Você está na página 1de 64

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO Auxiliar de Saúde ANO/TURMA 11º E2

DISCIPLINA: Higiene Segurança e Cuidados Gerais (HSCG)

Portefólio Reflexivo de
Aprendizagem UFCD 6563

Mara Filipa Santos Rocha


14/09/2003
Marafiliparocha.2003@gmail.com
Covilhã, 28/01 /2021

Índice
1
Índice 2
Nota Introdutória …………………………………3

A- Área
Pessoal…………………………………
Informação pessoal…………………….4
Autorretrato…………………………….

B- As aprendizagens que adquiri durante a


UFCD
6563…………………………………………

C- Avaliação
……………………………………

Relatório de auto-avaliação……………
Reflexão sobre os impactos da
aprendizagem desta UFCD para o teu futuro
profissional……………………………………

Nota Introdutória
2
Este portfólio mostra as
atividades/pesquisas realizadas para o
desenvolvimento de conteúdos referentes à UFCD
6563 e que constitui um instrumento de formação,
neste caso, para obtenção de conhecimentos e
competências.

Esta componente, realizou-se numa perspetiva de


formação de aquisição de conhecimentos, com a
orientação do Professor da disciplina, Pedro Costa,
assim tive a oportunidade de planear através de
pesquisas e refletir sobre os assuntos abordados no
manual UFCD.

A- Área Pessoal
Informação Pessoal

3
O meu nome é Mara Filipa dos Santos Rocha, tenho 17 anos e
estudo saúde. Tenho cerca de 1,64m de altura, sou bem constituída, tenho
cabelo cacheado, o meu orgulho, olhos verdes e sou uma pessoa bastante
compreensiva, carinhosa e organizada.
Tenho um sonho desde pequena, para mais certa desde que me lembro, é
ajudar as pessoas, então desde pequena sempre quis ser médica, enfermeira
ou bombeira, mas o destino levou-me a escolher a medicina. Não é fácil
mas é um sonho ao qual tenciono alcançar, e quero fazer a diferença!!! Ser
uma médica de coração e gostar da profissão, quero poder estar presente
quando os meus utentes precisarem de mim e quero prestar os melhores
cuidados possíveis ao meu alcance.

Autorretrato

Legenda: Consultório de PEDIATRIA

B- As aprendizagens que adquiri durante a


UFCD 6563
1.1. Lavagem

4
1.1.1. Lavagem manual e mecânica
 O processo de Limpeza consiste na remoção da sujidade por
meios químicos, mecânicos ou térmicos, efetuada às instalações
num determinado período de tempo!
 Meio mecânico- tem ação de produtos com propriedades de
dissolução, dispersão e suspensão de sujidade;
 Meio mecânico- ação obtida pelo ato de esfregar manualmente ou
pela pressão de uma máquina de lavar, permitindo remover a
sujidade;
 Meio térmico- baseado pela ação do calor, reduzindo assim a
viscosidade da gordura, sendo mais fácil de remover. Aplicado
tempo suficiente, se a temperatura for alta, poderá decorrer à ação de
desinfetante e esterilizante.

1.1.2. Tipologia de produtos utilizados na


lavagem manual
Sabões e detergentes
 O sabão é um produto utilizado para lavagem e limpeza
doméstica, sendo á base de sais minerais alcalinos de ácidos
gordos associados ou não a outros tensioativos. É de reação
natural por saponificação de um álcali e uma gordura vegetal ou
animal.

 O detergente é destinado à limpeza de superfícies e tecidos


através da tensão superficial, possuindo poder efetivo na limpeza,
indo este facilitar a sua penetração nas superfícies dispersando e
emulsificando(1) a sujidade.

A utilização destes produtos varia de acordo com a aplicação


das propriedades e concentração de cada um deles:

Conhecido por Propriedades Aplicação Concentração


Bio SL Rosa Lavagem Puro+Água

5
(creme de mãos) Detergente higiénica
Quinapol R 50ml por cada 5l
(detergente líquido do chão) Detergente Lavagem de de água
pavimentos
Hipoclorito de Sódio a 1% Superfícies não Puro
Desinfetante metálicas
Presept R Superfícies e 1past + 10l água
(trocloseno 2,5) Desinfetante urinóis
Hibicet R Diluição
(clorohexidine e cetrimida) Desinfetante Materiais conforme o
procedimento
Álcool a 70º Superfícies
Desinfetante metálicas Puro
Desinfetante das mãos de base Desinfetante das
Alcoólica mãos Mãos Puro

 A escolha dos produtos depende do tipo de procedimento que queira-


mos realizar, o tipo de superfície que queremos higienizar e as
características do material.

 Na limpeza sintonizam-se(2) duas vertentes:


 A vertente Microbiológica – consiste na remoção de grande parte dos
organismos e matéria orgânica, contribuindo uma maior segurança,
prevenindo IACS(3) para doentes e profissionais;
 A vertente não Microbiológica- mantém a aparência cuidada,
reestabelece a função e evita a deterioração das superfícies.
 Existem também várias frequências diferentes de limpeza:
 Limpeza Corrente- realiza-se diariamente, incluindo limpeza e
arrumação simplificada;
 Limpeza de Conservação ou Semanal- não necessita de ser realizada
todos os dias, mas tem importância na conservação de um ambiente,
lodo deve ser realizada uma vez por semana;
 Limpeza Imediata- realiza-se quando ocorrem salpicos e/ou
derrames (ex.: sangue), em qualquer altura do dia, sendo solicitada
pelo profissional de saúde e7ou notada pelo funcionário da limpeza;

6
 Limpeza Global- é uma limpeza mais completa e
aprofundada que contém estruturas por vezes de difícil acesso e/ou
limpeza.

1.2.1. Desinfeção
 Um processo de destruição ou inativação de microrganismos na
forma vegetativa, normalmente não atuando nos esporos bacterianos,
sendo realizada após a limpeza de uma superfície onde houve
contacto de matéria orgânica.

1.2.2.Tipologia de produtos utilizados na desinfeção


Produtos de Limpeza Indicação de Uso Modo de Usar
Água Técnica de varredura úmida ou
retirada de pó
Água e Sabão ou Limpeza para remoção de Friccionar o sabão ou
Detergente sujidade detergente sobre a superfície.
Água Enxaguar e secar
Álcool a 70% Friccionar sobre a superfície a
Desinfeção de equipamentos e ser desinfetada
Compostos fenólicos superfícies
Quaternário de amónia
Compostos libertadores Desinfeção de superfícies não
de cloro ativo metálicas e superfícies com
matéria orgânica Após a limpeza, imersão e
Oxidantes fricção.
Ácido Enxaguar e secar
peracético(associado ou Desinfeção de superfícies
não a peróxido de
hidrogénio)

 Os desinfetantes devem ser utilizados de forma criteriosa(4), não


sendo utilizados como rotina, pois o seu frequente uso leva á sua
rápida recontaminação.
7
1.2.3. Métodos de desinfeção
 O tratamento das superfícies com matéria orgânica é dividida em
duas técnicas de desinfeção, dependendo como local e o
derramamento, pequena quantidade e grande quantidade de matéria
orgânica;
 Se houver matéria orgânica em superfícies, deverá ser removida,
seguidamente deverá realizar-se a limpeza, e posteriormente, a
desinfeção. O local necessitar estar rigorosamente limpo antes de se
iniciar qualquer procedimento de desinfeção.

 Fatores que influenciam s escolha do procedimento de desinfeção:


 Natureza do item a ser desinfetado;
 Número de microrganismos presentes;
 Resistência inata de microrganismos aos efeitos do germicida;
 Quantidade de matéria orgânica presente;
 Tipo e concentração do germicida usado;
 Duração e a temperatura do contato com o germicida;
 Especificações e indicações de uso do produto pelo fabricante;

8
1.3. Esterilização
1.3.1. Esterilização e tipo de aplicação
 Esterilização- esta significa a completa destruição e eliminação de
todos os microrganismos na forma vegetativa e esporulada, e poderá
ser efetuada através de meios físicos e/ou químicos.
 A atividade dos agentes esterilizantes depende de inúmeros fatores,
sendo alguns inerentes(5) às qualidades intrínsecas(6) do organismo
e outros dependentes das qualidades físico-químicas do agente ou
fatores do ambiente:
 Número e localização de microrganismos;
 Resistência inata dos microrganismos;
 Concentração e potência do agente germicida;
 Fatores físicos e químicos;
 Presença de matéria orgânica;
 Duração da exposição;
 Formação de biofilmes.

1.3.2. Métodos de esterilização: baixa temperatura


e alta temperatura
Esterilização térmica
 Esterilização por calor húmido- exposição a vapor saturado com
água a 121ºC durante 15 minutos ou 134ºC durante 3 minutos em
autoclave(7), 134ºC durante 18 minutos para priões;
 Esterilização por calor seco- exposição a 160ºC durante 120 minutos
ou 170ºC durante 60 minutos, sendo este

processo considerado menos fiável que o processo a vapor,


principalmente para diapositivos médicos com lúmen(8).

Esterilização química

9
 O óxido de etileno utilizado para
esterilização está a ser retirado em vários países, por razões de
segurança e por questões de emissão de gases e efeito de
estufa;
 O ácido peracético é largamente utilizado nos Estados Unidos
e noutros países, em sistemas automáticos.

2. Tipologia de produtos, aplicação e


recomendações associadas
2.1. Produtos de Lavagem
 Os detergentes são considerandos substâncias tensioativas(9),
solúveis em água e dotadas de capacidade de combater gorduras e
manter os resíduos em suspensão, facilitando assim a remoção da
matéria orgânica das superfícies, sendo estes geralmente utilizados
para a limpeza de pavimentos, equipamentos, utensílios e superfícies
de trabalho.
 Os detergentes a utilizar devem cumprir os requisitos:
 Estar devidamente rotulado e identificado na embalagem de
origem;
 Trazer indicações precisas de diluição;
 Ser diluído somente no momento em que vai ser utilizado;
 Ser utilizado na dose correta (com a utilização de doseadores) e
de acordo com as instruções do fabricante;
 Ser biodegradável;
 Ser adequado à(s) superfície(s) em que vai ser utilizado;
 Ser preferencialmente não iónico, pois produz menos espuma,
 Ter pH neutro ou ligeiramente alcalino;
 Manter-se fechado até ao início da sua utilização e sempre que
este não esteja a ser utilizado.
 Os detergentes não devem:
 Conter desinfetantes, do grupo dos fenóis pois são
considerados poluentes para o ambiente;
 Ser adquiridos em embalagens alargadas, considerando
razoável embalagens até 5 litros;
 Ser irritantes para as vias respiratórias ou outros alérgenos;
 Ser corrosivos;
10
 Estar associados a um desinfetante, com a única
exceção que assim o exige, como é o caso das instalações
sanitárias;

2.2. Produtos desinfetantes


 Não se deve fazer rotina o uso de desinfetantes, tendo em conta que
para o chão e superfícies com grande utilização por parte de utentes e
profissionais, aconselha-se a sua lavagem apenas com água quente e
detergente;
 Os desinfetantes só devem ser utilizados exclusivamente em
situações de derrame/salpico de sangue ou outra matéria orgânica, e
nessas mesma situações o desinfetante a ser utilizado é o Hipoclorito
de Sódio(lixívia) a 1% de cloro livre ou então o Dicloroisocinurato
de Sódio (grânulos ou pastilhas);
 Existem superfícies que requerem assepsia, sendo essas as de apoio à
preparação de medicamentos e de técnicas,

e no início e entre procedimentos as mesmas devem ser desinfetadas


com álcool a 70%.
 Para a utilização de desinfetantes, deve-se ter em consideração as
regras de segurança:
 Conhecer sempre a composição do produto a ser utilizado;
 Respeitar as recomendações de uso, doses, diluições e
incompatibilidades;
 Utilizar sempre o EPI recomendado para o manuseamento destes
produtos;
 Lavar imediatamente com água se a pele ou mucosas forem atingidas
por projeções do produto;
 Limpar sempre o recipiente onde se diluiu ou utilizou o desinfetante;
 Respeitar o tempo de conservação da diluição utilizada;
 Manter as embalagens das soluções desinfetantes sempre fechadas
quando não à utilização das mesmas;
 Nunca utilizar produtos não autorizados pela Comissão de Controlo
de Infeção (CCI).

11
3. Roupas
3.1.1. O equipamento de proteção individual (EPI)
 Os EPI´S devem ser utilizados sempre que houver risco de contato
ou aspersão de fluídos corpóreos no profissional durante os
procedimentos a ser realizados;
 A sua utilização diminui o risco de acidentes e de doenças
ocupacionais;

 Estes são:
 Luvas- protege as mãos do profissional ao tocar em artigos,
roupas ou superfícies que contêm sangue ou outros fluídos
corporais;
 Máscara- é indicado sempre existir possibilidades de
contaminação de mucosas (narinas, boca ou olhos) com
sangue ou fluídos corporais. Deve-se avaliar, na área suja, a
necessidade de uso de máscara de carvão ativo, dependendo
do nível de contaminação e forma de manipulação dos
produtos químicos;
 Avental- sempre que houver risco de contaminação com
sangue, fluídos corporais ou outros líquidos. Deve-se utilizar
avental de mangas longas na área suja, principalmente na
seleção e classificação da roupa suja. Se estes não foram
descartáveis, devem ser lavados diariamente.
 Botas- é obrigatório na área suja, devendo estas ser lavadas ao
fim de cada turno.
Cuidados a ter com os EPI´s
 Sempre que o trabalhador notar que o seu EPI se tornou
inadequado para o seu uso, automaticamente o mesmo deve
comunicar o sucedido à chefia;
 Depois de se proceder à retirada do EPI deve-se sempre
higienizar as mãos!!!!!!!

12
Barreiras de proteção utilizadas nas etapas de processamento da roupa:
Coleta da Transporte de Área Área
Roupa roupa suja suja limpa
Roupa Privativa X X X X
Botas X X2
Calçado fechado e antiderrapante X X X
Luvas de borracha de cano longo X1 X1 X
Máscaras X
Toucas/gorros X X X X
Proteção ocular X3
Avental impermeável (sem mangas) X X X4 X2
Avental de mangas longas X

 X1- não tocar superfícies, como maçanetas das portas e botão de


elevadores com as mãos enluvadas;
 X2- utilizar na área limpa quando não houver lavadora extratora;
 X3- durante a separação e classificação da roupa suja;
 X4- utilizar quando o avental de mangas longas não for
impermeável;

3.1.2. As técnicas de manuseamento de roupa suja e


lavada
 Este processa-se inicia-se com a retirada da roupa suja das áreas
onde já foram utilizadas, denominadas de Unidades Geradoras;

13
 Entretanto deve haver o mínimo de movimentos bruscos e
manuseio, sempre cumprindo as precauções-padrão, independente da
sua origem ou do paciente que se utilizou da mesma!!! Assim
evitamos acidentes ou

transpassagem de microrganismos para o ambiente, trabalhadores e


pacientes, logo apenas está indicada a pesagem e NÃO contagem de
roupa suja;
 Esta deve ser imediatamente no respetivo saco, em que
permanecerá até á sua chegada ao serviço de processamento.
 Deve ser transportada dobrada ou enrolada desde a área de maior
sujidade para a de menor sujidade e colocar no centro do saco
aquelas que se encontrarem molhadas ou mais sujas, evitando
assim o vazamento de líquidos e a contaminação do ambiente,
funcionários e pacientes;
 As grandes quantidades de sujidade sólida, como fezes e/ou
coágulos, devem ser retiradas com as mãos devidamente
enluvadas e deitadas na sanita, sem seguida dar a descarga da
sanita com a tampa fechada;

3.1.3. A recolha, o transporte, a triagem e o


acondicionamento de roupa
3.1.3.1. A recolha de roupa suja:
procedimentos e normas associadas
 O acondicionamento da roupa suja, deve ser feito ser com saco
de plástico ou de tecido, que tenha qualidade suficiente para
aguentar o peso da roupa, sem romper, enquanto a mesma é
manipulada e transportada;

14
 Para a maioria das roupas recomenda-se os sacos de
tecido , mas estes devem ser devidamente lavados, tal como a
roupa, com o mesmo processo, antes de se reutilizarem;
 Os sacos de plástico, são de USO ÚNICO, e devem ser de cor
diferente dos sacos de resíduos de serviços de saúde, evitando-
se assim a troca de sacos e o seu destino errado;
 Deve-se ter outros cuidados com o acondicionamento da
roupa, e estes são como, fechar o saco corretamente de forma
a impedir a sua abertura durante o transporte, e nunca exceder
¾ da sua capacidade e armazena-los no local destinado para
esse fim;
 O local destinado para o armazenamento da roupa suja deve
ser sempre arejado e higienizado, assim evitando o
aparecimento de insetos e roedores;
 A sua recolha deve ser realizada num horário pré-determinado,
conseguindo sempre a menor circulação da roupa suja pelo
serviço de saúde, sendo que a mesma deve permanecer o
menor tempo possível na unidade geradora antes de esta ser
transportada para a unidade processamento;

3.1.3.2. Triagem da roupa: tipo de roupa , tipo de


procedimentos associados, identificação, selagem e
rotulagem
 Deve-se classificar e pesar a roupa antes de se iniciar o processo de
lavagem, assim que estas entram na sala da roupa suja (“área
suja”)da unidade de processamento, e

deve-se evitar o mínimo de agitação e manuseio das roupas;


 A pesagem de roupa pode ser realizada em duas etapas distintas: no
momento da receção na unidade de processamento, para fornecer os
dados para o controlo de custos, e após a separação e classificação,
para dimensionar a carga do processo de lavagem de acordo com a
capacidade da lavadora, e de acordo também com o programa de
fórmulas de lavagem;

15
 Para uma boa qualidade de lavagem deve-se separar a
roupa suja, sendo classificada de acordo com grau de sujidade, tipo
de tecido e cor. É nesta fase do procedimento que o trabalhador deve
ter o máximo cuidado possível , pois estão em maior risco de infeção
e saúde ocupacional;
 A separação da roupa suja tem como objetivos:
 Agrupar as roupas que podem ser lavadas em conjunto, de
acordo com o grau de sujidade e com suas características;
 Localizar e retirar objetos estranhos que possam estar junto da
roupa;
 Ao separar as peças, estas devem ser cuidadosamente abertas,
sempre puxando pelas pontas sem apertar, para a verificação de
objetos estranhos, tecidos humanos, entre outros;
 Parâmetros para classificação da roupa suja:
 Grau de sujidade:
 Roupa com fezes, sangue, vómitos e outras sujidades
proteicas, é considerada como Sujidade Pesada;
 Roupa sem presença de fluídos corpóreos, sangue e/ou
produtos químicos é considerada como Sujidade Leve.

 Coloração da roupa:
 Roupa branca e cores claras;
 Roupa de cores firmes;
 Roupa de cores desbotáveis.

 Tipo de fibra têxtil:


 O processo de lavagem não é o mesmo para todos os
tipos de tecidos, este variando da sua origem e
composição.
 Tecido, formato, tamanho e/ou tipo de peça:
 Determina o processo de lavagem a ser escolhido,
facilitando o trabalho na área limpa e no setor de
acabamento.
As roupas podem ser classificadas como:
 Lisas: lençóis, fronhas, colchas, etc.;

16
 Tecidos felpudos: toalhas, roupões; etc.;
 Roupas cirúrgicas: campos operatórios, aventais, etc.;
 Uniformes e paramentos: camisas, camisolas, calças,
pijamas, etc.;
 Roupas especiais: cobertores, etc.;
 Absorventes: Fraldas, compressas cirúrgicas, etc.;

3.1.4. Os circuitos de transporte de roupas


 Ao transportar a roupa para a unidade de processamento externa ao
serviço de saúde, é fundamental considerar que:
 A separação entre roupa suja e roupa limpa deve ser rigorosa,
preferencialmente com veículos distintos ou, com áreas
separadas;
 O veículo pode ser dividido fisicamente em dois ambientes
com acesso independentes;

 Se a unidade de processamento apenas possuir um veículo


para o transporte de roupa limpa e suja, deve primeiramente
distribuir toda a roupa limpa, e depois realizar a colheita da
roupa suja;

 No caso citado anteriormente, o veículo utilizado deve ser


limpo e higienizado após a coleta de roupa suja;

 O sistema de distribuição e suprimento de roupas depende do seu


volume e do tempo de formação em stocks na rouparia central;
 Maior parte da troca de roupa nas unidades de internação ocorre de
manhã, assim facilitando o trabalho da enfermagem e o conforto do
paciente;
 A roupa tem que estar devidamente embalada, em sacos de plástico
ou tecido, senão o carrinho desta deve ser imediatamente recusado. E
necessário verificar rigorosamente, a higienização do mesmo para
evitar a contaminação;
 A sua distribuição deve ser realizada pela esquipa de saúde, não
devendo ser transportada manualmente pois poderá ser contaminada
com microrganismos presentes nas mãos ou roupas dos profissionais;

17
3.2.0. O acondicionamento de roupa suja e
lavada
 Após as etapas de calandragem, prensagem ou passagem, a roupa é
dobrada, podendo ser armazenada ou não. Os sacos de plástico ou
tecido podem ser utilizados para embalar as roupas em forma de kits.

 O saco deve estar limpo e deve ser transparente, e obrigatoriamente


descartável, ao ser utilizado no embalamento da roupa, e as peças
necessitam estar secas a 100% e á temperatura do ambiente, para
evitar a umidade e recontaminação;
 A roupa em kits facilita o trabalho de enfermagem das unidades de
atendimento ao paciente, uma vez que facilita a sua distribuição;
 A roupa em balada tem as seguintes vantagens:
 Maior segurança ao serviço, que recebe a roupa realmente
limpa;
 Redução de risco de contaminação;
 Maior facilidade de controlo da roupa.

3.3. A substituição de roupa e de produtos de


higiene e conforto
3.3.1. Técnicas de substituição de roupas em camas,
berços e macas desocupadas
Procedimento:
 Providenciar os recursos para junto do indivíduo;
 Aprontar uma cadeira aos pés da cama com as costas da mesma
voltadas para quem executa;
 Lavar sempre a mãos;
 Trocar as roupas de cama segundo a técnica abaixo descrita:
 Posicionar-se de um dos lados da cama;
 Remover a roupa debaixo do colchão de toda a cama,
começando pela cabeceira até aos pés (à esquerda) e continuar
a desentalar dos pés para a cabeceira (à direita), ou vice-versa;

18
 Executar três dobras na colcha começando de cima para baixo,
depois dobrar outra vez ao meio, no sentido da largura e
colocar nas costas da cadeira;
 Manter a dobra em cima do lençol que cobre o indivíduo, fazer
outra em baixo, seguida de duas dobras laterais, começando
pelo lado oposto;
 Assistir o indivíduo a voltar-se para o lado oposto da cama,
ajustando a almofada;
 Remover o resguardo, enrolando-o ou dobrando-o em leque
até ao meio da cama, encostando-o bem ao indivíduo.
Executar do mesmo modo ao lençol de baixo;
 Posicionar o lençol de baixo limpo a meio da cama, da
cabeceira para os pés, abri-lo e enrolar ou dobrar em leque a
metade oposta para dentro até meio da cama. Entalar a metade
da cabeceira e fazer o canto, depois a metade dos pés e
respetivo canto e por fim a parte lateral;
 Posicionar o resguardo a meio da cama e enrolar a metade
oposta para dentro até junto do indivíduo, enrolando-o desse
lado;
 Virar o indivíduo, ajustando a almofada;
 Posicionar-se do lado oposto;
 Remover o resguardo e o lençol de baixo descartando-os no
saco da roupa suja;
 Tapar o colchão desenrolando e entalando o lençol de baixo,
fazendo os cantos na extremidade superior e inferior. Entalar o
resguardo desse lado;
 Posicionar ou assistir o indivíduo a posicionar-se no meio da
cama;
 Aprontar o lençol que cobre o indivíduo, desfazendo as dobras
laterais;
 Posicionar-se de novo no lado oposto onde iniciou a cama;

 Cobrir o peito do indivíduo com o lençol de cima limpo e


dobrado, pedindo-lhe para o segurar. Se não for possível,
entalar sob os ombros;

19
 Reunir a extremidade inferior do lençol limpo e
a extremidade superior do que se vai retirar. Remover o lençol
sujo, cobrindo simultaneamente o indivíduo com o limpo.
Executar o canto desse lado;
 Aplicar um cobertor ou edredão sobre o lençol de cima;
 Executar o canto do cobertor ou edredão e do lençol em
simultâneo, fazendo uma dobra junto aos pés, depois de
entalar a roupa na extremidade inferior da cama;
 Aplicar a colcha sobre o cobertor ou edredão e fazer o
respetivo canto;
 Executar uma dobra para dentro na extremidade superior da
colcha, de forma a envolver o cobertor ou edredão e executar a
dobra do lençol sobre ambos;
 Posicionar ou assistir o indivíduo a posicionar-se;
 Assegurar a recolha do material;
 Lavar as mãos.

3.4. Normas e procedimentos de higiene, segurança


e saúde no trabalho
Algumas indicações para reduzir os riscos presentes no processamento
roupa:
 As áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e
equipamentos devem de ser dimensionados

de forma a que os trabalhadores se possam movimentar em segurança;


 Antes de utilização de qualquer equipamento, o operador deve ser
capaz quanto ao modo de operação e seus riscos;
 Os postos de trabalho devem ser organizados de forma a evitar
deslocamentos;
 Deve existir um diapositivo seguro e com estabilidade para que os
trabalhadores possam alcançar locais altos sem esforço adicional;
 Nos procedimentos de movimentação e transporte de roupas deve
ser usado diapositivos que minimizem o esforço dos trabalhadores;

20
 O trabalhador de serviço de reprocessamento de
roupa deve ser capaz de adotar uma mecânica corporal de forma a
preservar a saúde e a integridade física;
 O ambiente onde são realizados procedimentos que provoquem
odores fétidos deve ser provido de sistema de exaustão ou outro
dispositivo que os minimize;
 O posto de trabalho deve ser planeado ou adaptado para a posição
sentada, sempre que o trabalho puder ser executado nessa posição.

4. Limpeza e higienização de instalações/superfícies


4.1. A limpeza e higienização de
instalações/superfícies da unidade do utente e/ou
serviços tendo em conta os níveis e zonas de risco

4.1.1. O equipamento de proteção individual (EPI)


Os profissionais que são responsáveis pela limpeza e desinfeção, estes
devem estar protegidos pelos seguintes equipamentos:
Equipamentos de Proteção Individual
Luvas de borracha ou Farda/Bata Avental de Óculos Calçado Máscara
de “ménage” plástico (próprio)
Limpeza X X ---------- X X --------

Desinfeção X X X X X X

 Destaca-se que as luvas são essenciais, pois estas criam uma barreira
de proteção para nós, evitando assim danos ao trabalhador;
É indispensável utilizar luvas adequadas sempre que se realizem trabalhos
de risco, nomeadamente:
 No manuseamento de produtos de produtos contaminados ou
suspeitos da mesma;
 Na limpeza de áreas sujas e contaminadas;

21
 Na limpeza de pavimentos, materiais e equipamentos
de médio e alto risco;
 No manuseamento de produtos corto-perfurantes;
 Durante a aplicação/manipulação de produtos agressivos para a pele.

É de sustentar e relembrar que o EPI deve estar sempre em condições de


ser utilizado, caso contrário deve ser automaticamente substituído e
fornecido pelo chefe.

4.1.2. Os produtos de Lavagem


4.1.2.1. Tipo de produtos
Desinfetantes Químicos
 Estes são utilizados para matar bactérias;
 Mas, por vezes, se a limpeza tiver sido rigorosamente bem limpa, a
maior parte das bactérias terão sidos removidas com a sujidade, logo
não será necessário o desinfetante químico.

Para que este tipo de produto atue corretamente é necessário cumprir as


seguintes regras:
 A água deve ser acrescentada de acordo com as indicações do
produto;
 Os desinfetantes não devem ser misturados, pois a mistura provocará
reação química e libertará gases tóxicos e os produtos deixarão de ser
eficazes;
 Nenhum desinfetante é eficaz para todo o tipo de bactérias, então
este deve ser escolhido de acordo com o tipo de bactéria a eliminar;
 As soluções desinfetantes só devem ser preparadas quando
necessárias, pois perdem a eficácia se forem guardadas algum tempo;
 As superfícies devem ser limpas em primeiro lugar;
 Alguns desinfetantes podem perder eficácia em certos tipos de
plásticos, cortiça ou outro tipo de material, então deve seguir as
instruções.

22
Detergentes Sintéticos
 Estes são feitos de diferentes químicos, normalmente derivados de
petróleo. Estes não formam espuma quando adicionados à água e
podem ser classificados de 3 tipos:
 Detergentes Neutros -são os mais comuns e mais utilizados, e
geralmente são de cor verde ou amarelo-castanho, sendo
utilizados para a lavagem de pratos limpeza de pó etc.;
 Detergentes Alcalinos- Não devem ser utilizados em
superfícies delicadas. São utilizados para tarefas mais
especializadas e difíceis, sendo conhecidos como
desengordurantes e detergente para superfícies difíceis;
 Detergentes Ácidos- são utilizados para a limpeza de casas de
banhos, remoção de estuque e cimento de superfícies novas, e
estes podem ser considerados fracos ou leves, vai depender
do tipo de ácido usado, mas requere o máximo de cuidados
ao ser utilizado.
Outros agentes de limpeza
Agentes compostos por solventes
 É um líquido com a função de dissolver depósitos de gordura e óleo
que a água não consegue;
 Um agente de limpeza composto por solventes é uma solução de um
líquido e outros aditivos e á utilizado para a remoção de cera, além
de limpeza a seco e remoção de nódoas.
Agentes abrasivos
 Não é aconselhado para superfícies que se risquem facilmente, tal
como é o caso do plástico;

23
 São conhecidos por agentes erosivos ou para esfregar,
sendo utilizados na limpeza de acessórios sanitários, em loiças ou
superfícies esmaltadas;
 Podem ser em forma de pó, pasta, creme ou líquido, sendo
basicamente de minerais muito moídos (areias, cinza em pó,
dolomite, pomos e giz) que esfregam toga a sujidade;
 Estão classificados numa escala de 1 a 10, sendo 1 o talco e 10 o
diamante, e em termos de limpeza, os mais usuais estão por volta de
6.

4.1.2.2. Preparação de produtos: mistura, diluição e


dosagem adequada
 Deve-se seguir as instruções da embalagem, sempre prestando
atenção à diluição e avisos em relação à seguranças;
 Deve-se ter cuidado ao adicionar a quantidade certa de água, ou
outro líquido, à medida do agente de limpeza;
 A adição de demasiadas quantidades ou a diluição errada pode
danificar a superfície ou então tornar necessária uma segunda
enxaguadela, e em quantidades a menos, este poderá se verificar
ineficaz.

4.1.2.3.As precauções a ter em conta


Rotulagem
O rótulo é o “bilhete de identidade” do produto/detergente e deve conter:
A denominação de venda;

24
 Lista de ingredientes ou compostos;
 Quantidade;
 Data de validade;
 Condições especiais de conservação;
 Identificação do lote.

Fichas técnicas devem conter:


 Identificação da empresa e dos perigos;
 Composição sobre os componentes;
 Primeiros socorros;
 Medidas de combate de incêndios ou fugas acidentais;
 Manuseamento e armazenagem;
 Controlo da proteção do pessoal;
 Estabilidade e reatividade;
 Informação toxicológica, transporte, ecológica regulamentação;
 Consideração relativas a eliminação.

Simbologia de Segurança:
 Substância inflamável que arde facilmente;
 É proibido aproximar chamas ou fontes de ignição;
 Não ingerir;
 Não expor a temperaturas elevadas;
 Não fumar.
 EX.: Álcool etílico, acetona, gasolina.

25
 Substância que alimenta a combustão. Em contacto com outras
substâncias dá origem a reações que libertam muita energia;
 Não aproximar de chamas e não ingerir.
 EX.: Acendalha líquida.

 Substância venenosa prejudicial ao Homem, mesmo em pequenas


quantias, podendo levar à morte;
 Usar luvas no seu manuseamento;
 Lavar as mãos em caso de utilização;
 Não ingerir;
 Não inalar.
 EX.: Inseticidas e outros produtos designados a matarem espécies
animais cuja ação não seja prejudicial ao Homem.
 Substância nociva, cujo vapores não devem ser inalados;
 Não ingerir;
 Usar máscara protetora no nariz e boca.
 EX.: Corretores líquidos, ceras, amoníaco.

 Substância corrosiva que ataca a matéria viva;


 Não entrar em contacto com a pele;
 Usar luvas;
 Não ingerir.
 EX.: Ácidos usados em laboratórios para limpeza.
 Radiações emitidas por substâncias radioativas;
 Em doses elevadas podem ser fatais.
 EX.: Laboratórios de Raio-X.

4.1.2.4. Aplicação e utilização


 Para a desinfeção são sempre preferíveis métodos físicos como
calor, e as temperaturas do processo variam de 65º a 100º mas,
quanto mais for elevada a temperatura menos será necessário o
tempo de exposição. Este assegura os melhores resultados;

26
 Deve promover-se a utilização racional de desinfetantes,
de acordo com a política instituída pela Comissão de Controlo da
Infeção, esta utilização racional baseia-se nos seguintes
pressupostos:
 É suficiente a lavagem com água quente e detergente do
chão e superfícies que o paciente não contacte diretamente;
 Deve-se usar desinfetante quando ocorrem derrames de
sangue ou matéria orgânica, e para sua proteção deve usar
o EPI adequado, recomendando a não colocar os joelhos no
chão para impedir o contacto com derrame;
 Caso o derrame seja grande, deve usar toalhas de papel
para tirar o excesso, indo estes para o lixo contaminado,
sendo a superfície desinfetada a seguir. Caso contrário,
remove-se o derrame com o desinfetante e lava-se a
superfície no final;
 Utiliza-se produtos à base de cloro, de acordo com a
instruções do fabricante, não devendo ser aplicados em
urina, pois podem libertar vapores tóxicos;

 Só em situações muito específicas está indicado o uso de


desinfetantes químicos: remoção de matéria orgânica
vertida, situações de surto de infeção e endoscópios
flexíveis;

 Na maior parte das situações deve-se recorrer às máquinas


de lavagem/desinfeção que descontaminam e desinfetam e
apresentam o material já seco, pronto a ser empacotado,
assim evitando a contaminação acidental dos profissionais
e ambiente.

4.2. Os métodos e técnicas de lavagem associadas à


higienização dos espaços
 O risco de infeção das diferentes áreas das Unidades de Saúde está
relacionado com a especificidade da atividade dos cuidados de saúde
prestados e com a suscetibilidade dos utentes.

27
 Cada área das Unidades de Saúde deve ser identificada, área
critica, semicrítica ou não- critica, de acordo com o quadro seguinte:

Área Definição Exemplos


São aquelas em que existe um maior
risco de transmissão de infeção, por
serem locais onde se realizam  Salas de pequena cirurgia;
procedimentos de risco (eminentemente
 Salas de estomatologia/higiene oral;
invasivos) e onde se poderão encontrar
utentes com o seu sistema imunitário  Salas de tratamento de feridas.
Crítica deprimido.

São aquelas em que a especificidade dos


Específica procedimentos realizados tem um  Laboratórios;
considerável risco biológico, exigindo as  Serviços de Esterilização.
que estão incorporadas nas áreas
críticas.
 Salas de administração de aerossóis;
 Salas de vacinação;
 Salas de injetáveis;
Geral São todas aquelas que são utilizadas por  Salas de saúde infantil;
utentes e onde se realizam  Salas de saúde materna e
procedimentos de risco reduzido, planeamento familiar;
excluindo as que estão incorporadas nas  Salas de podologia;
áreas críticas.
 Outros gabinetes de consulta;
Semi-  Instalações sanitárias;
Crítica  Balneários.

28
São aquelas onde se armazena resíduos  Zona de armazenagem de resíduos
hospitalares com risco biológico. hospitalares dos Grupos III e IV.

 Salas de serviço administrativo e


similares;
 Salas de reuniões;
Não Crítica Correspondem àquelas onde não se  Salas de espera;
realizam procedimentos de risco.  Corredores e átrios;
 Refeitórios, copas e bares;
 Escadas internas de emergência;
 Entrada e extintores de serviço;
 Elevadores.

 A frequência da limpeza é estipulada de acordo com a classificação


das áreas:
Frequência Mínima
Prioridades da
Limpeza Limpeza de Limpeza Limpeza Global
Área Limpeza Corrente Conservação Imediata

É efetuada duas a três É efetuada É efetuada


vezes por dia. uma vez por mensalmente.
semana.
Geral
É efetuada
sempre
Crítica Elevada que
O plano de limpeza e O plano de
ocorram
desinfeção de cada área limpeza e O plano de limpeza e
situações
deve referir a frequência e
desinfeção de desinfeção de cada área
de derrame
Específica o momento de limpeza cada área deve deve referir a
ou salpicos
(ex.: salas de tratamentos)
referir a frequência e o
de sangue
devem ser limpas no final frequência e o momento de limpeza.
ou outra
de cada cirurgia. momento de
matéria
limpeza.
orgânica.
É efetuada duas vezes por É efetuada
Semi- dia. uma vez por É efetuada de dois em

29
Crítica Média dois meses.
semana.
É efetuada após a remoção dos
contentores/sacos de resíduos hospitalares.

Efetuada uma É efetuada de seis em


Não Crítica Baixa Efetuada uma vez por dia. vez por seis meses.
semana.

A principal distinção entre a limpeza corrente da “área crítica geral” e da


“área semicrítica geral” reside na limpeza que é realizada a meio do dia.
Exemplo de uma limpeza corrente a meio do dia:
 Área crítica geral - A limpeza da sala de tratamentos inclui chão,
marquesa, superfícies de trabalho, mobiliário, equipamentos,
utensílios, lavatório, torneiras, manípulos de portas, assim como o
despejo de resíduos e a limpeza dos contentores/recipientes;
 Área semicrítica geral - A limpeza corrente da sala de injetáveis
inclui somente a marquesa, superfícies de trabalho e o despejo de
resíduos e a limpeza dos contentores/recipientes.

30
Para facilitar o entendimento relativo às áreas que deverão ser
englobadas nos vários tipos de limpeza, apresenta-se uma síntese no quadro
seguinte:
Limpeza corrente (2 a 3 vezes ao Limpeza de conservação (1 Limpeza Global (1 vez por
dia) vez por semana) mês)
 Escadas e corredores;
 Vidros de portas e guichets;
 Mobiliário (ex.: mesas, cadeiras
e secretárias);  Vidros de janelas e
 Equipamento (ex.: suportes de  Rodapés; estores/persianas;
soro, computadores, candeeiros  Gavetas e  Paredes;
de mesa, telefones, contentor de prateleiras/estantes;  Portas e ombreiras;
resíduos, etc.);  Capachos (lavagem);  Sistema de ventilação e
 Balcões de apoio e bancadas de  Cortinas (lavagem); respetivas grelhas;
trabalho;  Maples e sofás (aspiração  Teto;
 Manípulos de portas; para tecidos e lavagem para  Globos, pontos de luz e
 Corrimãos; napas); respetivas caixas;
 Botões e interruptores;  Pavimento (apenas com  Canalizações altas e
 Zonas de lavagem de material e água quente); calhas técnicas;
equipamento;  Varandas;  Pavimento
 Instalações sanitárias  Contentores (lavagem); (encerramento e
(nomeadamente lavatório, verificação);
torneiras, sanita, base de duche,
banheira e manípulo do
autoclismo);
 Pavimento (com água quente e
detergente);

 Limpeza de superfícies- a limpeza com água quente é a mais


adequada, pois remove maior parte dos microrganismos, mas as
superfícies devem ficar bem limpas e secas para não haver o risco de
recontaminação;

Durante a limpeza das superfícies devem respeitar-se as seguintes


orientações:
 Realizar a limpeza a húmido com água quente e detergente
adequado, reforçando este procedimento em zonas com manchas;
 Após a limpeza, as superfícies devem ficar o mais secas possível
e nunca “encharcadas”;

31
 Depois do período de secagem, as superfícies
que servem de apoio à preparação de medicamentos e de técnicas
que requerem assepsia, deverão ser desinfetadas com álcool 70%;
 Dentro de cada área o pano deve ser exclusivo para cada tipo de
equipamento.

 Limpeza do pavimento- A diversidade de pavimentos leva a que


existam diferentes métodos de limpeza tanto manuais (húmido e
seco) como mecânicos (máquinas automáticas de lavar e/ou
enxugar).
Nesta sequência, apresenta-se resumidamente o procedimento de cada um
dos métodos anteriormente referidos.
Na lavagem do pavimento deve ainda ter-se em conta que:
 A esfregona deve ser agitada dentro de cada balde e bem
espremida;
 Devem adotar-se movimentos ondulantes e manter as franjas da
esfregona abertas;
 A água deve ser quente e mudada frequentemente. Nas áreas críticas
e semicríticas, por exemplo, a água tem de ser mudada sempre entre
salas e, dentro de cada sala, sempre que a água se encontre
visivelmente suja, para evitar a redistribuição de microrganismos;
 Nos corredores e/ou áreas a limpar devem colocar-se fitas ou outra
sinalização (EX.: cones de sinalização) para

 aviso de piso escorregadio, nos dois extremos dessas áreas;


 Os corredores e escadas devem ser lavados no sentido longitudinal,
ou seja lava-se primeiro uma metade e só depois a restante parte, de
modo a permitir a circulação segura das pessoas durante a limpeza;
 As zonas de difícil acesso às máquinas de disco devem ser limpas
manualmente.
Sempre que o pavimento possua ralos para escoamento de águas residuais,
não se recomenda a utilização do método de duplo balde, o procedimento
consiste em espalhar uma solução de detergente no pavimento e esfregar,
empurrando de seguida as águas residuais para o ralo.
Pelo menos uma vez por semana, os pavimentos devem ser lavados
primeiro pelo método de duplo balde e, de seguida, deve efetuar-se uma

32
limpeza com água simples para remover a película de detergente
que se vai acumulando (quadro seguinte):
Áreas Periocidade mínia da limpeza do pavimento
 Lavagem diária com água quente e detergente pelo menos 2 a 3 vezes por
Críticas dia;
 Lavagem simples apenas com água quente pelo menos 1 vez por semana.
Semi  Lavagem diária com água quente e detergente pelo menos 2 vezes por dia;
-críticas  Lavagem simples apenas com água quente pelo menos 1 vez por semana.
Não  Lavagem diária com água quente e detergente pelo menos 1 vez por dia;
críticas  Lavagem simples apenas com água quente pelo menos 1 vez por semana.

 Método manual seco- utilização de vassoura só é permitida em áreas


não-críticas exteriores como átrios, pátios, estacionamentos, entre
outros. Em outras áreas a limpeza deve ser realizada com um
aspirador.

 Método mecânico através de máquinas automáticas de lavar e/ou


enxugar- estas máquinas possuem depósito para soluções de
detergente, o qual é doseado diretamente para a escova através de um
dispositivo de autoaplicação. Estas máquinas favorecem o menor
esforço e risco para o trabalhador.
 Método mecânico através de jatos de vapor de água saturada sob
pressão- normalmente utilizado nas limpezas globais e pode ser
aplicado praticamente em qualquer superfície fixa.

4.3. Normas e procedimentos de Higiene, Segurança


e Saúde no trabalho
É tão importante o procedimento como o modo como se realiza.
Para realizar a higienização da unidade, o profissional deverá:
 Usar o EPI adequado;
 Usar material adequado ao procedimento e à área a higienizar
(baldes, panos, rodo, sacos e outros);
 Remover da unidade todo o material clínico, resíduos e roupas
contaminados e/ou desnecessários à continuidade do tratamento;

33
 Preparar diluição correta para a lavagem e substituir águas
entre salas;
 A lavagem deve ser começada pelas superfícies altas, e
pavimentos deverão ser desinfetados em situações de derrames
e fluídos, derrame de medicamentos, desinfeção periódica.
 Lavar sempre e desinfetar o material utilizado, devendo deixá-lo
secar invertido.

Recomendações:
 Lavar antes de desinfetar;
 Nunca juntar detergente e desinfetante;
 Nunca juntar água quente ao desinfetante pastilhas;
 Nunca juntar água ao Hipoclorito de Sódio a 1%;
 Depois de desinfetar com Hipoclorito de Sódio a 1%, de preferência
deve passar a superfície com água limpa.

4.4.A limpeza e higienização de instalações/


superfícies na pós-morte
HIGIENIZAR DEPÓSITO DE CADÁVERS
 Recipiente de cadáveres- lavar com água e detergente; desinfetar
com hipoclorito a 2,5%.
 Pavimento- lavar com água e detergente; desinfetar com hipoclorito
a 2,5%.

4.5.A limpeza e higienização de instalações/


superfícies em unidades/ serviços específicos
HIGIENIZAR SALAS DE TRATAMENTO
 Utensílios- verificar a existência de material sujo e encaminhá-lo
devidamente acondicionado para a central de esterilização. Remover
o lixo dos recipientes e substituir sacos (circuito de resíduos).
Verificar / repor toalhetes de papel e doseadores de sabão líquido.
 Mobiliário e equipamentos- lavar com água e detergente e desinfetar
adequadamente com o produto em uso na instituição. Limpar e

34
desinfetar os teclados dos computadores com álcool
a 70º.

 Pavimentos- aspirar a seco; lavar com água e detergente contendo


bactericida. Em caso de derramamento de sangue ou secreções
(exceto urina), descontaminar com hipoclorito a 2,5% em toalhetes
de papel, deixando atuar durante 3 a 5 minutos.
HIGIENIZAR GABINETES MÉDICOS E SALAS DE ENFERMAGEM
 Utensílios- remover lixo dos recipientes e substituir sacos. Substituir
contentores de resíduos perigosos (corto-perfurantes) se a ¾ da sua
capacidade. Verificar / repor toalhetes de papel e doseadores de
sabão líquido.
 Mobiliário- limpar com pano húmido (água + detergente). Limpar e
desinfetar os teclados dos computadores com álcool a 70º.
 Equipamento- limpar com água e detergente e desinfetar
adequadamente com o produto em uso na instituição.
 Pavimentos- aspirar a seco; lavar com água e detergente contendo
bactericida. Em caso de derrame de sangue ou secreções, à exceção
da urina, deve-se descontaminar com Hipoclorito a 2,5% com toalhas
de papel.
HIGIENIZAR INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
 Utensílios- remover lixo dos recipientes e substituir sacos (respeitar
circuito de resíduos). Verificar / repor toalhetes de papel, papel
higiénico e doseadores de sabão líquido.
 Lavatórios e Sanitas- lavar com água e detergente; desinfetar com
Hipoclorito a 2,5%.
 Pavimentos e paredes de azulejo- lavar com água e detergente.

HIGIENIZAR ÁREAS COMUNS (Salas de espera, corredores e


atendimento administrativo)
 Utensílios- remover lixo dos recipientes e substituir sacos.
35
 Mobiliário (cadeiras salas de espera)- lavar com água e
detergente; desinfetar com álcool a 70º.
 Mobiliário (atendimento administrativo)- lavar com água e
detergente.
 Pavimentos- aspirar a seco; lavar com água e detergente.
HIGIENIZAR SALAS DE ESTERILIZAÇÃO, LAVANDARIA E ROUPARIA
 Equipamentos (bancas inox)- lavar com água e detergente e
desinfetar com Álcool a 70º.
 Pavimentos- lavar com água e detergente.
HIGIENIZAR COMPARTIMENTO DE RESÍDUOS HOSPITALARES
 Lavatório- lavar com água e detergente; desinfetar com hipoclorito a
2,5%.
 Balança- limpar com pano húmido, desinfetar com álcool a 70º.
 Pavimento- lavar com água e detergente; desinfetar com hipoclorito
a 2,5%.
HIGIENIZAR ARMAZÉNS E FARMÁCIA
 Remover lixo dos recipientes e substituir sacos.
 Mobiliário (estantes; armários)- lavar com água e detergente.
 Pavimentos- lavar com água e detergente.

HIGIENIZAR SALA DE RX
 Equipamento- limpar com pano húmido; desinfetar com álcool a 70º.
 Pavimento- lavar com água e detergente.

5.Materiais
5.1.A lavagem e desinfeção dos materiais
5.1.1.O equipamento de proteção Individual
Especificações quanto ao Equipamento de proteção individual:

36
Equipamento de
proteção individual Especificações
Farda  Deve possibilitar a liberdade de movimentos do profissional e ser sempre
usada sem roupa do exterior por baixo;
 Não pode ser utilizada fora das instalações do Centro de saúde e deverá ser
somente utilizada durante o período de tempo;
 Deve ser mudada diariamente e sempre que necessário;
Calçado  Deve ser confortável, fechado e com sola antiderrapante, preferencialmente
com cunha ou salto estável de mais ou menos três centímetros.
Luvas  Devem ter cores diferentes de acordo com a área a limpar (à semelhança do
código de cores dos panos);
 Devem ser lavadas exteriormente antes de serem removidas das mãos, de
acordo com a técnica recomendada. De seguida devem ser lavadas na
superfície interna (do avesso) e postas a secar ou secar com toalhetes de papel;
 Não é permitido que o pessoal mantenha as luvas usadas na limpeza, no
manuseamento de equipamentos limpos. Não é igualmente permitido que o
pessoal circule de luvas calçadas.
Avental  Deve ser de plástico, de uso único e colocado por cima da farda.
Óculos de Proteção  Nas situações de aplicação de desinfetantes deverão ser utilizados óculos de
proteção para prevenir lesões oculares em situações de salpicos ou de vapores.
Máscara  Nas situações de aplicação de desinfetantes deve ser utilizada máscara
resistente à penetração de fluídos.

5.1.2.A tipologia de materiais


Os materiais podem ser veículos da transmissão de microrganismos se a
sua descontaminação for inadequada.
Por este motivo os métodos de descontaminação deve estar bem definida e
o seu cumprimento é da responsabilidade dos profissionais. Devem ter
formação nessa área e deve ser-lhe disponibilizado o EPI adequado.
Na descontaminação do material deve ter-se em conta o nível de risco que
ele representa de acordo com utilização que vai ter. Em 1968 Spaulding,
propôs uma classificação dos materiais em 3 níveis de risco e o necessário
tipo de descontaminação, que se mantém atual:
Nível de Risco Tipo de Exemplos
Descontaminação
Material Crítico
 Todo o material que penetra
nas cavidades estéreis ou no  Implantes, instrumentos
organismo do doente por Esterilização cirúrgicos, agulhas, sistemas de
rutura das camadas de pele e soros.
mucosas.
Material Semi-Crítico
37
 Todo o material que entra em Desinfeção de Alto
contato com mucosas ou pele Nível ou Esterilização  Lâminas de laringoscópio,
não íntegra. endoscópios.
Material Não Crítico
 Todo o material que entra em Limpeza
contato com a pele íntegra ou Desinfeção de baixo nível  Braçadeiras, marquesas, mesas
que não entra em contato com de apoio, chão.
o doente.

5.1.3. Os circuitos de entrega e recolha de material


hoteleiro, material clínico e material de apoio clínico
É da responsabilidade do técnico de saúde o envio do material à
esterilização. Deve ser enviado no turno da manhã entre as 11 e as 12 horas
e se necessário no turno da tarde até às 20 horas.
Semanalmente, um técnico deverá efetuar o controlo do material
esterilizado, a fim de detetar eventuais faltas.

5.1.4. A lavagem e desinfeção de materiais: material


hoteleiro, material clínico e material de apoio clínico
5.1.4.1. Lavagem manual
Sempre que o material seja processado manualmente deve ter-se em
atenção a proteção do operador com os EPI´s adequados (luvas grossas,
máscara e proteção ocular e bata ou avental).
Se necessário escovar o material, este deve estar mergulhado a fim de
evitar salpicos e formação de aerossóis.

38
5.1.4.2.Lavagem mecânica e desinfeção
térmica
Deve dar-se preferência à lavagem mecânica sempre que possível, porque
além de ser um método que permite a monitorização e validação, coloca
menos riscos para o pessoal.
A desinfeção do material pode ser de 2 tipos:
 Química-desinfetantes (métodos manuais ou mecânicos)
 Física- aumento de temperatura (geralmente através de máquinas de
lavar/desinfetar).
Existem 3 níveis de desinfeção:
 Alto nível- destrói todas as bactérias todos os vírus, mas não
necessariamente todos os esporos.
 Nível Intermédio- destrói todas as bactérias, mas não
necessariamente todos os esporos ou vírus.
 Baixo nível- destrói quase todas as bactérias patogénicas e alguns
vírus.

5.1.4.3. Desinfeção química de material de apoio


clínico e de material clínico
Os desinfetantes de alto nível que estão disponíveis para utilização, são:
 Orto-ftalaldeído que pode ser usado em máquinas;
 Existem máquinas para endoscópios que podem utilizar outro tipo de
desinfetantes de alto nível como o Glutaraldeído e, eventualmente, o
Ácido Paracético;

 Os desinfetantes à base de cloro, em concentrações de 1000 ppm


(partes por milhão) e 10000 ppm, durante 20 e 5 minutos
respetivamente, atingem um alto nível de desinfeção, mas a maioria
dos materiais não é compatível com este tipo de desinfetante nestas
concentrações.

39
Os desinfetantes de nível intermédio que estão disponíveis para
utilização, são:
 Álcool etílico a 70º – (imersão do material seco durante 10 minutos;
 Na DCC na concentração de 1000 ppm (imersão do material durante
10 minutos).
A desinfeção de baixo nível pode ser conseguida através da utilização de
desinfetantes químicos:
 Álcool etílico ou isopropílico (70 a 90º) (aplicação na superfície
limpa e seca com toalhete embebido, deixando secar naturalmente);
 DCC 100 a 150 ppm;
 Amónio Quaternário em toalhetes ou pulverizador.

5.2. Os Produtos de lavagem


5.2.1. Tipo de produtos
Os produtos que estão destinados à lavagem de doentes ou das mãos dos
profissionais, não são adequados para lavar material.
Os produtos a utilizar devem ser sempre os indicados para o tipo de
lavagem (manual ou mecânica), o tipo de material a lavar, o grau e tipo de
contaminação presente.

Pode utilizar-se:
 Desinfetante Desincrustante- ferros cirúrgicos e tubos de respiração;
 Detergente Enzimático- materiais de fibra ótica, ferros cirúrgicos
com canais ou muito complexos, materiais sensíveis;
 Detergente Desengordurante- lavagem manual de loiça.
 Detergente de Uso Comum- lavagem de superfícies (chão, paredes,
bancadas, mobiliário etc.)
 Detergente/desinfetante- para superfícies em que se queira associar a
desinfeção à limpeza.

5.2.2. Aplicação e utilização


40
Fatores que interferem na ação do desinfetante químico:
 Natureza do item a ser selecionado- quanto mais lisa mais favorável
será ao processo de desinfeção.
 Resistência intrínseca dos microrganismo- os microrganismos
apresentam diferentes níveis de suscetibilidade aos germicidas
químicos, em função das suas características próprias. Esta diferença
determina a classificação dos germicidas em níveis, quanto ao seu
espectro de ação.
 Quantidade de matéria orgânica presente - sangue, fezes, muco,
dentre outros materiais orgânicos presentes no artigo podem
ocasionar a ineficácia do germicida
 Tipo e concentração do germicida- a escolha do germicida deve
basear-se no nível de desinfeção necessário para uso seguro do
artigo, considerando-se o espectro de ação do desinfetante, na
concentração recomendada pelo fabricante.
 Tempo e temperatura de exposição- para cada germicida existe uma
relação determinada entre os parâmetros de tempo de contato e
temperatura para atingir um ótimo desempenho, no que se refere ao
espectro de ação.

5.2.3.Preparação de produtos: mistura, diluição e


dosagem adequada
Um engano comum no manuseio de produtos químicos para limpeza é
achar que misturar produtos aumenta a sua eficácia, o que não é verdade,
pois essa mistura pode criar gases tóxicos, níveis de calor perigosos, danos
à saúde e ao meio ambiente.
Nunca misturar produtos, nomeadamente desinfetantes e detergentes, sob
pena de provocar reações químicas tóxicas e/ou de anular o efeito do
desinfetante.

5.2.4. As precauções a ter em conta


Ter em atenção as recomendações dos fabricantes quanto às
incompatibilidades dos materiais:
 O cloro é corrosivo para a maior parte dos metais e plásticos;

41
 O álcool causa secagem de alguns plásticos.

5.3.Armazenamento e conservação de materiais


Os materiais empacotados incluem:
 Papel, certos plásticos, têxteis não-tecidos descartáveis, contentores;
 O utilizador deve controlar a integridade da embalagem antes da
utilização.

5.4. Registos
O envio do material obriga ao preenchimento de uma requisição de
material esterilizado.
Quando o material chega à unidade, deve ser obrigatoriamente conferido
pelo técnico de saúde e arrumado nos armários da sala de tratamentos.

6. Equipamentos
6.1. A lavagem e desinfeção química dos
equipamentos
6.1.1. O equipamento de proteção Individual
 Máscaras- máscaras de pano, gaze ou papel são ineficazes. Máscaras
de papel com material sintético como filtro constituem uma barreira
eficaz contra os microrganismos. As máscaras são utilizadas para a
proteção do doente e dos profissionais.
 Luvas- as luvas são utilizadas para a proteção dos doentes e dos
profissionais, assim estes precisam de luvas não estéreis nos
cuidados com os doentes com infeção transmitida por contato;
Deve-se sempre lavar as mãos cada vez que se retiram as luvas.
Os materiais mais frequentemente utilizados para luvas são o látex e o
cloreto de polivinil.

42
6.1.2.A tipologia de equipamentos
A limpeza e desinfeção de equipamento é fundamental para a sua boa
manutenção do estado de higiene.
O equipamento que genericamente se encontra abrangido neste ponto, é o
seguinte:
 Cama e unidade dos doentes e os seus componentes;
 Utensílios e matérias diversos como pentes, escovas etc.;
 Material que não vai à esterilização (pinça de Maguill, lâmina de
laringoscópio, nebulizador do ventilador, máscara de ventilação não
invasiva, transdutor de pressões do ventilador);
 Mesas de trabalho;
 Carros de higiene e de peso;
 Cadeiras e cadeirões de napa;
 Bancada central e telefone.

6.1.3. Os produtos de lavagem


6.1.3.1. Tipo de produtos
 Tipos de produtos que se utilizam em termos gerais- detergentes em
pó, produtos cerosos derrapantes, detergentes e desinfetantes,
produtos de limpeza ou desinfeção.

43
6.1.3.2. Aplicação e utilização
Espectro de aticidade dos principais desinfetantes:
Nível de Espectro da atividade Ingredientes ativos Fatores que afetam a
desinfeção do desinfetante potencialmente capazes de eficácia do
requerido satisfazer o espectro de desinfetante
atividade
 Ácido peracético;  Concentração;
 Dióxido de cloro;  Tempo de contato;
 Esporicida;  Formaldeído;  Temperatura;
 Micobacteriana;  Glutaraldeído;  Presença de
Elevada
 Virucida;  Hipoclorito de sódio; matéria orgânica;
 Fungicida;  Peróxido de hidrogénio  pH;
 Bactericida. estabilizado;  Presença de iões
 Aldeído sucínico. de cálcio ou
 Tuberculocida;  Derivados dos fenóis; magnésio (ex.:
Intermédia  Virucida;  Álcoois etílico e dureza da água
 Fungicida; isopropílico. utilizada para a
 Bactericida. diluição);
 Amónios quatemários;  Formulação do
 Bactericida. desinfetante.
Baixa  Anfipróticos;
 Amino – ácidos.

6.1.3.3. Preparação de produtos: mistura, diluição e


dosagem adequada
Em qualquer diluição de produtos concentrados, os usuários devem seguir
as orientações do fabricante para obter o resultado esperado. Devem ser
realizadas com muito cuidado.
Alguns produtos, principalmente os concentrados, podem causar irritação
na pele, olhos, mucosas e até queimaduras nos operadores.

O recipiente onde o produto é diluído deve estar limpo e ser lavado entre a
diluição de um produto e outro, e é obrigatório sempre um doseador para
proceder à diluição.

6.1.3.4. As precauções a ter em conta


Os detergentes a utilizar devem cumprir alguns requisitos:

44
 Trazer indicações precisas de diluição;
 Devem ser fornecidos aos serviços em embalagens pequenas,
máximo 5 litros;
 Não devem conter desinfetantes;
 Não devem conter cheiro irritante para as vias respiratórias ou outros
alérgenos;
 Não devem ser corrosivos;
 As diluições só devem ser preparadas nos serviços, por altura da
utilização;
 As embalagens devem manter-se fechadas.

6.1.4.A lavagem e desinfeção de equipamentos


A desinfeção destrói microrganismos prevenindo a transmissão entre
doentes. Os procedimentos de desinfeção devem:
 Cumprir critérios para destruição de microrganismos;
 Ter um efeito detergente;
 Atuar independentemente do número de bactérias presentes.
Para que sejam aceitáveis em ambiente hospitalar, devem ser:
 Fáceis de usar;
 Não-voláteis;
 Não nocivo para equipamento, profissionais e doentes;
 Sem cheiro desagradável;

 Eficazes em curto espaço de tempo.


Nível de desinfeção do equipamento utilizado em doentes em relação ao
tipo de cuidado:
Diapositivos utilizados Classe Nível de Nível de desinfeção
risco
 No sistema vascular em cavidades  Esterilização ou desinfeção
estéreis, em tecidos estéreis: de nível elevado em
instrumentos cirúrgicos; Crítica Elevado situações específicas;
Ex.: artroscópios, biópsias, EX.: endoscópios.
instrumentações, etc.
 Contato com membranas mucosas  Desinfeção de nível
ou pele não-intacta; Semi-Crítica Intermédio intermédio.
EX.: gastroscopia, etc.
 Pele intacta com ou sem contato  Desinfeção de baixo nível.

45
com o doente; Não Crítica Baixo
EX.: camas, lavatório, etc.

6.1.5. Os métodos e técnicas de lavagem e


desinfeção
Mapa de Orientação para Descontaminação de Materiais e Equipamentos:

Equipamento Classificação Descontaminação Descontaminação


/Material segundo o risco recomendada alternativa Observações
Arrastadeiras Não Crítico  Desinfeção térmica  Apenas em  Individualizar
em máquina de último recurso: sempre que
lavar/desinfetar. Lavagem possível;
manual e  Nos casos de
desinfeção da diarreia usar sacos
superfície de arrastadeira.
exterior com
NaDCC,
2500PPM.
Aspirador e tubos  Se não houver
de aspiração máquina, usar
sistema
descartável.
Ambú Semi-Crítico  Desinfeção térmica  Desmontar;  Deve ser
(de alto nível) em  Lavagem individualizado.
máquina de manual com
lavar/desinfetar. água e
detergente;
 Esterilizar a
vapor ou plasma.
Bacias Higiene Não Crítico  Desinfeção térmica  Lavagem  Individualizar
em máquina de manual com sempre que
lavar/desinfetar. água quente e possível.

46
detergente,
secagem e
desinfeção com
álcool a 70º.
Banheiras  Lavagem com  Lavagem com
água quente e água quente e
detergente, detergente,
desinfeção com secagem e
toalhete embebido desinfeção com
em NaDCC 150 toalhete
ppm, ou amónio embebido álcool
quaternário; a 70º
 Enxaguar.
Balanças de Bebé  Lavar/desinfetar  Se não houver  Usar proteção
com toalhete sujidade visível entre crianças.
embebido em passar toalhete
amónio embebido em
quaternário. álcool a 70º.

Equipamento Classificação Descontaminação Descontaminação Observações


/Material segundo o risco recomendada alternativa
Biberões Semi-Crítico  Desinfeção térmica  Lavar em No caso de RN está indicada
(de alto nível) em máquina; esterilização.
máquina  Esterilizar a
lavar/desinfetar. vapor.
Brinquedos borracha ou plástico  Lavagem com água e Manter limpo enquanto em us
detergente, secagem exclusivo pela criança.
e desinfeção com
álcool 70º.
Brinquedos de pano peluche  Desinfeção térmica Se não houver máquina apropria
em máquina de lavar não deve ser dada a outra crianç
Não Crítico com temperatura
elevada e ciclo de
secagem.
Bombas de leite  Lavar com água e  Se de uso
detergente após a individual,
utilização; após a
 Esterilizar por lavagem e
plasma. secagem,
basta passar
com toalhete Individualizar sempre
embebido em que possível.
Semi-Crítico álcool a 70º e
guardar
protegida.
Câmaras expansoras  Desinfeção térmica  Lavar com Individualizar;
(de alto nível) em água e Em uso do mesmo
máquina detergente e doente basta manter limpa e
lavar/desinfetar. secar; protegida em saco de plástico
 Esterilizar a
plasma.
Colchões e almofadas  Lavar/desinfetar com  Lavar com Descartar a cobertura que
Anios segundo as água e apresentar cortes

47
recomendações detergente, ou fissuras.
do fabricante. secar e passar
Não Crítico com toalhete
embebido em
álcool a 70º.

Equipamento /Material Classificação Descontaminação Descontaminação Observações


segundo o risco recomendada alternativa
Espéculos Vaginais  Lavar em máquina;
Crítico  Esterilizar a vapor.
Estetoscópio  Desinfetar com Podem usar-se protetores descartáve
Não Crítico toalhete embebido
em álcool a 70º.
Humidificador de  Desinfeção térmica Lavar com água e Manter seco e embalado.
oxigénio Semi-Crítico em máquina de detergente, secar, passar por
lavar/desinfeção álcool a 70º.
Incubadoras  Lavar/desinfeção Lavar com detergente,
com Anios segundo enxaguar, secar e passar com
Não crítico as recomendações do toalhete embebido em álcool
a 70º.
fabricante.
nstrumentos cirúrgicos  Lavar em máquina Sempre que possível preferir
(utilização em de lavar/desinfetar a esterilização a vapor.
rocedimentos invasivos) ou em tina ultra- (mais barata e menos
Crítico sónica; poluente).
 Esterilizar a vapor ou
plasma.
Jarro urina  Desinfeção térmica Se for individualizado lavar
Não crítico em máquina de com água e detergente e
lavar/desinfetar. secar.
Laringoscópio  Lavar em máquina Desinfeção de alto nível: Se o cabo não suportar
de lavar/desinfetar; 1- Máquina de lavagem/desinfeção em máquina, de
Semi-Crítico (crítico lavar/desinfetar ser lavado e desinfetado com toalhe
 Esterilizar a vapor ou
Ou
se lesar a mucosa) a plasma. embebido em álcool a 70º.
2- Lavagem e
desinfeção com
Orto-ftalaldeído.

Equipamento Classificação Descontaminação Descontaminação Observações


/Material segundo o risco recomendada alternativa
Máscaras de Semi-Crítico Descartar. No mesmo doente
Oxigénio manter limpa e

48
seca.
Nebulizador Se reutilizáveis: Lavar e esterilizar por Manter
Desinfeção térmica (de vapor ou plasma. embalado;
alto nível) em máquina No mesmo doente
de lavar/desinfetar. lavar, secar e
desinfetar com
álcool a 70º entre
cada utilização.
Otoscópios
Termómetros Não Crítico Passar por álcool cabo e Usar diafragmas
auriculares suporte. descartáveis.
Tabuleiros e Semi-Crítico Lavar com água e
taças detergente, secar e
(aparadores) desinfetar com toalhete
embebido em álcool 70º.
Urinóis Não Crítico Desinfeção térmica em Apenas em último Se for
máquina de recurso: Lavagem individualizado
lavar/desinfetar manual e desinfeção da lavar com água e
(arrastadeiras) superfície exterior com detergente e secar
NaDCC, 1000PPM, entre utilizações.
(mergulhar) durante 20
mn.

6.1.6. Manuais e normas de instruções do fabricante


As Ficha técnicas são documentos integrantes do manual de instruções de
cada equipamento. Estes documentos têm características como os
consumos.
O manual de instruções possui ainda todas as recomendações de
funcionamento, utilização, manutenção, limpeza e segurança. Em caso de
avaria, deve ser contactado o serviço de assistência técnica disponibilizado
pela marca.

49
6.1.7. Manutenção preventiva
Para a implementação da metodologia de priorização de equipamentos para
o programa de manutenção preventiva, as informações necessárias são:
 Identificação do equipamento: nome do equipamento, marca, modelo
e idade (se possível);
 Local ou sector a que o equipamento pertence;
 Estado do equipamento: se está em uso ou se está desativado;
 Grau de utilização do equipamento: a sua importância para o
hospital;
 Obsolescência tecnológica: se o equipamento satisfaz as atuais
necessidades dos usuários.

6.1.8. Normas e procedimentos de higiene,


segurança e saúde no trabalho
A manutenção da higiene pessoal dos trabalhadores do serviço de limpeza é
de extrema importância, a qual inclui nomeadamente:
 Banho após o trabalho;
 Manutenção das unhas (curtas, limpas e sem verniz ou unhas de gel);
 Cabelo curto ou atado;
 Barba e bigode aparado e limpo;
 Proteção das feridas;
 Lavagem frequente das mãos.
É de relembrar, que a lavagem das mãos deve ser realizada ao entrar e sair
do trabalho, antes e após qualquer procedimento, cada vez que se retira as
luvas, antes de limpar as casas de banho e assoar o nariz e em outras
situações que o considere necessário.

50
Os profissionais da limpeza também devem estar
continuamente informados sobre os cuidados de prevenção, disseminação e
contaminação, principalmente relacionados com o uso de luvas.
Acrescenta-se ainda que, mesmo durante o trabalho, deve evitar tocar-se,
com as luvas contaminadas, em locais de uso comum.

7.Materiais e equipamentos
7.1.A lavagem e desinfeção dos materiais e
equipamentos de lavagem e higienização
7.1.1. O equipamento de proteção Individual

 Roupa de trabalho- os profissionais devem normalmente usar farda


pessoal ou roupa de rua coberta por uma bata branca, as fardas de
trabalho devem ser feitas de material de fácil lavagem e
descontaminação.
 Calçado- em unidades assépticas e nos blocos operatórios, os
profissionais devem usar calçado de utilização exclusiva nessas áreas
e que sejam fáceis de limpar.
 Touca- em unidades assépticas, blocos operatórios ou enquanto se
executam procedimentos invasivos selecionados, os profissionais
devem usar toucas ou barretes que cubram completamente o cabelo.

51
7.1.2.A tipologia de materiais e equipamentos de
lavagem/higienização
Para evitar a redistribuição cruzada de microrganismos nas superfícies de
uma área para outra, por exemplo, panos, esfregonas, rodos e baldes usados
nas instalações sanitárias, não podem utilizar-se nas salas de tratamento,
nem em copas e refeitórios, se não estiverem adequadamente lavados e
secos.
Cada sala deve ter exclusivamente os seus produtos, e os materiais e
equipamentos devem ser calculados conforme as necessidades dos serviços
e métodos de limpeza.
Assim, os equipamentos e os materiais de limpeza devem ser em número
suficiente, exclusivos de cada área e obedecer aos requisitos que constam
no Quadro seguinte:

Material e Requisitos Recomendações

52
equipamento
Esfregonas Os cabos devem ser de material não poroso, pelo
que não deverão ser de madeira;
As franjas, devem ser preferencialmente de algodão
e removíveis do cabo, de forma a poderem ser
lavadas e secas em máquina com altas As franjas devem ser lavadas e secas, após cada
temperaturas. Este material deve ser por isso termo- utilização, preferencialmente em máquina de lavar com
resistente; ciclo de secagem;
A cor das esfregonas deve ser indelével, ou seja, As franjas após serem lavadas e secas, devem ser
não deve sair com o uso e aplicação do guardadas até à sua utilização em local próprio e
desinfetante; fechado;
As esfregonas devem ser referenciadas por área, As franjas sujas devem manter-se acondicionadas
pela adoção do código de cores que se segue: separadamente, em saco fechado.
Cor da Área
esfregona Crítica Semi- Não Crítica
Crítica
Branca X
Amarela X
Verde/Azul X
Panos de Limpeza Devem ser preferencialmente de uso único; Todos os panos reutilizáveis devem ser lavados
caso se opte por panos reutilizáveis, estes e secos, após cada utilização,
devem ser termo-resistente; preferencialmente em máquina de lavar com
A cor dos panos deve ser indelével ou seja, ciclo de secagem;
não deve sair com o uso e aplicação de Não é aconselhável o armazenamento
desinfetante; prolongado de panos em soluções
Os panos devem ser diferenciados por zonas desinfetantes;
de limpeza pela adoção do código de cores Todos os panos sujos devem ser
que se segue: acondicionados em saco fechado antes do
seu encaminhamento para lavagem;
Sempre que se opte pela utilização de
panos reutilizáveis, estes devem ser
substituídos por zona de limpeza,
respeitando as recomendações do
Exemplo: exemplo que se segue:
Cores Zona de Limpeza Sala de Gabinete Médico Instalações
Tratamentos Sanitárias
Verde Armários, prateleiras,
computador, candeeiro, X X
secretária.
Laranja Marquesa/catre. X X
Branco Carro de
tratamentos/bancada de
trabalho ou outra superfície X X
de apoio similar.
Azul Janelas, paredes, teto,
superfícies vidradas, X X X
estores, pontos de luz.
Vermelho Urinóis e sanitas. X
Amarelo Lavatórios e duches. X X X

Material e Requisitos Recomendações


Equipamento
Máquinas de Devem ser de fácil higienização; Sempre que tenham depósitos de água deve proceder-
lavar superfícies Devem ter, preferencialmente, o regulador de se, após cada utilização, ao seu despejo, lavagem e
(ex.: pavimentos) temperatura distinto do botão de seleção do secagem;
programa; As escovas das máquinas devem ser lavadas
Devem emitir um baixo nível de ruído, quando diariamente.
em funcionamento.

53
Devem ser industriais e estar equipados com A manutenção dos filtros deve respeitar o
Aspiradores filtros e com a tiragem do ar afastada do chão; protocolo instituído pelo fabricante e os profissionais
Deverão emitir um baixo nível de ruído, quando devem estar informados do mesmo.
em funcionamento.
Deve ter duplo balde e prateleiras para
Carro de Limpeza colocação dos matérias e produtos de limpeza; Deve ser lavado com água quente e detergente.
Deve ser em material liso, lavável, resistente e
imputrescível.
Devem ser despejados na zona suja/área de despejo;
Devem ser lavados com água quente e detergente,
Baldes Devem ser em material liso, lavável, resistente e entre cada utilização, e mantidos em posição
imputrescível. invertida, para escorrer.

7.2. Os Produtos de lavagem


A lista de detergentes e desinfetantes a utilizar deve ser submetida à
aprovação da Comissão de Controlo de Infeção de cada unidade de Saúde.
Considera-se inaceitável a utilização de:
 Detergentes em pó;
 Produtos derrapantes;
 Detergentes e desinfetantes pré-diluídos ou que não se encontrem
dentro das suas embalagens;
 Produtos sem ficha de segurança;

7.3.O tratamento, a lavagem e a desinfeção de


materiais de lavagem
Deve existir em todos os serviços um local referenciado e adequado para o
tratamento e armazenamento do material usado na limpeza.
 Os materiais devem ser cuidadosamente lavados após a utilização e
armazenados secos em local próprio.
 Os panos de limpeza e as cabeças das esfregonas ou franjinhas
devem ser lavados diariamente em máquina com ciclo de desinfeção
pelo calor e preferencialmente com ciclo de secagem.

54
 As escovas das máquinas também devem ser
lavadas diariamente.
 Os baldes devem ser lavados com água quente e detergente.
 As luvas de ménage devem ser lavadas no final do trabalho.
 Os filtros dos aspiradores devem ser mudados de acordo com o
protocolo instituído pelo fabricante, devendo cada profissional estar
informado do mesmo.

7.4.O acondicionamento de produtos, materiais e


equipamentos de lavagem e higienização
O material e equipamento de limpeza e desinfeção deve estar armazenado
em compartimento próprio, com os seguintes requisitos:
 Porta de entrada com identificação;
 Chão, paredes e teto revestido em material liso, lavável, resistente e
imputrescível;
 Ventilação adequada;
 Lavatório com torneira de comando não manual, dotado de sistema
individual de secagem de mãos e doseador de sabão líquido;
 Pia para despejos;
 Bancada com cuba de lavagem e superfície que permita a colocação
de baldes invertidos;
 Suporte que permita a secagem das franjas das esfregonas em
posição invertida;
 Recipiente para resíduos acionado por comando não manual;
 Local próprio para guardar detergentes e desinfetantes devidamente
sinalizado;
 Local de armazenamento de material limpo e seco (ex: panos de
limpeza, franjas das esfregonas, entre outros);
 Local para guardar panos e franjas sujos;
 Local próprio para guardar o equipamento (ex: aspirador, cabos de
esfregonas, baldes, entre outros);
 Área suficiente para guardar o(s) carro(s) de limpeza.

55
7.5. Registos
Modelo de mapa de registo de efetivação da atividade:
Ficha de Registo
Unidade de Saúde:____________ Área/equipamento:____________
DATA HORA Assinatura Observações
Início Fim

8.O tratamento de resíduos

56
8.1. A receção, a triagem o transporte e o
acondicionamento de resíduos: normas e
procedimentos associados a cada tipo de tratamento
8.1.1. Grupo I- resíduo que não apresentam
exigências especiais no seu tratamento
Triagem:
 Resíduos de gabinetes, salas de reuniões e de convívio, instalações
sanitárias, vestiários, resíduos de serviços de apoio (bares,
cozinhas/refeitórios, oficinas e armazéns);
 Papéis de todos os tipos, incluindo toalhetes de limpeza de mãos;
 Embalagens vazias e invólucros comuns;
 Restos de alimentos, embalagens de aerossóis/sprays;
 Garrafas de água, flores, jornais, revistas, latas e embalagens de
sumos/refrigerantes.
Acondicionamento e transporte
 Os sacos não devem de ser cheios a mais de 2/3 da sua capacidade de
modo a poderem ser fechados e evitar a sua abertura.

8.1.2. Grupo II- resíduos hospitalares não perigosos


Triagem:
 Fraldas e resguardos de uso único, não contaminados;
 EPI que não contenha sangue;
 Frascos de soro não contaminados com sangue ou produtos do grupo
IV;
 Embalagens vazias de medicamentos ou de produtos de uso clínico
comum;
 Material ortopédico não contaminado com sangue;

Acondicionamento e transporte:

57
 Os sacos não devem de ser cheios a mais de 2/3 da sua
capacidade de modo a poderem ser fechados e evitar a sua abertura

8.1.3. Grupo III – resíduos hospitalares de risco


biológico
 Material de pensos e material ortopédico, que contenham sangue ou
matéria orgânica;
 EPI que contenha sangue ou matéria orgânica;
 Sacos de plástico de transporte de roupas contaminadas;
 Espátulas após utilização, DIU, luvas e material contaminado;
 Seringas;
 Restos de alimentos de doentes infetados ou suspeitos;
 Material exteriorizado aos doentes: algálias, sondas, cateteres,
drenos;
 Exsudados, vómitos, tecido humano, fluídos;
 Sistemas de administração de soro e/ou outros medicamentos, com
exceção dos do Grupo IV;
 Peças anatómicas de pequenas dimensões, material de biópsia;
 Amálgamas e extrações dentárias;
 Todos os resíduos que contenham sangue;
 Sacos/sistemas coletores de fluídos orgânicos.
Acondicionamento e transporte
 Os sacos não devem ser cheios a mais 273 da sua capacidade, de
modo a poderem ser fechados e evitar a sua abertura ou
extravasamento;

 Os sacos devem estar colocados em suportes próprios ou ser


armazenados dentro de recipientes de plástico ou metal, com tampa e
facilmente higienizáveis.

8.1.4. Grupos IV- resíduos hospitalares específicos


Triagem:

58
 Seringas quando acopladas a agulhas;
 Objetos corto-perfurantes;
 Frascos e/ou ampolas contendo pelo menos uma dose;
 Limas de endodontia;
 Brocas.
Acondicionamento e transporte
 Os sacos devem estar colocados em suportes próprios ou ser
armazenados dentro de recipientes de plástico ou metal, com tampa e
facilmente higienizáveis;
 Os sacos não devem ser cheios a mais de 2/3 da sua capacidade, de
modo a poderem ser fechados e evitar a sua abertura ou
extravasamento.

8.2. O armazenamento de resíduos: normas e


procedimentos associados a cada tipo de tratamento
CONDIÇÕES GERAIS
 Cada local de produção deve estar equipado com recipientes
destinados aos diversos tipos de resíduos hospitalares aí produzidos;
 Cada recipiente deve corresponder às características do tipo de
resíduo a receber, deve estar devidamente identificado e com a
referência da sala a que pertence;

59
 Os contentores/suportes de resíduos hospitalares
reutilizáveis, devem ser lavados, desinfetados e secos antes da sua
colocação no serviço, procedimentos que devem ser realizados em
local próprio para o efeito;
 Quando se realiza a recolha de sacos, estes devem ser previamente
fechados, com recurso a braçadeiras;
 Os resíduos hospitalares devem ser recolhidos pelo menos uma vez
por dia, ou no final de cada turno;
 Os sacos e os contentores devem ter uma reposição imediata;
 Os resíduos devem seguir um circuito próprio pré-estabelecido para
sujos, depositados nos locais estipulados de acordo com os grupos de
resíduos hospitalares e horários definidos.

CONDIÇÕES ESTRUTURAIS DO LOCAL DE ARMAZENAGEM DOS


RESÍDUOS DO GRUPO III E IV:
Localização- o compartimento destinado a armazenamento de resíduos
hospitalares deve ficar isolado, numa zona de fácil acesso ao exterior, de
forma a permitir uma adequada remoção final.
Capacidade- o compartimento deve ter, como capacidade mínima, a
correspondente a tantos contentores quantos os produzidos diariamente,
vezes os dias de intervalos entre recolhas, acrescido do espaço para o
armazenamento dos contentores vazios;
Ventilação- o compartimento deve dispor de ventilação natural ou forçada,
isto é entrada de ar fresco na parte inferior do compartimento e saída de ar
viciado.
Iluminação- o compartimento deve dispor de iluminação natural ou
artificial.

60
Energia- o compartimento deve dispor de energia elétrica para a
instalação de possíveis sistemas de pesagem eletrónica e refrigeração.
Águas residuais- o compartimento deve dispor de ponto de água e de ralo
no pavimento com ligação à rede de drenagem de águas residuais, com o
objetivo de assegurar a higienização.

9. Tarefas que em relação a esta temática se


encontram no âmbito de intervenção do/a Técnico/a
Auxiliar de Saúde
9.1. Tarefas que, sob orientação de um profissional
de saúde, tem de executar sob sua supervisão direta
O enfermeiro é responsável por:
 Identificar infeções nosocomiais;
 Investigar o tipo de infeção e o microrganismo causal;
 Participar na formação dos profissionais;
 Fazer a VE das infeções hospitalares;
 Participar na investigação de surtos;
 Desenvolver políticas de controlo de infeção e rever, e aprovar,
políticas para os cuidados dos doentes, que sejam relevantes para o
controlo de infeção;
 Assegurar o cumprimento dos regulamentos locais e nacionais;
 Fazer a ligação com a saúde pública ou outras instituições, quando
apropriado;
 Fornecer consultadoria especializada a profissionais de saúde e a
outros;
O técnico auxiliar de saúde, sobre a supervisão de um enfermeiro, deve:
 Classificar as diferentes áreas do hospital segundo as necessidades
de limpeza;
 Desenvolver políticas para a utilização das técnicas de limpeza
adequadas: procedimento, frequência, produtos a utilizar, etc.;
 Desenvolver políticas para a recolha, transporte e eliminação dos
diferentes tipos de resíduos;

61
 Assegurar que os distribuidores de sabão líquido e de
toalhetes de papel são enchidos regularmente;
 Informar o Serviço de Instalação e Equipamentos sobre qualquer
necessidade de reparação;
 Cuidar das flores ou plantas das áreas públicas;
 Controlar as infestações;

 Fornecer formação apropriada a todos os novos funcionários, e a


outros funcionários e formação específica sempre que uma nova
técnica é introduzida;
 Estabelecer métodos para a limpeza e desinfeção das camas;
 Determinar a frequência, para a lavagem de cortinas das janelas, da
cortina entre camas;
 Comunicar aos Responsáveis de Serviço, sempre que identificam a
necessidade de renovação, de mobiliário novo.

9.2. Tarefas que, sob orientação e supervisão de um


profissional de saúde, pode executar sozinho/a
De acordo com o respetivo perfil profissional, cabem ao Técnico/a auxiliar
de saúde as seguintes tarefas específicas, dentro desta temática:
 Prevenção e controlo da infeção;
 Aplicar as técnicas de higienização das mãos, de acordo com normas
e procedimentos definidos;
 Aplicar as técnicas de lavagem (manual e mecânica) e desinfeção
dos equipamentos do serviço;
 Aplicar as técnicas de lavagem (manual e mecânica) e desinfeção a
material hoteleiro, material de apoio clínico e material clínico;
 Aplicar as técnicas de lavagem higienização das instalações e
mobiliário da unidade do utente/serviço;
 Aplicar as técnicas de tratamento de resíduos: receção, identificação,
manipulação, triagem, transporte e acondicionamento;
 Aplicar as técnicas de tratamento de roupa: recolha, triagem,
transporte e acondicionamento;

62
 Aplicar as técnicas de tratamento, lavagem (manual e
mecânica) e desinfeção aos equipamentos e materiais utilizados na
lavagem e higienização das instalações/superfícies da
unidade/serviço.

C- Avaliação
Relatório de auto-avaliação

63
 Eu acho que devido à criatividade que mantive na realização
deste trabalho, mereço um 15.
 Não acho que mereça mais, porque eu não cumpri os prazos de
início, mas mesmo assim esforcei-me para o realizar em perfeito
estado e visivelmente bem estruturado.

Reflexão sobre os impactos da aprendizagem desta UFCD para o teu


futuro profissional
 Eu acho que esta aprendizagem sobre esta UDCD, vai-me ser uma
grande valia, pois eu quero seguir medica, mas caso não consiga,
continuo a ter um curso na área que eu realmente gosto! Neste caso a
Saúde;
 Caso eu consiga seguir a medicina, considero na mesma uma mais
valia, pois sei que poderei ser uma ajuda aos Técnicos Auxiliares de
Saúde sempre que os mesmos precisarem!!!!!!!

64

Você também pode gostar