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1ª edição
2017
Projeto gráfico
Guilherme Wanke
Fotos
Arquivo pessoal da autora
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Não comprei na
Zara. Gastei na
viagem.*
Na semana passada, acompanhei uma amiga à loja da Zara para trocar
um presente. Dei uma olhada nas coisas, vesti uma jaqueta, tirei a
jaqueta, vi que tudo estava mais barato depois do Natal, dei mais uma
olhada nas roupas e, finalmente, pensei: “Ufa, não estou precisando de
nada”. E assim saí da loja como entrei, de mãos vazias.
Eu não vou mentir, adoro comprar também. Mas hoje está bem
fácil gastar trezentos reais numa comprinha inocente na Zara. E, se
você parar para pensar, trezentos reais equivalem a uma semana
de hospedagem na Tailândia, dois bons jantares na Europa, uma
passagem de avião pelo Brasil, um ticket de trem para Machu Picchu...
quando você percebe, já gastou uma viagem inteira só em compras.
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Levei pouco mas, ainda assim, achei que havia levado demais.
Portanto, deixei uma muda de roupas em Koh Lanta, mais um vestido
em Pai, duas camisetas em Chiang Mai... E, no fim da viagem, ganhei o
direito de repor o espaço na mala depois de uma passada na H&M. Lá
gastei pouco comprando apenas o que precisava - não doeu no bolso
e nem na consciência. Mas não repor ainda é muito melhor e mais
econômico.
Não dá para reclamar que não sobra dinheiro para viajar se você
gasta trezentos reais todo mês no que não precisa. Querer viajar todo
mundo quer. Mas poupar dinheiro ainda é a maneira mais eficiente
de transformar o “querer” em “poder” – e de você deixar de ser um
sonhador para se tornar um realizador.
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Sumário
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Parte I
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Eu adoro
comprar
Gosto de comprar aquilo que me cai bem, que uso muito, que preciso,
que morro de amores e, a mais difícil de todas, que o preço seja justo.
Como essa é a maneira que compro a maioria das coisas que tenho,
comprar é quase sempre uma experiência prazerosa para mim. Tem
coisa pior do que comprar algo com um dinheiro que você não tem,
chegar em casa e perceber que você não precisa daquilo, ver aquela
parcela no cartão todo santo mês e se arrepender da compra? O que
era para ser bom, acaba virando peso na consciência.
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decidir como você vai gastar. Mesmo quando eu era dependente dos
meus pais, em casa só comprávamos roupas quando precisávamos.
E assim fui crescendo e aprendendo que, para conseguir realizar as
minhas viagens, também seria necessário pensar melhor em como
gasto o meu dinheiro.
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Mudança de vida
Nessa época que voltei para o Brasil, eu não tinha escolha e não era
só para viajar, não. Era também para viver em São Paulo. Meus pais
não moram na capital, então as coisas eram piores ainda. Nos Estados
Unidos, eu morava sozinha, mas agora tinha que dividir apartamento
para conseguir pagar o aluguel, carro não era uma opção, compras
nem pensar e assim foi por um ano, até eu conseguir encontrar outro
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emprego que me pagasse melhor. Aliás, outra coisa que aprendi – que
me desculpe o RH de empresas de todo o Brasil – foi que a melhor
maneira de aumentar o salário é mudando de emprego. Está aí outra
coisa que pouca gente está disposta a fazer, mexer os pauzinhos,
atualizar o currículo e buscar novas e melhores oportunidades
no mercado de trabalho. É chato, eu sei. Mas no meu caso, nunca
consegui dentro de uma empresa ter um aumento de salário
significativo que compensasse o salário de um novo emprego.
Quer ver como funciona? Vamos dizer que você queira economizar
R$2000 para comprar uma passagem aérea. Vou colocar aqui alguns
exemplos de como você pode cortar os seus gastos por um período de
no máximo três meses sem nenhum esforço radical e economizar o
valor necessário para a passagem:
Academia = R$150/mês
Como economizar: trancando por um mês.
Economia = R$150
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Manicure = R$25/semana
Como economizar: fazendo duas vezes por mês e não toda
semana durante dois meses.
Economia = R$100
Economia = R$600
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Almoço diário = R$25
Como economizar = fazendo ou levando o próprio almoço
durante dois meses.
Economia = R$800
Economia = R$360
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Total economizado = R$2010
Cortar cabelo naquele lugar que não é o meu salão preferido, mas
resolve a questão;
Deixo de morar sozinha (essa é a mais difícil para mim e que já tive
que fazer anteriormente). Mas voltar a morar com os pais, dividir
apartamento ou colocar o apartamento para alugar no Airbnb podem
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ser boas alternativas durante o período. Mas vou falar melhor sobre
isso mais pra frente;
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Resistindo às
compras
Não sei se é o meu espírito mão-de-vaca, mas acho tudo caro. Às vezes
encontro algo interessante, mas, se o preço me assustar, fica fácil
desistir. Sou daquelas que acham a coisa linda até descobrir quanto
vale. Isso naturalmente acaba me afastando de comprar o que não
preciso.
Dias atrás, entrei na Zara para olhar algumas coisas (olhar eu sempre
olho) e vi uma bota de que gostei (botas são o meu ponto fraco). Todos
sabemos que o material da Zara não é dos melhores, principalmente
nos sapatos, que acabam desbotando fácil. Mas têm bom design e
preço barato com relação a outras lojas de sapato. No entanto, dessa
vez levei um susto. A bota custava R$450! Tem que ter coragem para
comprar uma bota por esse preço na Zara, uma loja de fast fashion. Eu
não tive.
Para começar, faço uma análise mais profunda para ver se o preço
é justo. Comparo com outras marcas, com outros produtos da loja,
quanto paguei por tal bota que eu tenho, etc. Se concluo que o preço
está bom, que é justo e pagável, parto para a próxima pergunta: mas
eu amei muito?
Bom, eu já tenho bastantes botas, né? Mas elas estão ficando feias
e vou ficar sem opção de uma melhor para ir a uma reunião ou sair.
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Talvez essa seja aquela bota que vou usar nos próximos meses (ou
anos) em várias ocasiões.
(Tenho isso de usar muito a mesma coisa o tempo todo. Acho ótimo,
porque é sinal de que foi uma boa compra, o produto é mesmo bom,
eu amei e estava precisando).
Outras técnicas que ajudam são experimentar e ver que não fica tão
bem assim no corpo e, na dúvida, dar uma voltinha pela loja antes de
passar no caixa. Assim, dá tempo de o impulso de compra ir embora.
Já aconteceu de eu estar com a sacola cheia de coisas prontas para
pagar, desistir no meio do caminho e deixar tudo por ali mesmo. Até a
próxima, Zara.
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compro aquilo que realmente é do meu gosto, que me
sinto confortável em usar e com as cores que eu gosto.
Já me conheço pra saber que não gosto de estampas,
brilhos, penduricalhos, salto alto, etc. Então já nem
arrisco comprar essas coisas. Elas ficam bem para outras
pessoas, não para mim.
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que comprar roupas novas a cada estação. Para o mini
inverno que existe no Brasil, eu acho que basta um
sobretudo básico preto que cabe em qualquer ocasião e
deixa você mais bonita, uma blusinha de malha bonita
para usar por baixo do sobretudo (é com ela que eu vou
ficar quando chegar num lugar e tirar meu sobretudo),
um jeans, uma echarpe pro pescoço, porque você não
precisa de algo pesado como um cachecol, uma bota
(de preferência baixinha e de cano baixo, que dá para
usar com tudo), calça e blusa de moletom bem grandes
e macias para ficar em casa, meias grossas para ficar em
casa também, um gorro e talvez um par de luvas para
fazer um charme (mas você não vai morrer de frio se não
tiver uma). Pronto, é isso. Não dá pra cair na tentação das
roupas de inverno das lojas. Elas sempre mostram roupas
da moda de inverno, o que é tendência. Ou seja, sempre
com algo diferente que você não vai mais querer usar no
próximo ano.
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* Tenho poucas bolsas – uma de marca gringa (a cara),
outra que comprei num brechó em San Telmo, Buenos
Aires, outra de marca brasileira, que uso no dia a dia e
duas para festas.
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Desapega
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ter espaço para as minhas coisas, mas essa falta de espaço me obriga
de tempos em tempos a ter que separar tudo o que não estou usando
e a me desfazer de alguma forma. E por mais que as minhas compras
sejam bem pensadas, não são perfeitas. Há muito a descartar e a
maioria são roupas e acessórios que mal usei.
Se esse processo for difícil pra você, vou tentar facilitar com essa
pergunta: você quer um armário só com roupas que você ama? Então,
você tem que descartar aquelas de que não gosta e que já não caem
bem em você. Essa é a melhor maneira de vestir apenas as suas roupas
favoritas todos os dias.
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vida. Um carro bagunçado só pode mostrar que a nossa vida está
caótica. Além dessa reflexão, se você tiver um carro organizado, é mais
fácil conseguir se concentrar na estrada sem ter que se preocupar com
a bagunça a sua volta.
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Minha casa,
minhas coisas
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Adoro viajar na mesma proporção que gosto de ter um lugar para
voltar. Minha casa é o meu descanso, o lugar onde me reconecto e
onde estão as coisas materiais que têm algum significado pra mim.
Nos momentos de transição de vida, em que tive que passar um tempo
na casa dos meus pais ou de amigos, me sentia perdida. Gosto do meu
espaço, do meu canto para escrever e ficar só. Ter uma casa mantém
certo equilíbrio na minha vida de viajante – viajo para desapegar,
volto para manter os pés no chão.
Desde que deixei a casa dos meus pais, aos dezenove anos, para fazer
faculdade, mudei de casa por dez vezes em quatorze anos. Não estou
falando de casas provisórias. Estou falando de contrato de aluguel,
caminhão de mudança, compra de móveis e contas pra pagar.
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Quando vendi tudo e fui para o Havaí
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para anunciar muitas coisas, inclusive móveis usados. Com o anúncio
no ar, todos os dias alguém vinha buscar alguma coisa, uma cadeira
estilosa, depois o sofá, o quadro rosa da parede, depois a mesa de
jantar que nem era tão bonita, a televisão, cama e assim foi seguindo
até o último item, que era o colchão. No último dia, tive que pedir um
inflável emprestado à vizinha para poder dormir (colchão este que
acabou esvaziando no meio da noite e me deixando no chão).
No apartamento vazio bateu uma tristeza por não ter mais aquelas
coisas, era o fim da minha casa. O apartamento de Saint Paul não era
o primeiro da minha vida, mas era o mais importante. Foi nele que
morei completamente sozinha pela primeira vez, que comprei todas as
coisas que queria ter numa casa e que me acolheu nos invernos mais
pesados e solitários que já vivi.
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fui eu trocar móveis, decoração e tranqueiras por praias paradisíacas,
mergulho com tubarões e aparelhos de snorkeling. Foi quando eu
aprendi que fazia mais sentido gastar o meu dinheiro com viagens
e experiências do que comprando coisas. Essa lição eu nunca mais
esqueci.
Hoje
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anos, pequena, em ótimo estado.
Morando de aluguel
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dia ele disse ‘chega’. Em um mês, estávamos nos mudando para um
apartamento maior e melhor. Pra mim não mudou muita coisa do
ponto de vista financeiro, já que a minha parte do aluguel morando
com o Pedro é o mesmo valor de aluguel que eu pagava sozinha antes
num apartamento e prédio piores. Então, só vi vantagens.
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o apartamento ou quarto no Airbnb para ganhar uma
grana extra. Eu já fiz isso algumas vezes e convenci um
amigo a fazer o mesmo, expulsando o seu roommate,
que só dava problema, e alugando o quarto vago por
temporada. Deu tão certo pra ele que nem precisa alugar
o quarto o mês inteiro para pagar suas contas. No meu
caso, enquanto eu viajava, aluguei o antigo apartamento
em que morava para algumas pessoas. Trancava tudo o
que era pessoal dentro de malas, comprei lençóis novos
e toalhas apenas para os hóspedes e, quando tinha uma
viagem com data marcada, alugava o meu apartamento.
Também tenho alguns amigos que moram sozinhos,
alugam o apartamento inteiro no Airbnb e fogem para a
casa dos pais durante esse período.
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Desapego Digital
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difícil. Mas eu conto com a ajuda do meu namorado, que mora comigo
e, toda vez em que estou no celular por horas desnecessárias, me
diz na maior tranquilidade “deixa o celular um pouco de lado, não
precisa ver isso agora”. Sua calma faz com que eu me sinta uma
pessoa horrível, quase fútil, e logo deixo o celular de lado porque
realmente não preciso. A blogueira americana Leandra Medine, do
site Man Repeller, escolheu o sábado como o dia do detox digital.
Sem whatsapp, sem instagram, snapchat, nada. Estou pensando em
copiar...
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Vida sem carro
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que usei durante dois anos, mas tive que trocá-lo depois de enfrentar
a maior nevasca que já vi. O carro encalhou na neve, foi empurrado
por outro carro pelo para-choque, acelerei demais até estourar o
escapamento e, por fim, o carro teve que ser puxado por uma corda até
chegar em casa. Depois dessa maratona, ele não aguentou e teve que
ser trocado, desta vez por uma Sportage 4x4 – tração nas quatro rodas
não é luxo para quem mora em Minneapolis.
Seguro: US$100/mês
Manutenção: US$100/mês
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fortuna para ter um carro em troca de mais conforto. De transporte
público me acostumei e nunca me arrependi.
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não moram na capital, vou de ônibus ou pego carona com alguém que
esteja indo para a mesma cidade. Existem grupos no Facebook que
ajudam você a fazer isso e até aplicativo de celular que une motorista à
carona de forma segura. Qualquer uma dessas opções é mais barata do
que ter carro.
Se você não mora em São Paulo e/ou em cidades que não têm metrô
ou Uber, por exemplo, entendo que você tem menos opções. Ainda
assim, dá para pensar numa maneira de poupar com transporte.
Meus pais moram em São Carlos, cidade do interior de São Paulo com
300 mil habitantes, e vivem reclamando do trânsito. Não existe metrô,
não existe Uber e as pessoas chegam a ter de dois a três carros por
família. Aí eu fico me perguntando: para uma cidade relativamente
pequena, será que não dá para compartilhar uma carona com
alguém do trabalho? Será que não dá para o marido deixar a esposa
no trabalho e vice-versa? Será que não dá para utilizar a bicicleta?
E trazendo tudo isso para a sua esfera: será que você não consegue
colocar em prática uma dessas ideias aí na sua cidade? Assim todo
mundo sai economizando.
O que eu aprendi:
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A gente não quer
só comida, mas
quase
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Na minha fatura do cartão de crédito o que mais se encontra são
restaurantes, bares, supermercados e afins. Além de precisar comer
para viver, como boa moradora da cidade de São Paulo, gosto de
sair pra jantar. Fazer o que se a cidade tem uma infinidade de
restaurantes? Mais até do que Nova Iorque! Eu não consigo nem
conhecer todos os restaurantes do meu bairro.
Quando voltei dos Estados Unidos para morar no Brasil, tive meu
primeiro emprego de verdade no país. Achei maravilhosa essa ideia de
vale-refeição, mas esquisitérrimo que ninguém conseguia se manter
no valor diário do VR. Ao invés de as pessoas almoçarem em algum
lugar que coubesse no orçamento diário, elas adicionavam o valor
que faltava, que muitas vezes era o dobro. Tudo bem que em muitos
lugares o valor do VR é baixo, mas acho que na maioria das vezes é
comodismo mesmo – já vi funcionários de empresas onde o VR é de
R$35 e as pessoas se sentem à vontade almoçando num lugar onde
a conta é R$50. É como uma amiga minha que tem plano de saúde
pago pela empresa mas só vai em consultas particulares. Eu achei
esquisito esse esquema do VR, mas acabei entrando na mesma onda.
O problema é que a gente gasta mais.
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para o trabalho. Aos poucos vejo o hábito da marmita pegando por
aqui também, mas ainda falta muito para se tornar um costume.
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para não acabar comprando mais do que devia. Dizem que
também não é bom levar crianças ao supermercado porque
elas querem tudo e você acaba não resistindo.
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Relacionamento
Quando vi o Pedro pela primeira vez, ele estava pagando drinks para
todo mundo num hostel em Cusco. Para todos os hóspedes. Pediu para
o cara do bar montar a pirâmide de shots de ‘Bloody bomb’, acendeu
a tocha de fogo típica do drink enquanto tocava “Thrift Shop” do
Macklemore & Ryan Lewis e pagou uma conta de bar de R$1500.
Pedro, além de muito generoso, gasta pra caramba. Ele sempre teve
aquela ideia de que dinheiro tem que fluir, tem que gastar. E foi
namorar justo uma muquirana.
Pedro quer uma TV nova. Eu digo não. Pedro quer almoçar fora todos
os dias. Eu digo não. Pedro quer um carro. Eu digo não.
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aumentam de preço (mas continua deixando a luz acesa).
Eu sempre brinco que o meu desejo era que o Pedro tivesse morado
sozinho antes de morar comigo para que não precisasse conversar
sobre essas questões domésticas. Mas, como não é o nosso caso, acho
que a melhor forma é conversando com paciência. Eu também procuro
sempre deixar claro qual é a minha situação financeira para que ele
tente acompanhar o meu ritmo de gastos.
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Dicas minimalistas
para a vida
2. Tudo o que você tem deve ter um propósito ou trazer alegria para a
sua vida.
Se não significar nada na sua vida, então você tem que estar
disposto a descartá-lo. E não é porque significou alguma coisa
ontem que continuará sendo importante amanhã. Portanto, é
sempre bom se perguntar se aquele objeto tem mesmo algum
valor na sua vida.
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3. Comece seu dia com uma pequena vitória: arrume a cama.
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coisa que não uso em casa e já colocar nessa caixa. Muitas vezes
deixamos de doar porque não sabemos onde colocar aquilo.
Portanto, assim como você tem um lugar para lixo reciclável em
casa, faça também um para descartes e doações.
7. Desacelere.
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jogar fora. Um dos problemas dessa bagunça na mesa é que ela
acaba criando maior ansiedade no nosso trabalho (e nós não
precisamos de mais, né?). A dica dos minimalistas é colocar
tudo dentro de uma caixa e ir retirando os itens conforme você
for precisando durante uma semana. Tudo o que você deixou
dentro da caixa pode ser descartado. Com menos itens, é tão
mais fácil conseguir manter a organização, o foco, e se manter
calmo.
Nathalia Arcuri
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Cristal Muniz
Autora do blog ‘Um ano sem lixo’, a Cristal decidiu aprender como
viver sem produzir lixo ou o mais próximo possível disso. Sua meta
é zerar o lixo que precisa ir para o aterro sanitário, ou seja, os não
recicláveis. No seu blog, ela ensina vários novos hábitos e alternativas
para simplificar a vida e produzir menos lixo.
Marie Kondo
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Controle de
gastos na prática
Economistas vão falar para você fazer uma planilha, os digitais vão
dizer que já existem aplicativos para isso e seu avô vai contar que
marca tudo num caderninho. Eu prefiro dizer para você escolher a
forma que se adaptar melhor para conseguir controlar os seus gastos.
Digo isso porque eu, que não sou nenhuma especialista, já tentei
todas essas opções acima e algumas outras e a única que deu certo foi
fazendo uma conta das minhas finanças e gastos com papel, caneta e
calculadora na mão.
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do que o meu salário, me enrolei toda com o cartão e tinha medo de
olhar a fatura todos os meses. Hoje, confiro todos os itens, vejo onde
estou gastando mais. Se tenho alguma coisa parcelada, gosto de olhar
quanto falta pagar e uso até caneta grifa-texto para destacar algumas
coisas. É uma fatura organizada. E ter apenas a versão digital dela
pode ser mais ecológico, mas não funciona para mim. Gosto de ver no
papel, anotar e guardar, se achar necessário.
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Grana Extra
Já economizou tudo o que tinha para economizar, não tem mais onde
se apertar? Começou a achar que nada vai dar certo, que você não vai
conseguir fazer sua viagem e que é melhor gastar tudo na Zara mesmo
ou no próximo iPhone? Vamos fazer uma grana extra!
Quais são as suas habilidades? O que você sabe fazer que pode gerar
uma grana extra?
É boa na cozinha? Não é difícil vender seus quitutes por aí. Tenho uma
amiga que faz uma renda extra com doces. Investiu num curso e hoje
é uma especialista em brigadeiros. Vai super bem. Se você não sabe
como começar, dê o start enviando amostras para algumas pessoas-
chaves que possam divulgar seu trabalho. Também pode deixar
amostras em bares, lanchonetes e padarias como um teste. Mão na
massa!
Dá pra você virar Uber, alugar seu carro, trabalhar meio período num
café ou bar e até virar passeador de cachorros. Uma amiga minha é a
passeadora oficial de cachorros do bairro.
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Hoje, existem vários grupos no Facebook com anúncios de “freelas” e
jobs buscados pelas pessoas. Já vi muita gente se conectando através
desses grupos. Use a tecnologia a seu favor. Mais pra frente, em
outro capítulo, vou citar outros exemplos do que você pode fazer para
ganhar uma grana extra relacionados à economia compartilhada.
E nada disso precisa ser permanente. Você pode fazer por um tempo,
até alcançar o seu objetivo, estabelecendo metas e prazos.
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Parte II
Não, eu não viajo
o mais barato que
eu posso
Viajar pode até parecer um tema livre, mas está cheio de gente
querendo ditar como você deve ou não viajar. Uma delas é com relação
aos gastos de uma viagem. Sempre que eu posto alguma coisa sobre
valores, aparece alguém para me dizer que gastou bem menos naquela
viagem ou que o hostel que ficou é mais barato ou que tal restaurante
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é caro. Fica difícil fazer um textão no Instagram ou no Snapchat
explicando que eu não procuro a maneira mais barata de viajar, mas
sim aquela que é a melhor experiência para mim.
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Na hora de
escolher o
destino
Por isso, que tal réveillon na Alemanha ou Itália? Longe do verão e dos
lugares trendy de fim de ano.
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Viajar na baixa temporada tem a vantagem dos preços, mas também
uma outra coisinha que eu adoro: os lugares são menos lotados.
Viagem no contrafluxo é a minha viagem preferida. Pouca gente gosta
de frio, neve e tranquilidade.
Muitas vezes escolhemos o destino, mas outras vezes é ele que nos
escolhe. Quem nunca comprou passagem para algum lugar só porque
estava em promoção? Tenho uma amiga que comprou para três países
diferentes num só bug. Além da promoção, o câmbio desvalorizado de
outros países também ajuda. Foi assim que a Ásia ficou famosa entre
os brasileiros – os voos para o outro lado do mundo ficaram mais
baratos, cheios de promoção e o nosso câmbio é mais forte frente a
moeda tailandesa.
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Passagens aéreas
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Por voos baratos já fiz algumas besteiras. Dormir no aeroporto é a
mais frequente, aquela que sempre prometo não fazer novamente.
Mas, não adianta. Ao ver um preço mais barato na minha frente,
esqueço a promessa e lá estou eu com uma conexão longa e noturna
nas mãos novamente. No aeroporto de Kuala Lumpur até havia uma
espécie de cama em cápsula para você dormir. Contudo, infelizmente,
esse conforto ainda não chegou à maioria dos aeroportos.
Uma vez, consegui uma passagem para Paris por US$700 em pleno
carnaval. Que sorte! Porém, com conexão em Nova York na ida e na
volta. É como fazer duas viagens, o dobro do tempo! Tudo para fugir
do carnaval pagando barato.
Na Ásia, achei o preço dos voos internos tão baixos que não confiei
na segurança do avião. Como pode um voo com passagens a US$10
ter um bom piloto e uma boa aeronave? Quando se trata de voar de
avião, você não encontra profissionalismo da minha parte – morro de
medo. Quase embarquei num trem de 36 horas de viagem do norte da
Tailândia até a Malásia. Tudo para não entrar num voo low cost.
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* Existem sites muito eficientes na hora de pesquisar uma
passagem, com diferentes ferramentas que incluem
gráfico de preços, análise de datas e companhias aéreas.
Use e abuse dessas ferramentas antes de comprar uma
passagem.
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barato se você comprar em torno de 53 dias antes da data
da viagem. Para passagens nacionais, 30 dias. Pela minha
experiência, o preço mais barato gira em torno disso
mesmo. Mas não aposte todas as suas fichas nisso e fique
de olho.
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Para se hospedar
Do luxo...
...ao lixo.
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Nem sempre hotel, nem sempre Airbnb, nem sempre albergue. Eu
procuro escolher minhas hospedagens de acordo com a viagem que
estou fazendo. Se eu vou passar uma semana em Budapeste, por
exemplo, prefiro ter uma experiência mais local, me sentir ambientada
na cidade e assim escolho ficar numa casa ou apartamento. Mas se
for uma viagem mais rápida, ou estiver fazendo um mochilão, dá para
encarar um hostel rapidinho. Em caso de cansaço, gasto um pouco
mais e pego um quarto privado. Mas se viajo com o meu namorado,
procuramos um hotel ou um hostel boutique para ficarmos mais à
vontade e curtirmos uma lua-de-mel.
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mas nem tanto para casais ou para quem viaja sozinho.
Escolha bem o seu.
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Mala e mochila
minimalistas
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A mala é o item menos importante da viagem e uma das coisas que as
pessoas mais se preocupam. Vamos deixar essa questão mais simples?
Quando você for fazer a sua mala, é simples: faça da maneira que
achar melhor e, quando pensar que terminou, retire metade do que
você colocou. Você sabe que não vai usar tudo aquilo, e carregar
excessos é sempre um desprazer.
Carregue consigo seus itens mais valiosos para que o ladrão tenha
uma péssima surpresa ao abri-la e não encontrar nada que justifique o
roubo.
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Na hora de fazer a mala
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Só levei uma mala de mão para passar uma
semana em Barbados.
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Bagagem de mão
* Lenços umedecidos.
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Tudo o que é dispensável
* O unicórnio da sala.
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Vamos passear
Machu Picchu.
Ser tratada como um turista robô nunca é legal. Já caí num desses no
interior do México porque não havia outra opção viável para conhecer
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o deserto de Oaxaca. Mas quando chegamos na Riveira Maya, eu e
as minhas amigas decidimos fugir de todos os turistas de Cancun e
alugar um carro para conhecer uma das sete maravilhas do mundo:
Chichén Itza. A maioria das pessoas vai com o ônibus turístico, guia e
bandeirinha. Porém, de carro fomos rindo, comendo, ouvindo nossas
músicas e transformando tudo em risadas. O turismo independente
também tem a vantagem de deixar você livre com horários, se quiser
ficar mais ou sair mais cedo.
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independência, esse tipo de passeio é de graça.
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Viajar não é
sinônimo de fazer
compras
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Um estudo feito pela momondo em 2016 mostra que os brasileiros são
os viajantes mais consumistas do mundo. Cerca de 98% retornam da
viagem com produtos novos.
Além de hora certa para fazer compras, também existe lugar certo. Eu
tenho minhas preferências de acordo com o lugar que vou.
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um cheiro de história por trás.
E quando você quer alguma coisa que é mais barata no exterior mas
não pode viajar pra lá? Só em caso de urgência é permitido você
pedir que tragam algo pra você. É um incômodo para quem tem
que comprar, ocupa lugar na mala e ainda há o risco de ser pego
na alfândega com a muamba. Mas principalmente, repetindo, é um
incômodo. Imagina que, no meio da viagem, a pessoa vai ter que
parar o que está fazendo para procurar algo para você e ainda ter que
carregar aquilo na mala depois. Já ouvi histórias de terror de gente
que teve que trazer carrinho de bebê pra amiga, computador, tênis e
ficar pulando de loja em loja até achar um relógio cafonérrimo que
ficou na moda por muito tempo entre os brasileiros (está aí mais
um motivo para você não pedir esse relógio). Mas se quem estiver
viajando oferecer, garantir e insistir que pode trazer pra você numa
boa (sim, tem que ser a soma dos três itens), nesse caso você aceita.
Para não dar trabalho, compre on-line e mande entregar no hotel do
viajante. Funciona super bem e não incomoda. Ah, mas tem que ser
algo pequeno e que não ocupe espaço na mala do outro, tá?
Souvenir
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com algo que realmente tenha algum significado emocional?
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Comprar para carregar
Fiz o que muita gente costuma fazer numa simples viagem: saí
comprando tudo o que via pela frente de roupas, eletrônicos e objetos
de decoração. Só de roupas e calcinhas eu tinha um estoque para os
três anos seguintes. Chegaria no Brasil desempregada, mas voltei com
um Macbook debaixo do braço e todos os seus acessórios “essenciais”.
Também não sabia onde iria morar, mas já tinha decoração para todos
os cômodos da casa.
Cogitei mandar tudo por container, mas ficava muito caro para enviar
ao porto na Flórida, já que eu morava no norte do país, fronteira com
o Canadá. Então, comprei malas gigantes. Foram seis malas enormes
para caber tudo o que eu havia comprado. Além de gastar com cada
uma das malas, eu também gastei com excesso de bagagem no voo.
Não quero nem lembrar quanto foi, mas não compensou o que eu
havia economizado nas compras.
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Bon appétit!
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Eu não consigo ignorar a culinária local e ficar só cozinhando no
hostel. Gastronomia também é cultura. Imagina ir ao Peru e só comer
pão com queijo? Ou ir à Itália e fazer um macarrão com qualquer
molho de tomate na panela velha do hostel? Quem pode deve gastar
com café-da-manhã, almoço e jantar nos lugares mais deliciosos
que encontrar. Quem não pode basta manter o equilíbrio. Eu sou do
segundo time. Escolho uma refeição do dia para comer com prazer e
nas outras eu como qualquer coisa (dica: McDonald’s é a “qualquer
coisa” mais encontrada mundo afora para economizar durante a
viagem ou te salvar de comidas exóticas).
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* Se não sabe onde ir, peça sugestão ao pessoal que
trabalha no hotel ou hostel em que você está. Descreva
mais ou menos que tipo de lugar você procura com
relação a preços e ambientes para a sugestão ser mais
assertiva. Mas, fique esperto, pois alguns restaurantes
mantêm certa amizade com as hospedagens para
receberem indicações. Você deve perceber se isso
acontecer.
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Conectada? Nem
tanto
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Você pode até ativar o roaming internacional ou comprar um cartão
SIM se não quiser ficar sem internet por nem um minuto sequer
durante a viagem. Mas eu acho muito chato. Vocês sabem, com essa
história de blog eu tenho que manter minhas redes sociais ativas,
principalmente durante as viagens.Mesmo assim, eu coloco limites
para a conexão virtual e utilizo apenas o wi-fi quando encontro
disponível em algum lugar. Dessa maneira, consigo curtir a minha
viagem, me preocupando em ver mais e postar menos.
Se eu que tenho blog não preciso ficar conectada o tempo todo, você
também não precisa. Vai por mim, você vai aproveitar mais a sua
viagem se colocar limites para si mesmo. E você ainda ganha de
presente uma sensação que pouco temos no dia a dia: a liberdade de
não ter que ficar no celular.
100
Economia
compartilhada nas
viagens
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Você pode até não dar bola ainda para a economia compartilhada, mas
já vou logo avisando que esse papo de dividir o que você tem está só
começando.
102
é um site no qual anfitriões oferecem um espaço que tenham na casa
para que outras pessoas possam se hospedar.
Tours e Experiências
Refeições
103
Assim, quem estiver indo para o mesmo lugar pode pegar uma carona.
O legal é que o custo da viagem é dividido e sai barato para todo
mundo, além de você conhecer novas pessoas.
Acho esse legal porque muitas vezes acabamos fazendo uma viagem
que envolve algum esporte e não estamos preparados. O site Spinlister
ainda não está no Brasil. Entretanto, quando você viaja, pode utilizar
o site para alugar uma bike, SUP, ski ou snowboard. O aluguel/
empréstimo também é baseado nos perfis dos usuários, dos produtos,
preços e reviews.
104
Para você gastar
na viagem
Já publiquei por aí alguns estudos que mostram que viajar traz mais
felicidade do que bens materiais. No entanto, já que estamos aqui eu e
você no final deste livro, deixa eu falar um pouco das minhas próprias
emoções sobre o assunto.
Das coisas que me desfiz, nenhuma faz falta. Nem o carro (além de ser
105
um alívio não ter que pagar o IPVA no início do ano). As roupas que
eu fui deixando pelo caminho durante a minha viagem na Ásia, nem
lembro quais foram.
106
Agradecimentos
107
Andreia Dias Berigo, Andreia Zola, Andreza Serra, Anekelle Brito
Figueiredo, Angélica Campos de Oliveira Soldi, Ariane Precoma,
Aryadnne Braun da Silva van de Graaf, Aubirlene Lubek, Bárbara
Romão, Beatriz Castralli Ducci de Souza, Bianca Aparecida Chaves,
Bianca Cristina da Silva, Bianca da Silva Bahia Bahia, Brenda Lopes,
Bruna Chamlian, Bruna da Silva Andrade, Bruna Freitas Santos,
Bruna Leite Mazurchi, Bruna Luise Müller, Bruna Nascimento, Bruna
Nogueira, Bruna Odppes, Bruno Oliveira, Camila Andrade, Camila
Campos Rodrigues Maia, Camila Carneiro de Oliveira, Camila Carolina
de Carvalho, Camila Chiariello, Camila da Silveira Perrud, Camila
Lima, Camila Schweig, Camila Souza, Camila Tanabe, Carla Chaves,
Carla Fernandes Soares, Carla Kanamaru, Carla Silva Sena, Carlos
Eduardo Freitas Costa, Carlos Seki, Carmen Lucia Souza Ballesteros,
Carol Paceli, Carolina Maciel, Carolina Medeiros Gomes, Carolina
Scucato, Carolina T More, Caroline Fernandes Pinto, Caroline Simões,
Caroline Tuna Quintal, Carolline Gregório Santos de Souza, Cassiana
Rodrigues, Cássio Alexandre, Catharina Vale, Celia Regina Bocci da
Silva, César Rodrigues, Charly Opolinski Fagundes, Christiane Almada
Faria, Cibelle Bueno, Cínthia Brenand Bauer, Cinthia Tufaile, Cintia
Elena Nicolau, Clarice Menezes, Clarissa Bravo Marinho Braga,
Claudia Baum Boeira, Claudia Souza de Oliveira Marques, Cristina
Araujo, Cynthia Aparecida dos Santos Silva, Daniel Faria, Daniel
Olimpio, Daniela Almeida, Daniela Martins, Daniele Brune, Daniele
Miras Melenchon, Danielle I S Pessoa Gomes, Danielle Rodrigues
Avelino, Dayane Rodrigues Couto de Souza, Daysianne Amaral,
Debora de Sousa Natal, Debora Grechi Rotundo, Débora Santiago,
Denise Machado, Denize Adriana Larrubia Guillen, Diana Saori,
Diandra Silva, Dilane Vieira Silva, Eduardo Monteiro, Elaine Crozatti,
Elaine Wzorek, Eli Olegario de Aquino, Eliane Maciel, Eliane Ribeiro
de Oliveira, Eliene de Fátima Nonato, Elisa Baldassar Barbosa,
Elisangela Silva, Ellen Kuhnert, Emilia Ventura, Emily Divino,
Emmanuelle Maria Dias Peixoto, Emmanuelle Quites, Erik Galdino,
Erika Rodrigues, Evana Izabely Ribeiro, Eveline Oliveira, Fabiana
Chaves Travençolo, Fabiana Ofugi, Fabianna Rosa, Fabio Coelho,
Fabricio Koiti Senoo, Fabrício Mallmann, Fausto Morabito, Felipe
Cancas, Felipe Fontes, Felipe Junnot Vital Neri, Felipe Silva Santos,
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Fernanda Beuren, Fernanda De Melo Oliveira, Fernanda Gomes
Miranda, Fernanda Lépore Ramon, Fernanda Maria Danin de Araujo,
Fernanda R Castro, Fernanda Serafim, Fernanda Yukari Minami,
Fernando Montes, Felippe Torres, Flávia Genari Murad Carolino,
Flavia Nascimento dos Santos, Flavio Jose Regis Paulo Neto, Floriana
Passos, Franciele R Araujo, Francine Silva Cardoso, Frederico Grohe
Schirmer, Gabriela Farias, Gabriela Meira Maia, Gaia Passarelli,
Giovana Branda Pauletti, Giovanna Jambersi, Gisele Borges, Gisele
Milena Da Rosa Lupiani, Giselli Aldaiane A. Rocha, Giulia Covre,
Giuliana Paduan, Glacidalva Cesar Araujo de Andrade, Gleide Morais
dos Santos, Glilma Carla de Faria Fonseca Fonseca, Guilherme
Makoto Mizutani, Gustavo Guedes, Gustavo Hassen, Gustavo
Inocencio, Gustavo Lopes, Hannah Viviane Severo dos santos Zanon,
Helder do Prado Nascimento, Helena Roldão, Hermes Lopes, Iana
Dürr, Iara da Conceicao de Souza, Ilka Cybelle Muniz Cabral, Inês
Azevedo, Ingrid Pires Leite de Melo, Isabela Piovezan, Isabella Rucos,
Isabella Togniolli, Isabelle Gonçalves do Rosário Dias, Isabelle
Maturana, Ives Silva, Janaina Ribeiro, Janderson Ferreira da Silva,
Jaqueline Ruivo Rabello de Lima, Jaqueline Weijer, Jenifer Carolina
Rosa, Jeronymo Lahyre M Rosado Neto, Jessica Cabral da Silva Lima,
Jessica Seabra Bastos, Jéssica Verissimo da Silva, Joâo Bezerra, José
Arthur Brasileiro de Souza Neto, José Henrique Siqueira, Joyce da
Silva, Julia Pecci, Juliana Aparecida de Almeida Rios, Juliana Ávila,
Juliana Batista de Oliveira, Juliana Beserra, Juliana Contaifer, Juliana
Eisenhardt Escaleira, Juliana Gouveia, Juliana Gulka, Juliana
Magalhães, Juliana Rodrigues Pereira, Juliana Wissinievski Gomes,
Jussara Simoes, Kamila Kanashiro, Kamila Peres, Karen Fernanda
Correia, Karen Menegheti de Moraes, Karin Duque, Karin Henrique,
Karin Vieira, Katia Seligman, Keila Macedo, Késsia Nathaly Pinheiro,
Laís Machado Bitencourt, Lara Mendes Jacob, Larissa Adao, Larissa
Almeida Dias, Laura Rocha, Letícia Barros Freire, Letícia Queiroz,
Leticia Senna, Lia Cerezuela, Liane Maria Martins, Lidiane Silva, Liège
Andréa Zomignani de Kantt, Lilian Cardoso, Livia de Matos, Lívia
Rodrigues, Lívio Drumond Guerra, Lizete Coqueto Kalid, Lorena Sá
Nascimento, Luana Parreira Pires, Lucas Fonseca, Lucas Gomes
Botelho, Lúcia Helena Uchôa, Luciana Janson, Luciana Pereira,
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Luciana Tupinamba, Lucimara Rodrigues, Ludmy Paiva, Luís Antônio
de Souza Casali, Luis Pertile, Luisa Campos, Luísa Schardong, Luiza
Almeida, Luiza Araujo Costa Silva, Luiza Darido da Cunha, Luiza
Trindade Diz, Luize Branca Fachin, Maiara Zaltron, Maíra Soares
Salomão, Maira Yuriko Rocha Miura, Maisa Alves Rezende, Manuela
Evangelista da Silva, Mara Rejane Gomes Elias, Marcela Nering,
Marcela Potsch, Marcella Nunes dos Santos, Marcelle Marinho,
Marcia Alfaia, Márcia Flores Enick, Marcia Maciel, Marco Aurelio
Alves, Marcos Faber Marabesi, Marcos Felipe Carmo Silva, Marcos
Paulo Ferro, Maria Auxiliadora S C M de Souza, Maria Carolina Araujo
Pedroso, Maria Carolina Zanatta Costa, Maria Dalva Sobral Martins,
Maria Drumond, Maria Fabiana Brito Santos, Maria Heloisa Machado
Soares, Mariana Guimarães Merçon, Mariana Leitão, Mariana Lima de
Andrade, Mariana Pedrosa, Mariana Simoes, Mariana Tanganeli,
Mariana Viana Faria de Oliveira, Mariane Soares Lage, Marianne
Gehringer, Marina C Sampaio, Marina Canuto Spiandorello, Marina
Weber, Marise Correia de Oliveira, Marizandra Banderó Miguel,
Marriete Ferreira Morais da Silva, Mary Andrade, Mayara Greggio
Sant Anna, Mayara Ultramar, Meline Varela Lima Saraiva, Michela
Pires, Michele Nascimento, Michele Oliveira, Micheli Rogalski,
Michelle Albuquerque, Michelle Mussio, Michelle Stephanou, Michelly
Bang Gaieski Alfonso, Mithiane Cordova de Oliveira, Monica Silva da
Cunha, Monise Tolentino dos Santos, Munique Garcia, Nádia Corrêa,
Nádia Galdino, Nadima Chalup Ribas, Naej Picanço Bassini, Natalia
Alves Feitosa, Natália Cristina Benício, Natália Negretti, Natália
Vasques Vicentini de Freitas, Natalie Endo Kabakura, Nathália
Fernandes Dantas, Nathalia Nunes, Nathalia Vitorino, Nelci Zanon,
Nilsen Azevedo, Núbia Gomes, Oscar Ricardo de Andrade Nobrega,
Osvanilson Costa Paiva, Paloma Souza, Pâmela Gilmara Casas, Paola
Padilha Silveira, Patricia Balvocius, Patricia ferreira dos santos,
Patricia Luiz de Araujo, Patricia Mesquita dos Santos, Patricia
Mueller, Patricia Ramos Rodrigues, Patrícia Righetto, Paula Notini,
Paula Sakai, Paulo Perussolo, Priscila Andrade, Priscila Conceição,
Priscila Guilhen Gonçalves, Priscila Pôjo dos Reis, Priscila Raiana
Brenner, Priscila Souza Fortuna, Priscilla Favalli, Priscilla Harume
Fernandes, Priscilla Novaes Viana, Rachel Medeiros Bores, Rafael
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Reis, Rafaela A de Carvalho, Rafaela Cardoso, Rafaela Chagas Silva,
Rafaela Cursino, Rafaela Graciliano, Rafaela Marinho, Rafaela
Tomaselli, Rafaella Alves de Oliveira, Rain Tenille S Prates Rooke,
Raissa Campos Costa Ferreira, Raquel Nakazato, Rayza Jansen,
Regina Sales, Reginaldo da Silva Livramento, Renata Barbosa da Silva
Cruz, Renata da Martins, Renata Dantas, Renata Godinho, Renata
Graeser, Renata Lopes Gomes de Oliveira, Renata Paranhos, Renata
Pedrosa Gomes, Renata Rocha, Renata Souza, Renata Ucha Campos,
Rita de Cássia Andreota, Roberta Santos, Rodrigo Aparecido Lima
Batista, Rodrigo Roberto Barros, Romilda Sartori, Rosiane
Albuquerque, Roxane Almeida, Rubem Ferresi Jr, Rutiele de Moraes,
Sabrina Fares, Sabrina Sanny Moreira Fontes, Samanta Elea Soares,
Samara Pinheiro, Sandra Kina, Sara Fernandes Figueiredo dos Santos,
Sergio Aragão, Silvana Silva, Silvia Machado, Simone Oliveira Chaves,
Simone S Santos, Sinda Morgade, Solange Maria Barbosa de Souza,
Sonia Gammaro, Sônia Maria Bueno Pauletto, Soraia Pereira da Silva,
Stefanie Moreira Vicente Ferraz, Stella Maria Souza, Suelen Cristian
de Freitas Morais, Suélen Lionzo, Sunny Kelma O Miranda, Taline
Coradini, Talita de Andrade Dantas, Talita Tânia Ribeiro, Talita
Trombin, Talyta Nara de Oliveira Monteiro, Tania Mara Stahlke, Tania
Silva, Tatiana de Souza Fernandes, Tatiana Rioli, Tatiana Rodrigues
Silva, Tatiane Lima, Telma Araujo Souza, Tereza Raquel de Sá Freire
Miranda, Thainá Castillo Salin, Thainá Kedzierski, Thais Anjos
Correia, Thais Cerpa, Thais Souza Nunes, Thalita Scharr Rodrigues,
Thamy Pimenta, Thatiane Ferrari, Thelma Alves, Thiago Tôca Santos,
Tiago Spack, Tuane Linhares, Ulyana de Almeida Correia, Vanessa
Batista, Vanessa Becker, Vanessa Cristina Santos, Vanessa Levin,
Vanessa Zago de Oliveira, Vania Eliza da Cunha, Veridiana Sedeh,
Verônica Coelho, Victor Lima da Silva, Vinícius Nunes Dantas,
Virginia Rezende Santos, Vitoria Teixeira Cabral, Vivian L D B Giglio,
Viviane Filiú, Walmira Bezerra dos Santos, Willian Crisostomo,
Wilson Alexandre da Silva, Yuri Anne Tanaka Miyadaira e Yuri
Rodrigues.
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