, respectivamente (MOURA et al., 2012; NEVES et al., 2011).
A pesquisa revela que a letalidade por tétano foi considerada alta (19,0%), quan-
do comparada a um estudo realizado no interior de São Paulo, onde não houve mor-
talidade por tétano em 20 anos (1990-2009) (NEVES et al., 2011) e outro realizado neste
mesmo Estado no ano de 2011, o qual evidenciou uma letalidade de 9,1%, taxa compa-
rável à dos serviços de alta qualidade em países desenvolvidos (SANTOS; BARRETO;
HO, 2011).
Ao associarmos o óbito com a faixa etária, pôde-se observar que a letalidade pre-
domina nos indivíduos entre 35-49 anos, faixa etária que apresentou maior frequência
neste estudo. Ainda, aqueles entre 65-79 anos foi a segunda faixa etária mais acome-
tida pelo óbito. Pode-se concluir que além da doença acometer os indivíduos com
imunização ausente, incompleta ou inadequada, a idade acima de 51 anos também se
configura como um fator de risco para este agravo (OLIVEIRA, 2008).
A média de permanência hospitalar dos casos estudados foi maior quando com-
paradas a outras casuísticas. No Estado do Ceará, os pesquisadores observaram uma
média de 22 dias de internação, desde a chegada ao hospital até a obtenção da alta
(MOURA et al., 2012). No Estado da Bahia, em estudo no qual analisaram-se 119 casos
de tétano acidental entre os anos de 2004 e 2010, esta média foi de 20 dias (OLIVEIRA,
2008).
Considerações finais
cançar os objetivos propostos, conclui-se que este estudo contribui para a descrição da
situação epidemiológica do tétano acidental no Estado de Pernambuco, evidenciando
que esta patologia continua sendo um grande problema de saúde pública, sobretudo,
por ser uma doença imunoprevenível. Portanto, espera-se que ele sirva de base e sub-
sídios na formulação e avaliação de medidas assistenciais (preventivas e curativas),
sobretudo, nas estratégias que aumentem a cobertura vacinal nos grupos mais atingi-
dos, e de controle da doença, com o tratamento adequado pós-ferimento, bem como
fomente a realização de outros estudos.
Referências
VIERTEL, I. L.; AMORIM, L.; PIAZZA, U. Tétano acidental no Estado de Santa Ca-
tarina, Brasil: aspectos epidemiológicos. Epidemiol Serv Saude., v. 14, n. 1, p. 33-40,
2005.
WECKY, L. Y., et al. Effect of a single tetanus-diphtheria vaccine dose on the immuni-
ty of elderly people in São Paulo, Brazil. Brazilian Journal of Medical and Biological
Research., v. 39, n. 4, p. 519-523, 2006.
CAPÍTULO 8
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE TÉTANO ACIDENTAL EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA, 2007-2013
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NO
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SOBRE AS ORGANIZADORAS
Bárbara Letícia de Queiroz Xavier