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Sistema linfático

Principal sistema de defesa do organismo Imunidade adaptativa (específica) se refere às


defesas que envolvem reconhecimento específico de
O Sistema linfático representa a via acessória por um microrganismo uma vez que ele passou pelas
meio da qual o líquido pode fluir dos espaços defesas da imunidade inata
intersticiais para o sangue. .
A imunidade adaptativa se baseia em uma resposta
É importante notar que os linfáticos transportam para específica a um microrganismo específico; ou seja, ela
fora dos espaços teciduais proteínas e grandes se adapta ou se ajusta para lidar com algo específico.
partículas, que não podem ser removidas por A imunidade adaptativa envolve os linfócitos (um tipo
absorção direta pelos capilares sanguíneos. Esse de leucócito) T e B.
retorno da proteína para o sangue dos espaços
intersticiais é função essencial, sem a qual ESTRUTURA
morreríamos em torno de 24 horas.
O sistema linfático auxilia na circulação dos líquidos
IMUNIDADE corporais e ajuda a proteger o corpo contra os
agentes causadores de doenças.
O sistema linfático é responsável pela imunidade
adaptativa (e alguns aspectos da imunidade inata). Ele consiste em um líquido chamado linfa, em vasos
Esse sistema está intimamente ligado ao sistema chamados vasos linfáticos que transportam a linfa, em
circulatório, e também atua com o Sist. Digestório na diversas estruturas e órgãos que contêm tecido
absorção de alimentos gordurosos. linfático ( linfócitos dentro de um tecido de filtragem),
e em medula óssea.
Imunidade ou resistência é a capacidade de afastar
uma lesão ou doença utilizando nossas defesas. FUNÇÃO
Vulnerabilidade ou falta de resistência é denominada 3 principais funções:
suscetibilidade.
1 – Drenar o excesso de líquido intersticial
Imunidade inata (inespecífica) se refere às defesas
que já existem por ocasião do nascimento. A Os vasos linfáticos drenam o excesso de líquido
imunidade inata não envolve reconhecimento intersticial dos espaços teciduais e o devolvem ao
específico de um microrganismo e atua contra todos sangue. Esta função conecta-o intimamente com o
os microrganismos da mesma maneira. sistema circulatório. Na verdade, sem esta função, a
manutenção do volume de sangue circulante não
Primeira linha de defesa (as barreiras físicas e seria possível.
químicas da pele e das túnicas mucosas).
2 – Transportar lipídios oriundos da dieta.
Segunda linha de defesa (as substâncias
antimicrobianas, as células exterminadoras naturais – Os vasos linfáticos transportam lipídios e vitaminas
NK, natural killer – os fagócitos, a inflamação e a lipossolúveis (A, D, E e K) absorvidas pelo sistema
febre). digestório.

A resposta imune inata representa o sistema de alerta 3 – Desempenhar respostas imunes


inicial da imunidade e é projetada para evitar que os O tecido linfático inicia resposta altamente específicas
microrganismos entrem no corpo e para ajudar a
dirigidas contra microrganismos ou células anormais
eliminar aqueles que conseguem entrar.
específicas.
VASOS LINFÁTICOS E CIRCULAÇAO DA o líquido intersticial flua para dentro, mas não para
fora.
LINFA
Os vasos linfáticos começam como capilares linfáticos.
Estes capilares, que estão localizados nos espaços
entre as células, são fechados em uma das
extremidades.

Assim como os capilares sanguíneos convergem para


formar vênulas e então veias, os capilares linfáticos se
unem para formar vasos linfáticos maiores.

→ Quando a pressão é maior no líquido intersticial do


que na linfa, as células se separam discretamente, e o
líquido intersticial entra no capilar linfático.

→ Quando a pressão é maior no interior do capilar, as


células aderem mais entre si e a linfa não consegue
retornar ao líquido intersticial. A pressão é aliviada
conforme a linfa se move adiante pelo capilar
linfático.

Ligados aos capilares linfáticos estão os filamentos de


ancoragem, que contêm fibras elásticas. Eles se
estendem para fora do capilar, anexando as células
endoteliais linfáticas aos tecidos circundantes.

Em intervalos ao longo dos vasos, a linfa flui pelos Quando o excesso de líquido intersticial se acumula e
linfonodos, órgãos encapsulados em forma de feijão causa edema do tecido, os filamentos de ancoragem
que consistem em massas de linfócitos B e linfócitos são puxados, tornando ainda maiores as aberturas
T. entre as células para que mais líquido possa fluir para
o capilar linfático.
Na pele, os vasos linfáticos se encontram no tecido
subcutâneo e geralmente acompanham as veias; os
CANAIS LINFÁTICOS DO CORPO
vasos linfáticos das vísceras geralmente acompanham
as artérias, formando plexos em torno delas. Os Quase todos os tecidos corporais têm canais linfáticos
tecidos que não apresentam capilares linfáticos especiais, que drenam o excesso de líquido
incluem os tecidos avasculares (como a cartilagem, a diretamente dos espaços intersticiais. As exceções
epiderme e a córnea do olho), a parte central do incluem as porções superficiais da pele, sistema
sistema nervoso, partes do baço e a medula óssea. nervoso central, o endomísio dos músculos e os ossos.
Entretanto, esses tecidos têm canais minúsculos
CAPILARES LINFÁTICOS chamados de pré-linfáticos, pelos quais o líquido
intersticial pode fluir; esse líquido é, por fim, drenado
Têm maior permeabilidade do que os capilares
para vasos linfáticos ou, no caso do encefálo, para o
sanguíneos e, assim, conseguem absorver moléculas
líquido cerebrospinal e dele diretamente volta ao
grandes como as proteínas e os lipídios.
sangue.
Têm uma estrutura das células endoteliais que
No geral, todos os vasos linfáticos da parte inferior do
formam a parede de um capilar linfático se
corpo escoam-se por fim para o ducto torácico
sobrepõem de forma unidirecional que possibilita que
(linfático esquerdo) que, por sua vez, escoa-se para o
sistema venoso de sangue, na junção da veia jugular as veias) e força a linfa em direção à junção entre as
interna esquerda com a veia subclávia esquerda. veias jugular interna e subclávia.

A linfa do lado esquerdo da cabeça, do braço 2 – Bomba respiratória.


esquerdo e de partes da região torácica também
penetra o ducto torácico antes de se escoar nas veias. O fluxo de linfa é também mantido pelas alterações
de pressão que ocorrem durante a inspiração. A linfa
A linfa do lado direito da cabeça e pescoço, braço flui da região abdominal, onde a pressão é maior, para
direito e partes do hemitórax direito segue pelo ducto a região torácica, onde é mais baixa. Quando as
linfático direito (muito menor que o ducto torácico) pressões se invertem durante a expiração, as válvulas
nos vasos linfáticos evitam o refluxo da linfa. Além
disso, quando um vaso linfático se distende, o
músculo liso de suas paredes se contrai, o que ajuda a
mover a linfar de um segmento do vaso para o
seguinte.

FORMAÇÃO DA LINFA
A linfa é derivada do líquido intersticial que flui para
os linfáticos.
PLASMA SANGUÍNEO – é filtrado dos capilares
Como as veias, os vasos linfáticos contêm válvulas,
sanguíneos para os espaços intersticiais para se tornar
que asseguram a circulação linfática unidirecional.
o líquido intersticial.
A linfa drena para o sangue venoso pelo ducto
CAPILARES LINFÁTICOS – Absorvem o líquido
linfático direito e pelo ducto torácico na junção entre
intersticial e passam a linfa para os vasos linfáticos
as veias jugular interna e subclávia. Assim, a
aferentes
sequência de luxo de líquido é dos capilares
sanguíneos(sangue) → espaços intersticiais (líquido VASOS LINFÁTICOS AFERENTES - transportam a linfa
intersticial) → capilares linfáticos (linfa) → vasos dos capilares para os linfonodos.
linfáticos (linfa) →ductos linfáticos (linfa) → junção
entre jugular interna e subclávia (sangue). LINFONODOS – Filtram a linfa e removem substâncias
estranhas por meio da filtração, fagocitose e reações
As mesmas duas “bombas” que ajudam no retorno imunológicas.
venoso ao coração mantêm o fluxo da linfa.
VASOS LINFÁTICOS EFERENTES – Transportam a linfa
1 – Bomba de músculo esquelético. dos linfonodos.

A “ação de ordenha” das contrações do músculo VÁLVULA – Garante o fluxo unidirecional da linfa
esquelético comprime os vasos linfáticos (assim como
VASOS LINFÁTICOS – Passam a linfa para os ductos Além de produzir substâncias como a timosina e a
linfáticos. timina, o timo produz anticorpos(linfócitos T),
atuando desse maneira, na defesa do organismos.
DUCTOS LINFÁTICOS – Drenam a linfa para a junção
entre as Veias jugular e subclávia do sistema
circulatório.

ORGÃOS E TECIDOS LINFÁTICOS


Os órgãos linfáticos são divididos em 2 grupos:

Órgãos linfáticos primários – são os locais em que as


células-tronco se dividem e se tornam
imunocompetentes, isto é, capazes de elaborar uma
resposta imune. – medula óssea e o timo.

As células-tronco pluripotentes da medula óssea dão


origem a linfócitos B maduros e imunocompetentes, e
a células pré-T. As células pré-T por sua vez migram
paro o timo, onde se transformam em linfócitos T
imunocompetentes.

Órgãos linfáticos secundários – São os locais em que


ocorre a maior parte das respostas imunes. –
linfonodos, baço e nódulos linfáticos (folículos).

O timo, os linfonodos e o baço são considerados


órgãos porque são circundados por uma cápsula de
tecido conjuntivo; os nódulos linfáticos, por outro
lado, não são considerados órgãos, porque carecem
de uma cápsula.

Linfonodos(gânglios linfáticos)

São chamados de nódulos linfáticos.

São responsáveis por filtrarem a linfa antes dela


retornar ao sangue. Além disso eles atuam na defesa
do organismo, impedindo a permanência de partículas
estranhas no corpo.

Baço

Maior dos órgãos linfáticos, está localizado abaixo do


diafragma e atrás do estômago.

Responsável pela defesa do organismos e exerce as


seguintes funções: produção de anticorpos e
hemácias, armazenamento de sangue e liberação de
hormônios.

TIMO

Localizado na cavidade torácica, próximo do coração.

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