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Desenvolvimento de Produto
2.1 – Introdução
• Função;
• Custo.
• Lançamento no mercado;
• Qualidade e confiabilidade;
• Facilidade na montagem;
• Habilidade para teste;
• Facilidade de serviços e reparos;
• Empacotamento.
• Fatores humanos;
• Aparência e estilo;
• Segurança.
• Poluição do produto;
• Poluição do processo;
• Reciclagem do produto.
2.2.1 – Função
O custo vem sendo o “campo de batalha” por mais de duas décadas. O custo
mais baixo do produto, no entanto, não necessariamente resultará na redução de
custo, pois o projeto é responsável por mais de três quartos do custo total do
produto.
100
%
90% 99.975 250 DPM
%
80%
99.95%
70% 500 DPM
99.90%
60%
1.000 DPM
50% 99.80%
10%
0%
200 400
2.3.6 – Empacotamento
O empacotamento não deve ser considerado até que o primeiro lote empacotado
tenha chegado empacotado no porto para despacho. Muitos esforços devem ser
feitos no sentido de padronizar as formas e dimensões das caixas para o uso de
muitos produtos. O retorno do produto para a fábrica por danos no transporte
implicará em mais gastos de recursos.
2.4.3 – Segurança
i) Reciclagem;
ii) Reprojeto de produtos e equipamentos menos poluentes;
iii) Criar produtos que não poluam, em primeiro lugar.
Note que dois dos três métodos dependem do projeto para reduzir a poluição.
Todos esses fatores devem ser enfatizados nos programas DFM porque a
implementação de reprojetos ou grandes mudanças de projetos podem consumir
grande parte dos recursos de manufatura. Reprojetos consomem tempo da
engenharia e dinheiro que, originalmente, iria para o próximo produto. Isso leva a
um dos mais importantes princípios para projeto em geral, não só para DFM.
Quanto mais nos aprofundamos em projeto, mais difícil será começar a satisfazer
necessidades adicionais.
Projetistas podem ser tentados a pensar que poucas restrições significam mais
liberdade de projeto e, nesses casos, alguns podem resistir a DFM. Mas, na
realidade, se toda decisão de projeto tiver muitas escolhas abertas, todo projeto
representará uma esmagadora apresentação de escolhas, que pode levar à
paralisação do projeto. Então, o projetista quebra o impasse tomando decisões
arbitrárias, as quais, provavelmente, farão com que, mais tarde, outras
considerações sejam difíceis de ser incorporadas. E quanto mais longe no
progresso do projeto (mais arbitrária serão as decisões), mais difícil será
satisfazer às considerações adicionais.
Projetistas devem conhecer os processos que serão usados para construir seus
projetos. Ninguém fica impressionado com receitas criadas por alguém que nunca
cozinhou. Similarmente, projetistas devem estar familiarizados com todos os
processos que estão especificando. Somente assim poderão escolher os
processos certos, especificar as tolerâncias certas, utilizar os processos de
fabricação existentes, minimizar as mudanças de setup, e assegurar calmamente
a introdução do produto – minimizando custos de trabalho.
2.9.1 – Experiência de fábrica
A seguir, alguns fatores que devem ser considerados e priorizados como objetivos
oficiais do programa DFM:
O próximo passo é obter suporte administrativo, se isso ainda não foi realizado.
Se a motivação para o programa DFM vem da alta gerência, então o apoio está
assegurado. Contudo, se o pedido para o programa DFM vier somente da
manufatura e estiver sendo conduzido por pessoas de escalão mais baixo, então
deve-se obter o apoio das gerências superiores.
• Engenharia
• Manufatura
• Teste ou Desenvolvimento de testes
• Qualidade e Confiabilidade
• Serviço de campo
• Principais vendedores
Uma vez que o comitê de DFM estiver formado, precisará procurar por toda
informação acumulada que possivelmente seja pertinente à manufaturabilidade
dos produtos da empresa. Informações podem ser obtidas de fontes internas, de
fábricas de máquinas de automação e, em geral, de fontes externas.
Outras informações úteis podem ser obtidas através de cursos, livros, softwares,
seminários e treinamento em DFM. Referências gerais darão conselhos gerais,
que deverão, então, ser talhadas para a empresa específica.
2.12 – Estruturando informações DFM
As definições a seguir são sugestões: “Regras têm alto grau de importância com
severas consequências, se violadas”, ou “é requerido para a produção; nenhuma
violação é permitida”. Instruções como “é recomendado para diminuir custos,
processamento, WIP estoque, tempo de colocação no mercado ou qualquer outro
resultado desejável.”
Regras devem ser firmes, claras e mensuráveis. Por exemplo: deve ser maior que
ou menor que; deve atender às especificações tal e tal; não deve ser usado assim
ou para isso etc.
Instruções são recomendações e usam expressões como: máximo, mínimo, evite
o uso quando for possível.
Peças comuns
Geometrias simétricas
Partes independentes de
reposição
Ferramental comum
Preparar os princípios DFM não terá efeito se ninguém souber sobre eles. Eles
devem ser publicados e distribuídos a todos afetados pela manufaturabilidade.
Isso inclui não somente o projeto, mas também a manufatura, o serviço de
campo, a qualidade, o setor de compras e qualquer outra função apropriada.
2.13.3 – Treinamento
O treinamento DFM deve ser provido a todos os envolvidos com o produto. Aulas
podem ser apresentadas dentro da empresa. Diversos horários devem ser
oferecidos para acomodar as pessoas com mais atribuições e menos tempo
dentro da empresa.
O instrutor deve ter conhecimento sobre o projeto e ser respeitado pelos alunos.
Um caminho efetivo é ter os cursos dados conjuntamente pela engenharia e pela
manufatura. Se os instrutores fizeram parte do comitê DFM que gerou o Manual
DFM, eles terão melhores condições de responder questões sobre regras e
instruções específicas.
Uma campanha publicitária pode ser útil para despertar interesse no curso de
DFM na companhia. A alta gerencia deve ir demonstrando apoio ao DFM e deve,
brevemente, estabelecer a importância do programa para o futuro da empresa.
2.13.4 – Implementação
O uso das listas de checagem para cada produto deve prover um documento
escrito sobre como o produto se adapta com a política DFM da empresa. Um dos
maiores benefícios das listas de checagem é a disciplina que ela força. Quando
listas de checagem estão circulando, elas:
O programa DFM deve ser periodicamente avaliado para validar sua efetividade.
Regras e instruções devem ser atualizadas constantemente para acomodar
mudanças no processo. Isso é especialmente importante quando processos estão
envolvidos e estão constantemente sendo melhorados, como em manufaturas
eletrônicas. Novos processos podem impor novas restrições ao projeto. Por outro
lado, maquinaria mais adaptável pode relaxar algumas restrições.
Engenharia
Marketing
Mesa de
reunião
Manufatura
Serviços
Algumas empresas podem simplesmente tentar forçar DFM. Isso funciona bem
em empresas altamente automatizadas, onde não existe outra opção. Em outras,
onde DFM parece opcional, é mais difícil. A seguir, alguns caminhos para
encorajar DFM:
ii) Enfatizar os benefícios. Boa parte desse capítulo trata dos benefícios do
DFM. Eles podem ser usados para motivar os funcionários. Quantificar
benefícios interessará ao gerenciamento. Funcionários devem ver que
fazendo DFM no início é muito mais fácil que apagar incêndios, o que,
usualmente, envolve a introdução de um produto.
A vantagem dessa aproximação é que pode ser usada como modelo, além de ser
piloto de metodologia. O desenvolvimento de procedimentos em um piloto pode
ser formalizado e, então, aplicado em todos os times de projeto. Tendo os
resultados documentados (quanto mais rápida a sua colocação no mercado,
menor foi seu custo), pode-se dar credibilidade à implementação de novos
procedimentos.
Lucros não são o único destino da redução de custos. Num mercado altamente
competitivo, com preços em queda, cortar custos pode ser o único caminho para
continuar competindo. Reinvestimento é outra maneira de usar o dinheiro
poupado através do corte nos custos; desenvolvimento de novos produtos,
melhoria da fábrica, equipamento para laboratório, computadores etc. são
algumas opções de reinvestimento.
Muitos dos benefícios da DFM podem ser quantificados e estimados antes que as
informações sobre custo real de produção e serviços estejam disponíveis. Isso
pode ser usado para justificar programas DFM e programas relacionados, como
JIT, TQC, automação e integração de computadores.
Um dos slogans do DFM é “A melhor peça da engenharia é não ter peça alguma”.
O status de “poucas peças” pode ser atingido por um projeto inerente simplificado,
e combinando peças onde tiver peças adjacentes:
O sistema pode ser definido como o tempo que se leva para mudar as máquinas
de uma parte do produto para outra. Projetistas podem minimizar as mudanças de
sistemas usando características comuns, que permitem que vários produtos
possam ser feitos no mesmo sistema. Características comuns podem minimizar
mudanças de sistema para diferentes formas de furo ou raios em concordância e
assegurar que peças possam ser feitas com as ferramentas disponíveis no
trocador de ferramentas automático.
Partes comuns asseguram que peças comuns são usadas por toda a fábrica.
Essas peças comuns não precisam ser mudadas para diferentes produtos. Como
poucas peças comuns são usadas em grande numero, as peças podem ser
dispensadas do ponto de uso, o que elimina o resultado do custo e do inventário
de ferramentas e sua distribuição.
Para calcular os benefícios da DFM, determine o tempo de sistema que será
poupado com vários projetos que podem ser feitos no mesmo sistema; então
calcule, nos valores iniciais, a poupança desse tempo de sistema nos custos dos
trabalhos diretos e indiretos. Baseado na quantidade de sistema e na redução do
tamanho do lote, calcule a redução em WIP de inventário e multiplique o resultado
pelo custo de manejo do inventário, que é usualmente de 20 a 25% (até 45%) do
valor do inventário por ano.
Assim que o tempo de sistema for a zero, o tamanho do lote irá a 1. Um lote de
tamanho 1 significa realmente manufaturar sem lote algum. Manufaturar sem lotes
é chamado de manufatura flexível. Com o sistema eliminado ou instantaneamente
mudado, cada produto pode ser diferente; daí o termo flexível. Essa flexibilidade
permite aos planejadores de produção planejar qualquer mistura ou quantidade
de produtos e fazer o produto misto em velocidade e eficiência de produção em
massa.
DFM encoraja a manufatura flexível com famílias de produtos projetados para ser
construídos nas mesmas linhas de produção, com peças comuns. Linhas de
manufatura flexíveis podem proporcionar flexibilidade de mercado através da fácil
adaptação às mudanças de condições do mercado. A habilidade de fazer
pequenas quantidades de produtos, de forma eficiente pode aumentar as vendas
através de uma ampla linha de produtos. A fle xibilidade do mercado também
permite que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças das condições
do mercado.
Por exemplo, uma fábrica de automóveis está construindo uma planta capaz de
produzir sete carros diferentes na mesma linha. Como o mercado testa turnos de
carros grandes para pequenos e vice-versa, a fábrica pode instantaneamente se
adaptar. Competidores convencionais podem ter que encarar queda na fábrica,
produzindo carros menos populares, e poderiam ainda não ser capazes de
atender à demanda para o carro popular. Os planejadores da estratégia da
empresa devem trabalhar com o marketing; e a engenharia, para projetar o valor
econômico dessa flexibilidade.
A entrega será melhorada em fábricas que operam com lotes menores e menores
WIP inventário porque peças e produtos fluem rapidamente de uma estação de
trabalho para próxima sem espera de grandes lotes entre essas estações. O
tempo de processamento na fábrica aproxima-se realmente ao mínimo teórico: os
padrões de trabalho, a verdadeira quantidade de horas trabalhadas para a
construção do produto sem espera. Muitas empresas reduziram o tempo de
produção em uma ou duas ordens de magnitude, ou seja, o que levava 30 dias
para ser feito, agora é feito em um dia.
DFM pode reduzir o estoque de produtos finais com um projeto modular, que
permite que o produto seja montado em módulos. Assim, somente os módulos
básicos precisariam ser estocados, e não toda a combinação de módulos, o que
seria necessário para uma equivalente variedade de produtos convencionais.
Projetos modulares podem até permitir ampla linha de produtos com novos
produtos criados por novas combinações modulares.
DFM pode ajudar eliminar o estoque de produtos finais, encorajando uma forma
de manufatura flexível chamada “feita por encomenda”. Em vez de fazer produtos
antecipados e então estocá-los em um depósito até a venda, os produtos podem
ser rapidamente fabricados por meio de encomenda e despachados diretamente
para o cliente.
O custo do manejo do estoque de produto final pode ser maior que os usuais 20 a
25% se o produto for suscetível a se tornar obsoleto ou se deteriorar no estoque.
Mas o estoque de produto final tem valor maior que o inventário WIP, que é só
parcialmente completado. Eliminando o estoque do produto final, a poupança
pode aumentar em milhões de dólares.
Muitas pessoas podem não estar cientes do enorme custo da qualidade. Algumas
empresas desfrutam da reputação pela qualidade dos produtos, mas isso não
significa, automaticamente, que eles não tenham problemas de qualidade em
suas fábricas. Pode ser caro manter a tela de testes que muitas empresas usam
para testar sua qualidade. Programas de redução de custos, como DFM, de vem
tentar eliminar certa parte do custo de qualidade. Para o máximo benefício, DFM
deve ser combinada com melhorias nos programas de qualidade, como Controle
de Qualidade Total, redução do inventário just in time, e automação da tendência
do erro manual na montagem.
Se o produto for o primeiro a ser colocado no mercado, pode ser esperado mais
bônus de vendas. Sendo o primeiro, sozinho, gerará boa publicidade e alertará os
consumidores. O produto e a empresa serão percebidos como líderes do
mercado. O primeiro produto em seu campo tem a chance de estabelecer
padrões ou mesmo ser, de fato, “o” padrão. O primeiro produto pode, também,
travar a maioria dos canais de distribuição mais atrativos.
Projetistas que praticam DFM podem realmente devotar mais tempo para
considerações funcionais se seguirem todos os passos de economia de tempo.
Eles terão mais tempo para projetar o produto porque usarão mais peças de
catálogos e confiarão mais em vendedores para projetar as peças que eles farão.
Usar engenharia e módulos prévios permitirá aos projetistas maior concentração
nos novos aspectos do seu projeto de produto. Projetistas poderão despender
menos tempo em desenvolvimento de teste se a qualidade puder ser assegurada
pelo controle de projeto e processo.
Produtos introduzidos calmamente na produção têm menos chances de ser
comprometidos por mudanças de última hora, que frequentemente são
necessárias quando a manufaturabilidade é considerada tardiamente.
2.17 – Conclusões
DFM, sozinho, pode fazer a diferença entre ser competitivo ou não obter sucesso
no mercado. Muitos mercados são altamente competitivos, e pequenas vantagens
ou desvantagens competitivas podem ter efeito significativo. DFM pode causar
enormes benefícios no custo, na qualidade do produto e no tempo de colocação
no mercado com muito pouco investimento.
2.18 – Bibliografia
Design for Manufacture and Assembly. The cost reduction tool for product
design and manufacture. Disponível em: www.dfma.com. Acesso em: 10 mar.
2009.