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Nonato de Andrade

Editora Ferreira

Rio de Janeiro
20 0 9
Copyright © Editora Ferreira Ltda., 2009

1. ed. 2009

Capa
Diniz Gomes dos Santos

Diagramação
Bruno Barrozo Luciano

Revisão
Patrícia Helena Calhau

Esta edição foi produzida em janeiro de 2009, no Rio de Janeiro,


com as famílias tipográficas Syntax (9/10,8) e Minion Pro (12/14), e impressa nos
papéis Chambril 70g/m2 e Caroíina 240g/m2 na gráfica Vozes.

CiP-BRASJL, CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.

A568m
v.2
Andrade, Nonato de, 1962-
Matemática descompiicada, volume 2 / Nonato de Andrade. - Rio de Janeiro : Ed. Ferreira,
2009.
2v. (288, 296p.)
Contém exercícios
Inctui bibliografia
ISBN 978-85-7842-045-1 (v.2)
1. Matemática. 2. Serviço público - Brasil - Concursos. I Título.
08-5592.
CDD: 510
CDU: 510
19.12.08 06.01.09 010341

Editora Ferreira
contato@editoraferreira.com. br
www.editoraferreira-com.br

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução total ou


parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos direitos de autor
(Lei n° 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.

Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto n° 1.825,


de 20 de dezembro de 1907.

Impresso no BrasW/Prínted in Brazii


yv^r^ecinríeritô$

Agradeço a todos aqueles citados direta ou indiretamente neste trabalho,


pois sem as suas publicações como referência teórica, este material não teria
expressividade e abrangência. Como já falamos nos agradecimentos do livro
Raciocínio Lógico para Concursos (Editora Ferreira), “para realizar esta obra
tivemos que subir nos ombros de alguns autores anteriores5, para ver mais à
frente. Nesse sentido, esta obra está disponível aos que desejam publicar suas
experiências apoiando-se sobre a nossa, a fim de enxergarem mais longe ainda”.
Reiteramos, aqui, esse mesmo sentimento.

iii
SiniSinil
“Democracia é assegurar á todos ò mesmo ponto v:
de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende
do empenho de cada um durante a caminhada.”

Mário Quintana

IV
iimimil
Uma pergunta que os alunos geralmente fazem é: para que serve estudar
matemática? Eu costumo dizer-lhes que a matemática não é estudada somente
para aprender a resolver as questões das provas e tirar uma nota para passar de
ano, tampouco para ser aprovado num concurso, pois o estudo dessa disciplina
causa em nós uma mudança metabólica. O nosso intelecto é expandido, não
só para entender as regrinhas da matemática, mas para entender as pessoas, o
mundo e seu funcionamento.
O exercício matemático da nossa mente nos leva a raciocinar de forma or­
ganizada em tudo, nos torna mais precisos, refinados e racionais. Se você tentar
explicar uma coisa um pouco mais profunda para uma pessoa que não desenvol­
veu devidamente o seu raciocínio lógico, verá que num certo ponto haverá um
limite em que a compreensão não avança mais, ou, se avança, é de forma muito
lenta, como num velho computador com pouca memória.
Entretanto, enquanto o nosso raciocínio é desenvolvido, os mitos, as lendas
e as crendices vão çaindo por terra. Isso acontece, não porque ficamos compli­
cados, malucos ou incrédulos, mas porque a visão do espaço, das coisas e das
pessoas é em nós ampliada e a luz do entendimento é intensificada. Entre tantas
outras coisas, essa esfera de entendimento proporciona um avanço nas ciências
e conseqüentemente o progresso da humanidade.
Enfim, estamos cercados de números por todos os lados, graças aos avanços
da matemática. Já imaginou como seria o mundo sem ela? Pense um pouco. Como
você conseguiria comprar ou vender alguma coisa? Precisamos estudá-la porque
a qualquer lugar que formos encontraremos os números, e quando eles aparecem
precisamos saber o que fazer com eles.
No geral, depois de algumas considerações como estas, a pergunta inicial
não mais é repetida e vemos o interesse dos alunos pelo estudo da matemática.
Eles passam a estudá-la porque perceberam a importância da matéria e a neces­
sidade que têm dela. É bom que cada um de nós, que estudamos para concursos,
tenha essa visão. Assim, o estudo da matemática não será uma obrigação, e sim
uma necessidade. Confesso que não conheço muitas pessoas que aprenderam
matemática por obrigação; mas, por necessidade, já conheci tantas que até perdi
a conta.

V
Etmiiiii!
apenas ajudá-lo a encontrar por si mesmo”.

Gàlileu
Apresentação

Como sugere o próprio significado da palavra matemática, do grego ma-


temathike, “ensinamentos”, toda a nossa abordagem neste livro é voltada para
uma forma de ensinamento simples e direta. Não nos preocupamos tanto com
a forma erudita da simbologia exata da matemática, às vezes difícil de entender
para aqueles que ainda não tiveram suas potencialidades matemáticas devida­
mente desenvolvidas. Procuramos descomplicar ao máximo a teoria matemática,
de modo que até mesmo uma pessoa que não tenha muita intimidade com as
regrinhas da disciplina, ou há muito tempo não a estuda, consiga estudar tran­
quilamente sem a ajuda de outras pessoas ou de um professor.
Esta série em dois volumes trata dos assuntos que aparecem com maior
freqüência nas diversas provas de concursos. Disponibilizamos em cada capítulo,
inicialmente, uma breve apresentação do conteúdo, depois passamos aos exemplos
e exercícios comentados. Quando achamos que o entendimento do aluno chegou
a um nível suficiente, propomos diversos exercícios, que seguem a mesma linha
de raciocínio, para que o aluno possa exercitar-se naquele assunto específico. No
final de cada capítulo, apresentamos diversas questões de concursos, a fim de que
o candidato se familiarize com os estilos das bancas elaboradoras das provas.
Todavia, é aconselhável que ele resolva prioritariamente as questões relativas à
banca que irá elaborar a prova à qual ele se submeterá.
No primeiro volume, além da revisão da matéria num nível mais elemen­
tar, incluímos os assuntos mais comumente exigidos em concursos públicos de
nível fundamental e médio, tais como: conjuntos, equações, sistemas, inequa-
ções, funções, geometria, regra de três. Neste segundo volume, são comentados
tópicos de grau intermediário e avançado, a saber: matemática financeira, ma­
triz, determinantes, análise combinatória, probabilidades, estatística, números
complexos e polinômios.
Por meio destes livros, buscamos colocar à disposição do leitor um material
com abordagem direta e descomplicada da matemática, facilitando o entendi­
mento da matéria por pessoas de qualquer grau de escolaridade.

Bons estudos!

O autor

VII
imitnnl
Sumário

Capítulo 1 - Matemática financeira

1.1. Introdução à matemática financeira........................ ........................... 01


1 .2 . Porcentagem............................................................................................ 0 2

1.3. Juros sim ples..........................................................................................08


1.4. Juros com postos..................................................................................... 19
1.5. Descontos sim ples.................................................................................. 24
1.6. Desconto com posto.................................................................................31
1.7. Taxas proporcionais e equivalentes.......................................................35
1 .8 . Equivalência de capitais........................................................................38

1.9. Taxa nominal» efetiva, real e aparente................................................38


1 .1 0 . Sistemas de am ortização...................................................................... 40

1 .1 1 . Tabelas financeiras................................................................................ 44

Questões de concursos.................................................................................. 48

Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

. . M atrizes....................................................................................................79
2 1

2.2. Determinantes......................................................................................... 95
2.3. Sistemas de equações lineares............................................................107
Questões de concursos............................................................................. 117

Capítulo 3 - Análise corabinatória

3.1. Introdução à análise combínatória.................................................... 137


3.2. Princípio Fundamental da Contagem...............................................138
3.3. Arranjos sim ples............ ..... ............................................................... 138
3.4. Permutações sim ples............................... ...........................................139
3.5. Combinações sim ples..........................................................................140
3.6. Permutações com elementos repetidos............................................ . 148
Questões de concursos...................................................................... ....... 149

IX
liin lm ii
Capítulo 4 - Probabilidade

4.1. Introdução ao estudo das probabilidades............................................ 169


4.2. Propriedades das probabilidades......................................................... 173
4.3. Probabilidade condicional................................................................... 174
4.4. Distribuição binomial de probabilidades........................................... 182
Questões de concursos.............................................................................. 184

Capítulo 5 - Estatística

5.1. Estatística............................................................................................ 187


Questões de concursos............................................................................. 214

Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

6 .1 . Números complexos........................................................ ................. . 229

6.2. Polinôm ios............................................................................................. 241


Questões de concursos............................................................................- 260

Bibliografia...................................................................................................... 285

X
IhmIhiiI
Capítulo 1

Matemática financeira

||g
> 1 1 . Introdução à matemática financeira
> 1 .2 . Porcentagem
.3. Juros simples . ^ - '• .
t> i .4. Jurois compostos •' ■'
-V -
> 1 .5. Descontos simplés . '
.6. Desconto éòmpòsto . 7'
7. Taxás proporcionais e equivalentes
> i .8. Equivalência de capitais ■ ■;•? ■;’
'• v i .9. Taxa nominal, efetiva,
. íeàl e aparente ;
> i..1 0 . Sistemas de amortização
> i..1 1 . Tabelas financeiras'

1.1. Introdução à matemática financeira

Quando estudamos a matemática finan­


ceira, precisamos, primeiro, ter uma visão geral
de todo o universo que a compreende. Para um
entendimento adequado, é necessário dividi-la
em duas grandes partes, que são o regime sim­
ples e o regime composto de capitalização. Isso é
o que norteia o estudo dessa disciplina, de modo
que em cada enunciado temos de identificar,
antes de mais nada, o regime em questão, para,
depois, adotar os procedimentos devidos para
a resolução.
Nonato de Andrade

1.2. Porcentagem

Estamos habituados a ouvir expressões matemáticas que refletem acrésci­


mos ou reduções em preços, quantidades, sempre tomando por base grupos de
100 unidades. Exemplos:
♦ O preço do pão francês aumentou 5% esse mês;
♦ O Banco Central baixou a taxa de juros de 15,75% para 15,72%;
♦ O preço da gasolina teve um aumento de 6%;
♦ Ganhei um desconto de 13% na compra de uma televisão;
♦ 85% dos meus alunos entendera as minhas explicações logo na primeira
exposição.

Falamos ou ouvimos essas expressões o tempo todo, mas nem sempre


nos damos conta do significado matemático de cada uma delas. Ora, quando
eu afirmo que 85% dos meus alunos entendem as m inhas explicações logo na
primeira exposição, não estou querendo dizer que são 85 alunos. Na verdade,
estou afirmando que em cada grupo de 100 alunos 85 deles entendem a minha
abordagem na primeira explicação.

Razão centesimal

Sempre que um a razão apresentar o denominador igual a 1 0 0 , temos uma


razão centesimal. Observe abaixo que podemos representar uma razão centesimal
de várias formas diferentes, porém com o mesmo valor centesimal:
♦ 15/100 = 0,15 = 15% (lê-se: quinze por cento)
♦ 2 / 1 0 0 = 0 , 0 2 = 2 % (lê-se: dois por cento)
♦ 350/100 = 3,50 = 350% (lê-se: trezentos e cinqüenta por cento)

Os valores que aparecem em porcentagem (15%, 2 % e 350%) são conheci­


dos como taxas centesimais ou taxas percentuais. Quando um a loja cobra 5% de
juros em determinada compra, esses 5% referem-se à taxa percentual cobrada.
Em outras palavras, o cliente irá pagar 5,00 a mais para cada grupo de 100,00
na sua compra.
Podemos usar diversos procedimentos para calcular porcentagem. No
caso da calculadora, cada um encontra um jeito de fazer suas contas. As defi­
nições matemáticas mais usadas e que resolvem a maioria dos problemas são
as seguintes:
Capítulo 1 - Matemática financeira

d
♦ p = ---- , onde P -> porcentagem, C -* capital ou principal (quando refere-

se a coisas ou objetos) e i ->■ taxa. Se você preferir, pode dividir a taxa i por

100, e assim usará apenas a fórmula simplificada P = C.i.


♦ Podemos também escrever os dados na forma de uma proporção ou regra
de três simples.

Exercícios comentados

01. Usando a fórmula de porcentagem, calcule 20% de 350,00.

p = J ± —35Q.20 , simplificando os zeros, temos: P = 3 5 x 2 = 70,00.


100 100

02. Usando uma proporção, calcule 25% de lOkg.

~ _ ? ^ ; simplificando e fazendo o produto dos meios igual ao produto


x 25%
dos extremos, ficamos com x = 2,5kg.

03. Manuel da vacaria vendeu 80% das suas 48 vaquinhas. Com quantas vacas
ele ainda ficou?

Neste caso, devemos aplicar a taxa percentual (80%) sobre o total de vacas.
80% de 48 = 32. Logo, Manuel só ficou com 8 vacas.

04. (Enem) As “margarinas” e os chamados “cremes vegetais” são produtos


diferentes, comercializados em embalagens quase idênticas. O consumi­
dor, para diferenciar um produto do outro, deve ler com atenção os dizeres
do rótulo, geralmente em letras muito pequenas^ As figuras que seguem
representam rótulos desses dois produtos. Üma função dos lipídios no
preparo das massas alimentícias é torná-las mais macias. Uma pessoa
que, por desatenção, use 200 g de creme vegetal para preparar uma massa
cuja receita pede 200g de margarina, não obterá a consistência desejada,
pois estará utilizando uma quantidade de lipídios que é, em relação à

3
Im tin n l
Nonato de Andrade

recomendada, aproximadamente:
K _______________ _
Peso Líquido 500g Peso Líquido 500g
M A R G A R IN A CREM E VEGETAL
65% de Lipídios 35% de Lipídios
Valorenergéticopor porção de 10g: Valorenergéticopor porçãode lOg:
59Kcal 32Kcal
^Nâo recomcndado para uso culinário,

a) o triplo.
b) o dobro.
c) a metade.
d) um terço.
e) um quarto,

A receita pede 200 g de margarina. Neste caso, a quantidade de lipídios


empregada seria: 65% de 200 g = 130 g. Se fosse utilizado o creme vegetal,
a quantidade de lipídios seria: 35% de 200 g = 70 g. Ou seja, ao empregar
o creme vegetal, a quantidade de lipídios seria reduzida aproximadamente
pela metade. Logo, a opção correta é a letra C.

05. (Enem) Antes de uma eleição para prefeito, certo instituto realizou uma
pesquisa em que foi consultado um número significativo de eleitores,
dos quais 36% responderam que iriam votar no candidato X; 33%, no
candidato Y e 31%, no candidato Z, A margem de erro estimada para
cada um desses valores é de 3% para mais ou para menos. Os técnicos do
instituto concluíram que, se confirmado o resultado da pesquisa:
a) apenas o candidato X poderia vencer e, nesse caso, teria 39% do total
de votos.
b) apenas os candidatos X e Y teriam chances de vencer.
c) o candidato Y poderia vencer com uma diferença de até 5% sobre X.
d) o candidato Z poderia vencer com uma diferença de, no máximo, 1%
sobre X.
e) o candidato Z poderia vencer com uma diferença de até 5% sobre o
candidato Y.

Analisando cada um dos itens, teremos:


a) Não é verdade que apenas o candidato X teria chance, pois ele poderia
apresentar um total de votos de (36 - 3) = 33%, e o candidato Y poderia

4
limliini
Capítulo 1 - Matemática financeira

ter (33 +3) = 36%. Neste caso, este ganharia por 3% de diferença.
b) Errado, pois X poderia ter 33%; Y, 30%; e Z, 34% (31 + 3). Neste caso, Z
venceria.
c) O máximo de votos de Y totalizaria 36% (33 + 3), e o menor número de
votos de X totalizaria 33 % (36 - 3). Assim, a máxima diferença de votos
seria de 3%, e não de 5%.
d) A menor votação de X seria 33% e a maior votação de Z, 34%. Neste caso,
Z ganharia com 1% de vantagem, sendo a máxima diferença possível. A
opção D está correta.
e) A maior vantagem de Z sobre Y seria 34% - 30 % = 4%, e não 5%.

06. (Enetn) Uma pesquisa sobre orçamentos familiares, realizada recentemen­


te pelo IBGE, mostra alguns itens de despesa na distribuição de gastos
de dois grupos de famílias com rendas mensais bem diferentes.

Tipo de despesa Renda até R$ 400,00 Renda maior ou igual a R$ 6.000,00


Habilitação 37% 23%
Alimentação 33% 9%
Transporte 8 % 17%
Saúde 4% 6 %
Educação 0,3% 5%
Outros 17,7% 40%

Considere duas famílias com rendas de R$ 400,00 e R$ 6.000,00, respec­


tivamente, cujas despesas variam de acordo com os valores das faixas
apresentadas. Nesse caso, os valores, em R$, gastos com alimentação pela
família de maior renda, em relação aos da família de menor renda, são,
aproximadamente:
a) dez vezes maiores.
b) quatro vezes maiores.
c) equivalentes.
d) três vezes menores.
e) nove vezes menores.

Para resolver este exercício, temos que calcular o valor gasto por família

5
hmlinil
Nonato de Andrade

com a alimentação:
♦ Para a família que recebe R$ 400,00: Como seu gasto com alimentação é
de 33% da renda, teremos, em reais, 33% de 400 = 0,33.400 = R$ 132,00.
♦ Para a família que recebe R$ 6.000,00: Como seu gasto com alimenta­
ção é de 9% da renda, teremos, em reais, 9% de 6.000 = 0,09.6000 = R$
540,00. Para fazer um a comparação, dividimos os valores gastos pelas
duas famílias: 540/132 = 4,09. Ou seja, o gasto da família de m aior renda
é quatro vezes maior que o da de menor renda. A resposta correta é a
opção B.

Exercícios propostos

01. Determine a porcentagem pedida em cada caso:


a) 25% de 200.
b) 15% de 150.
c) 50% de 1200.
d) 38% de 389.
e) 12% de 275.
f) 11,5% de 250.
g) 75% de 345.
h) 124% de 450.

02 . Se 35% dos 40 alunos da 3a série do ensino médio de um colégio são homens,


quantas são as mulheres?

03. Aline foi comprar uma blusa que custava R$ 32,90, e conseguiu um desconto de
12%. Quanto Aline pagou pela blusa?

04. Fábio decidiu comprar um sítio e vai dar como entrada 25% do preço total, que
corresponde a R$ 25.000,00. Qual o preço total do sítio?

05. Ambrozino comprou um terreno e, por ter pago à vista, ganhou 15% de desconto,
fazendo uma economia de R$ 2.250,00. Determine o preço deste terreno.

06. Romualdo recebeu a notícia de que o aluguel da casa onde mora vai passar de 154,00
para 215,60. De quanto é o percentual de aumento que o aluguel vai sofrer?

6
luuliinl
Capítulo 1 - Matemática financeira

07. Na cidade de Natal/RN, cerca de 1,013% dos habitantes são empresários. Os habi­
tantes que não têm empresas somam 987.200 pessoas. Quantos habitantes moram
na capital potiguar, a famosa cidade do sol?

08. André teve um reajuste salarial de 41%, passando a ganhar R$ 4.089,00. Qual era
o salário dele antes do reajuste?

09. Nesse trimestre as cadernetas de poupança renderam 1,8% de correção monetária.


Estevam deixou R$ 1.600,00 depositados durante esse trimestre. Quanto ele tinha
na poupança no final desse período?

10. Em uma escolinha 40% dos alunos são meninos e as meninas são 150. Quantos
alunos tem essa escolinha?

11. Comprei um determinado produto por R$ 5.100,00 e, após um ano, resolvi vendê-
lo por R$ 4.200,00. Determine a taxa de desvalorização do meu produto.

12. Comprei um terreno por R$ 5.400,00 e, depois de dois anos, resolvi vendê-lo com
30% de lucro. Qual foi o novo preço do terreno?

13. Uma salina produz 18% de sal, em um determinado volume de água levado a eva­
porar. Para produzir 125 m 3 de sal, qual volume de água precisa ser represado?

14. Uma determinada empresa oferece 25% de desconto no pagamento à vista. Comprei
um eletrodoméstico por R$ 375,00 à vista. Qual é o preço do eletrodoméstico sem
desconto?

15. Um pneu de qualidade A roda 3000 Km e custa R$ 36,00. Um pneu de qualidade


B roda 75% em relação ao de qualidade A e custa R$ 25,00. Qual deles é o mais
econômico?

16. Numa cidade há 50.000 habitantes, dos quais 42.000 têm menos de 40 anos de
idade. Calcule a porcentagem da população que tem mais de 40 anos.

17. Determine a comissão que deve receber um vendedor que vendeu 1.200 reais, sabendo
que ele ganha 5% de comissão sobre o total que vendeu. $

7
Im ilitiil
Nonato de Andrade

1.3. Juros simples

Denominamos de juros a remuneração do capital emprestado. Em outras


palavras, podemos dizer que juros é o aluguel pago pelo uso do dinheiro. Quem
possui recursos pode utilizá-los na compra de bens ou emprestar a terceiros.
Todavia, o possuidor dos recursos, antes de emprestar, deve avaliar as taxas de
remuneração e outros fatores não menos importantes, como:
♦ Os riscos: o principal risco a ser avaliado deve ser a probabilidade de o
tomador do empréstimo não poder devolver o montante (capital+ juros)
pactuado. Deve-se analisar o grau de confiabilidade do tomador e da
política econômica para investimentos no país, assim como as possíveis
variações no câmbio.
♦ As despesas diversas: um a das principais despesas é o imposto sobre
a renda e o provento. Além dessa, temos as despesas operacionais,
contratuais e para a formalização do empréstimo e a efetivação da
cobrança.
♦ A inflação do período: índice de desvalorização do poder aquisitivo da
moeda previsto para o prazo do empréstimo. A instabilidade econômica,
se houver, também pode influenciar na desvalorização da moeda.
♦ O lucro: qual a taxa e as peculiaridades contratuais que devemos fixar
para cobrir todas as despesas e ainda garantir uma remuneração do
capital compatível com o mercado de investimentos.
♦ O conhecimento do princípio fundamental da matemática financeira: é
o princípio segundo o qual os valores monetários nunca ficam parados
com o tempo, estão sempre em estado dinâmico. Funciona como uma
lei geral.

Costumamos usar várias expressões matemáticas para calcular os juros


simples, dependendo da unidade de tempo e do valor da taxa considerada. Para
proporcionar um entendimento completo, porém simplificado, vamos usar so­
mente a definição principal. Para isso, faremos os ajustes das unidades de tempo
com as taxas consideradas. Observe:

t~ e M = C + J,onde:
100

♦ J = os juros produzidos no período considerado;


♦ C = capital (quando refere-se a numerários) ou principal (quando refere-
se a coisas e objetos);

8
limiiiüi
Capitulo 1 - Matemática financeira

♦ i = taxa de juros empregada;


♦ t ou n = tempo ou período que o capital ficará aplicado;
♦ M = montante final.

Observações importantes:

♦ Para usarmos somente a definição principal, J = C.i.t/100, é necessário


fazer as conversões do tempo e da taxa para a mesma unidade de medi­
da. Portanto, se eu vou usar uma taxa ao mês, eu preciso, se necessário,
converter o tempo para a mesma unidade da taxa; do contrário, preci­
saríamos usar as demais definições.
♦ Ê melhor criar o costume de sempre dividir a taxa por 1 0 0 antes de subs­
tituir e eliminar o denominador 100 da fórmula. Logo: J = C.i.t (lembrete:
quem vive de Juros faz parte da Companhia dos Inimigos do Trabalho).
Em todas as fórmulas matemáticas utiliza-se a taxa de juros na forma
unitária (taxa percentual ou centesimal, dividida por 1 0 0 ).
♦ Juro comercial: o juro comercial considera o ano comercial com 360 dias
e o mês comercial com 30 dias. É um cálculo específico para operações
envolvendo valores elevados aplicados em períodos pequenos, como um
dia ou uma semana.
♦ Juro exato: no cálculo do juro exato, utiliza-se o ano civil, com 365 dias
ou 366 dias se o ano for bissexto, e os meses devem ser considerados com
o número real de dias.
♦ É importante lembrar que, sempre que nada for especificado no enunciado
da questão, considera-se a taxa de juros comercial
♦ Capital: é qualquer valor expresso em moeda corrente e disponível em
determinada época para ser aplicado.
♦ Capital médio: é o mesmo valor de diversos capitais aplicados a taxas
diferentes por prazos diferentes que produzem a mesma quantia de
juros. Em alguns casos específicos, diversos capitais são aplicados, em
épocas diferentes, a um a mesma taxa de juros, para se determ inar os
rendimentos produzidos ao fim de um certo período. Em outras situa­
ções, podemos ter o mesmo capital aplicado a diferentes taxas de juros,
ou, ainda, diversos capitais aplicados a diversas taxas por períodos
distintos de tempo.
♦ Taxa nominal: é uma taxa de juros simples e se refere sempre a um
determinado período de capitalização. Assim, está sempre relacionada
com uma unidade de tempo: ao dia, ao mês, ao trimestre, ao semestre,
ao ano etc.

9
liiiiltm i
Nonato de Andrade

♦ Taxas proporcionais: duas taxas são denominadas proporcionais quando


existe entre elas a mesma relação verificada para os períodos de tempo a
que se referem.
«• Taxas equivalentes: duas taxas são consideradas equivalentes se fizerem
com que um mesmo capital produza o mesmo montante no fim do mesmo
prazo de aplicação. Vale lembrar que, no regime de juros simples, duas
taxas equivalentes também são proporcionais.
«■Para converter uma taxa diária em mensal, basta multiplicá-la por 30
(dias do mês). Para converter uma taxa anual em mensal, basta dividi-la
por 1 2 (meses do ano), e assim sucessivamente.
♦ Capitalização simples: é aquela em que a taxa de juros incide somente
sobre o capital inicial, ou seja, não incide sobre os juros acumulados.
Neste caso, a taxa varia linearmente em função do tempo.
♦ Os juros simples ou a forma de capitalização simples não são muito usa­
dos no nosso dia-a-dia e no sistema financeiro como um todo. Todavia,
essas definições são o fundamento para a matemática financeira, e as
questões envolvendo os juros simples são cobradas praticamente por
todas as bancas de concursos do país.

Calculando o valor da taxa de juros

Entendemos por taxa de juros a razão entre os juros recebidos ou pagos no


final de um certo período de tempo e o capital inicialmente empregado.
Exemplo: Qual a taxa de juros cobrada num empréstimo de R$ 2.000,00,
a ser resgatado por R$ 2.400,00 no final de um ano?
Resolução: são dados direta ou indiretamente os valores de:
♦ Capital final ou M ontante........................................................R$ 2.400,00
♦ Capital inicial aplicado............................................................. R$ 2.000,00
♦ Juros produzidos no período.....................................................R$ 400,00

Para calcular o valor da taxa de juros, resolvemos a razão: 400,00 / 2.000,00


= 0,20 ou 20% ao ano. Observe que a taxa de juros é representada em percentual
(2 0 %) ou em base unitária (0 , 2 0 ou 2 0 / 1 0 0 ).

Cálculo dos juros simples


Exemplo: Qual o valor dos juros correspondentes a um empréstimo de R$
10.000,00, aplicado pelo prazo de 15 meses, sabendo-se que a taxa cobrada é de
3% a.m.?

10
hiulmil
Capítulo 1 - Matemática financeira

Resolução: são dados:


C = 10.000,00
n ou t = 15 meses
i = 3% a.m.
j =?

Observe que a taxa e o tempo já estão na mesma unidade de medida.


Aplicando a definição, temos: j = C x i x t = 10.000,00 x 0,03 (3/100) x 15. Logo,
J = 4.500,00.

11 Exercícios comentados

07. Um capital de R$ 25.000,00, aplicado durante 10 meses, rendeu de juros


R$ 5.000,00. Determinar a taxa correspondente.

Os dados do problema são:


C = 25.000,00
j = 5.000,00,
n - 1 0 meses
i =?

Aplicando a definição, temos: j = C x i x n, então i = j / C x n = 5.000,00 /


25.000 x 10 = 0,02 ou 2% a. m.

08. Uma aplicação de R$ 50.000,00 pelo prazo de 180 dias teve um rendimento
de R$ 8.250,00. Pergunta-se: Qual a taxa anual correspondente a essa
aplicação?

São dados:
C = 50.000,00
j = 8.250,00
n = 180 dias
i =?
Aplicando i = j / C x n, temos: i = 8.250,00 / 50.000,00 x 180 - 0,09166%
ao dia. Para transformá-la em taxa anual, devemos multiplicá-la por 360.
Então: 360 x 0,0009166 ® 0,33 ou 33% ao ano.

11
h in liiii!
Nonato de Andrade

09. Qual o capital que, aplicado a uma taxa de 2,5% ao mês, rendeu juros de
18.000.00 em 3 anos?

Observe os dados:
j = 18.000,00
n = 3 anos ou 36 meses
i = 2,5% a.m.
C= ?
Substituindo na fórmula, temos: j = C x i x n, ou C = j / i x n. Logo, C -
18.000.00/ 0,025 x 36 = 18.000,00 / 0,90 = 20.000,00.

10. Sabendo-se que os juros de R$ 12.000,00 foram obtidos aplicando-se R$


15.000.00 a uma taxa de juros de 8% ao trimestre, qual foi o tempo dessa
aplicação?

Dados:
C = 15.000,00
j = 1 2 .0 0 0 , 0 0
i = 8 % ao trimestre
n =?
Substituindo em n = j / C x i, temos que n = 12.000,00 / 15.000,00 x 0,08 -
12.000.00 / 1.200,00 = 10 trimestres. Note que a resposta também poderia
ser 30 meses ou 2 anos e meio. Lembre-se de que na matemática financeira
existem muitos caminhos para se chegar à mesma resposta.
Portanto, cada pessoa precisa definir seus procedimentos, de modo que
possa ganhar o maior tempo possível na hora das provas. Observe que,
como J = C.i.n e M = (C + J)> também podemos usar a fórmula M = C(1 +
i.n). Esse é o caminho mais curto quando o problema envolve o montante
no enunciado.

11. Sabendo-se que certo capital, aplicado durante 10 semestres, à taxa de


36% ao ano, rendeu R$ 72.000,00 de juros, determine o montante final
dessa aplicação.
Dados:
j = 72.000,00
n = 10 semestres ou 5a.
i = 36% a.a. = 18% ao semestre
M = ?

12
hmimil
Capitulo 1 - Matemática financeira

Note que não podemos aplicar direto a fórmula M - C(1 + i.n) porque não
conhecemos o valor do capital. Então, vamos calcular logo o valor de C: C
= 72.000,00 / 0,18 x 10 = 72.000,00 /1,8 = 40.000,00. Logo, o valor de M =
C + j será M = 40.000,00 + 72.000,00 = 112.000,00.

12. Juvenal emprestou ao seu amigo um capital de R$ 400,00, cobrando juro


simples à taxa de 5% ao mês. O amigo de Juvenal, após 4 meses, pagou-lhe
a dívida no valor de:
a) R$440,00
b) R$450,00
c) R$460,00
d) R$ 470,00
e) R$480,00

Usando a fórmula dos juros simples: J = C.i.t 1 100 (capital x taxa % x tempo)
ou simplesmente J = C.i.t (dividindo a taxa i por 100). Para não esquecer
a fórmula, lembre-se de que quem vive de juros faz parte da Companhia
Inimiga do Trabalho. Para resolver esse tipo de questão, o segredo é não
esquecer as fórmulas. Boa parte das questões de juros resolvemos só fazendo
a substituição nas fórmulas: J = 400.0,05 .4 = 80. Agora somamos o capital
400,00 com os juros produzidos 80,00 e encontramos 480,00. A resposta
correta é a opção E.
Lembre-se de que, para usarmos somente essa fórmula, precisamos fazer os
ajustes, quando necessário, da taxa e do tempo para a mesma unidade de
medida. No caso desta questão, não foi necessário, pois tanto a taxa como
o tempo estavam em meses.

13. Dois capitais foram aplicados a uma taxa de 72% a.a., sob regime de ju­
ros simples. O primeiro pelo prazo de 4 meses e o segundo por 5 meses.
Sabendo-se que a soma dos juros totalizou R$ 39.540,00 e que os juros
do segundo capital excederam os juros do primeiro em R$ 12.660,00, a
soma dos dois capitais iniciais era de:
a) R$ 140.000,00
b) R$ 143.000,00
c) R$ 145.000,00
d) R$ 147.000,00
e) R$ 115.000,00

13
lim itm i
Nonato de Andrade

Inicialmente tiramos todos os dados do problema, montamos o sistema de


equações e, mesmo depois de resolvido, é interessante comparar os resulta­
dos, para ver se é o que a questão está pedindo.

Dados:
« i = 72% a.a. = 72/12 = 6 % a.m;
♦ J ^ q . 0,06. 4 = 0,240^
♦ J2 - C2. 0,06 . 5 = 0,3C2.

f 0,24Cj + 0,3C2 = 39.540


[ 0,3C2 = 0.24C, + 12.660

ÍO34C^ + 0,3C2 = 39.540


[ 0,3C 2 + 12.660
0,3C2 + 0,3C2 = 52.200
0,6C2 = 52.200; C2 = 87-000,00

Fazendo a substituição, encontramos Cx = 56.000,00. Fazendo a soma dos


capitais, temos 143.000. A resposta correta é a opção B.

14. Ambrósio colocou metade de seu capital a juros simples com taxa de
60% a.a. pelo prazo de 6 meses, e o restante, nas mesmas condições, peio
período de 4 meses. Sabendo-se que ao final das aplicações os montantes
eram de R$ 117.000,00 e R$ 108.000,00 respectivamente, o capital inicial
de Ambrósio era de:
a) R$ 150.000,00
b) R$ 160.000,00
c) R$170.000,00
d) R$ 180.000,00
e) R$200.000,00

É uma questão muita parecida com a anterior. Vamos inicialmente tirar


todos os dados e> usando a definição dos juros simples, desenvolver a
resolução.
Dados:
♦ i = 60% a.a. = 60/12 = 5% a.m.;
♦ Jx = C / 2 . 0,05 . 6 = 0,15C;

14
hiiilnnl
Capítulo 7 - Matemática financeira

♦ J2 = C / 2 . 0,05 . 4 = 0,1C;
♦ M, = C / 2 + 0,15C = 117.000;
♦ M 2 = C/ 2 + 0,1C = 108.000

Logo:
♦ C/2 = 117.000 - 0>15C
♦ C/2 - 108.000 - 0,1C

Então:
117.000 - 0,15C = 108.000 - 0,1C
~0,15C + 0,1C = 108.000 - 117.000
-0,05C = -9.000 (- 1 )
C = 9.000/0,05 C = 180.000,00.
A resposta correta é a opção D. 4

O método hamburguês

O método hamburguês é uma forma de fazer a simplificação nos cálculos


dos juros simples, para diversos valores de capitais, aplicados por diversos pra­
zos a uma mesma taxa de juros. Esse método também é denominado de conta
garantida. Assim é chamado pela relação que tem com o cheque especial, pois é
uma forma de crédito rotativo no qual é definido um limite máximo que poderá
ser sacado. Na verdade, funciona como uma conta de saldo devedor, em que o
cliente saca a descoberto e os juros são calculados periodicamente sobre o saldo
médio por ele utilizado.
Com relação ao cheque especial, nós precisamos estar atentos às con­
dições de utilização, como: taxas, prazos, valores, garantias, vencimento,
multas e renovação. Todas essas regras são definidas em contrato assinado
entre o cliente e o banco. Em regra, o banco pode mudá-las unilateralmente,
mas está obrigado a avisar ao cliente com antecedência. Em todo caso, se você
não quer ficar enrolado no cheque especial, e precisa fazer uso racional dele,
deverá restringir o uso do seu limite somente às necessidades eventuais e por
curtíssimo prazo.
Para facilitar o entendimento, vamos resolver um exemplo usando o
método hamburguês com os conhecimentos que já temos no cálculo dos juros
simples:

15
liiiiE iiiil
Nonato de Andrade

Exemplo: Calcule o valor dos juros referentes às aplicações dos capitais R$


30.000,00, R$ 20.000,00 e R$ 50.000,00, pelos prazos de 65 dias, 72 dias e 20 dias,
respectivamente, sabendo-se que a taxa de juros é de 25,2% ao ano.
Resolução: a primeira coisa a ser feita é retirar e organizar os dados:

Ct =: 30.000,00 C2 = 20.000,00 C3 = 50.000,00


nj = 65 dias n2 = 72 dias n 3 = 2 0 dias
i = 25,2% a.a. i = 25,2% a.a. i = 25,2% a.a.
- j, = ? ía = '?’:

Observe que trata-se de uma capitalização simples, então vamos calcular o


valor da taxa diária: 0,252 / 360 = 0,0007 ou 0,07% ao dia. Agora vamos efetuar
os cálculos aplicando a definição de juros simples, j = C x i x n.

Lai= 3a000 x 65 x ° ’0007 + 2a000 x 72 x °>0007 + 5a000 x 20 x ° ’0007


jfili= °> 0 0 0 7 (30.000,00 x 65 + 20.000,00 x 72 + 50.000,00 x 20)
jfinal = 0,0007 (1.950.000 + 1.440.000 + 1.000.000)
-ífinai = °> 0 0 0 7 x 4.390.000 = 3.073,00.

p Exercícios propostos

18. Rodolfo tomou R$ 40.000,00 emprestados de um agiota, entregando-lhe uma nota


promissória de R$ 80.000,00, com vencimento para 1 2 meses. Determine as taxas
mensal e anual de juros cobrados pelo agiota?

19. Em que prazo uma aplicação de R$ 35.000,00 pode gerar um montante de R$


53.375,00, considerando-se uma taxa de 30% ao ano?

20. Determine quanto renderá um capital de R$ 60.000,00 aplicado à taxa de 22% ao


ano, durante 7 meses.

21. Um capital de R$ 150.000,00 aplicado durante 14 meses rendeu juros de R$ 7.752,50.


Determine a taxa anual.

22. Durante 855 dias certo capital gerou um montante de R$ 64.200,00. Sabendo-se
que a taxa de juros é de 1,5% ao mês, determine o valor do capital aplicado.

16
llllllllltl
Capítulo 1 - Matemática financeira

23. Qual o valor dos juros contidos no montante de R$ 100.000,00 resultante da apli­
cação de certo capital à taxa de 42% ao ano, durante 13 meses?

24. Qual o valor a ser pago, no final de 5 meses e 18 dias, correspondente a um emprés­
timo de R$ 125.000,00, sabendo-se que a taxa de juros é de 27% ao semestre?

25. Em quanto tempo um capital de R$ 900.000,00 aplicado à taxa de 0,03% ao dia


gera um montante de R$ 994.500,00?

26. Um capital de R$ 50.000,00 foi aplicado no dia 19/06/1997 e resgatado em


20/01/1998. Sabendo-se que a taxa de juros da aplicação foi de 56% ao ano, calcule
o valor dos juros, considerando-se o número de dias efetivo entre as duas datas.

27. O valor de R$ 1.500,00 foi aplicado a juros simples durante os meses de julho e
agosto, rendendo 3% ao mês de juros. Calcule os rendimentos.

28. Qual valor aplicado durante 8 meses e 2 0 dias, à taxa de 3% ao mês, rendeu juros
exatos de R$ 307,73?

29. O valor de R$ 1.430,00 foi aplicado a juros simples exatos durante 1 ano, 4 meses
e 13 dias, a uma taxa de 3% ao mês. Calcule o valor dos juros.

30. O valor de R$ 720,00 foi aplicado em 16/04/2006 à taxa de 2,1% ao mês, rendendo
juros de R$ 73,08. Quando foi resgatada a aplicação?

31. Em uma loja são concedidos descontos de 1 0 % no preço das mercadorias para pa­
gamento à vista. Esta mesma loja cobra 24% de juros para as vendas com prazo de
pagamento de 60 dias. Quais são as taxas mensal nominal e efetiva de juros simples?

32. Um investidor aplica R$ 10.000,00 em CDB do Banco do Brasil, de 30 dias de


prazo, a uma taxa prefixada de 3% ao mês. Considerando o Imposto de Renda de
2 0 % no resgate, o valor líquido a ser resgatado pelo aplicador, em reais, e a taxa
de rentabilidade efetiva mensal da aplicação são, respectivamente...

33. Considerando os dados da questão anterior, porém agora com o pagamento do


Imposto de Renda no ato da aplicação e somente os R$ 10.000,00 à disposição do
investidor, determine:
a) O valor do Imposto de Renda
b) O valor total recebido no final da operação
c) A taxa efetiva mensal paga

17
lllllílllll
Nonato de Andrade

34 . Uma pessoa física recebeu um empréstimo de um banco comercial no valor de


R$ 10.000,00 por um prazo de 3 meses, para pagar de volta este valor acrescido
de 15% de juros no final do prazo. Todavia, a pessoa só pode usar em proveito
próprio 75% do empréstimo, porque, por força do contrato, usou parte do resgate
para fazer uma aplicação no próprio banco que rendeu R$ 150,00 no fim dos três
meses. Indique qual foi a taxa efetiva de juros paga pela pessoa física.

35. Uma TV é vendida à vista por R$ 1.000,00 ou em duas parcelas, sendo a primeira
com uma entrada de R$ 200,00 e a segunda, dois meses após, no valor de R$ 880,00.
Qual a taxa mensal de juros utilizada?

36. Um capital de R$ 2.500,00 foi aplicado à taxa de 25% ao ano em 12/02/2008. Se o


resgate for feito em 3/5/2008, quaí será o juro comercial recebido pelo aplicador?

37. Uma empresa aplicou R$ 2.000.000,00 no dia 15/07/1998 e resgatou essa aplicação
no dia 21/07/1998 por R$ 2.018.000,00. Qual foi a taxa mensal de rendimento
proporcionada por essa operação?

38. Calcule o valor do capital que, aplicado à taxa de 50,4% ao ano, durante 2 anos e
3 meses, produz um montante de R$ 600.000,00.

39. Ao fim de quanto tempo o capital de R$ 40.000,00 aplicado à taxa de 3% ao mês


produz R$ 18.600,00 de juros?

40. Walter obteve um empréstimo de R$ 100.000,00 para ser liquidado por R$


186.625,00 no final de 26 meses e meio. Qual a taxa de juros anual cobrada nessa
operação?

41. Em quanto tempo um capital aplicado a 48% ao ano dobra o seu valor?

42. A que taxa de juros um capital aplicado durante 10 meses rende juros iguais a 1/4
do seu valor?

43. Um capital emprestado gerou R$ 96.720,00 de juros. Sabendo-se que o prazo


de aplicação foi de 13 meses e a taxa de juros de 2% ao mês, calcule o valor do
montante.

44. Em quantos dias um capital de R$ 270.420,00 produzirá juros de R$ 62.196,60 a


uma taxa de 3% ao mês?

18
iisixlcttfi
Capítulo 1 - Matemática financeira

45. Determine o capital necessário para produzir um montante de R$ 798.000,00 no


final de um ano e meio, aplicado à taxa de 15% ao trimestre.

46. A aplicação de R$ 356.000,00 gerou um montante de R$ 661.270,00 no final de 20


meses. Calcule a taxa anual.

47. Certo capital aplicado gerou um montante de R$ 1.000.000,00. Sabendo-se que a


taxa de juros é de 5% ao mês e o prazo de 9 meses, calcule o valor dos juros.

48. Determine o montante correspondente a uma aplicação de R$ 450.000,00 por 225


dias, à taxa de 2 ,6 % ao mês.

49. Calcule o valor do capital que, aplicado a uma taxa de 1 ,2 % ao mês, por 174 dias,
produziu um montante de R$ 543.840,00.

50. Um título de renda prefixada foi adquirido por R$ 980.000,00 e resgatado por R$
1.147.776,00no final de 8 meses. Calcule a taxa mensal de juros.

51. Em que prazo uma aplicação de R$ 500.000,00 possibilita um resgate de R$


610.000,00 à taxa de 2 ,2 % ao mês?

52. A que taxa anual devo aplicar um capital de R$ 275.000,00 para obter juros de R$
77.293,33 no final de 186 dias? g

1.4. Juros compostos

Capitalização composta

Costumamos considerar como capitalização composta aquela em que a


taxa de juros incide sobre o principal acrescido dos juros acumulados do período
anterior. Neste regime de capitalização a taxa varia exponencialmente em função
do tempo. A principal diferença entre a capitalização simples e a composta é
que, quando uma determinada soma de dinheiro está aplicada a juros simples,
os juros são calculados sobre o capital inicial.
Entretanto, quando uma soma está aplicada a juros compostos, os juros
são calculados não apenas sobre o capital inicial, mas sobre este capital acrescido
dos juros já vencidos ou sobre o montante acumulado. O montante é composto
da soma do capital aplicado ou devido mais o valor dos juros correspondentes
ao prazo da aplicação.

19
{ittiliiril
Nonato de Andrade

O montante é definido pela seguinte fórmula: M - C(1 + i)‘\ em que a


simbologia é a mesma usada nas definições dos juros simples. Para não ficarmos
só aplicando fórmulas, de maneira mecânica, vamos resolver um problema para
demonstrar essa definição e facilitar o entendimento.

Exemplo: Vamos calcular o montante de um capital de R$ 1.000,00, aplicado


a uma taxa de 2% ao mês, durante 3 meses.
Resolução: inicialmente vamos montar os dados numa tabela representando
os rendimentos calculados mês a mês. Temos C = 1.000,00, n = 3 meses, i = 2 %
ao mês, e estamos procurando o montante final. Observe o cálculo do montante,
mês a mês, na tabela abaixo:

&.
•••Mês '• . ;Capital ;/ :"•. :; ÍGaÍeu :qi ^ontãhtç,finàí[;;Sf
I 1 .0 0 0 , 0 0 1 .0 0 0 , 0 0 x 0 , 0 2 = 2 0 , 0 0 1 .0 2 0 , 0 0

2 1 .0 2 0 , 0 0 1 .0 2 0 , 0 0 x 0 , 0 2 = 20,40 1.040,40
3 1.040,40 1.040,40 x 0 , 0 2 = 20,80 1.061,20

Observe que o valor do montante no final do terceiro mês é de R$ 1.061,20.


Note também que o montante final de cada mês torna-se o valor do capital ini­
cial do mês seguinte. Ninguém agüentaria ficar calculando o montante mês a
mês, pois seria muito trabalhoso e demorado. Portanto, foi necessário criar uma
fórmula para simplificar o processo, demonstrada abaixo:
♦ M0 = 1.000,00.
♦ Mj = 1 .0 0 0 + 0 ,0 2 x 1 .0 0 0 = 1 .0 0 0 ( 1 + 0 ,0 2 ) = 1 .0 0 0 (1 ,0 2 )1.
♦ M 2 = 1.000(1,02) + 0 ,0 2 x 1.000 x (1,02) = 1.000(1,02)(1 + 0,02) =
1 .0 0 0 (1 ,0 2 ) 2

♦ M 3 = 1.000(1,02) 2 + 0,02 X 1.000(1,02)2= 1 .0 0 0 ( 1 ,0 2 ^ ( 1 + 0,02) = 1.000(1


+ 0 ,0 2 )3.

Observe que a expressão no final do terceiro mês é dada por: M3- 1 .0 0 0 ( 1


+ 0,02)3. Resolvendo-a, encontramos M 3 = 1.061,20, o mesmo valor determinado
anteriormente na tabela. Como C = 1.000,00, n = 3 meses, i - 2 % e M = C (1 + i)n,
note que a fórmula está devidamente demonstrada.
Hoje já temos calculadoras que estão programadas para realizar esses
cálculos de forma rápida e simples. Na calculadora HP12C, por exemplo, é sufi­
ciente usar a seguinte simbologia: PV = capital inicial, FV = montante, i = taxa e
n = tempo. A operação é: HP12C = 1.000,00 CHS PV 2 i 3 n FV = 1.061,20.

20
iinititiil
Capítulo 1 - Matemática financeira

Fator de capitalização

O fator de capitalização ou de acumulação de capital, para pagamento


simples ou único, é representado pela expressão retirada da fórmula dos juros
compostos: ( 1 + i)n. Hoje já temos tabelas do fator de capitalização prontas, con­
sultadas de acordo com o valor da taxa e do período da aplicação.

$ Exercícios comentados
i?
15. Qual o m ontante de um a aplicação de R$ 15.000,00, feita pelo prazo de
9 meses, a um a taxa de 2% ao mês.

Os dados são:
C = 15.000,00
n = 9 meses
í = 2 % ao mês
M=?

Aplicando a definição, temos: M = C(1 + i)n= 15.000,00 (1 + 0 ,0 2 ) 9 = 15.000,00


x 1,19509 - 17.926,35.

16. A loja “Veículos Usados” financia um carro no valor de R$ 16.000,00,


sem entrada, p ara pagamento em um a única prestação de R$ 52.512,15
no final de 27 meses. Qual a taxa mensal cobrada pela loja?

Dados:
M = 52.512,15
C =16.000,00
n = 27 meses
i= ?

Agora vamos aplicar a fórmula: M = C (1 + i)n 52.512,15 = 16.000,00(1 + i) 27


-►52.512,15 /16.000,00 = (1 + i) 27 -> 3,28201 = (1 + i)27, logo i = 1,045 - 1 x 100
= 4,5% ao mês. Você já deve ter percebido que, quanto maior for o período n,
maior também será a dificuldade para resolver a potência. Para as aplicações com
períodos muito grandes, é melhor usar a calculadora apropriada ou consultar
as tabelas. Este exercício, por exemplo, seria facilmente resolvido com o uso da
calculadora: HP12C - 52.512,15 FV 16.000,00 CHS PV 27 n i = 4,5% ao mês.

21
iimiiiiii
Nonato de Andrade

17. O capital de 1.000,00 foi aplicado a juros compostos de 24% a.a. capi­
talizados trimestralmente. No fim de três anos o montante será: [dado:
(1,06)12 = 2,012196]
a) 2.012,19
b) 2.025,10
c) 2.120,30
d) 1.012,19
e) 1.024,00

A prim eira coisa a ser feita é retirar todos os dados relevantes do enun­
ciado:
Dados:
♦ C = 1.000,00;
♦ i = 24% a.a. = 24/4 = 6 % a.t;
♦ t - 3 anos = 12 trimestres.
Aplicando a fórmula dos juros compostos, J = M - C e M = C(1 + x)1, vamos
substituir os dados na definição: M = 1.000(1 + 0,06)12. Logo, M = 1.00Q(l,06)i2
eM = 1000.2,012196 = 2.012,19. A resposta correta é a opção A.

18. O capital de 1.200,00 foi colocado a juros compostos a uma taxa de 20%
a.a., capitalizados semestralmente. O montante no final de 2 anos e seis
meses foi:
a) 1.962,21
b) 1.932,61
c) Um valor inferior aos anteriores
d) Um valor superior aos anteriores
e) Os dados são insuficientes para calcular o montante

Dados:
♦ C = 1 .2 0 0 ,0 0 ;
♦ i = 2 0 % a.a = 2 0 / 2 = 1 0 % a.s.;
♦ t = 2,5 anos = 5 semestres.

Aplicando a fórmula dos juros compostos, M = 1.200(1 + 0 , 1 )5, então


M = 1000(1,l)5. Resolvendo a potência e fazendo o produto final, teremos
que M = 1.932,61. A resposta correta é a opção B.
Capítulo 7 - Matemática financeira

Exercícios propostos

53. Determine o montante, no final de 10 meses, resultante da aplicação de um capital


de 100.000,00 a uma taxa de 3,75% ao mês.

54. O agiota Matoso empresta 80.000,00 hoje para receber 507.294,46 no final de 2
anos. Calcule as taxas mensal e anual deste empréstimo.

55. Sabendo-se que a taxa trimestral de juros cobrada por uma instituição financeira
é de 12,486%, determine qual o prazo em que um empréstimo de 20.000,00 será
resgatado por 36.018,23.

56. Quanto devo aplicar hoje, à taxa de 51,107% ao ano, para ter 1.000.000,00 no final
de 19 meses?

57. Uma empresa obtém ura empréstimo de 700.000,00, que será liquidado, de uma
só vez, no final de 2 anos. Sabendo-se que a taxa de juros é de 25% ao semestre,
calcule o valor pelo qual esse empréstimo deverá ser quitado.

58. Em que prazo uma aplicação de 272.307,03 em letras de câmbio, à taxa de 3,25%
ao mês, gera um resgate de R$ 500.000,00?

59. Um terreno está sendo oferecido por R$ 450.000,00 à vista ou R$ 150.000,00 de


entrada e mais uma parcela de R$ 350.000,00, no final de 6 meses. Sabendo-se que
no mercado a taxa média para aplicação em títulos de renda prefixada gira em
torno de 3,5% ao mês, determine a melhor opção para um interessado que possua
recursos disponíveis para comprá-lo.

60. A que taxa de juros um capital aplicado pode ser resgatado, no final de 17 meses,
pelo dobro do seu valor?

61. Em quanto tempo um capital pode produzir juros iguais a 50% do seu valor, se
aplicado a 3,755% ao mês?

62. A aplicação de certo capital, à taxa de 69,588% ao ano, gerou um montante de R$


820.000,00 no final de 1 ano e 3 meses. Calcule o valor dos juros.

63. O que é mais vantajoso: aplicar R$ 10.000,00 por 3 anos, a juros compostos de 3% ao
mês, ou aplicar esse mesmo valor, pelo mesmo prazo, a juros simples de 5% ao mês?
Nonato de Andrade

1.5. Descontos simples

Entendemos por operação de desconto a diferença entre o valor futuro de


um título e o seu valor atual, ou seja, o valor da data da realização da operação.
O valor do desconto está sempre associado a uma taxa e a determinado tempo ou
período. Chamamos de descontos simples aquelas operações de desconto feitas
em função de cálculos lineares. Conhecemos dois tipos de descontos simples: o
desconto “por fora”, também chamado de bancário ou comercial, e o desconto
“por dentro”, também conhecido por racional.
O desconto racional ou “por dentro” quase não é utilizado no sistema financeiro
do nosso país, já o desconto “por fora” é usado na maioria das operações de desconto
feitas no sistema bancário brasileiro. Todavia, vamos analisar as duas formas, pois
ambas costumam aparecer com freqüência nos programas dos concursos.
Nas operações de compra e venda entre os setores do comércio e da indústria
e os seus consumidores, ou nas operações bancárias, é muito comum que o credor
receba um título de crédito que comprova o seu direito de receber o valor acordado.
Seja ele um cheque pré-datado, uma letra de câmbio ou uma nota promissora, por
exemplo. Agora imagine que a pessoa devedora deseje quitar este título de crédito
antes da data do vencimento; certamente ela obterá um abatimento nessa operação.
É exatamente esse abatimento que chamamos de desconto.
Desse modo, também podemos definir desconto (d ) como o abatimento
que se faz sobre um título de crédito, quando o mesmo é quitado antes do seu
vencimento. Observe as relações matemáticas iniciais que podemos fazer nas
operações de desconto: dc = N - A, A = N - dc ou N = A + dc, onde:
♦ Desconto (dc) -> é o valor do abatimento obtido pelo pagamento ante­
cipado;
♦ Valor nominal (N) -> é o valor do título na data do vencimento;
♦ Valor atual (A) -> é o valor líquido antes do vencimento.

Desconto por fora - bancário ou comercial


Para calcular o valor do desconto “por fora” (dc), efetuamos o produto en­
tre o valor nominal (N), a taxa de desconto (i) e o período (n) até o vencimento
do título. Assim: dc - N • i ■n. Vejamos alguns exercícios comentados sobre a
aplicação dessas definições.

% Exercícios comentados

19. Qual deverá ser o valor do desconto “por fora” de um título de R$


2.000,00, com vencimento para 90 dias, à taxa de 2,5% ao mês?

24
intihuil
Capítulo 1 - Matemática financeira

Os dados do problema são: N = R$ 2.000,00, n = 90 dias = 3 meses, i =


2,5% ao mês e estamos procurando o valor de dc. Logo, dc = 2 . 0 0 0 x 0,025
x 3 = 150,00.

20. Calcule a taxa mensal de desconto “por fora” utilizada numa operação
a 120 dias, cujo valor de resgate é R$ 1.000,00 e cujo valor atual é R$
880,00.

Os dados do problema são: N = 1.000,00, n = 120 dias = 4 meses, A = 880,00


e i é o que procuramos. Fazendo: dc = N - A = 1.000,00 - 880,00 = 120,00.
Substituindo em dc = N • i • n, temos: i = 0,03 ou 3% ao mês.

21. Um título de crédito no valor de R$ 6.800,00 é descontado por um ban­


co, gerando um crédito de R$ 6.000,00 na conta do cliente. Sabendo-se
que a taxa cobrada pelo banco é de 3,2% ao mês, determine o prazo de
vencimento desse título.

Temos N = 6.800,00, A = 6 .0 0 0 ,0 0 , i = 3,2% ao mês e estamos procurando o


valor de n. Fazendo: dc = N - A = 6.800,00 - 6.000,00 = 800,00. Substituindo
em dc = N *i *n, ficamos com o prazo de 3 meses.

Exercícios propostos

64. Calcule o desconto simples comercial sofrido por uma duplicata de R$ 700,00, ao
ter seu pagamento antecipado em 3 meses, à taxa de 5% ao mês.

65. Determine o valor do desconto simples comercial sofrido por um título de R$


7.000,00, à taxa de 3% ao mês, a dois meses de seu vencimento.

66 . Qual o valor presente de um título de R$ 800,00 que sofreu um desconto simples


comercial à taxa de 5% ao mês, três meses antes de seu vencimento?

67. Necessitando de recursos à vista, uma empresa submeteu um título de R$ 5.000,00


a um desconto simples comercial dez dias antes de seu vencimento. Qual o valor lí­
quido recebido, sabendo que a operação foi realizada a uma taxa de 6 % ao mês?

68 . Quanto pagarei hoje pela quitação antecipada em 20 dias de uma nota promissória
no valor de R$ 600,00, a uma taxa de desconto simples comercial de 36% ao ano?

25
liiulm iE
Nonato de Andrade

69. Uma duplicata de R$ 2.500,00 foi resgatada por R$ 2.200,00 a três meses do seu
vencimento. Calcule a taxa mensal da operação, considerando-a como desconto
simples comercial.

70. Ao descontar um título de R$ 1.200,00 três meses antes de seu vencimento, umbanco
abateu o valor de R$ 90,00. Qual a taxa mensal usada na operação de desconto?

71. Uma nota promissória de R$ 750,00 sofreu um desconto simples comercial no valor de
R$ 60,00 a dois meses de seu vencimento. Calcule a taxa anual usada na operação.

12. Uma duplicata foi descontada a 60 dias de seu vencimento, e sofreu um abatimento
no valor de R$ 34,00. Calcule o valor nominal da duplicata, sabendo que a operação
foi realizada a uma taxa de 2 % ao mês.

73. Um título foi resgatado 90 dias antes de seu vencimento por R$ 1.190,00. Calcule o
valor nominal do título, sabendo que a taxa anual de desconto simples comercial
foi de 60%.

74. Paguei R$ 832,50 pela quitação antecipada de um título de R$ 900,00. Sabendo


que a taxa de desconto simples comercial usada na operação foi de 2,5% ao mês,
calcule o prazo de antecipação.

75. Em quantos meses o pagamento de um título X foi antecipado, se o valor líquido


recebido corresponde a 4/5 de X e a taxa de desconto simples comercial usada foi
de 60% ao ano?

76. Um cheque no valor de R$ 900,00 foi descontado 40 dias antes de seu vencimento,
a uma taxa de desconto simples comercial igual a 18% ao semestre. Qual o valor
presente da operação?

77. Uma nota promissória de R$ 1.200,00 vencível em 10 dias foi quitada pelo valor de
R$ 1.176,00. Calcule a taxa mensal de desconto simples comercial da operação.

78. Recebi R$ 323,00 pelo desconto de um cheque de valor nominal igual a R$ 380,00.
Calcule a quantos dias do vencimento do cheque a operação foi realizada, consi­
derando uma taxa de desconto simples comercial de 60% ao ano.

79. Qual o valor nominal de um título que foi descontado em um banco três meses antes
de seu vencimento, gerando um valor líquido de R$ 3.750,00? Considere que o banco
retém 1 0 % do valor nominal a título de saldo médio em conta corrente até a data de
liquidação da operação, e que a taxa de desconto praticada é de 5% ao mês.
Capitulo 1 - Matemática financeira

Desconto por dentro - racional


Denominamos de desconto racional ou desconto por dentro aquele que incide
sobre o valõr atual de um título de crédito. Representamos o desconto racional por
dr = Ar • i • n (equação I). Observe que, enquanto o desconto comercial incide sobre
o valor nominal (N), o desconto racional incide sobre o valor atual (A). Veja que
Ar = N - dr (equação II). Substituindo a equação II na I, ficamos com a expressão
, N .í .n _ . , . . . . i i N .i .n
d = ---------- . Depois, substituindo A = N - d e m a = — °------, encontramos
1 + n.i r r 1 + ni

N
a expressão Ar = -------- 7 . Usando essas expressões podemos resolver as questões
1 H~ n.i
de desconto racional.

Relação entre o desconto comercial e o desconto racionai


Usando as fórjnulas das definições matemáticas dos descontos comercial
e racional, podemos estabelecer uma relação entre elas de modo a facilitar os
cálculos de algumas questões. Substituindo a equação do desconto comercial, dc
N i n
= N • i *n, na outra do desconto racional, d = — :—:— , encontramos outras
1 -f n.i

equações que, dependendo da questão, podem simplificar os cálculos e diminuir


0 tempo que gastamos nas resoluções. Assim, temos a representação dessa relação

d d
dada por: N = — e d = -----5— , ou ainda d = d (1 + i - n).
n.i 1 + n.i c

1 Exercícios comentados

22. Determine o valor do desconto “por dentro” de um título de R$ 2.000,00,


com vencimento para 90 dias, a uma taxa de 2,5% ao mês.

Os nossos dados são N = 2.000,00, i = 2,5% ao mês, n = 90 dias ou 3 meses


e estamos procurando o valor de dr. Aplicando diretamente na fórmula
d = y ' l — , temos d = 2.000 x 0,025 x 3 / 1 + 0,025 x 3 = 139,53.
1 + ni

23. Vamos calcular a taxa mensal de desconto “por dentro” utilizada numa
operação de 120 dias cujo valor de resgate do título é R$ 1.000,00 e cujo
valor atual é R$ 880,00.

27
iiiiilniil
Nonato de Andrade

Temos: N = 1.000,00, n = 120 dias ou 4 meses e estamos querendo encontrar


o valor de i. Fazendo inicialmente
r
A =r N - dr ou
'
d - r N - A , ficamos com
dr -1.000,00 - 880,00 = 120. Agora, com o valor do desconto, podemos usar

a fórmula d — — ; substituindo os dados e resolvendo as operações,


1 + n.i r
descobrimos que i - 0,034 ou 3,4% ao mês.

Exercícios propostos

80. Sabendo-se que o desconto de um título no valor de R$ 6.800,00 resultou em um


crédito de R$ 6.000,00 na conta do cliente, e que a taxa cobrada pelo banco é de
3,2% ao mês, calcule o prazo do título.

81. Um título com valor nominal de R$ 200.000,00 foi descontado 63 dias antes do
vencimento à taxa de 13% ao mês. O banco cobra uma tarifa de 2,5% sobre o valor
nominal. Calcule o valor do desconto bancário, o valor liberado, a taxa de desconto
mensal utilizada (taxa de desconto + taxa de serviço) e a taxa efetiva mensal linear
da operação.

82. Qual o valor do desconto simples racional de um título de R$ 470,00, resgatado 3


meses antes de seu vencimento, à taxa de 2 % ao mês?

83. Calcule o desconto simples racional sofrido por uma duplicata que teve seu paga­
mento antecipado em 100 dias à taxa de 36% ao ano, resultando num valor atual
de R$ 740,00.

84. Quanto pagarei hoje pela quitação antecipada em 30 dias de uma nota promissória
no valor de R$ 1.000,00, a uma taxa de desconto simples racional de 48% ao ano?
(Despreze os centavos).

85. Qual o valor presente de um título de R$ 1.300,00 que sofreu um desconto simples
racional à taxa de 4% ao mês, dois meses antes de seu vencimento? (Despreze os
centavos).

86 . Um título no valor de R$ 6.000,00 foi resgatado por R$ 5.000,00 dois meses do seu
vencimento. Qual a taxa semestral de desconto simples racional usada na operação?

87. Uma operação de desconto simples racional com uma duplicata no valor de R$
648,00 a 60 dias de seu vencimento resultou num abatimento de R$ 48,00 em seu
valor nominal. Calcule a taxa mensal da operação.

28
imitinii
Capítulo 1 - Matemática financeira
ívHfífA»’

88 . Qual a taxa anual de desconto simples racional utilizada numa operação de um


título de R$ 504,00 a 1 2 0 dias de seu vencimento, e que apresentou um valor líquido
de R$ 420,00?

89. Uma duplicata foi descontada racionalmente a 90 dias de seu vencimento, e sofreu
um abatimento de R$ 36,00. Calcule o valor de face da duplicata, sabendo que foi
usada uma taxa de 3% ao mês.

90. Uma nota promissória foi quitada 2 meses antes de seu vencimento pelo valor de
R$ 3.200,00. Calcule o valor nominal da nota, sabendo que a quitação deu-se por
uma operação de desconto simples racional à taxa de 60% ao ano.

91. A duplicata com vencimento em 28.07.2008 foi descontada em 26.4.2008, à taxa


de desconto bancário simples de 6 % ao mês. Sabendo que o valor do desconto foi
de R$ 334,80, calcule o valor da duplicata.

92. Qual o valor presente de um título de R$ 600,00, que foi submetido a um desconto
simples racional a dois meses de seu vencimento, uma taxa de 24% ao ano? (Des­
preze os centavos).

93. Calcule o valor nominal de uma duplicata que, ao ser descontada 2 0 dias antes
de seu vencimento a uma taxa de 36% ao ano, produziu um valor presente de R$
2.100,00. Considere o desconto simples racional.

94. Antecipei um título de R$ 861,00 a uma taxa de desconto simples racional de 10%
ao mês, e recebi R$ 820,00. Qual foi o prazo de antecipação?

95. Qual a taxa mensal de desconto simples racional à qual foi submetido um título
de RS 2.484,00 a quatro meses de seu vencimento, produzindo um valor presente
de R$ 2.070,00?

96. Uma dívida no valor de R$ 600,00 vencível em 4 meses será quitada, mediante
um desconto simples a uma taxa de 30% ao semestre. Calcule a diferença êntre o
desconto comercial e o desconto racional.

97. Uma duplicata de R$ 70.000,00, com 90 dias a decorrer até o seu vencimento, foi
descontada por um banco à taxa de 2,70% ao mês. Calcule o valor líquido entregue
ou creditado ao cliente:
a) de acordo com o conceito de desconto bancário ou “por fora”.
b) de acordo com o conceito de desconto racional ou “por dentro”.

29
htiihml
Nonato de Andrade

98. Calcule o valor do desconto, “por fora” e "por dentro”, de um título de RS


100.000.00, com 115 dias a vencer, sabendo-se que a taxa de desconto é de 3% ao
mês para ambos os critérios.

99. Sabendo-se que o desconto de uma duplicata no valor de R$ 25.000,00, com 150
dias a vencer, gerou um crédito de R$ 22.075,06 na conta do cliente, determinar a
taxa mensal de desconto, de acordo com as duas conceituações conhecidas.

100. Dois títulos, no valor de R$ 10.000,00 cada um, foram descontados à taxa de 2,5%
ao mês, gerando um desconto de R$ 1.000,00 para cada um deles. Sabendo-se
que a operação com um dos títulos foi feita de acordo com o conceito de desconto
bancário, e o outro de acordo com o conceito de desconto racional, calcular os
prazos dos respectivos títulos.

101. Um título de R$ 140.000,00 foi descontado a 33% ao ano, 5 meses antes do seu
vencimento. Determine o valor líquido entregue ao seu portador, de acordo com
os conceitos de desconto bancário “por fora” e racional “por dentro”.

102. Determine o valor nominal ou de face de um título, com 144 dias para o seu
vencimento, que descontado à taxa de 48% ao ano proporcionou um valor atual
(líquido creditado) de R$ 38.784,00. Sabe-se que a operação foi feita de acordo com
o conceito tradicional, ou seja, desconto comercial ou “por fora”

103. Sendo de R$ 3.419,44 o valor do desconto racional ou “por dentro” de uma duplicata,
descontada à taxa de 3,55% ao mês, 120 dias antes do seu vencimento, calcular o
valor do seu desconto bancário, à mesma taxa.

104. Sendo de R$ 2.800,00 o valor do desconto comercial ou “por fora” de um título


de valor de face igual a R$ 16.000,00. Determine o valor do seu desconto racional
ou “por dentro”, à mesma taxa.

105. Determine quantos dias faltam para o vencimento de uma duplicata no valor de R$
9.800.00, que sofreu um desconto bancário de R$ 548,50, à taxa de 32% ao ano.

106. Uma pessoa obteve um financiamento, para aquisição de um veículo, para ser
quitado em 18 prestações mensais, iguais e consecutivas de R$ 9.470,00. No dia do
vencimento da 1 0 aprestação, após ter pago esta, o financiado propõe à financeira
a quitação, nesta data, das 8 prestações restantes. Sabendo-se que essa financeira
concede um desconto bancário ou “por fora” de 1 ,8 % ao mês para pagameptos
antecipados, calcular o valor do desconto total concedido.

30
imiitml
Capitulo 1 - Matemática financeira

107. Uma empresa apresenta a um banco, para desconto, 4 duplicatas no valor de R$


32.600,00 cada uma, com vencimentos para 60, 120, 180 e 240 dias. Calcular o
valor líquido creditado pelo banco na conta da empresa, sabendo-se que se trata de
um desconto comercial ou “por fora” e que a taxa de desconto cobrada é de 2,4%
ao mês.

108. Determinar a que taxa devem ser descontados 3 títulos, no valor de R$ 6.000,00
cada um, com vencimento para 30,60 e 90 dias, para que se tenha um valor atual,
global, de R$ 16.524,00, segundo o conceito de desconto bancário.

109. Numa operação de desconto de um título a vencer em 5 meses, o desconto por fora
é R$ 140,00, maior que o desconto por dentro. Qual o valor nominal do título, se
a taxa empregada nos descontos foi de 24% ao ano?

110. O quociente entre os descontos comercial e racional é 1,06. Qual é o prazo de


antecipação, se a;taxa é igual a 24% ao ano?

111 . Qual é o prazo de antecipação tal que o desconto racional seja igual a cinco sextos
do desconto comercial, considerando-se uma taxa de 60% ao ano, em ambos os
descontos? %

1.6. Desconto composto

Os procedimentos metodológicos para os cálculos dos descontos simples


e composto são parecidos; a diferença está na forma de calcular dos juros. O
desconto composto é aquele obtido em função de cálculos exponenciais. São
conhecidos dois tipos de descontos: o desconto composto “por fora” ou co­
mercial e o composto “por dentro” ou racional. O desconto “por dentro” ou
racional é o mais usado no Brasil e representa a diferença entre o valor futuro
de um título e o seu valor atual, determinado com base no regime de capita­
lização composta.

Desconto composto comercial - “por fora”

Ê pouco usado no nosso sistema financeiro, mas costuma aparecer com


freqüência nas provas de concursos. O seu valor atual é dado pelas expressões:
A = N.[(l - i)n] e dcc = N - A, onde:

31
íniiliml
Nonato de Andrade

♦ A = valor atual (presente);


♦ N = valor nominal (futuro);
♦ i = taxa de juros;
+ n = tempo ou período;
♦ dcc = desconto composto comercial

p Exercício comentado

24. Considerando um título de R$ 100.000,00, com vencimento futuro para


três meses, que foi descontado hoje (desconto composto comercial) a uma
taxa de 4% ao mês, qual o valor do desconto e o valor recebido (valor
atual) pelo título?
Aplicando os dados nas definições, temos: A = 100.000 x [ (1 - 0,04)3] ~ 100.000
x 0,8847 = 88.470,00. Conhecendo o valor atual, podemos encontrar o des­
conto: dcc = 100.000,00 - 88.470,00 = 11.530,00.

Exercícios propostos

112 . Um título de valor nominal 28.800,00 foi descontado 120 dias antes do vencimento
a uma taxa de 2,5% ao mês. De acordo com o conceito de desconto composto “por
fora”, calcule o valor do desconto.

113. Um título, com 90 dias a vencer, foi descontado à taxa de 3% ao. mês, produzindo
um desconto no valor de R$ 1.379,77. Calcule o valor nominal do título. ff

Desconto composto racional - “por dentro”

Essa é a modalidade de desconto mais usada no nosso mercado financeiro.


(i + í ) * - i ‘
É representado pelas expressões matemáticas =N
N í 1 + n)
a ~ 7 -----—, onde:
( i+ i)

32
iimlmit
Capítulo 1 - Matemática financeira

♦ dcr = desconto composto racional (“por dentro”);


♦ N = valor nominal (futuro);
♦ i = taxa de juros;
♦ n = tempo ou período;
♦ A = valor atual (presente).

Exercício comentado

25. Imagine que temos um título de R$ 100 mil, para vencer em três me­
ses, que foi descontado (desconto composto racional) por uma taxa de
4% ao mês. Qual o valor recebido (valor atual) pelo título e o valor do
desconto?
Aplicando os dados nas definições, temos A = 100.000 / (1+ 0,04)3= 100.000
/ (1,124864) = 88.899,64, como o valor atual. Agora vamos calcular o valor do
desconto: dcr = 100.000 x [(1 + 0,04)3- 1] / (1+ 0,04)3= 100.000 x (1,124864 -
1 ) /1,124864 = 100.000 x 0,1110036 = 11.100,36. Usamos as duas definições

para praticar a resolução dos cálculos, mas poderíamos ter resolvido direto
pela diferença éntre o valor nominal e o valor atual do título: dcr = N - A =
100.000,00 - 88.899,64 = 11.100,36.

Exercícios propostos

114. Calcule o valor do desconto composto racional sofrido por um título de R$ 1.800,00
três meses antes de seu vencimento, à taxa de 4% ao mês.

115. Qual o valor presente de uma operação de desconto composto racional de um título de
R$ 900,00 à taxa anual de 60,10%, para um prazo de antecipação de quatro meses?

116. O valor do desconto composto racional de um título é R$ 371,10. Sabendo-se que a


taxa de desconto usada na operação é de 8 % ao mês, e que o prazo de antecipação
é de três meses, calcule o valor nominal do título.

117. Um título de R$ 5.000,00 foi resgatado numa operação de desconto composto


racional pelo valor de R$ 4.444,98. Calcule o prazo de antecipação, sabendo que
a taxa empregada na operação foi de 60,10% ao ano.

33
Im ih iiil
Nonato de Andrade
jfVUíY

118. Calcule a taxa anual de desconto composto racional, se um título de R$ 800,00 foi
resgatado sete meses antes de seu vencimento pelo valor de R$ 498,20.

119. Uma instituição financeira descontou um título 30 dias antes de seu vencimento.
Esta instituição opera com uma taxa de desconto composto racional de 7% ao mês,
e cobra, além do desconto, uma taxa administrativa no valor correspondente a 1 %
do valor nominal da operação. Determine, então, a taxa de juros mensal efetiva­
mente praticada pela instituição.

120. Um título no valor de R$ 2.400,00 foi descontado à taxa de 60% ao ano, com capita­
lização mensal. Sabendo-se que o prazo de antecipação foi de cinco meses, calcule o
valor presente nesta operação de desconto composto racional. Despreze os centavos.

121. Qual o valor do desconto composto racional sofrido por um título de R$ 1.540,00
oito meses antes de seu vencimento, a uma taxa de 48% ao ano, capitalizado bi-
mestralmente? Despreze os centavos.

122. Um título no valor de R$ 2.800,00 sofreu um desconto composto racional à taxa


de 48% ao ano, com capitalização trimestral. Sabendo-se que o valor presente da
operação foi R$ 2.232,14, calcule em quantos meses o título foi antecipado.

123. Determine o valor do desconto composto racional de um título no valor de R$


50.000,00, sabendo-se que o seu prazo é de 5 meses e que a taxa de desconto co­
brada é de 3,5% ao mês.

124. Uma empresa obtém um empréstimo para ser pago no final de 12 meses, em um
único pagamento de R$ 1.800.000,00, à taxa de 4,5% ao mês. Decorridos exa­
tamente 5 meses, a empresa resolve liquidar antecipadamente esse empréstimo.
Admitindo-se que ela obtenha um desconto calculado a uma taxa equivalente à taxa
de juros cobrada na operação de empréstimo, determine o valor líquido a ser pago
pela empresa, de acordo com o conceito de desconto composto "por dentro51.

125. Calcule o valor atual de uma letra de câmbio de valor de resgate igual a R$ 90.000,00,
com 120 dias a vencer, sabendo-se que a taxa de desconto é de 3,25% ao mês.

126. Sabendo-se que o valor líquido creditado na conta de um cliente foi R$ 57.100,71,
correspondente ao desconto de um título de R$ 66.000,00, à taxa de 42,576% ao
ano, determine o prazo a decorrer até o vencimento desse título.

127. Calcule a que taxa mensal um título de R$ 100.000,00, com 75 dias a vencer, gera
um desconto no valor de R$ 13.044,10.

34
luiiEiin!
Capítulo 1 - Matemática financeira

128. Calcule o valor do desconto concedido num Certificado de Depósito Bancário,


de valor de resgate igual a R$ 200.000,00, sabendo-se que faltam 90 dias para o
vencimento e que a taxa de desconto é de 3 ,5 % ao mês. |?

1.7. Taxas proporcionais e equivalentes

Definição

Duas ou mais taxas são consideradas proporcionais quando, aplicadas ao


mesmo capital inicial, durante o mesmo período de tempo e no regime de juros
simples, produzirem o mesmo montante final. Logo:
* No regime de capitalização simples: Imagine que uma aplicação de R$
1.000,00, com taxa de 2 % ao mês, por um período de 4 meses (juros
simples), eqüivale à taxa de 8 % ao quadrimestre. Observe que, conforme
a definição,'podemos afirmar que as taxas de 2 % ao mês e 8 % ao quadri­
mestre são proporcionais.
* No regime de capitalização composta: Suponha que uma aplicação de
R$ 1.000,00, com taxa de 2% ao mês, por um período de 4 meses (juros
compostos)', eqüivale à taxa de 8,24% ao quadrimestre. Portanto, também
podemos afirmar que as taxas de 2% ao mês e de 8,24% ao quadrimestre
são equivalentes.

Na matemática financeira, sempre precisamos identificar o tipo de capi­


talização considerado. Portanto, antes de qualquer procedimento, é fundamental
saber identificar o regime em questão. Observe que a diferença entre as taxas
proporcionais e equivalentes, aqui também, refere-se exclusivamente ao regime
de juros considerado. Veja nas tabelas seguintes:

Taxas proporcionais e equivalentes no regime de juros simples

Juros simples Taxa proporcional ano


1 % ao mês 12 % ao ano
2 % ao bimestre 12 % ao ano
3% ao trimestre 12 % ao ano

35
Im iliiiii
Nonato de Andrade

Taxas proporcionais e equivalentes no regime de juros compostos

Juros compostos .Taxa proporcional àp ano


1 % ao mês , % ao ano
12 6 8

2 % ao bimestre 12,62% ao ano


3% ao trimestre 12,55% ao ano

Cálculo das taxas equivalentes


Como já definimos, dizemos que duas taxas são equivalentes quando pro­
duzirem o mesmo montante no final do tempo considerado, pela aplicação de
um mesmo capital inicial. Vamos chamar i de taxa mensal, ia de taxa anual e
procurar estabelecer uma igualdade entre ambas. Logo, C ( 1 + ia) = C ( 1 + im)12.
Observe a relação entre os expoentes que estabelece a igualdade entre as taxas.
Note que, deste modo, podemos estabelecer igualdades entre as taxas diária,
mensal, anual e assim por diante.
Exemplo 1: Vamos determinar a taxa anual equivalente a 2% ao mês.
Resolução: isolando a taxa anual da expressão C(1 + i ) = C ( 1 + im)12,
temos ia = ( 1 + im) 12 - 1 ; substituindo a taxa conhecida, temos ia= ( 1 + 0 ,Ü2 ) 12 - 1
= 1,2682 - 1 = 0,2682 ou 26,82% ao ano.
Exemplo 2: Agora vamos calcular a taxa mensal equivalente a 60,103% ao
ano.
Resolução: isolando a taxa mensal da expressão C(1 + i j ~ C(1 + im)12>
teremos im= (1 + i f 12- 1 = (1 + 0,60103)i/í2 - 1 = (1,60103)W2 - 1 -► im= 1,04 - 1
= 0,04 ou 4% ao mês.
Generalizando o uso desses exemplos, poderíamos definir uma fórmula
para o cálculo das equivalências entre as taxas:
i = (1 + id)p/d~ 1 -> definição genérica, onde:
♦ ip = taxa procurada;
♦ i„ = taxa dada;
♦ p = prazo procurado;
♦ d = prazo dado.

Você já deve ter percebido que calcular o valor de expressões como (1 -f i) 1/i2
ou (1 + i)v m só é viável usando uma calculadora que possua a função potência,
ou usando tabelas financeiras dessas taxas. Podemos usar também, embora em
muitos casos por aproximação, as tábuas logarítmicas.

36
hiiiltittí
Capítulo 1 - Matemática financeira

|* Exercícios propostos

129. Usando uma calculadora com função potência, determine a taxa anual equivalente
a 0,19442% ao dia.

130. Calcule a taxa trimestral equivalente a 47,746% em dois anos.

131. Determine a taxa anual equivalente a 1% à quinzena.

132. Fazendo uso da calculadora, determine as taxas equivalentes a:


a) a taxa para 183 dias, equivalente a 65% ao ano.
b) a taxa para 491 dias, equivalente a 5% ao mês.
c) a taxa para 27 dias, equivalente a 13% ao trimestre.

133. No fim de quanto tempo um capital aplicado à taxa de 4% ao mês quadruplica o


seu valor:
a) no regime de capitalização composta.
b) no regime de capitalização simples.

134. Uma loja deeletrodomésticos financia um aparelho de R$ 390,00 sem entrada para
pagamento em uma única prestação de R$ 700,00 no final de cinco meses. Qual
a taxa mensal de juros cobrada?

135. Fabiana fez uma aplicação em CDB no valor de R$ 600.000,00 pelo prazo de 85 dias
e estima que a rentabilidade será de 25% ao bimestre. Qual será o montante final?

136. Luís é um aplicador que costuma investir em papéis com rentabilidade de 750%
ao ano. Qual a taxa mensal usada?

137. Qual o valor dos juros correspondentes a um empréstimo de R$ 2.700,00 pelo


prazo de 12 meses a uma taxa de juros de 7,50% ao mês?

138. Determine as taxas equivalentes a:


a) 584,11% ao ano em 60 dias. f) 1 % ao dia em 1 mês.
b) 750% ao ano em 63 dias. g) 67% ao bimestre em 15 dias.
c) 0,5% ao mês em 1 ano. h) 0,1% ao dia em 1 ano.
d) 17,56% ao mês em 90 dias. i) 15% à quinzena em 1 mês.^
e) 28,55% ao mês em 1 dia.

37
Im iiim l
Nonato de Andrade

1.8. Equivalência de capitais

Dizemos que dois ou mais valores são considerados capitais equivalentes


quando, calculados para um mesmo período de vencimento e com a mesma taxa
de juros, produzirem valores de montantes iguais.
Exemplo 1: Vamos considerar dois títulos: um de R$ 104.000,00 e outro de
R$ 106.000,00, vencendo, respectivamente, em 2 e 3 meses. Com uma taxa de juros
(simples) de 2 % ao mês, verifique se, para a data atual, são valores equivalentes.
N
Resolução: aplicando a definição Ar = -------- 7 e fazendo a substi-
X "V* n.i
104.000
tuicão, temos: Aj = f ------ -----------r=r . Logo, A, = 100.000,00. Fazendo
[ l + (0 , 0 2 x 2 Jj & 1

A, - f — 106.000— ^temos A, = 100.000,00. Observe que os dois capitais se


[l + (0 , 0 2 x 3) J

mostraram equivalentes.
Exemplo 2: Agora vamos considerar dois títulos: um de R$ 100.000,00 e
outro de R$ 104.040,00, vencendo, respectivamente, em 2 e 4 meses. Com uma
taxa de juros (compostos) de 2 % ao mês, verifique se, para a data atual, são va­
lores equivalentes.
N A 100.000
Resolução: aplicando a definição A, — -----—■} temos At — ------------- ,
(l + ij (1 + 0 ,0 2 )

104.040
Aj= 96.116,88. Agora vamos fazer A2 = ---------- —, A2= 96.116,88. Veja que cha-
( 1 + 0 ,0 2 )

gamos ao mesmo valor. Portanto, esses capitais também são equivalentes entre si.

1.9. Taxa nominal, efetiva, real e aparente

Taxa nominal
A taxa nominal é aquela em que a unidade de referência do seu período
não coincide com a unidade dos períodos de capitalização. Na grande maioria
das questões de concursos, é dada a taxa nominal, quando o cálculo requer a
taxa efetiva. Portanto, é preciso fazer as conversões, sempre atentos para o regime
de capitalização em questão. Veja um exemplo: a taxa nominal de 1 2 % ao ano,
capitalizada mensalmente no regime de juros simples, resultará em uma taxa
de 1 % ao mês. Todavia, quando é capitalizada pelo regime de juros compostos,

38
tuiiliml
Capítulo 1 - Matemática financeira

teremos uma taxa efetiva de 12,68% ao ano. A definição mais usada para fazer
essa conversão é rf = [(r2 / n) + l]n - 1 , onde:
♦ rt = taxa efetiva;
♦ r2 = taxa nominal;
♦ n = tempo ou período.

Taxa efetiva
Denominamos taxa efetiva aquela em que a unidade de referência do seu
tempo coincide com a unidade de tempo dos períodos de capitalização. Podemos
ver claramente a distinção entre taxa nominal e taxa efetiva nos rendimentos da
caderneta de poupança. Pelas normas atuais, a poupança rende TR + 6 % de juros
com taxa nominal ao ano, o que é equivalente a 0,5% ao mês. Entretanto, como ela é
capitalizada no regime de juros compostos, teremos uma taxa efetiva de TR+ 6,17% ao
ano. A maioria desses empréstimos "oferecidos” anuncia uma taxa nominal atraente,
mas as prestações são calculadas usando a taxa efetiva, então fique ligado.

Taxa real
A taxa real, na verdade, é a taxa efetiva descontada a inflação do período.
(l + \ )
A sua definição é dada por i = ------ —- 1 , onde:
(l + f)
♦ ir = taxa de juros real;
♦ ie = taxa de juros efetiva;
♦ f = taxa da inflação.

Taxa aparente
A taxa aparente é formada pela taxa de juros real e pela taxa de inflação.
Costumamos deâni-la por ia - [(1 + ir ) x ( 1 + f)] - 1 , onde:
♦ ir = taxa de juros real;
♦ f = taxa da inflação.

Exercício comentado

26. Uma financeira está emprestando dinheiro a uma taxa nominal de 12%
ao ano, capitalizada mensalmente, com prazo de 12 meses. Sabendo que
a inflação estimada do período é de 6%, determine a taxa efetiva do em­
préstimo, a taxa real e a taxa aparente.

39
Itiitliiiil
Nonato de Andrade

Pelos dados, podemos observar que a taxa nominal de 12% é equivalente a


1 % ao mês. Como a capitalização é composta, temos que 1 % ao mês é igual

a taxa efetiva de 1 2 ,6 8 % ao ano.

Agora vamos calcular a taxa real, retirando da taxa efetiva a inflação do


período:
ir = [ (1 + 0,1268) / (1 + 0,06) ] - 1

(= (1,1268 / 1,06) ~ 1
/= 1,0630-1
ir = 0,0630 ou 6,30%

Vamos calcular o valor da taxa aparente, que neste caso terá o mesmo valor
da taxa efetiva:
ia = [ (1 + 0,0630) x (1 + 0,06) ] - 1
i[ = 1,1268 - 1
i = 0,1268 ou 1 2 ,6 8 % ^

1.10. Sistemas de amortização

Introdução
No Brasil, os sistemas de amortização mais conhecidos são os seguintes:
a Tabela Price, que é o Sistema Francês, o SAC, conhecido como o Sistema de
Amortização Constante, e o SAM> que é o Sistema de Amortização Misto. A
Tabela Price é o mais usado no sistema financeiro brasileiro. O SAC e o SAM
são mais comuns no Sistema Financeiro de Habitação.

Tabela Price - Sistema Francês de Amortização


O famoso Sistema Francês é um plano de amortização de dívidas em
prestações iguais e sucessivas, dentro do conceito de termos vencidos, em que o
valor de cada prestação é composto por duas parcelas distintas: uma de juros e
outra de amortização do capital. A parcela de juros é obtida multiplicando-se a
taxa de juros pelo saldo devedor existente no período imediatamente anterior; já
a parcela de amortização é determinada pela diferença entre o valor da prestação
e o valor da parcela de juros.
Também podemos dizer que é a maneira como uma dívida evolui, por
meio de pagamentos periódicos, em que a soma das prestações corresponderá

40
luiiiidii
Capítulo 1 - Matemática financeira

ao reembolso dos juros e do capital, obedecendo à relação: Prestação = amor­


tização + juros. O valor das prestações ê da quantia final paga vai depender da
taxa usada na operação.
Vamos fazer uma pequena simulação, sempre usando o mesmo exemplo,
para depois realizarmos uma comparação entre os diversos sistemas de amor­
tização. Suponhamos que você tenha comprado um apartamento financiado no
valor de 1 0 0 .0 0 0 ,0 0 , e, como você está com uma quantia alta em dinheiro, vai
pagá-lo no prazo de três meses e com juros de 3% ao mês.
♦ Io caso: você resolveu quitar de toda sua dívida, amortização + juros, em
um único pagamento, no final do período de 3 meses, e a forma de capi­
talização acordada foi os juros simples. Nesse caso, usamos a definição
do montante dos juros simples: M - C (1 + i.n). Acompanhe na tabela
abaixo a evolução dos cálculos.

n .Juros.. Amortização v; Prestação Saldo devedor


0 > - - - 100.000,00
1 "'. 3.0üÒ,ÓÕ ' I liliii» 103.000,00
2 3.000,00 - . - v 'V 106.000,00
3 '3.000,00 100.000,00 ii09k)00;00 ;

* 2° caso: você ainda vai quitar toda sua dívida, em um único paga:
mexito, no final do período de 3 meses, mas a forma de capitalização
acordada foi os juros compostos. Nesse caso, usamos a definição dos
juros compostos: M - C ( 1 + i)n. Observe na tabela abaixo a evolução
dos cálculos.

n -juros Amortizaçao' ^^Prestaçao%. Saldo devedor


0 - 100.000,00
1 ■ -' - ■- - 103.000,00
2 3.090,00 106.090,00
3 100.000,00 '

Note que, adotando a forma de capitalização composta, houve um acrésci­


mo de 272,70. Agora, vamos usar esses dados obtidos para fazer uma comparação
entre os diversos sistemas de amortização, sempre com o mesmo exemplo, para
facilitar o entendimento e evidenciar as diferenças existentes entre eles.
Retomando o Sistema Price ou Francês, criado para apresentar pagamentos
iguais ao longo de todo o período das prestações, vamos à fórmula matemática
í ( 1 + i)”
usada para calcular o valor das prestações: P - Vp ^ ~ — , onde:

41
itiiiJtiiii
Nonato de Andrade

♦ p = valor da prestação;
« Vp = valor principal do empréstimo;
♦ i = taxa de juros;
♦ n = tempo ou período.

Fazendo a capitalização usando os juros compostos, temos a simulação do


financiamento do apartamento, citado anteriormente, na tabela seguinte:

n Amortização Saldo devedor


0 - - 100.000,00
1 32.353,04 lliS S o S 67.646,96
2 2.029,41 33.323,63 35.353,04 34.323,33
3 34.323,33 ; -35.353,Ò4'

Observações feitas quanto aos valores das colunas da tabela:


♦ as parcelas dos juros vão diminuindo com o passar do tempo;
♦ o valor das amortizações do capital vai crescendo com o passar do tempo;
♦ as prestações são sempre constantes, pois é uma das características prin­
cipais do sistema;
♦ o saldo devedor vai caindo até ser quitado na última prestação.

OSistema Americano

Nesse sistema, o tomador do empréstimo paga os juros em forma de pres­


tação constante, periodicamente, e o principal, em um único pagamento no final.
Como a grande maioria das capitalizações é feita no regime de juros compostos,
vamos comparar usando a forma composta de capitalização:

n Amortização Prestação .} Saldo devedor


0 - - 1 0 0 .0 0 0 , 0 0

1 :v, ~ 3.000, 0 0 "h. 1 0 0 .0 0 0 , 0 0

2 3.000,00 3.000,00 1 0 0 .0 0 0 , 0 0

3 '3 :ooo,oo- - .
1 0 0 0 0 0 ,0 0 ■; íolooddp ■

Temos a impressão de que essa forma é mais vantajosa para quem paga,
pelo fato de apresentar um valor final menor. Entretanto, não podemos esque­
cer que os juros já vinham sendo pagos. Logo, a dívida foi quitada pelo valor de
109.000,00.

42
hinliml
Capítulo 1 - Matemática financeira

SAC - Sistema de Amortização Constante

Esse sistema de amortização também é conhecido como Sistema Hambur­


guês. Nele o tomador do empréstimo amortiza o saldo devedor em valores iguais
e constantes, ao longo do período. Observe como fica a simulação do exemplo
por nós usado, aplicando o regime de juros compostos:

n ■.,.;-.-Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - -■ - 100.000,00
1 33.333,33 66.666,67
2 2.000,00 33.333,33 35.333,33 33.333,34
3 S i.o ò o ,o £ g 33.33334 4';:'--

Observações quanto aos valores das colunas da tabela:


* as parcelas dos juros vão diminuindo com o passar do tempo, a exemplo
do Sistema Price;
* o valor das amortizações do capital é constante, pois é uma das principais
características do sistema;
* o valor das prestações vai diminuindo com o passar do tempo;
*■o saldo devedor vai diminuindo até ser quitado na última prestação, a
exemplo do Sistema Price.

SAM - Sistema de Amortização Misto

Como o próprio nome sugere, esse sistema é uma mistura entre o Price e o
SAC. Nele é feita a média aritmética das prestações calculadas nas duas formas
anteriores. Assim: PSAM= (PpRICE + PSAC) / 2 .

n . . juros Amortização Saldo devedor


0 - " ' 100.000,00
-

1 . 3.ogo;oò 32.843,19 • '.3 5 .8 4 3 4 ^


■' . . 67.156,81
'2 2.014,70 33328,49 35.343,19 ■:■: 33.828,32
. 3 33.828,32 ■ 34V843,I9-

Vistas essas simulações entre os principais sistemas de amortização, agora


cabe a você, no caso de desejar realmente comprar o tal apartamento, fazer as
devidas comparações e escolher a instituição financeira que adota o modelo de
sistema de amortização mais vantajoso para o caso específico.

43
ilIIllilEil
Nonato de Andrade

1.11. Tabelas financeiras

Imagine que os funcionários das instituições financeiras que lidam com os


financiamentos tivessem que fazer todos esses cálculos para cada financiamento
que realizassem. Seria uma jornada dura e demorada. Então, como uma forma de
simplificar os cálculos, foram criadas as diversas tabelas financeiras. Vamos falar
um pouco das mais usadas, que são, junto com as calculadoras modernas, verda­
deiros instrumentos facilitadores nas aplicações da matemática financeira.

Fator de capitalização composta

É dado pela definição: Fcc = (I + i)c, onde:


Fcc = fator de capitalização composta;
i = taxa de juros adotada;
n = tempo ou período.

Exemplo: Vamos praticar usando a tabela financeira abaixo, para calcular


qual o valor final de R$ 50.000,00 aplicados por nove meses a uma taxa de 2%
ao mês.
M = 50.000,00 x Fcc
M = 50.000,00 x 1,195093
M = 59.754,65

Prazo Taxa de juros (i)


(n) 1% 2 % 3% ’ 4% : 5%
1 1 ,0 2 0 0 0 0 .1,030000 . 1,040000 . .1,050000.
2 1 ,0 2 0 1 0 0 1,040400 1,060900 1,081600 1,102500
:
3 •1,030301 • 1,061208 1.092727.- ' 1,124864 V. 1,157625:'
4 1,040604 .1,082432. 1,125509 1,169859 1,215506
5 1,051010 1,104081 ■. 1,159274 " 1,216653 ';;Íi276282 ■
6 1,061520 1,126162 1,194052 1,265319 1,340096
7 í::lÍ072Í35;./ 1,148686 1,315932 ^ í 2 o7Íoq r
8 1,082857 1,171659 1,266770 1,368569 1,477455
9 1,195093 J I g o 4 Z £ || 1,423312
10 1,104622 1,218994 1,343916 1,480244 1,628895

44
iiiiihtn]
Capítulo 1 - Matemática financeira

Fator de atualização composto

É dado pela definição: F = — -—


( i+ i) "

♦ Fac = fator de atualização composto;


♦ i = taxa de juros adotada;
♦ n = tempo ou período.

Exemplo: Utilizando a tabela financeira seguinte, vamos calcular o valor


presente de um investimento que, aplicado por oito meses a uma taxa de 5% ao
mês, tenha rendido R$ 5.000,00.
Vp = 5.000,00 x F ac
Vp = 5.000,00 x 0,676839
V = 3.384,19
P 5

Prazo : V; í ' í UÍ ? ; '''' / : ^. ' . Táxa de juros (i ) [-y... V..-.. i


■Vín) ■ 1% 2% 3% ; 4% 5%
1 -0,990099 0,980392 U ff0 8 7 4 " ' 0,961538 Ifiü B fiB
0,980296 0,961169 0,942596 ; 0,924556 . 0,907029
3 : :,0 ;§70:590 0,942322 0,888996
4 0,960980 0,923845 0,888487 0,854804 0,822702
5 8 S H IS B 0,905731 a i ü ü 0,821927 | |§ J § |É 6 |g
, 6 0,942045 0,887971 0,837484 0,790315 0,746215
7 ■■0,932718 0,870560 ^;;ÔÍ813'092'V 0,759918 B p S l 0 | 8 Í;/;
8 0,923483 0,853490 0,789409 0,730690 0,676839
- 9 . .0,914340- . 0,836755 .10,766417^' 0,702587 S S B IK f
10 - 0,905287 0,820348 • 0,744094 0,675564 0,613913

Fator de valor presente composto

l-íl+ i)" "


E dado pela definição: Fvpc = ------ ;------ , onde:

♦ F = fator de valor presente composto;


♦ i = taxa de juros adotada;
♦ n = tempo ou período.

j
45
liüihttt!
Nonato de Andrade

Exemplo: Usando a tabela financeira abaixo, calcule o valor presente de um


empréstimo convencional (pagamento no final de cada período) de 5 prestações
iguais de R$ 550,00 e taxa de 4% ao mês.
Vp = 550,00 x Fvpc
Vp = 550,00 x 4,451822
Vp = 2.448,50

Prazo Taxa de juros (i)


(n) 1% 2% 3% 4% 5%
1 .0,990099 v 0,980392 ví;0,970874 ;r 0,961538
2 1,970395 1,941561 1,913470 1,886095 1,859410
3 2,883883 2,775091 a i »
4 3,901966 3,807729 3,717098 3,629895 3,545951
5 4,713460 : ’4,579707/; 4,451822 .• 4^29477 :.
6 5,795476 5,601431 5,417191 5,242137 5,075692
7 S liS iB ? 6,471991 K S B H S if : 6,002055 í' W ÊSSÈf l l
8 7,651678 7,325481 7,019692 6,732745 6,463213
9 S IIK S B 8,162237 7,435332 í b i s s »
10 9,471305 8,982585 - 8,530203 . 8,110896 7,721735

Fator de valor futuro composto

(l + i)a - 1
Ê dado pela definição: F^c = ------;------}onde:

♦ Fvfc = fator de valor futuro composto;


♦ i = taxa de juros adotada;
♦ n = tempo ou período.

Exemplo: Vamos usar a tabela financeira seguinte para calcular o valor


futuro de um empréstimo convencional (pagamento no final de cada período)
de 5 prestações iguais de R$ 600 e taxa de 4% ao mês.
Vf= 600,00 x F vfc
Vf = 600,00x5,416323
Vf= 3.249,79

46
li tiilu ti l
Capítulo 1 - Matemática financeira

Prazo Taxa de juros (i),


(n) 1% 2% 3% 4% 5%
1 i S U M i ® 1 ,0 0 0 0 0 0 . 1 , 0 0 0 0 0 0 :■ 1 , 0 0 0 0 0 0 ';£ooobõQ'V
2 2 ,0 1 0 0 0 0 2 ,0 2 0 0 0 0 2,030000 2,040000 2,050000
3 '0^O3OM ÍI 3,060400 :'3,090900. .• 3,121600 ws-mSoo^
4' 4,060401 4,121608 4,183627 4,246464 4,310125
■5 '.'.5,101005 5,204040 .j 5309136:;' 5,416323 ;'5;52563l':
6 6,152015 6,308121 6,468410 6,632975 6,801913
7 ■^%2Í3535Í^ 7,434283 /; 7,662462 7,898294 . •8,142008 ’
8 8,285671 8,582969 8,892336 9,214226 9,549109
9 ^ 3 ^ 5 2 7 ^ : 9,754628 : 10,15910.6^ 10,582795 lí,026564
10 ; 10,462213 10,949721- 11,463879 12,006107 12,577893

Fator para o Sistema de Amortização Francês - SAF


Para calcular o valor da prestação pelo Sistema Francês, o mais usado
hoje no Brasil, que proporciona os valores das prestações constantes, usamos a
definição:
7
P = Vp / Fvpc , onde:
♦ P = valor da prestação;
♦ V - valor presente;
♦ Fvp( - fator do valor presente composto.
Exemplo: Usando a tabela financeira abaixo, calcule o valor da prestação de
um empréstimo de R$ 30.000,00 (pagamento no final de cada período), com prazo
de 10 meses, prestações iguais e taxa de juros (compostos) de 4% ao mês.
P = 30.000,00 / Fvpc
P = 30.000/ 8,110896
P = 3.698,72

Prazo Taxa dé juros (i) *


V (n) ' % 1 ■- ' 2 % 3% 4% 5%
. 1 • & ÍM Ê Ê Ê Ê 0,980392 ■r'0,970.874',' ; 0,961538 ^WÈIÊÊÊÈ.
2 . 1,970395 1,941561 v. 1,913470 1,886095 1,859410
3 ■J:-4;9M985.k 2,883883 V2;g286ir:. ■ 2,775091
4^ 3,901966 3,807729 3,717098 3,629895 3,545951
5 ^£853431^ 4,713460 ^4;5797(Í7^' 4,451822 ,^v329477::;
6 5,795476 5,601431 5,417191 . 5,242137 5,075692
•' 7 S728Í95Í% 6,471991 :-l}Z,23(tâi3 ' 6,002055 ;Í5;íféS373
■• S '• 7,651678 7,325481 ' 7,019692 6,732745 6,463213
' 9 :^8;566018;^ • 8,162237 7,435332 ;':Í^ÍÓ^ 2 2 Í{]
10 9,471305 8,982585 8,530203 8,110896 7,721735

47
hniimi!
Nonato de Andrade

f Questões de concursos

01 . Na venda de um certo produto, ura vendedor consegue um lucro de 20% sobre o


preço de custo. Portanto, a fração equivalente â razão entre o preço de custo e o
preço de venda é:
a) 1/5
b) 2/5
c) 2/3
d) 3/4
e) 5/6

02. Ura cofre contém apenas anéis e brincos, de ouro ou de prata. Sabe-se que 80%
dos anéis são de prata e 10% das jóias são brincos. A porcentagem de jóias desse
cofre que são anéis de ouro é:
a) 90%
b) 63%
c) 30%
d) 18%
e) 1 0 %

03. Para emitir urna ordem de pagamento, um Banco cobra de seus clientes uma
comissão de 1 ,8 % sobre o seu valor. Se, ao enviar por esse Banco uma ordem de
pagamento, um cliente desembolsou o total de R$ 5.090,00, o valor dessa ordem
de pagamento era de:
a) R$ 4500,00
b) R$ 4600,00
c) R$ 4750,00
d) R$ 4800,00
e) R$ 5000,00

04. Qual o valor de 50% de 175?


a) 87,5
b) 85
c) 80
d) 75
e) 72,5

05. Qual o valor de 25% de 225?


a) 90

48
(niihnil
Capítulo 1 - Matemática financeira

b) 125
c) 42,19
d) 52,25
e) 56,25

06. Qual o valor de 30% de 90?


a) 25
b) 27
c) 30
d) 32
e) 33,3

07. (Tribunal de Contas) Consultadas 500 pessoas sobre o plebiscito de 2 1 de abril de


1993, obteve-se o resultado abaixo:
♦ Presidencialismo........ 196
♦ Parlamentarismo........192
+ Não sabem..............112
De acordo com a pesquisa, o percentual de indecisos corresponde a:
a) 2 1 ,6 %
b) 2 1 ,8 %
c) 2 2 ,2 %
d) 22,4%
e) 23,1%

08. O preço de um produto duplicou em um ano. O aumento percentual, portanto,


foi de:
a) 1 0 0 %
b) 2 0 0 %
c) 300%
d) 400%
e) 500%

09. O preço de um produto quadruplicou em um ano. O aumento percentual, portanto,


foi de:
a) 1 0 0 %
b) 2 0 0 %
c) 300%
d) 400%
e) 500%

49
liitlllliil
Nonato de Andrade

10. (Banco Çentral/Cespe-UnB/97)


PREFERÊNCIA POR CARTÕES CRESCE EM JULHO
Pela ordem, as formas de pagamento preferidas foram: à vista, com 58,25% das vendas;
cartões de crédito, com 16,96%; cheques pré-datados, com 15,90%; financiamento das
lojas ou instituições financeiras, com 8 ,6 8 %; e empenho, representando vendas ao go­
verno, com 0 ,2 1 %. Vaie ressaltar uma inversão. Os pré-datados, tradicionalmente, fica­
vam em segundo lugar na preferência dos consumidores como forma de pagamento.
Comparados a julho de 96, há uma queda substanciai de 11,24% nos pagamentos
à vista e de 29,21% nos cheques pré-datados. Os pagamentos com cartão de cré­
dito cresceram 94,21% e, por meio de financiamentos, 192,24%. O empenho, que
representa as compras do governo (federal, local e empresas públicas), reduziu sua
participação em 4,55%, sempre comparados a julho de 1996.
Joroai da Comunidade, 17/08/97

I - Com base no texto, julgue os itens a seguir:


a) Os pagamentos à vista, em julho de 96, foram substancialmente menores do
que os pagamentos à vista em julho de 97. Errado.
b) Em julho de 96, os pagamentos com cheques pré-datados representavam menos
de 2 1 % da preferência dos consumidores. Errado.
c) No período considerado, as vendas por meio de financiamento das lojas ou das
instituições financeiras não chegaram a duplicar de volume. Errado.
d) Em julho de 96, os pagamentos com cartão representavam menos de 8,4% da
preferência dos consumidores. Errado.
e) A diferença percentual entre as compras realizadas por meio de cartões de cré­
dito ou cheques pré-datados, em julho de 97, e as compras realizadas nas duas
modalidades, em julho de 96, é inferior a 4%, Certo.

11. O montante produzido por R$ 10 mil aplicados a juros simples, à taxa de 1% ao


mês, durante seis meses, é igual a:
a) R$ 10.000,60
b) R$ 10.006,00
c) R$ 10.060,00
d) RS 11.600,00
e) R$ 10.600,00

12. O montante produzido por R$ 10 mil aplicados a juros simples, à taxa de 1% ao


bimestre, durante seis meses, é igual a:
a) R$ 10.000,30
b) R$ 10.003,00
c) R$ 10.030,00
d) R$ 10.300,00
e) R$ 11.300,00

50
imihinl
Capítulo 1 - Matemática financeira

13. (CEF - Gerente Júnior/Cespe-UnB/2000) Um certo capital, aplicado a juros sim­


ples durante 15 meses, rendeu um determinado juro. Se aplicarmos o triplo desse
capital à mesma taxa, em que prazo o juro obtido será igual ao dobro do obtido
na primeira aplicação?
a) 5 meses.
b) 7 meses e meio.
c) 1 0 meses.
d) 1 2 meses.
e) 18 meses.

14. A que taxa de juros simples, em por cento ao ano, deve-se emprestar R$ 2 mil,
para que no fim de cinco anos este duplique de valor?
a) 2 0 %
b) 30%
c) 40%
d) 50%
e) 1 0 0 % ;

15. Considere o empréstimo de R$ 5 mil, no regime de juros simples, taxa de 2% ao


mês e prazo de 1 ano e meio. Qual o total de juros pagos nesta operação?
a) R$ 5 mil
b) R$ 2 mil
c) R$ 10 mil
d) R$ 2,5 mil
e) R$ 1 , 8 mil

16. Um empréstimo de R$ 10 mil fox quitado, dois meses depois, por R$ 10.400,00. Con­
siderando o regime de juros simples, qual a taxa de juros mensais desta operação?
a) 1 % ao mês
b) 2 % ao mês
c) 3% ao mês
d) 4% ao mês
e) 5% ao mês

17. (TTN/Esaf/92) Um fogão é vendido por $600.000,00 à vista ou com uma entrada
de 2 2 % e mais um pagamento de $542.880,00 após 32 dias. Qual a taxa de juros
mensal envolvida na operação?
a) 5%
b) 1 2 %
c) 15%
d) 16%
e) 2 0 %

51
Itiifíiml
Nonato de Andrade

18. (AFRF/Esaf/2002.2) Uma conta no valor de R$ 2.000,00 deve ser paga em um


banco na segunda-feira, dia 8 . O não pagamento no dia do vencimento implica
uma multa fixa de 2 % sobre o valor da conta mais o pagamento de uma taxa de
permanência de 0 ,2 % por dia útil de atraso, calculada como juros simples, sobre
o valor da conta. Calcule o valor do pagamento devido no dia 22 do mesmo mês,
considerando que não há nenhum feriado bancário no período.
a) R$ 2.080,00
b) R$ 2.084,00
c) R$ 2.088,00
d) R$ 2.096,00
e) R$ 2.100,00

19. (Auditor-Fiscal de Fortaleza/Esaf/98) Um capital é aplicado a juros simples do dia 10


de fevereiro ao dia 24 de abril, do corrente ano, a uma taxa de 24% ao ano. Nessas
condições calcule o juro simples exato ao fim do período, como porcentagem do
capital inicial, desprezando as casas decimais superiores à segunda.
a) 4,70%
b) 4,75%
c) 4,80%
d) 4,88%
e) 4,93%

20. (AFRF/98) À quantia de R$ 10.000,00 foi aplicada a juros simples exatos do dia 1 2
de abril ao dia 5 de setembro do corrente ano. Calcule os juros obtidos, à taxa de
18% ao ano, desprezando os centavos.
a) R$ 705,00
b) R$ 725,00
c) R$ 715,00
d) R$ 720,00
e) R$ 735,00

21. (AFRF/2003) Uma pessoa tem que pagar dez parcelas no valor de R$ 1.000,00
cada que vencem todo dia 5 dos próximos dez meses. Todavia ela combina com
o credor um pagamento único equivalente no dia 5 do décimo mês para quitar a
dívida. Calcule este pagamento considerando juros simples de 4% ao mês.
a) R$ 11.800,00
b) R$ 12.006,00
c) R$ 12.200,00
d) R$ 12.800,00
e) R$ 13.486,00

52
Itiiihiui
Capítulo 1 - Matemática financeira

22 . (TTN/Esaf) O valor atual racional de um título cujo valor de vencimento é de


$ 256.000,00, daqui a sete meses, sendo a taxa de juros simples utilizada para o
cálculo de 4% ao mês, é:
a) $ 2 0 0 .0 0 0 , 0 0
b) $ 2 2 0 .0 0 0 , 0 0
c) $ 180.000,00
d) $ 190.000,00
e) $ 2 1 0 .0 0 0 , 0 0

23. (Esaf) A aplicação de um capital de R$ 10.000,00 no regime de juros compostos,


pelo período de três meses, a uma taxa de 10% ao mês, resulta, no final do 3omês,
num montante acumulado.
a) R$ 3.000,00
b) R$ 13.000,00
c) inferior a R$ 13.000,00
d) superior a R$ 13.310,00
e) menor do que aquele que seria obtido pelo regime de juros simples

24. (Técnico em Contabilidade - nível médio/Quadrix/CRM~GOi2004) Ao acumular


a taxa de 2% ao mês em um bimestre, obtém-se o resultado de 4,04%. O cálculo
envolveu o conceito de:
a) juros simples.
b) juros compostos.
c) juros complexos.
d) juros mistos.
e) juros imperfeitos.

25. (Quadrix - nível superior/CREF4-SP/2004) Sobre o regime de capitalização dos


juros, é correto afirmar:
a) no regime de capitalização composto, os juros incidem somente sobre o
saldo inicial da operação, não se registrando juros sobre o saldo dos juros
acumulados.
b) o regime de capitalização composto incorpora ao capital não somente os juros
referentes a cada período mas, também, os juros sobre o saldo dos juros acu­
mulados até o momento anterior.
c) o regime de capitalização composto incorpora ao capital não somente os juros
referentes a cada período mas, também, os juros sobre o saldo dos juros acu­
mulados até o momento posterior.
d) o regime de capitalização simples incorpora ao capital não somente os juros
referentes a cada período mas, também, os juros sobre o saldo dos juros acu­
mulados até o momento D- 2 (dois períodos antes).
e) nenhuma das alternativas acima está correta.

53
h iu ln ttl
Nonato de Andrade

26. Se aplicarmos um determinado valor, a juros compostos, rendendo 2% a cada


bimestre, quanto teremos após três anos?
a) 1 ,0 2 36 - 1
b) 1 ,0 2 18 - 1
c) 1 >1 2 3 - 1
d) 1 ,1 2 36 - 1
e) 1 ,1 2 1S- 1

27. Se aplicarmos um determinado valor, a juros compostos, rendendo 1% a cada


trimestre, quanto teremos após três anos?
a) i,o r 2 - 1
b) 1 ,0 1 18 - 1
c) l,03n -1
d) 1,0336 -1
e) 1,0318-1

28. {CEF - Gerente Júnior - nível superior/Cespe-UnB/2004) Um capital de R$ 2.000,00


foi aplicado à taxa de 3% a.m. por 60 dias e, o de R$ 1.200,00, à taxa de 2% a.m.
por 30 dias. Se a aplicação foi a juros compostos:
a) o montante total recebido foi de R$ 3.308,48.
b) o montante total recebido foi de R$ 3.361,92.
c) o montante total recebido foi de R$ 4.135,64.
d) a diferença positiva entre os montantes recebidos foi de R$ 897,80.
e) a diferença positiva entre os montantes recebidos foi de R$ 935,86.

29. Um empréstimo de R$ 10 mil foi quitado, dois meses depois, por R$ 10.609,00.
Considerando o regime de juros compostos, qual a taxa de juros mensais desta
operação?
a) 1% ao mês
b) 2 % ao mês
c) 3% ao mês
d) 4% ao mês
e) 5% ao mês

30. (Fiscal Tributário/CE) Obtenha o capital inicial que, aplicado a juros compostos
durante 12 meses, à taxa de 4% ao mês, atinge o montante de R$ 1.000,00 (aproxime
o resultado para reais).
a) R$ 625,00
b) R$ 630,00
c) RS 636,00
d) R$ 650,00
e) R$ 676,00

54
limlttul
Capítulo 1 - Matemática financeira

31. (IRB/Esaf/2004) Um capital é aplicado com capitalização dos juros durante três
períodos a uma taxa de juros de 10% ao período. Calcule os juros devidos como
porcentagem do capital aplicado.
a) 30%
b) 31,3%
c) 32,2%
d) 33,1%
e) 34%

32. (.Bacen) A taxa de 4% ao mês, quando capitalizada com juros compostos, corres­
ponde a uma taxa bimestral equivalente a:
a) 8 %
b) 8,16%
c) 1,08%
d) 1,0816%
e) 16% j

33. (Banespa/FCC/97) Receber juros compostos de 525% ao ano é equivalente a receber


juros semestrais de:
a) 175,0%
b) 206,25% . *
c) 218,5%
d) 262,5%
e) 150,0%

34. (IRB/Esaf/2004) Indique qual a taxa anual de juros compostos que eqüivale a uma
taxa de juros compostos de 2 % ao mês.
a) 24%
b) 24,24%
c) 24,48%
d) 24,96%
e) 26,8242%

35. (IRB/Esaf/2006) Indique o valor mais próximo da taxa de juros equivalente à taxa
de juros compostos de 4% ao mês.
a) 60% ao ano
b) 30% ao semestre
c) 24% ao semestre
d) 1 0 % ao trimestre
e) 6 % ao bimestre

55
lim ln iit
Nonato de Andrade

36. (AFTN/Esaf/85) Uma pessoa aplicou $10.000 a juros compostos de 15% a.a.» pelo
prazo de 3 anos e 8 meses. Admitindo-se a convenção linear, o montante da apli­
cação ao final do prazo era de:
a) $ 16.590
b) $ 16.602
c) $ 16.698
d) $ 16.705
e) $ 16.730

37. (ACE MICT/Esaf/98) Um capital de R$ 1.000,00 é aplicado à taxa de 3% ao mês,


juros compostos, do dia 10 de fevereiro ao dia 30 de maio. Obtenha os juros da
aplicação, usando a convenção linear.
a) R$ 1 1 0 , 0 0
b) R$ 113,48
c) R$ 114,47
d) R$ 114,58
e)R$ 115,00

38. (Fiscal-PA/Esaf/2002) Um capital é aplicado a juros compostos durante dois pe­


ríodos e meio a uma taxa de 20% ao período. Calcule o montante em relação ao
capital inicial, considerando a convenção linear para cálculo do montante.
a) 150%
b) 157,74%
c) 158,4%
d) 160%
e) 162%

39. (TRF/Esaf/2006) Um capital de R$ 100.000,00 é aplicado a juros compostos à taxa


de 18% ao semestre. Calcule o valor mais próximo do montante ao fim de quinze
meses usando a convenção linear.
a) R$ 150.108,00
b) R$ 151.253,00
c) R$ 151.772,00
d) R$ 152.223,00
e) R$ 152.510,00

40. (AFPS/Esaf/2002) Obtenha os juros como porcentagem do capital aplicado à taxa


de juros compostos de 1 0 % ao semestre por um prazo de quinze meses, usando a
convenção linear para cálculo do montante.

56
Ih i i I m h í
Capítulo 1 - Matemática financeira

a) 22,5%
b) 24%
c) 25%
d) 26,906%
e) 27,05%

41. (Fiscal de Tributos/CE) Uma dívida no valor de R$ 20.000,00 vence hoje, enquanto outra
no valor de R$ 30.000,00 vence em seis meses. Dada a taxa de juros compostos de 4%
ao mês e considerando um desconto racional, obtenha o valor da dívida equivalente
às duas anteriores, com vencimento ao fim de três meses. Desprezando os centavos.
a) R$ 48.800,00
b) R$ 49.167,00
c) R$ 49.185,00
d) R$ 40.039,00
e) R$ 50.000,00

42. (AFRF/Esaf/2005) Ana quer vender um apartamento por R$ 400.000,00 à vista ou


financiado pelo sistema de juros compostos à taxa de 5% ao semestre. Paulo está
interessado em comprar esse apartamento e propõe à Ana pagar os R$ 400.000,00
em duas parcelas iguais, com vencimentos a contar a partir da compra. A primeira
parcela com vencimento em 6 meses e a segunda com vencimento em 18 meses.
Se Ana aceitar a proposta de Paulo, então, sem considerar os centavos, o valor de
cada uma das parcelas será igual a:
a) R$ 220.237,00
b) R$ 230.237,00
c) R$ 242.720,00
d) R$ 275.412,00
e) R$ 298.654,00

43. (AFC-STN/Esaf/2005) Uma pessoa contraiu uma dívida no regime de juros compostos
que deverá ser quitada em três parcelas. Uma parcela de R$ 500,00 vencível no final do
terceiro mês; outra de R$ 1.000,00vencível no final do oitavo mês e a última, de R$ 600,00
vencível no final do décimo segundo mês. A taxa de juros cobrada pelo credor é de 5%
ao mês. No final do sexto mês o cliente deddiu pagar a dívida em uma única parcela.
Assim, desconsiderando os centavos, o valor equivalente a ser pago será igual a:
a) R$ 2.535,00
b) R$ 2.100,00
c) R$ 2.153,00
d) R$ 1.957,00
e) R$ 1.933,00

57
liiiih m i
Nonato de Andrade

44. (MDIC/Esaf/2002) Um contrato prevê que aplicações iguais sejam feitas mensal­
mente em uma conta durante doze meses com o objetivo de atingir o montante de
R$ 100.000,00 ao fim deste prazo. Quanto deve ser aplicado ao fim de cada mês,
considerando rendimentos de juros compostos de 2 % ao mês?
a) R$ 7.455,96
b) R$ 7.600,00
c) R$ 7.982,12
d) R$ 8.270,45
e) R$ 9.000,00

45. Calcule o valor mais próximo do montante ao fim de dezoito meses do seguinte
fluxo de aplicações realizadas ao fim de cada mês: dos meses 1 a 6 , cada aplicação
é de R$ 2.000,00; dos meses 7 a 12, cada aplicação é de R$ 4.000,00 e dos meses
13 a 18, cada aplicação é de R$ 6.000,00. Considere juros compostos e que a taxa
de remuneração das aplicações é de 3% ao mês.
a) R$ 94.608,00
b) RS 88.149,00
c) R$ 82.265,00
d) R$ 72.000,00
e) R$ 58.249,00

46. Se um título de R$ 575,00 vence em dois meses e para o seu pagamento à vista há um
desconto composto racional (por dentro) de 7,5% ao mês, qual o valor do desconto?
a) R$ 50,00
b) RS 75,00
c) R$ 77,43
d) R$ 79,12
e) RS 82,19

47. (Quadrix - nível superior/CREF4-SP/2004) Para cálculo do desconto do valor de R$


1 0 0 .0 0 0 . 0 0 em dois meses e taxa de juros de 2 % ao mês, utilizou-se o cálculo abaixo:

100.000.00 / (1 ,0 2 x 1 ,0 2 ) = 96.116,88. Desconto: 100.000,00 - 96.116,88 « 3.883,12.


Com base no descrito acima, podemos afirmar que foi utilizado:
a) desconto simples “por dentro” (ou racional)
b) desconto simples “por fora” (ou bancário ou comercial)
c) desconto composto “por fora”
d) desconto composto “por dentro”
e) todas as alternativas acima estão erradas

48. (TC-DF/95) Uma duplicata, no valor de R$ 2.000,00 é resgatada dois meses antes do
vencimento, obedecendo ao critério de desconto comercial composto. Sabendo-se
que a taxa de desconto é de 1 0 % ao mês, o valor descontado e o valor do desconto
são, respectivamente, de:

58
Itillliltlj
Capítulo 1 - Matemática financeira

a) R$ 1.600,00 e R$ 400,00
b) R$ 1.620,00 e R$ 380,00
c) R$ 1.640,00 e R$ 360,00
d) R$ 1.653,00 e R$ 360,00
e) R$ 1.666,67 e R$ 333,33

49. Uma loja vendia uma determinada peça de roupa por R$ 100 para pagamento em
30 dias. Para pagamento à vista, há um desconto simples (comercial) de 30%. Qual
o preço à vista?
a) R$ 70,00
b) R$ 80,00
c) R$ 30,00
d) R$ 71,50
e) R$ 76,92

50. (Técnico em Contabilidade - nível médio/Quadrix/CRM-GO/2004) O desconto


simples “por fora” também é conhecido como:
a) desconto racional
b) desconto por dentro
c) desconto bancário ou comercial
d) desconto de juros fixos
e) desconto comum

51. Se um título de R$ 575,00 vence em dois meses e para o seu pagamento à vista
há um desconto simples racional (por dentro) de 7,5% ao mês, qual o valor do
desconto?
a) R$ 50,00
b) R$ 75,00
c) R$ 86,25
d) R$ 90,00
e) R$ 150,00

52. (ACEP/BNB/2004) Em uma operação de desconto racional com antecipação de 5


meses, o valor descontado foi de R$ 8.000,00 e a taxa de desconto foi 5% ao mês.
Qual o valor de face desse título?
a) R$ 10.000,00
b) R$ 10.666,67
c) R$ 32.000,00
d) R$ 40.000,00
e) R$ 160.000,00

59
Imiiititi
Nonato de Andrade

53. (TTN/Esaf/89) Utilizando o desconto racional, o valor que devo pagar por um
título com vencimento daqui a 6 meses, se o seu valor nominal for de $29.500,00
e eu desejo ganhar 36% ao ano, é de:
a) $ 24.000,00
b) $ 25.000,00
c) $ 27.500,00
d) $ 18.800,00
e) $ 6.240,00

54. (AFRF/Esaf/2002) Um título sofre um desconto comercial de R$ 9.810,00 três meses


antes do seu vencimento a uma taxa de desconto simples de 3% ao mês. Indique
qual seria o desconto à mesma taxa se o desconto fosse simples e racional.
a) R$ 9.810,00
b) R$ 9.521,34
c) R$ 9.500,00
d) R$ 9.200,00
e) R$ 9.000,00

55. (ACE MICT/Esaf/98) O desconto simples racional de um título descontado à taxa


de 24% ao ano, três meses antes de seu vencimento, é de R$ 720,00. Calcular o
valor do desconto correspondente caso fosse um desconto simples comercial.
a) R$ 43,20
b) R$ 676,80
c) R$ 720,00
d) R$ 763,20
e) R$ 12.000,00

56. (Fiscal-PA/Esaf/2002) Uma nota promissória sofre um desconto simples comercial


de R$ 981,00, três meses antes do seu vencimento, a uma taxa de desconto de 3%
ao mês. Caso fosse um desconto simples racional, calcule o valor do desconto
correspondente à mesma taxa.
a) R$ 1.000,00
b) R$ 950,00
c) R$ 927,30
d) R$ 920,00
e) R$ 900,00

57. (AFPS/Esaf/2002) Um título no valor nominal de R$ 10.900,00 deve sofrer um des­


conto comercial simples de R$ 981,00 três meses antes do seu vencimento. Todavia
uma negociação levou à troca do desconto comercial por um desconto racional sim­
ples. Calcule o novo desconto, considerando a mesma taxa de desconto mensal

60
luulmtt
Capítulo 1 - Matemática financeira

a) R$ 890,00
b) R$ 900,00
c) R$ 924,96
d) R$ 950,00
e) R$ 1.090,00

58. (TTN/92) Um negociante tem duas dívidas a pagar, uma de $3.000,00 com 45 dias
de prazo, e outra de $8.400,00, pagável em 60 dias. O negociante quer substifuir
essas duas dívidas por uma única, com 30 dias de prazo. Sabendo-se que a taxa
de desconto comercial é de 1 2 % a.a. e usando a data zero, o valor nominal dessa
dívida será:
a) $.11.287,00
b) $ 8.232,00
c) $ 9.332,00
d) $ 11.300,00
e) $ 8.445,00
t
59. (AFTN/85) João deve a um banco $190.000 que vencem daqui a 30 dias. Por não
dispor de numerário suficiente, propõe a prorrogação da díviéa por mais 90 dias.
Admitindo-se a data focal atual (zero) e que o banco adote a taxa de desconto
comercial simples de 72% a.a., o valor do novo título será de:
a) $ 235.000,00
b)$ 238.000,00
c) $ 240.000,00
d) $ 243.000,00
e) $ 245.000,00

60. (AFTN/96) Uma firma deseja alterar as datas e valores de um financiamento con­
tratado. Este financiamento foi contratado, há 30 dias, a uma taxa de juros simples
de 2% ao mês. A instituição financiadora não cobra custas nem taxas para fazer
estas alterações. A taxa de juros não sofrerá alterações. Condições pactuadas ini­
cialmente: pagamento de duas prestações iguais e sucessivas de $11.024,00 a serem
pagas em 60 e 90 dias. Condições desejadas: pagamento em 3 prestações iguais:
a primeira ao final do 10° mês-, a segunda ao final do 30° mês; a terceira ao final
do 70° mês. Caso sejam aprovadas as alterações, o valor que mais se aproxima do
valor unitário de cada uma das novas prestações é:
a) $ 8 .2 0 0 , 0 0
b) $ 9.333,33
c) $10.752,31
d) $ 1 1 .2 0 0 , 0 0
e) $ 12.933,60

61
itiiiliuil
Nonato de Andrade

61. (AFRF/Esaf/2005) Edgar precisa resgatar dois títulos. Um no valor de R$ 50.000,00


com prazo de vencimento de dois meses, e outro de R$ 100.000,00 com prazo de
vencimento de três meses. Não tendo condições de resgatá-los nos respectivos
vencimentos, Edgar propõe ao credor substituir os dois títulos por um único, com
vencimento em quatro meses. Sabendo-se que a taxa de desconto comercial simples
é de 4% ao mês, o valor nominal do novo título, sem considerar os centavos, será
igual a:
a) R$ 159.523,00
b) R$ 159.562,00
c) R$ 162.240,00
d) R$ 162.220,00
e) R$ 163.230,00

62. (Analista de Compras de Recife/Esaf/2003) Um título é descontado por R$ 10.000,00


quatro meses antes de seu vencimento a uma taxa de 3% ao mês. Calcule o valor
nominal do título considerando que o desconto usado foi o desconto racional
composto. Despreze os centavos.
a) R$ 11.255,00.
b) R$ 11.295,00
c) R$ 11.363,00
d)R$ 11.800,00
e) R$ 12.000,00
\
63. (ATE-MS/Esaf/2001) Um título é descontado por R$ 4.400,00 quatro meses antes
do seu vencimento. Obtenha o valor de face do título considerando que foi aplicado
um desconto racional composto a uma taxa de 3% ao mês. (Despreze os centavos,
se houver).
a) R$ 4.400,00
b) R$ 4.725,00
c) R$ 4.928,00
d) R$ 4.952,00
e) R$ 5.000,00

64. (AFTN/91) Um “comercial paper” com valor de face de $1.000.000,00 e vencimento


daqui a três anos deve ser resgatado hoje a uma taxa de juros compostos de 1 0 %
ao ano e considerando o desconto racional. Obtenha o valor do resgate:
a) $ 751.314,80
b) $ 750.000,00

62
Imilnül
Capítulo 1 - Matemática financeira

c) $ 748.573,00
d) $ 729.000,00
e) $ 700.000,00

65. (Esaf) Uma empresa descontou uma duplicata de $ 500.000}00, 60 (sessenta) dias
antes do vencimento, sob o regime de desconto racional composto. Admitindo-
se que o banco adote a taxa de juros efetiva de 84% a.a., o líquido recebido pela
empresa foi de (desprezar os centavos no resultado final)
Dados: (l,84)1/3= 1,22538514
(1.84)l/4= 1,1646742
(1.84)I/6= 1,10697115
a) $ 429.304,00
b) $440.740,00
c) $ 446.728,00
d) $ 449.785,00 ^
e) $ 451.682,003
I
66 . (TC-DF/95) Um cidadao contraiu, hoje, duas dívidas junto ao Banco Azul. A
primeira terá o valor de $ 2 .0 0 0 ,0 0 , no vencimento, daqui a seis meses; a segunda
terá o valor, no,vencimento, daqui a dois anos, de $4.400,00. Considerando a taxa
de juros de 2 0 % ao ano, capitalizados trimestralmente, se o cidadão optar por
substituir as duas dívidas por apenas uma, a vencer daqui a um ano e meio, ele
deverá efetuar o pagamento de:
a) $ 6.420,00
b) $ 6.547,00
c) $ 6.600,00
d) $ 6.620,00
e) $ 6.680,00

67. (Esaf) João tem um compromisso representado por duas promissórias: uma de $
200.000,00 e outra de $ 150.000,00, vencíveis em quatro e seis meses, respectivamente.
Prevendo que não disporá desses valores nas datas estipuladas, solicita ao banco credor
a substituição dos dois títulos por um único a vencer em dez meses. Sabendo-se que
o banco adota juros compostos de 5% a.m., o valor da nova nota promissória é de:
a) $ 420.829
b) $ 430.750
c) $ 445.723
d) $ 450.345
e) $ 455.723

63
imiliiul
Nonato de Andrade

68 . {Analista/Bacen/2001) Um bônus no valor nominal de US$ 1.000,00 e contendo


doze cupons semestrais de US$ 50.00, vencendo o primeiro seis meses após o lan­
çamento, é lançado no mercado internacional. O lançamento de uma determinada
quantidade desses bônus ensejou um deságio de zero sobre o valor nominal do
bônus. Abstraindo custos administrativos da operação, qual a taxa de juros em
qúe os compradores dos bônus aplicaram o seu capitai, considerando que junto
com o último cupom o comprador recebe o valor nominal do bônus de volta?
a) 0 %
b) 5% ao semestre
c) 7,5% ao semestre
d) 1 1 % ao ano
e) 1 2 % ao ano

69. (Vunesp - Banco Central/98) A taxa de 4% ao mês, quando capitalizada com juros
compostos, corresponde a uma taxa bimestral equivalente a:
a) 8 %
b) 8,16%
c) 1,08%
d) 1,0816%
e) 16%

70. A taxa de 4% ao mês, quando capitalizada com juros simples, corresponde a uma
taxa bimestral equivalente a:
a) 8 %
b) 8,16%
c) 1,08%
d) 1,0816%
e) 16%

71. A taxa de 1% ao mês, quando capitalizada com juros compostos, corresponde a


uma taxa anual equivalente a:
a) 1 2 ,0 0 %
b) 1 2 ,6 8 %
c) 13,68%
d) 14,00%
e) 15,17%

72. A taxa de 15% ao semestre, nos juros compostos, corresponde a uma taxa mensal
equivalente a:
a) 2 ,0 0 %
b) 2 ,6 8 %
c) 2,50%

64
limiiml
Capítulo 1 - Matemática financeira

d) 2,49%
e) 2,36%

73. (TCU) Uma financeira pretende ganhar 12% a.a. de juros em cada financiamento.
Supondo que a inflação anual seja de 2.300%, a financeira deverá cobrar, a título
de taxa de juros nominal anual:
a) 2.358%
b) 2.588%
c) 2.858%
d) 2 .8 6 8 %
e) 2 .8 8 8 %

74. (CEF - Gerente Júnior/Cespe-UnB/2000) Um capital foi aplicado por 30 dias à taxa
mensal de 1,8%. Se a inflação no período foi de 1,1%, a taxa real de juros foi de,
aproximadamente:
a) 0,69% a.m.
. b) 0,75% a.m.
c) 1,64% a.m.
d) 1,87% a.m. *
e) 2,90% a.m.

75. (Banco Central/Vunesp/98) Sabendo-se que a taxa efetiva é de 0,9% e que a taxa
de inflação é 0,7% no mês, o valor da taxa real nesse mês é de:
a) 0,1986%
b) 0,2136%
c) 0,1532%
d) 0.4523&
e) 0,1642%

► 76. (TCM-GO/Ce$pe-UnB/99) Segundo o índice Geral de Mercado (IGPM) da Fun­


dação Getúlio Vargas,- a inflação acumulada de abril/98 a março/99 (12 meses) foi
de 5,1%. Nesse mesmo período, um investidor que tenha deixado uma quantia
aplicada em caderneta de poupança terá recebido 14,4%de rendimento. Tomando
o IGPM como a taxa de inflação nesse período, julgue os itens abaixo:
a) A taxa anual de 14,4% é a taxa aparente do investimento.
b) A taxa real de rendimento obtida pelo investidor foi superior a 8,5% ao ano.
c) As taxas de 3,6% ao trimestre e 14,4% ao ano são equivalentes.
d) A taxa semestral, à taxa de 5,1% ao ano, é equivalente.
e) Uma vez que a capitalização da caderneta de poupança seja mensal, a taxa efetiva
mensal recebida pelo investidor será de 1 ,2 % ao mês.

65
itmhml
Nonato de Andrade

A quantidade de itens certos é igual a:


a) 1
b) 2
c)3
d) 4
e) 5

77 . (Aneel/Esaf/2004) A taxa nominal de 24% ao ano com capitalização mensal cor­


responde a uma taxa efetiva anual de:
a) 26,82%
b) 25,51%
c) 25,44%
d) 24,00%
e) 22,78%

78. CTCE-Piauí/FCC/2002) Um contrato de financiamento de imóvel foi celebrado


considerando-se uma taxa anual nominal de 1 2 %, capitalizada quadrimestral­
mente. A taxa efetiva anual é de
a) 12,49%
b) 12,55%
c) 13,00%
d) 15,12%
e) 16,99%

79. (TRF/Esaf/2006) Indique qual o valor mais próximo da taxa equivalente à taxa
nominal de 36% ao ano com capitalização mensal.
a) 2,595% ao mês
b) 19,405% ao semestre
c) 18% ao semestre
d) 9,703% ao trimestre
e) 5,825% ao bimestre

80. (BC/94) A taxa de 30% ao trimestre, com capitalização mensal, corresponde a uma
taxa efetiva bimestral de:
a) 2 0 %
b) 2 1 %
c) 2 2 %
d) 23%
e) 24%

66
Itm ítiiil
Capítulo 1 - Matemática financeira

81. (AFC-STN/Esaf/2005) Em uma campanha promocional, o Banco A anuncia uma


taxa de juros de 60% ao ano com capitalização semestral. O Banco B, por sua vez,
anuncia uma taxa de juros de 30% ao semestre com capitalização mensal. Assim,
os valores mais próximos das taxas de juros efetivas anuais dos Bancos A e B são,
respectivamente, iguais a:
a) 69 % e 60 %
b) 60 % e 60 %
c) 69 % e 79 %
d) 60 % e 69 %
e) 1 2 0 % e 60 %

82. (Técnico em Contabilidade - nível médio/Quadrix/CRM-GO/2004) Qual dos sis­


temas de amortização abaixo propõe o valor constante (fixo) para a prestação de
um empréstimo?
a) SAC - Sistema de Amortização Constante
b) SAM ~ Sistema de Amortização Misto
c) SAD - Sistema de Amortização Decrescente
d) SAF - Sistema de Amortização Francês “Price”
e) Qualquer das anteriores com os juros mensais constantes

83. (Quaãrix - nível superior/CREF4-SP/2004) Sobre os sistemas de amortização de


empréstimo e financiamentos, pode-se afirmar que (considere SAC - Sistema de
Amortização Constante e SAF - Sistema de Amortização Francês “Price”):
a) SAC e SAF sempre têm prestações iguais
b) SAC tem prestações decrescentes
c) Os juros sempre são maiores no SAC
d) O SAF tem prestações crescentes
e) Nenhuma das alternativas acima está correta

84. (Quadrix - nível superior/CREF4-SP/2004) Ainda considerando o item anterior,


qual das alternativas abaixo é falsa?
a) O SAF caracteriza-se por prestações iguais
b) No SAF as amortizações são crescentes
c) No SAC as amortizações são constantes
d) O SAF sempre terá juros implícitos maiores que o SAC
e) No SAC, o valor da amortização é obtido pela divisão do capital emprestado
pelo número de prestações

67
liiith m l
Nonato de Andrade

85. (CEF - Gerente Júnior/Cespe-UnB/2000) Um capital de R$ 36.000,00 foi financiado


através do Sistema SAC (Sistema de Amortização Constante) em 1 2 prestações
mensais, vencendo a primeira 30 dias após a assinatura do contrato. Considerando
uma taxa de 5% a.m., o valor da sexta prestação foi igual a:
a) R$ 4.500,00
b) R$ 4.350,00
c) R$ 4.200,00
d) R$ 4.100,00
e) R$ 4.050,00

86 . (FCC) Em 2001, a fábrica ABC exportou 44% de sua produção. Em 2002 esse índice
passou para 55%. Nestas condições, o acréscimo percentual nas exportações da
fábrica ABC foi de:
a) 1 1 %
b) 2 0 %
c) 25%
d) 30%
e) 50%

87. (FCC) Na classe A, de 40 alunos, a média de matemática era 6,0. Cinco dos alunos
passaram para a classe B>que tinha 25 alunos e cuja média de matemática era 5,0.
Sabendo que os alunos transferidos tinham as seguintes notas: 7,0, 8,0, 7,0, 7,0 e
8,0, então a nova média de matemática da classe B é:
a) 5,4
b) 5,5
c) 5,8
d) 6 , 0
e) 6 , 2

88 . (FCC) Um terreno foi vendido por R$ 27.500,00, com lucro de-10%. Em seguida,
foi revendido por R$ 33.000,00.0 lucro total das duas transações representa sobre
o custo inicial do terreno um percentual de:
a) 2 0 %
b) 2 2 %
c) 26%
d) 30%
e) 32%
«
89. O resultado da expressão 25% + 1/2 - 12% é:
a) 1 2 / 1 0

68
Itmimil
Capítulo 1 - Matemática financeira

b) 63/100
c) 75/10
d) 48
e) 56

90. Transformando a fração 3/8 em taxa percentual, teremos:


a) 37,5%
b) 42%
c) 32,5%
d) 1,25%
e) 35,7%

91. Numa prova, um aluno acertou 30 questões, que correspondem a 60% do número
de questões da prova. Quantas questões tinha essa prova?
a) 45
b) 50
c) 55
d) 60
e) 70

92. Um empréstimò' de R$ 8.000, durante 3 meses, rende juros de R$ 1.200. A taxa


mensal do empréstimo foi de:
a) 6 %
b) 4,5%
c) 5%
d) 7%
e) 8 %

93. Em 1992, 1 0 . 0 0 0 estudantes de um certo estado foram reprovados durante o Io


grau. A partir do ano seguinte, a Secretaria de Educação daquele e.stado iniciou
o projeto: “Repetência - vamos riscá-la de nossas escolas”, consistindo em um
esforço conjunto de pais e professores para a recuperação dos alunos durante todo
o ano letivo. Em decorrência dessa iniciativa, o número de estudantes reprovados
diminuiu, anualmente, em 9%. Nessas condições, o número de alunos de Io grau
que foram reprovados em 1994 foi de:
a) 8.151
b) 8 . 2 0 0
c) 8.281
d) 8.300
e) 8.400

69
liitih m !
Nonato de Andrade

94. Uma escola particular oferece as seguintes opções para o pagamento da taxa de
matrícula, quando efetuada no dia 5 de dezembro:
♦ I - desconto de 1 0 % para pagamento à vista
♦ II - pagamento em duas vezes, sendo 50% no ato da renovação da matrícula e
50% um mês após, isto é, no dia 5 de janeiro
Um pai de aluno não quer ter lucro nem prejuízo, optando por qualquer uma das
duas modalidades de pagamento, no ato da renovação da matrícula. Para tanto,
se optar por II, deve investir a diferença entre os valores que seriam pagos em 5
de dezembro, nas modalidades I e II, em uma aplicação financeira com uma taxa
de rendimento mensal de:
a) 5%
b) 1 0 %
c) 2 0 %
d) 25%
e) 30%

95. Eduardo saiu com R$ 0,90 para comprar 10 pães. Entretanto, como o preço do pão
havia aumentado, o dinheiro deu para comprar apenas 7 pães, sobrando R$ 0,06.
Logo, houve um aumento no preço do pão de:
a) R$ 0,02
b) R$ 0,03
c) R$ 0,07
d) R$ 0,09
e) R$ 0,12

96. Um capital no valor de 50, aplicado a juros simples a uma taxa de 3,6% ao mês,
atinge, em 2 0 dias, um montante de:
a) 51,00
b) 51,20
c) 52,00
d) 53,60
e) 6 8 , 0 0

97. Uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha mostrou no primeiro semestre deste ano
que 295 doentes cardíacos precisaram de transplantes, mas só 131 conseguiram doa­
dores. O percentual aproximado de pacientes que não conseguiram o transplante é:
a) 31%
b) 36 %

70
Itiiiliml
Capítulo 1 - Matemática financeira
wfíswA
c) 44 %
d) 56 %
e) 64 %

98. Em uma loja, o metro de um determinado tecido teve seu preço reduzido de $ 5,52
para $ 4,60. Com $ 126,96, a percentagem de tecido que se pode comprar a mais
é de:
a) 19,5%
b) 2 0 %
c) 20,5%
d) 2 1 %
e) 21,5%

99. Três pessoas possuem individualmente 1 /6 , 1 / 1 2 e 15% do capitai de uma empresa.


Qual a participação conjunta das três pessoas no capital da empresa?
a) 25%
b) 35%
c) 40%
d) 45%
e) 50%

100. Um consumidor conseguiu um desconto de 8 % na compra de um televisor.


Considerando que este desconto foi de R$ 40,00, quanto o consumidor pagou no
televisor?
a) R$ 460,00
b) R$ 470,00
c) R$ 480,00
d) R$ 490,00
e) R$ 500,00

101 . O volume de água de um açude diminuiu 2 0 % em um ano e no ano seguinte au­


mentou 20%, sempre considerando a variação em relação ao ano anterior. Qual
foi a variação total no volume de água do açude nos dois anos?
a) 0 %
b) +2 %
c) - 2 %
d) +4%
e) -4%

71
liiiittin l
Nonato de Andrade

102. Quatro pessoas têm direito à participação de 20% na renda de um evento, sendo
que a primeira pessoa tem direito ao dobro de participação de cada uma das outras
três, que têm a mesma participação. Qual é a participação da primeira pessoa na
renda do evento?
a) 2 %
b) 4%
c) 5%
d) 6 %
e) 8 %

103. Antônio comprou 100 prendas para a festa que dá sempre no fim do ano. As prendas
de 3 espécies diferentes custaram R$ 10,00, R$ 3,00 e R$ 0,50, respectivamente.
Sabendo que no total gastou R$ 100,00, podemos afirmar que a quantidade de
prendas de R$ 10,00 que adquiriu é igual a:
a) 4
b) 5
c) 6
d) 7
e) 8

104. Na compra à vista de um produto que custava R$ 180,00, um consumidor conse­


guiu um desconto de 12%. Por quanto saiu o produto?
a) R$ 158,40
b) R$ 160,00
c) R$ 162,00
d) R$ 162,45
e) R$ 170,00

105. Um feirante compra maçãs ao preço de R$ 0>75 para cada 2 unidades e as vende
ao preço de R$ 3,00 para cada 6 unidades. O número de maçãs que deverá vender
para obter um lucro de R$ 50,00 é:
a) 40
b) 52
c) 1 0 0
d) 2 0 0
e) 400

72
imilmif
Capítulo 1 - Matemática financeira

106. O preço de um artigo em promoção sofreu um desconto de 20%. Terminada a


promoção, foi aumentado em 20%. Seu preço atual é:
a) igual ao inicial
b) 98% do inicial
c) 96% do inicial
d) 94% do inicial
e) 92% do inicial - «

107. Alberto recebeu R$ 3.600,00, mas desse dinheiro deve pagar comissões a Bruno
e a Carlos. Bruno deve receber 50% do que restar após ser descontada a parte de
Carlos e este deve receber 2 0 % do que restar após ser descontada a parte de Bruno.
Nessas condições, Bruno e Carlos devem receber, respectivamente,
a) 1.800 e 720 reais.
b) 1.600 e 400 reais.
c) 1.800 e 360 reais.
d) 1.440 e 720 reais.
e) n.r.a

108. Cinqüenta por cento dos estudantes de uma escola praticam tênis. 70% praticam
futebol. Sabendo que cada estudante dessa escola pratica pelo menos um dos dois
esportes citados, então a porcentagem dos que praticam ambos os esportes é
a) 2 0 %
b) 30%
c) 40%
d) 50%
e) 70%

109.- Rubens foi ao shopping comprar quatro presentes. Sabe-se que ele comprou os
presentes em lojas diferentes e que, em cada loja, gastou metade do que ainda
possuía. No final das compras, verificou que lhe restaram apenas R$ 20,00. Logo,
Rubens possuía, inicialmente,
a) R$ 266,00
b) R$ 320,00
c) R$ 640*00
d) R$ 676,00
e) R$ 740,00

73
iuiilimt
N onato d e Andrade
,íYlí>

110. De todos os empregados da Empresa TINGONGA, 30% optaram por tirar férias
em janeiro. A empresa é composta de três unidades. 45% dos empregados traba­
lham na unidade U1 e 20% trabalham na unidade U2. Sabendo-se que 20% dos
empregados da unidade U1 e 35% dos empregados da unidade U2 optaram por
tirar férias em janeiro, logo a porcentagem dos empregados da unidade U3 que
optaram por tirar férias em janeiro é de:
a) 14%
b) 29%
c) 38%
d) 40%
e) 47%

111 . A distribuição dos salários de uma empresa possui média R$ 500,00 e desvio pa­
drão R$ 150. Sabendo que os trabalhadores dessa empresa receberam um reajuste
salarial de 20% e um abono de RS 120,00, pode-se afirmar que o seu coeficiente
de variação:
a) permanece o mesmo
b) aumenta em 2 0 %
c) diminui
d) aumenta em 25%
e) diminui 50%

112. (AFTN/Esaf/96) Em determinado país existem dois tipos de poços de petróleo, Pa


e Pb. Sabe-se que oito poços Pa mais seis poços Pb produzem em dez dias tantos
barris quanto seis poços Pa mais dez poços Pb produzem em oito dias. A produção
do poço Pa, portanto, é:
a) 60,0% da produção do poço Pb
b) 60,0% maior do que a produção do poço Pb
c) 62,5% da produção do poço Pb
d) 62,5% maior do que a produção do poço Pb
e) 75,0% da produção do poço Pb

113. O economista José Júlio Senna estima que em 1998 o déficit em conta corrente do
país será de USS 40 bilhões, mas, no próximo ano, devido à redução das importa­
ções, esse déficit diminuirá em USS 12 bilhões. No entanto, em 1999, o país deverá
pagar USS 29 bilhões em amortizações. Nessas condições, mesmo supondo que
entrem USS 17 bilhões em investimentos diretos e USS 15 bilhões para financiar
as importações, ainda faltará para o país equilibrar suas contas uma quantia em
dólares igual a

74
liiiiiittil
Capítulo 7 - Matemática financeira
vtteiii&fífri.w
a) 32 bilhões
b) 29 bilhões
c) 25 bilhões
d) 13 bilhões
e) 1 bilhão

146. Considere o seguinte texto de jornal: "O ministro X anunciou um corte de verbas
de 2,43 bilhões de dólares» o que corresponde a uma economia equivalente a 0,3%
do PIB.” Dessa informação deduz-se que o PIB do país, expresso em dólares» é:
a) 890 000 000 000
b) 810 0 0 0 0 0 0 0 0 0
c) 128 600 0 0 0 0 0 0
d) 810 0 0 0 0 0 0
e) 128 600 0 0 0
>
115. (AFTN/Esaf/96) O salário mensal de um vendedor é constituído de uma parte
fixa igual a R$ 2.300,00 e mais uma comissão de 3% sobre o total de vendas que
exceder a R$ 10.000,00. Calcula-se em 10% o percentual de descontos diversos
que incidem sobre seu salário bruto. Em dois meses consecutivos, o vendedor
recebeu líquido, respectivamente, R$ 4.500,00 e R$ 5.310,00. Com esses dados,
pode-se afirmar que suas vendas no segundo mês foram superiores às do primeiro
mês em:
a) 18%
b) 2 0 %
c) 30%
d) 33%
e) 41%

116. Numa loja de roupas, um terno tinha um preço tão alto que ninguém se interessava
em comprá-lo. O gerente da loja anunciou um desconto de 1 0 % no preço, mas sem
resultado. Por isso, ofereceu novo desconto de 10%, o que baixou o preço para R$
648,00. O preço inicial desse terno era superior ao preço final em
a) R$ 71,28
b) R$ 152,00
c) R$ 132,45
d) R$ 162,00
e) n.r.a.

75
httiliuil
Nonato de Andrade

117. A diferença entre dois orçamentos de serviço de serralheiro é de R$ 573,00. Se o


menor dos orçamentos é de R$ 936,00, o maior orçamento é de:
a) R$ 1.409,00
b) R$ 363,00
c) R$ 1.509,00
d) R$ 403,00
e) n.r.a.

118. Do seu primeiro ordenado no valor de R$ 549,42, você reservou R$ 76,92 para
pagar uma dívida e com 2/7 do que sobrou você deu entrada em uma televisão. O
valor dessa entrada foi de:
a) R$ 62,00
b) R$ 124,00
c) R$ 76,92
d) R$ 135,00
e) n.r.a.

119. As vendas de uma microempresa passaram de R$ 3.000,00 no mês de janeiro para


R$ 2.850,00 no mês de fevereiro. De quanto foi a diminuição relativa das vendas?
a) 4%
b) 5%
c) 6 %
d) 8 %
e) 1 0 %

120. Um trabalhador teve um aumento salarial de 1 0 % em um ano e de 20% no ano


seguinte. Qual foi o aumento salarial total do trabalhador no período?
a) 40%
b) 32%
c) 30%
d) 2 0 %
e) 1 0 %

121. Analise as seguintes afirmações:


I -125% de 40 é igual a 40% de 125.
II - Descontando-se 25% de um valor, tem-se que acrescentar 33,33% ao valor
descontado para obter-se o valor original.
III - Ao acrescer 300% a um valor, o mesmo é quadruplicado.
Sobre as afirmações anteriores, pode-se dizer que:
a) apenas I é correta
b) apenas I e II são corretas
c) apenas I e III são corretas
d) apenas II e III são corretas
e) I, II e III são corretas

76
Itnilimi
Capítulo 1 - Matemática financeira

Gabaritos: 31. 12% a.m. e a.m., que renderá R$


Exercícios propostos: 18,89% a.m 982,78 a mais que a
32. R$ 10.240,00 e 2,4% 5% de juros simples.
01. a) 50; b) 22,50; 64. R$ 105,00
33. a) R$ 59,64;
c) 600; d) 147,82; 65. R$ 420,00
b) R$ 10.238,57;
e) 33; f) 28,75; 66.680,00
c) 2,39% a.m.
g) 258,75; h) 558. 67. R$ 4.900,00
34.18% ao trimestre.
02.26 6 8 . R$588,00
35.5% ao mês.
03.28,95 69.4% ao mês
36. R$ 138,89
04.100.000.00 70.2,5% ao mês
37. 4,5% ao mês.
05.15.000.00 71.48% ao ano
38.281.162.14
06.40% 72. R$ 850,00
39. 15,5 meses ou 465 dias
07. 997.201 habitantes 73. R$ 1.400,00
40.46,2% ao ano
aproximadamente. 74. 3 meses
41.25 meses
08.2.900.00 75.4 Meses
42.2,5% ao mês
09.1.628,80 76. R$ 864,00
43.468.720.00
10.250 alunos 77. 6 % ao mês
44.230 dias
11. 17,6% 78.90 dias
1 2 .7.020.00
45.420.000,00
79. R$ 5.000,00
13. 694,5 m 3 46.51,45%
80.125 dias
14. 500 47. 310.344,83
81. R$ 59.600,00, R$
15. B 48.537.750.00
140.400,00,14,19% ao
16.16% 49.508.451,76 mês e 2 0 ,2 1 % ao mês.
17. 60,00 50.2.14 82.26,60
18. i —1 / 1 2 , logo: i = 51.10 meses 83. R$ 814,00
0,0833..., ou 8,33% 52.54,40% 84. R$ 961,00
ao mês e taxa anual 53.144.504.39 85. R$ 1.203,00
= 8,33 x 12 = 100%. 5 4 . 8 % ao mês e 86.60% ao semestre
19. 1,75 ano ou 21 meses. 151,817% ao ano. 87. 4% ao mês
20.7.700.00 55.5 trimestres ou 15 8 8 . 60%

21.4,43% meses. 89. R$ 436,00


22.44.973,73 56.520.154,96 90. R$ 3.520,00
23. = 31.271,48 57.1.708.984.39 91. R$ 1.800,00
24.156.500.00 58.19 meses 92. R$576,00
25.350 dias 59. = no prazo. 93. R$ 2.142,00
26.16.722,22 60.4,162% ao mês. 94.15 dias
27. 93,00 61.11 meses 95.5% ao mês
28. R$ 1 2 0 0 , 0 2 62.423.711,30 96. R$ 2 0 , 0 0
29.695,33 63. É melhor aplicar a ju­ 97. a) R$ 64.330,00;
30.8/9/2006 ros compostos de 3% b) R$ 64.754,86.

77
Inntiiiil
Nonato de Andrade

98. R$ 11.500,00 “por 111. 4 meses 131. 26,97%


fora” e R$ 10.313,90 112.2.773,79 132. a) 28,99%;
“por dentro”. 113.15.800.00 b) 122,23%;
99.2,34% “por fora” e 114. R$ 199,80 c) 3,73%.
2,65% "por dentro”. 115. R$ 769,32 133. a) 35,35 meses;
1 0 0 . 1 2 0 dias - desconto 116. R$ 1.800,00 b) 75 meses.
bancário e 130 dias 117. 3 meses 134.12,41% a m
- desconto racional. 118.125,22% ao ano 135.823.076,91
101. R$ 120.750,00 - “por 119. 8,16% ao mês 136.19,52% a.m.
fora” e R$ 123.076,92 120. R$ 1.880,00 137. 3.730,80
- “por dentro”. 121. R$ 408,00 138. a) 37,78%;
102. R$ 48.000,00 1 2 2 . 6 meses
b) 45,43%;
103. R$ 3.905,00 123.7.901,50 c) 6,17%;
104. R$2.382,98 124.1.322.693.00 d) 62,47%;
105.63 dias 125. R$ 79.192,17 e) 0,84%;
106. R$ 6.136,56 126. 4,9 meses, ou 147 dias f) 34,78%;
107. R$ 114.752,00 127. 5,75% ao mês
g) 13,68%;
108.4,1% ao mês 128. R$ 19.611,46
h) 43,31%;
109. R$ 15.400,00 129.101,22%
i) 32,25%.
110. 3 meses 130.5%

Questões de concursos:
01. E 15. E 33. E 51. B 69. B 87. A 105. E
02. D 16. B 34. E 52. A 70. A 8 8 .E 106. C
03. E 17. C 35. A 53. B 71. B 89. B 107. B
04. A 18. A 36. E 54. E 72. E 90. A 108. A
05. E 19. C 37. D 55. D 73. B 91. B 109. B
06. B 20. D 38. C 56. E 74. A 92. C 110. D
07. D 21. A 39. C 57. B 75. A 93. B 111. C
08. A 22. A 40. E 58. D 76. B 94. E 112. C
09. C 23. D 41. B 59. A 77. A 95. B 113. A
10. a) Errado; 24. B 42. A 60. D 78. A 96. B 114. E
b) Errado; 25. B 43. E 61. A 79. B 97. D 115. C
c) Errado; 26. B 44. A 62. A 80. B 98. B 116. D
d) Errado; 27. A 45. B 63. D 81. D 99. C 117. C
e) Certo. 28. D 46. C 64. A 82. D 100. A 118. D
11. E 29. C 47. D 65. E 83. B 101. E 119. C
12. D 30. A 48. B 6 6 .A 84. D 102. E 120. A
13. C 31. D 49. A 67. D 85. E 103. B 121. E
14. A 32. B 50. C 6 8 .B 8 6 .A 104. B

78
liililiml
Capítulo 2

Matriz, determinante e sistema Cinear

> 2 .1 . Matrizes
> 2 .2 . Determinantes
> 2.3. Sistemas de equações lineares

2*1. Matrizes

Introdução *

Considere a tabela abaixo, com a representação da parte inteira das notas


de seis alunos da 2 a série do ensino médio, correspondentes ao segundo bimestre
de 2008:

Aluno(a) Matemática Física Química Português História Geografia


Antônio 5 7 8 6 8 9
Beatriz 8 6 7 5 9 9
Carlos 9 8 5 9 7 6

Denise 3 4 3 4 8 8

Everaldo 6 7 9 5 9 7
Fabiáná 8 8 7 8 8 6

Quando os valores das notas são dispostos num a tabela, como é mostrado
acima, fica mais fácil localizar a nota de cada aluno em qualquer das disciplinas.
Assim, se desejamos saber a nota de Denise em Física, por exemplo, é só procurar
na quarta linha e na segunda coluna para localizar rapidamente a nota 4. Como
num a planilha do Excel, agora cada nota tem um endereço dado em linhas e
colunas.

79
iiiithiiji
Nonato de Andrade

Essa mesma representação poderia ser feita por meio de uma matriz, como
é mostrado abaixo. As linhas horizontais são chamadas de linhas, e as linhas
verticais são chamadas de colunas. Como temos seis linhas e seis colunas, a matriz
recebe o nome de matriz quadrada de ordem 6 , representada por 6 x 6 , As linhas
m são enumeradas de cima para baixo (Ia, 2a, 3a, ...) e as colunas n da esquerda
para a direita (Ia, 2a, 3a, ...). A representação é feita por m x n.

5 7 8 96 8 linhas 5 8 6 8 9

8 6 7 5 9 9 8 6 7 5 9 9
9 8 5 9 7 6 9 8 59 7 6
ou
3 4 34 8 8 34 3 4 8 8
6 7 9 5 9 7 6
y 9 5 9 7
,8 8 7 8 8 6 , 6 x 8 8 7 8 8 6

t colunas

Notação de matriz

As matrizes são representadas por letras maiúsculas e seus elementos


por letras minúsculas acompanhadas por dois índices que indicam, respecti­
vamente, a linha e a coluna que o elemento ocupa. Observe isso na notação da
m atriz A = (a..) mxn abaixo e nas matrizes seguintes:

an ai2 ai3 ain


a 21 a 22 a23 a 2n
♦ A = a31 a32 a33 * a3„ m xn

am2 am3 " ‘ amn_

2 3 -1
♦B- é uma matriz do tipo 2 x 3 .
3 - 3 - 4
m xn

3 “5
♦C = 7 1 é uma matriz do tipo 2 x2.
.2 5 m xn

80
iimlmil
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

Quando queremos escrever um a m atriz de forma abreviada, usamos:


A = (a..) mxn, onde i e j representam, respectivamente, a linha e a coluna que
o elemento ocupa. Por exemplo, nas m atrizes anteriores, a 12 na m atriz A é
aí2, na m atriz B é a !2 = 3 e n a m atriz C é a í2 = -5. Ou seja, os elementos da
prim eira linha e da segunda coluna. Acompanhe mais detalhadam ente nos
exemplos seguintes:

3 -5 8
an au e a i3
♦ Na matriz X = , temos:
-1 l a 2l ^ a 22 ~ “ e a 23
7

♦ Na matriz B = [8 -7 0 -1], temos: au - 8 , a I2 = -7, a 13 = 0 e a 14 = -1.

I Exercícios comentados

01. Determine a matriz A = (a..) 2x2 tal que aij = 3i -

Note que a matriz A é do tipo 2 x 2 (matriz quadrada de ordem 2), e sua

“ 11 “ 12
notação é: . Como ali. = 3i Jj>
* temos:
a„ a„„

an (i = 1 e j = 1) =£ 3 .1 - 1 = 2;
a 12 (i = 1 e j =2) => 3 .1 - 2 = 1;
a21 (i = 2 e j =1) => 3 . 2 - 1 = 5;
a (i = 2 e j = 2) =£ 3 . 2 - 2 = 4.
2 1

5 4

02. Dada a matriz D = (a. ) tal que a.. = I ~.í ’ Se * + H or Par calcule o
valor de a + a42. ' ’ 12.J, Se , + , for unpar
32 42

aJ2 (i = 3 e j = 2, a soma é impar) => 2 . 3 . 2 = 12; a42 (i - 4 e j = 2, a soma é


par) => ~(4) 2 = -16. Logo, a 32 + a42 = 12 - 16 => a 32 + a42 = -4.

81
I i m t u ii t
Nonato de Andrade

1, se i - j
03. Sendo B = (b..)2x2) onde b.. = -2ij, se i < j
3j, se i > j
O determinante de Bl é:
a) 13.
b) -25.
c) 25.
d) 20.
e) -10.

Obedecendo às condições impostas para a matriz B de ordem 2, temos como


elementos da primeira linha an = 1, al2 = -4 e da segunda linha a21 = 3 e a22
= 1. Agora vamos fazer a transposta de B, que terá como elementos da pri­
meira coluna au = 1> a2l = -4 e da segunda coluna a!2 = 3 e a22 = 1. Calcu­
lando o determinante de Bl, encontramos o número 13. A resposta correta
é a opção A.

Exercícios propostos

01. Determine as seguintes matrizes:


a) X = (a..) 2x2 tal que aij = (i + j)2
b)Y = (b;j) 3x2 taI que hj = (i - j)2
, 2, se i = i
c)Z = (S ) 2l 3talqueS = | . +j(SeÍ!ij

*' 3x3 l) [ r +
+)f , se í + j e imj:
impar

02. Dada a matriz A = (a..) 3x3tal que a.. = i2 + 2j -5, calcule a12+ a3I.

Os tipos de matriz
As peculiaridades das matrizes fazem com que algumas delas recebam
nomes especiais. Observe atentamente:

82
liiiiliin!
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

♦ Matriz linha: é uma matriz do tipo 1 x n, ou seja, formada por uma única
linha. Exemplo: A = [-1 7 15 -3], do tipo 1x4.
♦ Matriz coluna: é uma matriz do tipo m x 1, ou seja, formada por uma

'- 3 '
única coluna. Exemplo: B - 12 , do tipo 3 x 1 .

v- 1 /
♦ Matriz quadrada: é uma matriz do tipo n x n, ou seja, possui o mesmo
número de linhas e colunas. Costumamos também definir as matrizes
-1 5'
quadradas por um número de ordem n. Exemplo: C = é do tipo
7 0
2 x 2, ou quadrada de ordem 2. Chamamos de diagonal principal a dia­
gonal formada pelos elementos a tal que i —j, e de diagonal secundária
a diagonal formada pelos elementos a tal que i + j = n + 1. Observe que
a iL'V -êl2.
na matriz A ■ V s temos: diagonal principal (azul) formada por
a21^$22

au e a22 e diagonal secundária (vermelha) formada por a12 e a .

♦ Matriz nula: é uma matriz em que todos os elementos são iguais a zero.
* fo 0 o"
E representada por 0 mxn. Exemplo: 0 2i3 = 0 0 0

♦ Matriz identidade: é uma matriz quadrada em que todos os elementos da


diagonal principal são iguais a 1 e os demais são nulos. É representada por
1 0"
In, sendo n a ordem da matriz. Exemplo: I . Logo, numa matriz
0 1
identidade qualquer, In = (a..), sempre observamos que a.. = I Se! \ .
0, se i &)

♦ Matriz oposta: é uma matriz ~A obtida a partir de uma matriz A. Note


que neste caso só precisamos trocar os sinais dos todos os elementos de
"6 0" 0~
A para obter a matriz -A. Exemplo: A = , logo - A =
1 -4 -1 4

Matriz transposta: é uma matriz A1obtida a partir da matriz A. Nesse


caso, não trocamos os sinais, e sim as posições entre linhas e colunas,

83
ttmliml
Nonato de Andrade

ou seja, a Ia coluna da matriz A transforma-se na Ia linha da matriz A{.

4 1
"4 1 0“
Exemplo: Sendo A = , então a transposta de A será A1 = 1 2
7 2 1
0 1

A conseqüência dessa mudança é que, se a matriz A é do tipo m x n, a


transposta de A será do tipo n x m,

♦ Matriz simétrica: é uma matriz quadrada de ordem n tal que A = A'.

3 5 6

Exemplo: A = 5 2 4 . Observe que nessa matriz A = A1.


6 4 8

♦ Matriz triangular: é uma matriz quadrada de ordem n em que os ele­


mentos acima ou abaixo da diagonal principal são todos nulos. Exemplo:
~3 5 6
_6 \õ r
jòv\ 2
4 ou
:0
L1 ~~4J

♦ Matriz inversa: é uma matriz quadrada que obedece à seguinte regra: dada
uma matriz A quadrada de ordem n, se B é uma matriz tal que A.B = In e
B.A = In, então dizemos que B é matriz inversa de A. Representamos B =
A‘l. No caso de existir a matriz inversa de A, dizemos que A é não-singular
ou invertível. Abordaremos esse conceito mais detalhadamente quando
estudarmos a matriz inversa. Aqui, na tipologia, vamos nos limitar ao
exemplo abaixo:

1 -1
A . Se A for invertível, e nesse caso ela é, então a sua inversa
2 0

o i
2
será A-1 =
-i I
2 .

84
liiiilittil
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

h Exercício comentado

04. Classifique as matrizes quanto ao tipo e à ordem:

4 3
a) A =
0 1

b) B = [8 4 5]

—3
c) C = 2
~~1

1 0 0

d) D - 0 1 0
0 0 1

a) Matriz quadrada de ordem 2.


b) Matriz linha do tipo 1x3.
c) Matriz coluna do tipo 3 x 1 .
d) Matriz identidade de ordem 3 ou Ir

Exercícios propostos

03. Determine o tipo e dê o nome de cada matriz:

5 3 1 0 0 0“
a)
7 4 0 1-0 0
d)
0 0 1 0
0 0 0 1
b)
0 0 0
e)
0 0 0
c) [3 2 1]

85
hnthinl
Nonato de Andrade

1 2
04. Dada a matriz A = , determine a transposta de A.
-1 -4

2 3 X

05. Sendo a matriz A ; 3 4 y simétrica, determine x e y.


0 2 3

Operações com matrizes

Antes de qualquer operação com matrizes, precisamos identificar quan­


do duas matrizes são iguais. Com essa visão, damos o prim eiro passo para
realizar as diversas operações com matrizes. Duas matrizes, A e B> do mesmo
tipo m x n são iguais se, e somente se, todos os elementos que ocupam posi­
ções correspondentes forem iguais. Logo, podemos afirmar que sendo A - B,
"x 6 2 y"
i , x ~ 2, y = 6 , z = -1 e t = 3.
A— eB=
-1 t z 3

Adição

Considerando as matrizes A = (a. )


x xy m x n ' ly mx n e B = (b..).a soma
uma matriz C = (c..) mxn tal que c.. = a.. + b : A + B = C. Acompanhe no exemplo
abaixo:

4 3 0 1 1 ~4~ 4+ 1 3+ 1 0 + (-4)~ "5 4 —A


0 2 - 1 1 -3 2 0 +1 2 + (—3) —1 +2 1 -1 1

É im portante observar que A + B existe se, e somente se, A e B forem do


mesmo tipo.

Subtração

Considerando as matrizes A = (a.


v 1/) m x s e B = (b.
v íy) m x n. a diferença
T entre
elas será a soma de A com a m atriz oposta de B: A - B = A + (-B). Veja um
exemplo:

86
Imiluttl
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

IS)
5 0 5 0 -1 -2 5 + (—1) 0 + (-2) 4 -2
+ —
4 3 0 6 4 3 0 -6 4+0 3 + (—6 ) 4 -3

1 Exercício comentado

V -l 0 x~ 'o 0 í
05. Calcule x, v e z tal que
- .................... J

z
O

O
0

r
1
Como estamos diante de um a igualdade, é só estabelecer uma igual­
dade entre os elementos da prim eira m atriz com os da segunda. Então,
temos:

r x 2 - 1 = 0 => x = 1 ou x = - 1 (x = -X não convém devido à


comparação com os elementos a13. Então o valor de x - 1 .
y2 - 4 = 0 => y = 2 ou y = -2 (y pode ser tanto -2 como 2
por causa dq expoente par).
. comparando os elementos a23, concluímos, que z = 1 .

Exercícios propostos

‘2 3“ ' 3 - l"
06. Sendo A = eB= , calcule:
1 4 -2 4
a) A + B.
b) A - B.
c) A1 + B{.
d) (A + B)'.
a2 ~ 1 "

07. Determine a, b e c tal que | b | = - 2

c3 27

87
hniiiiiil
Nonato de Andrade

"1 2 X y 'l 2 "


08. Determine x>y, z e w nas matrizes A ,B= eC=
de modo que A = B = C. -1 3 -1 3 z w

2x + 3y 0 5 0
09. Determine x e y tal que
1 7 1 5x + 2y

x -3X -2
10. Calcule o valor de x tal que ,.2

1 b -l
11 . Numa matriz A = (a..) 2 x2 tal que a. = 2i - )sdetermine a, b e c tal que A =
a c

"5 1 6 3 00
‘^ l1 "1
12. Sendo A = eB = , calcule:
4 7 3 5 2 -1
a) A + B.
b) A - B.
c) B - A.

13. Calcule os valores de x, y e z na equação matricial, tal que

2 x z "l1 "3 2 z
x -y 1 7 1 4 0

14. Dadas as matrizes A = (a..) 3 x2, com a.. ~ i + j, e B = (by) 3x2, com b.. = i2 + j, calcule:
a) A ~ B.
b) B - A.

" 1 2 -l "l 2
15. Dadas as matrizes A = eB = , encontre o valor de:
0 - 2 ~5 0 3
a) A1 + B*.
b) (A + B)‘. $

88
inu iiiii i
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

Multiplicação de uma matriz por um número real

Dada uma matriz A do tipo m x n e um número real x, o produto de A por x é


uma matriz B do tipo m x n obtida pela multiplicação de cada elemento de A por x,
"3 7~ '3-2 2-7' ~6 14"
ou seja, b . = xa..:
I) B = xA. Veja um exemplo:
* 2• 2 5 2 -2 2-5 4 10

O*'
£ Exercícios comentados

"2 1 " '2 -l“


06. Dadas as matrizes A = eB = , determine:
0 -1 0 3
a) - A.
3
1 1 , ‘2 1 “

2 1
—• 2 — 1
3 3 3 3
0 -1 -1
L 0 I .( - d 0
.3 3 3„

b) -2B.

2 -l ”- 2 * 2 —2 (—1 )" -4 2 '


~~2B = —2 •
0 3 - 2 0 -2 -3 0 —6

c)2A + 3B.

"2 1 ' "2 -í '4 2 ' ~6 -3" = "10 -1


2A +3B = 2- + 3- +
0 —1 0 3 0 -2 0 9 0 7

'3 4" ~2 0 "


07. Encontre a matriz C tal que C - A = 3B> sendo A eB =
0 1 0 2

'2 0 ' '3 4" 6 0 " '3 4 '9 4“


C = 3B + A = 3' + =: +
0 2 0 1 0 6 0 1 0 7

89
Imihiit!
Nonato de Andrade

08. O esquema abaixo mostra duas operações com matrizes a e b. Obedecendo


a todas as normas das operações matriciais e calculando corretamente os
valores de x e y nas operações, podemos afirmar que:

b)

a) Na operação matricial b, existe uma irapropriedade,


b) Na operação matricial a, existe uma impropriedade.
c) Na operação matricial b, x = 2 e y - 1.
d) Na operação matricial a, x - 2 e y = 10.
e) Na operação matricial a, x = 10 e y = 2, e na operação matricial b, x = 2
e y = 1.

Essa é um a daquelas questões em que pensam os haver mais de uma


alternativa correta e às vezes até entram os com recursos. Todavia,
analisando com um pouco mais de calma, descobrimos a pegadinha.
O grande inimigo na hora da prova é o tempo, então lemos a questão e
vamos logo fazendo os cálculos, esquecendo-nos de atentar para outros
detalhes mais escondidos.
Na operação matricial a, encontramos com facilidade os valores de x = 10
e y = 2. Na operação matricial b, montamos um sistema de equações que,
depois de resolvido, nos dá os valores de x = 2 e y = L Nesse momento a
confusão se estabelece, pois a alternativa E estaria totalmente correta, mas
a alternativa C também.
Diante dessa duplicidade, é preciso parar um pouquinho e olhar também as
operações com os outros valores, para ver se realmente existe alguma im­
propriedade, como sugerem os itens A e B. Quando comparamos os valores
de a, na operação b, percebemos o erro. Note que 2 - 7 - -5, e não igual a
5, como é mostrado. Nesse caso, existe um a impropriedade, até porque o
enunciado diz não só para calcular corretamente, mas que também sejam
obedecidas todas as normas das operações matriciais. Assim, concluímos
que a resposta correta é a opção A.

90
h iith iiií
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema iinear

Exercícios propostos

~2 "-1

16. São dadas duas matrizes: A = 3 e B = 0 . Encontre as matrizes X e Y tal que


0 2

3Y- Y = 2 A~ BeX + Y = A - B .

a b "4 2 '
17. São dadas as matrizes: A = eB = . Encontre os valores de a, b e
3 c 0 1
c, de modo que 2A = (3B)(.

"2 3 4 "-3 2 1
18. Sendo as matrizes A= i n ? eeB®== i a o >determine:
“- "1 l 0U 2£> 1X 4t c 2Z
a) -3 . A.
b)2B.
c) A + 2B. |

Multiplicação de matrizes
O produto entre matrizes é a parte das operações matriciais em que os
alunos normalmente apresentam as maiores dificuldades. Entretanto, é um
processo relativamente simples, merecendo apenas alguns cuidados especiais.
Vejamos resumidamente esse processo.
Considerando as matrizes A - (ai}-)mxp e B = (b..) pxn. O produto da matriz
A pela m atriz B será um a m atriz C = (c..) mxn em que cada elemento c é obtido
por meio da soma dos produtos dos elementos correspondentes da i-ésima linha
da m atriz A pelos elementos da j~ésima coluna da matriz B. Observe:
"2 1 "
'3 2"
Exemplo: Vamos multiplicar a matriz A = 1 2 pela matriz B -
1 -1
para obter um a matriz C - AB. 3 ~1

Resolução: o importante aqui é observar cada detalhe do processo. Pela


própria definição, vemos que, como a matriz A é do tipo 3 x 2 e a matriz B é do
tipo 2 x 2 , ou seja, o número de colunas de A é igual ao número de linhas de B,

91
iiiiiiitni
Nonato de Andrade

a condição exigida para o produto está satisfeita. Note que essa é uma condição
obrigatória! A conseqüência dessa condição é que a matriz C = AB será uma
matriz do tipo 3 x 2 . Vamos ao processo:

f2 1 2-3+M 2-24-1-(—1) ^
3 2
1 2 1- 3 + 2-1 1*2 + 2- (—1)
1 ~1
3 -1 3 •3 + (—1 ) •1 3*2 + ( -lM ~ l)

^6 + 1 4 - l" "7 3^
3+ 2 2 - 2 = 5 0
6+ l y ,8 7,

J* Exercício comentado

09. Verifique a possibilidade de um produto entre as matrizes:

Y
'l 2 —3~
0 . Se for possível, determine esse produto.
1 4 0
1
A primeira coisa que precisamos fazer é verificar a possibilidade do produto
entre as matrizes. Observe que a lâ matriz é do tipo 2 x 3 e a 2â do tipo 3 x
1. Veja que a condição necessária foi satisfeita e o produto é possível. Como
o número de colunas da l â é igual ao número de linhas da 2%a matriz pro­
veniente desse produto será do tipo 2x 1 . Vejamos como fica esse produto:

"l"
'1 . 2 -3 1-1 + 2 -0+(-3).l" 1+ 0 ~ 3~ '-2 '
0
1 4 0 1-1 + 4-0 + 0-1 1+ 0 + 0 1
1

Exercícios propostos
"l l" ~4 2
19. Encontre a matriz C tal que C.A - B, sendo A ■ e B=
2 0 6 0

92
liiiiiitii!
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema iinear

2 -1
20. Sendo dada a matriz A = , encontre a matriz: Az - 2A.
0 1

Matriz inversa

Vamos retomar a definição dada, quando falamos de matriz inversa na tipo­


logia das matrizes, e reabrir a discussão, como foi prometido, sobre o estudo desse
tipo de matriz. A matriz inversa é uma matriz quadrada que obedece às seguintes
condições: dada uma matriz A quadrada de ordem n, se B é uma matriz tal que
A.B = ln e B.A = In, então dizemos que B é matriz inversa de A. Representamos B
= A-1. No caso de existir a matriz inversa de A, dizemos que A é não-singular ou
invertível. Agora vamos comentar alguns exercícios envolvendo matriz inversa.

» Exercícios comentados

1 2
10. Dada uma matriz A - , verifique a possibilidade de sua inversa e,
0 1

no caso de existir, determine A-1.

A condição de existência é que A.B ~ B.A = In. Precisamos inicialmente


impor a condição de A.B = I2, e depois verificar se B.A = I2. Se formos bem-
-sucedidos nas duas etapas do processo, diremos que A é invertível e po­
deremos determinar a inversa de A ou A'1. Para tanto, vamos considerar
a b
uma matriz genérica B - . Imponhamos a condição: A.B = 12 .=»
c ‘ã

'l 2 a b y ° l-a + 2 -c 1 *b + 2 ■d [l o"


j = Da igualda-
0 1 c d 0 1 O a + l-c O-b + 1 'd [0 1

3 *b 2 c ***“ 1
de de matrizes podemos formar dois sistemas de equações: Io j _^

Como c = 0, então a = 1 . Agora vamos ao 2o sistema: j ^^ Como

93
innhiiil
Nonato de Andrade

a b "l ~ 2~
d = 1, então b - ~ 2 . Observe que a matriz B
c d 0 1

Ainda precisamos verificar se a recíproca é verdadeira, ou seja, se B.A = I 2

Logo, " , * ^ ^ = I 2- Assim,

1 2
concluímos que a matriz A= é invertível e a sua inversa é A" 1 =
0 1
1 -2
0 1

2 2
11. Dada a matriz A = , encontre, se existir» a inversa A-1.
1 1

Lembre-se de que a condição é: A.B = B.A = I2, logo B = A 3. Fazendo o mesmo


processo descrito na questão anterior, inicialmente impomos a condição:
2 2 a b 1 0 2 a+ 2c 2 b+2d ~1 0
A.B = I2. Assim:
1 1 c d 0 1 a+c b+d 0 1

Agora form am os os sistem as de duas equações: l c


1
a+c= —
2 . Veja que a situação mostrada nas duas equações é impossível,
a+c=0
1
pois não podemos ter ao mesmo tempo a + c - — e a + c = 0 . Logo, paramos

por aqui e concluímos que o sistema não tem solução e a matriz A não é
inversível. Portanto, não admite uma inversa A '1.

Exercícios propostos

21. Dadas as matrizes X e Y abaixo, determine, se existir, as inversas.


1 2
a) X =
3\*4
94
itinltttíl
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

0 1
b) Y
-2 3

-2 5
22 . Dada a matriz B = , encontre a sua inversa B"
4 -1

-2 4
23. Sendo X - , calcule o elemento a21 da matriz X'1.
6 2

2.2. Determinantes

A toda matriz quadrada está associado um número ao qual chamamos


de determinante. Q determinante é uma operação importante no estudo das
matrizes e de outras aplicações matemáticas, pois fazendo uso dele podemos,
entre outras coisas, resolver sistemas lineares, determinar se três pontos são ou
não colineares e calcular a área de um triângulo conhecendo as coordenadas dos
seus vértices no plano cartesiano.
A representáção do determinante de uma m atriz sempre é feita entre duas
barras verticais | j, o que não podemos confundir com módulo, uma vez que aqui
não têm o mesmo significado.

O determinante de Ia ordem
*
Dada um a matriz quadrada de 1~ ordem, ou seja, X = [au], o seu determi­
nante, ou o número a ela associado, será o próprio número real au, que repre­
sentamos por: detX = [an] = an. Observe alguns exemplos de determinantes de
1~ ordem:
♦ A = [2] =» det.A = 2 ou \2\~ 2.
♦ B = [-5] =e> det.B = -5 ou |-5| = -5.
♦ C = [12] => det.C = 12 ou )I2| = 12. /

O determinante de 2aordem

Dada uma matriz quadrada de 2- ordem, ou seja, X , o seu


21 22

determinante, ou número a ela associado, será dado pela diferença entre o pro-

95
íiiiih in l
Nonato de Andrade

duto dos elementos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal


a„
"11 a,12
secundária, que representamos por: det.X ■ —a11 .a 22 - a 12 . a 21, . Observe
a2l ^22
o exemplo seguinte:

6 3 6 3
A= => det.A = = = 6 . 1 - 3 . 4 - 6 - 1 2 => det.A = - 6 .
4 1 4 1

v*
P Exercícios comentados
&
12. Encontre os valores dos determinantes das matrizes M e N:

1 1
a) M = 3 2
6 3

1 1
det.M - 3 2 = Í . 3 - i . 6 = l - 3 = -2.
6 3 2

6 -2 2
b) N =
1 4

6 —2a
det.N - 6 . 4 - (~22) .1 = 24 ~ 4 = 20.
1 4

x 3
13. Determine o valor de x na igualdade 0 .
4 x+1

x 3
= 0 => x(x +1) ~ 4. 3 = 0 => x 2 + x - 12 = 0. Agora resolvemos a
4 x+1

equação do 2o grau e encontramos os valores x = -4 ou x = 3.

96
lituliitii
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

14. (Mack-SP) O conjunto solução de

1 X

1 1 1 X

1 1 X 1

X 1

a) {0,1}
b) {1}
c) {-1}
à ) {0 }

e) 0

Calculando o determinante de cada uma das matrizes de ordem 2 e subs­


tituindo os valores na equação encontramos x = 0. Logo, a resposta correta
é a opção D.

Exercícios propostos

-5 1
24. Calcule o valor do determinante da matriz A =
2 4

1 -2
-2 -4
25. Encontre o determinante da diferença entre as matrizes
3 2 3 i-

l i €
26. Calcule o determinante da matriz C =
■Jô 5

"1 2 '4 1"


27. Qual o valor do determinante do produto entre as matrizes
-3 4 2 -3

97
itiiiltiitl
Nonato de Andrade

O determinante de 3aordem

Dada uma matriz quadrada de 33 ordem, ou seja, X =

seu determinante, ou número a ela associado, pode ser calculado por meio de
um dispositivo prático, conhecido como regra de Sarrus. Esse dispositivo, na
verdade, é uma forma mais ampla do cálculo usado para a matriz de ordem 2 .
Entretanto, para facilitar o entendimento, precisamos explicá-lo passo a passo.
Vejamos uma situação genérica.
Considere o determinante de uma matriz genérica G de ordem

G= “ 21 “ 22 23
. Apliquemos a regra de Sarrus em três passos:
â,, a„ a«

♦ P passo: repetimos as duas primeiras colunas ao lado da terceira, como


é mostrado abaixo, depois da linha pontilhada:

13 ; “ii 12

a 23 ! a 21 a 22

‘ 33 ' ‘ 31 a„

+ 2 - passo: fazemos a soma dos produtos dos elementos das setas paralelas
voltadas para baixo e para a esquerda (essa soma deve ser precedida do
sinal negativo), ou seja, das setas que estão na mesma direção e no mes­
mo sentido da diagonal secundária. Em seguida, fazemos a soma dos
produtos dos elementos das setas paralelas voltadas para baixo e para a
direta (essa soma deve ser precedida do sinal positivo), ou seja, das setas
que estão no mesmo sentido e na mesma direção da diagonal principal.
Observe os detalhes do esquema abaixo:

'v V tá %
Ü2l !&k ai2
y X X ' x
Hx % x ;x v
*■'' 'x

98
hiitiiiiiE
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema iinear

♦ 3a passo: efetuamos as operações, ficando sempre atentos para o jogo dos


sinais, e encontramos o número associado ou o determinante da matriz
em questão. Assim, o determinante será dado pelo resultado da operação
feita entre os valores obtidos em: det - - (a,,a„a , 5 + a..a,,a„ + a„a,ta^) +
' 13 22 Ji II 23 32 12 21 3y

felia22a33 23a3l
Existem outras formas para calcularmos o determinante de uma matriz
de ordem 3, como veremos mais à frente quando estudarmos o determinante de
matrizes de ordem n qualquer. Todavia, o dispositivo de Sarrus é, a nosso ver,
o mais prático para as matrizes de ordem 3. Comentaremos um exercício para
melhorar o entendimento.

1 Exercício comentado
2 3 -1
15. Encontre o valor do determinante 4 1 2
-3 2 1

Fazendo os procedimentos passo a passo, teremos:

x \ y
V

4 X X ;4 i
*/ ■> \
'Á 2/S%
- [(-1). 1. (-3) + 2. 2. 2 + 3. 4.1] + (2.1.1 + 3. 2. (-3) + (-1). 4. 2)

Logo, det = -[3 + 8 + 12 ] + (2 - 18 - 8 ) => -[23] + (-24) =£> det. = -47.

Exercícios propostos

í 0 -1

28. Calcule o valor de x na igualdade X 1 3 =0.


I X 3

99
iiiiiiiml
Nonato de Andrade

2 X X

29. Resolva a inequação 1 1 0 < 0.

X 0 1

2 3 o"
30. Dada a matriz Y = 0 1 2 , encontre o detY.
1 3 2

31. Sendo A = (a..) 3x3, em que a.. = 2 i - j, encontre o det.A.

0 1 1

32. Calcule o valor do determinante 1 3 -3


0 4 5

2 x 0 1

33. Determine o valor de x em 3x x 1 = 0.


x 0 x-1

1 1 3
2x 4
34. Calcule o valor de x em X X 4
1 x
0 X 2

O determinante de uma matriz quadrada de ordem n

No nosso estudo dos determinantes até esse ponto, vimos os determinan­


tes de matrizes de Ia, 2- e 3â ordem. Agora vamos trabalhar os conceitos para
determinantes de matrizes de ordem n qualquer. Antes, porém, precisamos ver
algumas definições que serão necessárias para esse estudo, como o menor com­
plementar e o complemento algébrico ou cofator.

O menor complementar

Consideremos uma matriz quadrada A = (a..) de ordem n > 2 . Chamamos


de menor complementar do elemento a de A o determinante da matriz que se

100
hiulmtl
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

obtém de A eliminando-se a linha i e a coluna j. Indicamos o menor comple­


mentar por D... Acompanhe:

2 3 0
Exemplo I: Dada uma matriz A = 0 1 2 , vamos determinar o menor
complementar do elemento a23. 1 3 2

Resolução: Inicialmente eliminaremos a linha i e a coluna j do elemento a .

~2 3 d
3
Á Ó
0
Assim, A "0 — 1— 2 ~. Ficou somente , então D23 = 6 - 3 = 3.
1 3
1 3 %

-1 2 5 1

0 3 —2 2
Exemplo 2: Dada uma matriz B = , vamos determinar o
1 4 -1 6
menor complementar do elemento a31.
-3 6 0 1

Resolução: inicialmente eliminaremos a linha i e a coluna j do elemento a .

‘-!i 2 5 í
2 5 1
é 3 —2 2
í
Assim, A = -i- - 4 — 1- “6 “ . Ficamos com 3 -2 2 , logo D = 7 2 - 19= 53.
6 0 1
6 0 1
H3
Complemento algébrico ou cofator

Considere um a matriz quadrada A - (a ) de ordem n > 2 . Chamamos de


complemento algébrico ou cofator de um elemento a de A o produto dado por
(-l)í+j. D... Para facilitar o entendimento, vamos chamar apenas de cofator e re­
presentar por A = D... Agora vamos calcular os cofatores dos elementos
a23do exemplo 1 ea31do exemplo 2 , vistos anteriormente. Observe:

. ♦ A 23 = H ) 2+3. D23= (-1)5. 3 = -1. 3 = -3.


♦ A3l = (-1) 3 + D3l = (-1)4. 53 - 1 . 53 = 53.

101
llllllltili
Nonato de Andrade

Teorema de Laplace
Esse teorema afirma que: sendo uma matriz A quadrada de ordem n > 2, o
determinante de A será a soma dos produtos dos elementos de uma fila qualquer,
linha ou coluna, pelos respectivos cofatores. Observe os procedimentos:

“1* - -0- -3~ —2-


2 1 4 - 1
Exemplo: Dada a matriz A - , encontre seu determinante
-3 0 5 0
aplicando o teorema de Laplace.
- 1 2 1 2

Resolução: vamos desenvolver o determinante pela Ia linha. Acompanhe:


♦ det.A = 1. A + 0. A .>+ 3. A + (—2). A ;

1 4 -1 2 1 - 1

♦ det.A = 1. (~1) 1+1 0 5 0 + 0 + 3 . (~1 ) 1+3 - 3 0 0 + (- 2 ). (- 1 ) «


2 1 2 - 1 2 2

2 1 4
-3 0 5
-1 2 1

♦ det.A = 1. 1. 20 + 3. 1 . 12 + (-2). (- 1). (-46);


♦ det.A = 20 + 36 - 92;
♦ det.A = -36.
Escolhemos a lâ linha de forma intencional, para demonstrar mais cálculos.
É claro que, na hora da prova, você deveria escolher a 3®linha ou a 2- coluna. Note que
nessas filas temos maior quantidade de zeros e assim os cálculos seriam mínimos.

| Exercícios propostos

2 1 3 5
0 2 - 1 3
35. Dada a matriz X , determine os menores complementares D22
4 - 1 3 5
3 2 - 4 1

D24 D4J e D43 dos respectivos elementos a22 a24 a4J e a43 dessa matriz.

102
Imitiml
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

5 -3 2 1

1 1 1 0
36. Sendo a matriz Y • , calcule o valor do seu determinante.
-1 3 5 -2

2 0 1 0

1 2 0 -1

37. Encontre o determinante da matriz A = -1 3 1 4


1 1 1 2

2 2 -1 3

-2 0 0 1

38. Dada a matriz B 0 3 2 —1 , encontre o seu determinante.


4 1 - 2 1
0 5 - 3 - 4

Regra prática de Felice Chió


A famosa regra de Chió, matemático italiano (1813 -1871), é um dispositivo
prático que facilita muito os cálculos dos determinantes de matrizes de ordens
maiores. Essa regra consiste no seguinte:
♦ P : A matriz cujo determinante procuramos deverá ter um elemento a = 1;
♦ 2~: Eliminamos a linha i e a coluna j que se cruzam no elemento igual a 1 ;
♦ 3°: Subtraímos de cada elemento da nova matriz obtida, de ordem n - 1 ,
o produto dos elementos que estavam nas filas eliminadas e que perten­
ciam à linha e à coluna do elemento considerado;
♦ 4r: Calculamos o determinante da matriz de ordem n - 1 obtida, multipli­
camos o resultado por (-l)i+j, e encontramos o determinante procurado.

Acompanhe agora cada passo:

"4 -2 3 <S
-1 3 0 2
Exemplo: Dada a matriz X = , calcule o valor do seu deter­
0 2 © 5
-3 ® - 2 3
minante usando a regra de Chió.

103
limhiiii
Nonato de Andrade

Resolução: veja que, de cara, temos três opções como ponto de partida para
começar o nosso cálculo. Podemos escolher qualquer uma delas. Vamos escolher
o elemento a,14 = 1 . Vamos aos cálculos:

-1 ------2 - -3- -(?)


2 -1 -(-3 ) 0 —(—2) •(—3) 4-3-(-3)
i2 0 4 *■ \
det.X = -2-1-2 1 —(—2) •2 5-3-2
* -2
1
1 5’ ‘X 11
1 -1 -0 3 —(—2) •0 6-3-0
'1 3 6 J Ç

-6 13
(-1)5 5 -1 = (-1).
h : (-194). Logo, det.X = 194.
3 6

A pergunta que os alunos sempre fazem é: e se a m atriz em questão não


possuir nenhum elemento a = 1? Nesse caso, temos várias formas para transfor­
m ar um elemento escolhido em a = 1. Entre tantas, relacionamos algumas:
♦ Podemos usar o Teorema de Jacobi (veja a 10â propriedade das matrizes);
♦ Podemos ainda multiplicar uma linha por um numero, como por exemplo
(- 1 ), e somar o resultado à outra linha;
♦ Da mesma forma que multiplicamos uma matriz por um número, também
podemos fazer o processo inverso, colocando um número em evidência,
e assim por diante.

Propriedades dos determinantes

Geralmente, o aluno estuda as diversas operações com matrizes, mas não


dá muita importância às propriedades das mesmas. Isso é um erro, pois o aluno
que domina bem as diversas propriedades sempre consegue simplificar a maior
parte dos cálculos nessas operações. Comentaremos um pouco sobre cada uma
delas:
♦ lâ - Fila de zeros: se todos os elementos de uma linha ou coluna de uma
matriz quadrada P forem iguais a zero, seu determinante também será

igual a zero, ou seja, det.P = 0. Veja os exemplos: a) A = b)B =

104
iimlmil
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

-N.
2 3 10 1
1 i
5 >0 > Tanto o determinante de A como o de B são nulos. Não pre­
1
l !
1 3 ’0 !
cisamos fazer nenhum cálculo, pois o det. = 0 .
♦ 2- - Filas iguais: se os elementos correspondentes de duas linhas ou
de duas colunas de uma matriz quadrada P forem iguais, o determi­
nante dessa matriz será nulo, ou seja, det.P = 0. Observe os exemplos:

:o ::< í f2l 3 T2Í


1 1 11
a) A = 5 1 9 b) B - jl 5 1\ 1 »5*
1 í
. Tanto o determinante de A como o
r2~ "3" "O-1 fl u! 3 «1*
i- u

de B são nulos. Não precisamos fazer nenhum cálculo, pois o det. = 0.


* 3â- Filas proporcionais: se uma matriz quadrada P possui linhas ou colunas
proporcionais, seu determinante será igual a zero, ou seja, det.P - 0 . Veja
rii 3 rs”
riA2 ~ 6 i
_ Pj
os exemplos: a) A = b) B = l52 f* 1 16
l . Note que, no exemplo a, a
I Í J 2]
7
2âlinha é o dobro da lâ; no exemplo b, a 3a coluna é o triplo da Ia. Portanto,
temos linhas proporcionais, de modo que tanto o determinante de A como
o de B são nulos. Não precisamos fazer nenhum cálculo, pois o det. = 0.
♦ 4- - Fila multiplicada por uma constante: se todos os elementos de uma
linha ou de um a coluna de um a matriz quadrada são multiplicados por
um número real k, então o determinante dessa matriz também ficará
multiplicado por esse número real k. Acompanhe o exemplo seguinte:
"l 0] [ l Ol [ l o l
Se A = _ ^ , o det A = 5 e A = 2. r_- -v« — r --rvo >logo o novo deter-
} 5J Ll - - - -íl
minante é 5.2 = 10.

♦ 5â - Matriz multiplicada por um a constante: se uma matriz quadrada P


de ordem n for multiplicada por um número real k, o seu determinante
I" 1 o’
ficará multiplicado por kn. Veja o exemplo: A = 3 e ° ^et-^ ~

105
titiiiiuii
Nonato de Andrade

5 0
Todavia, se A for multiplicada por 5, ficará e o det(5A) - 75.
Veja que 3.52 = 75. 10 15

♦ 6 ã - Determinante da matriz transposta: o determinante de uma matriz


quadrada P é igual ao determinante de sua transposta, ou seja, det.A =
’l 4'
det.A1. Observe o exemplo: A = e o det.A = -5. Note que, se es-
2 3

1 2
crevermos a transposta de AS teremos , e o det.Ac- -5.
4 3

* 7- - Teorema de Etienne Bézout ou das trocas de filas paralelas: quando


trocamos de posição duas linhas ou duas colunas de um a matriz quadra­
da P, o determinante da nova matriz quadrada, obtida depois da troca,
é o oposto do determinante da matriz anterior, ou seja, det.A = -det.B.

ll J [ _ 3]
Acompanhe: Dada a matriz A = 3 - 1 2 , o det.A = -28. Agora
-1 -2 l"

vamos trocar as posições entre a 1- e a 3J linha, assim ficamos com uma

ri_
matriz B = 3 - 1 2 . Agora, o det.B = 28. Perceba que o determinante
[ 1 2 3]
é exatamente o oposto do determinante da matriz anterior.
♦ 8 a - Determinante da matriz triangular: o determinante de uma matriz
triangular é sempre igual ao produto dos elementos da diagonal principal.

2 0 0
Observe: Dada a m atriz triangular A = 5 1 0 . Só precisamos fazer
1 3 5
2 ,1 . 5 = 10, ou seja, det.A = 10.

♦ 9a-- Teorema de Binet: o Teorema de Binet afirma que, sendo duas matrizes A
e B quadradas de mesma ordem, o det(A.B) = (detA).(det.B). Vamos comen­
tar um exemplo mais simples, entre matrizes de ordem 2 , só para confirmar

106
hitiiim!
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

’l -í 1 2
esse teorema: Dadas as matrizes A = eB= A matriz
2 3 5 3

’l ~l" ‘l 2 1*1 + (—1) -5 l - 2 + (-l)-3" "-4 -í


A.B será: 2 3 5 3 2-1 + 3-5 2*2 + 3-3 17 13

O determinante dessa matriz A.B obtida é igual a -35. Agora vamos


comparar: det.A = 5 e det.B = -7. Note que o Teorema de Binet foi con­
firmado: det.(A.B) = -35 e (det.A).(det.B) = 5 . (-7) = -35.
♦ 10a- Teorema de Jacobi: o Teorema de Jacobi afirma que, sendo A uma ma­
triz quadrada, quando multiplicamos todos os elementos de uma linha ou
coluna pelo mesmo número» e depois somamos os resultados aos elementos
correspondentes de outra linha ou coluna, formando, desse modo, outra
matriz B de mesma ordem, o det. A = det.B. Vamos exemplificar: Imagine
2 -1
uma matriz A do tipo A . Agora vamos multiplicar todos os
3 4
elementos da Ialinha por 2 e depois somar os resultados aos elementos
2 - l"
correspondentes da 2â linha. Assim: B = . Calculando os deter­

minantes, vemos que o det.A = det.B = 11 .


♦ l l â ~ Determinante da matriz inversa: sendo P uma matriz inversível e
P”1 a sua inversa, então det.P
det.P
"l 2 d et-p r' ~2
-2 1 1

matriz P = 3n 4A , det.P - -2. Sua inversa é P" 1 = 3 // _i


- 1 // . Note que
./2 72.

o determinante de det.P ' 1 - - —, ou seja, det.P" 1 = —-— .


2 det.P

2.3. Sistemas de equações lineares

Antes de definirmos os sistemas lineares, vamos definir as equações line­


ares. Denominamos de equações lineares toda equação na forma a ^ + a 2x 2 +
... + an x n = b,3 em que
^
os valores de a,,r a 2’, , ... an são números reais, chamados de

107
h iith m t
Nonato de Andrade

coeficientes das incógnitas xL, x2, ... xn, e b é o termo independente da equação.
Acompanhe abaixo vários exemplos de equações lineares:
♦ 7x - y + 4z = 20;
♦ -5x + 4z = 3t - y +4;
♦ x + 2y - 5z + 6 t = 60;
♦ -x 2 - 4y = 3t - 4;
♦ > / I - 7 y + z = 30.

Chamamos de sistema linear um conjunto de equações lineares com m


equações e n incógnitas cujo conjunto solução seja simultaneamente a solução
de todas as equações do sistema.

Matrizes associadas a um sistema linear


Um sistema linear sempre possui associadas a si as seguintes matrizes:
♦ Matriz incompleta: a matriz A incompleta é aquela formada pelos coefi­
cientes das incógnitas do sistema. Veja:

x + y + 2z = 9 "l 1 2
x + 2 y + z = 8 A matriz incompleta associada será: A = 1 2 1
.2x + y + z ~ 7 2 1 1

♦ Matriz completa: a matriz B completa é aquela formada pelos coeficientes


das incógnitas e os termos independentes do sistema. Vamos repetir o
mesmo sistema e associá-lo à matriz completa:
"l 1 2 9
x + y + 2z - 9
x + 2y + z - 8 A matriz completa associada será: B - 1 2 1 8

. 2x + y + z - 7 2 1 1 7

Os sistemas lineares, quanto ao tipo, podem ser homogêneos ou normais.


♦ Sistema homogêneo: todos os termos independentes das equações são
nulos. Assim, ele sempre admite a solução (0,0,0, ...,0). Essa solução é
chamada de trivial. Quando existem outras soluções, essas outras são
chamadas de não triviais. Veja abaixo um exemplo:
x+y+z= 0

< 2x - 3y + 5z = 0
_4x + 7y - 3z = 0

108
limtiinl
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

« Sistema normal: tem o mesmo número de equações m e de incógnitas n, e


o determinante da matriz incompleta associada ao sistema é diferente de
zero. Então, se m = n e det.A * 0, o sistema é normal. Veja um exemplo:

fx + y + 2z = 9
<x + 2y + z = 8
2x + y + z - 7

3 Exercícios comentados
V
16. Dado o sistema linear abaixo, verifique se é normal.
x+y- 0
2x + 3y - z = 2
3x - z —4
Temos três equações m = 3, e três incógnitas n = 3. Precisamos ainda verificar
se o determinante da matriz incompleta a ele associada é diferente de zero.
1 1 0
Logo: det.A 2 3 -1 det.A = - 4 * 0 . Então, o sistema é normal.
3 0 -1
x+y - 3
17. Dado o sistema ■y + z = 5, verifique se é normal,
t+w=5

Veja que temos três equações m = 3, e cinco incógnitas n = 5; como m & n,


nem precisamos verificar o determinante, pois o sistema não é normal.

x+y+z=3
18. Verifique se o sistema 2x + 3y - 5z - 1 é ou não normal.
[ 3x + 4y ~ 4z = 7

Observe que temos três equações m = 3,. e três incógnitas n - 3, ou seja, m =


n. Isso satisfaz a primeira condição, mas ainda precisamos verificar o deter­

1 1 1
minante: det.C = 2 3 - 5 = det.C = 0. Então, o sistema não é normal.
3 4 -4

109
linilniii
Nonato de Andrade

Exercício proposto

fkx + y = 3
39. Encontre k e IR de modo que o sistema | x + - 5 seJa normal.^
SC

Resolução de sistemas normais pela regra de Cramer

A regra de Cramer é um recurso matemático muito importante na resolu­


ção dos sistemas normais. De conformidade com essa regra, um sistema linear

. , . ■, . A d, A,
de n equações com n incógnitas admite solução x l = ~ ^ ,x 2 = ” ,... x n = — ,

D é 0 determ inante da m atriz A incompleta associada ao sistema, D - det.A,


e DJ} D2, ... Dnsão os determ inantes obtidos substituindo-se, respectivamente,
a coluna dos coeficientes de xx, x2, ... x n pela coluna dos termos independentes.
Vamos comentar um exercício para vermos os detalhes dessa regra.

ll Exercício comentado
p

!
2x + y —7
2x - 3y - 3

Inicialmente vemos que m = n. Agora vamos calcular o determinante da matriz


2 1
incompleta associada ao sistema, ou seja, D = ^ ~ -6 - 2 = - 8 ^ 0. Isso

nos mostra que o sistema é normal, pois a regra de Cramer é usada para a
resolução dos sistemas normais. Passamos agora à fase das substituições da
coluna formada pelos termos independentes:

7 1 2 7
♦ D = = ~21 - 3 = -24 e D = 6 ~ 14 = -8. Agora é só substi-
X
3 -3 y 2 3

j * •- 1 Dx -2 4 „ D _8
tuir os valores na denmçao geral: x = —*• = ----- = 3 e y = —- = — = 1.
& D -8 D -8
Assim, concluímos que a solução do sistema é (x, y) = (3,1).

110
tttiiliuii
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

Exercícios propostos

x- y+z=3
40. Com o auxílio da regra de Cramer, resolva o sistema linear 2x + y - z = 0
_3x - y + 2z = 6
3x + 4y + z = 0
41. Resolva o sistema linear 2x - y - z - 0
„-x + 3y - z = 0
42. Resolva os seguintes sistemas lineares:

x + 2y - z = 2

Í 2 x - y + 3z = 9
3x + 3y - 2z = 3

2x - y + z ~ 7
b) x + 3y - z = 6
3x ~ 2y + z = 8
f 2x - y + z = 3
43. Determine o valor de z no sistema <x + 2 y - z = 2
[ 3x - y + 2z - 7

x - 2y + 3z - 6
44. Determ inex,yezno sistema 2x - y + z = 2
. 3x - y - 2z = 2

Classificação de um sistema linear

Quanto ao número de soluções, podemos classificar os sistemas lineares em:


♦ Sistema possível e determinado: possui uma única solução. Veja um exem-
{ x + y7 —8 . Resolvendo, encontramos S = (3, 5).
2x - y - 1
Isso significa que só existe um valor possível para x e outro para y. Num
sistema cartesiano» as retas das duas equações se cruzam neste ponto.
♦ Sistema possível e indeterminado: possui infinitas soluções. Observe
X [ y —^

! \
2x + 2y = 16
111
. Note que existem n soluções
H
iiiiiliuii
Nonato de Andrade

para esse sistema, como (X, 7), (2, 6), (3, 5), (4, 4), (5, 3) . . . Essas são
apenas algumas das possíveis soluções. Quando estamos resolvendo
um sistema e chegamos a expressões como x = x, 3y = 3y, 0 = 0, ....
n = n, são expressões verdadeiras, mas que não determinam a solução do
sistema. Assim, a solução será S = R. Num sistema cartesiano, as retas
das duas equações são coincidentes.
♦ Sistemas impossíveis: não possuem nenhuma solução, Veja o sistema

seguinte: j ^ . Observe que não podemos ter valores que satis­

façam as duas equações de forma verdadeira. Quando estamos resolvendo


um sistema e chegamos a expressões como x = 2x, 3y = y, 0 = 5,.... m = n,
percebemos que estamos diante de um sistema impossível. Num sistema
cartesiano, as retas das duas equações não se cruzam, são paralelas. Assim,
a solução será S = 0 .

Exercícios comentados

20. Discutindo a solução do sistema linear abaixo, verificamos que o mesmo é:

2x - 3y - 2 = 4
x + 2y + z - 3
3x - y - 2z - 1

a) impossível
b) possível e indeterminado
c) possível e determinado
d) normal e homogêneo
e) n.r.a.

Lembramos que um sistema linear é considerado homogêneo quando todos os


termos independentes são nulos. Não é o caso do sistema em questão, pois os
termos independentes são 4,3 e 1. Um sistema linear é denominado normal
quando o número de equações é igual ao número de variáveis e o determi­
nante da matriz incompleta associada ao sistema é diferente de zero. No nosso
caso isso se verifica e temos três equações e três variáveis: x, y e z. Assim, ele
é normal, mas não é homogêneo, portanto a opção D está descartada.

112
tmihml
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema tinear

Agora só nos resta resolver o sistema e depois discutir as possibilidades de


solução. Depois de resolvido, os resultados são: x = 2, y = -1 e z = 3. Baseados
nesse conjunto solução S = {2, -1, 3}, concluímos que o sistema é possível
e determinado, pois apresenta um a única solução para cada variável. A
resposta correta é a opção C.

21. (UFRN) A solução do sistema é:

x+y+z=6
4x + 2y - z = 5
x + 3 y -f2 z = 1 3

a) (-2,7,1)
b) (4 ,-3 ,5 )
c) (2,3,1)
d) (1,2, 3) ?
e) n.r.a.

Como todas as alternativas são conjuntos solução, vamos direto à resolução


do sistema. Depois de resolvido, verificamos que os valores são x = 1, y = 2
e z = 3, logo o conjunto solução é S ~ {1,2, 3}. O sistema é possívele deter­
minado, e a resposta correta é a opção D.

22. (UFRN) Se a, b e c são as soluções do sistema, então a.b.c é:

x + 2y + z = 16
2x + y + z = 15
[x + y + 2z = 17

a) 60
b) 70
c) 80
d) 90
e) n x a .

Resolvendo o sistema linear, encontramos os valores x = 3,y = 4 e z = 5. O


sistema é possível e determinado. De acordo com o enunciado, x = a, y = b
e z = c, logo a.b.c = x.y.z. Fazendo o produto dos valores, encontramos 60.
A resposta correta é a opção A.

113
htiiíttiil
Nonato de Andrade

Exercícios propostos

45. Determine para quais valores de k o sistema <X + ^ é:


r n [2x + ky = 2
a) possível e determinado.
b) possível e indeterminado.

46. Determine o valor de p de modo que o sistema J + 2y ~ 3 g . impossível.


[ px + y = 4

{
x ~y + z = 4
-4 x + 2y - z = 0
x- y+z=2

í -x + y - 2z = -9
48. Resolva e classifique o sistema <2x + y + z = 6
[ -2x - 2y + z = 1 ff
v*

Sistemas equivalentes
Dizemos que dois sistemas são equivalentes quando possuem o mesmo
conjunto solução.

Propriedades dos sistemas equivalentes


♦ 1- - Trocando de posição duas ou mais equações de um sistema, obtemos
outro sistema equivalente.
♦ 2- - Multiplicando uma ou mais equações de um sistema por um número
k (k £ M‘), obtemos um sistema equivalente ao anterior.
♦ 3â - Adicionado a um a das equações de um sistema o produto de outra
equação desse mesmo sistema por um número k (k G M*), obtemos um
sistema equivalente ao anterior.

Escalonamento de sistemas lineares


Quando num sistema de equações lineares m e n são maiores que três,
os cálculos tornam-se mais trabalhosos, mais fáceis de errar e inviáveis de se
fazer na hora da prova, devido ao tempo que gastamos. Todavia, as técnicas
de escalonamento simplificam os cálculos e facilitam a discussão de quaisquer
sistemas lineares.

114
iiniliiüt
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

Dizemos que um sistema, em que existe pelo menos um coeficiente não-nulo


em cada equação, está escalonado se o número de coeficientes nulos antes do
primeiro coeficiente não-nulo aumenta de equação para equação. Observe um
f2x-y + z = 0
exemplo de sistema na forma escalonada: j y + z = 1
(4z = 2

Note que um sistema na forma escalonada, como está esse, não nos apre­
senta qualquer dificuldade para chegarmos ao seu conjunto solução. Na terceira
equação encontramos facilmente o valor de z = 1/2. Substituindo na segunda
equação, encontramos y = 1/2. Por último, substituindo esses valores na primeira
equação, encontramos x = 0.
O problema é que a maioria dos sistemas lineares não se apresentam
nessa forma, aliás é uma raridade encontrar um sistema desse tipo. Contudo,
as técnicas de escalonamento podem nos ajudar a escalonar qualquer tipo de
sistema linear. Vejamos os principais procedimentos:
* Ia passo - Escolhemos como a l â equação uma que possua o coeficiente
da lâ incógnita diferente de zero.
2- passo - Usando as propriedades dos sistemas equivalentes, podemos
anular todos os coeficientes da Ia incógnita das demais equações.
3S passo - Repetimos o processo com as demais incógnitas, até que o
sistema se torne escalonado como o que comentamos há pouco.

Agora vamos praticar, exercitando cada um desses passos para escalonar


o sistema linear abaixo:
3x + y - 2z = 1
2x + 2y - z - 3
x+y+z=6

Como podemos trocar as posições das equações à vontade, pois, quais­


quer que sejam as trocas, sempre teremos um sistema semelhante ao ante­

«3x + y - 2z = ~lj
rior, vamos trocar a posição da lâ e 3a equações: 2x + 2y - z - 3 . Ficamos
íx + y + z = 6]
jx + y + z = 6j
com: 2x + 2y - z = 3 . Em seguida, trocamos a posição da 2a e 3a equações:
[3x+~y” 2z

115
iiiiilttiti
Nonato de Andrade

x+y+z=6 fx + y + z = 6
«2xV 2y - z~= 3 ]. Ficamos com o sistema j 3x + y - 2z = -1 . Agora multiplica-
b x + V -lz ^ -í [ 2x + 2y - z = 3
mos a Ia equação por (~3) e somamos o resultado com a 2a equação:

x + y + z = 6 . (-3)—j
3x + y - 2z = -1
2x + 2y - z = 3

x +y + z= 6
Assim, obtemos o sistema equivalente: Ox - 2y - 5z = -19- Então, multipli-
_2x + 2y - z = 3
camos a Ia equação por (-2) e somamos o resultado com a 3a equação, assim:
x + y + z = 6 . (-2)*
3x + y - 2z = -1
. 2x + 2y - z - 3

Ficamos com o sistema escalonado:


x +y+ z= 6 x+y+ z= 6
Ox - 2y - 5z = -19 ou -2y - 5z = -19-
. Ox ~ Oy - 3z = -9 - 3z = -9

Veja que agora não temos nenhuma dificuldade para encontrar os valores
de x =1, y = 2 e z = 3. O sistema é possível e determinado.

| Exercícios propostos

49. Utilizando-se das técnicas de escalonamento, resolva e comente o sistema:

Í
x - 2y + z = 3
2x + y + z = 1
3x - v + 2z = 2

x +y+ z=2
2x + 3y - 2z = 4 •
3x + 4y - z = 6
-j. y _ ^ — —2
7 , resolva e comente em R.
2x + 2y - z = 1
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

f x - 3y + 2z = 8
52. Resolva e comente o sistema linear < 2x - 7y - z = -9 •
[x + 2 y - z = -7

Í
x+y- z=6
3X „ y + 2z = 1 •

2x + 6y - 7z = 5
x - 2y + 3z = 5
54. Resolva e discuta o sistema 2x ~~5y + 4z = 19 ■
. x - y + 5z = -4

55. Resolva e comente o sistema linear j x + Y + z 6 ,


[2x + y - z = 1

Questões de concursos

01. (FGV-SP) Dadas as matrizes abaixo;

rx x+y
A= ,B = e C=
vz w / v-1 2wy z+w

Sendo 3A = B + C, então:
a)x+y+z + w = ll
b)x + y+ z + w=10
c)x + y ~ z ~ w = 0
d)x + y - y ~ w = “l
e)x + y + z + w > l l

02. (Osec-SP) Na expressão abaixo, x e y valem respectivamente:


/ 2 3''i
x y '3x
2 2 + !^4x
7 J 2yj \

a) -4 e -1
b) -4 e 1
c) -4 e 0
d) 1 e -1
e) 1 e 0

117
Im thn il
Nonato de Andrade

03. (FGV-SP) Dadas as matrizes abaixo, e sabendo-se que AB = C, podemos con­


cluir que:

a) m + n - 10
b) m ~ n = 8
c) m . n = -48
d) m/n = 3
e) m.n = 144

04. (Mack-SP) Sejam as matrizes abaixo:

Determine o valor de m/k.


a) 4
b) 2
c) 0
d) -2
e) -4

05. (Cefet-PR) Se A, B e C são matrizes do tipo 2x3,3x1 e 1x4, respectivamente, então


o produto A.B.C
a) é matriz do tipo 4x2
b) é matriz do tipo 2x4
c) é matriz do tipo 3x4
d) é matriz do tipo 4x3
e) não é definido

06. (FGV-SP) A matriz A é do tipo 5x7 e a matriz B, do tipo 7x5. Assinale a alternativa
correta.
a) A matriz AB tem 49 elementos
b) A matriz BA tem 25 elementos

118
litnliinl
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

c) A matriz (AB)2tem 625 elementos


d) A matriz (BA)2tem 49 elementos
e) A matriz (AB) admite inversa

07. (FGV-SP) Considere as matrizes abaixo. A soma dos elementos da primeira linha
de A.B é:
I 3
A= e B= 0 4
1 -1 7
2 2

a) 20
b) 21
c) 22
d) 23
e) 24

08. (UFSC-SC) A soma dos valores de x e y que satisfazem a equação matricial abaixo é:
<- N
x 2
y a 3 9

a) 1
b) 0
c) 2
d)-l
e) -2

09. Os números reais x, y e z que satisfazem a equação abaixo são tais que a sua soma
é igual a:

jc —1 jy + 2 X -1 3 0
Z JC+7+Z 0 1 -2 5

a) -3
b)-2
c) -1
d) 2
e) 3

119
iiiiiimiE
Nonato de Andrade

10. (PUC-SP) Sendo as matrizes abaixo, então o valor de x tal que AB = BA é:


A1 0„ -cP\ r2 0~ 0~\
A= 0 -4 0 e B= 0 4 0
0 0 3, V
X 0 2

a) ~1
b) 0
c) 1
d) o problema é impossível
e) nenhuma das respostas anteriores

11. (FGV-SP) Considere as matrizes abaixo. Seja C = AB. A soma dos elementos da 2a
coluna de C vale:
íl 5^
'l 5 6"
A= 2 0 e B=
V6 5 1y
\ —2 b
a) 35
b) 40
c) 45
d) 50
e) 55

12. ( Mack-SP) O número de matrizes A = Ç a..)^ onde a.. = x para i = j e a.. = y para i
* j, tal que A = A'1é:
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) 4

13. (ITA-SP) Considere P a matriz inversa da matriz M abaixo, onde: a soma dos
elementos da diagonal principal na matriz P é:

M =

a) 9/4
b) 4/9

120
llltlilllil
Capítulo 2 ~ Matriz, determinante e sistema linear

c) 5/9 '
d) 4
e) -1/9

14. (ITA-SP) Seja A a matriz 3x3 abaixo. Sabendo-se que B é a inversa de A, então a
soma dos elementos de B vale:

"l 2 3
A- 1 0 0

\3 0 1

a) 1
b) 2
c) 5
d)0
e) -2

15. O determinante da matriz é um número múltiplo de:

1 0 18
4 12 27
1 5 81

a) 1
b) 2
c) 5
d) 7
e) 9

16. • O sistema linear:


• x - 2y + z - 1
‘ x-+ z = 3 <
_x + y - 2 z = 2 ■ '

a) tem infinitas soluçpes


b) tem solução única
c) é impossível
d) é homogêneo
e) tem uma solução real e infinitas soluções complexas

121
imtlimí
Nonato de Andrade

17. O valor de m para que o sistema I mX + ^ ^ seia indeterminado


[4x + y = 0
a) 0
b )l
c) 2
d) 3
e) 4

2x - y + z - 0
18. O sistema x - 2y + 3z = 0
3x - z = 0

a) tem uma única solução


b) não tem soluções reais
c) tem três soluções distintas
d) tem infinitas soluções reais
e) n.r.a.

19. A soma dos quadrados das soluções do sistema é:

í 2x + 3y = 1
[ 3x + 2y = 9

a) 34
b) 16
c) 4
d) 64
e) 25

20. (ITA-SP) Considerando o sistema abaixo, podemos afirmar que:

f 2x - 5y + 9z = -7
| -4x - 3y + 8z = -12
[ 7x + 4y - 9z = 21

a) y = 1/5
b) x = -1/65
c) y —-2/65

122
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

d)y = 4
e) y = 3

21. Dado o sistema:

Í
x + y + 3z = 2
3x - z = -9
3x + 2z = ~9

podemos afirmar que x . y . z é:


a) -4
b) -30
c) -15
d) 30
e) 15

22. Sendo a ^ 13o valor de y - x no sistema é:


ja x + y - a2
\x + y = 2 a - l

a) 1
b )-l
c) 0
d) a
e) 1 ~ a

23. Sendo ja| * |bj, o par (x5y) solução do sistema é:

f ax + by = 2 ab
[ bx + ay - a2 + b2

a)(a,b)
b) (—b, a)
c)(a, -b)
d) (b, a)
e) (~b, -a)

123
liiiiiinil
Nonato de Andrade

24. (Cesgranrio) Resolvendo o sistema, vemos que x + 2y + 3z vale:

x = 2y
' 2y = 3z
,x + y + z - 11
a) 22
b) 18
c) 12
d) 11
e) 6

25. (Mack-SP) Os valores de x, y e z solução do sistema formam, nessa ordem, uma


PA de razão 1. O valor de a é:

f x + 2y + 3z ~ 14
j 4x + 5y + 6z = 32
[ 7x + 8y + 9z = a
a) 0
b) 10
c) 50
d) 55
e) 60

26. O valor de x/y no sistema é:


f x + 2y = 10
[x - y = 4
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 6

27. O valor de x + y + z no sistema é:

2x + 3y - 4z = 12
■ 4x + 5y + 7z = 7
. -2x + y - 3z = 3

124
hmlnui
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema Ünear

a) 0
b )l
c) 2
d) 3
e) 4

28. O valor de x2+ y2+ z2no sistema é:

x + y - z = -1
- x -y-~ z = 5
x+2 =6

a) 29
b) 11
c) 20
d) 25
e) 13

29. O valor de x + y + z no sistema é:

3x+ 2y + z=>-2
4y - 2z - -10
.6x - y + 3z = 4

30. (Fuvest-SP) O valor de x no sistema abaixo é igual a:

x + y - z = ~1
- x-y-z =5
x+z=6

a) 27
b) 3
c) 0
d )-2
e) 4

125
iimhint
Nonato de Andrade
5t

31. (Fuvest-SP) Sendo o sistema:

x + 4z = -7
< x - 3y - -8
_y + z = 1
então x + y + z é igual a:
a) -2
b)~l
c) 0
d) 1
e) 2

32. O sistema abaixo é:

!
x —y - z ~ 0
2x - y - z = 5
3x + 3y - z = 10
a) indeterminado com uma variável livre
b) indeterminado com duas variáveis livres
c) homogêneo
d) impossível
e) determinado

33. O sistema abaixo é:

x + 2y = 20
2x + 3y = 30
! x + y = 15

a) impossível
b) indeterminado
c) determinado
d) o par ordenado (10, 5) é a solução do sistema
e) o par ordenado (15,0) é a solução do sistema

34. Considerando o sistema abaixo, podemos afirmar corretamente que:

x + 3y - 2z = 3
2x + 4y + 3z = 5
5x + lly + 4z = 10

126
Itinlitiil
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema iinear

a) sistema é incompatível
b) sistema é compatível determinado
c) S = {(4,1, 2)} é solução do sistema
d) sistema possui exatamente três soluções
e) sistema é compatível indeterminado

35. (Uel-PR) Se os sistemas abaixo:

são equivalentes, então a2+ b3é igual a:


a) 1
b) 4
c) 5
d) 9
e) 10

36. (FGV-SP) Resolvendo o sistema de equações abaixo, temos que:

3x + y = 3
■ 5x + 3y = 1
,x~4y=7

a)x=ley=0
b) é impossível
c) é indeterminado
d) x = 3 e y - -1
e) é determinado

37. (PUC-SP) Estudando-se o sistema abaixo obtém-se:

fx-2y+Z Fl
l2x + y - z = 2
[x + 3 y - 2z = 1

a) sistema é possível, determinado e admite uma única solução x = l , y = 0 e z = 0


b) sistema é impossível
c) sistema é possível, porém indeterminado com uma incógnita arbitrária
d) sistema é possível, porem indeterminado com duas incógnitas arbitrárias
e) sistema é indeterminado com uma incógnita arbitrária, sendo (0, 1, 3) uma
solução

12 7
Imiluni
Nonato de Andrade

38. (Cesgranrio) O número de soluções do sistema abaixo é:


x-y= 1
y+z=2
í
a) maior do que 3
b) 3
c) 2
d) 1
e) 0

39. (UFScar-SP) O sistema linear abaixo admite uma infinidade de soluções. Seja z =
a (a * 0) um valor arbitrário. Então, a solução (x, y>z) do sistema é:

{
2x + y + z = 5
-2x + y + z = 1
2 + 5y + 5z = 17
a) (2, 2 - a» a)
b) (1, a - 3, a)
c) (1,3 - a, a)
d) (2, a - 2, a)
e) (3, a, a)

40. (Uel-PR) O sistema abaixo é equivalente ao sistema definido pela equação matricial
se os

valores de k e t forem respectivamente:


a) 1 e 2
b) -1 e 3
c) 2 e -1
d) ~1 e -2
e) 3 e -1

41. (FGV-SP) Seja (a, b, c, d) a solução do sistema linear abaixo:

x+ y-z+ t= 0
x -y + z-t= 2
-x + y + z ~ t = -4
x - y - z —t = -4

128
IniihitEl
Capítulo 2 ~ Matriz, determinante e sistema linear

então o produto a . b . c vale:


a) 0
b) 1 2
c) -12
d) 24
e) -24

42. (Alfenas-MG) O sistema de equações abaixo terá uma única solução se:
í ax + 5y =■5
| bx + y = 0
a) a = 5b
b) 5. a . b 96 0
c) a + 5b = 0
d) a - 5b 0
e) 5 . a . b = 0 >

43. O sistema de equações abaixo terá infinitas soluções se:

Í axbx ++ y5y- =b 5
a) a = 5 e b = “1
b) a + b = 6
c) a . b = 6
d) 5 . a . b = 10
e) b = 5a

44. (FMU-SP) O sistema linear abaixo tem solução única para:

j x + 2y = 1
\ ax + by = 5

a) todo a * 0 e b * 0
b) b ^ 2a
c) b * a
d) toda a e l e b e l
e) todo a > 0 e b > 0

129
hiiihiiii
Nonato de Andrade

45. (FGV-SP) Determinando os valores de a e b . a fim de que o sistema abaixo seja


indeterminado, o produto a , b é:

f 2x + 2y = b
\ 3x + ay = 6

a) 12
b) 24
c) 18
d) 6
e) 36

46. (PUC-RS) Para que o sistema seja impossível, o valor de k deve ser:

í 2x + 2y = b
\ 3x + ay ~ 6

a) 1/5
b) 1/4
c) 1/3
d) 4/5
e) 5/4

47. (PUC-SP) O valor de k tal que o sistema abaixo admita solução única é:

x- z=0
' kx + y + 3z = 0
.x + ky + 3z = 1

a) k * 1 e k * -4
b)k^lek^3
c) k # ~1 e k * 4
d) k & 1 e k &~2
e) k * 1 e k * -3

48. (Fuvest-SP) O sistema linear abaixo não admite solução se a for igual a:

!
x + ay - 2z = 0
x+y+z- 1
x-y-z =3

130
i lt lllu it l
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

a) 0
b)l
c) -1
d) 2
e) -2

49. (Uel-PR) O sistema abaixo é possível e determinado se, e somente se, k for igual a:

í kx - 2y = -3
{x + y = 2
[ 2x ~ 3y - -1

a) 3
b) 2
c) 1
d) ~1
e) -2

50. O sistema abaixo é:


f 2x + 5y - 3z = 0
[4x + lOy - 6i = 0

a) determinado
b) determinado apresentando além da solução trivial a solução ( 1, 2,4)
c) indeterminado com uma variável livre
d) indeterminado com duas variáveis livres
e) impossível

51. O sistema abaixo é:

Í
x + y =0
2x + 3y = 0
5x + 6y = 0

a) determinado
b) indeterminado com uma variável livre
c) indeterminado com os pares ordenados sendo dois números simétricos
d) indeterminado com os pares ordenados sendo dois números recíprocos
e) impossível

131
hn th nil
Nonato de Andrade

52. (Uel-PR) O sistema abaixo nas variáveis x e y admite apenas a solução trivial se, e
somente se:

f kx + y = 0
[x + 4ky = 0

a) k &0 e k # ~1
b) k * -1/2 e k * 1/2
c) k * 0 e k = -1
d) k = 1/2
e) k = -1/2

53. (UC-MG) O valor de m para que o sistema abaixo seja indeterminado é:

Í
mx + y = 0
4x + y = 0

a) 0
b )l
c) 2
d) 3
e) 4

54. (UFRS) A soma dos valores de k que tornam o sistema abaixo indeterminado é:

Íxkx++y 3y+ z+=Az0 = 0


x + ky+ 3z= Q

a ) -7
b) -2
c) 2
d) 7
e) 10

55. {UFRS) O conjunto solução do sistema abaixo é:

2x + y + 3z = 0
< 3x ~ 2y + z= 0
, x - 3y - 2z = 0

132
Imiltin]
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

a) {(1,1,-1)}
b) constituído apenas pela solução trivial
c) vazio
d) finito, mas constituído por mais uma solução
e) infinito

56. (Fuvest-SP) O sistema linear abaixo é indeterminado para:

Í
x+y=0
x+z=0
x + mz = 0

a) todo m real
b) nenhum m real
c) m - 1
d) m = —1 ,
e) m = 0

57. (UFSCar-SP) Dado o sistema linear abaixo, assinale a alternativa correta:

x + ay + z = 0
i ax + y -s- az - 0
, x + ay + z = 0

a) sistema admite uma infinidade de soluções para qualquer a real


b) sistema não admite solução se a = 1
c) sistema admite uma única solução se a - 3
d) sistema admite somente a solução trivial
e) sistema admite uma única solução se a = 1

58. (PUC-SP) Qualquer solução (x, y, z) do sistema linear abaixo é proporcional a:


f 4x + y + 2z = 0
13y + 2z = 0

a) (0,0,0)
b) (4,4,4)
c) (-4, 8,1)
d) (0,3,2)
e) (1,2 , -3)

133
imiiiui!
Nonato de Andrade

59. (FGV-SP) O sistema abaixo é homogêneo e determinado se, e somente se:

f a3x + 2ay - b
2 ax + y = c
a)a = b = c = 0
b)a^4eb = c = 0
c ) a ^ 0 e a 4 e b * Oec 0
d)a *0eaí*4eb = c
e)a # 0 ea * 4 e b = c = 0

60. (UnespSP) Os sistemas lineares abaixo são tais que:

a) existe uma solução de I que não é solução de II


b) existe uma solução de II que não é solução de I
c) não tem solução comum
d) (a, b, c) é solução dos dois para a, b, c reais
e) são equivalentes

61. (UEPG-PR) O sistema linear é:


ax ~ y + z = 0
2x + 2y - 3z = 0
[ 3x + y - 2z = 0
a) possível e determinado somente para a = 1
b) impossível para qualquer valor de a (a 6 3R.)
c) possível e indeterminado somente para a = 1
d) possível e indeterminado para qualquer valor de a (a s H£)
e) impossível somente para a = 1

134
hiühml
Capítulo 2 - Matriz, determinante e sistema linear

Gabaritos:
Exercícios Propostos: 5 -1 "2" " 1"
d)
4 9 2 8 9 3
01. a) X = 5 16. X = eY = —

9 16 07. a =: ± l , b = 2 e c = 3. 4 4
08. x =;l, y = 2 e z = - l e -1 -1
0 1" w == 3.
b) Y = 1 0 > 09. x : 1, y = 1. 17. a = 6, b = 0 e c =
4 1 10. x ~: 2
11. a =3, b = 1 e c = 2. -6 -6 -12
"2 3 4” 18. a)
c) Z = 8 1 7 3 0 -6 ;
3 2 5 12. a)
9 9 2
-6 4 2
"0 5 -8 b)
"2 15" 2 8 4
d)W = 3 0 -5 b)
8 5 0 L- 1 5 4J
-4 7 6"
c)
02.6 -2 -1 -5 1 8 6
03. a) tipo 2 x 2 , matriz qua­ c)
1 -5 -4
J

2 1
drada de ordem 2; 19.
..........................................

b) tipo 3x1, matriz coluna; 13. x = 2, y = 9 e z ~ -7. 0 3


c) tipo 1x3, matriz linha; _0 0 " 0 -1
d) tipo 4x4, matriz identi­ 20.
14. a) -2 -3 0 -1
dade de ordem 4 ou I (;
—6 -1 0
e) tipo 2 x 3 , matriz nula. -2 1
w 1
..............

0 0 21. a) X-1 =
H-í

- 1/
04. A* =
b) 2 2
6 6 3/ - 1/
05. x = 0 e y = 2. b) Y-1=
1
5 2 ~2 O" L -*
06. a)
-1 8 15. a) 4 2 > % X'
22. B’1=
3 2 2/
"-1 4 _ /9
b)
3 0 2 0 23. 1/8
24. det.A = -22
‘-1 4“ b) 4 2
25. det. = -1/2
c) 3 2
3 0 26. det.C = 2 V2

135
iiiiílntii
Nonato de Andrade

27. det. = -153 43. {(1,2,3)}


28. x = -4 44. {(1,1,1)}
29. S = {x e R / x < -2 ou x > 1} 45. a) k * 4;
30. det.Y = -2 b) 3 k e R tal que o sistema seja possível e
31. det.A = 0 indeterminado.
32. det. = -1
46. p = -
33. S = {0, 3/2} 2
34. S = {2} 47. Sistema impossível S = 0
35. D22= -46, D24= 54, D4]= -28 48. Sistema possível e determinado, S = (2,-1,3)
e D 43=~2 49. Sistema, impossível S = 0
36. det.Y = -12 50. Sistema possível e indeterminado S = R
37. det.A = 48 51. Sistema possível e indeterminado S = R
38. det.B = -164 52. Sistema possível e determinado com x = -2,
39. o sistema é normal para qual­ y = 0 e z = 5.S - {(-2,0,5)}
quer k real diferente de ±1 53. Sistema impossível S = 0
40. (x, y, z) = (1, -1,1) 54. Sistema possível e indeterminado S = R
41. (x, y, z) = (0,0, 0) 55. Sistema possível e indeterminado S = {(2 a
42. a) V = {(1,2> 3)}; b) {(3,2, 3)} -5,ll-3<*,a)}

Questões de concursos:
01. B 17. E 32. A 48. E
02. D 18. D 33. A 49. D
03. B 19. A 34. A 50. D
04. E 20. D 35. E 51. A
05. B 21. D 36. B 52. B
06. D 22. A 37. C 53. E
07. E 22. D 38. E 54. D
08. B 23. B 39. C 55. E
09. E 24. C 40. C 56. C
10. A 25. C 41. E 57. A
11. A 26. C 42. D 58. E
12. E 27. A 43. B 59. E
13. D 28. B 44. B 60. E
14. B 29. E 45. A 61. C
15. E 30. E 46. E
16. B 31. E 47. A

136
Ikiiiliiül
Capítulo 3

Jináãse comBinatória

> 3.1. Introdução à análise combinatória


> 3.2. Princípio Fundamental da Contagem
> 3.3. Arranjos simples
■ > 3.4. Permutações simples
1 > 3.5. Combinações simples
> 3.6. Permutações com elementos
repetidos.

3.1. Introdução à análise combinatória

A parte da Matemática que estuda os métodos de contagem é chamada


de análise combinatória. Esse estudo surgiu devido à necessidade de calcular-
se o número de possibilidades existentes nos eventos incertos, como nos jogos
de azar. Os pioneiros nesse tipo de estudo começaram no século XVI, como o
matemático italiano Niccollo Fontana (1500-1557), conhecido como Tartaglia,
e outros que vieram depois, como os franceses Pierre de Fermat (1601-1665) e
Blaxse Pascal (1623-1662).

Fatorial

Para desenvolver os primeiros métodos de contagem, precisamos inicial­


mente saber desenvolver o fatorial de um número. Ou seja, sendo n um número
inteiro não negativo, o fatorial de n é representado pelo símbolo n! e definido
matematicamente da seguinte forma:
♦ n! = n.(n-l).(n-2)... Para 4! = 4.3.2.1 = 24.

137
im ih iiil
Nonato de Andrade

Se o valor de n for igual a 0, teremos: 0! = 1, e, se n = 1, teremos: 1! = 1.


Veja outros exemplos:
♦ 3! = 3.2.1 = 6 ou 3! = 3.2! = 6
♦ 4! = 4.3.2.1 = 24 ou 4.3! = 24
♦ 5! = 5.4.3.2.1 = 120 ou 5.4.3! = 120
♦ 6! = 6.5.4.3.2.1= 720 ou 6.5.4.31= 720

3.2. Princípio Fundamental da Contagem - PFC

Se um evento (fato ou acontecimento) ocorre em n etapas consecutivas e


independentes, de maneira que o número de possibilidades na primeira etapa
pode ocorrer de k maneiras diferentes, na segunda, de k2 maneiras diferentes,
e assim sucessivamente, então o número total de maneiras de ocorrer o evento
é dado pelo produto kr k2. k3......kn
Exemplo 1: O exemplo mais clássico é a forma como o Detran compõe
as placas dos veículos no Brasil usando 3 letras e 4 algarismos. Empregando o
Princípio Fundamental da Contagem, podemos descobrir o número máximo de
veículos que podem ser licenciados no Brasil.
Resolução: vejamos como solucionar esse problema. Imagine uma placa
genérica qualquer do tipo MZG-8967. O alfabeto que usamos possui 26 letras
e o sistema numérico possui 10 algarismos de 0 a 9. Assim, podemos deduzir
que: na Ia posição, temos 26 alternativas, e, como pode haver repetição, na 2a
e 3a também temos 26 alternativas. Com relação aos algarismos, que também
podem ser repetidos, temos 10 alternativas para cada um dos 4 lugares na placa.
Logo, o número máximo de veículos que podem ser licenciados por esse sistema
no Brasil é dado por: 26.26.26.10.10.1010 = 175.760.000.
Exemplo 2: Num certo salão tem 6 portas. De quantos modos distintos
esse salão pode estar aberto?
Resolução: para a primeira porta, temos duas opções: aberta ou fechada.
Para a segunda, temos também duas opções, e assim sucessivamente. Para as seis
portas, teremos então: N = 26= 2.2.2.2.2.2 = 64. Pronto, agora é só retirar uma
dessas opções que corresponde a todas as duas portas fechadas. Logo, teremos:
64 - 1 = 63.

3.3. Arranjos simples

Sendo A um conjunto com n elementos distintos e p um número natural,


de forma que p < n, denominamos de arranjos simples dos n elementos do con­

138
liiiihtiil
Capítulo 3 - Análise combinatória

junto A, tomados p a p, os agrupamentos ordenados de p elementos diferentes


que é possível formar com os elementos do conjunto A.
O número p é chamado de classe ou ordem do arranjo. Indicamos o nú­
mero de arranjos de n elementos tomados p a p por An . Para o cálculo, usamos
a fórmula:
A - n!
"•P (n-p)!

Exemplo: Um cofre possui um disco marcado com os dígitos de 0 a 9. O


segredo do cofre é representado por uma seqüência de 3 dígitos distintos. Se uma
pessoa tentar abrir o cofre, deverá fazer no máximo quantas tentativas?
Resolução: para solucionar esse problema, precisamos ter em mente que as
seqüências serão do tipo abc. Para a primeira posição, teremos 10 alternativas;
para a segunda posição, 9 (não podemos repetir a primeira), e para a terceira
posição, 8 (não podemos repetir as duas anteriores). Aplicando a fórmula de ar­
ranjos ou usando o Princípio Fundamental da Contagem, chegaremos ao mesmo
resultado: A..,
HJ,j
- 720 ou 10.9.8 - 720.

Ê muito comum ver os alunos ficarem confusos na hora de resolver pro­


blemas. Dependendo do problema, podem aparecer algumas dúvidas quanto ao
método que deve ser aplicado. A pergunta mais freqüente é: Qual aplicação devo
usar? De arranjos, permutação ou combinação?
É fácil identificar que, dos arranjos que podemos formar, existem aqueles que
diferem entre si somente pela ordem de seus elementos e aqueles que diferem entre
si somente pela natureza de seus elementos. Esses são os requisitos básicos para se
estabelecer a diferença entre permutação simples e combinação simples.

3.4. Permutações simples

Os arranjos que diferem entre si somente pela ordem de seus elementos


são chamados de permutação. Por exemplo, sendo A = {1,2, 3}, as permutações
de seus elementos são: 123,132, 213, 231, 312 e 321. Observe que é um arranjo
do tipo Ann = n!. Chamamos esse tipo de arranjo de permutação simples e in­
dicamos por Pn= n!.
Usando o exemplo, temos que P3 = 3! = 3.2.1 = 6. As permutações simples
consistem em perm utar ou trocar os n elementos distintos de agrupamentos
cujos elementos diferem uns dos outros somente pela ordem.
Exemplo 1: Calcule o número de formas distintas de 5 pessoas ocuparem
os lugares de um banco retangular de cinco lugares.

139
hniiiiiil
Nonato de Andrade

Resolução: veja que as pessoas são as mesmas e o que difere é só a ordem de


disposição como elas se acomodam no banco. Logo, Ps = 5! = 5.4.3.2.1 - 120,
Exemplo 2: Denomina-se ANAGRAMA o agrupamento formado pelas
letras de uma palavra, que podem ter ou não significado. Quantos e quais são os
anagramas da palavra REI?
Resolução: Novamente o que difere é somente a ordem. Logo, o número
de anagram as é dado por: P3 = 3! = 6. São eles: REI, RIE, ERI, EIR, IRE e
IER.

3.5. Combinações simples

Vimos os arranjos que diferem somente pela ordem de seus elementos, que
são as permutações simples. Os demais são aqueles que diferem entre si somente
pela natureza de seus elementos. Esses são chamados de combinação.
Podemos definir as combinações simples de n elementos distintos tomados
p a p (chamada de taxa p) como sendo os subconjuntos formados por p elementos
distintos escolhidos entre os n elementos dados, e representamos por Cnp As­
sim, dizemos que duas combinações são diferentes quando possuem elementos
distintos, não importando a ordem em que são colocados.
Observe essa situação nos exemplos com taxas diferentes:
Sendo o conjunto W = {a,b,c,d}, podemos representar da seguinte forma:
♦ Combinações de taxa 2: ab, ac, ad, bc, bd, cd.
♦ Combinações de taxa 3: abc, abd, acd, bcd.
♦ Combinações de taxa 4: abcd.

Para calcular o número total de combinações de n elementos tomados p a


p, usamos a seguinte fórmula:

n n!
^ n .p “ w x, OU
,p p ! ( n - p ) ! vPy p! ( n -p ) !

Observe que o número acima também pode ser representado como número
binomial.
Exemplo: Uma prova é composta de 15 questões e você precisa resolver 10.
De quantas maneiras você poderá selecionar as 10 questões?
Resolução: nesse caso, a ordem das questões não muda a prova. Logo, po­
demos perceber que trata-se de um problema de combinação de 15 elementos

140
htttimii
Capítulo 3 ~ Análise combinatória

com taxa 10, ou seja, combinação de 15 elementos tomados 10 a 10. Aplicando a


fórmula, chegaremos à solução com facilidade.
Cl5i0 = 15! / [10!. (15 - 10)!] = 15! / (10!. 5!) = 3003.

Resumo básico de análise com binatória

Faremos um breve resumo das aplicações mais básicas e diretas dos prin­
cipais pontos da análise combinatória vistos até o momento.

Princípio Fundam ental da Contagem (PFC)


Todo problema de contagem pode, pelo menos teoricamente, ser resolvido
pelo PFC. Na prática, entretanto, a resolução de alguns problemas usando só o PFC
pode tornar-se muito trabalhosa. Assim, foi preciso formular algumas técnicas
de contagem para determinados agrupamentos simples (arranjos, permutações
e combinações), isto é, formados por elementos distintos. É importante sempre
lembrar que 0! = Te 1! = 1.

Arranjos
Dado um conjunto com n elementos distintos, chama-se arranjo dos n
elementos, tomados k a k, a qualquer seqüência ordenada de k elementos dis­
tintos escolhidos entre os n existentes. Simbolicamente, representamos por:
Aak= n!/(n-k)l com n > k.

Permutações

Dado um conjunto com n elementos distintos, chamamos de perm uta­


ção dos n elementos todo arranjo desses n elementos tomados n a n. De forma
genérica, costumamos fazer a representação da seguinte maneira: P b= n! ou
A = n!/(n~n)! = n!/0! = n!.

Combinações

Genericamente, o número de combinações de n elementos distintos, toma­


dos k a k, que se indica por Cnk, é dado por: Cnk= AnjE/Pk, logo Cnk= n!/k!(n~k)!
com n > k.

Permutações circulares

Esse tipo de permutação é muito comum em provas. Fique atento para as


questões que envolvem pessoas sentadas em torno de uma mesa circular ou com

141
liiiiimil
Nonato de Andrade

esse mesmo princípio de raciocínio. No caso específico, definimos como: n! / n


(n é natural e n > 0).
Agora, seguindo os princípios do nosso resumo, vamos resolver várias
questões, para melhor fixar esses assuntos. É importante fazer muitos exercícios,
pois esses são os procedimentos que, apesar de simples, aparecem com muita
freqüência em provas.

01. Há quatro estradas ligando as cidades A e B, e três estradas ligando as


cidades B e C. De quantas maneiras distintas pode-se ir de A a C, passando
por B?
a) 6
b) 12
c) 14
d) 16
e) 18

Aplicando o Princípio Fundamental da Contagem (PFC), as maneiras de ir


de A até C são dadas por: 3 x 4 = 12. A opção correta é a letra B.

02. Uma prova de Matemática consta de 10 questões do tipo V ou F. Se todas


as questões forem respondidas ao acaso, qual o número de maneiras de
preencher a folha de resposta?
a) 1024
b) 1012
c) 1020
d) 1028
e) 1032

Pelo Princípio Fundamental da Contagem (PFC), 2 x 2... = 210 = 1024. A


opção correta é a letra A.

03. De quantas maneiras podemos arrumar 5 pessoas em fila indiana?


a) 220
b) 180

142
timhtni
Capitulo 3 - Análise combinatória

c) 120
d) 130
e) 140

Usando o PFC, temos: 5 x 4 x 3 x 2 x l = 120 ou P4= 120. A opção correta


é a letra C.

04. Para a eleição do corpo dirigente de uma empresa candidatam-se oito


pessoas. De quantas maneiras poderão ser escolhidos presidente e vice-
presidente?
a) 52
b) 62
c) 65
d) 56
e) 68

Fazendo o arranjo de oito tomados dois a dois, temos: \ 2- 56. A opção


correta é a letra D.

05. Em uma obra havia três vagas para pedreiro. Cinco candidatos se apre­
sentaram para preencher as vagas. De quantas formas o encarregado da
obra pode escolher os três de que precisa?
a) 10
b) 12
c) 20
d) 60
e) 30

Calculando a combinação de cinco tomados três, a três temos: Cs 3= 10. A


opção correta é a letra A.

06. Quantos veículos podem ser emplacados num sistema em que cada placa
é formada por 2 letras (de um total de 26) e 4 algarismos (de 0 a 9)?
a) 6760010 veículos.
b) 6760012 veículos.
c) 6760018 veículos.
d) 6760000 veículos.
e) n.r.a.

143
Intilmií
Nonato de Andrade

Fazendo pelo PFC, temos: 26 x 26 x 10 x 10 x 10 x 10 = 6760000. A opção


correta é a letra D.

07. Quantos veículos podem ser emplacados num sistema em que cada placa
é formada por 3 letras (de um total de 26) e 4 algarismos (de 0 a 9)?
a) 175760003 veículos.
b) 175760002 veículos.
c) 175760001 veículos.
d) 175760000 veículos.
e) n.r.a.

Usando o PFC, temos: 26 x 26 x 26 x 10 x 10 x 10 x 10 - 175760000 veículos.


A opção correta é a letra D.

08. ANAGRÀMA é uma palavra formada pela transposição (troca, ou per-


mutação, ou “embaralhamento”) de letras de outra palavra» Por exem­
plo: ROMA, MARO, OMAR, RAMO, MORA, RAOM são alguns dos 24
anagramas da palavra AMOR. Quantos são os anagramas da palavra
MARTELO?
a) 5040
b) 5030
c) 5020
d) 5010
e) 5050

Fazendo pelo PFC, temos: 7x6x5x4x3x2xl - 7! = 5040. A opção correta é


a letra A.

09. A senha de um cartão eletrônico é formada por duas letras distintas se­
guidas por uma seqüência de três algarismos distintos. Quantas senhas
poderiam ser “confeccionadas”?
a) 468800
b) 468700
c) 468000
d) 468600
e) 468601

144
lllllflilll
Capítulo 3 - Análise combinatória

Podemos usar o PFC: 26x25x10x9x8 = 468000. A opção correta é a letra C.

10. O quadrangular final de um torneio mundial de basquete é disputado


por quatro seleções: Brasil, Cuba, Rússia e EUA. De quantas maneiras
distintas podemos ter os três primeiros colocados?
a) 22
b) 26
c) 24
d) 28
e) 30

Usando o PFC, temos: 4x3x2 = 24. A opção correta é a letra C.

11. Um colégio quer organizar um torneio de futebol com 8 equipes, de for­


ma que cada equipe jogue exatamente uma vez com cada uma das outras
(octogonal). Quantos jogos terá o torneio?
a) 26
b) 28
c) 30
d) 38
e) 40

Nesse caso, vamos calcular a combinação de oito tomados dois a dois.


Genericamente, ficamos com: C82= (8x7) / 21 = 56/2 = 28 jogos. A opção
correta é a letra B.

12. Considere a palavra ARARA. Se todas as 5 letras (elementos) fossem distin­


tas, teríamos 5! -1 2 0 anagramas (permutações). Entretanto, devemos dividir
esse número por 3! (que é o número de permutações das letras A, A e A, por­
que elas não são distintas) e por 21 (número de permutações das letras R e R,
porque das não são distintas). Assim, a palavra ARARA tem 10 anagramas.
Quantos anagramas podemos formar com a palavra CARRETA?
a) 1260
b) 1220
c) 1240
d) 128Ó
e) 1270

145
hmlmií
Nonato de Andrade

Fazendo: 7!/(2!x2!) = 7114 = 5040/4 = 1260 anagramas. A opção correta é a


letra A.

13. De quantas formas 12 pessoas podem sentar-se ao redor de uma mesa


circular?
a) 39916804
b) 39916802
c) 39916800
d) 39916806
e) n.r.a.

Observe que esse é um problema típico de permutação circular. Logo,


aplicando a definição, temos: n! / n (com n natural e n > 0). 12! /1 2 = 11! =
39916800. A opção correta é a letra C.

14. Um edifício tem 16 portas. De quantas formas uma pessoa poderá entrar
no edifício e sair por uma porta diferente da que usou para entrar?
a) 240
b) 230
c) 250
d) 260
e) 270

Usando o PFC, verificamos que existem 16 x 15 = 240 possibilidades. A


opção correta é a letra A.

15. Ao final de uma reunião com 16 pessoas, cada um dos presentes cum­
primentou os demais com um aperto de mão uma única vez. Quantos
apertos de mão foram trocados?
a) 150
b) 140
c) 130
d) 120
e) 110

Estamos diante de um a combinação simples. Aplicando a diíinição, temos:


C 2= (16 x 15) / 2! = 120 apertos de mão. A opção correta é a letra D.

146
iimltllli
Capítulo 3 - Análise combinatória

16. Em um baralho de 52 cartas, três são escolhidas sucessivamente. Quantas


são as seqüências de resultados possíveis se a escolha for feita com reposição?
a) 140618
b) 140608
c) 140628
d) 140638
e) n.r.a

Aplicando o PFC, temos: 52 x 52 x 52 = 140608 seqüências. A opção correta


é a letra B.

17. Em um baralho de 52 cartas, três são escolhidas sucessivamente. Quantas


são as seqüências de resultados possíveis se a escolha for feita sem repo­
sição?
a) 132600
b) 132610
c) 132620
d) 132630
e) n.r.a.

A mudança, nesse caso, é que não temos repetição. Podemos aplicar o PFC
da seguinte maneira: 52 x 51 x 50 = 132600 seqüências. A opção correta é
a letra A.

18. São sorteados na mega-sena seis números escolhidos entre os números de


1 a 60. Quantos são os resultados possíveis para o sorteio da mega-sena?
a) 50063890
b) 50063880
c) 50063870
d) 50063860
e) n.r.a.

Esse é um cálculo muito simples de ser feito. O difícil, porém, é o apostador


acertar entre tantas possibilidades possíveis. Fazendo uma combinação
simples de sessenta elementos tomados seis a seis, teremos: C6Q6= (60 x 59 x
58 x 57 x 56 x 55) / 6! = 10 x 59 x 29 x 19 x 14 x 11 = 50063860 resultados
possíveis. A opção correta é a letra D.

147
limhinl
Nonato de Andrade

19. Uma prova de Matemática contém dez questões do tipo múltipla esco­
lha, tendo cada questão cinco alternativa s. Se todas as questões forem
respondidas ao acaso, qual o número de maneiras de preencher a folha
de resposta?
a) 9765623
b) 9765624
c) 9765625
d) 9765626
e) n.r.a.

Se temos cinco alternativas para cada uma das dez questões, podemos usar
o PFC da seguinte forma: 5 x 5 x 5 x ... = 510. Logo, teremos 9765625 m a­
neiras. A opção correta é a letra C.

20. Sobre uma circunferência, tomam-se 10 pontos. Quantos triângulos


podem ser construídos com vértices nesses pontos?
a) 120
b) 130
c) 140
d) 150
e) n.r.a.

Fazendo a combinação simples dos dez elementos tomados de três a três,


teremos como resultado: C103= (10 x 9 x 8) / 3! = 720 / 6 = 120. A opção
correta é a letra A. sf

3.6. Permutações com elementos repetidos

Sendo os n elementos de um conjunto, existem a elementos repetidos, b


elementos repetidos, c elementos repetidos e assim sucessivamente. O número
total de permutações que podemos formar é dado por:

p (&,b»c,...) _

***
“ alblcL.
Exemplo: Determine o número de anagramas da palavra MATEMÁTICA.

148
imiitiiii
Capítulo 3 - Análise combinatória

Resolução: não fazendo distinção do Á acentuado, temos 10 elementos, com


repetição. Observe que a letra M está repetida duas vezes, a letra A três, e a letra
T, duas vezes. Aplicando a fórmula anterior, teremos: n = 10, a = 2, b = 3 e c = 2.
Sendo Pr o número procurado, podemos escrever: Pr = 10! / (2!.3!.2!) - 151200.

]l Questões de concursos

01. (BNB/FCC/2002) Apesar de todos caminhos levarem a Roma, eles passam por di­
versos lugares antes. Considerando-se que existem três caminhos a seguir quando
se deseja ir da cidade A para a cidade B, e que existem mais cinco opções da cidade
B para Roma, qual a quantidade de caminhos que se pode tomar para ir de A até
Roma, passando necessariamentepor B?
a) Oito
b) Dez
c) Quinze
d) Dezesseis
e) Vinte

02. (AFCE/TCU/Esaf/99) A senha para uih programa de computador consiste em uma


seqüência LLNNN, onde “L” representa uma letra qualquer do alfabeto normal de 26
letras e “N” é um algarismo de 0 a 9. Tanto letras como algarismos podem ou não ser
repetidos, mas é essencial que as letras sejam introduzidas em primeiro lugar, antes
dos algarismos. Sabendo que o programa não faz distinção entre letras maiúsculas
e minúsculas, o número total de diferentes senhas possíveis é dado por:
a) 226.310
b) 262.103
c) 226.210
d) 26! 10!
^ ^26,2^0 3

03. (Analista de Orçamento/MARE/Esaf/99) Para entrar na sala da diretoria de uma


empresa é preciso abrir dois cadeados. Cada cadeado é aberto por meio de uma
senha. Cada senha é constituída por 3 algarismos distintos. Nessas condições, o
número máximo de tentativas para abrir os cadeados é:
a) 518.400
b) 1.440
c) 720
d) 120
e) 54

149
ImilfHtl
Nonato de Andrade

04. (Analista/MPU/Esaf/2004) Quatro casais compram ingressos para oito lugares


contíguos em uma mesma fila no teatro. O número de diferentes maneiras em
que podem sentar-se de modo que:
a) homens e mulheres sentem-se em lugares alternados; e que
b) todos os homens sentem-se juntos e que todas as mulheres sentem-se juntas,
são, respectivamente,
a) 1.112 e 1.152
b) 1.152 e 1.100
c) 1.152 e 1.152
d) 384 e 1.112
e) 112 e 384

05. (Oficial de Chancelaria/Esaf/2002) Chico, Caio e Caco vão ao teatro com suas
amigas Biba e Beti, e desejam sentar-se, os cinco, lado a lado, na mesma fila. O
número de maneiras pelas quais eles podem distribuir-se nos assentos de modo
que Chico e Beti fiquem sempre juntos, um ao lado do outro, é igual a:
a) 16
b) 24
c) 32
d) 46
e) 48

06. (AFTN/Esaf/98) Uma empresa possui 20 funcionários, dos quais 10 são homens
e 10 são mulheres. Desse modo, o número de comissões de 5 pessoas que se pode
formar com 3 homens e 2 mulheres é:
a) 5.400
b) 165
c) 1.650
d) 5.830
e) 5.600

07. (AFC/Esaf/2005) Um grupo de dança folclórica formado por sete meninos e quatro
meninas foi convidado a realizar apresentações de dança no exterior. Contudo, o
grupo dispõe de recursos para custear as passagens de apenas seis dessas crianças.
Sabendo-se que nas apresentações do programa de danças devem participar pelo
menos duas meninas, o número de diferentes maneiras que as seis crianças podem
ser escolhidas é igual a:

150
iítiiltiitl
Capítulo 3 - Análise combinatória

a) 286
b) 756
c) 468
d) 371
e) 752

08. (Gestor Fazendário-MG/Esaf/2005) Marcela e Mário fazem parte de uma turma


de quinze formandos, onde dez são rapazes e cinco são moças. A turma reúne-se
para formar uma comissão de formatura composta por seis formandos. O número
de diferentes comissões que podem ser formadas de modo que Marcela participe
e que Mário não participe é igual a:
a) 2.002
b) 252
c) 284
d) 90
e) 84

09. (Fiscal do Trabalho/Esaf/98) Três rapazes e duas moças vão ao cinema e desejam
sentar-se, os cinco, lado a lado, na mesma fila. O número de maneiras pelas quais
eles podem.distribuir-se nos assentos de modo que as duas moças fiquem juntas,
uma ao lado da outra, é igual a:
a) 2
b) 4
c) 24
d) 48
e) 120

10. (MPOG/Esaf/2000) O número de maneiras diferentes que 3 rapazes e 2 moças


podem sentar-se em uma mesma fila de modo que somente as moças fiquem todas
juntas é igual a:
a) 6
b) 12
c) 24
d) 36
e) 48

151
imiliuit
Nonato de Andrade

11. (IDR/97) Em um teste psicológico, uma criança dispõe de duas cores de tinta: azul
e vermelho, e de um cartão contendo o desenho de 6 quadrinhos, como na figura
abaixo. O teste consiste em pintar os quadrinhos de modo que, pelo menos quatro
deles sejam vermelhos. É correto afirmar que o número de modos diferentes de
pintura do cartão é de:

□ □
□ □
□ □
a) 6
b) 12
c) 22
d) 24
e) 36

12. CTécnico de Controle Interno-Piauí/Esaf/2002) Em um grupo de dança participam


dez meninos e dez meninas. O número de diferentes grupos de cinco crianças que
podem ser formados de modo que em cada um dos grupos participem três meninos
e duas meninas é dado por:
a) 5.400
b) 6.200
c) 6.800
d) 7.200
e) 7.800

13. (Ministério Público-SC/ACAFE/2004) Seis pessoas, entre elas Pedro, estão reunidas
para escolher entre si a diretoria de um clube. Esta é formada por um presidente,
um vice-presidente, um secretário e um tesoureiro. O número de maneiras para
a composição da diretoria, onde José não é o presidente, será:
a) 120
b) 360
c) 60
d) 150
e) 300

152
liiuímii
Capítulo 3 - Anáiise combinatória

14. Uma empresa tem 3 diretores e 5 gerentes. Quantas comissões de 5 pessoas podem
ser formadas, contendo no mínimo um diretor?
a) 25
b) 35
c) 45
d) 55
e) 65

15. Um grupo consta de 20 pessoas, das quais 5 matemáticos. De quantas maneiras


podemos formar comissões de 10 pessoas, de modo que nenhum membro seja
matemático?
^ ^20,10
b)C,5Jo
<=) c M, s
d)Clwo
s) c,,.

16, Um grupo consta de 20 pessoas, das quais 5 matemáticos. De quantas maneiras


podemos formar comissões de 10 pessoas, de modo que todos os matemáticos
participem da comissão?
a) ^20,10
b)C i5,o
^20,15
d)C 15>5
fi) c ,ft-n

17. (AFRE-MG/Esaf/2005) Sete modelos, entre elas Ana, Beatriz, Carla e Denise, vão
participar de um desfile de modas. A promotora do desfile determinou que as
modelos não desfilarão sozinhas, mas sempre em filas formadas por exatamente
quatro das modelos. Além disso, a última de cada fila só poderá ser ou Ana, ou
Beatriz, ou Carla ou Denise. Finalmente, Denise não poderá ser a primeira da fila.
Assim, o número de diferentes filas que podem ser formadas é igual a;
a) 420
b) 480
c) 360
d) 240
e) 60

153
h tiih iti!
!!
Nonato de Andrade

18. (MPU/Esaf/2004) Paulo possui três quadros de Gotuzo e três de Portinari e quer
expô-los em uma mesma parede, lado a lado. Todos os seis quadros são assinados
e datados, Para Paulo, os quadros podem ser dispostos em qualquer ordem, desde
que os de Gotuzo apareçam ordenados entre si em ordem cronológica, da esquerda
para a direita. O número de diferentes maneiras que os seis quadros podem ser
expostos é igual a:
a) 20
b) 30
c) 24
d) 120
e) 360

19. (FGV-SP) Um restaurante oferece no cardápio 2 saladas distintas, 4 tipos de pratos


de carne, 5 variedades de bebidas e 3 sobremesas diferentes. Uma pessoa deseja uma
salada, um prato de carne, uma bebida e uma sobremesa. De quantas maneiras a
pessoa poderá fazer seu pedido?
a) 90
b) 100
c) 110
d) 130
e) 120

20. (ITA-SP) Quantos números de 3 algarismos distintos podemos formar empregando


os caracteres 1, 3, 5, 6, 8 e 9?
a) 60
b) 120
c) 240
d) 40
e) 80

21. De quantos modos pode vestir-se um homem que tem 2 pares de sapatos, 4 paletós
e 6 calças diferentes, usando sempre uma calça, um paletó e um par de sapatos?
a) 52
b) 86
c) 24
d) 32
e) 48

22. (UFGO) No sistema de emplacamento de veículos que seria, implantado em 1984, as


placas deveriam ser iniciadas por 3 letras do nosso alfabeto. Caso o sistema fosse im­
plantado, o número máximo possível de prefixos, usando-se somente vogais, seria:

154
lim liin]
Capítulo 3 - Análise combínatória

a) 20
b) 60
c) 120
d) 125
e) 243

23. (Cefet-PR) Os números dos telefones da Região Metropolitana de Curitiba têm 7


algarismos, cujo primeiro digito é 2. O número máximo de telefones que podem
ser instalados é:
a) 1.000.000
b) 2.000.000
c) 3.000.000
d) 6.000.000
e) 7.000.000

24. (Fatec-SP) Quantos números distintos entre si e menores de 30.000 têm exatamente
5 algarismos não repetidos e pertencentes ao conjunto {1, 2, 3,4, 5, 6 }?
a) 90
b) 120
c) 180
d) 240
e) 300

25. (Fuvest-SP) Quantos são os números inteiros positivos de 5 algarismos que não
têm algarismos adjacentes iguais?
a) 59
b) 84
c) 94
d) 85
e) 95

26. (Gama Filho-RJ) Quantos são os inteiros positivos, menores que 1.000, que têm
seus dígitos pertencentes ao conjunto {1, 2,3 }?
a) 15
b) 23
c) 28
d) 39
e) 42

155
llfilIlHli
Nonato de Andrade
w-í-vhíA' i W v H íí A 1 Vi

27. (UECE) A quantidade de números inteiros compreendidos entre os números 1.000


e 4.500 que podemos formar utilizando os algarismos 1, 3, 4, 5 e 7, de modo que
não figurem algarismos repetidos, é:
a) 48
b) 54
c) 60
d) 72
e) 144

28. (UEPG-PR) Quantos números de pares, distintos, de quatro algarismos podemos


formar com os algarismos 0,1,2, 3 e 4 sem os repetir?
a) 156
b) 60
c) 6
d) 12
e) 216

29. (Fuvest-SP) Sendo A = {2,3, 5,6,9,13} e B = {ab/ a A, b ^ A, a * b }>o número


de elementos de b que são pares é:
a) 5
b) 8
c) 10
d) 12
e) 13

30. (FMABC-SP) Simplifique:

101!+ 102!
100!
a) 101.103
b) 102!
c) 100.000
d) 101!
e) 10.403

31. (PUC-SP) Se (n - 6)! = 720, então:


a) n = 12
b) n = 11

156
{füjiimi
Capítulo 3 - Análise combinatória
wíí«S>V

c) n = 10
d) n = 13
e) n = 14

32. Os valores de x que verificam a expressão

x\
são:
a) 3 ou -6
b) 6
c) -3 ou 6
d) 3
e) -3

33. O conjunto solúção da equação (x!)2= 36 é:


a) {3,-3}
b) {6, -6}
c){3, 6}
d) {6}
e) {3}

34. (FDBEF-DF) Sendo a expressão abaixo, e tendo em vista que n > 0, o valor de n é:

(n+2)! 10
a) 6
b) 8
c) 10
d) 12
e) 9

35. (PUC-PR) A soma das raízes da equação (5x - 7)1 = 1 vale:


a) 5
b)7
c) 12
d) 3
e) 4

157
imihml
Nonato de Andrade

36. (Uel-PR) Sendo um número natural n, conforme a na expressão abaixo, podemos


afirmar que n é:
n l+ 2 '( n - í ) \
-------- i----- L = 18
(n~2)!
a) menor que 3
b) divisível por 5
c) divisível por 2
d) maior que 10
e) múltiplo de 7

37. (Cefet-PR) O valor de n na expressão é:

—— = (n-fl)!
n+1
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) 4

38. (FGV-SP) A expressão abaixo é igual a:


(Kl)3
K iC-l)!]2

a) K3 ■
b) k3( K - 1)!
c) [(K~l)fp
d) (K!)2
e) k3.[(K-l)!]2

39. (FG-SP) n2.(n —2)!(1 —l/n) vale, para n > 2,


a) n!
b) (n + 1)!
c )(n- l)!
d) (n + l)!(n - 1)!
e) n.d.a.

158
Iimliiiti
Capítulo 3 - Análise combinatória

40. (PUC-RS) A expressão (n - 1)! [( n+1)! - n!] eqüivale a:


a) n!
b)(n-l)!
c) (n + 1)!
d)(n!)2
e) [(n - 1)!]2

41. (UFCE) A soma e o produto das raízes da equação (x + 1)! = x! -f- 6x são:
a) 3 e 6
b) 3 e 3
c) 6 e 1
d) 3 e 0
e) nda

42. (UFRN) A quantidade de números de dois algarismos distintos que se pode formar
com os algarismos 2, 3, 5, 7 e 9 é igual a:
a) 5
b) 10
c) 15
d) 20
e) 25

43. (Mack-SP) Em uma sala há 8 cadeiras e 4 pessoas. O número de modos distintos


das pessoas ocuparem as cadeiras é:
a) 1680
b) 8!
c) 8.4!
d) 8! / 4
e) 32

44. (PUC-MG) O número inteiro positivo que verifica a equação An3= 3.(n - 1) é:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

159
hmiiml
Nonato de Andrade

45. (PUC-SP) A quantidade de números de quatro algarismos distintos que se pode


formar com os algarismos 1,2,4,7, 8 e 9 é:
a) 300
b) 340
c) 360
d) 380
e) 400

46. (PUC-SP) Numa sala há 5 lugares e 7 pessoas. De quantos modos diferentes essas
pessoas podem ser colocadas, ficando 5 sentadas e 2 em pé?
a) 5.040
b) 21
c) 120
d) 2.520
e) 125

47. (Uel~PR) Num pequeno país, as chapas dos automóveis têm duas letras distintas
seguidas de 3 algarismos sem repetição. Considerando-se o alfabeto com 26 letras,
o número de chapas possíveis de se formar é:
a) 1.370
b) 39.000
c) 468.000
d) 676.000
e) 3.276.000

48. (PUC-PR) O número de placas de veículos que poderão ser fabricadas utilizando-se
das 26 letras do alfabeto latino e dos 10 algarismos arábicos, cada placa contendo três
letras e quatro algarismos, não podendo haver repetição de letras e algarismos, é:
a) 67.600.000
b) 78.624.000
c) 15.765.700
d) 1.757.600
e) 5.760.000

49. (PUC-SP) A placa de um automóvel é formada por duas letras seguidas de 4 alga­
rismos. Com letras A e R e os algarismos ímpares, quantas placas diferentes podem
ser constituídas, de modo que a placa não tenha nenhum algarismo repetido, e
nenhuma letra repetida?

160
IlUillllti
Capítulo 3 - Análise combinatória

a) 480
b) 360
c) 120
d) 240
e) 200

50. (UF-CE) A quantidade de números inteiros compreendidos entre 30.000 e 65.000


que podemos formar utilizando-se somente os algarismos 2, 3,4,6 e 7, de modo
que não fiquem algarismos repetidos, é:
a) 48
b) 66
c) 96
d) 120
e) 72

51. (Cefet-PR) A quantidade de números formados por 4 algarismos distintos, esco­


lhidos entre 1,2, 3,4, 5, 6 e 7, que contêm 1 e 2 e não contêm o 7, é:
a) 284
b) 422
c) 144
d) 120
e) 620

52. (UFSC) Quantos números de cinco algarismos podemos escrever apenas com os
dígitos 1,1, 2, 2 e 3, respeitadas as repetições apresentadas ?
a) 12
b) 30
c) 6
d) 24
e) 18

53. (Cefet-PR) Dentre as permutações das letras da palavra triângulo, o número das
que começam por vogal é:
a) P9
b) Pg
c) 2.Pa
d)4.P8
e) 4.P?

161
litiih in l
Nonato de Andrade

54. (Fuvest-SP) O número de anagramas da palavra FUVEST que começam e termi­


nam por vogal é:
a) 24
b) 48
c) 96
d) 120
e) 144

55. (Cefet-PR) O número de anagramas da palavra NÚMERO, em que nem vogal, nem
consoantes fiquem juntas é:
a) 12
b) 36
c) 48
d) 60
e) 72

56. (UFSC) Quantos anagramas da palavra PALCO podemos formar de maneira que
as letras A e L apareçam sempre juntas ?
a) 48
b) 24
c) 96
d) 120
e) 36

57. (Cefet-PR) O número de anagramas de 6 letras que podemos formar com as letras
da palavra PEDRAS, começando e terminando com uma letra que represente
consoante, é:
a) 72
b) 480
c) 192
d) 432
e) 288

58. (FGV-SP) Sobre uma mesa são colocadas em linha 6 moedas. O número total de
modos possíveis pelos quais podemos obter 2 caras e 4 coroas voltadas para cima é:
a) 360
b) 48
c) 30

162
htiilittii
Capítulo 3 - Análise combinatória

d) 120
e) 15

59. (FGV-SP) Quantos anagramas da palavra SUCESSO começam por S e terminam


com O?
a) 7!
b) 5!
c) 30
d) 60
e) 90

60. (Mack-SP) O número de maneiras diferentes de colocar em uma linha de um


tabuleiro de xadrez (8 posições) as peças brancas (2 torres, 2 cavalos, 2 bispos, a
rainha e o rei) é:
a) 8!
b) 504
c) 5.040
d) 8
e) 4

61. (FGV-SP) Uma palavra é formada por N vogais e N consoantes. De quantos modos
distintos podem-se permutar as letras desta palavra, de modo que não apareçam
juntas duas vogais ou duas consoantes ?
a) (N!)2
b) (N!)2.2
c) (2N)!
d) (2N)t.2
e) N!

62. (PUC-PR) Oito políticos foram convidados a participar de uma mesa em uma
convenção. Os lugares eram contíguos e dispostos em linha, de um mesmo lado
da mesa. Sabendo que o político A não suporta o político B, não podendo sentar
juntos, de quantas maneiras a mesa poderá ser composta?
a) 56
b) 5.040
c) 30.240
d) 35.280
e) 40.320

163
Imsiiml
Nonato de Andrade

63. (UEPG-PR) Com uma letra R, uma letra A e um certo número de letras M>podemos
formar 20 permutações. O número de letras M é:
a) 6
b) 12
c) 4
d) 3
e) 8

64. (PUC-SP) O número de anagramas da palavra ALUNO que tem as vogais em


ordem alfabética é:
a) 20
b) 30
c) 60
d) 80
e) 100

65. (Aman-RJ) As diretorias de 4 membros que podemos formar com 10 sócios de


uma empresa são:
a) 5.040
b) 40
c) 2
d) 210
e) 5.400

66. (V. Viçosa-MG) Com um conjunto de 10 peças distintas, o número de grupos


diferentes, de três peças, que podem ser formadas, é:
a) 3!
b) 7!
c) 10!
d) 720
e) 120

67. (Cesgranrio) Seja M um conjunto de 20 elementos. O número de subconjuntos de


M que contém exatamente 18 elementos é:
a) 360
b) 190
c) 180

164
imihiiií
Capítulo 3 - Análise combinatória

d) 120
e) 18

68. (UEPG-PR) Em uma circunferência são marcados 7 pontos distintos: A, B, C, D,


E, F e G. Com estes pontos, quantas cordas podem ser traçadas?
a) 42
b) 14
c) 21
d) 7
e) 28

69. (Acafe-SC) Diagonal de um polígono convexo é o segmento de reta que une dois
vértices não consecutivos do polígono. Se um polígono convexo tem 9 lados, qual
é o seu número total de diagonais?
a) 72
b) 63
c) 36
d) 27
e) 18

70. (FCMSC-SP) Num hospital há 3 vagas para trabalhar no berçário, 5 no banco de


sangue e 2 na radioterapia. Se 6 funcionários se candidatam para o berçário, 8
para o banco de sangue e 5 para a radioterapia, de quantas formas distintas essas
vagas podem ser preenchidas?
a) 30
b) 240
c) 1.120
d) 11.200
e) 16.128.000

71. (Cefet-PR) Sendo A = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }, o número de subconjuntos de A que tem


menos de 3 elementos é:
a) 41
b) 38
c) 27
d) 22
e) 19

165
lim h iiil
Nonato de Andrade

72. (Mack-SP) O número de triângulos determinados por 7 pontos distintos, 4 sobre


uma reta e 3 sobre uma paralela à primeira, é:
a) 60
b) 30
c) 20
d) 10
e) 5
C6 n
73. (Cefet-PR) Qual é o valor de n para que — —— ?
a) 4 C"-2 6
b) 1
c) 6
d) 2
e) 8

74. (Cescea-SP) De quantas maneiras distintas um grupo de 10 pessoas pode ser di­
vidido em 3 grupos, de 5, 3 e 2 pessoas?
a) 2.340
b) 2.480
c) 3.640
d) 2.520
e) 3.200

75. (Cefet-PR) Uma comissão técnica formada por engenheiros e economistas deve ter
5 elementos, dos quais pelo menos 2 devem ser engenheiros. Se são disponíveis 4
engenheiros e 5 economistas, o número possível de comissões distintas é:
a) 18
b) 23
c) 35
d) 105
e) 240

76. (UFSM-RS) Uma enfermidade que tem sete sintomas conhecidos é detectada pelo
médico, se o paciente apresentar 4 ou mais desse sintomas. Para que seja feito um
diagnóstico seguro, o número de combinações possíveis de sintomas diferentes é:
a) 1
b) 7
c) 21
d) 35 £
e) 64 ç

166
liutiiitil
Capítulo 3 - Análise combinatória
<w-H^
Gabarito:

Questões de concursos:
01. C 39. A
02. B 40. D
03. A 41. D
04. C 42. D
05. E 43. A
06. A 44. C
07. D 45. C
08. A 46. D
09. D 47. C
10. C 48. B
11. C 49. D
12. C 50. B
13, E 51. C
14. D 52. B
15. B 53. D
16. D 54. B
17. A 55. E
18. D 56. A
19. E 57. E
20. B 58. E
21. A 59. D
22. D 60. C
23. A 61. B
24. D 62. C
25. E 63. D
26. D 64. A
27. C 65. D
28. B 66. E
29. C 67. B
30. E 68. C
31. A 69. D
32. D 70. D
33. E 71. D
34. B 72. B
35. D 73. C
36. C 74. D
37. A 75. D
38. B 76. E

167
liiiiltiiti
Capítulo 4

<Pro6a6iãdade

■ p r o b a b i l i d a d e s /
> 4.2. Propriedades das probabilidades
, >4.3.P:
’ > 4.4. D
P ................ ...

4*1. Introdução ao estudo das probabilidades

Conceitos iniciais

Denomina-se experimento aleatório todo e qualquer experimento cujo


resultado é imprevisível, todavia necessariamente pertence a um conjunto de
resultados possíveis chamados de espaço amostrai. Qualquer subconjunto desse
espaço amostrai é denominado evento. Se este subconjunto possuir apenas um
elemento, é chamado de evento elementar.
Tomando por exemplo o lançamento de um dado nâo viciado, teríamos o
seguinte espaço amostrai representado pela letra E: E = {1, 2, 3, 4, 5,6}. Usando
o mesmo exemplo, poderíamos escrever diversos eventos no espaço amostrai E,
como os seguintes:
♦ X: sair um número menor do que 3: X = {I, 2}
♦ Y: sair um número primo e par: Y - {2}
♦ Z: sair um número impar: Z = {1,3,5}
♦ W: sair um número maior que 2 e menor que 4: W = {3}
♦ K: sair um número par: K = {2,4,6}

169
timhiitl
Nonato de Andrade

Chamamos de eventos equiprováveis aqueles em que os eventos elementares


possuem a mesma chance de ocorrerem. No lançamento do dado anterior, as
chances de sair qualquer número de 1 a 6 são iguais. Chamamos de fenômenos
determinísticos aqueles cujos resultados são previsíveis, ou seja, possuem maior
probabilidade de acontecer, confirmando o resultado já esperado.
Para exemplificar esse tipo de evento, vamos considerar uma urna contendo
99 bolas brancas e 1 bola azul Numa retirada, teremos duas possibilidades: bola
branca ou bola azul. É evidente que a maior probabilidade é de sair uma bola
branca. Ou seja, o evento “sair bola branca” tem maior probabilidade de ocorrer
do que o evento “sair bola azul”. "
Assim, é um espaço amostrai ou de prova finito e equiprovável e A um
determinado evento, ou seja, um subconjunto de E. A probabilidade P(A) de
ocorrência do evento A será dada pela fórmula:

P(A) - n(A) / n(E)

Onde:
n(A) = número de elementos de A
n(E) = número de elementos do espaço amostrai E

Exemplo I: Considerando o lançamento de um dado não viciado, calcule


a probabilidade de:
a) sair o número 5;
b) sair um número par;
c) sair um múltiplo de 3;
d) sair um número menor do que 3;
e) sair um quadrado perfeito.

Resolução:
a) O espaço amostrai é: E = {1,2,3,4,5,6}. Então, o número de elementos
de E é dado por: n(E) - 6 e A = {5}, ou seja, n(A) = 1. Logo, aplicando
a fórmula P(A) = n(A) / n(E), encontramos a probabilidade procurada,
que será igual a P(A) = 1/6.
b) Para sair um número par, o evento é dado por: A = {2, 4, 6}, ou seja,
n(A) - 3. Logo, P(A) = 3/6 = 1/2.
c) Para sair um múltiplo de 3, o evento será A = {3, 6}, ou seja, n(A) = 2.
Logo, a probabilidade será P(A) = 2/6 = 1/3.

170
htitlitnl
Capítulo 4 - Probabilidade

d) Para sair um número menor que 3, o evento será A = {1,2}, ou seja, n(A)
= 2. Logo, P(A) = 2/6 = 1/3.
e) Para sair um quadrado perfeito, o evento será A = {1,4}, ou seja, n(A) =
2. Logo, P(A) = 2/6 = 1/3.

Exemplo 2 : Considere agora o lançamento de dois dados não viciados.


Calcule a probabilidade de:
a) sair a soma igual a 8;
b) sair a soma igual a 12.

Resolução:
a) Note que, neste caso, o espaço amostrai E é formado pelos pares orde­
nados (i, j), onde i ~ número no dado 1 e j = número no dado 2. Veja
que teremos 36 pares ordenados possíveis do tipo (i, j), sendo í = 1,2, 3,
4, 5 ou 6, o mesmo ocorrendo com j. Só teremos somas iguais a 8 nos
casos: (2,6), (3,5), (4,4), (5,3) e (6,2). Portanto, o evento “soma igual a 8”
possui 5 elementos. Logo, a probabilidade será igual a P(A) = 5/36.
b) Para sair soma igual a 12, a única possibilidade é o par (6,6), ou seja,
n(A) - 1. Logo, a probabilidade será igual a P(A) = 1/36.

Exemplo 3: Uma urna possui 6 bolas azuis, 10 bolas vermelhas e 4 bolas ama­
relas. Tirando-se uma bola com reposição, calcule as probabilidades seguintes:
a) sair bola azul;
b) sair bola vermelha;
c) sair bola amarela.

Resolução: note que teremos, para bolas azuis, n(A) = 6, para bolas ver­
melhas, n(A) = 10, para bolas amarelas, n(A) = 4 e n(E) - 20 (a soma das bolas).
Sabemos que o espaço amostrai volta a ser o mesmo depois de cada reposição.
Logo, resolvendo como na questão anterior, temos:
a) P(A) - 6/20 = 3/10 = 0,30 = 30%
b) P(A) = 10/20 =1/2 = 0,50 = 50%
c) P(A) = 4/20 = 1/5 = 0,20 = 20%

Exemplo 4: Ao sortear um dos números naturais menores que 100, qual a


probabilidade de o número sorteado ser menor que 30?
Resolução: note que o nosso espaço amostrai é: U = {0,1,2,3,..., 99}. O even­
to A é A ={0,1,2,3,..., 29} e o evento complementar de A é A= {30,31,32,..., 99}.
Assim, temos que: n(E) = 100, n(A) = 30 e n(A’) = 70. Observe:

171
hiiiltiiij
Nonato de Andrade

♦ p(A) = 30/100 = 0,30 = 30%


♦ p(A’) = 70/100 = 0,70 = 70%

É importante notar que P(A) + P(A’) = 0,30 + 0,70 = 1, ou seja, a proba­


bilidade de um evento somada à probabilidade do seu evento complementar é
sempre igual à unidade.

Exemplo 5: Uma urna possui 3 bolas pretas e 5 bolas brancas. Quantas bolas
azuis devem ser colocadas nessa urna, de modo que, retirando-se uma bola ao
acaso, a probabilidade de ela ser azul seja igual a 2/3?
Resolução: representamos por x o número de bolas azuis a serem colocadas
na urna. O espaço amostrai E será: 3 + 5 + x = x + 8 bolas. Usando a definição de
probabilidade, a probabilidade de que um a bola retirada ao acaso seja azul será
dada pela expressão: x / (x+8). Como a probabilidade deve ser igual a 2/3, temos
que: x / (x+8) = 2/3. Resolvendo a equação, encontramos: x = 16.

Exemplo 6: Uma máquina produziu 60 parafusos, dos quais 5 eram de­


feituosos. Escolhendo-se dois desses parafusos, qual a probabilidade de que os
dois sejam perfeitos?
Resolução: aqui não é dado diretamente o espaço amostrai, então precisamos
primeiro fazer a combinação C602, para descobrir n(E): C602 = 60! / (581.21) = 1.770.
Como os dois parafusos retirados são perfeitos, e, dos 60 parafusos, 5 são defeituosos
e 55 são perfeitos, então: n(P) = C552 = 551 / 531.21 = 1.485. Logo, a probabilidade
de ocorrência do evento será dada por n(P) / n(E) = 1.485 / 1.770 - 0,838983 ou
aproximadamente 84%.

Exemplo 7: Uma carta é retirada de um conjunto de 50 cartas numeradas


de 1 a 50. Determine a probabilidade de a carta retirada ser numerada com um
número primo.
Resolução: os números primos de 1 a 50 são: 2, 3, 5,7,11,13,17,19,23,29,
31, 37, 41,43 e 47, ou seja, 15 números. Assim, temos 15 chances de retirar um
número primo num total de 50 possibilidades. Logo, a probabilidade será igual
a P = 15/50 = 3/10.

Exemplo 8: Das 10 alunas de um a classe, 3 têm olhos azuis. Se duas delas


são escolhidas ao acaso, qual é a probabilidade de ambas terem os olhos azuis?
Resolução: Observe que a possibilidade de se escolher duas alunas entre as
10 é dada por C10, , e a possibilidade de se escolher duas alunas com olhos azuis
entre as 3 é dada por C32. Assim, a probabilidade será: P = C32 / C102 = 1/15 ou
aproximadamente 6%.

172
tlllllllili
Capítulo 4 - Probabilidade

4.2. Propriedades das probabilidades

Agora vejamos algumas propriedades ou considerações importantes sobre


as probabilidades:
♦ Ia ~ A probabilidade do evento impossível é nula. Observe que, sendo o
evento impossível, a probabilidade de acontecer o evento é representada
pelo conjunto vazio. Logo, teremos que: n(Á) = n(0) / n(E) = 0 / n(E) -
0. Por exemplo, se num a urna só existem bolas brancas, a probabilidade
de se retirar uma bola azul (evento impossível) é nula.
♦ 2a - A probabilidade do evento certo é igual à unidade. Sendo o evento
certo, então: P(A) = n(E) / n(E) = L Por exemplo, se numa urna só exis­
tem bolas brancas, a probabilidade de se retirar uma bola branca (evento
certo) é igual a 1.
♦ 3a - A probabilidade de um evento qualquer é sempre um número real
situado no, intervalo real [0, 1]. Observe que essa propriedade é uma
conseqüência das duas anteriores.
♦ 4a - A soma das probabilidades de um evento e do seu evento complemen­
tar é igual à unidade. Note que, sendo o evento A e o seu complementar
A5, sabemos que A U A = E. Logo, n(A U A’) = n(E); portanto, n(A) +
n(A) = n(É). Dividindo ambos os membros por n(E), temos: n(A) / n(E)
+ n(A’) / n(E) = n(E) / n(E). Logo, P(A) + P(A’) = 1.
♦ 5a - Sejam A e B dois eventos, podemos escrever:
P(A UB) = P(A) 4- P(B) - P(A n B). Note que, se A H B = 0 , então P(A U B)
= P(A) + P(B). Usando a teoria dos conjuntos, sabemos que n(A U B) =
n(A) + n(B) - n(A Í1 B). Dividindo cada membro por n(E) e aplicando a
definição de probabilidade, verificamos a veracidade dessa quinta pro­
priedade.

Exemplo 1: Numa certa cidade existem dois jornais, X e Y. Sabe-se que


10.000 pessoas são assinantes do jornal X, 8.000 são assinantes de Y, 2.400 são
assinantes de ambos e 1.600 não lêem jornal. Qual a probabilidade de que uma
pessoa escolhida ao acaso seja assinante de ambos os jornais?
Resolução: o espaço amostrai é igual ou conjunto universo. Logo, temos
que: n(E) = n(X U Y) + número de pessoas que não lêem jornais. Aplicando a
quinta propriedade, n(E) = n(X) + n(Y) - n(X Í1 Y) + 1600. Então, n(E) = 10.000
+ 8.000 - 2.400 + 1.600. Efetuando a operação, temos: n(E) = 17.200. Portanto,
a probabilidade será: P = 2.400/17.200. Simplificando por 400, temos como re­
sultado 6/43. Logo, P = 6/43 = 0,1395 = 13,95%.

173
hiiilititi
Nonato de Andrade

Portanto, escolhendo-se ao acaso uma pessoa na cidade, a probabilidade de


que ela seja assinante dos dois jornais é de aproximadamente 14%. Isso também
implica que a probabilidade de essa mesma pessoa não ser assinante dos dois
jornais é de aproximadamente 86%.
Exemplo 2: No lançamento de um dado não viciado, determine a probabi­
lidade de se obter um número ímpar ou um número maior que 4.
Resolução: a prim eira coisa a ser feita é delimitar o espaço am ostrai E.
E = 11,2,3,4,5,6}, logo n(E) = 6 .0 evento A é dado por A = {1,3,5}, logo n(A) - 3.
O evento B é dado por B = {5,6}, logo n(B) = 2 . 0 evento: A fl B = {5}}logo n(A
fl B) = 1. Aplicando a definição da 5a propriedade> dada por n(A U B) - n(A)
+ n(B) - n(A fl B), teremos: P(A U B) = 3/6 + 2/6 - 1/6 = 4/6 = 2/3 - 0,6667 =
66,67%.
É importante observar que, se A H B = 0 , os eventos A e B seriam mu­
tuamente exclusivos. Como P(A U B) = P(A) + P(B), e P(0) = 0, o evento seria
impossível.

4.3. Probabilidade condicional

Imagine que precisamos determinar a probabilidade da ocorrência de um


evento A, mas já sabendo da ocorrência de um evento B. Pela definição de proba­
bilidade, sabemos que a probabilidade de A deverá ser determinada dividindo-se
o número de elementos de A que também pertence a B pelo número de elementos
de B. A probabilidade de ocorrer A, sabendo que já ocorreu B, é chamada de
probabilidade condicional e é representada por P(A/B). Assim, a probabilidade
condicional é dada pela fórmula: P(A/B) = n(A Pl B) / n(B).
Dessa mesma definição, fazendo as devidas substituições, ainda podemos
obter as definições seguintes:
♦ P(A O B) = P(A/B). P(B)> fórmula da Lei das Probabilidades Compos­
tas, que permite calcular a probabilidade da ocorrência simultânea dos
eventos Ae B, sabendo-se que já ocorreu o evento B.
♦ Se a ocorrência do evento B não m udar a probabilidade da ocorrência do
evento A, então P(A/B) = P(A) e, neste caso, os eventos são chamados de
independentes. A definição fica representada por P(A HB) = P(A). P(B),
ou seja, a probabilidade de ocorrência simultânea de eventos independen­
tes é igual ao produto das probabilidades dos eventos considerados.

Assim, podemos definir da seguinte forma:


P(A f! B) = P(A ). P(B/A) ou P(A f1B) = P(B). P(A/B), em que:

174
litnlitnl
Capítulo 4 - Probabilidade

«■P(A/B) = probabilidade de ocorrer A, sabendo que já ocorreu o evento B.


♦ P(B/A) = probabilidade de ocorrer B, sabendo que já ocorreu o evento A.

Exemplo 1: Uma urna possui 5 bolas vermelhas e 2 bolas brancas. Calcule


as probabilidades de:
a) em duas retiradas, sem reposição da primeira bola, sair uma bola ver­
melha (V) e depois uma bola branca (B).
b) em duas retiradas, com reposição da primeira bola, sair uma bola ver­
melha (V) e depois uma bola branca (B).
Resolução:
a) Ao todo temos 7 bolas. Supondo que saiu bola vermelha na primeira
retirada, ficaram 6 bolas na um a. Logo, P(B/V) = 2/6 = 1/3. Aplicando
a Lei das Probabilidades Compostas, temos: P(V fl B) = 5/7.1/3 = 5/21
= 0,2380 = 23,8%.
b) Com a reposição da prim eira bola, os eventos tornam-se independen­
tes. Sendo assim, a probabilidade poderá ser calculada pela fórmula:
P(V n B) = P (V ). P(B) = 5/7 . 2/7 = 10/49 = 0,2041 = 20,41%.

Exemplo 2: Qual a probabilidade de em dois lançamentos de um mesmo


dado não viciado obter-se número par no primeiro lançamento e número ímpar
no segundo?
Resolução: observe que a questão trata de eventos independentes, pois
a ocorrência de um não vai afetar a ocorrência do outro. Assim, aplicando
P(A n B) = P(A ). P(B), teremos: 3/6 . 3/6 = 1/2.1/2 = 1/4 = 0,25 = 25%.

Exemplo 3: Suponha que uma caixa possui 2 bolas pretas e 4 verdes, e


outra caixa possui 1 bola preta e 3 bolas verdes. Passa-se uma bola da primeira
caixa para a segunda, e em seguida retira-se um a bola da segunda caixa. Qual a
probabilidade de que a bola retirada da segunda caixa seja verde?
Resolução: Agora estamos diante de um caso de eventos dependentes,
pois o evento transferência da primeira bola vai influenciar o evento retirada da
segunda bola. Veja que a questão envolve dois eventos mutuamente exclusivos,
ou seja, a bola transferida é verde ou a bola transferida é preta. Assim, temos que
analisar as duas possibilidades:
♦ A probabilidade de que a bola transferida seja verde é P(V) = 4/6 = 2/3 (4
bolas verdes em 6). Nesse caso, a probabilidade de sair bola verde na 2a
caixa será igual a: P(V/V’) = 4/5 (temos agora na 2a caixa 4 bolas verdes
e 1 bola preta). Aplicando a probabilidade condicional, temos: P(V fl V1)
= P(V) . p(VAO = 2/3 .4/5 = 8/15.

175
hmhnil
Nonato de Andrade

♦ A probabilidade de que a bola transferida seja preta é P(P) = 2/6 = 1/3


(2 bolas pretas em 6). Portanto, a probabilidade de sair bola verde será
igual a: P(V/P) = 3/5 (a segunda caixa possui agora 5 bolas). Logo, temos
que: P(V fl P) = P(P). P(V/P) - 1/3.3/5 = 1/5. Então: P[(V fl Va) U (V fi
P)] = p(V n V ’) + p(V n P) = 8/15 + 1/5 - 8/15 + 3/15 = 11/15 = 0,7333
= 73,33%.

Exemplo 4: Considere uma um a que contém 1 bola preta, 4 bolas brancas e


x bolas azuis. Uma bola é retirada dessa urna, a sua cor é observada e em seguida
a bola é devolvida à urna. Depois, retira-se novamente uma bola dessa urna. Para
que valores de x a probabilidade de que as bolas sejam da mesma cor vale 1/2?
Resolução: o espaço amostrai será representado por: n(E) = l + 4 + x - x + 5.
Nesse caso, temos que considerar as três situações distintas possíveis:
Ia - No caso de as bolas retiradas serem da cor preta. Note que existe a
reposição da bola retirada, logo os eventos são independentes. Assim, a proba­
bilidade de sair uma bola preta (P) e em seguida sair outra bola preta (PJ) é: P(P
n P’) = P (P ). P(P’) =[l/(x+5)].[l/(x+5)] = l/(x+5)2.
2a - No caso de as bolas retiradas serem da cor branca. Aplicando o
mesmo raciocínio e considerando-se os eventos como independentes, teremos:
P(B n B’) = P{B). P(B’) = [4/(x+5)].[4/(x+5)] = 16/(x+5)2.
3a - No caso de as bolas retiradas serem da cor azul. Da mesma forma
teremos: P(A fi A) = P(A ). P(A’) = [x/(x+5)].[x/(x+5)] = x 2/(x+5)2.
Como os três eventos são independentes, a probabilidade da união desses
três eventos será igual à soma das probabilidades. Logo: [l/(x+5)2] + [16/(x+5)2] +
[x2/(x+5)2]= 1/2. Resolvendo a expressão, chegaremos na equação do 2o grau: x2-
lOx + 9 - 0 , que tem as raízes x = 1 e x = 9. Então, o valor de x pode ser 1 ou 9.

Jf Exercícios propostos

01. (MPU/2004) Carlos sabe que Ana e Beatriz estão viajando pela Europa. Com as
informações que dispõe, ele estima corretamente que a probabilidade de Ana es­
tar hoje em Paris é 3/7, que a probabilidade de Beatriz estar hoje em Paris é 2/7, e
que a probabilidade de ambas, Ana e Beatriz, estarem hoje em Paris é 1/7. Carlos
então recebe um telefonema de Ana, informando que ela está hoje em Paris. Com
a informação recebida pelo telefonema de Ana, Carlos agora estima corretamente
que a probabilidade de Beatriz também estar hoje em Paris é igual a:
a) 1/7

176
luiiluit!
Capítulo 4 - Probabilidade

b) 1/3
c) 2/3
d) 5/7
e) 4/7

02. (MPU/2004) Os registros mostram que a probabilidade de um vendedor fazer


uma venda em uma visita a um cliente potencial é 0,4. Supondo que as decisões
de compra dos clientes são eventos independentes, então a probabilidade de que
o vendedor faça no mínimo uma venda em três visitas é igual a:
a) 0,624
b) 0,064
c) 0,216
d) 0,568
e) 0,784

03. (MPU/2004) André está realizando um teste de múltipla escolha, em que cada
questão apresenta 5 alternativas, sendo uma e apenas uma correta. Se André sabe
resolver a questão, ele marca a resposta certa. Se ele não sabe, ele marca aleato­
riamente uma das alternativas. André sabe 60% das questões do teste. Então, a
probabilidade de ele acertar uma questão qualquer do teste (isto é, de uma questão
escolhida ao acaso) é igual a:
a) 0,62
b) 0,60
c) 0,68
d) 0,80
e) 0,56

04. (MPU/2004) Quando Lígia pára em um posto de gasolina, a probabilidade de ela


pedir para verificar o nível de óleo é de 0,28; a probabilidade de ela pedir para
verificar a pressão dos pneus é 0,11 e a probabilidade de ela pedir para verificar
ambos, óleo e pneus, é de 0,04. Portanto, a probabilidade de Lígia parar em um
posto de gasolina e não pedir nem para verificar o nível de óleo e nem para verificar
a pressão nos pneus é igual a:
a) 0,25
b) 0,35
c) 0,45
d) 0,15
e) 0,65

177
litiihuil
Nonato de Andrade

05. (MPOG/Esaf/2001) A probabilidade de ocorrer cara no lançamento de uma moeda


viciada é igual a 2/3. Se ocorrer cara, seleciona-se aleatoriamente um número X
do intervalo {X £ N / 1 < X < 3}; se ocorrer coroa, seleciona-se aleatoriamente
um número Y do intervalo {Y £ N /1 < Y < 4}, onde N representa o conjunto dos
números naturais. Assim, a probabilidade de ocorrer um número par é igual a:
a) 7/18
b) 1/2
c) 3/7
d )1/27
e) 2/9

06. (AFC/STN/Esaf/2000) Uma companhia preocupada com sua produtividade cos­


tuma oferecer cursos de treinamento a seus operários. A partir da experiência,
verificou-se que um operário, recentemente admitido, que tenha freqüentado o
curso de treinamento tem 82% de probabilidade de cumprir sua quota de produ­
ção. Por outro lado, um operário, também recentemente admitido, que não tenha
freqüentado o mesmo curso de treinamento, tem apenas 35% de probabilidade
de cumprir com sua quota de produção. Dos operários recentemente admitidos,
80% freqüentaram o curso de treinamento. Selecionando-se, aleatoriamente, um
operário recentemente admitido na companhia, a probabilidade de que ele não
cumpra sua quota de produção é:
a) 11,70%
b) 27,40%
c) 35%
d) 83%
e) 85%

07. (AFC/SFC/Esaf/2001) Há apenas dois modos, mutuamente excludentes, de Ana


ir para o trabalho: ou de carro ou de metrô. A probabilidade de Ana ir de carro
é de 60% e de ir de metrô é de 40%. Quando ela vai de carro, a probabilidade
de chegar atrasada é de 5%. Quando ela vai de metrô a probabilidade de chegar
atrasada é de 17,5%. Em um dado dia, escolhido aleatoriamente, verificou-se que
Ana chegou atrasada ao seu local de trabalho. A probabilidade de ela ter ido de
carro nesse dia é:
a) 10%
b) 30%
c) 40%
d) 70%
e) 82,5%

178
liiiilmi!
Capítulo 4 - Probabilidade

08. (Serpro/96) Uma ciínica especializada trata apenas de três tipos de doentes: dos
que sofrem de problemas cardíacos» dos que têm cálculo renal e dos hipertensos.
Temos que 50% dos pacientes que procuram a clínica são cardíacos, 40% são por­
tadores de cálculo renal e apenas 10% são hipertensos. Os problemas cardíacos
são curados em 80% das vezes, os problemas de cálculo renal em 90% das vezes
e os hipertensos em 95% das vezes. Um enfermo saiu curado da clínica. Qual a
probabilidade de que ele sofresse de cálculo renal?
a) 43,1%
b) 42,1%
c) 45,1%
d) 44,1%
e) 46,1%

09. (Esaf) Um dado “honesto” é lançado juntamente com uma moeda não viciada. Assim,
a probabilidade de se obter um número ímpar no dado ou coroa na moeda é:
a) 1/5
b) 1/4
c) 2/4
d) 3/5
e) 3/4

10. (AFCE/TCU/Esaf/99) Um dado viciado, cuja probabilidade de se obter um número


par é 3/5, é lançado juntamente com uma moeda não viciada. Assim, a probabili­
dade de se obter um número ímpar no dado ou coroa na moeda é:
a) 1/5
b) 3/10
c) 2/5
d) 3/5
e) 7/10

11. (Analista de Orçamento/MARE/Esaf/99) São lançadas 4 moedas distintas e não


viciadas. Qual é a probabilidade de resultar exatamente 2 caras e 2 coroas?
a) 25%
b) 37,5%
c) 42%
d) 44,5%
e) 50%

179
hnihmt
Nonato de Andrade

12. (TFC/95) Um casai pretende ter quatro filhos. A probabilidade de nascerem dois
meninos e duas meninas é:
a) 3/8
b) 1/2
c) 6/8
d) 8/6
e) 8/3

13. (AFTN/Esaf/98) Em uma cidade, 10% das pessoas possuem carro importado. Dez
pessoas dessa cidade são selecionadas, ao acaso e com reposição. A probabilidade
de que exatamente 7 das pessoas selecionadas possuam carro importado é:
a) (0,1)7(0,9)3
b) (0,1)3 (0,9)7
c) 120 (0,1)7(0>9)3
d) 120 (0,1) (0,9)7
e) 120 (0,1)7 (0,9)

14. (FCC) Com as frutas abacaxi, manga, banana, laranja, maçã e tangerina, Teresa
deseja preparar um suco usando três frutas distintas. A probabilidade de o suco
conter laranja ou banana é de:
a) 0,8
b) 0,7
c) 0,6
d) 0,5
e) 0,4

15. (FCC) Em uma urna contendo 2 bolas brancas, 1 bola preta, 3 bolas cinzas, acres­
centa-se 1 bola, que pode ser branca, preta ou cinza. Em seguida, retira-se dessa
urna, sem reposição, um total de 5 bolas. Sabe-se que apenas 2 das bolas retiradas
eram brancas e que não restaram bolas pretas na urna após a retirada. Em relação
às bolas que restaram na urna, é correto afirmar que:
a) ao menos uma é branca.
b) necessariamente uma é branca.
c) ao menos uma é cinza.
d) exatamente uma é cinza.
e) todas são cinza.

180
hmliinl
Capítulo 4 - Probabilidade

16. (FCC) Em uma urna temos 3 bolas azuis, cada uma com 5 cm3de volume, 3 cubos
pretos, cada um com 2 cm3de volume e 1 cubo azul de 3 cm3de volume. Retirando-
se quatro objetos da urna, sem reposição, necessariamente um deles:
a) terá volume menor do que 3 cm3.
b) terá volume maior do que 3 cm3.
c) será uma bola.
d) será azul.
e) será preto.

17. De um grupo de 200 estudantes, 80 estão matriculados em Francês, 110 em In­


glês e 40 não estão matriculados nem em Inglês nem em Francês. Seleciona-se,
ao acaso, um dos 200 estudantes. A probabilidade de que o estudante selecionado
esteja matriculado em pelo menos uma dessas disciplinas (isto é, em Inglês ou em
Francês) é igual a:
a) 30/200
b) 130/200
c) 150/200
d) 160/200
e) 190/200

18. Uma caixa contém três bolas vermelhas e cinco bolas brancas. Outra possui duas
bolas vermelhas e três bolas brancas. Considerando-se que uma bola é transferida
da primeira caixa para a segunda, e que uma bola é retirada da segunda caixa, po­
demos afirmar que a probabilidade de que a bola retirada seja da cor vermelha é:
a) 18/75
b) 19/45
c) 19/48
d) 18/45
e) 19/75

19. Uma máquina produziu 50 parafusos dos quais 5 eram defeituosos. Retirando-se
ao acaso, 3 parafusos dessa amostra, a probabilidade de que os 3 parafusos sejam
defeituosos é de aproximadamente:
a) 0,05%
b) 0,5%
c) 5%
d) 50%
e) n.r.a

181
Ittiihttt)
Nonato de Andrade

20. Em relação à questão anterior, a probabilidade de que numa retirada de 3 parafusos


ao acaso, saiam pelo menos dois parafusos defeituosos é: (sugestão: pelo menos 2
defeituosos = 2 defeituosos ou 3 defeituosos).
a) 2,4%
b) 2,3%
c) 2,2%
d) 2,1%
e) n.r.a

21. (FEI-SP) Uma urna contém 10 bolas pretas e 8 bolas vermelhas. Retiramos 3 bolas
sem reposição. A probabilidade de as duas primeiras serem pretas e a terceira sair
vermelha é:
a) 17,4%
b) 16,3%
c) 15,2% '
d) 14,7%
e) n.r.a

22. (FMU-SP) Uma urna contém 5 bolas vermelhas e 4 pretas; dela são retiradas duas
bolas, uma após a outra, sem reposição; a primeira bola retirada é de cor preta;
Qual a probabilidade de que a segunda bola retirada seja vermelha?
a) 62,8%
b) 62,7%
c) 62,5%
d) 62,3%
: e) n.r.a ' g

4.4. Distribuição binom ial de probabilidades

Dado um experimento aleatório que é repetido n vezes nas mesmas con­


dições. Seja E o espaço amostrai desse experimento, A um evento desse espaço
amostrai e A o evento complementar do evento A. Pela relação fundamental das
probabilidades, temos que: P(A) = n(A) / n(E) e que P(A) + P(A’) = 1, ou, ainda,
que P(A’) = 1 - P(A). Assim, considerando a probabilidade de ocorrer o evento
A = P(A) = p e a probabilidade de ocorrer o evento complementar A = P(A) -
q, podemos escrever: p + q = l o u q = l - p . Logo, para um experimento que for
repetido n vezes nas mesmas condições, a probabilidade de o evento A ocorrer
exatamente k vezes será dada pela expressão matemática:

ín« k
P (n>k) = k l -pk - d - p r k

182
ilülIlHll
Capítulo 4 - Probabilidade

Onde:
♦ P(n,k) = probabilidade de ocorrer exatamente k vezes o evento A após n
repetições.
f,
ní n\

(k) ( n - k ) \k \

Exemplo i: Lançando-se um dado não viciado 8 vezes» qual é a probabili­


dade de sair exatamente 5 números iguais a 3?
Resolução: temos dois eventos: o evento A (sair o número 3) e o comple­
m entar A’(não sair o número 3). Assim, teremos que: P(A) = 1/6 = p e P(A) =
1 —1/6 ==5/6. Logo, a probabilidade será dada por:

P(8,5) = ( ^ l - ( i l -íl--l = -- —-- í~] = .! :.7 -


6-5 L1^ 2 5 = g ^ s o;15
\ 5 j \6 J V (8-5)!5! U J UJ 3.2.1.5!.6S.63 68

Portanto, a probabilidade de sair o número 3 exatamente 5 vezes no lança­


mento de um dado não viciado 8 vezes é aproximadamente igual a 15%.

Exemplo 2: Uma moeda é viciada, de forma que as caras são três vezes
mais prováveis de aparecer que as coroas. Determine a probabilidade de num
lançamento sair coroa.
Resolução: considerando k como a probabilidade de sair coroa, a proba­
bilidade de sair cara é igual a 3k. Como a soma das probabilidades é igual a 1,
então: k + 3k - 1, logo k = 1/4. A solução é 1/4 ou 25%.
Exemplo 3: Três atletas, A, B e C, estão em uma competição de natação. A
e B têm as mesmas chances de vencer e cada um tem duas vezes mais chances de
vencer do que C. Qual a probabilidade de A ou C vencer a competição?
Resolução: vamos representar as probabilidades de A, B ou C vencerem a
competição por P(A), P(B) e P(C). Logo, temos que: P(A) = P(B) = 2.P(C). Sendo
P(A) - k, então, P(B) = k e P(C) = k/2. Como a soma das probabilidades é igual a
1, temos que P(A) + P(B) + P(C) - 1. Fazendo a substituição por k + k + k/2 = 1,
encontram osk= 2/5.Logo, P(A) ~ k = 2/5,P(B) ~ 2/5 eP(C) = 1/5. A probabilidade
de A ou C vencer será dada pela soma das duas probabilidades correspondentes,
logo 2/5 + 1/5 = 3/5 ou 60%.

Exemplo 4: Um dado é viciado, de modo que cada número par tem duas
vezes mais chances de aparecer num lançamento que qualquer número ímpar.
Determine a probabilidade de num lançamento aparecer um número primo.

183
imiiiiui
Nonato de Andrade

Resolução: vamos representar as probabilidades por: P(2) = P(4) = P(6) =


2.P(1) = 2.P(3) = 2.P(5). Considerando P(2) = k, e sabendo que P(2) + P(4) + P(6)
+ P(l) + P(3) + P(5) = 1, fazemos a substituição: k + k + k + k/2 + k/2 + k/2 = 1;
logo, encontramos k = 2/9. Portanto, P(2) = P(4) = P(6) = 2/9 e P(I) = P(3) = P(5)
= 1/9. Para encontrar a probabilidade procurada, é só somar as probabilidades
correspondentes. Os números podem ser 2, 3 ou 5. Fazendo P(2) + P(3) + P(5),
encontramos 4/9 ou aproximadamente 44,5%.

Questões de concursos

01. Uma moeda é viciada, de forma que num lançamento, a coroa é cinco vezes mais
provável de aparecer do que a cara. A probabilidade de num lançamento sair coroa:
a) 52,88%
b) 62,77%
c) 72,55%
d) 83,33%
e) nxa

02. (FCC) Um fato curioso ocorreu com meu pai em 22 de outubro de 1932. Nessa data,
dia de seu aniversário, ele comentou com seu avô que sua idade era igual ao número
formado pelos dois últimos algarismos do ano de seu nascimento. Ficou, então, muito
surpreso quando seu avô, que igualmente fazia aniversário na mesma data, observou
que o mesmo ocorria com a sua idade. Nessas condições, é correto afirmar que a
diferença positiva entre as idades de meu pai e desse meu bisavô, em anos, é:
a) 40
b) 42
c) 45
d) 47
e) 50

03. (FCC) Uma cafeteira automática aceita apenas moedas de 5,10 ou 25 centavos e
não devolve troco. Se, feito nessa máquina, cada cafezinho custa 50 centavos, de
quantos modos podem ser usadas essas moedas para pagá-lo?
a) 13
b) 12
c) 11
d) 10
e) 9

184
iiiiiiiinl
Capítulo 4 - Probabilidade

04. (PCC) Certo dia, X funcionários e o presidente da empresa em que trabalham es-
tavam sentados em torno de uma mesa circular. Num dado momento, o presidente
começou a passar aos funcionários um pacote com 29 balas e}sucessivamente, cada
um retirou uma única bala a cada passagem do pacote. Considerando que 1< X
< 15 e que o presidente retirou a primeira e a última bala do pacote, o número de
funcionários que estavam sentados à mesa poderia ser:
a) 14
b) 12
c) 9
d) 6
e) 4

05. Quatro pessoas querem trocar presentes. O nome de cada pessoa é escrito em
um papelzinho e colocado numa caixa. Depois, cada uma das pessoas sorteia um
papelzinho para saber quem ela irá presentear. A chance de as quatro pessoas
sortearem seus próprios nomes é de:
a) 1 em 3
b) 1 em 4
c) 2 em 7
d) 1 em 8
e) n.r.a

06. O setor X de uma empresa possui 10 funcionários, dos quais 4 são administradores.
Deseja-se formar comissões com 5 pessoas, nas quais pelo menos um administrador
esteja presente. Nestas condições, o número de comissões que se pode formar é
a) 252
b) 244
c) 210
d) 246
e) 204

07. Em um concurso para fiscal de rendas, dentre os 50 candidatos de uma sala de


provas, 42 são casados. Levando em consideração que as únicas respostas à pergunta
“estado civil” são "casado” ou ‘solteiro”, qual o número mínimo de candidatos
dessa saía a que deveríamos fazer essa pergunta para obtermos, com certeza, dois
representantes do grupo de solteiros ou do grupo de casados?
a) 3
b)9
c) 21
d) 26
e) 2 Í
se

185
limlmii
N o n a to d e A n d ra d e

Gabaritos:
Exercícios propostos:
01. B 12. A
02. E 13. C
03. C 14. A
04. E 15. C
05. A 16. D
06. B 17. D
07. B 18. C
08. B 19. A
09. E 20. B
10. E 21. D
11. B 22. C

Questões de concursos:
01. D
02. E
03. D
04. D
05. D
06. D
07. A

186
liHtlmii
Capítulo 5

í Estatística

5.1. Estatística

Introdução

A Estatística é um dos ramos


mais antigos da Matemática Apli­
cada. Ela nasceu e se desenvolveu
junto com as necessidades da hu ­
m anidade de levantar e registrar
dados estatísticos. Entre os registros
mais antigos feitos pela Estatística,
podemos citar o Livro Sacro escrito
por Confucio (2.230 a.C.) e o censo
feito pelo imperador romano César
Augusto, quando convocou os judeus
para o recenseamento que a Bíblia
descreve quando fala do nascimento
de Jesus.
Hoje, a Estatística encontra-se dividida em três ramos principais: a Esta­
tística Descritiva, que trata da organização e sumarização de dados; a Estatística
ligada à teoria da probabilidade, que trata de eventos incertos e estima erros, e
a Teoria da Inferência, que trata da análise e interpretação de amostras. Outra
característica da Estatística é o uso de modelos. A característica principal dos
modelos é a capacidade de reduzirem situações complexas a formas mais simples
de serem compreendidas.

187
íh ii Ii i i i E
Nonato de Andrade

A Estatística é cada vez mais utilizada em qualquer atividade profissional


da vida moderna. Isto se deve às múltiplas aplicações que a disciplina proporcio­
na àqueles que dela necessitam. Devido a essa multiplicidade, a Estatística pode j
ser definida de várias formas. Alguns afirmam que é um a coleção de métodos
para planejar experimentos, obter dados e organizá-los, resumi-los, analisá-los,
interpretá-los e deles extrair as conclusões procuradas.
Outros a chamam de ciência dos dados, pois os dados são a sua matéria-
-prima desde a coleta, a classificação, o resumo, a organização, a análise e a in­
terpretação da informação numérica. Para isso, a Estatística usa um conjunto de
métodos e processos quantitativos que serve para estudar e medir os fenômenos
coletivos e auxiliar as demais ciências. Enfim, como disse Frederick Mosteller,
“É possível m entir usando estatísticas, mas se mente mais, e melhor, sem esta­
tísticas. É preciso entender que as amostras podem levar a conclusões erradas.
Contudo, as opiniões pessoais, sem base em dados, levam, em geral, a conclusões
muito mais erradas”.

As empresas e a Estatística
Hoje a administração de qualquer empresa, incluindo as estatais e gover­
namentais, exige o conhecimento e o uso da Estatística. Ê muito comum, para
controlar as atividades de uma empresa, fazer uso da sondagem, de coletas de
dados e de recenseamento de opiniões, a fim de conhecer a realidade geográfica
e social, os recursos naturais, humanos e financeiros disponíveis, as expectativas
da comunidade sobre a empresa, e estabelecer suas metas, seus objetivos com
maior possibilidade de serem alcançados.
Todas as ferramentas necessárias para processar esses dados e informações,
assim como a avaliação dos mesmos para evidenciar os resultados, podemos
encontrar na Estatística. Assim, em todo planejamento empresarial que se preze,
estará presente a Estatística, para processar, avaliar e organizar as informações
que servirão de suporte para ações momentâneas ou futuras visando ao bem-estar
da empresa.

Campos de aplicação da Estatística


Atualmente a Estatística está presente em quase todos os campos da ativida­
de humana. Vamos relacionar apenas alguns, para dar uma idéia da abrangência
da aplicação da Estatística:
♦ O Estado e a Sociologia: precisam conhecer as populações por sexo, idade,
estado civil, qualificação profissional, naturalidade, cor da pele, classe
social, etc.

188
hmhuil
Capítulo 5 ~ Estatística

♦ Serviços de Meteorologia: necessitam de informações para a navegação


aérea, marítima e a agricultura, como estudo das temperaturas, pressões,
chuvas, umidades, dos ventos, etc.
♦ Atividades do campo: a Estatística fornece informações sobre colheitas,
valores da produção, etc.
♦ Atividades comerciais e industriais: a Estatística pode orientar a produção,
o volume de vendas por região, estudar a situação dos mercados e suas
tendências.

Estatística Descritiva ou Dedutiva

Denominamos de Estatística Descritiva a parte referente à coleta e tabulação


de dados. Utiliza métodos numéricos e gráficos para mostrar o comportamento
dos dados, processar a informação contida neles dados e apresentar a informação
de forma adequada. Tem por objetivo descrever e analisar determinada amostra
de um certo universo estudado, sem pretender tirar conclusões de caráter mais
genérico.
Essa m odalidade é utilizada em pesquisas sociais, em que o analista
defronta-se com tantos dados que se torna difícil absorver completamente a
informação que está procurando investigar. Assim, torna-se necessário que as
informações sejam reduzidas até o ponto em que se possa interpretá-las mais
adequadamente.
Nesse caso, usa-se de medidas-sínteses para transform ar cada conjunto
de informações em um número-resumo que possa representar os dados mais
facilmente e de forma interpretável. É claro que, ao resum ir os dados por meio
de medidas estatísticas descritivas, muitas informações perder-se-ão. Nesse
momento, é necessário muita cautela para não obter resultados distorcidos.
Em outras palavras, a Estatística Descritiva objetiva selecionar fenômenos de
mesma natureza e apresentá-los através de gráficos, tabelas, e cálculos de co­
eficientes que perm itam dem onstrar um a descrição resumida dos fenômenos
estudados.

Estatística Indutiva ou de Inferência


Essa é a parte da Estatística que, tomando por base os resultados obtidos
da análise de uma amostra estudada, procura induzir ou estimar os padrões
de comportamento geral do universo onde a amostra foi coletada. Assim, a
Estatística Indutiva é a parte que faz o processo da generalização partindo de
resultados particulares. Essa inferência estatística usa um raciocínio matemático
mais elaborado e complexo que o da Estatística Descritiva.

189
hmimtl
Nonato de Andrade

O processo de generalização, que caracteriza o método indutivo, quase


sempre está associado a uma margem de incerteza. A incerteza deve-se ao fato de
que a conclusão baseia-se em uma representação do todo, que não necessariamen­
te descreve o comportamento de cada elemento. Portanto, temos uma situação
de eventos probabilísticos, e desse modo são medidos e quantificados mediante
técnicas e métodos que se fundamentam na Teoria da Probabilidade.

Universo estatístico ou população

Chamamos de universo estatístico ou população o conjunto constituído


por todos os elementos que apresentem pelo menos uma característica comum,
cujo comportamento mereça uma análise ou um estudo. Podemos classificar as
populações em finitas, aquelas com número limitado de indivíduos, e infinitas,
que possuem um número muito grande de indivíduos.
Isso não significa dizer que o universo seja realmente infinito, basta que
seja um número muito grande ou expressivo, para que uma população seja clas­
sificada como infinita. Um fato importante é que quanto maior for a população,
mais difícil a observação das características que se deseja estudar.

Amostra

Enquanto o universo estatístico é o todo, a amostra pode ser definida


como um a parte do todo ou um subconjunto do universo. As características da
amostra são simbolizadas por caracteres latinos, enquanto os parâmetros da
população são representados por caracteres gregos. Como definiram Milone e
Angelini: “A amostra é um subconjunto, representativo ou não, da população
em estudo. Essa representatividade da amostra ocorre quando ela apresenta as
mesmas características gerais da população da qual foi extraída” (Milone, An­
gelini, Atlas, 1993, p. 16).
Vamos dar um exemplo prático para ilustrar o que estamos falando. Imagi­
ne que uma perícia de controle sanitário reteve um carregamento de 50 toneladas
de soja. O motivo para a apreensão foi a suspeita de que parte dos grãos estavam
estragados. Foi coletada um a amostra de várias partes dos grãos, para ser feita
uma análise. Com base no resultado dessa análise, foi determinada a quantidade
de grãos que estavam estragados.
Observe que não é nada prático analisar cada um dos grãos. A parte co­
letada constitui o que chamamos de amostra do carregamento. O que se fez foi
um a inferência sobre todo o carregamento a partir de apenas uma porção dele.

190
hnthitii
Capítulo 5 - Estatística

Amostragem e seus tipos

É muito comum vermos pessoas leigas, em termos estatísticos, confundirem


amostra com amostragem. Usando o mesmo exemplo do carregamento de soja,
a amostragem seria uma espécie de comparação feita entre as diversas porções
da amostra e a maneira como é feita essa amostra. Note que poderíamos retirar
uma porção de amostra muito diferente da média das demais; isso nos levaria a
verificar a razão dessa diferença, que poderia revelar somente um lote estragado
no carregamento inteiro, ou poderia ser uma casualidade qualquer.
Assim, a amostragem é o estudo das relações existentes entre a população
e as amostras dela extraídas, ou, ainda, o conjunto de técnicas utilizadas para a
seleção de uma amostra. Este conjunto de técnicas pode ser subdividido em dois
grupos: a amostragem não aleatória e a amostragem aleatória:
♦ Amostragem não aleatória: podemos ainda dividir a amostragem não ale­
atória em intencional, em que a critério do pesquisador, são selecionados
elementos da amostra, e voluntária, em que o próprio elemento do universo
ou população se oferece voluntariamente para ser analisado. Todavia, esse
voluntário pode comprometer a viabilidade ou a qualidade da amostra.
Amostragem aleatória: também chamada de casual, essa amostragem é
parecida com um sorteio. Ela pode ser realizada numerando-se a popula­
ção de 1 a n e sorteando, por meio de um dispositivo aleatório, x números
do universo considerado, que serão os elementos da amostra.

Amostragem estratiíicada ou proporcional


Esse tipo de amostragem é feito quando temos um universo não uniforme
ou estratificado para analisar, ou seja, a população se subdivide em subpopula-
ções ou estratos. Nesse caso, o sorteio dos elementos da amostra precisa levar
em consideração a diversidade dos estratos.

Amostragem sistemática
Esse é o caso em que os elementos do universo ou população já se encontram
em ordem, e, portanto, não há necessidade de m ontar um sistema de referência.
Observe a semelhança entre esse tipo de amostragem e a aleatória simples, porém
a listagem é ordenada e segue os seguintes procedimentos:
I- Dividimos o tam anho da população ou universo (N) pelo tamanho
da amostra (n), para encontrar um intervalo de retirada (k).
II - Sorteamos o ponto de partida.
III - Para cada intervalo k de elementos, retiramos um para amostra.

191
initlinil
Nonato de Andrade

Vamos exemplificar essa situação: imagine que você precise analisar os


produtos defeituosos de uma máquina em linha de produção. Essa máquina
produz 1.000 peças por dia e você quer retirar uma amostra de 20 elementos para
analisar. Logo: 1.000 :20 = 50. Isso significa que a cada 50 peças você vai retirar
uma para compor a amostra. Agora é só escolher o ponto de partida. Suponha
que o número sorteado foi 23. Assim, você deverá retirar as peças: 23, 73,123,
173... assim será até completar as 20 peças da amostra. Veja que nesse caso você
fixou o tam anho da amostra em 2% do universo.

Amostragem por conglomerados

Conglomerado, aqui, refere-se a um ambiente ou universo com caracterís­


ticas semelhantes e mais ou menos uniformes. Imagine que um a empresa deseje
lançar um produto na região dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande
do Norte e Ceará. Ela poderia fazer uma pesquisa de mercado ou lançar esse
produto inicialmente em Natal, cuja população possui costumes semelhantes a
toda essa região, isso falando especificamente do produto em questão.

Fenômenos estatísticos e seus tipos

O fenômeno está para a Estatística assim como o fato histórico está para
a História. Ou seja, qualquer evento que se deseje estudar, e cujo estudo possa
ser feito aplicando as técnicas estatísticas, é o que denominamos de fenômeno
estatístico. Geralmente, classificamos os fenômenos em três tipos bem pecu­
liares:
♦ Fenômenos de massa ou coletivos: a mortalidade infantil, o grau de es­
colaridade da população, o preço de produtos industrializados e outros
eventos dessa natureza. Veja que não podemos definir fenômenos como
esses fazendo uma simples observação.
♦ Fenômenos individuais ou particulares: são os elementos que compõem os
fenômenos coletivos ou de massa. Desse modo, cada criança que venha a
falecer na faixa etária considerada, cada pessoa que esteja estudando ou
não, cada produto industrializado vendido, são considerados fenômenos
individuais ou particulares.
♦ Fenômenos de multidão: não faça qualquer confusão entre esses fenô­
menos e os fenômenos de massa ou coletivos. A diferença é simples: nos
primeiros, as características observadas para os fenômenos coletivos,
nesta modalidade, não se verificam para o particular ou individual. Desse

192
lltllIlHti
Capítulo 5 - Estatística

modo, para facilitar o entendimento, vamos subdividir esses fenômenos


em duas categorias, de acordo com a forma de manifestação dos mes­
mos:
♦ Fenômenos típicos: são aqueles que se manifestam de forma constante, com
características bem definidas. Exemplos: as fases da lua, os dias e as noites,
as eleições, a passagem de um cometa e assim por diante.
♦ Fenômenos atípicos: são aqueles cuja manifestação apresenta um com­
portamento irregular ou não uniforme. Exemplos: secas no Nordeste,
mudanças de temperatura, epidemias, chuva etc.

Aspecto qualitativo com variável categórica

Consideramos um aspecto como qualitativo quando as modalidades que


o compõem são um conjunto sem forma definida ou não estruturado numerica­
mente, ou seja, quando a ênfase estiver na qualidade, atributo ou característica.
Pode ser dividido em:
♦ Por nomes: classificado pelo nome, como sexo, cor, raça, etc.
♦ Por postos: classificado pela posição, como lista de produtos, tabela de
elementos, etc.

Aspecto quantitativo com variável numérica

Quando a ênfase do aspecto estiver na quantidade ou for expresso através


de valores numéricos. Esse aspecto mostra o conjunto dos resultados, por meio
de uma estrutura numérica. Isso é o que chamamos de estatística quantitativa
ou estatística de variável. Pode ser dividido em:
♦ Variável contínua: é aquela que pode assumir qualquer valor num inter­
valo de medida como: o diâmetro da circunferência, a altura da coluna
de mercúrio num termômetro, etc.
♦ Variável descontínua ou discreta: é aquela que não pode assumir qual­
quer valor num intervalo de medida como: um objeto, uma pessoa, uma
máquina, etc.

O método estatístico e suas fases


Vimos alguns conceitos gerais e iniciais sobre a Estatística. Agora analisa­
remos as diversas fases do método estatístico em situações práticas e usando a
Estatística Descritiva, para que você tenha uma idéia exata de como é realizado

193
hntliHil
Nonato de Andrade

um trabalho estatístico. Quando desejamos realizar um trabalho estatístico


completo, temos que passar por diversas fases, que devem ser desenvolvidas para
se chegar aos resultados finais do trabalho.

Escolha ou definição da situação problema

Quando vamos realizar um trabalho estatístico, a primeira coisa a ser feita


é a definição ou formulação da situação problema que estudaremos. Sempre que
possível, o analista deve examinar outros trabalhos feitos no mesmo campo ou
em situações semelhantes. O problema precisa ser bem definido, pois não pode
haver dúvidas sobre o objeto da nossa pesquisa.
Imaginemos a seguinte situação problema: Um especialista em sistemas
de purificação de água aposentou-se e agora pretende usar suas economias
e conhecimentos para abrir seu próprio negócio, lançando no mercado um
purificador de água portátil. Como ele é um a pessoa experiente, antes de es­
tru tu rar o seu negócio, decidiu fazer um a pesquisa de mercado, para analisar
a viabilidade do seu produto. Nessa situação ele precisará investigar, entre
outras coisas, o seguinte:
♦ Qual é o seu público alvo? Evidentemente, todos precisam beber água,
mas nem todos têm recursos suficientes para adquirir o produto;
❖Número de pessoas que terão necessidade do seu produto anualmente;
* Número médio de pessoas que terão condições financeiras, dentro do
seu público alvo, para adquirir o produto;
♦ As marcas concorrentes ou preferidas por aquela fatia de mercado.

Observe que ele precisará de respostas concretas para essas e muitas outras
perguntas, que de uma forma ou de outra dêem um a visão geral de todas as po­
tencialidades e viabilidades do seu produto. Quanto mais restrita for a pergunta,
conforme as especificidades do seu produto e do seu público alvo, melhor será.
As respostas precisam ser significativas e conclusivas.

O planejam ento

Uma vez definida a situação problema, ou seja, quando sabemos o que de


fato queremos, passamos então para a segunda fase, que é o planejamento. Onde
e como ele vai obter essas informações de que precisa? Tudo tem de ser bem
planejado e nos mínimos detalhes, pois um planejamento mal-elaborado pode
comprometer todo o trabalho. Ele precisará de novos questionamentos, para
poder levantar informações sobre o objeto do estudo, como, por exemplo:

194
imiiitiij
Capítulo 5 - Estatística

♦ Que informações deverão ser obtidas?


♦ Como ele irá obtê-las?
♦ Como será feita a pesquisa e o que será importante pesquisar?
♦ Quais os critérios adotados e quem participará da pesquisa?
♦ Em que setores da sociedade será feita a pesquisa?
♦ Qual o tipo de amostragem?
♦ Qual o tam anho da amostra?
♦ Quais materiais serão necessários para a realização da pesquisa?
♦ Qual o melhor tempo e setor para fazer da pesquisa?
♦ Qual o custo previsto da pesquisa?
♦ Qual o grau de precisão desejado das respostas?

Ele poderá optar pelo planejamento censitário, como os levantamentos do


IBGE, que faz um a contagem completa, ou pela modalidade por amostragem,
quando a contagem é feita parcialmente, como nas pesquisas de opinião sobre
um governante.

A coleta dos dados


Agora chegou a hora de sair em campo e buscar as informações necessá­
rias. Essa é um a fase operacional, na qual será feita a obtenção, a organização e o
registro sistemáticos dos dados obtidos. Todavia, para a correta realização dessa
fase, é preciso ter um conhecimento das diversas formas e dos diversos tipos de
dados. Vamos, então, abrir um parêntese para mencionar resumidamente as
diversas características dos dados.
Quanto à origem, eles podem ser:
♦ Primários: quando são informados pela própria pessoa ou organização
que os obteve. Como exemplo, podemos citar os dados do IBGE.
♦ Secundários: quando são informados por outra pessoa ou organização
diversa daquela que os obteve. Como exemplo, podemos citar os jornais
e revistas, quando publicam os dados do IBGE.

Como se apresentam os dados quantitativamente


Naturalmente os dados podem apresentar-se de diversas formas. As mais
freqüentes são:
♦ Por enumeração: apresentam-se de forma enumerada ou numérica e po­
dem ser contados. Como exemplo, podemos citar valores movimentados
no livro caixa, planilhas de estoques, etc.

195
ituiliiiil
| Nonato de Andrade

4
♦ Por mensuração; podem ser mensurados por meio do uso de instrum en­
tos de medida. Como exemplo, citamos: o quilograma, o quilômetro, o
litro, etc.
♦ Por avaliação: não podem ser contados nem mensurados. Determinamos
a quantidade de maneira empírica. Exemplo: um pacote, que não deve
ser aberto, com ± 450 balas.

Tipos de coleta de dados

A coleta de dados pode ser feita de diversas maneiras. As principais são:


♦ Coleta direta: é aquela feita diretamente. Como exemplo, podemos citar
as pesquisas feitas por uma empresa fabricante de automóveis, entre
seus próprios clientes, nas lojas de sua rede autorizada. Essa coleta pode
ser contínua, periódica ou ocasional. Vamos definir então cada um a
delas:
> Automática ou contínua:feita de forma automática ou ininterruptamen­
te, durante um determinado período, ou permanentemente. Exemplo:
a baixa automática de estoque, os registros feitos nas maternidades à
medida que as crianças vão nascendo.
í> Periódica: feita em períodos determinados ou sazonalmente. Exemplo:
pesquisas sobre produtos natalinos, bronzeadores e protetores solares,
que têm pico de vendas sazonalmente, recenseamento a cada dez anos,
balanço anual, etc.
> Ocasional: feita esporadicamente ou em caráter emergencial. Exemplo:
o registro dos casos comprovados de dengue, o número de acidentes
no período do carnaval, etc.
♦ Coleta indireta: é aquela feita a partir dos elementos obtidos pela coleta
direta. Nesse tipo de coleta, muitas vezes por falta de informações mais
precisas, podemos trabalhar por dedução ou suposição, de modo que ela
poderá ser realizada:
> Por analogia: quando temos que deduzir um fenômeno a partir de
i outro que apresente semelhança da causalidade. Exemplo: esse ano,
as praias do litoral norte de Natal foram visitadas por milhares de
turistas, vindos da Europa e outros continentes. No próximo ano, é
de se esperar um número igual ou superior.
> Por proporcionalidade: quando só conhecemos parte de um fato e
precisamos definir ou quantificar algo no todo. Desse modo, po-

196
imihiiil
Capítulo 5 - Estatística

demos fazer um a proporção usando a parte conhecida. Exemplo:


usando um tipo específico de cadeiras, eu posso acomodar 4 delas
em 1,7 m2, deixando apenas o espaço m ínim o para a circulação. Se
eu vou usar um auditório de 300 m 2, nas mesmas condições, poderei
colocar no máximo 705 pessoas sentadas nesse espaço, usando esse
tipo de cadeira.
> Por indícios: quando conhecemos apenas indícios do fato. Como exem­
plo, podemos citar alguns exames periciais feitos na busca de provas
ou para descobrir os culpados por determinados crimes.

A apuração dos dados

Terminada a classificação dos dados, fechamos o nosso parêntese e passa­


mos para a quarta parte do processo, que é a apuração dos dados. Antes, porém,
da apuração, é necessário fazer uma organização desses dados, ordenar, selecionar,
combinar informações conexas de modo que sua leitura e apresentação ganhem
expressividade. Nessa fase, é possível que algum detalhe menos importante fique
de fora ou seja perdido. A apuração segue as etapas seguintes:
♦ Crítica dos dados: nesse momento procuramos por possíveis falhas e im­
perfeições* que possam desvirtuar os resultados. As críticas podem ser:
> Interna: conferir as próprias operações numéricas feitas.
> Externa: conferir algumas informações de terceiros, a veracidade, se a
interpretação da pergunta foi feita corretamente etc.
♦ Apresentação dos dados: no caso do nosso exemplo, chegou a hora de o
hipotético empreendedor conhecer o resultado da pesquisa, para verificar
a viabilidade do seu purificador de água, isso se ele havia contratado os
serviços de alguém. As formas mais comuns de apresentação dos dados
são:
Ia - Tabular: é um a apresentação numérica, organizada conforme os
sistemas estatísticos e classificados em tabelas de maneira formal, como
prevê a Resolução n° 886, de 26 de outubro de 1966, do Conselho Nacio­
nal de Estatística, norm a editada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Vejamos os principais elementos de uma tabela:
> Título: deve mencionar o fato representado, o lugar de ocorrência e
quando se verificou o fenômeno.
> Cabeçalho: deve representar a natureza do conteúdo de cada coluna.

197
iiiiihinl
Nonato de Andrade Capítulo 5 - Estatística

?
> Corpo: é a estrutura da tabela, composta de linhas e colunas. 2a - Gráfica: é uma apresentação feita por meio de gráficos diversos. Pode­
> Linhas: são as seqüências de informações na horizontal da tabela. mos escolher o tipo de gráfico que seja mais representativo e que melhor
> Colunas: são as seqüências de informações na vertical da tabela. e mais claramente apresente os dados que temos a mostrar. Geralmente,
> Coluna indicadora: é a que faz as discriminações dos valores mencio­ usam~se os gráficos conforme a natureza e tipo de informação que se deseja
nados nas colunas numéricas. representar. Veja abaixo dois exemplos, com informações resumidas, que
> Casa ou célula: é semelhante às unidades de um a planilha do Excel, ou poderiam ser mostrados usando os mesmos dados da tabela anterior:
seja, é a unidade da planilha formada pelo cruzamento de uma linha
com uma coluna. Formação profissional
> Rodapé: está localizado no final da tabela e deve mencionar informações
como: fonte, notas e chamadas.
> Fonte: órgão ou entidade que organizou ou forneceu os dados.
> Notas e chamadas: as notas esclarecem aspectos gerais e as chamadas
esclarecem detalhes em relação a uma casa ou célula.
t> Principais sinais usados nas tabelas: traço (-), quando o dado for nulo,
três pontos (...), quando não dispomos do dado, a letra x (x), quando
o dado for omitido, interrogação (?), quando há dúvidas sobre a exa­
tidão de determinado valor, e o zero (0), quando o valor numérico Exemplo 1
é bem menor que a unidade utilizada. Observe na tabela abaixo um 1 - Com e sem curso de especialização
exemplo:
2 - Com e sem curso de mestrado

Quadro docente de uma instituição de ensino hipotética por cate­


Formação profissional
goria funcional e formação acadêmica - 2008

S t? ® : : . y Graduação
. . . Formação É i' ' 16%
Titular-; Adjunto
‘ Graduação 28 9 15 12 64
Especialização, t 25 5 2 8 40
Formação continuada 26 4 (3 ) 10 6 46
. ; Mestrado (ij ;.%■ 4 - 1 5
!Doutç>radp (2) •. 3 2 1 - 6
86 20 28 27 161
15% 15%
Fonte: Exemplo Estatístico Hipotético

(1)- Com e sem curso de especialização Exemplo 2


(2)- Com e sem curso de mestrado 1 - Com e sem curso de especialização
(3)- Aperfeiçoamento 2 - Com e sem curso de mestrado

198 199
hniiniil littilim!
Nonato de Andrade

y*
j Observe outros modelos de gráficos mostrando informações importantes
I do nosso país, que, em forma de dados desorganizados, constariam num docu­
mento de muitas páginas para ler. Entretanto, quando sintetizadas em gráficos,
‘ podem ser visualizadas e entendidas rapidamente.

AEVOLMÇÃODOWBNOPfliS ;

Crescimento em reieçêoao ar» anterior

Fo n te : IBGE

Arredondamento de dados

Em alguns momentos, principalmente durante a apuração, quando estamos


realizando os ajustes numéricos, precisamos fazer arredondamentos. A norma

200
hiitiiiiil
Capítulo 5 - Estatística
syvívi:
que regulamenta esse procedimento é a Portaria n° 36, de 06/07/1965 - INPM
(Instituto Nacional de Pesos e Medidas). Vejamos as principais regras:
♦ Ia - Quando o primeiro algarismo após aquele que formos arredondar
estiver compreendido no intervalo de 0 a 4, conservamos o algarismo a ser
arredondado e desprezamos os seguintes. Exemplo: 9,81234 (o algarismo
é 1), ficamos com 9,8.
<►2a - Quando o primeiro algarismo após aquele que formos arredondar
estiver compreendido no intervalo de 6 a 9, acrescentamos uma unidade
no algarismo a ser arredondado e desprezamos os seguintes. Exemplo:
14,18723 (o algarismo é 8), teremos 14,2.
♦ 3a - Quando o primeiro algarismo após aquele que formos arredon­
dar for igual a 5, seguido apenas de zeros, conservamos o algarismo,
no caso de ele ser par, ou aumentamos uma unidade, no caso de ele
ser ímpar, desprezando os seguintes. Exemplo: 7,25000 (algarismo 5
seguido de zeros e 2 é par), ficamos com 7,2. Se tivéssemos: 19,35000
(algarismo 5 seguido de zeros e 3 é impar), ficaríamos com 19,4. No
caso de o algarismo 5 ser seguido de outros algarismos dos quais pelo
menos um é diferente de zero, aumentamos uma unidade no algarismo
e desprezamos os seguintes. Exemplo: 13,25020, ficaríamos com 13,3 e
assim por-diante.
♦ 4a - Quando arredondamos uma série de parcelas, e a soma fica alterada,
devemos fazer um novo arredondamento, seja por falta ou por excesso,
na maior parcela do conjunto, de modo que a soma fique inalterada.
Exemplo: 7,3% + 28,5% + 12,3% + 19,6% + 32,2% = 99,9%. Observe que
não completamos 100%. Como a maior parcela é 32,2, arredondamos
para 32,3, e assim fechamos em 100%.

Análise final dos dados

Agora é a hora de fazer uma análise final, de modo que possamos ter a
indagação da nossa situação problema resolvida, se o nosso amigo contratou um
analista, se espera que o mesmo, usando seus conhecimentos e sua experiência,
tire algumas conclusões objetivas que auxiliem o empreendedor a tomar uma
decisão no seu investimento.
Nosso objetivo até aqui, mesmo que de forma simples, foi dar uma visão
panorâmica sobre a aplicação da Estatística. Ê possível que não apareçam muitas
questões dentro do que enfocamos até agora, porém essa base é crucial para o
entendimento do que vamos continuar comentando.

201
hiiihitiE
Nonato de Andrade

As tabelas de freqüências

Dentro do universo de estudo da Estatística, as tabelas de freqüências


são muito importantes- São usadas para demonstrar os dados e apresentam-se
basicamente em duas modalidades: tabela de freqüência para dados discretos e
tabela de freqüência para dados contínuos.

Tabela de freqüências para dados discretos

Essa modalidade, apresenta basicamente duas informações: as possíveis


ocorrências e a quantidade de vezes dessas ocorrências- Vamos comentar um
exemplo» para fadlitar o entendimento.
Imaginemos a seguinte situação: tomamos um dado não viciado e o lan­
çamos 10 vezes seguidas. Em cada lançamento anotamos o valor da face voltada
para cima, preenchendo uma tabela como a mostrada abaixo.

1* 2? m •5°': m .'7* Wê- 10*


Face para cima 3 1 6 5 2 4 3 6 5 2

Observe que poderíamos organizar esses dados numa tabela de modo que
apresentasse a freqüência com que cada face aparece nos 10 lançamentos. Veja:

^ Faces !£ (F)
1 1
2 2
3 2
4 1
5 2
6 2
Total 10

As informações da tabela nos dizem o seguinte: a face 1 ocorreu 1 vez,


a face 2 ocorreu 2 vezes, a face 3 ocorreu 2 vezes e assim por diante. Note que
a soma da coluna das freqüências tem valor igual ao total de lançamentos do
experimento, 10 vezes.

Tabela de freqüências para dados contínuos

Antes de definirmos as tabelas de freqüências para dados contínuos, preci­


samos conhecer alguns conceitos básicos sobre os antecedentes dessa modalidade
de tabela. Vejamos os principais:

202
hutiiiiii
Capítulo 5 - Estatística

♦ Dados brutos: são os dados como foram colhidos, sem nenhuma orga­
nização. Exemplo: as notas de Ester em Matemática este ano foram: 9,0,
9,5, 8,4 e 7,0.
♦ Rol: é um arranjo organizacional dos dados brutos em ordem crescente
ou decrescente. Exemplo: as notas de Ester em Matemática poderiam ser
organizadas em ordem crescente: 7,0,8,4,9,0 e 9,5. Também poderiam ser
organizadas em ordem decrescente, por bimestres, e assim por diante.
♦ Limites de classe: uma classe é uma parte ou um subconjunto do Rol,
limitada por dois números chamados de lim ite inferior e limite superior
da classe. Exemplo: usando as notas de Ester, vamos estabelecer uma
classe: 7,0 j----- 9,0. Nessa representação de classe, significa que 7,0 é o
limite inferior da classe e 9,0 é o lim ite superior. O símbolo |------- indica
que o limite inferior é contado (intervalo fechado), e que o limite superior
não é contado (intervalo aberto) como pertencente a essa classe.
♦ Amplitude total: é uma medida estatística definida como: AJ - Max - Min,
onde:
> Max = é o valor máximo;
> M in = é o valor mínimo.

Exemplo: Usando ainda as notas de Ester, temos: Aj. = 9,5 - 7,0 = 2,5.

♦ Ponto médio da classe: é a média aritmética feita entre os limites da classe.

Exemplo: o ponto médio da classe 7,01----------------------------------- 9,0, seria= 8,0.


2 2
♦ Número de classes: é a quantidade de classes que utilizamos para apre­
sentar os dados. O número n de classes é dado por n = 1 + 3,3Íog10(N),
onde N é o número de dados que trabalhamos. Exemplo: considerando
que trabalhamos um número de dados N = 10, teríamos: n = 1 + 3,3.
log1010 = 1 + 3,3.1 = 4,3.
♦ Amplitude de classe: é a diferença entre o limite superior e o limite inferior
das classes, dada pela expressão: Ac = Ar / n. É a razão entre a amplitude
total e o número de classe.

Depois desses conceitos básicos, podemos dizer que a tabela de freqüência


para dados contínuos consiste no estabelecimento de classes e do número de
ocorrências de valores nessas classes.
Exemplo: um professor de educação física que treina uma equipe de futsal
da sua escola com 15 atletas, numa primeira aula, resolveu fazer uma avaliação

203
itiiiliml
Nonato de Andrade

da condição física dos seus alunos. Organizou então um conjunto de exercícios


valendo de 0 a 10 pontos conforme o desempenho de cada aluno. Observe a
disposição dos dados nas tabelas abaixo:

Dados brutos anotados


8,0 7,0 9,0 0,0 7,5
5,0 3,0 6,5 3,5 4,5
1,5 8,5 2,5 4,0 10,0

Dados num rol Crescente


0,0 3,0 4,5 7,0 8,5
1,5 3,5 5,0 7,5 9,0
2,5 4,0 6,5 8,0 10,0

Agora podemos organizar nossa tabela de freqüências para dados contínuos:

Classes ■•F
0,0 |-----2,5 2
2,5 i-----5,0 5
5,0 |---- 7,5 3
7,5 1---- 10,1 5
Total 15

Conforme a disposição dos dados, podemos concluir que:


♦ Os valores da coluna de freqüências são os resultados das quantidades
incluídas no intervalo de cada classe. Na classe 5,0 j----- 7,5, só contamos
os 5,0 < valores > 7,5, e assim sucessivamente em cada classe.
♦ Quando as possibilidades das ocorrências são muito grandes, também
podemos usar as tabelas de freqüências para dados contínuos para re­
presentar dados discretos.
♦ Os valores na coluna de freqüências são chamados de freqüência abso­
luta.

Sempre que necessário, podemos Ir acrescentando outras colunas às tabelas


de freqüências.

Freqüência absoluta acumulada (FAC)

A freqüência absoluta acumulada, como o próprio nome sugere, toma por


base o limite superior da classe em questão de forma cumulativa, ou seja, todos
os valores estritamente menores até aquele ponto. Acompanhe na nova coluna
à direita da tabela (F c).

204
limlim!
Capítulo 5 - Estatística

Glásses Bí i-i ;l l l l ! W :
0,0 [— -2,5 2 2'
2,5 |-----5,0 5 7
5,0 |—- 7,5 3 10
7,5 {—- 10,1 5 15
Total 15

Freqüência relativa (FREL)

A freqüência relativa refere-se à parte percentual que cada classe tem no


conjunto dos dados. Observe nos valores da nova coluna acrescentada à direita
da tabela:

Classes ' *AC■ FREL


0,0 i-----2,5 2 2 0,14
2,5 |---- 5,0 5 7 0,33
5,0 |—- 7,5 3 10 0,20
7,5 j—- 10,1 5 15 0,33
Total 15 1,00

Veja que a soma da coluna de freqüências relativas é sempre igual a 1, pois


ela precisa ser fechada em 100%. No caso da primeira classe, 0,01-----2,5, tivemos
que arredondar de 13,33% para 14%, visando fechar em 100%. Esses valores tam ­
bém poderiam ser representados na forma: 14%, 33%,... e assim por diante.

Freqüência relativa acumulada ( F ^ AC)

É representada seguindo o mesmo princípio cumulativo da freqüência


acumulada normal, só que será representada em porcentagens. Acompanhe a
evolução na nova coluna à direita:

VÇlasses ;:".f ■; F•AC. :F-REL . •^F-REL'AC :


0,0 |—-2,5 2 2 0,14 0,14
2,5 I---- 5,0 5 7 0,33 0,46
5,0 |-----7,5 3 10 0,20 0,66
7,5 |-----10,1 5 15 0,33 1,00
Total 15 1,00

205
hiüiiiiii
Nonato de Andrade

Gráficos para representação de freqüências para dados discretos

O gráfico é uma forma de associar cada valor registrado na tabela a uma


haste no gráfico, cuja altura é diretamente proporcional ao valor da freqüência
considerada. Observe como ficaria o gráfico da tabela de freqüências discretas
que fizemos nos lançamentos do dado usado como exemplo:

Faces Freqüência (F)


1 1
2 2
3 2
4 1
5 2
6 2
Total 10

Freqüências discretas

12
10
8 , ..... .••-•y-r;". - r- —
6 . .; •• v'' v — :
: ... . v .. \ ;y \ :- . 'v j r .
4 ;%b£ ,;í s.-i-:■.(■:'^
2

0
6 Total

Note que no gráfico as informações de freqüências são representadas pelas


hastes. Quanto maior for uma freqüência, maior será a haste a ela associada. As
hastes são as linhas verticais individuais, de modo que não devemos fazer ligações
dos seus extremos superiores. Essa forma de representação gráfica também pode
ser usada para freqüência acumulada, relativa e relativa acumulada, mudando
apenas a escala do eixo y, ficando o eixo x inalterado. É importante frisar que
as hastes de um gráfico para freqüências de dados discretos teoricamente não
teriam espessura que pudesse representar uma área, pois essa propriedade é dos
gráficos conhecidos como histogramas, usados para representar freqüências de
dados contínuos.

206
litiiliiii)
Capitulo 5 - Estatística

Histogramas

Como já mencionamos, o histograma é uma modalidade gráfica muito


usada na Estatística para representar as freqüências de dados contínuos por meio
de retângulos justapostos cujas áreas são proporcionais às freqüências de classes
que representam. Veja um exemplo abaixo:

Classes ■
>
0,0 1— -2,5 2
2,5 [-----5,0 5
5,0 |-----7,5 3
7,5 |—- 10,1 5
Total 15

Histograma
Freqüência absoluta

Classes

Cada retângulo que consta no gráfico possui uma área proporcional à


freqüência por ele representada. Da mesma forma que a representação de dados
discretos, o histograma tem suas versões acumulada, relativa e relativa acumulada.
O gráfico da versão relativa é igual ao da versão absoluta, e o da versão relativa
acumulada varia apenas a representação do eixo y.

Medidas de centralidade
As chamadas medidas de tendência central são muito utilizadas na Esta­
tística. Se coletarmos, por exemplo, dados sobre a freqüência de chuvas numa

207
imilnii!
Nonato de Andrade

certa região do Brasil, com a apuração desses dados, podemos emitir um núme­
ro que represente em média a quantidade anual de chuvas naquela região. Esse
procedimento matemático é o que chamamos de medidas de centralidade. As
mais usadas são: a Média, a Mediana e a Moda.

Média

A média pode ser aritmética (simples e ponderada), harmônica e geométrica.

Média aritm ética simples

A média aritmética para dados não agrupados é dada pela expressão ma­

temática: M = —— . Essa representação significa a somatória dos números x.,


n 1
com i variando de 1 a n, onde:
♦ n = número de observações do evento;
♦ x. = valores das diversas observações.

Exemplo 1: Considere que um aluno tenha tirado as seguintes notas bimes­


trais em Matemática: 8,0,7,5,5,0 e 6,5, e queira saber sua média anual. Aplicamos
8,0+ 7,5+ 5,0+ 6,5 27
diretamente na fórmula: Ma = = 6,75.
4 4
Exemplo 2: Imagine que você tenha calculado a média das idades das 10
pessoas amigas mais próximas de sua família. Os dados coletados, em anos, foram
os seguintes: 15,15,18,18,18,30,30,36,36 e 36. Nesse caso, podemos agrupá-los
15.2 + 18.3 + 30.2 + 36.3 _ 252
e simplificar os cálculos, assim: Ma = -----= 25,2.
2+ 3+ 2 + 3 ~~ 10
10

Média aritm ética ponderada

Considere um concurso com provas escritas de: Português, Matemática,


Raciocínio Lógico, Informática, Noções de Direito e Conhecimentos Específicos.
De acordo com o edital, a prova será composta de 60 questões, sendo 10 questões
de cada disciplina, com valores respectivos por questão de: 1,2,1,1,2 e 3, e pesos
respectivos de: 4,6,5,3,5 e 8 .0 candidato, para ser classificado, precisa obter no
mínimo 60% de acerto no conjunto das provas. Vamos calcular a média de um

208
hmhmf
Capítulo 5 - Estatística

candidato que conseguiu os seguintes acertos: Português = 7, Matemática = 9,


Raciocínio Lógico = 6, Informática = 4, Noções de Direito = 5 e Conhecimentos
Específicos = 8.
Resolução: faremos a somatória dos produtos eritre os números de acertos
em cada prova e seus respectivos pesos e dividiremos essa soma pela soma dos
pesos, assim:

7.1+ 9.2+ 6.1+ 4.1+ 5.2+ 8.3 7 + 18 + 6 + 4 + 10 + 24 _ 69


1+ 2 + 1+ 1 + 2 + 3 ~~ 10 10

Como o aluno acertou 69% da prova, foi classificado.

Média harm ônica

A média harmônica é dada pela razão entre a quantidade de valores consi-


n
derados e a soma de seus inversos. Assim: M, = —----- :------ :-------:— . No caso
h 1 1 1 1
— + — + — + .... — +
X, x2 x3 x„
x -y
dessa média ser entre dois valores x e y apenas, podemos usar: Mh =
x +y

Exemplo 1: Vamos determinar a média harmônica entre 2,6 e 8.


Resolução: aplicando diretamente os valores dados na definição matemática
3 3 3 24 72
vista, teremos: M, = ----- -— - = —— -— - = — - 3 — = — s 3,79.
1 I I 12 + 4 + 3 19 19 19
2 6 8 24 24

Exemplo 2: Vamos determinar a média harmônica entre 2 e 3.


Resolução: como são apenas dois valores, usaremos a definição vista para
x -y 2-3 6 212
dois valores. Assim: Mh = =

2 2 2
Média geométrica
A média geométrica entre n valores dados será a raiz de índice n do produto
desses mesmos valores. Assim: %ix i-x 2—x n

209
IlHiflIlli
n
| ç Nonato de Andrade

| Exemplo: Determinar a média geométrica entre os valores 2,3 e 9/2.


i- ■ ____ 1
f Resolução: aplicando direto na definição, temos que: -^2-3. —= ^27 = 3.

Observações importantes sobre as médias:


❖ Em qualquer que seja a modalidade da média» o resultado sempre estará
entre o maior e o menor número considerados;
« Usando os mesmos valores no calculo das diferentes médias, a média
aritmética terá o maior valor, o valor intermediário será da média geo­
métrica e a média harmônica será o menor valor de todos.
« Números ou parcelas muito maiores ou muito menores, em relação às
demais partes, causam discrepâncias indesejadas e até absurdos nos re­
sultados das médias. Se calcularmos, por exemplo, a média de habitantes
das capitais brasileiras, incluindo o Rio de Janeiro e a grande São Paulo,
teremos uma média superior ao número de habitantes de muitas das ca­
pitais do país. Para corrigir essas distorções nas medidas de centralidade,
temos a mediana, que será o nosso próximo assunto.

]| Exercícios propostos

01. (UFF-RJ) Cada um dos 60 alunos da turma A obteve, na avaliação de um trabalho,


nota 5 ou nota 10. A média aritmética dessas notas foi 6. Determine quantos alunos
obtiveram nota 5 e quantos obtiveram nota 10.

02. (Unicamp-SP) O gráfico ao lado em forma de pizza ^


representa as notas obtidas em uma questão pelos
32.000 candidatos presentes à primeira fase de /
uma prova de vestibular. Ele mostra, por exemplo, / ;
que 32% desses candidatos tiveram nota 2 nessa [ 2 (32%) ■

a) Quantos candidatos tiveram nota 3?


b) É possível afirmar que a nota média, nessa questão, foi menor ou igual a 2?
Justifique sua resposta. ^
Ú

210
iniilnii!
Capítulo 5 ~ Estatística

Mediana

Dados os n valores ordenados de um a variável x, como x}< x2 < x3< ...


< xo, a mediana será o valor central desse conjunto, representada por Me.

Exemplo: O número de turistas que freqüentaram e compraram alguma


peça em um a barraca de artesanato na praia de Ponta Negra em Natal/RN foi
anotado durante 11 dias seguidos. Na ordem em que foram anotados, os núm e­
ros são os seguintes: 8 - 7 - 1 2 - 9 - 6 - 1 1 - 5 - 7 - 8 - 9 - 3 5 . Qual o número
mediano de turistas nesses dias?
Resolução: colocando os valores na ordem x}< x? < x., <... < xn, temos: 5 -
6 _ 7 _ 7 _ g _ 8 _ 9 _ _ 9 „ j l „ 1 2 - 3 5 . Note que o termo central é 8, logo Me =
8. Observe que para as seqüências de ordem ímpar o número de ordem é dado

( W l Y XT f l l + l Y ( 1 2 Y ,0 c r -
por: I J . Nesse caso, temos: I —- — I =1 — 1 = 6 . Se fosse uma seqüência

de ordem par, o número de ordem seria dado por: ^ J .

Moda

Como o próprio nome sugere, chamamos de moda de um conjunto de va­


lores a ocorrência mais freqüente entres os valores observados, e representamos
por Mo*

Exemplo: Vamos determinar a moda de cada conjunto de valores abaixo:

a) 4 - 7 - 1 2 - 9 - 6 - 7 - 5 - 7 - 8 - 2 - 1 3 .

Resolução: a moda é Mo - 7, pois o número 7 aparece três vezes.

b)8-7-4-9-6-9-5~3~8-9.

Resolução: aqui temos duas modas, Mo = 8 e Mo = 9, pois o número 8 apare­


ce duas vezes e o nove três vezes. Nesse caso temos uma distribuição bimodal.

c) 8 - 1 2 - 9 - 6 - 1 1 - 5 - 7 - 1 3 -3 .

Resolução: nesse caso, em que cada valor tem freqüência unitária, não há
moda.

211
illltittlll
Nonato de Andrade

§ Exercícios propostos

03. Encontre a média, a mediana e a moda dos seguintes conjunto, de valores:


a) 1 - 0 - (-1) - 1 - 2 - 0.
b) 7 - 5 - 5 - 4 - 7 - 9 - 8 - 5 - 5 - 4 - 3 - 1 1 - 6 .
c) 10 - 9 - 8 - 7 - 6 - 5 - 4 - 3 - 2 - 1 - 0 - (-1) - (-2) - (-3).
d)l-l-l-2-2-2-2-3-3-3-3-3-4~-4~4~4~4~4-5.

04. Os dados ordenados abaixo referem-se à quantidade de carros novos vendidos por
uma loja durante um período de 12 meses. 48 - 52 - 58 - 63 - 68 - M - 76 - 82 -
N - 96 - 98 - 102. Determine os valores de M e N, sabendo que a mediana desses
valores é 73 e que a média é 75. 4
S

Medidas de dispersão

Suponha que os três filhos de uma certa família F tivessem obtido este ano,
cada um, o conjunto de notas bimestrais mostradas na tabela abaixo:

Fabiana 8,0 2,0 9,0 5,0


Fabiola 6,0 6,0 6,0 6,0
Fláyio 2,0 5,0 9,0 8,0

Quando calculamos a média anual de cada um, encontramos a média 6,0


para todos. Entretanto, essa média nada nos informa sobre a homogeneidade ou
heterogeneidade das notas obtidas. Logo, precisamos de uma medida que revele
o grau de variabilidade dessas notas nos diversos períodos do ano. Essas pecu­
liaridades são mais evidenciadas nas medidas de dispersão, conhecidas como
variância e desvio padrão.

Variância

Dados os valores xt>x2>x3, .... xn de uma variável x com média aritmética


desses valores igual a Mfl, chamamos de variância de x e representamos por Var(x)
cr2 ou o número positivo dado por:

Y(x -M)2
(x —M ^ -b(x —M )2 + +(x —M )2 1 3
Var(x) = 1 1 J 2 a => a 2 = --------------.
n n

212
iiinUuil
Capítulo 5 - Estatística
H^VA,is»s-«ííA{y',*í

A variância também é representada por cr2(cr é uma letra grega que significa
sigma). É importante observar que cada quadrado da diferença de dois termos
(*n- Ma)2, que aparece no numerador, representa o quanto um valor considerado
se distancia do valor médio. Assim, a variância caracteriza-se como uma medida
da variabilidade dos valores considerados. Agora vamos calcular a variância das
notas dos filhos da família F mencionada.

* Fabiana:

(y2 (8 -6 )2+ (2 - 6 )2+ (9 -6 )3+ (5 -6 )3 (2)2+ (-4 )2+(3}2+ ( - l) 2 4 + 16 + 9 + 1 30 n c


-------------------------------------------------------------------------------------------- —-------- ----
4 4 4 4

* Fabíola:
2 ( 6 —6)2 + (6 - 6)2 + ( 6 —6)2 + ( 6 —6)2 (O)2 + (O)2 + (O )2 + (O)2 0+0 + 0+ 0 0
4 4 ~ 4 ~ 4 ~

* Flávio:
, (2 —6)2 + (5 —6)2 +(9~6)2 + (8~ 6)2 (-4)2 + (-1)2 + (3)2+ (2)2 16 + 1+ 9 + 4 30
0 ---------------------------------------------------------= -------------------------------------- -- --------------------= — = 7,5
4 4 4 4

Observe e compare os valores da variância referentes a Fabiana e Flávio: um


aumento no valor da variância significa maior variabilidade nos valores das notas. Se
analisarmos cora cuidado, veremos que as notas dos dois filhos são as mesmas, apenas
aparecem em posições diferentes. A inconstância (sobe e desce) de Fabiana fez com que
ela se distanciasse menos da média do que Flávio. Apesar da crescente recuperação de
Flávio, ele foi quem mais se distanciou da média em alguns períodos do ano.

Desvio padrão
Como a variância é uma medida que utiliza o quadrado dos desvios em
relação à média, sofre algumas limitações, como as incoerências entre as unidades
de medidas. Imagine, por exemplo, que precisássemos trabalhar com medidas
de segmentos lineares em centímetros; a unidade da variância seria cm2, o que
caracterizaria uma incompatibilidade entre as unidades envolvidas. Desse modo,
foi necessário definir uma medida que utilizasse a mesma unidade dos dados
considerados e uniformizasse essas unidades. Assim, foi definido o desvio padrão
como a raiz quadrada da variância de x, dado pela expressão:

0== j (*, (x2 - Maf +... + (xn - Ma)2


A n

213
I muIh ii I
Nonato de Andrade

Vamos então calcular o desvio padrão das notas dos alunos Fabiana, Fa-
bíola e Flávio.
♦ Fabiana: <5= >/73 = 2,74
❖Fabíola: cr - \/Õ s 0
«Flávio: 0 - 7 ^ 5 = 2,74

| Exercícios propostos

05. (Unicamp-SP)Para um conjunto X = {x,, x2, x3, x j a média aritmética de


_ Jt 4” "j™
X é. definida por X = —---- ?— ~2------ e a variância de X é definida por

v= —x )2 + —+ (x4 —x)2J- Dado o conjunto X = {2, 5, 8,9}, pede-se:

a) Calcular a média aritmética de X.


b) Calcular a variância de X.
c) Quais elementos de X pertencem ao intervalo —yjv, x -+ vÇ ]?

06. (FGV-SP) Dados n valores xv x,, x3, ..., xn seja M sua média aritmética. Chama-
n
]T (x ,-A Í)2
se variância desses valores ao número Cr2 dado por: o 2 = —-------------. A raiz
quadrada não negativa da variância chama-se desvio padrão. ti

a) Se a cada um de 10 meses consecutivos um fundo de investimento render 1%


ao mês, qual o desvio padrão dessas taxas de rendimento?
b) Se em cada um de 6 meses consecutivos o fundo render 1% ao mês e render 3%
ao mês em cada um dos quatro meses seguintes, qual o desvio padrão dessas
taxas de rendimento?

Questões de concursos

01. O IBGE contratou um certo número de entrevistadores para realizar o recensea-


mento em uma cidade. Se cada um deles recenseasse 100 residências, 60 delas não
seriam visitadas. Como, no entanto, todas as residências foram visitadas e cada
recenseador visitou 102, quantas residências tem a cidade?

214
iuitlitii!
Capítulo 5 - Estatística

a) 3.060
b) 30
c) 2.860
d) 3.600
e) 2.060

02. Em um dado teste, a média de uma turma é 6,0. Sabendo-se que 40% da turma
obteve média 7,5, qual foi a média do restante da turma?
a) 5,0
b) 5,5
c) 8,0
d) 9,5
e) 10,0

03. (PCC) O objeto de uma licitação promovida por um órgão público consiste na aquisi­
ção de microcomputadores com uma determinada configuração. Preliminarmente, o
setor administrativo deste órgão, visando analisar as disponibilidades orçamentárias,
realizou uma pesquisa com um certo número de fornecedores e apurou a tabela de
freqüências abaixo. A coluna CLASSES representa intervalos de valores referentes
aos preços unitários dos microcomputadores proporcionados pelos fornecedores e
a coluna FRA representa a respectiva freqüência relativa acumulada:

Classes (R$j > FRA (%)


500 | —-- 1.500 10
1.500 S - 2.500 35
2.500 | —-- 3.500 75
3.500 | ~~ - 4.500 95
4.500 j - 5.500 100

Encontrou-se a média aritmética dos preços unitários, considerando que todos


os valores incluídos num certo intervalo de classe são coincidentes com o ponto
médio deste intervalo. Obteve-se também a mediana dos preços unitários utilizan­
do o método da interpolação linear. O valor da moda dos preços unitários (Mo)
calculada conforme a fórmula: Mo = 3Md ~ 2Me, sendo Md a mediana e Me a
média aritmética, é igual a:
a) RS 3.000,00
b) R$ 2.925,00
c) RS 2.875,00
d) RS 2.850,00
e) RS 2.825,00

215
limhitil
Nonato de Andrade

04. (FCC) Utilizando o método da interpolação linear, calculou-se o valor do terceiro


quartil (Q?) correspondente ao histograma de freqüências absolutas abaixo. Esta
representação gráfica apresenta o resultado de uma pesquisa com 100 empresas,
demonstrando a distribuição dos preços unitários de um determinado material:
Jl
Freqüência

0 2 4 6 8 10 preço unitário (R$)

Considerando que todos os intervalos de classe deste histograma são fechados à


esquerda e abertos à direita, tem-se que o valor encontrado para Q3foi igual a
a) R$ 6,25
b) R$ 6,50
c) R$ 6,75
d) R$ 7,25
e) R$ 7,50

05. (FCC) Sabe-se que existem inúmeros fornecedores de um material X. Porém,


somente 60% deles estão aptos a participar de uma licitação para fornecimento
do material X para o setor público. Então, a probabilidade de que, numa amostra
aleatória simples de 3 destes fornecedores, pelo menos um esteja apto a participar
de uma licitação para fornecimento do material X para o setor público é
a) 60,0%
b) 78,4%
c) 80,4%
d) 90,4%
e) 93,6%

06. (FCC) Os preços de um equipamento no mercado têm uma distribuição normal


com um valor médio igual a R$ 1.500,00. Verificou-se que 20% dos preços deste
equipamento são inferiores a R$ 1.290,00. Utilizando os valores das probabilidades
P(Z < z) para a distribuição normal padrão
^:Z vK p (Z£ z)
0,25 0,60
0,52 0,70
0,67 0,75
0,84 0,80
1,30 0,90

216
imiliml
Capítulo 5 - Estatística
íwhííf
tem-se que o valor do equipamento em que apenas 10% são superiores a ele é
igual a:
a) R$ 1.825,00
b) R$ 1.805,00
c) R$ 1.710,00
d) R$ 1.695,00
e) R$ 1.650,00

07. (FCC) Considerando as respectivas definições e propriedades das medidas de


posição e das medidas de dispersão, é correto afirmar:
a) Um reajuste de 20% em todos os salários dos empregados de uma empresa
significa que o respectivo desvio padrão fica aumentado em 44%.
b) Adicionando um valor fixo em cada salário dos empregados de uma empresa,
tem-se que o respectivo desvio padrão dos novos valores é diferente do desvio
padrão dos valores anteriores.
c) Dividindo todos os valores de uma seqüência de números estritamente positivos
por 4, o correspondente coeficiente de variação dos novos valores é igual ao
coeficiente de variação dos valores anteriores.
d) Multiplicando por 100 todos os valores de uma seqüência de números estrita­
mente positivos, tem-se que o correspondente coeficiente de variação dos novos
valores é igual a um décimo do coeficiente de variação dos valores anteriores.
e) Em um trabalho de medição do comprimento de determinado tipo de peça, o
valor do coeficiente de variação da seqüência de medidas apuradas fica alterado
caso o trabalhador modifique a unidade de medida de metro para centímetro.

08. (Bacen/98) Duas variáveis X e Y têm coeficiente de correlação linear igual a 0,9.
Obtendo-se a reta de regressão linear simples de Y sobre X, pode-se dizer que seu
coeficiente angular:
a) será menor que 0,9
b) será maior que 0,9
c) poderá ser negativo
d) poderá ser nulo
e) será positivo

09. (IBGE/99) Se X é uma variável aleatória e Y = 5 - 2X, então o coeficiente de cor­


relação linear entre X e Y é igual a:
a) 2,5
b) 1,0
c) 0
d) -0,4
e) -1,0

217
linihiiil
Nonato de Andrade

10. (Susep/94) Se as variáveis aleatórias X e Y são tais que Y = 2X, o coeficiente de


correlação linear y entre X e Y é tal que:
a) Y“ 1
b) y = 0
c) y = -1
d) 0 < y < 1
e) -1 < y < 0

11. (Susep/98) Considere X e Y duas variáveis aleatórias com variâncias de 4 e 1, respec­


tivamente, e coeficiente de correlação igual a 1/4. A variância de Z = (X + Y) é:
a) 5
b) 6
c)7
d) 41/8
e) 21/4

12. (AFC/94) A tabela abaixo apresenta o número de unidades produzidas (P) por 10
operadores de uma fábrica e o número de unidades produzidas com defeitos (D).

Operador (i) . Produção (Pi) ^ Defeituosa (Di)


1 94 4
2 98 5
3 106 6
4 114 7
5 107 6
6 93 5
7 98 6
8 88 4
9 103 7
10 95 5

Da tabela foram obtidos os seguintes valores:


10 10 10

X pi = 996 Z Pi2 = 99*752 £ ( pi - p )2 =550,4 ^T(Pj —P)*(D. —D) = 65


Í~1 i=l 1=1 í~i
io io m __ ío
£ d,=55 £ d’ =313 S ( D. - D)! = 10'5 £ P A =5.543

O coeficiente de correlação linear entre Pe Dé :


a) -0,855

218
hmhnil
Capítulo 5 - Estatística

b) -0,731
c) 0,000
d) 0,731
e) 0,855

13. (IBGE/2002) X e Y são duas variáveis aleatórias com variâncias 144 e 64 respec­
tivamente. Assinale o item que NÃO indica um valor possível para a covariância
entre X e Y.
a) 87,5
b) 18,7
c) 0
d) -0,3
e) -100

14. (IBGE/2002) Os dados a seguir apresentam os investimentos (em milhares de reais)


e os lucros (em milhares de reais) no ano seguinte realizados por cinco empresas
escolhidas aleatoriamente:

Empresia Investimento Lucro


1 10 1,5
2 15 2,0
3 5 0,5
4 12 1,5
5 18 2,5
O coeáciente de correlação linear amostrai destes dados é, aproximadamente,
igual a:
a) -0,74
b) -0,26
c) 0,48
d) 0,72
e) 0,98

15. (Oficial deJustiçaAvaliador/TJ-CE/Esaf/2002) Aplicando a transformação z = (x- 14)/4


aos pontos médios das classes (x) obteve-se o desvio padrão de 1,10 salários
mínimos. Assinale a opção que corresponde ao desvio padrão dos salários não
transformados.
a) 6,20
b) 4,40
c) 5,00
d) 7,20
e) 3,90

219
initiuii]
Nonato de Andrade

16. (Fiscal de Tributos Estaduais/SEFA-PA/Esaf/2002) Um certo atributo W, medido em


unidades apropriadas, tem média amostrai 5 e desvio-padrão unitário. Assinale
a opção que corresponde ao coeficiente de variação, para a mesma amostra, do
atributo Y = 5 + 5W.
a) 16,7%
b) 20,0%
c) 55,0%
d) 50,8%
e) 70,2%

17. (AFRF/Esaf/2000) Numa amostra de tamanho 20 de uma população de contas a


receber, representadas genericamente por X, foram determinadas a média amostrai
M = 100 e o desvio padrão S = 13 da variável transformada (X-200)/5. Assinale a
opção que dá o coeficiente de variação amostrai de X.
a) 3,0%
b) 9,3%
c) 17,0%
d) 17,3%
e) 10,0%

18. (AFRF/Esaf/2003) O atributo Z = (X - 2)/3 tem média amostrai 20 e variância


amostrai 2,56. Assinale a opção que corresponde ao coeficiente de variação amos­
trai de X.
a) 12,9%
b) 50,1%
c) 7,7%
d) 31,2%
e) 10,0%

19. (1RB/2006) No campo estatístico, ogivas são:


a) polígonos de freqüência acumulada.
b) polígonos de freqüência acumulada relativa ou percentual.
c) histograma de distribuição de freqüência.
d) histograma de distribuição de freqüência relativa ou percentual.
e) o equivalente à amplitude do intervalo.

220
ImihitiE
Capítulo 5 - Estatística

20. (IRB/2006) O grau ao qual os dados numéricos tendem a dispersar-se em torno


de um valor médio chama-se
a) média.
b) variação ou dispersão dos dados.
c) mediana.
d) correlação ou dispersão.
e) moda.

21. (IRB/2006) Histograma e Polígono de freqüência são


a) a mesma representação gráfica (idênticas) de uma distribuição de freqüência.
b) um texto descritivo e uma representação gráfica de uma distribuição de freqüência.
c) um texto descritivo e uma função gráfica de uma distribuição de freqüência.
d) duas representações gráficas de uma distribuição de freqüência.
e) duas representações gráficas de uma distribuição de freqüência, porém com
sentidos opostos.

22. (IRB/2006) Sendo a moda menor que a mediana e, esta, menor que média, pode-se
afirmar que se trata de uma curva
a) simétrica.
b) assimétrica, com freqüências desviadas para a direita.
c) assimétrica, com freqüências desviadas para a esquerda.
d) simétrica, com freqüências desviadas para a direita.
e) simétrica, com freqüências desviadas para a esquerda.

23. (FCC/2007) Numa pesquisa realizada com 300 famílias, levantaram-se as seguintes
informações:

0 1 2 3 4 5 6
0,17 0,20 0,24 0,15 0,10 0,10 0,04

Com base nestas informações a média e a mediana do número de filhos são dadas,
respectivamente, por
a) 2,27 e 3
b) 3 e2
c) 2,27 e 2
d) 2,5 e 3,5
e) 2,5 e 3

221
httiiiitil
Nonato de Andrade

24. (FCC/2007) Se a média e a variância da variável aleatória X são 12 e 80 respecti­


vamente, então a média e a variância da variável aleatória Y = X/4 + 1 são dadas
respectivamente por
a) 4 e 20
b) 4 e 5
c) 3 e 20
d) 4 e 21
e) 3 e 5

25. (FCC/2007) Para se estudar o desempenho das corretoras de ações A e B, selecionou-


se de cada uma delas amostras aleatórias das ações negociadas. Para cada ação
selecionada computou-se a porcentagem de lucro apresentada durante o período
de um ano. Os gráficos a seguir apresentam os desenhos esquemáticos relativos à
porcentagem de lucro das amostras de A e B durante o período citado.

Desenho Esquemático

Corretora A Corretora B

Relativamente à porcentagem de lucro obtida por essas corretoras pode-se afirmar que
a) exatamente 25% dos valores de A são inferiores a 55.
b) menos de 50% dos valores de B são superiores a 55.
c) o maior valor de A é 60,
d) os valores de A apresentam maior variabilidade que os de B.
e) os valores de B apresentam assimetria positiva.

26. (FGV/2007) O relativo de preços de março de 2006 com base 100 em fevereiro
de 2006 é 125. Qual é o relativo de preços de fevereiro de 2006 com base 100 em
março de 2006?
a) 72
b) 75

222
liiiihinl
Capitulo 5 - Estatística ^

c) 80
d) 85
e) 90

27. (FGV/2007) Analise as afirmativas a seguir, a respeito da mediana:


I. A soma dos resíduos em relação à mediana é sempre igual a zero.
II. É em relação à mediana que a soma dos valores absolutos dos resíduos é mínima.
III. É em relação à mediana que a soma dos quadrados dos resíduos é mínima.
Assinale:
a) se somente a afirmativa II estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

28. (FGV/2007) O intervalo de 95% de confiança para a média populacional é:


a) 4,2 ± 0,49
b) 4,2 ± 0,64
c) 4,2 ± 0,71
d) 4,2 ± 0,75
e) 4,2 ± 0,81

29. (FGV/2007) O intervalo de 95% de confiança para a variância populacional é:


a) (0,88, 2,79)
b) (0,72, 3,05)
c) (0,64, 3,20)
d) (0,55, 3,16)
e) (0,44,3,44)

30. (FGV/2007) Uma amostra aleatória de tamanho 400 revelou que 64% dos torcedores
brasileiros acham que conquistaremos o hexacampeonato mundial de futebol. O
intervalo de 95% de confiança para a proporção de torcedores na população que
acreditam no hexacampeonato é:
a) 64% ± 3,9%
b) 64% ± 4,2%
c) 64% ± 4,7%
d) 64% ± 5,1%
e) 64% ± 5,6%

223
imiluiil
Nonato de Andrade

31. (FGV/2007) Analise as afirmativas a seguir, a respeito da média aritmética:


I. A soma dos resíduos em relação à média aritmética é sempre igual a zero.
II. É em relação à média aritmética que a soma dos valores absolutos dos resíduos
é mínima.
III. É em relação à média aritmética que a soma dos quadrados dos resíduos é
mínima.
Assinale:
a) se somente a afirmativa II estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

32. (IRB/2007) Considere a seguinte distribuição de freqüência relativa à idade dos


freqüentadores de uma academia de ginástica, no horário da tarde:

Faixa Etária N° Freqüentadores


(Classe)
15 |--------25 100
25 |--------35 50
35 |—----- 45 40
45 |--------55 30
Total 220

Leia atentamente as afirmativas abaixo, assinale com (F) aquelas que considera
FALSAS e com (V) aquelas que considera VERDADEIRAS e marque a alternativa
que apresenta a seqüência considerada CORRETA.
() A mediana desses dados é 27 e a média é 30.
( )A média desses dados é 30 e o desvio-padrão é 118,72.
() A mediana desses dados é 30 e a variância é 118,72.
() A variância desses dados é 118,72 e a média é 30.
a) O V, F> F, V.
b)() V,V,F,F.
c)()F,F,F,F.
d) () F, V, V, F.

224
hinJiinl
Capítulo 5 - Estatística

33. (IRB/2007) Uma prova de matemática foi aplicada a alunos de diversas turmas de
uma mesma série de uma determinada escola. Os resultados estão apresentados
na tabela abaixo:

Turma • . N o t a s - •
A 10 8 9 9 8 10 10 8
B 9 7 9 7 9 9 7 8 7
C 10 4 7 5 9 7
D 6 8 5 7 8 7 8
E 8 4 3 2 7 9 4 8 8 7

Leia atentamente as afirmativas abaixo, assinale com (F) aquelas que considera
FALSAS e com (V) aquelas que considera VERDADEIRAS e marque a alternativa
que apresenta a seqüência considerada CORRETA.
( ) A turma E apresenta a menor média e a segunda maior variância.
() A turma A apresenta a maior média e a menor variância.
() Apenas uma das turmas avaliadas apresenta variância superior à média.
() As turmas C e D apresentam a mesma média, mas a turma C apresenta menor
variabilidade.
a) ()F,V,V,F.
b)()V,F,F,V.
c)()V,F,V,V.
d) () F, V, V, V.

34. (IRB/2007) Considere o seguinte diagrama de ramo-e-folhas:

2 5 8 8
3 0 1 2
4 5 5 5
5 0 5 8
6 3 4 8
7 3
A média, a mediana e a moda desse conjunto de dados são, respectivamente:
a) () 47, 45, 45.
b) ( ) 47, 47,45.
c) () 47, 46,45.
d) () 45,45,45.

22 5
hinhwl
Nonato de Andrade

35. (AFRF/2002) Para a solução das questões de números 35 a 39 utilize o enunciado


que segue. O atributo do tipo contínuo X, observado como um inteiro, numa
amostra de tamanho 100 obtida de uma população de 1.000 indivíduos, produziu
a tabela de freqüências seguinte:

.• Classes : : Freqüência (f)"V


29,5-30,5 4
39,5-49,5 8
49,5-59,5 14
59,5-69,5 20
69,5-79,5 26
79,5-89,5 18
89,5-99,5 10
(AFRF/2002) Assinale a opção que corresponde à estimativa da mediana amostrai
do atributo X.
a) 71,04
b) 65,02
c) 75,03
d) 68,08
e) 70,02

36. (AFRF/2002) Assinale a opção que corresponde à estimativa do número de indiví­


duos na população com valores do atributo X menores ou iguais a 95,5 e maiores
do que 50,5.
a) 700
b) 638
c) 826
d) 995
e) 900

37. (AFRF/2002) Assinale a opção que corresponde ao valor modal do atributo X no


conceito de Czuber.
a) 69,50
b) 73,79

226
Intthml
Capítulo 5 - Estatística

c) 71,20
d) 74,53
e) 80,10

38. (AFRF/2002) Assinale a opção que corresponde ao desvio absoluto médio do


atributo X.
a) 16,0
b) 17,0
c) 16,6
d) 18,1
e) 13,0

39. (AFRF/2002) Assinale a opção que dá o valor do coeficiente quartílico de assimetria.


a) 0,080
b) -0,206
c) 0,000
d) "0,095
e) 0,300

40. Uma variável contábil Y, medida em milhares de reais, foi observada em dois
grupos de empresas apresentando os resultados seguintes:

' 'v Grupo V Médía v Desvio padrão


A 20 4
B 10 3
Assinale a opção correta.
a) No Grupo B, Y tem maior dispersão absoluta.
b) A dispersão absoluta de cada grupo é igual à dispersão relativa.
c) A dispersão relativa do Grupo B é maior do que a dispersão relativa do Grupo A.
d) A dispersão relativa de Y entre os Grupos A e B é medida pelo quociente da
diferença de desvios padrão pela diferença de médias.
e) Sem o conhecimento dos quartis não é possível calcular a dispersão relativa nos
grupos. |f
Nonato de Andrade

Gabaritos:
Exercícios propostos:
01 .45 alunos tiraram nota 5 e 12 tiraram nota 10
02. a) 5120;
b) não, foi 2,3.
03. a) Ma = 0,5; Mo = 0 e 1; Me = 0,5;
b) Ma « 6,08; Mo = 5; Me = 5;
c) Ma = 3,5; não há moda; Me = 3,5;
d) Ma « 2,89; Mo = 4; Me = 3.
04. M = 70 e N = 87
05. a) 6;
b) 7,5;
c) 5 e 8.
06. a) 0;
b) aproximadamente 0,98%.

Questões de concursos:
01. A 21. D
02. A 22. B
03. B 23. C
04. D 24. B
05. E 25. D
06. A 26. C
07. C 27. A
08. E 28. A
09. E 29. A
10. A 30. C
11. B 31. C
12. E 32. A
13. E 33. A
14. E 34. C
15. B 35. A
16. A 36. C
17. B 37. B
18. C 38. E
19. A 39. D
20. B 40. C

228
hmititt!
Capítulo 6

Números compCexps e poãnômios

V-;V'V; vVr í : :-l


t> 6.1. Números complexos
> 6.2. Polinômios

6.1. Núm eros complexos

Introdução

E studam os até o m om ento diversas


operações no universo dos núm eros reais.
Com o já m encionam os, no universo dos
reais podemos trabalhar todas as operações
já vistas conjuntamente, assim como tantas
outras que são estudadas até a últim a série
do ensino médio e no ensino superior. Pelo
diagrama ao lado, visualizamos de form a cla­
ra e bem definida que N c Z c Q c 1 , sendo
o conjunto R o mais amplo de todos os que
estudamos até momento.
Porém» os números reais apresentam algumas limitações: não podemos
calcular, no universo dos reais, por exemplo, o valor de V -4 ■Note que 22= 4,
(~2)2= 4 e 2 -2. No universo dos números reais, também não podemos resolver
equações do 2- grau em que A < 0» como nas equações: x2 + 1 - 0, x2 + 9 = 0 e
x2 + 5x + 7 = 0» entre outras.
Devido a essas incongruências e limitações, matematicamente não podemos
definir ou afirmar que exista raiz quadrada de números negativos no universo

229
liitiluti!
Nonato de Andrade

dos reais. Por esse motivo, foi necessário criar um novo conjunto chamado de
números complexos, que na verdade de complexo não tem nada. Acho até, que
melhor seria se esse conjunto fosse chamado de conjunto dos números compostos,
uma vez que apresenta uma parte real e outra imaginária.
Agora podemos definir melhor o porquê de não existir solução em R para
esse tipo de equações. A partir de 1572, com o matemático Raffaeli Bombeli, que
publicou seu tratado de Álgebra, falando sobre as raízes quadradas de números
negativos, começou a surgir um novo conjunto, chamado de conjunto dos nú­
meros complexos e representado por C.
Nesse novo universo dos complexos, aquelas equações com descriminantes
menores que zero (A < 0), que não tinham solução, começaram a ter soluções
complexas. O ponto de partida para solucionar essas equações foi criar o símbolo
i, de imaginário, para substituir a expressão 4 —1 . Logo: i = -7—1 ou i2= -1.
Agora vamos comentar alguns exemplos com resolução de equações em
C, para melhorar o entendimento dessas aplicações.
Exemplo 1: Resolva, no universo dos números complexos, a equação x2 +
1 = 0.
Resolução: observe que a mudança, em relação ao que já estudamos é a
substituição de V - l por i. Assim: x2+ l = 0 - > x 2 = - l ^ > x = ± => x = + i
ou x = -i. S = {~i, i}. Nesse caso dizemos que as soluções são imaginárias.
Exemplo 2 : Resolva a equação incompleta do 2- graux2+ 25 = 0, no universo
dos números complexos.
Resolução: resolvendo como no exemplo anterior, temos: x2 + 25 = 0 =£
x2 = -25 => x = ± V-25 = ±yj25(—l) =» x = ±5i. S = {-5i, 5Í}. As soluções são
imaginárias.
Exemplo 3: Resolva a equação completa do 2a grau x2 ~ 2x + 2 = 0, no uni­
verso dos números complexos.
Resolução: vamos usar a fórmula para a resolução da equação completa
do 2a grau:
2 ± 7 (-2 )2 -4 .1 .2 2 ± V ^4 2±2i 2(1 ±i) . , 0 f .
x= 1---------------- = ----------- = ------- = ----- í = x ± i, logo S = {1 - i,
2 2 2 2
1 + i}. Observe que cada valor do conjunto solução é composto de um a parte real
e outra imaginária.
Agora vamos melhorar a nossa definição usando as noções que já temos.
Um número complexo z é escrito na forma z - a + bi, onde a é a parte real e b a
parte imaginária. Logo, todo número escrito na forma z = a + bi (a, b e R e
i = V=T) é um número complexo e o universo desses números é dado pelo con­
junto C = {z / z = a + bi, a e t e b e R }.

230
liitiimi!
Capítulo 6 - Números complexos e polirtômios

Observe todas as relações de inclusão no


diagrama ao lado:
Veja como estão organizadas as relações
de inclusão: N c Z c Q c R c Ç , Um número
complexo pode apresentar-se de diversas formas,
como:
* z = 2 - + 3 i ^ 2 é a parte real e 3 a parte
imaginária;
* z = 6 - 4 i - > 6 é a parte real e -4 a parte imaginária;
«-z = -7 + i ~ > - 7 é a parte real e l a parte imaginária;
♦ z = 13i -> 0 é a parte real e 13 a parte imaginária. Note que o número é
imaginário puro;
<&z = 8 - > 8 é a parte real e 0 a parte imaginária. Veja que o número é real;
♦ z = i - > 0 é a parte real e l a parte imaginária. Note que o número é
imaginário puro;
* z ~ n n - p i - ~ > m é a parte real e p a parte imaginária.
Observações importantes sobre os números complexos:
■fr Deve-se ter sempre em mente que i2 = -1;
♦ A forma de se escrever um número complexo z = a + bi é chamada de
forma algébrica;
♦ Sendo a = 0, então teremos z = bi, que é chamado de número imaginário
puro, ou simplesmente número imaginário;
♦ Sendo b = 0, então teremos z = a, que é um número real.

Igualdade entre números complexos

Dados dois números complexos, só podemos afirmar que são iguais se, e
somente se, tiverem a mesma parte real e a mesma parte imaginária. Assim: a +
bi = x + y i ^ a = x e b = y.
Exemplo-. Determine o valor de x e y na igualdade de complexos 7 - 9i = x + yi.
Resolução: comoa-s-bi = x + yi<=>a = x e b -y ,e n tã o : 7 —9i = x + yi. Logo
x - 7 e y - -9.

Adição e subtração de números complexos

Sendo dados dois números complexos zx= a + bi e z2 = x + yi, dizemos que:

231
liiultiitl
Nonato de Andrade

♦ Zj + z2 = (a + x) + (b + y)i> onde (a + x) é a parte real e (b + y)i a parte


imaginária;
♦ z - z2 = (a - x) + (b - y)i, onde (a - x) é a parte real e (b - y)i a parte
imaginária.

Exercícios comentados

01. Dados os números complexos z, = 3 - 5 i e z 2 = 4 + 4i, calcule z, + z2e z, - z,.


Aplicando as definições vistas, temos:
zt + z2 = (3 + 4) + (-5 + 4)i = 7 - i
Zj - z2 = (3 —4) + (-5 - 4)i = -1 - 9i

02. Sendo os números complexos z2 = -7 + 5i e z2 = 3 - 6i, calcule z2 + z} e


z2- z r
Temos que:
z2 + z, = (3 - 7) + (-6 + 5)i = -4 - i
Z2 - z, = (3 + 7) + ( - 6 - 5)i = 10 - lli

03. Determine m para que z = (2m +5) + 3i seja um número imaginário puro.
Note que (2m +5) é a parte real que deverá ser igual a zero. Logo, 2m + 5 =
5
0 => m = — .
2

Exercícios propostos

01. Sejam os números complexos zx- m + 3i e z2 = 3 - ni. Determine m e n para que


z, + Z 2 = 2(5 + 2i).

02. Dadas as equações abaixo, encontre as respectivas soluções nos complexos:


a) x2+ 36 - 0
b) x2 + 7x + 20 = 0
c) x2+ 2x + 2 = 0

232
Imihnit
Capítulo 6 ~ Números complexos e polinômios

03. Encontre k de modo que z = (k2- 4) + (k ~ 2)i seja imaginário puro.

04. Determine os números reais a e b tal que (a + b) + (a - b)i = 4 + 2i.

05. Determine m e n para que z1- z2= 3 + 2i, sendo z} = m + ni e z2= 2 - 2i.

06. Sendo zx= 2 + ki e z, = 3 + 4i, obtenha k tal que z 2- z l = zl - l - 3i.

07. Dados os complexos z( = 2 + 3i, z, = -3 - i e z3= 4 - 2i, determine:


a) z1+ 3z, - z3
b) 2z{- 5(z3 + z2). fi

Multiplicação de números complexos

Dados doís números complexos quaisquer, a multiplicação é feita como num


produto entre fatores algébricos, em que só podemos somar ou subtrair os termos
semelhantes. Na multiplicação entre números complexos, só podemos somar ou
subtrair parte real com parte real e parte imaginária com parte imaginária.
Exemplo 1: Sendo os números complexos Zj = 5 + 3i e z2= 4 - 2i, determine
ZiZ2-
Resolução: ztz2~ (5 + 3i)(4 ~ 2i) = 5.4 + 5.(~2i) 4* 3i.4 + 3i.(-2i) = 20 - lOi +
12i - 6i2 = 20 + 2i - 6(-l) = 20 + 2i + 6 = 26 + 21.
Exemplo 2 : Dados os números complexos z = 1 + 2i e z2= 3 - 5i, determine
Z2Z1‘
Resolução: z2z| = (3 - 5i)(l + 2i) = 3.1 + 3.2i -i- (-5i).l +(-5i).2i = 3+ 6i - 5i
- 10i2 = 3 4 - i ~ 10(-1) = 3 4- i + 10 = 13 + i.

Conjugado de um número complexo

O conjugado de um número complexo z = a + bi é indicado por z , onde o


sinal da parte imaginária é trocado, assim: z = a - bi. Logo, o conjugado de z =
a + bi é z - a - bi. Observe os exemplos de conjugados a seguir:
♦ Zj = 2 —8i —
^ Zj —2 4* 8i.

233
liHthnil
Nonato de Andrade

♦ z2 = -7 + 4i => z2 = -7 - 4i.
♦ z3 = 6 + 3i =£ z3 = 6 - 3i.

Observações importantes sobre os conjugados. Sendo z = a + bi, temos que:


♦ z + z é sempre um número real, pois z + z = a + bi + a - b i = 2a.
♦ z - z é sempre um número imaginário puro, pois z - z = a + bi - (a - bi)
= a +bi - a + bi = 2bi.
♦ z.z é sempre um número real positivo, uma vez que z. z = (a + bi).(a - bi)
= a2 - abi + abi -- b2i2 - a2 - b2i2 - a2- b2(~l) = a2 + b2.

Propriedades dos conjugados

♦ Sendo z = a + bi, então o conjugado de z será z = a - bi e z = a - b i


(conjugado do conjugado) = a + bi. Então: z = z.
♦ O conjugado da soma é igual à soma dos conjugados: zt + z2 = Zj + z2.

♦ O conjugado do produto é igual ao produto dos conjugados: z} -z2 ~

W _

♦ O conjugado de uma potência é igual à potência do conjugado: zn = zn


(n e N).

Divisão de números complexos

Conhecendo os detalhes dos conjugados, agora podemos ver o processo


da divisão dos números complexos. Sendo dados dois números complexos, z ~
z{
a ■+■bi e z2 = x + yi, para se obter a forma algébrica do quociente — , com z2 ^
Z2

0> multiplicamos o numerador e o denominador da fração por z 2 (conjugado

z
do denominador). Desse modo não alteramos o valor da fração — , e ainda eli-
z2
minamos a parte imaginária do denominador. Isso é possível porque o produto
de z2. z2 é sempre um número real não-negativo. Desse modo, obtemos a forma
algébrica.

234
iimliiiil
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

Z
Exemplo: Sendo os complexos z, = 3 + 21 e z, = 5 + 41, calcule — .
Z 2
Resolução:
z i _ 3 + 2i _ 3 + 2i 5 —4i I5 -1 2 i + 101-8i2 _ 2 3 -2 Í 23 _ 2 .
z? ~ 5 + 4i _ 5 + 4i 5 - 4 i ~ 2 5 -1 6 Í2 ~ 25 + 16 ~~ 41 ~ 41 1

Exercício comentado

04. D eterm ine o complexo x tal que (2 + i).z - (1 + 3i). z = 7 - 5i.


Vamos fazer a substituição pela parte algébrica (z - a + bi, z = a - bi) de cada
número complexo. Assim, teremos: (2 + i).(a + bi) - (1 + 3i).(a - bi) = 7 - 5i
=» (2a + 2bi + ai + bi2) - (a - bi + 3ai - 3bi2) = 7 - 5i =^> 2a + 2bi + ai - b - a
+ bi - 3ai ~3b = 7 - 5 i = » a - 2ai - 4b + 3bi = 7 - 5 i = > a - 4 b - 2ai + 3bi = 7
a - 4b = 7
- 5i => a - 4b - (2a - 3b)i = 7 - 5i. Ficamos com o sistema: , n ^
2a - 3b = 5

i 1 T 9 T 1 9 .
Resolvendo o sistema, temos: a - — e b = — . Logo, z = ---------. í.
5 5 5 5

Exercícios propostos

08. Efetue as operações:


2 —i
a)
1 +i
1—i 3 + i
b) — : + -------;
2 + Í 1 —2i
09. Efetue as divisões de complexos:
x 2 —3i , 1 —4i
a) ------- c) -------
-1 + i 2i
2 + 3i l ~ 3 i l + 2i
b) —:— d)-~— ^ :
i 4 —i 3+5i

235
innltiül
Nonato de Andrade

10. Sendo z5= 1 + 3i e z2= 2 + 4i, calcule:


a) zr z2
z,
b)

11. Se Zj = 1 - 2i, z2 = 2 + i e z3 = 3 + i, calcule Z* 2,1 .


z3 ê
&

Potências de i

Inicialmente vamos definir as potências de i, da mesma forma como defi­


nimos as potências de números naturais. Assim, para i (in, n e N), temos:
♦ i° = 1.
♦ i* = i.
♦ i2 = -1. Da definição dos números complexos.
>i „ _ i
*
11

+ i4 = !i2" —1(—1) —1
♦ i5 = i = 1. i = i
♦ i* = i2 = 1(—1) ——1
♦ i7 = i3= 1 (—i) = - i
♦ 18 = i4 - 1 . 1 = 1
♦ i* = i —1. i = i
♦ iW= 8i2 = 1(~1) = -1
♦ i“= °i= -1 . i = -i

Observe que os valores vão se repetindo de 4 em 4. Por exemplo, í° - i4 = is


... = i4n = (i4)n = l n= 1, e assim por diante. Então, podemos definir que:
4 =
♦ i° = i 8 = . . . = i 4n = ( i 4) n = l n = 1 .
5 _
♦ i1= i 9 = . . . = i 4n + 1 = i 4 n i = 1 , i = i .

♦ i2 = 6 _ _ > = i 4n + 2 = 4 n j3 = =
i 10= .

♦ i3 = 7 _ £11 _ = i 4n^3 = 4n j 2 = _

Desse modo, podemos concluir que, para determinar uma potência de i


superior a 4, basta dividir o expoente de i por 4 e elevar i ao resto da divisão.

236
hiiiinnl
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

Exemplo: Calcule as seguintes potências de i:


a) i11
11 + 4 = 2 e resto 3, logo ficamos com i3= P.i = -L

b )i85
85 4 = 21 e resto 1, logo teremos i1= i .

c) i138
138 h- 4 - 34 e resto 2, logo ficamos com i2 = -1.

| Exercícios propostos

|243 __ -28
12. Calcule o valor da expressão:
i13

13. Encontre os valores das expressões abaixo:


a) í107
b) i300 - i200

C) -12

i8- i 21
d) :— _
’ ^20

■421
c) —
i18 I

Representação gráfica de um número complexo

Para a representação geométrica de um número complexo no plano car-


tesiano, também chamada de plano de Argand-Gauss, escrito na forma z = a
+ bi, marcamos o coeficiente da parte real no eixo Ox e o coeficiente da parte
imaginária no eixo Oy. Observe a situação exposta no gráfico posterior:

237
hitiliinl
Nonato de Andrade

P(a, b)

a x
Observe que a > 0 e b > 0

Observações importantes sobre a representação gráfica:


^ O ponto P, representado no gráfico, é chamado de afixo ou imagem
geométrica de z.
* O plano é chamado de plano complexo ou plano de Argand-Gauss.
* O eixo Ox é chamado de eixo real e é representado por Re.
* O eixo Oy é conhecido como eixo imaginário e é representado por Im.
Exemplo: Vamos fazer a representação gráfica dos números complexos zl
- 2 + 3i e z2 = -2 + i.
Resolução: observe que o ponto Pi (2, 3) é o afixo ou imagem geométrica
de Zj e o ponto P2 (-2,1) é o afixo ou imagem geométrica de zr Então, fazendo a
representação no plano complexo, temos:

>kIm
3 ^(2,3)

P2 (-2, 1) j

Re
-2 0 2

Exercícios propostos

{
2. 2 = 9
_

(z)2= z2
são vértices de um polígono. Qual é a área desse polígono?
238
iüiihíiil
Capítulo 6 - Números complexos e polirtômios

15. (UF-CE) Calcule a área do retângulo cujos vértices são as imagens, no plano car-
tesiano, das raízes da equação z5+ z2+ z = 0, tendo como universo o conjunto dos
números complexos. fê

Módulo de um número complexo


Sendo z = a + bi a forma algébrica de um número complexo, cuja imagem geo­
métrica é o ponto P(a,b), e supondo que P_pertença ao primeiro quadrante, podemos
unir P à origem O pelo segmento de reta OP, como é mostrado no diagrama abaixo:

O triângulo PQO formado na figura é retângulo em Q. Usando o teore­


ma de Pitágoras, podemos determinar o módulo de |Zj, ou seja, jZ[ = Va2 + b 2.
Assim, podemos afirmar que o módulo |Zj de um número complexo é a distância
de seu afixo à origem do plano de Argand-Gauss.
A medida de OP é chamada de módulo de um número complexo, repre­
sentado por p (letra grega que significa rô).

$ Exercícios propostos

16. Determine o módulo dos seguintes números complexos:


a) Zj = 1 - i
b) z2 = -41
c) z3 = 3
d) z4 = 2 + 3i

17. Calcule o módulo dos números complexos:


a) Zj = -4 + 3i
b) z2 = -i
c) Z3 = (0 ,1 1 )
d) z4= (-1, -2) |

239
ínultmí
Nonato de Andrade

Argumento de um número complexo

Vamos voltar à figura já analisada para definir


o módulo de um número complexo. Analisando mais
uma vez a figura ao lado, vemos que:

Se considerarmos 0 o ângulo formado pela semi-reta OP e o semi-eixo


real não-negativo, tomado a partir desse semi-eixo real, no sentido anti-horário,
definimos que 0 é o argumento principal ou argumento de z> onde:
♦ 0 é tal que 0 < 0 < 2n.

♦se „ 9 = ^ = t .
OP p

. cose=2 2 = ^ .
OP p

Forma trigonométrica ou polar de um número complexo

Dado um número complexo na forma algébrica z = a + bi ^ 0, o argumento


de z será dado por:

♦ sen0 = b = p.send.
OP p
OQ
♦ cos0 ~ p.cosB.
OP p.senO
Agora vamos substituir esses valores na forma algébrica dos números com­
plexos: z = a + bi=>z = p.cosQ + p.send.i; colocando p em evidência, ficamos com
z = p(cos0 + i.senQ). Essa é a forma trigonométrica de um número complexo.

% Exercícios propostos
*
18. Encontre o argumento dos números complexos:
a) z = -v/3 + i.
b) z= 3i.
c) z = 11.
d) z = -1 - y/s i.

240
I iu i Ejiie !

............ .■
.■
.■
.■
.■
.■
.■
.■
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.‘.‘.‘.‘.‘.‘.‘.‘.‘.‘.‘.‘.‘.‘.‘.‘.v..........................■■■v.v.v.v.v.v.v.v.v.......
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

19. Escreva a forma trigonométrica dos seguintes números complexos:


a) z = 1 + V3 i.
b) z = -2i.
c) z = 4.
d) z = 1 + i.

6.2. Polinômios

Definição

Chamamos de polinômio num a variável x toda expressão matemática na


forma: P(x) = an xn + a n-l, xn_1 + an-2, xn'2 + ... + a,2x2 + a,1x + 0an) em
^ que:
♦ x é chamada de variável do polinômio.
♦ n e f f , sempre obedecendo a uma ordem decrescente, e o seu valor de­
termina o grau do polinômio.
♦ an3
, a n-r„ a h-2’
, , . . . , a.,a,,
2’ r aA
0 são chamados de coeficientes do *polinômio.
Observe nos exemplos seguintes algumas expressões consideradas polino-
miais e outras não, com a indicações dos seus respectivos graus:

♦ x4+ 3x3 -- 6x2 - lOx + 7 é considerada um polinômio de grau 4.


♦ -8x3 + 10x2 - 5x + 9 é considerada um polinômio de grau 3.
♦ r 3 -§- x2 - 2x - 8 ->• não representa um polinômio, pois o valor -3 € N.

♦ x 1/2 + x2 - x + 4 -> não é considerada um polinômio, porque — £ N.

A palavra polinômio assumiu um sentido genérico para designar diver­


sas expressões algébricas. Entretanto, num sentido restrito, denominamos as
expressões algébricas conforme o número de elementos que cada uma possui.
Acompanhe essas denominações nas expressões abaixo:
♦ 3x -> monômio.
♦ 5x + 9 binômio.
+ x2 - 9x - 8 -» trinômio.
♦ x 3 + 4x2 - 7x + 4 polinômio.

Como a expressão polinômio ganhou um sentido mais amplo e genérico,


podemos chamar de polinômios todas as expressões anteriores.

241
iitiiiftiif
Nonato de Andrade

Grau de um polinômio

Como você já pôde observar, em um polinômio de uma variável x, o grau


é determinado pelo maior expoente dessa variável. O grau indica o número de
raízes do polinômio e é sempre um número natural. Portanto, qualquer expoente
que não seja natural descaracteriza a expressão como um polinômio.
Sendo o coeficiente an& 0, então o expoente máximo n é dito grau do po­
linômio e indicamos gr(P) = n. É importante lembrar que não definimos grau
para um polinômio do tipo P(x) = 0.
Exemplos:
♦ P(x) = 4 ou P(x) = 4. x°. Nesse caso temos um polinômio constante. Para
polinômios constantes, o grau é igual a zero, gr(P) = 0.
♦ P(x) = 5x + 3. Esse é um polinômio do Io grau, logo gr(P) = 1.
♦ P(x) = 6x5+ 4X4 + 8x3 + x2+ 7x. Esse é um polinômio do 5o grau, então
gr(P) = 5.

» Exercício comentado

05. Dadas as expressões abaixo, quais são polinômios? Para os polinômios


indique o grau.
a) -3x5+ 8 X 3 - 12x + 5.
b) 6y2 - 5y + 1.
c) 3x2+ 2x - 6.
d) y2/3 - 7y + 5.

a) É considerado um polinômio de grau 5.


b) É um polinômio de grau 2.
c) Não é um polinômio, pois -2 N.

d) Não é um polinômio, porque — € M.


3 ê%v>

Valor numérico de um polinômio

Valor numérico de um polinômio P(x) para x = a, a 6 C» é o número que


encontramos quando substituímos x por a e efetuamos os cálculos. Normalmente
indicamos o polinômio por P(x) e representamos por P(a).

242
iittiiiini
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

Exemplo: Determine o valor numérico do polinômio P(x) - 2x3 + 3x2 - 1


para x = -1.
Resolução: substituindo a variável x por -1, temos: P(-l) = 2.(-l)3 + 3(~1)2
- 1 = 2.(-l) + 3.1 - 1 = -2 + 3 - 1 = 0.
Note que nessa situação P(a) = 0. Sendo P(a) = 0, o número a é cha­
mado de raiz ou zero de P(x). Logo* no polinômio P(x) = x2- 3x + 2, para x
= 1, temos que P(l) = 0; nesse caso, dizemos que 1 é um a raiz ou zero desse
polinômio.

t Exercícios comentados

06. Sendo -3 uma das raízes de P(x) = x3+ 4x2- ax + 1, encontre o valor de a.

Se -3 é raiz de P(x), podemos definir que P(~3) = 0. Logo, P(~3) = (-3)3+


4.(~3)2~ a.(~3) + 1 = 0. Resolvendo, encontramos a = -10/3.

07. Determine m e I d e modo que o polinômio P(x) = (m2- l)x3+ (m + 1)


x2- x + 4 seja do:
a) 3o grau.
b) 2o grau.
c) Io grau.

a) Note que, para o polinômio ser do 3o grau, o coeficiente de x3 precisa


ser diferente de zero. Logo, para m2- l & 0, temos m & ± 1, ou seja, m *
l o u m ? í -1. Então, o polinômio só será do 3o grau se m não assumir os
valores r a = l o u m = - l.
b) Observe que, para o polinômio ser do 2o grau, o coeficiente de x3precisa
ser igual a zero e o coeficiente de x2 diferente de zero. Logo, para m2- 1
= 0, temos m = ± 1, ou seja, m = 1 ou m = -1. Para m + 1 * 0, temos m
* -1, logo m não pode assumir o valor igual a -1. Então, o polinômio só
será do 2o grau se m = 1.
c) Comparando as respostas anteriores, resolvemos a questão. Vemos que,
para o polinômio ser do Io grau, os coeficientes de x2e x3devem ser iguais
a zero. Logo, para m2- 1= 0, temos que m = ± 1, e para m + 1 ~ 0, temos
m - -1. Portanto, o polinômio é do Io grau sem = -1.

243
hiuiinil
Nonato de Andrade

Exercício proposto

20. Dado um polinômio P(x), do 3o grau, com coeficiente de x3igual a 1, sendo P(l) =
P(2) = 0 e P(3) = 30, calcule o valor de P(-l).

Polinômios idênticos

Dois polinômios são idênticos quando seus coeficientes de termos de


mesmo grau ou semelhantes são iguais. Em outras palavras, dizemos que dois
polinômios P(x) e H(x) são iguais ou idênticos, e indicamos por P(x) = H(x),
quando assumirem valores numéricos iguais para um mesmo valor atribuído à
variável x em ambos. Dizemos ainda que um polinômio é identicamente nulo
quando possuir todos os seus coeficientes iguais a zero.
Saber aplicar corretamente os procedimentos matemáticos para os polinô­
mios idênticos é uma ferramenta que facilita muito a resolução de diversos cálculos.
Exemplo: Determine os valores de a, b e c na expressão x2- 2x + 1 55 a(x2
+ x + 1) + (bx +c).(x + 1).
Resolução: desenvolvendo o segundo membro da expressão, ficamos com:
x2- 2x + 1 = ax2-f ax + a + bx2+ bx + cx + c. Agora vamos fatorar o segundo
membro, colocando os termos procurados em evidência, em três grupos, para
podermos comparar com o primeiro membro da expressão: x2- 2x + 1 = (a + b)
x2+ (a + b + c)x + (a + c). Note que podemos formar três equações com os valores
encontrados, compondo o sistema de equações seguinte:
I a+b = 1
< a + b + c = -2
[a+c= 1
Resolvendo o sistema, encontramos os valores: a = 4, b = -3 e c = -3.

Js Exercícios propostos

21. (UE-PÍ) Sabendo que os polinômios Pj(x) = x3 - 5 e P2(x) = (x2 + px + q)(x - 2) +


3 são idênticos, determine o valor de p + q.

22. (UF-PE) Determine p, q reais, tais que x(x + l)(x + 2)(x +3) + 1 = (x2 + px + q)2.
Indique p2+ q3.

244
Ieiiiíeiji)
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

23. Os polinômios P(x) e Q(x) são tais que o grau da soma P(x) + Q(x) é 3 e o grau da
diferença P(x) - Q(x) é 4. Qual o grau de P(x).Q(x)? sf

Operações com polinômios


As operações de adição, subtração e multiplicação de polinômios são realiza­
das conforme os princípios operatórios da álgebra vistos nos capítulos iniciais deste
livro. Vamos trabalhar essas operações com exercícios comentados e propostos. A
divisão de polinômios será estudada à parte logo em seguida.

Adição de polinômios
Vamos usar os mesmos polinômios F(x) - 2x3 + x2 - 3x + 8 e G(x) = -3x2
+ 7x - 5, para m ostrar o processo de adição e subtração. Assim você identificará
melhor as semelhanças e diferenças.

h Exercício comentado

08. Dados os polinômios F(x) = 2x3 + x2 - 3x + 8 e G(x) = ~3x2 + 7x - 5, deter­


mine a soma de F(x) + G(x).
Só podemos somar ou subtrair os termos que são semelhantes dos polinô­
mios. Ou seja, x2 com x2, x com x e assim por diante. Então: F(x) + G(x) =
(2x3 + x2 - 3x + 8) + (-3x2 + 7x - 5) => F(x) + G(x) = 2x3 + x2 - 3x2 - 3x +
7x + 8 ~ 5 => F(x) + G(x) - 2x3 - 2x2 + 4x + 3. Note que na adição podemos
retirar os parênteses e efetuar diretamente as operações.

Subtração de polinômios
Usando os mesmos polinômios F(x) = 2x3 + x2 - 3x + 8 e G(x) = -3x2 +
7x - 5, vamos realizar o processo da subtração de polinômios.

f' Exercício comentado

09. Dados os polinômios F(x) = 2x3 + x2- 3x + 8 e G{x) = -3x2+ 7x - 5, deter­


mine a diferença de F(x) - G(x).

245
iiiiiliiiii
Nonato de Andrade

Como só podemos somar ou subtrair os termos que são semelhantes dos


polinômios, então: F(x) - G(x) = (2x3 + x2 - 3x + 8) - (-3x2 + 7x ~ 5).
Agora lembre-se de fazer o jogo dos sinais, trocando todos os sinais do
segundo parêntese. Assim: F(x) - G(x) = 2x3 + x2 - 3x + 8 + 3x2 - 7x
+5 F(x) + G(x) = 2x3 + x2 + 3x2 - 3x - 7x + 8 + 5 =4> F(x) - G(x) -
2x3 + 4x2 - lOx + 13. Observe que na subtração não podemos retirar os
parênteses e efetuar diretam ente as operações, pois prim eiro temos que
fazer o jogo dos sinais.

Multiplicação de polinômios

A multiplicação é feita como um produto qualquer entre expressões algé­


bricas. No caso da presença de expressões com potências, como (x - 2)2, (x2 + 7x)3,
resolvemos os produtos notáveis normalmente.

| Exercício comentado

10. Sendo os polinômios F(x) = 5, P(x) = 3x + 8, G(x) = x2 + 7x e H(x) = x +


2, calcule:
a) F(x).G(x).
b) G(x).H(x).
c) P(x).F(x).
d) F(x)2.G(x)2.
e) P(x)2 + H(x)2.
f) F(x).P(x) + G(x).H(x).

a) F(x).G(x) = 5.(x2 + 7x) = 5x2 + 35x.


b) G(x).H(x) = (x2 + 7x).(x + 2) = x3 + 2x2 + 7x2 +14x = x3 + 9x2 +14x.
c) P(x).F(x) = (3x + 8).5 = 15x + 40.
d) F(x)2.G(x)2 = 52.(x2 + 7x)2 = 25.(x4 +14x3+ 49x2) = 25X4+ 350x3 +
1.225x2.
e) P(x)2+ H(x)2 = (3x + 8)2+ (x + 2)2- (9x2 + 48x + 64)+ (x2 + 4x + 4) = 10x2
+ 52x + 68.

246
íiih Ii i i i ]
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

f) F(x).P(x) + G(x).H(x) = 5.(3x + 8) + (x2 + 7x).(x + 2) = (15x + 40) + (x3 +


2x2 + 7x2 + 14x) = x3 + 9x2 + 29x + 40. #*\

Divisão de polinômios

Dados dois polinômios P(x) e D(x), com D(x) diferente de zero, para efetu­
armos a divisão de P(x) por D(x), devemos realizar um a operação que determine
dois polinômios Q(x) e R(x), que possam satisfazer a duas condições: Q (x). D(x)
+ R(x) = P(x) e gr(R) < gr(D) ou R(x) = 0. Essa relação está melhor representada
no esquema abaixo:

P(x) | D(x)
R(x) Q(x)

Como em qualquer divisão, P(x) - D(x).Q(x) + R(x). Esse dispositivo tam ­


bém é conhecido como método da chave de Descartes, onde:
* P(x) -> é o dividendo da operação.
♦ D(x) ■-> é o'divisor da operação.
♦ Q(x) é o quociente da divisão.
* R(x) -> é o resto da divisão.

Como uma conseqüência da própria definição, observe que, se na divi­


são de um polinômio P(x) por um polinômio D(x) encontramos o resto R(x) =
0, então dizemos que a divisão é exata e que o polinômio P(x) é divisível pelo
polinômio D(x). Em outras palavras, se D(x), é divisor de P(x) então R(x) = 0. É
importante lembrar que, antes de efetuarmos a divisão de um polinômio do tipo
P(x) - x4- 2x3 - x + 9 por G(x) - x2 + 2, é conveniente completar os coeficientes
que são iguais a zero nos dois polinômios. Assim: P(x) = x4- 2x3+ 0x2 - x + 9 e
G(x) = x2 + Ox + 2.

Exercícios comentados

11. Efetue a divisão de polinômios: (8x3 + 4x2 - 21x + 7) + (2x2 - 6x + 3).

247
imiUiiiE
Nonato de Andrade

8x3 + 4x2 - 21x + 7 | 2x2 - 6x + 3


-8x3 + 24x2 - 12x4x + 14 -* é o quociente da divisão
+ 28x2 - 33x + 7
-28x2 +84x - 42
51x - 35 -» é o resto da divisão

Observe que podemos resumir todo o processo em três passos práticos:


* P - Dividimos o primeiro termo do dividendo pelo primeiro termo do divisor;
* 2- - Multiplicamos cada termo do divisor pelo valor encontrado, colo­
cando os valores com sinais contrários, abaixo dos valores semelhantes
do dividendo;
<►3fi - Fazemos a subtração e repetimos os procedimentos até que o gr(R) <
gr(D) ou R(x) = 0.

Para ter a certeza de que a divisão foi realizada de forma correta, podemos
tirar a prova real utilizando a conseqüência da definição abaixo:

8x3 + 4x2 - 21x -f 7 = (2x2 ~6x + 3)-(4x + 14) + (51x-35)


D(x) ' Quõ " R(x)

Desenvolvendo os cálculos, temos: (8x3 + 4x2 - 21x + 7) — (2x2 - 6x -s- 3).


(4x + 14) + (51x - 35) (8x3 + 4x2 - 21x + 7) = (8x3 + 28x2- 24x2- 84x +12x
+ 42) + (51x - 35) =* (8x3 + 4x2 - 21x + 7) = (8x3 + 4x2- 72x +42) + (51x - 35)
-»■ (8x3 + 4x2 - 21x + 7) — (8x3 + 4x2- 21x + 7). Note que a divisão foi realizada
corretamente.

12. Calcule o quociente de P(x) = x4+ x3- 7x2+ 9x - 1 por D(x) - x2+ 3x - 2.

Utilizando o método da chave de Descartes, ficamos com:

x4 + x3 - 7x2 + 9x - 1 | x2+ 3x ~ 2
-x4 - 3x? + 2x2_____ x2 - 2x + 1 ->■ é o quociente da divisão
-2x3 - 5x2 + 9x - 1
+2x3 + 6x2 - 4x
x2 + 5x - 1
-x2 - 3x + 2
2x + 1 -> é o resto da divisão

248
iiin h iiít
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

Exercícios propostos

24. (UF-BA) Sendo P(x) = (m - l)x3+ x2+ x - 1 um polinômio de grau 2 e Q(x) = kx3
+ x2+ 2x + 2 um polinômio que tem -I como raiz, analise as afirmações seguintes,
assinalando V ou F.
a) k.m = 1.
b) P(x).Q(x) é polinômio de grau 6.
c) P(x) tem duas raízes reais.
d) XP(x) - Q(x) = 2 + 3x.
e) O quociente da divisão de Q(x) por x + 1 é x2+ 2.
f) O resto da divisão de Q(x) por P(x) é 3x +2.

25. (UFF-RJ) O resto da divisão de P(x) = x3+ 2x2+ a por Q(x) = x2+1 é um polinômio
cujo termo independente é 8. Determine o valor do número real a.

26. (UF-SC) Se o polinômio 2x3- ax2+ bx + 2 é divisível por 2x2+ 5x - 2, então qual
é o valor de a - b?

27. (UF-MG) Os polinômios Pj(x) =x2- 4 e P2(x) - x2- 7x + 10 dividem o polinômio


P(x) = ax3+ bx2- 12x + c> em que a, b e c são números reais. Determine a, b e c.

A divisão de um polinômio por um binômio do tipo ax + b


Esse caso de divisão de polinômios é especial, pois fundamenta dois teore­
mas muito importantes: o Teorema do Resto e o Teorema de D5Alembert. Vamos
inicialmente calcular o resto da divisão de P(x) = 8x2- 4x + 6 por D(x) = 2x - 1,
utilizando o método da chave:
8x2 - 4x + 6 [ 2x - 1
~8x2 + 4x + 64x ->é o quociente da divisão
6 -> é o resto da divisão

Agora vamos fazer as seguintes observações:


* Note que o resto da divisão foi R(x) = 6;
* Se calcularmos a raiz do divisor, teremos: 2 x ~ l = 0=s>x = 1/2;
* Se calcularmos P(x) para x = 1/2 (raiz do divisor), teremos: P(l/2) =
8.(l/4) - 4(1/2) + 6 -> P(l/2) = 6. Logo, R(x) - 6 = P(l/2). Desse modo,
demonstramos que o resto da divisão de P(x) por D(x) é igual ao valor
numérico de P(x) para x = 1/2, ou seja, igual à raiz do divisor.

249
liittliiiil
Nonato de Andrade

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28. Efetuando a divisão do polinômio -10x2 - llx + 6 pelo binômio 2x + 3, qual o


quociente e o resto da divisão?

29. Qual o quociente e o resto da divisão do polinômio 6x2+ x - 35 por 2x + 5?

30. Calcule o quociente da divisão do polinômio 2x3+ 5x2- 17x + 7 por 2x - 1. p

O Teorema do Resto

Como terminamos de explicar, o resto da divisão de um polinômio P(x)


pelo binômio ax + b é igual a P(~b/a). Observe que -b/a foi o valor da raiz do
divisor.
Exemplo: Encontre o resto da divisão de x2+ 8x - 1 por x + 1.
Resolução: primeiro devemos encontrar a raiz do divisor. Note que: x + 1 -
0, então x = -1. Usando o Teorema do Resto, sabemos que o resto é igual a P(-l).
Então, P(-l) = (~1)2+ 8.(-l) - 1 => P(~l) = 1 - 8 - 1 => P(~l) = -8 = R(x).

f. Exercícios propostos

31. Dados os polinômios P(x) = x4- 2x3+ Ox2- x + 9 e G(x) = x + 2, encontre o resto
da divisão de P(x) por G(x), usando o Teorema do Resto.

32. Encontre o resto da divisão de P(x) por G(x) em cada caso:


a) P(x) = (x - 4)2e G(x) = x - 3.
b) P(x) = x4- 3x2+5x - 1 e G(x) = x + 1.
c) P(x) = -2x5+ x4- 6x3 + 2x + 4 e G(x) = x - 2.
d) P(x) = x5- x2-f 4x - i e G(x) = x + i.

O Teorema de D’Alembert

O Teorema de DAlembert, que também fundamenta-se no Teorema do Res­


to, sendo uma conseqüência lógica do mesmo, afirma que um polinômio P(x) é
divisível pelo binômio ax + b se P(-b/a) = 0.

250
lllllilllll
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

Exemplo: Vamos calcular o valor de k, para que o polinômio P(x) = 2x3+


5x2- kx + 2 seja divisível por x - 2.
Resolução: sendo P(x) divisível por x - 2, logo devemos ter P(2) = 0. Então,
para P(2) = 0 => 2.23 + 5.22 - 2k + 2 = 0=>16 + 2 0 ~ 2 k + 2 = 0 =» k=19.

|| Exercícios propostos

33. Qual deverá ser o valor de k para que P(x) = x*- 2x3+x2+ kx ~ 3 seja divisível por
G(x) = x ~ 3?

34. Determine o valor de k em cada uma das divisões de polinômios:


a) P(x) = 4x2- 3x + k e G(x) = x + 4.
b) P(x) = -x5+ kx2 - 5x + 2 e G(x) = x + 2.

35. (UF-GO) Considere o polinômio P(x) = (x2+ l)(x2- bx + c), em que b e c são nú­
meros reais, e julgue os itens abaixo, assinalando V ou F; explique os falsos:
a) Se 1 e -2 são raízes de P(x), então b = 1 e c = -2.
b) Se b = -1 e c = -6, então p(x) > 0, para -2 <x < 3.
c) Se na divisão de x2-bx + c por x - 3 e x - 1 obtêm-se restos 0 e 2, respectiva­
mente, então P(x) - (x2+ l)(x2- 5x + 6).

36. (UF-MT) Qual é o resto da divisão de P(x) = 5.(x - 3).(x - 2)2.(x - l)3.(x2+ I) por x? íí

A divisão de um polinômio pelo produto do tipo (x - a).(x - b)

Baseados nas definições que estudamos até agora, podemos fazer as se­
guintes observações sobre a divisão de polinômios:
♦ Sendo P(x) divisível pelo produto (x - a).(x - b), então a será a raiz do
divisor x - a, e b será a raiz do divisor x - b;
«• Sendo o divisor o produto (x - a).(x - b), devemos ter P(x) = (x - a).(x - b).
Q(x) + R(x);
«■Sendo o divisor do 2o grau, o resto da divisão de P(x) por (x - a).(x - b)
deverá ser no máximo do Io grau e assim por diante;

251
Itllililill
: Nonato de Andrade

♦ Sendo P(x) divisível por (x - a) e por (x - b), devemos ter resto igual a
zero nos dois casos.

Tomando essas observações como fundamentos, podemos generalizar


o conceito da divisão de um polinômio pelo produto do tipo (x - a).(x - b) da
seguinte forma: se P(x) for divisível por n fatores distintos (x - (x - a2)> ..., (x
- an), então P(x) também será divisível pelo produto (x - a ).(x - a2) ... (x - an).
Exemplo: Sabendo que um polinômio do 2fi grau P(x), quando dividido por
x, dá resto 6, e quando dividido por (x - i)> dá resto 8, calcule o resto da divisão
desse polinômio P(x) quando dividido pelo produto x(x - 1).
Resolução: note que a raiz do divisor x será 0, logo P(0) - 6 , e a raiz do divisor
x - 1 será igual a 1, então P(l) - 8. Sendo um divisor composto do produto x.(x~-l),
devemos ter P(x) = x.(x - l).Q(x) + R(x). Como o polinômio P(x) é do 2a grau,
então o resto da divisão de P(x) pelo produto x.(x - 1) é no máximo do Io grau;
logo, o resto será R(x)= ax + b e o polinômio P(x) = x.(x -l).Q(x) + ax -f b.
Usando essas informações, vamos formar um sistema de equações e re­
solver a questão:
♦ Para x = 0 =» P(0) = a(0)+b =» P(0), como P(0) = 6, então b = 6.
♦ Para x = 1 => P(l) = a(l)+b => P(l), como P(l) = 8, então a + b ~ 8.

Note que fazendo a substituição encontramos b = 6 e a = 2. Então, o resto


da divisão será R(x) = ax + b = 2x + 6.

Exercício proposto

37. Encontre o quociente e o resto da divisão de P(x) = 2x3+ x2- 2x - 13 pelo produto
(x - 3).(x + 1). |

Odispositivo de Briot-Ruffini

Esse é um dispositivo muito prático, que serve para efetuar a divisão de um


polinômio P(x) por um binômio do tipo ax + b de forma simples e rápida.
Exemplo: vamos dividir o polinômio P(x) = -2x3+ x2- 5x + 7 pelo binômio
G(x) = x - 2, usando o dispositivo de Briot-Ruffini.

252
{iminui

.................... ....
Capítulo 6 - Números complexos e poiinômios

Resolução:
* le passo: calculamos inicialmente a raiz do divisor G(x)> colocamos o
resultado à esquerda do dispositivo, e à direita colocamos os coeficientes
ordenados de P(x), como é mostrado abaixo. Note que a raiz de G(x) -
x - 2 é igual a 2.

1 -5

* 2a passo: baixamos o le coeficiente do dividendo (-2) e o multiplicamos


pela raiz do divisor (2). Fazemos (-2). 2 = -4.
+
>
2 -2 1 - 5 7

* - -2
x

* 3Spasso: somamos o produto obtido no passo anterior (-4) com o coe­


ficiente seguinte, e o resultado colocamos abaixo desse coeficiente. Veja
o (-3) abaixo.

2 -2 1 - 5 7

< -2 -3
x

* 4â passo: repetimos o procedimento anterior até o último coeficiente,


como é mostrado abaixo.

— >
2 -2 1 ~5 7

* -2 ..--3
--- -11 *-15'*
\ /
x

253
Ititilimi
Nonato de Andrade

Observe que o último valor obtido (-15), circulado, é o resto da divisão, e a


sua esquerda estão ordenados os coeficientes do quociente Q(x). Neste caso: Q(x)
= -2x2- 3x - 11, nessa ordem. Note que o grau de Q(x) é uma unidade inferior
ao grau de P(x). Isso porque o divisor é de grau 1. É importante observar essa
relação entre os graus dos polinômios, pois assim conseguimos detectar erros
logo numa primeira visualização da divisão.

|f Exercícios propostos

38. Calcule o quociente e o resto da divisão do polinômio P(x) = 3x3- 5x2+ x - 2 pelo
binômio x - 2.

39. Determine o quociente e o resto da divisão do polinômio P(x) = 2X4+ Ox3+ x2- 3x
+ 5 pelo binômio x + 3.

40. (UA-AM) Determine a para que P(x) = xJ - x2+ ax + 7 seja divisível por x + 2.
Forneça, nesse caso, o coeficiente da divisão.

41. (PUC-PR) Na divisão do polinômio F(x) pelo binômio f(x), do ls grau, usando o
dispositivo de Ruffini, encontre o seguinte:

1 a 2a -2a | 8
~4 1 0

Qual o dividendo dessa divisão?

42. Encontre o quociente e o resto da divisão do polinômio P(x) = x2- 4x + 3 por x ~ 2i. g
£

Formas de decomposição de um polmômio em fatores

Fazer a decomposição de polinômios em fatores pode ajudar muito na


simplificação e resolução de vários cálculos. Já vimos esse processo para os
polinômios do 2o grau quando estudamos as equações de 2o grau. Agora vamos
relembrar o procedimento para os polinômios do 2o grau e estender o conceito
para polinômios de grau maior que 2.

254
imriiiui
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

Decompondo o polinômio do 2o grau

Da mesma forma como definimos a fatoração do primeiro membro da


equação do 2o grau, podemos definir a decomposição dos polinômios do 2o grau
em fatores. O polinômio de 2o grau é do tipo P(x) = ax2+ bx + c; que admite duas
raízes, r{ e r2, e pode ser decomposto em fatores do Io grau, como: ax2+ bx + c
= a(x - r,).(x - r,).

|| Exercício comentado

13. Vamos fatorar o polinômio do 2o grau P(x) - x2- 4.


Igualando o polinômio a zero, x2- 4 = 0, e resolvendo a equação, encon­
tramos as raízes = 2 e r2= -2. Agora é só substituir as raízes na definição
a(x - r ).(x - r ). Logo, x2- 4 = (x - 2).(x + 2).

Exercício proposto

43. Apresente a forma fatorada do polinômio P(x) = x2- 7x + 10.

Decompondo o polinômio de grau maior que 2

Agora vamos generalizar o conceito da decomposição de polinômios. Se


o polinômio for de grau maior que 2, como um polinômio genérico, P(x) = anxn
+ an-1,xn'1+... + a,x
1 +0aA>então ele admite n raízes, como: r,,I r,,...>
2 rn. Nesse caso pode-
r
mos decompô-lo em fatores, conforme: anxn+ an_1xn‘i + ... + a ^ + a0 = an(x - r^.
(x - r2)...(x - rn).
É importante observar que, se duas, três ou mais raízes forem iguais, dizemos que
são raízes duplas, triplas, e assim por diante. Uma raiz r do polinômio P(x) é chamada de
raiz dupla ou de multiplicidade 2 se P(x) for divisível por (x - Tj)2, e não por (x - r{)3.

| Exercício comentado

12. Decomponha em fatores do Io grau o polinômio P(x) = 2x3- x2- x.

255
limlmil
Nonato de Andrade

Inicialmente vamos transformar num produto de dois fatores, fazendo a


fatoração, colocando x, que é fator comum, em evidência. Assim: 2x3- x2-
x = x.(2x2- x - 1). Observe que ainda podemos decompor o trinômio do 2e
grau que se encontra entre parênteses. Como r,= l e r 2= -1/2 são as raízes
do trinômio, sua forma fatorada será: 2x2- x - 1 = 2.x.(x - 1). (x + - ) . As
raízes do polinômio, nesse caso, são: r = 0, r = 1 e r = -1/2. 2

|| Exercícios propostos

44. Usando o método da decomposição em fatores, encontre as raízes do polinômio


P(x) = x3+ 2x2- 9x - 18.

45. Faça a decomposição em fatores do polinômio P(x) = x3- 5x2~ 3x + 15 e encontre


as raízes.

46. Encontre as raízes dos polinômios:


a) P(x) = x3- 2x2 + x.
b) P(x) = x3+ 2x2- 9x - 18.
c) P(x) = x3- 5x2- 4x + 20.
d) P(x) = x3+ x2- x - 1. ^

Equações polinomiais ou algébricas

Obtemos uma equação polinomial quando igualamos um polinômio a zero.


Assim, chamamos de equação polinomial ou algébrica, de grau n, toda equação
do tipo P(x) = 0, onde P(x) é um polinômio de grau n na variável x. Nesse caso,
as raízes são chamadas de soluções da equação.
Exemplo: Dada a equação polinomial x3 - 5x2 - 2x + 24 = 0, determine o
seu conjunto solução.
Resolução: decompondo o primeiro membro da equação, ficamos com
x(x2- 5x) - 2(x - 12) = 0 e encontramos as raízes do polinômio, = -2, r2=3 e r3=4,
que são também as soluções da equação. Então, o conjunto solução da equação
será: S = {-2, 3,4}.

256
Imríiini
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

Observações importantes sobre a resolução das equações polinomiais:


♦ O número de raízes de uma equação polinomial é sempre igual ao maior
expoente da variável ou grau do polinômio. As raízes podem ser reais
ou complexas.
♦ Um número real a será a raiz da equação P(x) = 0 se, e somente se, P(a) = 0.
♦ Toda equação polinomial ou algébrica admite pelo menos uma raiz,
mesmo que essa raiz seja igual a 0.
♦ Sendo o número complexo z = a + bi raiz da equação P(x) = 0, de coe­
ficientes reais, então o seu conjugado z = a - b também será raiz desta
equação.
♦ Para encontrarmos o conjunto solução (xt, x2, x3, ...xn) das equações po­
linomiais de grau n > 3, devemos achar primeiro uma das raízes.
♦ Para diminuir o grau da equação polinomial, podemos usar o dispositi­
vo de Briot-Ruffini. Se a equação obtida, nesse processo, for de 2- grau,
resolvendo-a encontramos as outras raízes. Se o grau ainda for maior
que 2, então utilizamos o dispositivo de Briot-Ruffini outras vezes até
chegarmos a uma equação de 2a grau.

Vamos comentar alguns exemplos com dicas que facilitarão o entendimento


dessas observações e o processo de resolução como um todo:
♦ lãdica: se a equação polinomial não possui termo independente, uma das
raízes com certeza será zero. Exemplo: x3 - 5x2 + 6x = 0; o conjunto solu­
ção da equação será: S - {0, 2, 3}. Observe que, como não temos termos
independentes, quando fatoramos o polinômio, sempre ficamos com x em
evidência, e, como o produto de dois fatores só pode ser igual a zero se um
desses fatores for zero, temos que x1= 0 como uma solução.
♦ 2âdica: se a soma dos coeficientes da equação for nula, então uma das raízes
será 1. Exemplo: x3- 6 x 2+ l l x - 6 —0; o conjunto solução da equação será:
S = {0,2,3}. Note que a soma dos coeficientes é igual a zero, 1 - 6 + 1 1 -6
- 0. Sempre que isso acontece, temos que uma das soluções é xt = 1.
♦ 3- dica: se a primeira raiz não for 1 nem 0 (o que é facilmente identificável),
as únicas raízes inteiras de uma equação são valores dentre os divisores do
termo independente. Exemplo: x3- 7x2+ 16x -1 2 = 0; o conjunto solução
da equação será: S = {2, 3}. Como a soma dos coeficientes da equação é
-2 e -12 é o termo independente, então nem o 0 nem o 1 podem ser so­
luções dessa equação. Mas veja que encontramos as duas raízes entre os
divisores inteiros do termo independente. ± 1, ± 2, ± 3, ±, 4, ± 6, ± 12.
Quando substituímos o 2 e o 3, encontramos P(x) = 0.

257
hiiilunl
Nonato de Andrade

§ Exercícios propostos

47. (UFF-RJ) No polinômio P(x) = x3- 2xz - 5x + d, d g R, sabendo que P(x) é divisível
por (x - 1):
a) Determine d,
b) Calcule as raízes da equação P(x) = 0.

48. (Unifor-CE) Quantas raízes reais e distintas tem o polinômio P(x) = (x - l).(3x3+
4x2+ 2x)? Determine-as.

49. (UF-CE) Seja a um número racional não nulo. Se b e 42 são raízes da equação x3
+ ax2 - 2x - 2 = 0, determine o valor de b4. I?

Relações de Girard

Temos como estabelecer uma relação entre os coeficientes e as raízes de


uma equação polinomial. Essas relações ficaram conhecidas como as relações de
Girard e constituem um recurso importante na resolução de equações quando
conhecemos alguma informação sobre as raízes da equação considerada. Vejamos
de forma resumida as relações para equações de 2S e 3~ graus e a generalização
para um grau n qualquer.
♦ Para equações do 2a grau: ax2 -f bx + c = 0.

m m m - “ Relações

ax2+ bx + c = 0 Xi e X 2 c
X X = -
a

♦ Para equações do 3fí grau: ax3 + bx2 + cx + d = 0.

H uadçáó íiR a í& s -

rX + X, + x = — b
a
ax3+ bx2+ cx + d = 0. Xl> X2e X3 (x ,,x , + X, . X J + X, , x , = -

d a

258
limltml
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

* Para equações de grau n: anxn + an; xn_I + an2xn"2 + ... + a2x2+ a1x + a0= 0.

Sem,a das raizes 1'rodútòdas raízes"

«.-1 (_!)». 2 sl
a„ ai

| Exercícios propostos

50. (Vunesp-SP) Dada a equação x2+ x - V2 = 0, calcule a soma dos inversos de suas
raizes.

51. (UF-CE) Se a, b e c são as raízes da equação x3- 6x2+ lOx - 8 = 0, encontre o valor
, f 4 4 4 n2
numérico de —H----b —
Va b c,

52. (Unicamp-SP) A soma de dois números positivos é igual ao triplo da diferença


entre esses mesmos dois números. Essa diferença, por sua vez, é igual ao dobro
do quociente do maior pelo menor.
a) Encontre esses dois números.
b) Escreva uma equação do tipo ax2+ bx + c = 0 cujas raízes são aqueles dois números.

53. (FGV) Considere a seguinte equação polinomial: x3- 3x2- kx + 12 = 0.


a) Determine k de modo que haja duas raízes opostas.
b) Determine k de modo que 1 seja raiz da equação; nesse caso, determine também
as outras raízes.

54. (UFU-MG) Sejam rt e r2 as raízes do polinômio P(x) = x2 ~ 6ax + a2. Se r^ + r22=


17, determine os possíveis valores para a.

55. (PUC-RJ) A diferença entre as raízes do polinômio x2+ ax + (a ~ 1) é 1. Quanto vale a?

56. (UF-PA) Encontre as raízes da equação x3- 15x2+ 74x ~ 120 = 0, sabendo que elas
estão em progressão aritmética.

57. (UF-MA) Sabendo que P(x) é um polinômio de 3a grau divisível por x - 3, e que
P(x) = P(x - 3) - x2- 3, determine o produto das raízes de P(x).

259
(iminui
Nonato de Andrade

vHrA'
Questões de concursos

01. O número complexo z - x +(x2- 4)i é real se, e somente se:


a) x = 0
b) x ;* 0
c) x = ±2
d) x &±2
e) x &0 e x &±2

02. Dados os números complexos z; = 3 + i e z2= 1 ~ 2i, então z,2.z2 é igual a:


a) 8i
b) 4
c) 4 + 4i
d) 6 + 20i
e) 20 - lOi

03. A divisão da expressão — 31 tem como resultado o número complexo:


1+ i
a)\ -----------i
1 3 •

2 2
L\ 1 3 .
b) - + — !
2 2

c) - i + l . i
2 2

d^) --------
1 3 ■ 1
2 2

e) —1 + 3i.

04. O quociente de ^ = 3 + 2i por z2= 1 + i é:


a) 3 + 2i
b) 3 - i
c) 5 - i
5 1 ■
d)r r

c)2-i
3

260
huilmii
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

05. {USP) O produto (5 + 7i).(3 - 2i) vale:


a) 1 + lli
b) 1 + 31i
c) 29 + lli
d) 29 - lli
e) 29 + 311

06. (UFPA) O número complexo z = x + ( x 2 - 4)i é real se, e somente se:


a) x # 0
b) x = ±2
c) x * ± 2
d ) x ^ 0 e x ^ ±2
e) x=0

07. (UFPA) Qual é o valor de m, real, para que o produto (2 + mi).(3 + i) seja um ima­
ginário puro?
a) 5
b) 6
c)7
d) 8
e) 10

08. (UCMG) O produto ( x + yi).(2 + 3i) é um número real, quando x e y são reais e:
a) x - 3y = 0
b) 2y - 3x ~ 0
c) 2x + 2y = 0
d) 2x + 3y = 0
e) 3x + 2y = 0

09. (UFU-MG) Sejam os números complexos z ~ 2x + 3i e z = 2 + yi, ondexey são


números reais. Se z=z2>então o produto x,y é:
a) 6
b) 4
c) 3
d )-3
e) ~6

261
iniiliiitt
Nonato de Andrade

10. (Cefet-MG) O produto (1 - i).(x + 2i) será um número real quando x for:
a) -2
b) -1
c) 0
d) 1
e) 2

11. (Acafe-SC) Se z = 2 + 2i é um número complexo, então w = z + zi é:


a) 4i
b) 4 - 4i
c) 4
d) -4 + 4i
e) 4 + 4i

12. (UFSM-RS) Para que o número z - (x - 2i).(2 + xi) seja real, devemos ter: (x e IR)
a) x = 0
b) x = 1/2
c) x = 2
d)x = 4
e) n.d.a.

13. (Osec-SP) Se f(z) = z2 ~ z + 1 então f (1 - i) é igual a:


a) i
b) - i + 1
c) i - 1
d) i + 1
e) -i

14. (Osec-SP) Determinando-se os valores reais de m e n de modo que se tenha 2(m - n)


+ i (m + n) - i = 0 pode-se afirmar que a soma de m e n é igual a:
a) -1
b) 0
c) 1
d) 2
e)3

262
hiiiinii!
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

15. (Mack-SP) Sejam os números complexos zl e z2, onde z2 = 3i e zl . z, = -9 + 6i.


Então z1+ zz vale:
a) 2 + 61
b) 2 - 61
c) -3 + 3i
d) -3 - 3i
e) 91

16. (Uel-PR) Sejam os números complexos w = (x - 1) + 2i e v = 2x + (y - 3)i, onde x,


y R. Se w = v, então:
a) x + y = 4
b) x . y = 5
. c) x - y = -4
d) x = 2y
e) y = 2x

17. (Junâiat-SP) Se o número complexo 2 + i é uma das raízes da equação x2+ kx + t


= 0, sendo k e t números reais, então o valor de k + 1é:
a) -2
b) -1
c) 0
d) 2
e) 1

18. (Unimar-SP) A forma mais simples do número complexo abaixo é:


_ 24-21
2-f 2i
a) -i
b) -1 - i
c) 1 + i
d) -1 + i
e) 0

19. (Feso-RJ) O valor de i1996 é de:


a) 1
b )-l
c) i
d)-i
e) 499

263
Imtltmi
Nonato de Andrade

20. (USF-SP) Se o número complexo z é tal que z = i4S+ i28então z é igual a:


a) 1 - i
b) 1 + i
c) -1 + i
d) -1 - i
e) i

21. (Mack-SP) O conjugado do número complexo abaixo vale:

2-i
i
a) 1 - 2i
b) 1 + 2i
c)
d) -1 + 2i
e) 2 - i

22. (UFRN) Se z = 4 + 2i, então z ~ 3 z vale:


a) 6 + i
b) 1 + 8i
c) —8 + 8i
d) 1 - 8i
e) 12 + 6i

23. (UFSE) Se o número complexo z é tal que z = 3 - 2i, então (%)2é igual a:
a) 5
b) 5 - 6i
c) 5 + 12i
d) 9 + 4i
e) 13 + 12i

24. (Puccamp-SP) O conjugado do número complexo abaixo, é:

264
iiiiiiniii
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

a) 1 - i
b) -1 - i
c) -1 + i
d) -i
e) i

25. (Fatec-SP) Seja o número complexo abaixo, onde i2= -1, então z é igual a:

_ _j.__ 2 —3i
i —2 i+2
a) 6i/5
b) i/20
c) 2i/15
d) 0
e) 5i

26. (Uel-PR) Indica-se por Re(z) e Im(z) as partes real e imaginária de um número
complexo z, respectivamente. Se

- *
1 +i i
então:
a) Re(z) = -3/2
b) Im(z) = -3/2
c) Re(z) - -1/2
d) Im(z) = 1/2
e) Re(z) = 3/2

27. (Unifenas-MG) O número complexo z, que verifica a equação iz + 2.z + 1 - i = 0,


é:
a) -1 - i
b) -1 + 2i
c) -1 + i
d) 1 - i
e) -1 ~ 2i

265
liniiiii!)
Nonato de Andrade

28. (Mack-SP) Seja o número complexo abaixo, então, z!9s0vale:


_ 1 -i
~ 1+ i
a) 1
b)-l
c) i
d) -i
e) -2i

29. (PUC-BA) Sejam os números reais x e y tais que 12 - x + (4 + y).i = y + xi. O con­
jugado do número complexo z = x + yi é:
a) 4 + 8i
b) 4 - 8i
c) 8 + 4i
d) 8 - 4i
e) -8 - 4i

30. (UFGO) Se i é a unidade imaginária, então a expressão abaixo é igual a:

a) 1 + i
b) 0
c) 1 - i
d) i
e) 1

31. (UFMG) O quociente da divisão de P(x) = 4x* - 4x3+ x - 1 por Q(x) = 4x3+ 1 é:
a) x - 5
b) x -1
c) x + 5
d) 4x - 5
e) 4x + 8

32. (UFPB) Qual o resto da divisão do polinômio x3- 2x2 + x + 1 por x2 - x + 2?


a) x + 1
b) 3x + 2
c) -2x + 3
d)x - 1
e) x - 2

266
Ismlmtl
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

33. (Cefet-PR) O quociente da divisão de P(x) = x3- 7x2+16x -1 2 por Q(x) = x - 3 é:


a) x - 3
b) x3- x2+ 1
c) x2- 5x + 6
d) x2- 4x + 4
e) xz + 4x - 4

34. (Unicamp-SP} O resto da divisão do polinômio P(x) = x3- 2x2+ 4 pelo polinômio
Q(x) = x2 - 4 é:
a) R(x) = 2x - 2
b) R(x) - -2x -r 4
c) R(x) = x + 2
d) R(x) = 4x - 4
e) R(x) - ~x + 4

35. (PUC-PR) O resto da divisão de X4- 2x3+ 2x2+ 5x + 1 por x - 2 é:


a) 1
b) 20
c) 0
d) 19
e) 2

36. (PUC-BA) O quociente da divisão do polinômio P = x3- 3x2+ 3x -1 pelo polinômio


Q = x - 1 é:
a) x
b) x - 1
c) x2- 1
d) x2- 2x + 1
e) x2 - 3x + 3

37. (Uem-PR) A divisão do polinômio 2X4+ 5x3- 12x + 7 por x - 1 oferece o seguinte
resultado:
a) Q = 2x3+ 7x2+ 7x - 5 e R = 2
b) Q = 2x3+ 7x2- 5x + 2 e R = 2
c) Q = 2x3+ 3x2- 3x - 9 e R = 16
d)Q = 2x3+ 7x2 -5x + 2eR = 0
e) Q = 2x3+ 3x2- 15x + 22 e R = 2

267
Itüihiiii
Nonato de Andrade

[
38. (Cesgranrio-Rj) O resto da divisão de 4x9 + 7x6+ 4x3+ 3 por x + 1 vale:
| a) 0
I b )l
1 c) 2
d) 3
e) 4

39. (UFRS) A divisão de P(x) por x 2+ 1 tem quociente x - 2 e resto 1. O polinômio


P(x) é:
a) x2 + x - 1
b) x2 + x + 1
c) x2 + x
d) x3- 2x2+ x - 2
e) x3- 2x2+ x - 1

40. (UFSE) Dividindo-se o polinômio f = x4pelo polinômio g = x 2- 1, obtém-se quo­


ciente e resto, respectivamente, iguais a:
a) x2+ 1 e x + 1
b) x2 - 1 e x + 1
c)x2 + l e x - 1
d) x2- 1 e -1
e) x2+ 1 e 1

41. (Fatec-SP) Se um fator do polinômio P(x) ~ x 3 - 5x2+ 7x - 2 ê Q(x) = x2- 3x +• I,


então o outro fator é:
a) x - 2
b) x + 2
c) -x - 2
d) -x + 2
e) x + 1

42. (Cescem-SP) Dividindo x3 - 4x2 + 7x - 3 por um certo polinômio P(x), obtemos


como quociente x - 1 e resto 2x -1. O polinômio P(x) é igual a:
a) 2x2 - 3x + 2
b) x2- 3x + 2
c) x2- x + 1
d) 2x2- 3x + 1
e) nda

268
ilillllllli
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

43. (S. Casa-SP) Dividindo-se um polinômio f por x2- 3x + 1 obtém-se quociente x +


1 e resto 2x + 1. O resto da divisão de f por x + 1 é:
a) -2
b )-l
c) 3
d) 2x - 1
e) 2x + 1

44. (UFPA) O polinômio x3 - 5x2 + mx - n é divisível por x2 - 3x 4- 6 . Então, os nú­


meros m e n são tais que m + n é igual a:
a) 0
b) 12
c) 24
d) 18
e) 28

45. {UFGO) Se o polinômio x3 + kx2 - 2x + 3 é divisível pelo polinômio x2 - x -f 1,


então o quociente é:
a) x™ 3
b) x + 3
c) x ~ 1
d)x + 1
e) x 4- 2

46. (UFPA) Sejam P e Q dois polinômios de grau n e m respectivamente. Então, se r


é o grau de R , resto da divisão de P por Q, temos:
a) r = n/m
b) r = n - m
c) r < m
d) r < m
e) r < n - m

47. (Eescu-SP) Seja Q o quociente e R o resto da divisão de um polinômio A por um


polinômio B . Então, quando A é dividido por 2B:
a) quociente é 2Q e o resto 2R
b) quociente é Q/2 e o resto R/2
c) quociente é Q/2 e o resto é R
d) quociente é 2Q e o resto R
e) quociente é 2Q e o resto R/2

269
ItiuhiiiJ
Nonato de Andrade

48. (PUC-PR) O resto da divisão de P(x) = 3x3+4x“-2x+l por x + 1 é:


a) 2
b) 4
c )- l
d)0
e) 5

49. (PUC-SP) O resto da divisão do polinômio P(x)= x4- 2x3+ x2- x + 1 por x + 1 é:
a) 3
b) 4
c)7
d) 5
e) 6

50. (Unesp-SP) Indique o resto da divisão da expressão abaixo.

a) 32
b) -30
c) -60
d) 28
e) 62

51. (Cesgranrio-RJ) O resto da divisão do polinômio x100por x + 1 é:


a) x - 1
b) x
c) -1
d) 0
e) 1

52. (FGV-SP) O resto da divisão de 5x2n~ 4x2n+1- 2 (n é natural) por x + 1 é igual a:


a) 7
b) 8
c)-7
d) 9
e) -9

270
Imilitiit
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

53. (UFRN) Se o polinômio f(x)= 3x2+ 7x - 6K é divisível por x - 3, então K é igual a:


a) 2
b) 3
c) 5
d) 7
e) 8

54. (PUC-SP) Qual é o resto da divisão de x3i + 31 por x+1?


a) 0
b)l
c) 30 x
d) 31
e) um polinômio de grau 30

55. (UFRS) O resto da divisão de P(x)= x3+ ax2- x + a por x - 1 é 4. O valor de a é:


a) 0
b) 1
c) 2
d) 4
e) 6

56. (UFÇE) Se x2+ px - q é divisível por (x + a), então:


a) a2= ap
b) a2+ pa = q
c) a2- q = ap
d) p - q = a
e) nda

57. (Ud-PR) O valor de K para que o polinômio P(x) = kx2+ kx + 1 satisfaça a sentença
p(x) - x = p(x - 1) é :
a) -1/2
b) 0
c) 1/2
d) 1
e) 3/2

271
i n iil m t i
Nonato de Andrade

58. (UFPA) Sabendo-se que os restos das divisões de x2+ px + 1 por x - a e x + 2 são
iguais, então o valor de p é:
a) -2
b) -1
c) 0
d) 1
e) 2

59. (UEPG-PR) Sabendo-se que o polinômio P(x) = 6x3+ ax2+ 4x + b é divisível por
D(x)= x2+ 4x + 6 então a + b vaie:
a) 8
b) -32
c) -8
d) 32
e) 64

60. (Uel-PR) Se o resto da divisão do polinômio P = x4- 4x3~ kx3- 75 por (x - 5) é 10,
o vaior de k é:
a) -5
b) -4
c) 5
d) 6
e) 8

61. (PUC-BA) Dividindo-se um polinômio f por 8x2+ 1 obtém-se quociente 3x - 1 e


resto 4x - 2. Qual é o resto da divisão de f por x - 1
a) 22
b) 20
c) 10
d )-2
e) -10

62. (PUC-PR) O resto da divisão de f(x) = xn- anpor g(x) = x - a, é:


a) 0
b) 1
c) -a
d) 2an, se n for par
e) 2a", se s for ímpar

272
hmlmii
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

63. (FGV-SP) Para que o polinômio P(x) =x3-8x2+ mx - n seja divisível por (x + l).(x - 2),
m.n deve ser igual a :
a) -8
b) 10
c) -70
d) 8
e) -6

64. (UFPE) Seja P(x) um polinômio com coeficientes reais. Assinale a alternativa certa
para o resto da divisão de P(x) por x2- 5x + 6, sabendo-se que P(2) = 2 e P(3) = 3:
a) 2x + 1
b) x + 1
c) x - 3
d)x - 2
e) x

65. . (PUC-SP) O resto da divisão do polinômio P(x)= (x - l).(x - 2).(.„).(x - n) + b pelo


polinômio g(x) = x é:
a) b
b) (-1)" b
c) n! + b
d) (-l)n ni
e) (~l)n n! + b

66. (FGV-SP) O valor de m, de modo que -1 seja raiz da equação x3 + (m + 2)x2 + (1


- m)x - 2 = 0, é igual a:
a) 0
b)-l
c) 1
d )-2
e) 2

67. (UFRN) Seja P(x) = x3 + óx - x - 30. Se P(2) = 0, então o conjunto solução de P(x)
= 0 é:
a) {-2, ~3, -5}
b) {2, ~3, -5}
c) {2,-2}
d) {2, 3,5}
e) {2,6, 30}

273
Itmhiiil
Nonato de Andrade

68. (PUC-SP) A equação do terceiro grau cujas raízes são 1, 2 e 3 é:


a) x3 - 6x2 + 1lx - 6 =0
b) x3 - 4x2 + 3x - 5 = 0
c) x3 + x2 + 3x - 5 = 0
d) x3 + x2 + 2x +■3 = 0
e) x3 + 6x2 - llx + 5 = 0

69. (FGV-SP) Na equação x4+ px3 + px2 + p = 0, sabendo-se que 1 é raiz, então:
a) p = -1/4
b) p = 0 ou p = 1
c) p = 0 ou p = -1
d) p = 1 ou p = -1
e) p = -1/3

70. (Acafe-SC) A maior raiz da equação x3 + 4x2 + 3x = 0 é:


a) - 4
b )- l
c) 0
d) 2
e) 3

71. (Cescem-SP) A equação 2x3 - 5x2 - x + 6 =■0 admite uma raiz igual a 2. Então, as
outras duas raízes são:
a) -3/2 e 1
b) -2 e 1
c) 3 e -1
d) 3/2 e -1
e) 3/2 e 2

72. (Uel-SP) A equação 2x3 - 5x2 + x + 2 = 0 tem três raízes reais. Uma delas é 1. As
outras duas são tais que:
a) ambas são números inteiros
b) ambas são números negativos
c) estão compreendidas entre -1 e 1
d) uma é o oposto do inverso da outra
e) uma é a terça parte da outra

274
Id ii Ii i í i I
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

73. (PUC-BA) Ê verdade que a equação (x - 4x).(x2 + 2x + 1) = 0 , no inverso 3R:


a) tem quatro soluções distintas
b) tem uma solução que é número irracional
c) tem cinco soluções distintas
d) não tem soluções
e) tem apenas duas soluções distintas

74. (PUC-SP) O polinômio P(x) = x3 + x2 - 26x + 24 é divisível por x - 4. Os zeros


deste polinômio são:
a) - 6, -4,1
b) - 6,1,4
c) - 4, -1, 6
d) - 1, 4,6
e) 1, 4, 6

75. (UFSE) Sabe-se que -1 é raiz de multiplicidade 2 da equação 2x3 + x2- 4x - 3 = 0.


A outra raiz dessa equação é um número:
a) racional e não inteiro
b) inteiro
c) irracional e negativo
d) irracional positivo
e) complexo e não real

76. (UFRN) Se 2 é raiz de multiplicidade 3 da equação x4- 9x3 + 30x2 - 44x + 24 = 0,


então, seu conjunto solução é:
a) {1; 2}
b) {1;3}
c) {2;3}
d) {1*3}
e) {1;2;3;4}

77. (PUC-SP) A raiz x = 1 da equação x4 - x3 - 3x2 + 5x - 2 = 0 é:


a) simples
b) dupla
c) tripla
d) quádrupla
e) quíntupla

275
Im ilitiil
Nonato de Andrade

78. (Fatec-SP) Se a, b e -1/2 são as raízes da equação 2x3 + 3x2 - 3x - 2 = 0, então ab


é igual a:
a) -1 ou 0
b) “1/2 ou 2
c) 2
d) 1/2 ou -1/2
e) -2 ou 1

79. (Osec-SP) O grau de uma equação polinomial P(x) = 0, cujas raízes são 3,2 e 4 com
multiplicidade de 5, 6 e 10, respectivamente, é:
a) 9
b) 300
c) menor que 20
d) 21/9
e) 21

80. (Mack-SP) Na equação (x3- x2 + x - 1) = 0, a multiplicidade da raiz x - 1 é:


a) 1
b) 9
c) 18
d) 36
e) 54

81. (Cescea-SP) Assinale entre as equações abaixo a que representa raiz de multipli­
cidade três:
a) x3 - 1 = 0
b) (x - 2) = 0
c) x - 4x2 = 0
d) (x - l)3.(x + 1) = 0
e) n.d.a.

82. (Aman-RJ) A soma das raízes da equação x4- x3- 4x2+ 4x = 0 é igual a:
a) 0
b )l
c) -4
d) 4
e) n.d.a.

276
iiiiilim!
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

83. (UFPR) A média aritmética das raízes da equação x3- x2- 6x = 0 é:


a) 1
b) 1/3
c) 8/3
c) 7/3
e) 5/3

84. (Cesgranrio~RJ) A soma das raízes de x4+ 1 = 0 é:


a) 1
b)-l
c) 0
d) i
e) ~i

85. • (UFSE) A soma e o produto das raízes da equação x3+ x 2- 8x - 4 = 0 são, respec­
tivamente:
a) -8 e -4
b) -8 e 4
c) -4 e 1
d) “1 e 4
e) 4 e 8

86. (FGV-SP) A soma e o produto das raízes da equação x4 - 5x3+ 3x2+ 4x - 6 = 0


formam qual seguinte par de valores?
a) -5; 6
b) 5; -6
c) 3; 4
d)l;6
e) 4; 3

87. (Unesp-SP) Consideremos a equação x2+ ax + b = 0. Sabendo-se que 4 e -5 são as


raízes dessa equação, então:
a) a = 1, b = 7
b) a = 1, b= -20
c) a = 3, b = -20
d) a = -20, b = -20
e) a = b = 1

277
liiiiltni!
Nonato de Andrade

88. (PUC-SP) Os números complexos 1 e 2 -f i são raízes do polinômio x3+ ax2+ bx + c,


onde a,bec são números reais. O valor de c é:
a) -5
b) -3
c) 3
d) 5
e) 9

89. (UECE) Se p e q são as raízes da equação 2x2~ 6x + 7~0, então (p + 3).(q + 3) é igual a:
a) 41/2
b) 43/2
c) 45/2
d) 47/2
e) nra

90. Das expressões abaixo, aquela que o polinômio possui grau 2 é:


a) x4+ 2x2 ~ 6x + 2.
b) x5+ 7.
c) x2+ x l + 6.
d) (x + l)2- x2-f 3.
e) (x + 2)(x - 3).

91. Dadas as expressões abaixo, qual delas é um polinômio de grau 1:


a) 3X4+ 6x2- x + 1.
b) 10xs + 8.
c) 7x2+ 2x*1+ 3.
d) (x + l)2- x2+ 3.
e) (x + l)(x - 2).

92. (UFRGS) O polinômio (m2- 4)x3+ (m - 2)x2 - (m + 3) é de grau 2 se, e somente


se,
a) m - -2
b) m = 2
c) m = ± 2
d) m &2
e) m * -2

27 8
liinlmii
Câpítuío 6 —Números complexos e polinômios

93. (UFRGS) Se P(x) = 3x2+ 12x - 7, então P(-l) vale:


a) -16
b) -13
c) 0
d)3
e) 24

94. (UCS) Se P(x) = x3+ 2x 2+ kx - 2 e P(2) - 0, então k vale:


a) -2
b) ~4'
c) -7
d) 2
e) 7

95. Dividindo x3+ 6x2 + 2x - 4 por x2+ 2x - 4 encontramos como quociente


a) x + 3
b) x + 4
c) x + 5
d) x - 1
e) x - 3

96. O polinômio xJ + 6x2+ 2x - 4 dividido por 2x - 4 tem como resto:


a) 60
b) 58
c) 56
d) 55
e) 54

97. O resto da divisão do polinômio P(x) = x3 - x + 1 pelo polinômio D(x) = x2+ x +


1 é igual a:
a) 0
b) x + 2
c) x - 2
d) -x + 2
e) - x - 2

279
liinltmt
Nonato de Andrade

98. (UFRGS) A divisão de P(x) por x2+ Xtem quociente x - 2 e resto 1. O polinômio
P(x) é:
a) x2+ x - 1
b) x2+ x - 1
c) x2 + x
d) x3- 2x2+ x - 2
e) x3- 2x2 + x - 1

99. O quociente da divisão de x3+ 2x2- 5x + 1 por x - 2 é:


a) x2- 4x - 3
b) x2+ 4x + 3
c) x2+ 7
d) x2- 7
e) n.r.a

100. O resto da divisão de x4- 2x3+ x2 - x + 1 por x + Xé:


a) 3
b) 6
c) 4
d) 5
e)7

XOX. O resto da divisão de x3- 2x + 4 por x - Xé:


a) -2
b)-i
c) 1
d) 2
e) 3

X02. O polinômio P(x) = 2x3- 9x2+ 13x + k é divisível por x - 2. Então o valor de k é
igual a:
a) -9
b) -6
c) 0
d) 2
e) 12

280
hmhitil
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

103. (PUC-RS) O resto na divisão de x4+ 2x3+ kx2~ x - 13 por x + 2 é 17.0 valor de k é:
a) 2
b) 5
c)7
d) 9
e) 13

104. Sendo 1 uma das raízes da equação x3 - óx2 + llx ~ 6 = 0. O valor da soma das
outras duas raízes é:
a) -6
b) -5
c) 5
d) 6
e) 11

105. O conjunto solução da equação x3- 5x2- 8x + 12 = 0 é:


a) {-2, -1» 6}
b) {-2,2j 3}
c) {-2, 3,4}
d) {-2,1, 6}
e) {-1,2, 6} g

281
hmiiiiit
Nonato de Andrade

Gabaritos:
Exercícios propostos:
01. m = 7 e n = -1 d) 1 + i;
02. a) S = {-6i, 6i}; e )-L
14. 18
b) S = {-7 + V ãl i » - 7 - Vãl i};
c) S = {-2 + 2i> -2 - 2í}.
03. ~2
04. a = 3 e b = 1 16. a) 4 l \
05. m - 5 e n = 0 b) 4;
06. k = 7/2 c) 3;
07. -a) z = -11 + 2i;
d) VÍ3.
b) z = -1 + 21i 17. a) 5;
b) 1;
1 3 •
08. a) z - ---------1;
c) 11;
2 2
2 4 d) Vs.
b) z = ---------i.
5 5
18. a) 30° ou
6
5 1 .
09. a) z = —I— i;
2 2 b) 90° ou
2
b) z = 3 - 21;
c) 0oou Orad;
c) z = 2 —~ i ;
2 d) 240° ou í l .
3
21 23 .
d) z = ---------- 1 . 19. a) 2(cos60° = i.sen60°);
34 34
b) 2(cos270° + i.sen270°);
10. a) z = 14 ■+2i; c) 4(cos0° + i.sen0°);
1 1 . d) V2 (cos45° + i.sen45°).
b) z —-----1— •i
' 2 2* 20.66
21.6
3 13 j
|1 z = -------- 22 . 10
2 10
23.8
12. -1 + i 24. a) V, pois m = k = 1;
13. a) -i; b) F, o grau é 5;
b) 0; c) V, pois À = 5;
c) 2i; d) F, -3x -2; e) V; f) V.

282
liutltlill
Capítulo 6 - Números complexos e polinômios

25.10 43. (x - 5).(x - 2)


26.4 44. xl ~ -3, r2= -2 e r3= 3
27. a = -3, b = -15 e c = 60
45. r5= - V i, r2= V i e r3= 5
28. Q(x) = -5x + 2 e R(x) = 0
46. a) = 0, r2= 1 (dupla);
29. Q(x) = 3x - 7 e R(x) = 0
b) rt = -3, r2~ -2 e r3= 3;
30. Q(x) = x2+ 3x - 7
c) rj = -2, r2= 2 e r3= 5;
31. R(x) = 21
d) rt = -1, r2= 1 (dupla).
32. a) R(x) = 1;
47. a) 10;
b) R(x) ~ -8;
c) R(x) = -88; b) 2i, —V i 6 yfÜ .
d) R(x) = 2i + 1. 48. duas 0 e 1
33. k = -11 49.4
34. a) k = -76; b) k - -5. 50. \/2/2
35. a) V; 51.25
b) F; x < -2 ou x > 3; 52. a) 4 e 8;
c) V. b) x2 - 12x + 32 = 0.
36.60
53. a) k = 4;
37. Q(x) = 2x + 5 e R(x) = 14x + 2
38. Q(x) = 3x2+ x + 3 e R(x) = 4 b) 10,1 + VÜ e 1 - VÍ3.
39. Q(x) = 2x3- 6x2 + 19x - 60 e R(x) = 185 54. ± 4 l!2
40. -5/2 e Q(x) = x2 - 3x + 7/2 55. 1 ou 3
41. x4- 2x3 - 4x2+ 4x + 8 56. S ={4, 5,6}
42. Q(x) = x + (-4 + 2i) e R(x) ——1 —8i 57. 108

Questões de concursos:
01. C 15. A 28. A 41. A 54. C 67. B 80. C 93. B
02. E 16. A 29. D 42. B 55. C 68. A 81. E 94. C
03. C 17. E 30. B 43. B 56. C 69. E 82. B 95. B
04. D 18. A 31. B 44. C 57. C 70. C 83. B 96. C
05. C 19. A 45. B 58. D 84. C 97. D
32. C 71. D
06. B
20. B 33. D 46. D 59. B 72. D 85. D 98. E
07. B
21. D 34. D 47. C 60. E 73. A 86. B 99. B
08. E
22. C 35. D 48. B 61. B 74. B 87. B 100. B
09. C
10. E 23. C 36. D 49. E 62. A 75. C 88. A 101. E
11. A 24. A 37. A 50. E 63. C 76. C 89. B 102. B
12. C 25. A 38. C 51. E 64. E 77. C 90. E 103. B
13. E 26. E 39. E 52. A 65. E 78. E 91. D 104. C
14. A 27. A 40. E 53. E 66. C 79. E 92. A 105. D

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