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MANUAL DE SEGURANÇA
SGF/SEG
GERENTE GERAL
TRANSPETRO/TM
O presente manual é titularidade exclusiva da PETROBRAS TRANSPORTE S.A. - TRANSPETRO, para uso
interno na Companhia. Qualquer reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e
expressa autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente, através da qual
serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula
própria de Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade industrial.
MANUAL DE SEGURANÇA
SGF/SEG
INTRODUÇÃO
1. OBJETIVO
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
3. GLOSSÁRIO
4 RESPONSABILIDADE E AUTORIDADE
4.1 Comandante 1
4.2 Todos os Tripulantes 2
4.3 Imediato 3
4.4 Chefe de Máquinas 3
4.5 Segundo Oficial de Náutica 4
4.6 Documentos de Referência 4
4.7 Registros 4
6 SEGURANÇA NO TRABALHO
6.1 Equipamentos de Proteção Individual 1
6.1.1 Aquisição de EPI 2
6.1.1.1 Validade de EPI 2
6.1.2 EPIs Requeridos para cada Tarefa, Faina ou Operação 3
6.1.2.1 Manobras de Atracação e Amarração 3
6.1.2.2 Manobras de Fundeio 4
6.1.2.3 Operações de Carga, COW, Limpeza e Desgaseificação
de Tanques 4
6.1.2.4 Operações de Abastecimento 5
6.1.2.5 Serviços de Condução e Manutenção na
Praça de Máquinas 6
6.1.2.6 Operações de Máquinas (Torno, Esmeril, etc.) 7
6.1.2.7 Serviços de Corte e Solda 7
6.1.2.8 Manutenção Elétrica 8
6.1.2.9 Tratamento de Ferrugem 8
6.1.2.10 Pintura 9
6.1.2.11 Trabalhos Elevados 9
6.1.2.12 Trabalhos Fora da Borda 10
6.1.2.13 Manobras com peso 10
6.1.2.14 Manuseio de Produtos Químicos 11
7. EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
7.1 Familiarização com os Equipamentos de Segurança 2
7.2 Combate a Incêndio 3
7.2.1 Classes de Incêndio 3
7.2.2 Meios de Extinção 4
7.2.3 Agentes Extintores 4
7.2.3.1 Água 4
7.2.3.2 Espuma 5
7.2.3.2.1 LGE - Instruções para Coleta e Realização de Testes
de Campo e Laboratório 6
7.2.3.3 Dióxido de Carbono 7
7.2.3.4 Pó Químico 7
7.2.3.5 Halon 8
7.2.3.6 Agente Químico Molhado (Wet Chemical) 9
7.2.3.7 Agente Limpo 10
7.2.4 Principais Causas de Incêndio a Bordo 10
7.2.5 Equipamentos de Combate a Incêndio 11
7.2.5.1 Extintores Portáteis 12
7.2.5.2 Manta Antifogo 13
7.2.5.3 Roupa de Bombeiro 13
7.2.5.4 Máscara de Respiração Autônoma 14
7.2.5.5 Máscaras de Escape 15
7.2.5.6 Ressuscitador 15
8. SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
8.1 Organização para Resposta às Situações de Emergência 1
8.1.1 Equipes de Atendimento às Emergências 1
8.1.2 Locais de Reunião para Emergência 2
8.1.2.1 Postos de Emergência 2
8.1.2.2 Postos de Abandono 3
8.1.3 Tabela Mestra (Muster List) 4
8.2 Identificação das Situações de Emergência 5
8.3 Resposta às Situações de Emergência 5
8.3.1 Comunicação 6
8.3.1.1 Comunicação à Transpetro 6
8.3.1.2 Comunicação à Autoridade Marítima 7
8.3.1.3 Outros Interesses a Notificar 7
8.3.2 Disposições Gerais 8
8.3.2.1 Registros 8
8.3.2.2 Atendimento à Imprensa 9
8.3.3 Combate às Emergências 9
8.3.3.1 Incêndio 10
8.3.3.2 Abandono 13
8.3.3.3 Colisão/Abalroamento 16
8.3.3.4 Encalhe 19
8.3.3.5 Água Aberta 22
8.3.3.6 Homem ao Mar 24
8.3.3.7 Perda de Propulsão 26
8.3.3.8 Perda de Governo e Governo em Emergência 28
8.3.3.9 Perda de Energia 30
8.3.3.10 Explosão/Implosão 32
8.3.3.11 Resgate de Acidentados em Espaços Confinados, Casa
de Bombas e Trabalhos Elevados 34
8.3.3.12 Escape de Gás na Área de Carga ou no Terminal (GLP) 36
8.4 Exercícios de Situações de Emergência 39
8.4.1 Planejamento 39
8.4.2 Realização do Exercício 40
8.4.3 Avaliação 45
Anexo 2 – Tabelas
Anexo 3 – Formulários
Anexo 4 – Check-lists
Anexo 5 – Modelos
Apesar do título do manual, a abordagem ao tema segurança não se esgota nos assuntos aqui
enfocados, já que segurança é preocupação central de todo o Sistema de Gestão da Fronape.
Assim, por exemplo, tópicos como a segurança da navegação e das operações de carga e
descarga são tratados nos manuais de Navegação e do Navio Petroleiro, respectivamente.
A segurança a bordo deve ser entendida como sendo sustentada por três pilares: pessoas,
procedimentos e equipamentos. Em outras palavras, para que sejam atingidos níveis
satisfatórios de segurança, é necessário contar com pessoas familiarizadas, treinadas e
disciplinadas no cumprimento de procedimentos adequados, alinhados com as melhores
práticas internacionais e com equipamentos em boas condições operacionais e prontos para
uso.
O Manual de Segurança, como todo o SGF, se propõe a reforçar justamente esses pilares,
fortalecendo uma cultura de segurança, em que pessoas capacitadas, procedimentos
adequados e equipamentos confiáveis sejam os sustentáculos de uma organização com atuação
responsável e focada em garantir a segurança das pessoas, do meio ambiente, das instalações
e dos processos, objetivos indissociáveis do nosso negócio.
CA – Certificado de Aprovação
CTR – Contramestre
TM – Transporte Marítimo
VIQ - Vessel Inspection Questionnaires for Oil Tankers, Combination Carriers, Shuttle Tankers,
Chemical Tankers and Gas Tankers
4.1 COMANDANTE
Compete ao comandante:
zelar pela segurança dos tripulantes e demais pessoas a bordo, do meio ambiente, do navio
e sua carga e dos processos sob sua responsabilidade;
cumprir e fazer cumprir as instruções contidas neste manual;
cumprir normas e regulamentos nacionais e internacionais;
inspecionar todas as áreas do navio regularmente quanto à segurança, com o propósito de
identificar eventuais desvios ou deficiências;
trabalhar na conscientização da tripulação visando à prevenção de acidentes;
reforçar e promover uma efetiva cultura de segurança a bordo;
efetuar o gerenciamento de risco a bordo e incentivar a utilização das ferramentas para a
avaliação de riscos (Momento SMS, Papo SMS e APR);
incentivar a adoção de práticas seguras de trabalho;
manter a tripulação treinada e apta para atender a qualquer situação de emergência;
garantir que os equipamentos de segurança e salvatagem sejam mantidos em perfeitas
condições operacionais e que as rotinas de inspeções e testes desses equipamentos sejam
rigorosamente cumpridas;
certificar-se de que todos os tripulantes sejam familiarizados com os equipamentos de
segurança;
garantir que os incidentes, as não-conformidades e as deficiências apontadas em inspeções
de Port State Control, Flag State Control e Vetting sejam reportadas à Transpetro,
analisadas e tratadas;
Compete ao imediato:
NORMAM 13.
4.7 REGISTROS
Não aplicável.
A indústria do transporte marítimo, devido a sua própria natureza, é uma atividade com um
considerável potencial para a ocorrência de acidentes.
A análise de acidentes tem mostrado que, em muitas ocasiões, os mesmos poderiam ter sido
evitados caso houvesse sido efetuada uma avaliação prévia dos perigos associados à tarefa que
deu origem ao acidente.
Essa ferramenta, que deve ser aplicada a todas as tarefas, mesmo as mais simples, é, na
realidade, um momento de reflexão no qual a pessoa que vai realizar a tarefa deve parar
por alguns instantes e avaliar os possíveis riscos relacionados à execução da mesma.
Tal processo não traz em si nenhuma novidade, já que é muitas vezes aplicado em nosso
dia-a-dia, como, por exemplo, ao atravessarmos uma rua.
A ferramenta denominada MOMENTO SMS, cujos passos são descritos a seguir, tem
como objetivo fazer com que o ato de PARAR E PENSAR, antes de executar uma tarefa,
seja incorporado à nossa conduta, fortalecendo a cultura de segurança.
A ferramenta PAPO SMS deve ser também utilizada quando da realização de serviços
executados por terceiros. Nessas situações, a condução do PAPO SMS deve ser feita pelo
chefe da seção correspondente ou pelo oficial encarregado da supervisão do serviço, com
toda a equipe de prestadores de serviço.
O PAPO SMS deve ser conduzido no próprio local de trabalho, e, assim como o
MOMENTO SMS, não requer registro formal.
escorregões;
quedas de altura;
bater contra/ser atingido por;
contato com fonte de calor;
choque elétrico;
asfixia;
incêndio e/ou explosão;
alagamento;
vazamentos de produtos inflamáveis, agressivos e tóxicos;
paralisação do navio / atraso nas operações.
extremamente remota;
remota;
pouco provável;
provável;
frequente.
Para a determinação das classes deve ser utilizado o Anexo C – Determinação das
Classes de Incidentes e Desvios do PG-SMS-009 – Apropriação, Identificação e
Tratamento de Incidentes e Desvios.
Após o risco ter sido classificado, o passo seguinte é, utilizando a tabela abaixo, analisar
se são necessárias medidas preventivas ou de controle para que a tarefa seja executada
de forma segura.
Categoria de
Descrição do nível de controle necessário
Risco
Não há necessidade de medidas adicionais. A monitoração é necessária
Tolerável (T)
para assegurar que os controles sejam mantidos.
Medidas adicionais devem ser avaliadas com o objetivo de obter-se uma
Moderado (M) redução dos riscos e implementadas aquelas consideradas praticáveis
(região ALARP - As Low As Reasonably Practicable)
Os controles existentes são insuficientes. Métodos alternativos devem ser
Não Tolerável considerados para reduzir a probabilidade de ocorrência ou a severidade
(NT) das consequências, de forma a trazer os riscos para regiões de menor
magnitude de riscos (regiões ALARP ou tolerável).
a) Quando aplicar:
b) Quem efetua:
A Análise Preliminar de Risco deve ser conduzida pelo comandante ou chefe da seção
correspondente e deve incluir os tripulantes envolvidos na tarefa. A equipe encarregada
da análise deve ser composta por pelo menos três tripulantes. Deve ser considerada a
participação de tripulantes não-familiarizados à tarefa, já que estes podem apresentar
uma abordagem diferente para o problema.
A Análise Preliminar de Risco – APR - deve ser efetuada utilizando-se o formulário SGF-
SEG-FM-001 – Análise Preliminar de Risco, que deve ser mantido arquivado a bordo
para ser utilizado no caso de a tarefa ser repetida em outra ocasião.
Todas as medidas de controle identificadas devem ser cumpridas antes do início dos
trabalhos (Cumprimento das Medidas de Controle do formulário SGF-SEG-FM-001 –
Análise Preliminar de Risco).
desvio – qualquer ação ou condição que tem potencial para causar direta ou
indiretamente lesão a pessoas , danos ao meio ambiente ou à propriedade.
Todos os empregados ocupando função gerencial, além dos profissionais de SMS, devem
realizar Auditorias Comportamentais, participando das mesmas segundo a freqüência
estabelecida para cada função.
As auditorias a bordo devem ser conduzidas por uma equipe de, no mínimo, dois
auditores formalmente treinados nas técnicas de Auditorias Comportamentais.
É recomendado, como forma de disseminar a cultura de SMS, que, a cada auditoria, seja
convidado um tripulante para acompanhar a mesma como observador.
O objetivo da técnica é conseguir que o auditado reconheça que poderia estar trabalhando
de uma maneira mais segura e se comprometa com a adoção de práticas seguras de
trabalho.
Não se deve conviver com condições inseguras. Qualquer condição insegura deve
ser eliminada ou controlada.
Uma das ferramentas da prevenção de perdas é a análise de incidentes, que tem como
principal objetivo a identificação das causas básicas da ocorrência, para que essas causas
possam ser bloqueadas e o incidente não volte a acontecer.
Incidente (Incident): é um evento indesejável que resultou ou que poderia ter resultado
em perdas.
Acidente (Accident): é um evento indesejável que resultou em perdas, sejam elas lesões
pessoais, danos ao meio ambiente, danos à propriedade ou perdas de processo.
INCIDENTES
QUASE-ACIDENTES ACIDENTES
Como exemplo, para deixar clara a diferença entre acidente e quase-acidente, podemos citar o caso
de uma ferramenta que cai da mão de um tripulante trabalhando em local elevado. A ferramenta
cai no convés principal, a cerca de um metro de outro tripulante que realizava um trabalho de
rotina. Ninguém se feriu e também não ocorreu dano material; ou seja, não houve perda. Assim,
não ocorreu um acidente, tratando-se, na realidade, de um quase-acidente.
O que fez com que esse incidente fosse um quase-acidente, e não um acidente, foi o
acaso ou, em outras palavras, a sorte.
Quase-acidentes
600 incidentes sem danos ou lesões
De acordo com esses estudos, que são uma abordagem estatística dos incidentes, para
cada acidente com lesão grave, ocorreram 10 acidentes com lesões pessoais leves e 30
acidentes somente com perdas materiais. Para cada 30 acidentes somente com perdas
materiais, estima-se que ocorreram 600 quase-acidentes (sem perdas).
lesões leves
bloqueio de
causas básicas
ocorrências com dano à propriedade
Para ilustrar essa diferença, podemos citar como exemplo o caso de um trabalhador que
sofreu uma queda ao executar um trabalho elevado sem o uso de cinto de segurança. A
causa imediata desse incidente foi o ato inseguro praticado (não-utilização do cinto de
segurança), enquanto a causa básica poderia ter sido a inexistência de um procedimento
para trabalhos elevados, a falta de treinamento ou até mesmo a supervisão inadequada.
A técnica do M-SCAT utiliza uma tabela, que é uma forma de roteiro, para orientar na
investigação das etapas do modelo acima citado. Os passos a serem seguidos são:
avaliar a perda potencial que poderia ter ocorrido se o incidente (acidente ou quase-
acidente) não tivesse sido controlado;
identificar qual o tipo de contato, se:
lesão pessoal;
danos ao meio ambiente/propriedades ou perdas de processo.
identificar se a causa imediata foram práticas ou condições abaixo do padrão;
identificar causas básicas, que podem ser:
fatores pessoais, como fadiga, estresse, capacitação ou treinamento inadequado, etc.;
fatores de trabalho, como falta de supervisão, projeto deficiente, ferramentas
inadequadas, etc.
identificar as ações de controle necessárias, tais como:
treinamento;
procedimentos;
supervisão.
A Transpetro deve ser notificada não só para que possa prestar apoio quando necessário,
como também para estar preparada para prestar esclarecimentos sobre a ocorrência,
tanto no âmbito do sistema Petrobras, quanto no âmbito externo, incluindo a mídia.
Assim que possível, a comunicação deve ser formalizada por e-mail e, se aplicável, as
informações devem ser atualizadas, no mínimo, a cada 12 horas.
b) O próximo passo deve ser a investigação das causas básicas do incidente, usando
como guia o M-SCAT, e a proposição de ações corretivas complementares para evitar a
repetição do evento.
c) As ações corretivas complementares propostas pelo navio devem ser avaliadas pela
Getram correspondente e discutidas com o navio.
e) Quando for observada a falta de condições para cumprir qualquer um dos prazos
estabelecidos, antes que expirem, os mesmos devem ser reprogramados pelo
comandante, que deve, ainda, registrar os motivos da reprogramação.
O registro de incidentes e o seu tratamento devem ser efetuados no sistema ABS SafeNet
de acordo com o seguinte caminho:
Uma não-conformidade pode ser do tipo comum ou grave, definida conforme abaixo:
Como exemplo, vamos considerar que, em uma auditoria de ISM, o auditor constatou
que, em uma determinada viagem, o navio deixou de cumprir o procedimento de
planejamento de viagem. Diante da evidência objetiva do não-atendimento a um requisito
do Manual de Navegação, foi lavrada uma não-conformidade.
Para a investigação de causas básicas, deve ser utilizada a mesma ferramenta empregada
na análise de acidentes e quase-acidentes, ou seja, o método M-SCAT do DNV.
c) As ações corretivas complementares propostas pelo navio devem ser avaliadas pela
Getram correspondente e discutidas com o navio.
e) Quando for observada a falta de condições para cumprir qualquer um dos prazos
estabelecidos, antes que expirem, os mesmos devem ser reprogramados pelo
comandante, que deve, ainda, registrar os motivos da reprogramação.
g) A solicitação para concessão de prorrogação deve ser feita através do sistema ABS
SafeNet por meio de mensagem, com a devida justificativa.
As inspeções de Vetting, Port State Control e Flag State Control, incluindo as de emissão de
Documento de Conformidade, podem ser também pontos de identificação de desvios.
Para a investigação das causas básicas das deficiências apontadas em inspeções, deve ser
utilizado como orientação, quando aplicável, o método M-SCAT do DNV.
No sentido de disseminar uma cultura de segurança, deve ser constituída a bordo de cada navio
uma comissão presidida pelo comandante e composta por membros da oficialidade e da
guarnição. Essa comissão, denominada Comissão Marítima de Segurança – COMAR, tem como
atribuição o acompanhamento dos aspectos de segurança, preservação do meio ambiente e
saúde no trabalho.
O comandante pode convocar, para compor a COMAR, qualquer outro tripulante, caso
julgue necessário.
De acordo com o item 30.4.1.6 da NR-30, os cipeiros marítimos eleitos, titulares e suplentes,
devem participar da reunião mensal do GSSTB (COMAR) quando estiverem embarcados.
5.5.2.2 SECRETÁRIO
elaborar e manter arquivo eletrônico (ABS SafeNet) das atas das reuniões;
promover a bordo palestras e debates de caráter educativo, assim como a distribuição
de publicações e/ou recursos audiovisuais relacionados com os propósitos do grupo;
atualizar o quadro da COMAR com número de dias sem acidentes de trabalho com
afastamento;
preencher mensalmente o quadro estatístico de acidentes, conforme modelo SGF-
SEG-MD-002 – Quadro Estatístico de Acidentes, mantendo-o arquivado a bordo.
A COMAR deve se reunir mensalmente em caráter obrigatório até o dia 10 de cada mês, e
em caráter extraordinário nos seguintes casos:
A ata da reunião deve ser preparada pelo secretário e liberada pelo comandante, no
sistema ABS SafeNet, até o dia 15 de cada mês.
O registro deve ser efetuado no ABS SafeNet, de acordo com o seguinte caminho:
Para o registro dos itens da pauta do COMAR, deve ser utilizado o modelo SGF-SEG-MD-
003 - Pauta da Reunião da COMAR.
SOLAS;
Guideline on the Application of the IMO ISM Code – ICS/ISF;
Loss Control Management Leadership - DNV;
Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário – NR 30 –
Ministério do Trabalho e do Emprego;
PG-SMS-009 – Apropriação, Identificação e Tratamento de Incidentes e Desvios;
PG-SMS-021 – Auditoria Comportamental;
PG-SMS-005 – Avaliação e Gestão de Riscos;
N-2782 - Técnicas Aplicáveis à Análise de Riscos Industriais.
5.7 REGISTROS
Compete ainda ao comandante garantir que todos os tripulantes utilizem os EPIs apropriados
para a execução das tarefas de bordo.
A validade do CA, portanto, que começa a correr após a emissão do certificado pelo MTE,
serve como parâmetro para fabricantes, importadores e distribuidores negociarem aquele
equipamento certificado com o consumidor final, qual seja o empregador, que fornecerá o
EPI aos trabalhadores. A observância da validade, do CA é, portanto, necessária na
compra e venda do EPI, seja pelo fabricante/importador, seja pelo distribuidor. O
empregador, consumidor final, também deve se atentar à data de validade do CA na
aquisição de EPI para seus trabalhadores, tendo em vista que, conforme estabelecido na
NR-06, é sua obrigação fornecer somente EPI certificado pelo MTE.
Para fins de utilização do EPI, desde que adquirido dentro do prazo de validade do CA,
deverá ser observada a vida útil indicada pelo fabricante, de acordo com as características
dos materiais de composição, o uso ao qual se destina, as limitações de utilização, as
condições de armazenamento e a própria utilização. A observação desta validade de uso
é, portanto, do empregador que fornecerá o EPI aos seus trabalhadores.
Em função das características de cada tarefa, pode ainda ser requerida a avaliação da
necessidade de utilização de outros EPIs em complemento aos de uso obrigatório. Essa
avaliação deve ser efetuada pelo chefe da seção correspondente, antes que a tarefa seja
iniciada.
EPIs
Obrigatórios Avaliar Necessidade
Macacão Colete salva-vidas
Bota de segurança
Capacete
Luva de vaqueta
EPIs
Obrigatórios Avaliar Necessidade
Macacão Protetor auricular
Bota de segurança
Capacete
Luva de vaqueta
Óculos de segurança
Óculos de segurança devem ser utilizados nas manobras de fundeio para prevenir lesões
causadas por partículas de ferrugem ou sujeira que podem se desprender ao se arriar o
ferro.
EPIs
Obrigatórios Avaliar Necessidade
Macacão Protetor auricular
Bota de segurança Óculos de segurança
Capacete Proteção respiratória
Luva de vaqueta Luva de borracha
Algumas tarefas executadas nas operações de carga, tais como a coleta de amostras,
medição de ulagem, conexão de mangotes e braços de carregamento, podem expor o
tripulante à inalação de vapores de carga e ao contato direto com o produto, requerendo
precauções como a utilização de proteção respiratória, óculos de segurança e luvas de
borracha em substituição às de vaqueta.
EPIs
Obrigatórios Avaliar Necessidade
Macacão Óculos de segurança
Bota de segurança Proteção respiratória
Capacete Luva de borracha
Luva de vaqueta
Como nas operações de carga, algumas tarefas nas operações de abastecimento podem
expor o tripulante à inalação de vapores e contato direto com o produto, requerendo
precauções como a utilização de proteção respiratória, óculos de segurança e luvas
especiais em substituição às de vaqueta.
EPIs
Obrigatórios Avaliar Necessidade
Macacão Luva de vaqueta
Botas de segurança Óculos de segurança
Capacete Proteção respiratória
Protetor auricular
Nos navios sem Centro de Controle de Máquinas – CCM, devem ser utilizados os seguintes
tipos de proteção auricular:
proteção auricular tipo concha, com mais de 27dB de atenuação e arco por trás da
cabeça, durante toda a jornada;
em trabalhos nas proximidades dos MCAs e compressores em operação, deve-se
acrescentar o protetor auricular tipo plugue (dupla proteção).
Nos navios dotados de Centro de Controle de Máquinas, devem ser utilizados os seguintes
tipos de proteção auricular:
fora do CCM, utilizar protetor auricular do tipo concha com mais de 19dB de atenuação
e arco por trás da cabeça, durante toda a jornada;
em trabalhos nas proximidades dos MCAs e compressores em operação, deve-se
acrescentar o protetor auricular tipo plugue (dupla proteção).
EPIs
Obrigatórios Avaliar Necessidade
Macacão Protetor auricular
Botas de segurança
Capacete
Protetor facial
Nos serviços com máquinas operatrizes tais como torno, esmeril e furadeira de coluna, as
mangas dos macacões devem ser dobradas até a altura dos cotovelos e não devem ser
utilizadas luvas. Deve ser considerada a necessidade de utilização de protetor auricular.
EPIs
Obrigatórios Avaliar Necessidade
Macacão
Botas de segurança
Kit soldador
O kit soldador é composto de luvas de cano longo, avental e perneira em raspa de couro e
máscara tipo elmo ou óculos com proteção lateral (soldador) e touca árabe.
EPIs
Obrigatórios Avaliar Necessidade
Macacão Luvas de borracha
Botas de segurança
Capacete
EPIs
Obrigatórios Avaliar Necessidade
Macacão Proteção respiratória
Botas de segurança
Capacete
Luvas de vaqueta
Protetor auricular
Óculos de segurança
Deve ser utilizado protetor auricular tipo concha com mais de 27dB de atenuação
associado ao protetor auricular tipo plugue, caracterizando a dupla proteção. Deve ser
considerada a necessidade de utilização de proteção respiratória.
EPIs
Obrigatórios Avaliar Necessidade
Macacão Óculos de segurança
Botas de segurança Proteção respiratória
Capacete Luva de borracha
Luva de vaqueta
Na preparação das tintas e limpeza de equipamentos com solventes, deve ser utilizada
luva de borracha em substituição às de vaqueta.
EPIs
Obrigatórios Avaliar Necessidade
Macacão
Botas de segurança
Capacete
Luvas de vaqueta
Cinto de segurança
EPIs
Obrigatórios Avaliar Necessidade
Macacão
Botas de segurança
Capacete
Luvas de vaqueta
Cinto de segurança
Colete salva-vidas
EPIs
Obrigatórios Avaliar Necessidade
Macacão
Botas de segurança
Capacete
Luva de vaqueta
Devem ser entendidas como manobras com peso as tarefas de operação dos
equipamentos de manuseio de peso, tais como talhas, guindastes e paus-de-carga, e o
recebimento e movimentação de materiais.
Para essas tarefas, além da obrigatoriedade de utilização dos EPIs listados no quadro
acima, deve-se ter o cuidado de nunca ficar posicionado embaixo de pesos suspensos.
EPIs
Obrigatórios Avaliar Necessidade
Macacão Proteção respiratória
Botas de segurança
Capacete
Protetor Facial
Luvas de borracha
EPIs
Obrigatórios Avaliar Necessidade
Macacão Proteção respiratória
Botas de segurança
Capacete
Óculos ampla visão
Protetor Facial
Avental da raspa
Mangas de raspa
Luvas de vaqueta ou raspa mista
Protetor auricular
No sentido de facilitar a consulta quanto aos EPIs necessários para as atividades mais
comuns a bordo, foi preparado um cartão, denominado Régua SGF, que relaciona, para
cada tarefa, os EPIs de uso obrigatório e outros, cuja necessidade de utilização deve ser
avaliada pelo chefe da seção correspondente, antes que a tarefa seja iniciada.
Cada tripulante deve receber um exemplar dessa régua para seu uso no dia-a-dia a
bordo.
Os EPIs de uso pessoal, por questão de higiene, são aqueles de uso exclusivo do
tripulante. São eles:
macacão;
bota de segurança;
capacete;
luvas de vaqueta;
protetor auricular tipo concha;
protetor auricular tipo plugue.
Os demais EPIs são considerados de uso temporário e devem ser disponibilizados aos
tripulantes sempre que a natureza da tarefa assim o exigir.
6.1.4.2 TREINAMENTO
Esse treinamento deve incluir informações sobre os perigos à saúde existentes no local de
trabalho e as medidas adotadas para prevenir a exposição do empregado a tais perigos.
Para o controle do recebimento dos EPIs pelo tripulante, deve ser utilizado o formulário
SGF-SEG-FM-002A – Declaração de Recebimento de EPIs.
Esse formulário se destina ainda a registrar que o tripulante recebeu treinamento quanto
à correta utilização dos EPIs de uso pessoal e temporários e que tem conhecimento das
exigências estabelecidas neste Manual de Segurança quanto ao uso desses EPIs.
priorização dos trabalhos a serem executados, tendo como embasamento o parecer dos
chefes de seção;
estabelecimento das ações necessárias para o condicionamento e isolamento dos
equipamentos, sistemas e áreas;
definição dos recursos humanos e materiais necessários e suficientes para a execução do
trabalho, do condicionamento e isolamento dos equipamentos e sistemas;
definição das medidas de controle de SMS com base em análise preliminar de riscos,
realizada por equipe multidisciplinar, considerando o disposto no item 5.1.3 deste Manual,
no PG-SMS-005 – Avaliação e Gestão de Riscos, Normas Técnicas e/ou Legislação
pertinente, além da definição dos responsáveis por sua implementação;
necessidade de instalação preventiva de equipamentos de combate a emergências
(vazamento e incêndio);
restabelecimento das condições normais de operação, organização e limpeza da área, do
equipamento ou sistema, incluindo a remoção e destinação adequada dos resíduos gerados;
garantir que a tarefa foi previamente avaliada pelo chefe da seção correspondente e
formalmente autorizada pelo comandante;
assegurar que todos os envolvidos na tarefa tenham conhecimento da natureza do serviço,
dos perigos envolvidos e das precauções necessárias.
A emissão de uma PT é requerida antes da realização dos seguintes serviços, quer sejam
executados pela tripulação ou por firmas:
Compete ainda ao chefe de seção efetuar a identificação dos perigos conforme previsto na
seção 1 da PT, estabelecendo as medidas de controle necessárias. Na PT para operação de
mergulho, a seção 1 é destinada ao planejamento da operação.
O chefe da seção deve então nomear um oficial como o responsável (supervisor de entrada
para a PT de entrada em espaços confinados, de acordo com a NR-33) pela verificação e
manutenção das condições de segurança necessárias para a realização do serviço. Esse oficial
deve, em conjunto com o(s) executante(s) da tarefa, efetuar as verificações constantes da
seção 2 do formulário da PT e identificar os EPIs e demais equipamentos requeridos para o
serviço em questão.
Uma cópia da PT, já com a autorização do comandante, deve ser fornecida ao executante ou
encarregado do grupo e mantida no local de trabalho, juntamente com a APR, se houver. Para
trabalhos em espaços confinados, a PT é emitida em 3 vias e uma cópia deve ser entregue ao
vigia.
Durante a execução do serviço, caso o oficial responsável seja substituído, o seu substituto
deve inspecionar o local de trabalho, tomando conhecimento das condições e precauções de
segurança adotadas e zelar pela manutenção das mesmas durante o seu período de serviço.
haja alteração das condições de segurança que torne perigosa a continuação do serviço;
o serviço seja interrompido por período superior a duas horas (para trabalhos em espaços
confinados, a PT é válida somente para cada entrada).
tanques de carga/lastro/slop;
tanques de combustíveis/lubrificantes;
tanques de água doce;
Todos os espaços confinados existentes a bordo devem ser cadastrados e seus riscos,
avaliados.
Deve ser mantida sinalização permanente junto à entrada do espaço a ser acessado, como
definido na Lista de Avisos de Segurança.
Qualquer entrada em espaços confinados, mesmo que para uma rápida inspeção, deve ser
precedida da emissão de Permissão para Trabalho, utilizando o formulário SGF-SEG-FM-
003A – Permissão para Trabalho – Entrada em Espaço Confinado.
Caso as condições para a entrada no espaço confinado não possam ser atingidas, o
espaço deve ser novamente ventilado por um período adicional de tempo para, então, ser
efetuado um novo monitoramento da atmosfera.
c) As pessoas devem fazer uso dos EPIs apropriados. Deve ser considerada a possibilidade
de contato de substâncias tóxicas com a pele e olhos dos que entrarem no espaço
confinado.
e) Deve ser escalado um tripulante para a função de vigia, que deve permanecer
continuamente na entrada do compartimento enquanto houver pessoas em seu interior.
O vigia não deve abandonar o seu posto sem que seja rendido por um substituto bem
como realizar outras tarefas que possam comprometer o dever principal, que é o de
monitorar e proteger os trabalhadores autorizados.
O vigia deve ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal
de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou
quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas e não for substituído por outro
Vigia.
j) A PT deve ser encerrada quando as operações forem completadas, quando ocorrer uma
condição não-prevista ou quando houver pausa ou interrupção dos trabalhos.
m) O gerente do trabalhador autorizado deve dar permissão aos seus subordinados sobre
o direito de interromper as atividades e abandonar o local de trabalho, sempre que
suspeitarem da existência de risco grave e iminente para a sua segurança e saúde ou a de
terceiros.
pode haver liberação de gases ao se revolver cascalho e resíduos oleosos. Deve ser
mantida uma ventilação adequada e, sempre que possível, direcionada para a área de
trabalho. Nos serviços de remoção de resíduos, adicionalmente, devem-se tomar
precauções para evitar acidentes decorrentes da movimentação de pesos;
a formação de ferrugem em pique-tanques e demais tanques de lastro pode diminuir o
percentual de oxigênio. Deve ser dada atenção especial à ventilação desses
compartimentos;
antes da abertura de redes, serpentinas de aquecimento, válvulas e bombas de carga,
deve ser efetuado flushing com água. Ainda assim, há o risco de existir remanescente
de carga no interior do componente, o que pode ser uma fonte de gases tóxicos.
Devem ser efetuados testes adicionais da atmosfera quando da abertura desses
componentes;
os tripulantes envolvidos em serviços no interior de tanques não devem carregar as
ferramentas. As mesmas devem ser arriadas em sacos de lona para evitar que caiam,
causando lesões e centelhamento;
só devem ser utilizados equipamentos elétricos do tipo intrinsicamente seguro, a
menos que o compartimento esteja liberado para serviços a quente (free for fire);
nas inspeções no interior de tanques em que é utilizado bote inflável, devem ser
tomadas as seguintes precauções:
só devem ser utilizados botes em tanques com lastro limpo;
o serviço só deve ser efetuado com mar calmo;
os agulheiros e elipses do tanque devem ser mantidos abertos;
não deve ser movimentado lastro em tanques com pessoas no seu interior;
os envolvidos na tarefa devem utilizar coletes salva-vidas.
A execução de serviços a quente não deve ser permitida, a menos que se possam
assegurar condições adequadas durante todo o período de execução do serviço. Em
outras palavras, é preciso assegurar a total ausência de resíduos oleosos, materiais
combustíveis e/ou misturas explosivas (condição free for fire) e que essa condição se
mantenha durante toda a execução do serviço.
Só devem ser efetuados serviços a quente envolvendo solda elétrica, corte com maçarico
ou disco e esmerilhamento fora da oficina mecânica da praça de máquinas caso não exista
outro meio viável para se executar o reparo em questão. Devem ser consideradas as
alternativas de execução de serviço a frio ou a remoção da peça para a oficina mecânica.
natureza do serviço;
localização;
medidas de controle a serem adotadas.
Essa solicitação deve ser efetuada através de consulta formal ao coordenador executivo
de frota. O titular da Getram, em articulação com o comandante, a área de SMS e a
Inger, deve efetuar a análise de cada situação e definir as recomendações que devem
constar na PT a ser emitida pelo navio, antes da execução do serviço.
Tarefa
Intervenção em
Agulheiro e componentes e
Solda elétrica,
furadeira equipamentos
corte com
LOCALIZAÇÃO pneumático, elétricos em
maçarico ou
martelete zonas perigosas,
disco,
manual e alta tensão ou
esmerilhamento
pneumático equipamentos
energizados
Oficina Mecânica 3 3 8
Praça de Máquinas (fora da
1, 2, 3, 4, 5 3 2, 8
oficina mecânica)
Popa 1, 2, 3, 4 3, 4 2, 8
Convés Principal (inclui
1, 2, 3, 4 2, 3, 4 2, 3, 4, 8
paióis)
Tanques de Carga/Óleo 1, 2, 3, 4 NA NA
Tanques de
1, 2, 3, 4 2, 3, 4 NA
Lastro/Cofferdams
Casa de Bombas 1, 2, 3, 4, 5 2, 3, 4, 5 2, 3, 4, 8
Redes de Carga/Óleo 6 2, 3, 4, 7 NA
Acomodações (parte interna) 1, 2, 3, 4 3 8
Conveses da Superestrutura 1, 2, 3, 4 3, 4 2, 8
antes de ser iniciado o serviço, a condição de limpeza da área deve ser verificada
quanto à presença de resíduos oleosos e materiais inflamáveis. A atmosfera da área
deve ser monitorada, devendo ser garantidas as seguintes condições:
oxigênio - % volume – 20,8%;
gases de hidrocarbonetos - % LEL – menos de 1%.
Trabalho a frio é qualquer trabalho em que não existe a possibilidade de ser gerada uma
fonte de ignição.
Determinados trabalhos a frio podem apresentar um elevado grau de risco, tanto para o
indivíduo quanto para o meio ambiente e para a própria segurança da embarcação.
Visando reduzir esses riscos, a Transpetro requer a emissão de uma permissão para
trabalho nos seguintes tipos de trabalho a frio:
Para a emissão de uma PT para trabalho a frio, deve ser utilizado o formulário SGF-SEG-
FM-003C – Permissão para Trabalho – Serviço a Frio.
São considerados trabalhos elevados aqueles efetuados em altura superior a dois metros
do nível inferior, onde haja risco de queda.
Todo trabalhador designado para trabalhos elevados e fora de borda deve receber
capacitação e treinamento de acordo com o item 35.3 da NR-35. Os registros dos
treinamentos devem ser feitos no sistema ABS SafeNet.
Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPIs,
acessórios e sistemas de ancoragem.
As rotinas de inspeções e testes devem ser registradas no Livro de Inspeções dos EPIs
de Proteção Contra Quedas, livro tipo Bandalho que o navio deve criar.
Quando for necessário efetuar uma operação de mergulho, o navio deve encaminhar
solicitação à Getram correspondente, que deve providenciar a contratação de firma
especializada para o serviço.
Para a realização de uma operação de mergulho, deve ser emitida uma PT utilizando o
formulário SGF-SEG-FM-003E- Permissão para Trabalho – Operação de Mergulho.
A auditoria deve ser realizada, por amostragem, mensalmente. O chefe de máquinas audita as
PTs emitidas pela seção de convés e o imediato audita as PTs emitidas pela seção de máquinas.
Caso sejam identificados, durante a auditoria, desvios relacionados à PT, os executantes devem
ser abordados e orientados quanto à correção destes desvios. As auditorias devem ser
registradas no campo Quality & Compliance Documents / New Audit do Sistema ABS SafeNet,
especificando a quantidade de PTs auditadas.
Para a realização das auditorias, deve ser utilizado o check-list SGF-SEG-CL-014 – Auditoria
da Sistemática de Permissão para Trabalho.
Anualmente, as auditorias internas de ISM que já têm em seu escopo a avaliação dos processos
de PT abrangerão também o processo de verificação de auditoria da Sistemática de PT. Caso a
gestão do processo de PT não esteja sendo conduzida de acordo com o procedimento, uma
não-conformidade deve ser aplicada ao navio.
Todas as tarefas a bordo devem ser planejadas. O item 6.2 trata da implantação da sistemática
de PT e do planejamento das atividades que requerem a emissão desse documento.
Esse item trata daquelas atividades onde não são previstas a emissão de PT, visando assegurar
que antes das tarefas de bordo sejam adotadas precauções no sentido de garantir que a tarefa
seja efetuada com segurança.
Diariamente, os chefes de seção devem reunir os tripulantes e/ou terceirizados para discutir as
tarefas a serem executadas. Nessas reuniões os seguintes itens devem ser considerados:
A casa de bombas, por definição, não é considerada um espaço confinado. Contudo, em função
da grande concentração de redes de carga nesse compartimento, existe uma maior
probabilidade de ocorrência de vazamentos, podendo gerar uma atmosfera tóxica e inflamável.
Dessa forma, o ingresso nesses compartimentos requer que sejam tomados os seguintes
cuidados especiais:
não deve ser efetuado ingresso na casa de bombas sem o conhecimento do oficial de
serviço;
os exaustores devem estar em funcionamento, aspirando dos dampers inferiores;
a iluminação do compartimento deve ser mantida acesa;
O meio existente para resgate de acidentado deve ser mantido em boas condições de
operação e pronto para uso em uma emergência.
O acesso de pessoas estranhas a bordo é tratado sob dois diferentes aspectos: o da proteção
(security) e o da segurança (safety). Sob o ponto de vista da proteção, o Plano de Proteção do
Navio, documento elaborado para atendimento aos requisitos do código ISPS, estabelece os
procedimentos a serem seguidos para o acesso e a permanência de pessoas estranhas a bordo.
Neste Manual de Segurança, o acesso de pessoas estranhas é abordado sob a ótica da
segurança.
O acesso de familiares de tripulantes a bordo é também permitido, desde que autorizado pelo
comandante.
Ter o controle das pessoas que se encontram a bordo durante uma estadia no porto se faz
necessário, tanto do ponto de vista da proteção quanto da segurança.
SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
As pessoas estranhas a bordo que seguirem viagem com o navio devem receber, além
das orientações contidas no crachá de visitante, instruções adicionais quanto a:
Essas instruções devem ser ministradas, através de uma palestra efetuada pelo oficial
encarregado da segurança e salvatagem ou outro oficial designado pelo comandante, para
todos os passageiros, imediatamente após a saída do navio do porto.
O comandante deve assegurar que os serviços executados a bordo por terceiros sejam
adequadamente supervisionados, de modo que, além da qualidade do serviço, seja garantida a
segurança dos empregados de contratadas, da tripulação e do navio.
foi efetuada uma avaliação das precauções de segurança – PAPO SMS - em conjunto com
os empregados da empresa contratada;
os requisitos quanto à emissão de Permissão para Trabalho e isolamento de áreas e
equipamentos foram cumpridos;
os empregados utilizem os EPIs requeridos para a tarefa;
foram disponibilizados equipamentos portáteis de combate a incêndio na área do serviço;
foram identificados os meios de acesso e rotas de fuga;
as ferramentas disponíveis são adequadas e se encontram em boas condições de uso;
foram estabelecidos meios de comunicação entre os trabalhadores e o oficial de serviço.
a) Etiquetas de Advertência
equipamentos em manutenção;
equipamentos que não possam ser operados devido à presença de pessoas em suas
proximidades. Exemplo: antena do radar durante a pintura do mastro principal;
válvulas de bloqueio em sistemas com seção de rede retirada;
válvulas de bloqueio para compartimentos com pessoas em seu interior.
b) Fitas de isolamento
As áreas que tiveram as suas condições originais alteradas e cujo acesso possa causar
acidentes devem ser isoladas utilizando-se fitas, correntes plásticas ou outros meios para
chamar a atenção sobre os perigos no local.
remoção de estrados;
abertura de elipses e agulheiros;
retirada de corrimãos;
áreas interditadas.
Os serviços de eletricidade só devem ser efetuados por pessoal qualificado e utilizando EPIs e
ferramentas com isolamento adequado às tensões envolvidas.
Compete ao chefe de máquinas garantir que os serviços de eletricidade efetuados tanto pela
tripulação quanto por terceiros sejam executados de forma segura e que antes de se iniciar o
serviço:
A ronda deve ser efetuada no final do quarto de serviço pelo auxiliar de quarto do oficial de
náutica.
O auxiliar de quarto que sai de serviço, ao efetuar a ronda, deve portar um VHF para
comunicação com o oficial de náutica de serviço e deve, durante a inspeção das áreas
designadas, procurar identificar a existência de:
cozinha;
copas;
refeitório;
salões de estar;
salão de fumantes;
escritórios;
ginásio;
lavanderia;
escadas e corredores.
Tendo em vista que a cozinha deve ser mantida fechada após o expediente, uma chave da
mesma deve ficar de posse do oficial de náutica de serviço.
No sentido de padronizar e criar uma identidade visual, a Transpetro elaborou uma relação de
avisos de segurança, denominada Lista de Avisos de Segurança, que deve ser utilizada por
todos os navios.
Essa relação, emitida pelo Inger, estabelece os avisos de segurança com os seus respectivos
locais de instalação.
A possibilidade de ocorrência de acidentes durante uma manobra com cabos nunca deve
ser subestimada.
As áreas de manobra devem ser mantidas livres de obstáculos e isentas de graxa e óleo.
Outras precauções que devem ser tomadas no manuseio de cabos para evitar a
ocorrência de acidentes são:
segure o cabo com as duas mãos, mantendo a coluna vertebral o mais reta possível, a
fim de evitar lombalgias;
nunca tente parar com os pés um cabo que esteja correndo;
no manuseio de cabos de aço, deve-se tomar cuidado com os fios partidos dos cabos,
que podem causar ferimentos graves;
cabos molhados pesam mais e não devem ser manuseados por uma só pessoa, já que
o esforço muscular pode ocasionar lesões no tripulante;
as boças utilizadas para manusear cabos devem possuir duas pernas. Quando o cabo
tesar, mantenha distância;
nas operações em monobóias, o sanso deve ser movimentado usando-se o sarilho do
guincho. Não deve ser usada a saia;
quando for inevitável a utilização de cabos coçados, estes não devem ser submetidos a
grandes esforços e a sua utilização deve ser cercada de precauções, pois existe perigo
de ruptura do cabo e, conseqüentemente, de acidentes. Os cabos coçados devem ser
substituídos na primeira oportunidade.
Nunca corte um cabo teso com faca. É preferível deixar que o mesmo se parta.
Nas emergências, quando for necessário cortar um cabo, utilize o machado.
Para prolongar a vida útil dos cabos de amarração e reboque, alguns cuidados devem ser
tomados:
quando não estiverem em uso, os cabos devem ser protegidos por lona, a fim de
evitar a exposição ao sol, água salgada e produtos químicos. No caso de viagens
longas, os cabos solteiros devem ser guardados em paióis;
os cabos não devem ser estocados próximos a redes de vapor;
evite enforcar os cabos, pois isso aumenta a possibilidade de partirem;
castanhas, roldanas e sarilhos devem estar devidamente lubrificados;
Para o manuseio de produtos químicos a bordo devem ser utilizados os EPIs conforme
estabelecido no item 6.1.2.14. A Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico
– FISPQ (MSDS) - deve ser consultada quanto a precauções no manuseio e exigências
adicionais quanto ao uso de EPIs.
protetor facial;
avental de PVC;
luvas de borracha;
máscara com filtro para gases ácidos.
Adicionalmente, esses compartimentos devem ser dotados de meios para lavagem dos
olhos, como, por exemplo, recipientes com soro fisiológico, para uso em caso de acidente.
Se alguma situação de emergência prevista acima ocorrer, a FISPQ deve ser consultada
As embalagens dos produtos químicos não devem ser deixadas no local de trabalho. Após
utilização, as embalagens devem ser fechadas e recolhidas ao paiol de produtos químicos.
Antes de o trabalho ser iniciado, o local do serviço e as áreas ao redor e contíguas devem
ser verificados quanto à presença de materiais combustíveis que possam ser inflamados
por geração de calor ou centelhas. Devem ser previstas proteções adequadas para evitar
que centelhas e respingos de solda caiam em dutos ou aberturas de outros
compartimentos.
Devem ser mantidos equipamentos de combate a incêndio prontos para uso próximo ao
local do trabalho e, durante todo o serviço, deve ser mantido um vigia para acompanhar a
operação, pronto para combater qualquer princípio de incêndio.
o equipamento deve ser inspecionado antes do uso. Considerar que poeira e umidade
podem afetar o seu funcionamento;
o isolamento dos cabos de solda deve ser verificado quanto à sua integridade;
os cabos de solda devem ser mantidos estendidos, suspensos e protegidos. Evite o seu
contato com cantos vivos, água, substâncias oleosas ou corrosivas e mangueiras de
oxigênio e acetileno;
evite utilizar cabos de solda com um comprimento maior do que o necessário, pois
estes irão requerer maior voltagem de trabalho;
o cabo-terra deve ser fixado o mais próximo possível do local da soldagem;
antes de ligar a máquina de solda, verifique se o marcador de amperagem está
zerado. Só então ligue a máquina e eleve a amperagem para o nível desejado;
ao término do serviço, a amperagem da máquina deve ser zerada antes que a mesma
seja desligada.
O compartimento das baterias pode conter uma mistura de gases inflamáveis liberados no
processo de carregamento das baterias, razão pela qual os componentes elétricos
instalados nesse compartimento são à prova de explosão.
Deve ser mantido no compartimento das baterias um kit composto dos seguintes EPIs:
protetor facial;
avental de PVC;
luva de borracha;
máscara com filtro para gases ácidos.
Os tripulantes da seção de câmara devem utilizar botas de segurança, que, além de evitar
escorregões devido ao solado antiderrapante, protegem de queimaduras no caso de
derramamento de líquidos quentes e lesões no caso de queda de objetos pontiagudos. A
utilização de avental de PVC deve ser considerada, principalmente em condições de mau
tempo, nas quais o balanço do navio pode provocar derramamento de líquidos quentes.
Ao utilizar facas e outros utensílios cortantes, deve ser utilizada luva de malha de aço
para corte de alimentos.
A utilização de água para baldear a cozinha pode ser perigosa. Todos os equipamentos
elétricos devem ser desalimentados antes de se iniciar a baldeação para evitar o perigo de
choque elétrico.
O piso da lavanderia deve ser mantido limpo e seco. O ferro elétrico deve ser mantido
fora da tomada quando não estiver em uso.
Por mais segura que seja uma operação de movimentação de materiais, existe sempre a
possibilidade de ocorrer alguma falha.
Antes de cada movimentação de material, deve ser analisada e planejada a operação a ser
executada, observando a área em que o equipamento e seus acessórios vão ser
movimentados.
Todas as limitações de velocidade, peso, altura e outras estabelecidas dentro de cada área
de trabalho devem ser rigorosamente obedecidas.
Não acionar os controles do equipamento usando luvas que possam estar contaminadas
com óleo ou graxa.
Uma vez içada a carga, o ciclo deve ser completado e a carga colocada no local de
destino, não a deixando suspensa.
As lingas devem ser escolhidas de acordo com a natureza dos serviços e carga a ser
transportada. As principais lingas e suas respectivas aplicações são:
Cabos de aço – aplicam-se para cargas com superfície lisa, oleosa ou escorregadia,
assim como laços de cabos de aço com ganchos para aplicação nos olhais da carga.
As lingas devem ser mantidas limpas e suas etiquetas de capacidade de carga, legíveis.
Como medida de proteção coletiva, o acesso de pessoas inadvertidas aos locais onde
existam serviços com movimentação de materiais deve ser evitado pelo uso de obstáculos
e sinalização de risco decorrente da movimentação da carga.
As ferramentas manuais, tais como chaves de fenda, alicates, chaves fixas etc., devem
ser utilizadas somente para os propósitos para os quais foram fabricadas.
g) As possíveis fontes de contaminação do espaço confinado, tais como carga ou seus vapores
e gás inerte, devem ser fechadas ou isoladas durante a permanência de pessoas no interior do
espaço confinado. Devem ser utilizadas etiquetas de advertência conforme previsto no item 6.6
deste manual.
h) Todas as manobras de carga ou lastro devem ser suspensas durante a entrada de pessoas
em qualquer espaço confinado situado na área de carga.
a) Etiquetas de Advertência
equipamentos em manutenção;
equipamentos que não possam ser operados devido à presença de pessoas em suas
proximidades. Exemplo: antena do radar durante a pintura do mastro principal;
válvulas de bloqueio em sistemas com seção de rede retirada;
válvulas de bloqueio para compartimentos com pessoas em seu interior.
As áreas que tiveram as suas condições originais alteradas e cujo acesso possa causar
acidentes devem ser isoladas utilizando-se fitas, correntes plásticas ou outros meios para
chamar a atenção sobre os perigos no local.
remoção de estrados;
abertura de elipses e agulheiros;
retirada de corrimãos;
áreas interditadas.
Compete ao chefe de máquinas garantir que os serviços de eletricidade efetuados tanto pela
tripulação quanto por terceiros sejam executados de forma segura e que antes de se iniciar o
serviço:
Quando o dispositivo/equipamento não possuir condições de ser bloqueado (trava) deve ser
aplicado lacre e etiqueta de advertência.
Quando a Matriz de Isolamento citar drenos e/ou suspiros a serem abertos para desobstrução
e/ou remoção de energias residuais, deve ser previsto o seu fechamento antes do retorno à
operação.
Os seguintes tipos de energia podem ser encontrados: cinética, elétrica, hidráulica, pneumática,
potencial, química, térmica, nuclear e residual.
Visando a retirada de equipamento ou sistema de operação, deve-se remover, por vias normais
de operação, todo o produto e/ou energia contida ou circulante no equipamento ou sistema que
deve receber a intervenção.
As chaves dos dispositivos de bloqueio devem ficar com o Responsável pela Matriz (Chefe de
Máquinas ou Imediato).
Após o serviço concluído o Chefe de Máquinas ou o Imediato devem fazer a verificação final,
conforme a seguir:
Os dispositivos de isolamento (raquete ou flange cego) devem ser removidos conforme definido
no planejamento da intervenção.
O papel do Oficial de Segurança não deve ser confundido com o papel do Oficial Encarregado da
Segurança e Salvatagem, embora ele possa identificar deficiências nos equipamentos de
Segurança e Salvatagem e reportá-las.
As atividades desenvolvidas pelo Oficial de Segurança devem ser analisadas nas reuniões
mensais da Comar.
O resultado das atividades desenvolvidas pelo Oficial de Segurança deve ser registrado no
Sistema ABS SafeNet, no campo Quality & Compliance – Inspection/Meeting/Drill.
Os Tripulantes SMS terão como atribuições principais a identificação e o registro de desvios que
podem ocorrer por:
Deverão ser escolhidos como Tripulantes SMS aqueles que venham demonstrando ao longo de
seus embarques atitudes comprometidas com os requisitos de SMS e com a Cultura de
Segurança da Transpetro.
O Presidente da COMAR deve orientar os Tripulantes SMS escolhidos sobre suas atribuições
conforme a seguir:
O Tripulante SMS deverá possuir em seu poder uma pequena caderneta para que, em todo o
tempo, possa fazer os registros necessários. Tais registros serão apresentados e discutidos na
próxima reunião da COMAR, com a finalidade de subsidiar a Comissão nas tomadas de
decisões, visando à melhoria da percepção de riscos da tripulação.
A nomeação dos Tripulantes SMS deve ser registrada na letra “B” da ata da COMAR.
6.14 REGISTROS
Nesse sentido, o comandante deve assegurar que as manutenções previstas no sistema ABS
SafeNet e as rotinas de inspeções e testes estabelecidas no Livro de Inspeções e Testes dos
Equipamentos de Segurança sejam cumpridas e que os respectivos registros sejam
mantidos atualizados.
A familiarização dos tripulantes que embarcam deve ser conduzida pelo oficial encarregado da
segurança ou outro oficial designado pelo comandante.
O fogo é o resultado de uma reação química denominada combustão que, para ocorrer, requer
a combinação de três elementos, conforme representado no triângulo abaixo:
A remoção de um dos lados do triângulo é suficiente para extinguir um incêndio. Existe ainda a
possibilidade de atuar diretamente na reação química, utilizando os chamados inibidores de
chama. Por essa razão, a denominação “quadrilátero do fogo” é também encontrada na
literatura especializada.
7.2.3.1 ÁGUA
Devido à sua abundância, é o agente extintor de uso mais comum. Age principalmente
por resfriamento, devido à sua grande capacidade de absorção de calor. Atua também por
abafamento, dependendo da forma como é aplicada: jato ou neblina.
O jato sólido é o meio mais adequado para a extinção de incêndios classe A, onde o
material combustível deve ser bem encharcado para garantir a extinção e impedir o
ressurgimento do fogo.
Devido ao risco de choque elétrico, a água, especialmente a água salgada, que é boa
condutora de eletricidade, não deve ser utilizada na extinção de incêndios classe C.
Principais precauções:
7.2.3.2 ESPUMA
É um agente extintor específico para incêndios classe B. Age por abafamento e possui
uma ação secundária de resfriamento.
Não deve ser utilizada espuma para o combate de incêndios em equipamentos elétricos
(Classe C).
Nos sistemas fixos de combate a incêndio por espuma, esta é gerada através da mistura
de um líquido gerador de espuma com água e ar. O líquido gerador de espuma se
deteriora com o tempo, deterioração esta que pode ser acelerada em função das
condições de estocagem. A estocagem em locais de temperatura elevada e em contato
com o ar pode levar à formação de borra e sedimentos, afetando a capacidade de geração
de espuma e, conseqüentemente, de extinção do produto. Por essa razão, o líquido
gerador de espuma deve ser testado periodicamente através da remessa de amostra para
análise em laboratório especializado.
As amostras deverão ser coletadas e enviadas para a sede três meses antes do
vencimento do certificado, cuja validade é de doze meses, exceto para produtos novos
que possuem validade de três anos, a partir da data do fornecimento.
Utilizar um recipiente plástico com capacidade de dois a três litros, limpo e com tampa,
capaz de manter-se íntegro ao ser transportado;
Coletar 2 litros necessários de amostra;
Etiquetar o recipiente, identificando com o nome do navio, número do tanque, data da
coleta, número da GTRM e tipo do produto.
Enviar amostra coletada junto com a GTRM para as instalações da Transpetro no
endereço do Caju;
Notificar a Gerência Setorial de Sede e TM sobre o recolhimento, informando número
da GTRM, data e porto de expedição.
Não é necessário enviar amostra de tanque Premix, bem como de tanque ou bombona
com capacidade inferior a 100 litros. Em ambos os casos, o conteúdo estocado deverá ser
substituído a cada três anos.
O CO2 é um gás mais pesado que o ar, sem cor, sem cheiro e não-condutor de
eletricidade. O CO2 age por abafamento, tendo, secundariamente, ação de resfriamento.
O CO2, por ser um gás não-condutor de eletricidade, é o agente extintor mais indicado
para incêndios classe C. É também apropriado para combater incêndios classes A e B,
sendo mais eficaz quando utilizado em compartimentos que não permitam que o mesmo
se disperse. Pode não ser efetivo quando utilizado em áreas abertas, principalmente se
sujeitas a vento.
Principais precauções:
é asfixiante;
pode causar queimaduras por frio na pele devido à expansão do gás;
pode gerar eletricidade estática. Não deve ser utilizado em ambientes com atmosfera
explosiva que não esteja pegando fogo.
7.2.3.4 PÓ QUÍMICO
Principais precauções:
7.2.3.5 HALON
Os sistemas fixos de combate a incêndio por agente químico molhado são instalados na
cozinha dos navios, para proteção das fritadeiras. A supressão do incêndio ocorre através
de um spray líquido que atinge uma superfície com incêndio, reagindo rapidamente com
óleo e gorduras, para a produção de espuma que resfria a superfície, evitando a reignição
do fogo.
Principais precauções:
fumar no beliche;
esquecer equipamentos elétricos ligados;
ligar diversos equipamentos elétricos em uma só tomada, gerando sobrecarga;
esquecer de recolher após o uso materiais de limpeza voláteis, solventes, aerossóis,
tintas e outros produtos inflamáveis;
acúmulo de lixo.
água;
espuma;
CO2;
pó químico.
Deve ser utilizado o extintor adequado para cada classe de incêndio, conforme a tabela
abaixo:
UTILIZAR EM PRINCIPAIS
TIPO MEIO DE EXTINÇÃO
INCÊNDIO PRECAUÇÕES
ÁGUA Classe A Resfriamento - não use nas proximidades
de equipamentos elétricos;
- pode espalhar incêndios
quando aplicada em líquidos
inflamáveis.
ESPUMA Classe B Abafamento - não deve ser utilizada em
Resfriamento incêndios Classe C;
- produz irritação na pele e
principalmente nos olhos.
CO2 Classe C Abafamento - é asfixiante;
Classe A Resfriamento - pode causar queimaduras
Classe B devido à expansão do gás.
PÓ QUÍMICO Classe ABC Resfriamento/Quebra - evite inalação do pó.
Classe B da Reação Química
Classe C /Abafamento
Quebra da Reação
Química
Abafamento
machadinha;
lanterna;
cinto de segurança;
cabo-guia à prova de fogo;
máscara de respiração autônoma;
08 VHFs intrinsecamente seguros (Ex-i) – duas unidades para cada equipe de combate
à emergência. Esses aparelhos são exclusivos e devem ser armazenados em conjunto
com os equipamentos de bombeiro. Eles devem estar disponíveis para uso imediato
em caso de operações de combate a incêndio, ou seja, totalmente carregados e não
devem ser utilizados para outros fins.
7.2.5.6 RESSUSCITADOR
Esse equipamento é utilizado para prestar primeiros socorros, suprindo oxigênio medicinal
para o restabelecimento da função respiratória de vítimas.
As caixas de incêndio e espuma devem ser numeradas para facilitar o controle e devem
conter os seguintes equipamentos:
mangueira;
esguicho ou aplicador;
chave ajustável.
As mangueiras das caixas de incêndio e espuma não devem ser utilizadas para
outros fins, tais como recebimento de água, baldeação etc.
junta;
quatro parafusos 16mm X 50mm rosca total, com porcas;
oito arruelas.
Todo alarme de incêndio deve ser considerado um alarme real. O local alarmado
deve ser obrigatoriamente verificado.
Sempre que uma zona do sistema de detecção de incêndio for isolada por algum
problema, um registro com a zona isolada deve ser feito no Livro de Ordens do
Comandante e no Livro de Ordens do Chefe de Máquinas, para conhecimento dos
principais de bordo. Até o problema ser solucionado, os locais isolados devem fazer parte
de rondas regulares durante as 24 horas do dia.
Os navios petroleiros são dotados de sistema fixo de detecção de gás na casa de bombas
e na área de carga (tanques de lastro e espaços vazios).
Esses sistemas são projetados para identificar e alertar quanto a possíveis vazamentos de
gases de hidrocarbonetos.
Todo alarme de presença de gás deve ser considerado um alarme real. O local
alarmado deve ser obrigatoriamente verificado.
Os dampers e flaps são instalados nos dutos de ventilação e entradas e saídas de ar para
que, no evento de um incêndio, o compartimento possa ser isolado, impedindo a entrada
de ar.
O Plano de Segurança de cada navio indica a localização dos dampers e flaps de incêndio.
O sistema fixo de CO2 é projetado para combater, por abafamento, incêndios de grandes
proporções em compartimentos como a praça de máquinas e a casa de bombas.
Antes do disparo do sistema fixo de CO2, devem ser tomadas as seguintes precauções:
O sistema fixo de CO2 só deve ser disparado por ordem do comandante ou seu
substituto.
Na Transpetro, o sistema fixo de combate a incêndio por Halon é instalado nos navios
gaseiros, atendendo aos compartimentos dos compressores de carga e dos motores
elétricos. O Halon combate o incêndio atuando diretamente na reação química de
combustão e, de forma secundária, por abafamento.
Devem ser afixadas próximo aos locais de disparo do sistema de Halon instruções para o
acionamento do sistema.
O sistema fixo de Halon só deve ser disparado por ordem do comandante ou seu
substituto.
O sistema fixo de espuma é projetado para o combate a incêndio por abafamento na área
de carga de navios petroleiros.
Devem ser afixadas instruções para a operação do sistema nos locais de acionamento do
mesmo.
O sistema fixo de espuma de alta expansão é projetado para o combate a incêndio por
abafamento na praça de máquinas dos navios.
O sistema fixo de espuma de alta expansão só deve ser disparado por ordem do
comandante ou seu substituto.
O sistema fixo de Novec 1230 (agente limpo) é instalado nos navios gaseiros para
combate a incêndio no CCM e MCC, extingue o incêndio através do efeito de resfriamento.
A grande vantagem sobre o Halon é que não agride a camada de ozônio.
Devem ser afixadas próximo aos locais de disparo do sistema de NOVEC 1230 instruções
para acionamento do sistema.
Da mesma forma que com o sistema fixo de CO2, antes do disparo do sistema fixo de
Novec 1230, devem ser tomadas as seguintes precauções:
O sistema fixo de NOVEC 1230 só deve ser disparado por ordem do comandante
ou seu substituto.
O sistema fixo por neblina (water mist) é um meio de combate a incêndio que utiliza água
atomizada (névoa). As gotas d’água possuem diâmetro menor que 1000µm e são
aspergidas por meio de bicos específicos sobre a área a ser combatido o incêndio.
O sistema fixo de combate a incêndio por neblina só deve ser disparado por
ordem do comandante ou seu substituto.
O sistema fixo sprinkler consiste de uma rede de bicos distribuídos e interligados por
tubulações, protegendo uma área específica do navio. O objetivo é extinguir um incêndio
pela descarga de água diretamente sobre a área afetada.
Devem ser afixadas próximo aos locais de disparo do sistema de combate a incêndio para
fritadeira as instruções para acionamento manual do sistema.
Antes do disparo do sistema fixo de combate a incêndio da coifa, devem ser tomadas as
seguintes precauções:
O sistema fixo de combate a incêndio da coifa só deve ser disparado por ordem
do comandante ou seu substituto.
O abandono deve ser feito de forma ordenada e somente quando for dada a ordem
verbal pelo comandante.
Para que a faina de abandono seja realizada com sucesso e, no sentido de garantir a
sobrevivência no mar, os equipamentos de salvatagem devem ser mantidos prontos para uso e
todos a bordo devem saber o que fazer nessa situação, bem como os perigos a enfrentar.
Os Manuais SOLAS disponíveis nos salões de estar, refeitório ou em cada camarote dos
membros da tripulação, abordam com maior profundidade o assunto “sobrevivência no mar”.
Esses manuais devem ser obrigatoriamente lidos por todos os tripulantes.
É ainda dever de todo tripulante participar ativamente dos exercícios de abandono e das demais
situações de emergência, bem como estar familiarizado com os equipamentos de salvatagem
instalados no navio.
caso haja tempo hábil, vista roupas aquecidas, mesmo nos trópicos;
vista corretamente o colete salva-vidas;
antes ou imediatamente após o embarque na embarcação salva-vidas, todos devem tomar
remédio contra enjôo com a finalidade de evitar vômito, que implica perda de líquido;
A tabela de sinais de salvamento, que deve estar afixada no passadiço e disponível nas
baleeiras, indica os sinais visuais a serem utilizados nas situações de socorro e
salvamento.
Como ninguém pode prever a ocorrência de uma situação de emergência que leve à
decisão de abandonar o navio ou a necessidade de se resgatarem náufragos, as baleeiras,
balsas salva-vidas e botes de resgate devem ser mantidos sempre prontos para uso e a
tripulação treinada na utilização dessas embarcações.
equipamento lança-retinidas;
alarme geral;
sistema de difusão sonora;
VHFs portáteis do sistema GMDSS;
Transponder radar (SART);
EPIRB
Nos aparelhos que utilizam pêra (bomba manual) como regra prática para coleta
da amostra do gás, devem-se dar três bombadas para cada metro linear de
mangueira.
7.4.1.2 TANKSCOPE
Nos navios gaseiros, o tankscope também é utilizado nas operações de troca de produto
para monitorar a concentração do próprio produto à medida que o tanque vai sendo
inertizado.
7.4.1.3 OXÍMETRO
Além dos gases de hidrocarbonetos, outros gases tóxicos podem se encontrar presentes
nas cargas transportadas. Para medir a concentração desses gases, o aparelho
comumente utilizado é do tipo tubo com indicador químico, cujo fabricante mais usado é o
Dragger.
Esse aparelho é dotado de uma bomba manual na qual é instalado um tubo graduado de
vidro. O conteúdo do tubo reage com a atmosfera que está sendo monitorada, indicando,
através da mudança de cor, a concentração do gás tóxico nessa atmosfera.
Os tubos Dragger são específicos para cada gás tóxico. Deve ser observado que, para
alguns gases, os tubos são específicos para medir faixas determinadas de concentração
desse gás.
Outro ponto que merece atenção é que os tubos Dragger possuem prazo de validade.
Todos os navios da Transpetro são dotados também de minidetectores multigás (O2, H2S,
CO e LEL) de monitoramento contínuo. Esses equipamentos devem ser portados pelos
tripulantes que acessarem espaços confinados, em cumprimento aos requisitos da NR-33,
e nas operações com petróleo com alto teor de H2S.
A fim de garantir que os equipamentos portáteis de medição estejam sempre prontos para
uso, os mesmos devem ser mantidos devidamente calibrados.
PERIODICIDADE/
ANTES DO USO VERIFICAÇÃO MENSAL
EQUIPAMENTO
Equipamento Portátil
Multigás para Ver instruções do Verificar a calibração utilizando gás
Medição à Distância fabricante padrão específico para o aparelho
(LEL, O 2, H 2S, CO)
Ver instruções do Verificar a calibração utilizando gás
Tankscope
fabricante padrão específico para o aparelho
Minidetector de H 2S /
Ver instruções do Verificar a calibração utilizando gás
Multigás (O 2, H2S,
fabricante padrão específico para o aparelho
CO, LEL)
Verificar prazo de
Tubos Dragger _______________
validade
Caso, nas verificações de calibração, não se obtenha a leitura correta ao se utilizar o gás
padrão, o equipamento deve ser enviado para calibração em laboratório acreditado pelo
INMETRO.
Os registros dos testes mensais devem ser efetuados na parte III do Livro de Inspeções
e Testes dos Equipamentos de Segurança.
EQUIPAMENTO
PORTÁTIL MULTIGÁS
PARA MEDIÇÃO À 03 03 03 03 03
DISTÂNCIA (LEL, O 2,
H2S, CO)
TANKSCOPE 03 — 03 — 03
MINIDETECTOR H2S /
MULTIGÁS (LEL, O 2, 04 04 04 04 04
H2S, CO)
BOMBA MANUAL 01 01 01 01 01
DRAGGER
TUBO DRAGGER
BENZENO FAIXA — — 01 01 01
0,5-10 PPM (caixa)
TUBO DRAGGER
MERCAPTAN FAIXA 01 01 — — 01
0,5-5 PPM(caixa)
TUBO DRAGGER
H2S FAIXA 01 01 — — —
0-200 PPM (caixa)
TUBO DRAGGER
H2S FAIXA 01 01 — — —
100-2.000 PPM
(caixa)
Obs.: Para os navios que dotam tankscope, esse equipamento deve fazer parte do
equipamento portátil multigás para medição à distância.
Só devem ser utilizados a bordo VHFs portáteis do tipo intrinsecamente seguros (Ex-i). Os
VHFs devem ser utilizados sempre com a capa e alça tiracolo (bandoleira), que, além de
proteger o equipamento, evitam a geração de centelha em caso de queda acidental.
A substituição das baterias dos VHFs não deve ser efetuada em zona perigosa.
DOTAÇÃO
VHFs portáteis 8 unidades
Carregador com bateria sobressalente 8 unidades
comandante;
chefe de máquinas;
imediato;
oficiais de náutica;
Centro de Controle de Máquinas;
contramestre;
bombeadores;
marinheiros de convés.
A substituição das pilhas das lanternas não deve ser efetuada em zonas perigosas. Deve-
se ter o cuidado de não alterar as características dessas lanternas quando da substituição
de pilhas e lâmpadas, de modo que o grau de proteção original seja mantido.
DOTAÇÃO
Lanterna Ex-ib 11 unidades
Lanterna Ex-ia 3 unidades
Lanterna Ex-ib:
OBS: a lanterna Ex-ia deve ser utilizada em ambientes com gás constante, onde é necessária a
utilização de máscara de respiração autônoma (SCBA). Essas lanternas devem ser mantidas
junto às roupas de bombeiro.
Para o cumprimento das rotinas de inspeções e testes dos equipamentos de combate a incêndio
e de salvatagem, o segundo oficial de náutica encarregado da segurança e salvatagem deve ser
auxiliado pelos segundos oficiais de máquinas, contramestre, bombeador e qualquer outro
tripulante designado pelo comandante.
Qualquer deficiência identificada durante as inspeções e testes que não possa ser
prontamente sanada deve ser levada ao conhecimento do comandante, para que
sejam tomadas providências para restabelecer as condições normais de operação.
SOLAS;
NORMAM 1;
Manual de Combate a Incêndio – CBINC – Marinha do Brasil;
Fire Equipment & Fire Fighting Techniques – IC Brindle & Co.;
Code of Safe Working Practices for Merchant Seaman – MCA;
Fire Safety Systems Code – FSS;
Life Saving Appliance Code – LSA;
ISGOTT;
NR-33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados – MTE;
Resolução IMO 380(94) – Requirement for Atmosphere Testing Instrument for
Enclosed Spaces;
Resolução IMO 338(91);
OCIMF – VIQ.
7.7 REGISTROS
Para lidar de maneira eficaz com situações de emergência, de modo a controlá-las e minimizar
suas conseqüências, é fundamental que a resposta seja rápida e com ações adequadas e
coordenadas.
Para atingir esse objetivo, neste capítulo do Manual de Segurança são apresentados os
procedimentos para combate às situações de emergência e são estabelecidos os exercícios e
treinamentos que devem ser realizados com a finalidade de manter a tripulação
permanentemente treinada para responder a uma situação de emergência.
Toda vez que o alarme geral para postos de emergência for acionado, a tripulação deve se
dividir nas seguintes equipes:
Equipe do Passadiço;
Equipe da Praça de Máquinas;
Equipe de Ação;
Equipe de Apoio e Primeiros Socorros.
Equipe do Passadiço – é liderada pelo comandante, que coordena toda e qualquer faina
de atendimento à situação de emergência.
Equipe de Apoio e Primeiros Socorros – é liderada pelo 2º oficial de náutica “A” e tem
as funções de apoiar a equipe de ação, em termos de pessoal e equipamentos, prestar
primeiros socorros e transportar feridos.
Ao soar o alarme geral para postos de emergência, cada equipe deve se dirigir ao seu
respectivo local de reunião, conforme segue:
O Ponto de Reunião para Emergência deve ser identificado no convés da seguinte forma:
A Tabela Mestra especifica também os sinais de apito e/ou campainha utilizados no caso
de alarme geral para postos de emergência e de alarme de postos de abandono.
passadiço;
CCM (oficina mecânica nos navios da classe 35);
em cada corredor interno da superestrutura.
Incêndio;
Abandono;
Poluição;
Colisão/Abalroamento;
Encalhe;
Água Aberta;
Homem ao Mar;
Perda de Propulsão;
Perda de Governo e Governo em Emergência;
Perda de Energia;
Explosão/Implosão;
Resgate de Pessoa Acidentada em Espaços Confinados, Casa de Bombas e Trabalhos
Elevados;
Escape de Gás na Área de Carga ou Terminal (GLP).
Este item abrange as emergências identificadas no item 8.2 com exceção das ocorrências de
poluição, as quais são tratadas pelo SOPEP/SMPEP de cada navio.
8.3.1 COMUNICAÇÃO
Toda vez que ocorrer uma situação de emergência a bordo, o fato deve ser comunicado à
Transpetro e demais partes interessadas.
A estrutura de terra deve ser informada o mais rápido possível, para que seja colocada
em estado de alerta e pronta para agir em caso de necessidade.
O comandante deve ter em mente que a sua avaliação inicial será utilizada como base
para a adoção de medidas de combate à emergência pela estrutura de terra. Uma
avaliação imprecisa, que não represente a real extensão do acidente, pode retardar o
acionamento do plano de contingência da estrutura de terra, resultando em prejuízo para
o combate à emergência.
a. No Porto
b. Em Viagem
Nos casos de poluição ou em qualquer situação de emergência com potencial para evoluir
para poluição, o estado costeiro mais próximo deve ser obrigatoriamente informado, de
acordo com os procedimentos previstos no SOPEP/SMPEP.
Nos casos que requeiram assistência e salvamento, o estado costeiro mais próximo ou os
Centros de Coordenação de Busca e Salvamento devem ser acionados pelo sistema
GMDSS, utilizando o meio de comunicação mais apropriado.
a. Terminal
Caso a situação de emergência ocorra com o navio atracado, o terminal deve ser
imediatamente informado, de acordo com os procedimentos definidos na carta inicial.
b. Agente
c. Afretador
O afretador deve ser comunicado sempre que o incidente causar atraso na programação
ou danos à carga.
lesão pessoal;
danos ao meio ambiente;
danos à carga;
envolvimento de terceiros.
8.3.2.1 REGISTROS
Devem ser registrados dados como hora da ocorrência, posição do navio, condições de
tempo e mar, bem como todas as ações significativas empreendidas pela tripulação e o
desenvolvimento da situação.
Os registros devem se limitar aos fatos ocorridos e ações empreendidas, não devendo
refletir opiniões pessoais nem incluir comentários sobre responsabilidades.
Caso o navio seja contactado por órgãos da imprensa, o comandante deve orientá-los a
procurar a Assessoria de Comunicação da Transpetro.
Deve-se ter em mente que, em uma situação real, mais de uma das situações de
emergência identificadas pode ocorrer simultaneamente, bem como, uma situação em
curso pode evoluir para outra de maior gravidade. O comandante deve sempre priorizar
ações no sentido de preservar a vida humana.
Uma vez detectado um princípio de incêndio, a velocidade com que o mesmo é combatido
é da maior importância para que o mesmo não assuma maiores proporções.
O comandante só deve decidir pelo abandono do navio quando não restar nenhuma outra
alternativa para proteger as vidas humanas.
O comandante deve ter em mente que, na maioria das vezes, o próprio navio é a
melhor embarcação salva-vidas.
Comandante
Equipe de Ação
Equipe de Ação
Caso ocorra o evento de homem ao mar, devem ser tomadas as seguintes providências:
estabelecer contato com o líder da equipe de ação e requisitar tripulantes para vigia
adicional no passadiço;
içar a bandeira “O” do CIS;
notificar as embarcações nas proximidades;
informar a situação à Transpetro;
avaliar a necessidade de arriar o bote de resgate;
efetuar os registros do incidente;
caso a pessoa seja resgatada com problemas de saúde que não possam ser tratados a
bordo, solicitar auxílio externo;
caso a pessoa não seja localizada, emitir mensagem de urgência pelo GMDSS e iniciar
procedimentos de busca de acordo com o IAMSAR.
Equipe de Ação
Equipe de Ação
ao ser informado pelo oficial de náutica, deve se dirigir à máquina do leme e passar o
comando do leme para emergência/local;
aguardar a presença do chefe de máquinas para se dirigir ao seu ponto de reunião.
Equipe de Ação
Equipe de Ação
Equipe de Ação
Esse plano de ação deve também ser aplicado para o resgate de acidentados na casa de
bombas, onde aplicável.
Vigia
Em trabalhos elevados, o vigia deve informar imediatamente o oficial de serviço para que
seja acionada a equipe de resgate.
Ao chegar ao passadiço, deve se inteirar da situação com o oficial de serviço e dar início
às seguintes ações:
Equipe de Ação
Uma vez detectado um vazamento de gás, a velocidade com que o mesmo é contido é da
maior importância para que não assuma maiores proporções.
8.4.1 PLANEJAMENTO
Da mesma forma, para os exercícios de poluição, devem ser cobertos todos os cenários
previstos no SOPEP/SMPEP.
existência de feridos;
líderes de equipes incapacitados de exercer suas funções.
A fim de não causar estresse nos tripulantes e passageiros, constitui boa prática anunciar
antecipadamente o horário de realização de um exercício, sem contudo informar qual o
tipo de emergência que será simulado.
Para a condução dos exercícios, foram desenvolvidos os check-lists abaixo listados, que
devem ser utilizados como guia.
Nos exercícios requeridos pelo SOLAS, devem ainda ser observadas as seguintes
recomendações:
a. Exercício de Incêndio
partida de uma bomba de incêndio, utilizando pelo menos duas mangueiras, para
observar o bom funcionamento do sistema;
utilização da roupa de bombeiro e verificação dos equipamentos para resgate de
acidentados.
uma das baleeiras deve ser arriada até o nível da estação de embarque e retornada
para o berço;
a cada exercício, devem-se revezar as baleeiras;
nos navios dotados de balsas lançadas por turcos, estes devem ser operados.
antes do embarque de tripulantes, a baleeira deve ser arriada até a altura de 1m (um
metro) acima d’água e içada até a estação de embarque. Esse procedimento visa
testar o dispositivo de lançamento da embarcação;
somente após esse teste, a baleeira deve ser tripulada com o número mínimo de
tripulantes necessários para manobrá-la n’água;
quando a baleeira estiver próxima do nível d’água, deve ser testado o dispositivo de
desengate automático;
com a baleeira n’água, deve ser testado o sistema de borrifo e reversão da máquina;
a baleeira deve ser lavada com água doce externamente e limpa internamente, após a
realização do exercício.
a tripulação deve embarcar, se prender devidamente aos seus assentos e dar início aos
procedimentos para lançamento até a liberação real da embarcação salva-vidas, mas
não incluindo essa liberação (isto é, o gato de liberação não deve ser liberado). A
embarcação salva-vidas deverá então ser lançada por queda livre, somente com a
tripulação exigida para sua operação a bordo, ou ser arriada na água por meio dos
meios secundários de lançamento, com ou sem a tripulação que a opera a bordo. Nos
dois casos, daí em diante a embarcação salva-vidas deverá ser manobrada na água
pela tripulação que a opera;
toda vez que a baleeira for arriada ou lançada n’água, deve ser testado o sistema de
borrifo e a reversão da máquina. Após o recolhimento, a baleeira deve ser limpa
internamente e lavada externamente com água doce.
a embarcação salva-vidas deverá ser lançada por queda livre somente com a tripulação
que a opera a bordo, ou deverá ser feito um *lançamento simulado.
* Lançamento Simulado
As instruções do manual do fabricante da baleeira devem sempre ser
consultadas antes da simulação de lançamento. A simulação de lançamento
deve ser realizada apenas para baleeiras e dispositivos de lançamento
projetados para tal, e os quais o fabricante disponibiliza instruções
adequadas em seu manual. As simulações devem ser realizadas sob
supervisão de um oficial responsável, que deve ter experiência em tais
procedimentos;
Desinstalar trapas, cabos e outros dispositivos de prevenção para
lançamento da baleeira, exceto aqueles requeridos para simulação de
lançamento free-fall;
A tripulação participante do exercício deverá embarcar na baleeira e afivelar
os cintos sob supervisão do oficial responsável;
Toda tripulação, exceto a tripulação encarregada, deverá desembarcar da
baleeira. A tripulação encarregada deverá preparar totalmente a baleeira
para lançamento free-fall e tomar seus assentos com os cintos passados;
O exercício de perda de governo deve ser efetuado trimestralmente e deve ser conduzido
sob a forma de uma palestra abordando os procedimentos a serem adotados nessa
situação e de um treinamento de governo em emergência real na máquina do leme,
ocasião em que a mesma deve ser operada em emergência por cerca de 15 minutos.
8.4.3 AVALIAÇÃO
Antes de o exercício ser dado como encerrado, o comandante deve reunir a tripulação
para:
O registro do exercício no sistema ABS SafeNet deve ser feito de forma sucinta nos
campos da tela de registro, de acordo com o seguinte roteiro:
TITLE
DESCRIPTION
cenário do exercício;
horário dos eventos marcados com asterisco nos check-lists correspondentes;
instruções ministradas conforme previsto nos check-lists correspondentes.
REMARKS
avaliação do exercício.
PARTICIPANTS
O registro dos exercícios no Diário de Navegação também deve ser feito de forma sucinta,
contendo as seguintes informações:
tipo do exercício;
horários dos eventos marcados com asterisco nos check-lists correspondentes;
instruções ministradas conforme previsto nos check-lists correspondentes;
avaliação do exercício.
SOLAS;
Guidelines on the Application of the ISM Code – ICS/ISF;
ISGOTT;
NORMAM 1;
Manual IAMSAR – IMO/ICAO;
Peril at Sea and Salvage – ICS/OCIMF;
Bridge Procedures Guide – ICS;
MARPOL;
Ação do Rebocado – Ação do Encalhado – Marinha do Brasil;
RIPEAM;
CIS;
IMO MSC/Circ.1206/Rev.1 – Measures to Prevent Accidents with Lifeboats