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Curso de Mediunidade
Curso de Mediunidade
APOSTILA DE ESTUDOS
MEDIUNIDADE
HENRIQUE POMPÍLIO DE ARAÚJO
MEDIUNIDADE
(APOSTILA DE ESTUDOS)
EDITORA.....................................................
........................................................................
ÍNDICE
01.Reciclagem mediúnica – Mediunato................................................... 006
02.Mediunidade e responsabilidade......................................................... 011
03.Como saber se sou médium................................................................ 014
04.O afloramento mediúnico e como desenvolver a mediunidade.......... 016
05.Animismo e espiritismo...................................................................... 018
06.Tipos de mediunidade......................................................................... 022
07.Educação mediúnica............................................................................ 024
08.Evolução da mediunidade.................................................................... 026
09.Fenômeno mediúnico na antiguidade.................................................. 028
10.O diálogo com os espíritos encarnados............................................... 029
11.Conduta espírita................................................................................... 031
12.Obsessão e desobsessão...................................................................... 033
13.A psicofonia........................................................................................ 035
14.A psicografia........................................................................................ 038
15.Para onde vão os espíritos após a morte.............................................. 040
16.Cidades umbralinas............................................................................ 044
17.Perda ou suspensão da mediunidade.................................................. 047
18.Patologias, doenças, sofrimentos derivados da mediunidade............. 052
19.Emancipação da alma.......................................................................... 055
20.Influências do meio sobre o médium................................................... 058
21.Bicorporeidade, transfiguração, ubiqüidade......................................... 059
22.Provas da reencarnação, lembranças do passado.................................. 061
23.Planejamento espiritual.......................................................................... 063
24.Desenvolvimento mediúnico................................................................. 065
25.Sintonia Mediúnica................................................................................. 080
26.Sintonia Mediúnica – Perguntas e respostas.......................................... 084
27.Espíritos imperfeitos............................................................................. 088
28.Mediunidade de Cura............................................................................ 093
29.Benefícios da mediunidade................................................................... 106
30.Cuidados com a mediunidade................................................................ 108
31.Compromisso mediúnico....................................................................... 115
32.A mesa mediúnica: uma prática............................................................. 118
33.Das evocações........................................................................................ 122
34.Dos lugares assombrados........................................................................ 126
35.A mediunidade na criança e no jovem.................................................... 131
36.Mediunidade nos animais....................................................................... 134
37.Estrutura energética das sessões............................................................ 140
38.Desvios perigosos................................................................................... 155
39.O que se encontra e o que não deve ser encontrado em uma casa espírita159
40.Umbanda não é Espiritismo.................................................................... 166
41.Fofocas, mãe de todos os pecados.......................................................... 168
42.Concentração Espiritual.......................................................................... 172
APRESENTAÇÃO
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É ponto passivo que quanto mais forem observados fatores éticos, mais e
mais se aprimora a faculdade. Com o tempo, nesse exercício constante de
auto-superação, acontecerão condições cada vez mais positivas para marcha
evolutiva na libertação do ser.
Dá para perceber que o campo mental desse médium é diferente dos demais.
Pela sensibilidade aflorada (quando desconhecedor e sem saber lidar com o
processo) continuamente sua mente se vê assediada por ondas mentais
carentes de auxílio, atenção, esclarecimentos. No rejeitar, não querer,
protelar, não saber, envolve-se em perturbações, influenciações intensas que
podem culminar em idéias fixas, desequilíbrios dos mais variados sintomas.
Surgem estes naturalmente, uma vez que a potencialidade psíquica
permanece "aberta", pronta para o intercâmbio, sem disciplina, controle ou
educação.
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3 - Em qualquer dos casos, é o médium alguém privilegiado
merecedor de posições de relêvo no Centro Espírita ou entre os
espíritas?
2) nem todo que chega contando que vê, ouve ou sente é médium.
Cada Centro se adequará dentro da sua realidade, porém é básico que não
poderão faltar entre outros temas (estudos aprofundados) como:
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• Instrução - Educação: definições; diferenças; o conhecimento
incorporado em atitudes.
• Preparação do ambiente: instruir; educar; vivenciar (caráter
intelectual); renovação íntima (caráter individual); educação (caráter
moral).
• O médium e sua sensibilidade: conceito de médium; conceito de
sensibilidade; como identificar? como diferenciar? etc.
• Animismo: o que é? como se apresenta? como entender? como lidar?
a própria pessoa; o dirigente do trabalho; é um bem? um mal?
repercussões quando se sabe, ou não, lidar com o aspecto.
• Fluidos: o que é? sua ação; importância de conhecer; a ação do
pensamento e da vontade, etc., etc.
• Perispírito: o que é; sua importância; natureza, propriedades e
função; ponto básico para o acontecimento mediúnico; O Livro dos
Médiuns.
• Mediunidade: retoma o conceito do 1.° estudo / abre para quem é
médium fazendo ligação com os itens até então estudados entrando em
sintonia / como agir - como mudar padrões mentais.
Nota: a partir daqui pode se iniciar os exercícios práticos que sempre serão
precedidos do estudo ensinando a concentrar / a perceber e analisar o que
sente / até culminar na manifestação - a ação e aquiescência, vontade do
médium facilitando, dificultando ou impedindo o ato mediúnico.
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• Médiuns interesseiros
• Mediunidade gratuita
• Fraudes
• Natureza das Comunicações
• Identidade dos Espíritos
• Evocações
• Evolução da Fenomenologia Mediúnica - Fenômeno e Doutrina
• Mecanismo das Comunicações - A epífise - Os centros de força
• Sintonia Vibratória - O trabalho do médium
• O problema mediúnico
• A reunião mediúnica - Preparo de médiuns e dirigentes
• Orientação para prática mediúnica
• Educação e Vivência mediúnica
Também deve ficar a cargo de cada casa. Indica a prática que há um bom
aproveitamento diálogo/estudo/troca entre 1h e 1h30 assim divididos: 45
minutos para estudo da Mediunidade; +/- 10 minutos para um tema
evangélico e o restante para parte prática - encerramento e avaliação.
Livros consultados:
• Kardec, Allan - O Livro dos Médiuns
• Andréa, Jorge - Psicologia Espírita - vol. 2 - 1.ª edição
• Emmanuel - Roteiro - 3.ª edição - estudo 27
• Emmanuel - Emmanuel - pág. 66 e 67
• Autores Diversos - Desafios em saúde mental - estudo 17
• Herculano Pires - Mediunidade cap. I e II
• Joanna de Ângelis - Dimensões da Verdade - pág. 19 a 21
2 - MEDIUNIDADE E RESPONSABILIDADE
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Quem nasceu para ser um médium ostensivo, precisa desenvolver com
responsabilidade este lado. Não cumprir é fugir do compromisso assumido. Se a
pessoa não se desenvolve vai ter uma vida muito complicada: vai ter alucinações,
pesadelos, muitas preocupações, problemas financeiros e de saúde, problemas na
família, epilepsias, depressões, labirintites e outros tipos de doenças mentais. Mas
são poucos que nasceram preparados para desenvolver a mediunidade ostensiva.
A finalidade da mediunidade é ajudar os espíritos inferiores e a nós mesmos,
mas a maior finalidade mesmo é fazer com que todos façam uma reforma íntima
total. Que a pessoa vá nascendo de novo, deixando de lado: os vícios, as maldades,
o orgulho, a vaidade, o ódio, a preguiça, a ignorância, a fofoca.
O combate aos vícios deve ser constante: vamos deixar de freqüentar os
barzinhos, de tomar bebida alcoólica, do fumo, dos jogos, do sexo desenfreado com
parceiros diferentes. A pessoa precisa voltar à origem, ou seja, voltar a ser humilde,
simples como antigamente.
O médium precisa ler obras especializadas, não ficar somente com os livros
de Kardec, mas ler todas as obras que forem aparecendo, buscar na Internet,
pesquisar, conversar com pessoas que sabem um pouco mais. No Espiritismo não
existe mestre, mas existem pessoas bem preparadas. Não podemos continuar
ignorantes em assuntos de Espiritismo.
Ao conversar com alguém devemos ter o cuidado de não criticar ninguém,
nem os encarnados, nem os desencarnados. É falta de amor criticar alguém que está
ausente, deturpando a sua imagem. Se tivermos qualquer problema com alguém,
procuremos esta pessoa e conversaremos abertamente com ela procurando sanar
todos os problemas.
Numa mesa mediúnica todos são importantes: os dirigentes na direção do
trabalho, os esclarecedores com suas orientações, os médiuns passistas com o
socorro necessário, os médiuns ostensivos para as incorporações, os médiuns
psicógrafos para receber as mensagens escritas, os médiuns videntes para ver o que
se passa em torno da mesa, os médiuns de sustentação para as vibrações e ajudar
com orações aos espíritos inferiores. Se pudéssemos ver com os olhares dos
espíritos, veríamos que as nossas vibrações formam uma grande luz que inebria a
todos e é neste clima de união que os nossos perispíritos se unem aos perispíritos
dos desencarnados e obtemos os diversos tipos de comunicações.
É preciso entender que ser um bom médium não é para se exibir, se mostrar,
ter orgulho. Estamos trabalhando para Cristo. É a oportunidade que queríamos e a
pedimos a Deus. Por que aqui não vamos cumprir aquilo que tanto pedimos e fomos
atendidos? Mediunidade é sacrifício, portanto não vamos esperar bonanças por ser
um bom médium. Todos passarão por sérias dificuldades. A mediunidade nos ajuda
a vencer as barreiras, e tira as dívidas que temos. Se devemos, temos que pagar.
Também não devemos esperar ir para um bom lugar do outro lado. Não sabemos o
tamanho de nossas dívidas e nem se conseguimos fazer o pagamento total. Uma
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coisa é certa: se a pessoa trabalhou com amor, dedicação, afinco, sem esperar nada
em troca, vai sim, estar bem assessorado no outro mundo, vai sentir mais facilidades
em prosseguir a jornada em melhores lugares e condições.
Ao desencarnamos todos aqueles a quem ajudamos vêm nos encontrar com
braços abertos, não teremos tantos inimigos. Teremos ao nosso lado nossos
mentores que nos esperam. As nossas dúvidas serão retiradas. Entenderemos melhor
nossas condições.
Trabalhemos com responsabilidade, amor, carinho, dedicação. Cristo e os
nossos mentores estão sempre ao nosso lado. Não nos preocupemos com o outro
lado. Deus sabe do que merecemos e do que precisamos. Vamos dar atenção no
aqui, agora, hoje. Fazermos o bem a todos que de nós necessitarem. Melhorar esta
nossa humanidade. Cresceremos juntos, unidos no mesmo amor, com muito
trabalho, muita dedicação.
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03. COMO SABER SE SOU MÉDIUM
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manifestações mediúnicas é por sua falta de equilíbrio emocional e por sua
ignorância do que seja a mediunidade, ou porque está sob a ação de espíritos
ignorantes, sofredores ou maus. A pessoa que possui tais problemas precisa ser
ajudada até se equilibrar psiquicamente através de passes, vibrações,
esclarecimentos doutrinários. Também deve fazer uma consulta médica. Só depois,
bem mais tarde, ir para uma mesa mediúnica.
Para o desenvolvimento mediúnico, somente deve ser encaminhado quem
esteja equilibrado e doutrinariamente esclarecido e conscientizado.
A mediunidade ostensiva pode ser percebida quando:
a)houver comprovada vidência ou audição no plano espiritual;
b)se dá o transe psicofônico (falante ) ou psicográfico (escrevente);
c)há produção de efeitos físicos – sonoros, luminosos, deslocação de objetos,
desdobramentos, etc.
Mas na verdade, nenhum destes fenômenos, podem dizer claramente que a
pessoa pode ser um médium ostensivo. Como descobrir então? Somente com o
estudo e a prática da mediunidade. Por este motivo temos os desenvolvimentos
mediúnicos em quase todos os centros espíritas. Como se caracteriza esse
desenvolvimento? Pelo estudo das obras de Kardec e outras similares e da prática.
A pessoa deve ir praticando as diversas modalidades de mediunidade: Psicofonia,
psicografia, vidência, transporte, desdobramentos, sempre acompanhado de pessoas
experientes nestas áreas. A pessoa pode desenvolver uma destas modalidades com
facilidade, algumas, apenas pequenos vestígios de uma ou de outra e outras pessoas
nada conseguem. Seu trabalho ficará perdido? Claro que não. Ele não imagina a
ajuda que deu aos espíritos inferiores que vieram receber as energias de que
precisam para se melhorar. Ser médium é fazer a maior das caridades: a pessoa está
doando seu próprio corpo em auxilio de muitos necessitados.
Se a pessoa descobrir que é um médium escrevente – deve praticar esta
modalidade com mais afinco, pois este é o seu tipo, assim como os que se
desenvolverem mais para a psicofonia, a vidência, etc.
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04.O AFLORAMENTO MEDIÚNICO E COMO
DESENVOLVER A MEDIUNIDADE
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05.ANIMISMO E ESPIRITISMO
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a)Fixação mental - Imaginemos agora uma criatura que busque um núcleo
mediúnico onde apenas funcione o intelectualismo pretensioso, seguido de
doutrinação periférica, sem o menor sentido de fraternidade – o médium gravará
estas idéias e suas conclusões a esse respeito e numa mesa mediúnica poderá vir
expô-la como se fosse um outro espírito e não o dele mesmo.
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mediu e, sim objeto de exame e análise competente e serena com a finalidade de
apurar o sentido do fenômeno, seu porque, suas causas e conseqüências.
O doutrinador deve cuidar dessas manifestações como se fosse a de um
espírito qualquer. Deve dar o mesmo tipo de orientação, de amor, de carinho, de
bondade. O doutrinador não tem certeza de que o fenômeno é anímico, mas se ele
desconfia, ele pode levar ao espírito alguma coisa que ele mesmo possa ir
desconfiando. Por exemplo: Se um espírito fala que viveu numa determinada época
antiga, pode-se perguntar se ele gostava de fazer alguma coisa atual: computador,
por exemplo.
Os fatos anímicos não podem ser condenados no espiritismo. Pelo contrário
deve-se ser tratado como preparação para acontecer os fatos mediúnicos. Não há
espírita que não tenha animismo. Animismo é a força do espírito encarnado. É o
movimento que ele faz, é a vida que ele tem. É como um músico e o seu violino. O
violino tem um som belíssimo, mas só se o músico o executar. Sozinho ele não
produz o som, mas ele tem todos os argumentos para produzi-lo.
É preciso não confundir animismo com mistificação. Mistificação é a mentira
que o médium faz por alguma razão. Este sim, precisa ser sanado, porque este é
prejudicial. Mistificação: São os escolhos mais desagradáveis da prática espírita;
mas há um meio de evita-los, o de não pedires ao espiritismo nada mais do que ele
pode e deve dar-vos; seu objetivo é o aperfeiçoamento moral da humanidade.
Desde que, não vos afasteis disso, jamais sereis enganados, pois não há duas
maneiras de compreender a verdadeira moral, aquela de que todo homem de bom
senso pode admitir; mesmo que o homem nada peça, nem que evoque, sofre
mistificações, se aceitarem o que dizem os espíritos mistificadores. Se o homem
recebesse com reserva e desconfiança tudo que se afasta do objetivo essencial do
espiritismo, os espíritos levianos não o enganariam tão facilmente.
Mistificar: Quer dizer; enganar , trapacear, burlar, tapear, iludir, iniciar alguém
nos mistérios de um culto, torna-lo iniciado, abusar da boa fé.
“Do que se conclui que só é mistificado aquele que merece”
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6.TIPOS DE MEDIUNIDADE
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1)Mecânica – O espírito pega na mão do médium e escreve o texto. Neste caso o
médium não tem
noção do que está escrevendo e escreve com a própria letra do espírito.
2)Intuitiva – O médium capta o pensamento do espírito e escreve o que ele quer
comunicar.
3)Semi-mecânica – o médium sabe do assunto que o espírito está escrevendo, tem
noção, mas
quem escreve é o espírito
4)Ditada – O espírito vai ditando e o médium vai escrevendo. Neste caso o médium
tem a mediunidade de audiência.
e)Médiuns sensitivos ou impressionáveis – Sentem a presença dos espíritos.
f)Médiuns audientes – Ouvem o que o espírito quer dizer.
g)Médiuns sonambúlicos – Agem de duas formas:
1.Fatos anímicos – produzidos por seu próprio espírito
2.Fatos espíritas – produzidos pelos espíritos.
h)Médiuns curadores – Podem curar através dos espíritos
i)Médiuns pneumatógrafos – Podem produzir a escrita direta. São raros os médiuns
desta categoria.
j)Médiuns de pictografia – os que têm capacidade de desenhar através dos espíritos.
Para haver uma boa ligação espiritual é necessário que todos estejam bem
concentrados. Concentrar-se é pensar em uma só coisa o tempo todo: por exemplo
em Jesus Cristo, em
Deus, num lugar calmo, etc. Com isto estabelece-se a Vibração ou seja, uma espécie
de onde que circula em torno da mesa. Todos pensamento no bem, na paz, no amor
percebe-se a Sintonia com a espiritualidade. Se um médium estiver pensando
diferente, pode haver quebra de sintonia no ambiente, dificuldade para estabelecer a
ligação com a espiritualidade ou a vinda de irmãos que estão sintonizados com
aquele médium que pensa diferente. A prece ajuda a sintonia, pois melhora a
energização do ambiente e a ligação espiritual.
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7.EDUCAÇÃO MEDIÚNICA
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b)Concentração – Concentre-se positivamente, nada de problemas de casa, do
trabalho, da família, das finanças;
c)Não descontrolar quando estiver incorporado – evite gritar, bater na mesa,
derrubar cadeiras, falar palavrões
d)Agressão – não se levante, nem agrida fisicamente ninguém e se puderes evite
agressões verbais
e)Batidas – deve-se evitar qualquer tipo de batidas na hora do trabalho mediúnico.
Isto interfere na concentração e indubitavelmente na comunicação;
e)Cabeça na mesa – não vergue a cabeça sobre a mesa. Isto dá sono, desarticula a
cooperação mental e propícia a hipnose por parte de enfermos desencarnados;
f)Interferência de terceiros – Não permita que terceiros interfira na comunicação
espírita com conversação, questionamentos. Deixe este lado para o esclarecedor.
Em todos os casos não deixe de orar. Todos os médiuns de sustentação
devem orar para cooperarem com o esclarecedor e melhorar o estado do espírito
comunicante.
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8.EVOLUÇÃO DA MEDIUNIDADE
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protetoras das artes e do amor, os deuses Lares e Penates – eram espíritos protetores
da família. Daí para a crença em um Deus único foi um passo. Todo o mundo
possuía inúmeros deuses, exceto os Hebreus e foi por este motivo que Cristo nasceu
junto aos Hebreus.
Os “oráculos” constituem o centro da orientação de toda a vida urbana e
rural, política e religiosa.. A Grécia foi o centro da mediunidade oracular e Delfos
foi considerado o mais famoso oráculo de que se tem notícia. O oráculo representa a
própria divindade, mas os médiuns também adquiriam este nome. Assim fazia-se
uma consulta a um oráculo ou a uma Pitonisa. São os nossos médiuns atuais,
embora não façamos consultas particulares. Como é que eram estes oráculos ? Às
vezes eles ouviam rumores e interpretavam a sua maneira, consultavam as estrelas,
consultavam os intestinos dos animais, consultavam os deuses da época. No velho
testamento vemos muitos reis consultarem os oráculos como Saul que consultou a
Pitonisa e falou com Samuel.
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9.O FENÔMENO MEDIÚNICO NA ANTIGUIDADE
A manifestação do fenômeno mediúnico na antiguidade, estava fundamentada
em um emaranhado de crenças e superstições com a ocorrência de cerimônias
ritualísticas públicas, ou na intimidade dos templos, nos chamados processos
iniciáticos. Muitos rituais das igrejas são dessa época ainda. As manifestações
mediúnicas apresentavam duas faces:
a)A externa ou exotérica – Destinada mais ao grande público, era politeísta,
teatral, supersticiosa, mágica.
b)A interna ou esotérica - de essência monoteísta, secreta, culta, envolvendo
graus ou etapas de iniciação ao conhecimento psíquico.
Os sábios, chamados de sacerdotes ou magos, eram os detentores do
conhecimento sobre as relações entre mortos e vivos. Daí surgir até mesmo uma
ciência chamada de Ciências Ocultas que ainda tenta se manter como as
instituições esotéricas e maçônicas.
2.1. OS EGÍPCIOS – Possuíam notório conhecimento sobre a vida além da
morte e sobre os podres psíquicos do homem. Dominavam a arte da cura mediúnica
e desenvolviam intenso intercâmbio mediúnico com os mortos. “O livro dos
mortos” – O livro mais velho do mundo revela bem este caráter. No entanto
somente aos Sacerdotes e aos Faraós eram dados estes conhecimentos.
2.2.Os hindus – Os povos mais antigos do planeta. Os Vedas – livros
sagrados dos hindus, falam-nos das ações e ensinamentos dos espíritos superiores
(Assuras) e dos menos evoluídos ( Pítris). O livro Atharva-veda é considerada a
obra básica dos hindus.
2.3.Os gregos – Foram os senhores da Mitologia e da Filosofia que nos
brindaram com dois marcos do Espiritismo: Sócrates e Platão. O processo grego
mediúnico baseava-se em três partes:
a)Estar baseado no oráculo e na pitonisa – ambos eram o centro, a essência, a razão
de viver do povo grego.
b)Ser mediado apenas por mulheres(as pitonisas) muito jovens ou com idade
superior a 50 anos, as quais eram submetidas a uma vida de sacrifício.
c)isolar os médiuns de qualquer relacionamento humano externo para que fossem
submetidos a jejuns, beberagens, mascagem de plantas alucinógenas.
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É de fundamental importância que ouçamos o que o Espírito tem a dizer. Se o
Espírito tem dificuldade de expressão é preciso auxiliá-lo, porque só revelando as
suas dificuldades é que poderemos tentar auxiliá-lo.
Às vezes o Espírito está em grande perturbação, não sabe pensar direito. Há
espíritos de todas as espécies, os que fingem dores, fingem uma educação cortês,
mas logo explodem e mostram sua verdadeira face.
O dialogador precisa saber ouvir o Espírito. Todos nós gostamos de desabafar
com alguém sobre os nossos sofrimentos. Esperamos que esta pessoa possa nos
ajudar, que nos inspire confiança. Aí daqueles que nos traírem num momento
destes. O mesmo acontece com os espíritos sofredores. Eles querem ajuda e só
depois é que estarão aptos a receberem instruções.
Se apesar da saudação inicial, o Espírito não se decide a falar, o dialogador
poderá formular pergunta estimuladora, insistir fraternalmente. Ex: “Estamos ao seu
dispor, prontos para ouvi-lo e ajudar se for possível.. A princípio ele vai falando
alguns monólogos, timidamente, até que enfim vai falando o que sente.
Por essa razão é preciso deixá-lo falar ouvindo-o com atenção. Precisamos
conhecê-lo, saber “quem é, a que veio, se ignora ou não o seu estado (de
desencarnado), se pode dialogar com clareza ou não, qual a sua história, motivação
ou razões.
Devemos ter o cuidado de permitir que o Espírito fale somente o necessário,
caso contrário alguns ficarão falando por muito tempo.
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alega o desgaste do médium, a oportunidade que deve ser dada a outros espíritos, o
tempo que se esgotou, a continuidade do atendimento será feito pela espiritualidade.
Em todo caso não se deve estender muito o diálogo, nem fazer atendimento
simultâneo para não tumultuar a sessão e nem tocar no corpo do médium, fazendo
isto somente quando for necessário.
Se uma pessoa que entrar para a mediunidade e pensar que sua vida vai
mudar completamente para melhor, é melhor desistir. Suas dificuldades financeiras
continuarão, suas doenças permanecerão, sua família continuará a mesma, seus
problemas não serão solucionados. A mediunidade dá força e incentivo para que
possamos enfrentar a vida com mais otimismo, pois compreenderemos porque
estamos sofrendo. Com o tempo e a reforma íntima constante as coisas começarão a
mudar. Se ele tinha que perder mil reais, já só perde cem, se ele tinha que perder
uma perna, só perde um dedo, suas doenças diminuirão, sua família melhorará um
pouco (se a família não fizer uma reforma íntima, o médium pouco poderá fazer).
É preciso renunciar a quaisquer glórias e aos enganosos florilégios da
existência. Os espinhos continuarão.
Mediunidade é o serviço de Jesus e se a abraçarmos, estaremos passando
pelos mesmos problemas do mestre. Há muito o que fazer para o Senhor. Não
devemos nos empolgar com os mundos felizes que virão. Há muita dor à nossa
volta e precisamos amenizar o sofrimento dos nossos irmãos. Alguns requisitos são
necessários aos médiuns ou a candidatos a mediunidade:
a)Conhecer a sua própria capacidade do trabalho e assumir só o que tiver condições
de realizar.
b)Equilíbrio – É preciso ter uma perfeita harmonia entre a mente e as emoções para
poder filtrar bem o que vem da espiritualidade;
c)Conduta – O médium precisa se portar bem em todos os lugares onde for. Ter
uma mente sã e desejar sempre o bem ao próximo.
d)Concentração – Concentre e medite no criador, em Jesus Cristo, pensando
somente no bem, na paz. É necessário isolar-se dos problemas do mundo, esquecer
que o mundo terreno existe.
e)Oração – Faça a prece com o coração, fixe mentalmente os bons espíritos, não
mude o seu pensamento para outra fonte. A prece sincera é a comunicação com o
criador.
f)Disposição – Tenha sempre disposição para o trabalho. Peça ajuda espiritual no
dia em que não estiver bem disposto. A colheita só vem depois de muita disposição
e força de vontade.
g)Humildade – Seja sempre humilde em seu trabalho, não queira estar de salto alto.
Somente o mestre Jesus foi mestre, todos os outros foram e são aprendizes.
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h)É preciso saber que sem amor nada se consegue. Espiritismo é um ato de amor.
Precisamos pôr muito amor em tudo o que fizermos.
Para os principiantes aconselha-se muita paciência, calma. Nada vem de uma
hora para outra. Aconselha-se o estudo das obras de codificação, uma reforma
íntima. Toda mediunidade precisa ser praticada, somente com o tempo vai-se
adquirindo uma das modalidades mediúnicas.
O bom médium é o que tem consciência e responsabilidade pelo que faz. Não
esquecer de que a caridade está em primeiro lugar. Na mediunidade se educa no
bem. A mediunidade é uma missão para todos nós. Para muitos é uma expiação,
mas podemos conciliar as duas para a nossa aprendizagem e nosso melhoramento.
O médium não deverá exercer atividades mediúnicas em seu lar, mas nem por
isto deve deixar de fazer a caridade se for procurado para tal. Para isto ele precisa
do centro onde os irmãos desencarnados doentes vão procurar o caminho para a sua
melhora.
O médium precisa ter paciência, perseverança, disciplina, amor, humildade,
estudo, interesse em aprender e progredir.
É fundamental que os médiuns não se tornem, de forma alguma, em pedra de
tropeço no bom desempenho das tarefas doutrinárias; nunca ser obstáculo à
propagação da Doutrina; não ser instrumento de dissenções e discórdias nos estudos
e atividades doutrinárias, evitando ataques pessoais, a pretexto de defender a
verdade, do tipo: “pela doutrina eu falo tudo, faço isto ou aquilo”. Quem ofende um
ser humano dentro de um centro Espírita, está desrespeitando a Doutrina; procurar
se dirigir aos companheiros fraternalmente, nunca com presunção ou superioridade;
que os médiuns não se invejem mutuamente, cada tipo de mediunidade cumpre com
uma finalidade de suma importância no contexto geral do intercâmbio com o
invisível. Que os médiuns sintam a responsabilidade que lhes pesa sobre os ombros
e guardem vigilância redobrada contra os espíritos incendiários, aqueles que
alimentam o fogo da desavença nos corações. Toda espécie de trabalho para
produzir os melhores frutos carece de disciplina e abnegação, na mediunidade isso é
indispensável. Confiar na orientação dos bons espíritos, com paciência sempre se
encontra boas soluções, as coisas se encaixam e se encandeiam no seu tempo certo.
Obras:
Mediunidade e Evangelho – Carlos Baccelli/Odilon Fernandes (Espírito)
Conduta Espírita – Waldo Vieira/André Luiz (Espírito)
Qualidade na prática Mediúnica –Projeto Manoel Philomeno de Miranda
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12.OBESSÃO E DESOBSESSÃO
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3.Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos espíritos que se comunicam
com falsos nomes, nomes venerados e respeitáveis;
4.Confiança absoluta do médium nos elogios que lhe dispensam os Espíritos que
por ele se comunicam;
5.Disposição para se afastar das pessoas que podem emitir opiniões aproveitáveis;
6.Tomar a mal a crítica das comunicações que recebe;
7.Necessidade incessante e inoportuna de escrever;
8.Constrangimento físico qualquer, dominando-lhe a vontade, forçando-o a agir ou
falar seu mau grado:
9.Rumores e desordens persistentes ao redor do médium, sendo ele de tudo a causa
ou o objeto.
Neste caso não é perigoso ser médium? Não, pois não foi o médium que criou
os espíritos e eles agem em todas as camadas sociais e em todas as religiões. Como
eles são espíritos imperfeitos, eles vão agir de qualquer modo. Precisam ser
esclarecidos e orientados e o médium precisa fazer a reforma íntima para ambos se
melhorarem.
Por que há obsessão:
a)Pode ser uma vingança do espírito sobre a pessoa e isto pode passar uma, duas,
três reencarnações.
b)O espírito está sofrendo e se sente feliz em ver o outro sofrer. Não tem nenhuma
pretensão a não ser fazer sofrer o outro;
c)Sente ódio, inveja do outro e procura atrapalha-lo;
d)Quer desviar a pessoa do bom caminho.
e)Espíritos de outras religiões procuram tirar o médium do espiritismo e tentam
colocar os conceitos de suas religiões;
f)Espíritos que adquiriram conhecimentos falsos sobre Filosofia, religião, ciência,
tentam incutir estes princípios nos médiuns. Não são espíritos maus, apenas estão
enganados pelos princípios que tinham.
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13 – A PSICOFONIA
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14 - A PSICOGRAFIA
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15 - PARA ONDE VÃO OS ESPÍRITOS APÓS A MORTE
Quando André Luiz, por intermédio da psicografia de Chico Xavier, falou-nos das
cidades espirituais. descrevendo as intensas atividades nelas desenvolvidas, com
seus hospitais, escolas, campos, jardins, rios e tudo o mais que aqui na Terra há,
inclusive a vida social, muitos espíritas taxaram tais noticias de inverossímeis,
pondo-as de "quarentena", apesar de que tais descrições já haviam sido feitas
também por outros escritores da vida espiritual, notadamente as mensagens
recebidas pelo Rev. G. Vale Owen, com o título de "A Vida Além do Véu".
Com o passar do tempo, graças à persistência em nos serem trazidos livros de tal
gênero e por serem ansiosamente aguardados por muitas pessoas, foi se
modificando a opinião a respeito da famosa série "Luizina" e, hoje, são
consideradas como obras respeitáveis e dignas dos maiores encômios, não só pela
beleza e primor das descrições da vida espiritual, mas também pelos ensinamentos
doutrinários que encerram.
O livro "Life after Life", do Dr. Raymond A. Moody (pesquisador não espírita),
"bestseller" nos EUA, é um desses livros que nos fala dessas experiências
inusitadas, agora complementado com o novo livro "Reflections on Life After Life",
que nos traz o resultado de novas entrevistas com os que permaneceram alguns
instantes na outra dimensão da vida.
Entre os povos primitivos, como entre os animais, a chefia é conquistada pela força.
Quem for mais forte, fisicamente, assumirá a liderança de um grupo ou de uma
tribo. À medida que o homem vai evoluindo, vai se impondo pela astúcia, pela
esperteza. Este é ainda o meio pelo qual uma pessoa conquista a direção de
uma agremiação, de uma coletividade, de uma nação...
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Ser astuto, nem sempre significa ser mais inteligente ou mais indicado para
dirigir o destino de qualquer associação ou país. Atualmente o dinheiro está
intimamente ligado ao poder e quando surge a moeda pesa nas decisões para
a escolha de quem vai presidir uma sociedade, seja ela qual for.
Nas zonas umbralinas mais inferiores, a direção é conquistada por aquele que
consegue dominar a plebe, através da força mental. Nas regiões menos
densas, a habilidade e a inteligência são os requisitos que prevalecem para a
indicação dos cargos de chefia. Nos planos mais elevados, entretanto, a
presidência recai sobre aquele que possui amor e sabedoria.
Como o saber não tem limites, porque absoluto só o de Deus, é óbvio que à
medida que iremos galgando os degraus da escada evolutiva, vamos
assumindo mais elevados encargos de direção, até alcançarmos a de
prepostos de Deus, ou seja, Ministros do Criador.
André Luiz (li ficou pasmado, quando lhe disseram que o Espírito de elevada
hierarquia, que se materializara no templo que visitara em "Nosso Lar",
cidade espiritual em que André Luiz desenvolve o seu trabalho e aprendizado,
não tinha ainda alcançado a perfeição absoluta e sim apenas a categoria de
mentor da humanidade terrestre. O dirigente dos trabalhos, pacientemente,
explicou que o visitante ainda aspirava alcançar um dia a função de
representante da Terra junto às gloriosas comunidades que habitam, por
exemplo, Júpiter e Saturno. Acrescentou, que posteriormente esperam fazer
parte das assembléias, que regem o nosso sistema solar e sucessivamente
colaborar com os que dirigem a constelação de Hércules, nossa galáxia e
grupos de galáxias etc.
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Em "Nosso Lar", existem um governador e diversos ministros. Cada
ministério conta com inúmeros trabalhadores, desde os ministros, em
número de 12, até o mais humilde servidor. Vemos, portanto, que no plano
espiritual, cada criatura será guindada ao cargo que suas aptidões lhe derem
condições. Nesses planos não existem apadrinhamentos ou quaisquer
facilidades, porque seja de família influente. Somente a capacidade e a moral
é que prevalecem para que a pessoa assuma a chefia de qualquer
departamento ou cargo de maior responsabilidade.
REGIÕES ABISMAIS
André Luiz confessa que seria difícil acreditar que esses antros de sofrimentos
pudessem existir. Somente presenciando essas cavernas lodosas e
nauseantes e ouvindo a gritaria ensurdecedora daqueles que ali se acham
enclausurados, pois não conseguem se libertar das mesmas, é que se pode
avaliar a angústia e o desespero em que sé encontram. Nesse ambiente de
denso nevoeiro que mal se distinguem os detalhes e dimensões dessas zonas
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Essas aglomerações de seres humanos vivendo no subsolo, deixam de ser
absurdas, se nos lembrarmos de que para os Espíritos a matéria grosseira,
que é a terra, não oferece nenhum obstáculo para a sua travessia, pois
conforme nos ensina a Doutrina Espírita, para os corpos fluídicos, a nossa
matéria não opõe nenhuma resistência. É uma questão de consistência.
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16 – Cidades umbralinas
No livro "Libertação" (cap. lV), André Luiz nos fala de uma cidade dos planos
inferiores, onde o panorama é um dos mais desagradáveis, seja pelo local e a
população, seja pela fauna e a flora. São descrições que nos causam medo e
tristeza, tal é a situação dessa coletividade de sofredores.
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Essa população de estropiados e malfeitores, escravos e carrascos, vive sob
severa vigilância de um policiamento de pessoas de semblante feroz, mais
parecendo felinos à procura de uma presa. Todos, entretanto, não passam de
instrumentos da Justiça Divina, que utiliza o homem para corrigir o homem.
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17 - PERDA OU SUSPENSÃO DA MEDIUNDADE
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Sim; pelo uso indevido afastar-se-iam aqueles Espíritos
comprometidos com o ideal maior de servir ao semelhante;
entretanto, haverá sempre Espíritos prontos a se comunicar e
serão de teor moral idêntico ao uso que o médium faz da
faculdade.
Basta interrogar sua consciência: qual o uso que faz ou tem feito da sua faculdade?
Qual o bem que dela resulta para os outros? Qual o proveito que tem tirado para
seu crescimento espiritual?
"No exercício mediúnico, portanto, aceitar o ato de servir por lição das mais altas na
escola do mundo.Lembremo-nos de que assim como a vida possui trabalhadores
para todos os misteres, há médiuns na obra do bem, para execução de tarefas de
todos os feitios.Nenhum existe maior que o outro.Nenhum está livre do erro.Todos
no entanto guardam consigo a bendita possibilidade de auxiliar.Esse tem a palavra
que educa; aquele a mão que alivia e aquele outro a pena que consola. Esse traz a
oração que enleva; aquele transporta a mensagem que reanima e aquele outro
mostra a força a restaurar.Usa pois tuas faculdades mediúnicas como empréstimo da
Bondade Divina, para que o orgulho te não assalte.E recorda Jesus, o Medianeiro
Divino; em circunstância alguma requisitou a admiração dos maiorais do seu tempo,
e sim passou entre os homens, amparando, compreendendo, ajudando e servindo".
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06 - Quais são as situações mais comuns, onde ocorrem a perda irreversível da
mediunidade? O mau uso dessa sublime faculdade seria uma delas? O que
poderá ser feito para que o médium não perca a sua mediunidade?
O mau uso é uma das causas da perda da mediunidade. O médium deve buscar
dentro de si a explicação para o afastamento ou a assistência dos bons espíritos nas
suas tarefas mediúnicas. Muitas vezes encontramos médiuns que não perdem os
dons mediúnicos pelo mau uso das suas faculdades, mas sim deixam de receber a
assistência e proteção dos benfeitores espirituais designados por Deus para lhes
assistirem nos trabalhos mediúnicos. Com esse comportamento passam a atrair
espíritos inferiores que tomam o lugar dos benfeitores espirituais.
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encarnações. Abusaram dos dons concedidos por Deus e retornam à nova
existência na Terra para provar a sua renovação para o bem, servindo a Jesus. Serão
testados e, se não mantiverem a sintonia constante com os seus guias espirituais,
através da prece e trabalho no bem, poderão, novamente, sucumbir, agravando com
novos débitos junto à mediunidade nas suas próximas reencarnações.
Digo que para Deus nada é impossível. A Sua misericórdia e o Seu amor cobrem a
multidão das nossas iniqüidades e Ele sempre concederá novas possibilidades de
trabalhos no bem a todo aquele que o busca.
Isso poderá acontecer caso esses espíritos não tenham sido designados para outras
missões.
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Caso seja possível, esse médium deve perguntar aos benfeitores espirituais dessa
reunião acerca da causa da interrupção das comunicações. Ele próprio deverá
também inquirir de sua consciência se não é a causa primária dessa suspensão.
Isso ocorrerá se o médium deixar de respeitar a orientação dada pelo seu guia
espiritual acerca dessa suspensão. Caso ele, pelo seu Livre Arbítrio, resolva afastar-
se dessa reunião mediúnica, contrariando a orientação recebida e buscando o
contato com o plano espiritual que não lhe é habitual, podemos afirmar novamente
que esse médium corre grande risco, pois não faltam espíritos que queiram se
manifestar através dos médiuns na Terra.
16 - Que conselhos deve-se dar aos médiuns a fim de que ele mantenha sua
mediunidade em bom funcionamento?
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18.PATOLOGIAS, DOENÇAS, SOFRIMENTO
DERIVADOS DA MEDIUNIDADE
Francisco Cândido Xavier possuiu várias doenças em toda a sua vida. Era um
médium exemplar. Por que ele não se libertou das doenças? É o mesmo que
perguntar a Jesus, porque ele não se defendeu dos seus algozes? O que tem para
acontecer na vida do médium, vai acontecer, é um programa que ele veio cumprir
nesta terra. Só porque ele exerce a mediunidade todos os seus problemas acabarão?
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O Espiritismo é antes de tudo um lar-escola, hospital-escola, santuário-escola
para aprendizagem, saúde e elevação espiritual.
O médium relapso vai sofrer a vida inteira. Quem tem mediunidade aflorada,
precisa exerce-la. O médium com a mediunidade aberta atrai muitos irmãos
perdidos, se ele não souber se defender, este acúmulo de energia negativa pode
provocar algum distúrbio no médium – pois ele está fora do serviço, não tem o
devido preparo, mas ele estando cumprindo o seu papel, não tem do que temer.
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19. EMANCIPAÇÃO DA ALMA.
Só o corpo repousa durante o sono, mas o Espírito não dorme; aproveita do repouso
do corpo, e dos momentos em que a sua presença não é necessária, para agir
separadamente e ir onde quer; goza de sua liberdade e da plenitude de suas
faculdades. Durante a vida, o Espírito jamais está completamente separado do
corpo; para qualquer distância que se transporte, está sempre ligado a ele por um
laço fluídico que serve para chamá-lo, desde que a sua presença seja necessária;
esse laço não se rompe senão com a morte.
"Eis ali para os Espíritos elevados; mas para a massa dos homens que, na morte,
devem ficar muitas horas nessa perturbação, nessa incerteza da qual vos falei,
aqueles vão, seja para mundos inferiores à Terra, onde antigas afeições os chamam,
seja a procurar prazeres talvez ainda mais baixos do que aqueles que têm aqui; vão
haurir doutrinas ainda mais vis, mais ignóbeis, mais nocivas do que aquelas que
professavam em vosso meio. E o que engendra a simpatia sobre a Terra não é outra
coisa que esse fato, que se sente ao despertar, aproximar, pelo coração, daqueles
com quem se veio de passar oito a nove horas de felicidade ou de prazer. O que
explica também essas antipatias invencíveis, é que se sabe, no fundo do coração,
que aquelas outras pessoas têm uma outra consciência do que a nossa, porque são
conhecidos sem tê-los visto com os olhos. É, ainda, o que explica a indiferença
porque não se liga a fazer novos amigos, quando se sabe que se tem outros que nos
amam e nos estimam. Em uma palavra, o sono influi mais do que pensais sobre a
vossa vida.
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"O sonho é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono: mas notai que não
sonhais sempre, porque não vos lembrais do que vistes. Não é a vossa alma em todo
o seu desenvolvimento; freqüentemente, não é senão a lembrança da perturbação
que acompanha a vossa partida ou a vossa reentrada, à qual se junta o que fizestes
ou o que vos preocupou no estado de vigília; sem isso, como explicaríeis esses
sonhos absurdos que têm os mais sábios como os mais simples? Os maus Espíritos
também se servem dos sonhos para atormentar as almas fracas.”
"A incoerência dos sonhos se explica, ainda, pelas lacunas que a lembrança
incompleta produz daquilo que apareceu em sonho. Tal seria um relato do qual se
tivessem mutilado ao acaso as frases: reunidos os fragmentos que restassem,
perderia toda a significação razoável.”
"De resto, vereis em pouco se desenvolver uma outra espécie de sonho; ela é tão
antiga quanto as que conheceis, mas a ignorais. O sonho de Jeanne D’Arc, o sonho
de Jacó, o sonho dos profetas judeus e de alguns adivinhadores indianos; aquele
sonho é a lembrança da alma inteiramente desligada do corpo, a lembrança dessa
segunda vida, da qual vos falava há pouco. " (O Livro dos Espíritos, p. 177 e
seguintes.)
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O esquecimento do passado segue, bastante e geralmente, o retorno ao estado
normal, mas algumas vezes conserva dele uma lembrança mais ou menos vaga,
como seria a de um sonho.
O êxtase, não mais do que os outros graus de emancipação da alma, não está isento
de erros; é por isso que as revelações dos extáticos estão longe de ser sempre a
expressão da verdade absoluta. A razão disso está na imperfeição do Espírito
humano; não é senão quando chegou no cimo da escala, que ele pode julgar
sadiamente as coisas; até lá, não lhe é dado de tudo ver nem de tudo compreender.
Se, depois da morte, então que o desligamento é completo, ele não vê sempre com
justeza; se há os que estão ainda imbuídos dos preconceitos da vida , que não
compreendem as coisas do mundo invisível onde estão, com mais forte razão, deve
ocorrer o mesmo com o Espírito preso ainda à carne.
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Há, algumas vezes, entre os extáticos mais exaltação do que verdadeira lucidez, ou,
melhor dizendo, a sua exaltação prejudica a sua lucidez; é por isso que as suas
revelações, freqüentemente, são uma mistura de verdades e de erros, de coisas
sublimes ou mesmo ridículas. Os Espíritos inferiores se aproveitam também dessa
exaltação, que é sempre uma causa de fraqueza quando não se sabe dominá-la, para
dominar o extático, e, para esse efeito, eles revestem aos seus olhos aparências que
o mantêm em suas idéias ou preconceitos, de sorte que as suas visões e as suas
revelações não são, freqüentemente, senão um reflexo de suas crenças. É um
escolho ao qual não escapam senão os Espíritos de uma ordem elevada, e contra o
qual o observador deve se ter em guarda.
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20.INFLUÊNCIAS DO MEIO SOBRE O MÉDIUM
O meio onde se encontra o médium exerce sobre ele certa influência. Pode
ser um médium bom, mas se ele se encontra num meio ruim, vai sofrer as
influências deste meio. É por isto que o médium precisa saber onde anda, com quem
anda e o que fazem. Se for um médium de bom coração, caridoso, mas andar com
alcoólatras, drogados, fumantes, pessoas de má índole vai sofrer muitos problemas,
pois ali estão muitos irmãozinhos semelhantes àquelas pessoas. Há muitos médiuns
que passam muito mal nestes ambientes. Mesmo ele estando preparando, orando
sempre, ainda assim sofrerá as conseqüências.
Os espíritos estão por toda parte. Eles só vão a lugares onde iam enquanto
encarnados. Que tipo de espíritos vamos encontrar numa zona de meretrício, por
exemplo? Num bar? Num hospital de loucos?
Os espíritos superiores não vão às reuniões onde sabem que a presença deles
é inútil. Nos meios pouco instruídos, mas onde há sinceridade, de boamente vamos
ainda mesmo que aí só instrumentos medíocres encontraremos. Não vamos, porém,
aos meios instruídos onde domina a ironia. Em tais meios, é necessários se fale aos
ouvidos e aos olhos: esse o papel de espíritos batedores e zombeteiros. Convém que
aqueles que se orgulham de sua ciência sejam humilhados pelos espíritos menos
instruídos e menos adiantados.
O espíritos inferiores também vão à reuniões sérias, seja para aprender, seja
para atrapalhar. Quase sempre eles não vão atrapalhar, pois sabem que vão saber
logo a que categoria eles pertencem e serão desmascarados.
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21– BICORPOREIDADE, TRANSFIGURAÇÃO, UBIQUIDADE
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Depois de um ano, cedendo a novas solicitações de uma parenta, resolveu-se
ir ver a moça que lhe propunham. Chegou à cidade onde ela morava no dia da festa
de Corpus-Christi. Voltaram todos da procissão e uma das primeiras pessoas que
lhe apareceu ao entrar na casa aonde ele ia, foi uma moça que lhe não custou muito
a reconhecer como a mesma que lhe aparecera. Estava vestida do mesmo modo que
na aparição. Ficou atônito e a mocinha por seu lado soltou um grito e sentiu-se mal.
Voltando a si disse já ter visto aquele senhor, um ano anos, em dia igual ao em que
estavam. Realizou-se o casamento em 1835.
TRANSFIGURAÇÃO - consiste na mudança do aspecto de um corpo vivo.
Aqui está um fato dessa natureza cuja perfeita autenticidade podemos garantir,
ocorrido durantes os anos de 1858 e 1859 em Saint-Etienne – Fraca:
Uma mocinha, de mais ou menos quinze anos, gozava da singular faculdade
de se transfigurar, isto é de tomar, em dados momentos, todas as aparências de
certas pessoas mortas. Tão completa era a ilusão que os que assistiam ao fenômeno,
julgavam ter diante de si a própria pessoa, cuja aparência ela tomava, tal a
semelhança dos traços fisionômicos, do olhar, do som da voz e até da maneira
particular de falar. Tomou, em várias ocasiões, a aparência do seu irmão, que
morrera alguns anos antes.
A transfiguração, em certos casos, pode originar-se de uma simples contração
muscular, capaz de dar à fisionomia expressão muito diferente da habitual, ao ponto
de tornar quase irreconhecível a pessoa.
UBIQUIDADE – Um espírito não pode dividir-se, ou existir em muitos
pontos ao mesmo tempo. Não pode haver divisão de um mesmo Espírito, mas, cada
um é um centro que irradia para diversos lados. Isso é que faz parecer estar um
espírito em muitos lugares ao mesmo tempo. A força de irradiação depende do grau
de pureza de cada um. O sol é único, mas irradia para todos os lugares. Os espíritos
de um certo grau, podem irradiar-se a vários lugares dando comunicações normais,
sendo visível aos videntes. É por isto que um Bezerra de Menezes ou um Eurípedes
Barsanulfo se apresenta no país inteiro. De onde estiver o espírito irradia-se para
onde for solicitado e presta o serviço necessário. É isto que entendemos como
Ubiqüidade.
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22 - PROVAS DE REENCARNAÇÃO – LEMBRANÇAS DO PASSADO
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3. Por informações:
1.Sonhos alucinadores; 2.Informações de desencarnados;
3.Informações de pessoas dotadas de mediunidade;
4.Informações do próprio reencarnante antes ou depois de morrer.
4.Qualidades inatas:
1.Genialidades; 2.Defeitos congênitos ou marcas de nascença;
3.Características psicológicas trazidas das encarnações passadas;
6.Experiências místicas:
1.Ioga 2.Meditação 3.Êxtase religioso
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23- PLANEJAMENTO ESPIRITUAL
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ajudar a esta família, precisa ter muito cuidado, pois pode sucumbir em seu
projeto e se contaminar também..Quem nasceu para fazer determinada obra nesta
terra, nesta existência, deve aproveitar e fazer o melhor possível para cumpri-la.
Se vier a sucumbir, restar-lhe-á a consolação de que nem tudo se lhe acabou e
que a bondade divina lhe concede a liberdade de recomeçar o que foi mal feito.
Dependendo do trabalho que o ser humano faz, se ele é um bom médico, um
bom professor, um bom orientador, algumas provas podem ir sendo eliminadas,
pois ele já cobriu determinados débitos do passado.
Logo após a morte do corpo físico, sofre a alma culpada minucioso processo
de purgação, tanto mais produtivo quanto mais se lhe exteriorize a dor do
arrependimento, e, apenas depois disso consegue elevar-se a esferas de
reconforto e reeducação. Aqui depende também da evolução que o espírito teve
na vida anterior. Se ele se elevou mais, essa purgação é menor, se deturpou mais,
mais longa é a purgação. É como se fosse um acerto de contas com sua
consciência. É nesse período que sofremos todo tipo de mal que fizemos aos
outros. Passado este período, que pode ser mais ou menos longo, o espírito é
socorrido por esferas superiores onde vai reaprender para retornar.
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24- DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE
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formar um novo grupo de estudos da mediunidade, os dirigentes, num trabalho de
observação do quadro de cooperadores, perceber sintomas de médiuns passistas,
médiuns de sustentação, esclarecedores ou até mesmo na própria psicofonia que
venha a se apresentar mais tarde. Lembrar sempre que mediunidade é tarefa de
especialização e exige dedicação e disciplina contínuas.
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mente, cérebro a cérebro, perispírito a perispírito. Se existem outras casas fazendo o
mesmo, está faltando nelas educação mediúnica, estudo sério e orientação segura.
Um espírito nunca assume totalmente o corpo do médium. Ele apenas se
afasta um pouco, mas está ligado pelo cordão fluídico, uma espécie de energia que
liga o espírito ao corpo. O médium precisa se autoeducar para comandar o corpo.
A reforma íntima é importante. O espírito utiliza o código mental do
médium para se comunicar. Se o médium não usa palavrões em casa, não os têm em
seu código mental, o espírito não poderá fazer uso daquilo que não tem no médium.
Se o médium não tem o costume de gritar, teimar com alguém – o espírito não
receberá estes argumentos para se pronunciar. O médium é responsável pela sua
autoeducação.
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. Mesmo se o espírito se manifeste com esta ou aquela característica racial, cultural
na linguagem, devemos lembrar que a doutrina Espírita é oportunidade de elevação
e progresso. Cabe ao dirigente da reunião convidar o espírito para que se manifeste
em língua portuguesa e de acordo com os preceitos da casa. Se cabe ao médium
educar o linguajar e a conduta, cabe ao espírito também fazer sua parte. Chega de
sotaques e esquisitices, seja o espírito comunicante preto, branco, amarelo, novo,
velho ou de meia idade.
10.Como fazer para termos certeza se o que vemos são apenas visões do
nosso inconsciente, ou se realmente estamos vendo? Estou iniciando agora na
sessão mediúnica, mas já faço o curso de mediunidade, como o Espiritismo é
algo novo para mim, me sinto muito insegura, pois vejo, escuto e sempre penso
que são coisas de minha cabeça. Como resolver isto?
Dúvidas na mediunidade, tais como, se o que está acontecendo é realmente
um fenômeno mediúnico ou se é uma criação consciente ou inconsciente da mente
do médium são muito comuns. Por isto falamos sempre da importância de a reunião
mediúnica ser dirigida por pessoas competentes, que possam orientar com
segurança o iniciante ou mesmo médiuns já na atividade há mais tempo. Estas
orientações podem ser baseadas em obras idôneas que tratam do assunto ou mesmo
a análise do que está acontecendo, sob uma ótica de senso e prudência.
Na vidência então é muito comum estas dúvidas estarem presentes, pois é
muito fácil misturar cenas do que é espiritual com quadros que estejam no
subconsciente do médium ou cenas vistas no dia a dia ou em filmes.
Recomendamos oração, vigilância, para poderem se separar o joio do trigo.
11.Por que eu vejo as coisas com uma visão tão turva, como se fosse uma
cortina de fumaça, estou iniciando agora nas sessões mediúnicas e fico
totalmente insegura, apesar de nossa equipe ser bem unida , formada
realmente por grandes amigos, com muita afinidade e harmonia, às vezes fico
insegura e medo de estar mistificando, o que devo fazer para me libertar isso?
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desenvolvimento? Isso é verdadeiro? Em caso afirmativo, quais as
conseqüências podem advir?
Vamos trocar a palavra “exato” por “ideal”. O momento ideal para o
desenvolvimento mediúnico, conforme resposta da pergunta dois, é aquele em que o
candidato esteja disposto a seguir os passos já citados. Kardec recomenda que, em
assuntos de mediunidade, primeiro a teoria, depois a prática. É também Kardec, em
O livro dos Médiuns que explica detalhadamente a perda e suspensão da
mediunidade. O desenvolvimento poderá sofrer interrupções sim, principalmente se
os motivos fortem justos. O que a umbanda diz deverá ser utilizado pelos
trabalhadores da umbanda. Nossa orientação é com Kardec.
13.Algumas pessoas dizem que está com a mediunidade aforando deve receber,
dar passividade a espíritos, porque isto servirá como um desabafo, uma
válvula de escape. Isto procede? Se não, por quê?
Mediunidade aflorando é um termo simplista para quem esteja sofrendo uma ação
mais ostesiva de espíritos desencarnados. A pessoa precisa de tratamento espiritual,
assim como o espírito que a está influenciando. Dar passividade fora do ambiente
da reunião mediúnica não atende nem o espírito nem o próprio médium, um cego
conduzindo outro e os dois alcançando um resultado inconveniente. Não será
válvula de escape para nenhum dos dois e sim válvula de perturbação.
Mediunidade aflorando é um termo simplista para quem esteja sofrendo uma ação
mais ostensiva de espíritos desencarnados. A pessoa precisa de tratamento
espiritual, assim como o espírito que a está influenciando. Dar passividade fora do
ambiente da reunião mediúnica não atende nem o espírito nem o próprio médium;
um cego conduzindo outro e os dois alcançando um resultado inconveniente. Não
será válvula de escape para nenhum dos dois e sim válvula de perturbação.
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16. A minha Dúvida é a seguinte: caso seja identificado que uma pessoa tenha
mediunidade, que ele tenha facilidade na comunicação com o mundo espiritual
e essa pessoa não desenvolve, ela ignora esta faculdade, seja por medo ou por
falta de tempo para estudo, seja por qualquer motivo. Estaria ela deixando de
cumprir uma missão que esta estabelecida?
Se fazem parte do programa reencarnatório desta pessoa, o desenvolvimento dessa
mediunidade e ela opta por abster-se deles, fica em aberto com a própria
consciência e com os espíritos que avalizaram sua reencarnação. Lembrando a
Parábola dos Talentos, o caso do operário que recebeu um talento, não aplicou e
devolveu ao Senhor da vinha. O mesmo se dá com esta pessoa. É como se a pessoa
tivesse feito uma conta num banco e se recusasse a pagar. Sofrerá as conseqüências
cabíveis que só a espiritualidade sabe.
17.Todos nós temos mediunidade? Às vezes sinto que está faltando algo, não sei o
que, mas sinto necessidade de uma busca, sinto que esta busca está ligada ao mundo
espiritual. Será que este sentimento faz daqueles que precisam buscar o
Desenvolvimento da mediunidade? E porque existe esta cobrança? Esta cobrança é
do nosso interior ou do lado espiritual?
Todos nós temos sensações ligadas a espíritos desencarnados; nem todos temos
mediunidade para desenvolver nesta encarnação. O que você sente e não identifica,
talvez seja o chamado de seus mentores, espíritos que o avalizaram no processo
desta reencaranação, para que siga a recomendação passada a Kardec: “Espíritos,
amai-vos; eis o primeiro ensinamento. Instruí-vos; eis o segundo. Dedique mais
tempo de sua vida a estudar o espiritismo. Dedique mais tempo de sua vida a
exercitar o amor/caridade. Dedique-se mais ao cultivo das virtudes do Evangelho,
seja voluntário nas tarefas do bem e os resultados de sentir sensações positivas e
construtivas em cada passo de sua vida.”
18.Moro nos EUA há 3 meses, no estado de Missouri. Neste estado não há centros.
Quando estava no Brasil comecei a sentir algumas sensações do tipo: uns
nervosismos, mas que são um pouco diferentes, às vezes fortes, às vezes
fraco.s;tristeza, medo, raiva até em momentos que estava bem; grande vontade de
chorar sem motivos e certa vez quando pisei o pé no centro, chorei sem parar, mas
não queria; fadiga como se tivesse sem minhas energias, sem ter feito nenhum
esforço; sinto como se alguém estivesse vindo em minha direção, quando olho não
vejo ninguém mas ainda assim sinto a presença; arrepios que parecem mais um tipo
de energia e ocorriam sem nenhuma causa. Muitos me disseram que minha
mediunidade aflorou e que eu rezasse constantemente e estudasse. Assim tenho
feito e de fato tem melhorado muito, apesar de ainda sentir algumas vezes. O que
devo fazer aqui se realmente minha mediunidade aflorou?
Sua situação geográfica é realmente especial. Já que não existe
autodesenvolvimento mediúnico, caso recomendamos continuar estudando a
Doutrina Espírita num todo e, principalmente, livros relacionados a mediunidade.
Por exemplo, além de estudar o Livro dos Médiuns, o maior compêndio a respeito
do assunto, também a obra de André Luiz pela mediunidade de Francisco Cãndido
Xavier, iniciando como o primeiro livro “Nosso Lar”, depois o segundo “Os
mensageiros” e ir sempre na seqüência até o último – “A vida continua”.
Procedimento igual com as obras de Manoel Philomeno de Miranda pela
mediunidade de Divaldo Pereira Franco. Será uma excelente formação teórica, com
exemplos incontáveis a serem analisados em cada personagem. Persevere na oração,
na vigilância e, dentro das possibilidades, no exercício da caridade.
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tão forte que elas chegam a transpirar. Segundo os dirigentes da Casa Espírita isso é
um sinal de mediunidade. Qual é o canal? Gostaria de maiores esclarecimentos.
Sentir calor nas mãos pode ser de um problema circulatório periférico, pode ser
tensão emocional como estar numa reunião esperando resultados, pode ser uma
porção de coisas. Pode até, de repente, passar e nem acontecer mais. Se for
mediunidade mesmo, deverá progressivamente ser procedida de outros sintomas, de
sensações, resultado de influência espiritual, seja para a psicofonia, para a
psicografia, etc.
23.A)Gostaria de saber porque quando passamos por uma série de perturbações que
não possuem origem conhecida(que não seja por alguma doença física e emocional)
dizem que a mediunidade está aflorando.B)Por que acontecem essas perturbações
quando a mediunidade é aflorada? C) O que uma pessoa que tem mediunidade
aflorada (mas não é ostensiva) deve fazer se onde mora não há nenhum centro?
A)Este comentário: “Dizem que a mediunidade está aflorada” normalmente é feito
por pessoas sem critério ou que acham ser tudo mediunidade. Repetimos mais uma
vez: mediunidade não é doença. B)Às vezes a mediunidade se apresenta com
algumas alterações sejam físicas ou emocionais, mas nada de extraordinário, salvo
nos casos que a obsessão esteja presente. C)Quem sente sensações, que possam
indicar mediunidade e mora numa cidade onde não há centro espírita, deve buscar a
oração, a leitura diária edificante.
25.Acredito ser necessário que o médium seja moralizado e conheça bem a D.E.
Mas quando o indivíduo está com o fenômeno explodindo, a ponto de ser
-72-
encaminhado para tratamento psiquiátrico, podemos partir para a prática da
Educação Mediúnica e deixar a parte teórica para quando ele consiga estudar?
Conforme a resposta da pergunta 12, em assuntos de mediunidade, primeiro a teoria
e só depois a prática. O que explode é pólvora, bomba, mediunidade não explode. Já
a pessoa pode estar em desequilíbrio se for problema mental, cabe-lhe o tratamento
com a medicina especializada e seja a mental ou influência espiritual,
recomendamos também o tratamento espírita.
27.Eu já ouvi relatos e até presenciei melhoras de pessoas que estavam com
problemas com a sua mediunidade, cujo desenvolvimento mediúnico foi ir logo
para a mesa e dar passividade. Como devemos ver esses casos?
Conforme as respostas às perguntas 12 e 26, precisa-se analisar com prudência e
bom senso o assunto. Normalmente acontece uma melhora inicial, mas a longo
tempo, dificilmente esta pessoa persevera e quando persevera vira freqüentador de
reunião mediúnica apenas. Raramente vai para a parte dos estudos e da formação
adequada de base. É mais fácil receber espírito que estudar espiritismo.
-73-
de maneira muito sutil e em ocasiões raras com outras, pode acontecer com mais
intensidade e freqüência, observamos que as pessoas pertencendo num segundo
grupo tem mais certeza desta predisposição mediúnica.
31.Os santos da igreja eram médiuns? Se a mediunidade é algo intrínseco, por que
precisamos desenvolve-las?
Muitos homens e mulheres canonizados pela igreja foram médiuns ostensivos.
Mediunidade é intrínseca, mas não se tem domínio sobre sua aplicação. Daí,
desenvolver a mediunidade será desenvolver a maneira de usar dignamente este
talento, utilizando-a para as experiências positivas e construtivas que a Doutrina
espírita ensina e recomenda.
32.Tenho uma amiga que é médium de incorporação, mas ela ainda não consegue
controlar e acaba recebendo irmãozinhos das pessoas que sentam ao lado dela (isso
não é tão freqüente) em lugares comuns até dentro do centro espírita(na hora do
estudo por exemplo). Como ela pode controlar isso?
Médium é médium 24 h de todos os dias. Se ela está passando por esta situação, não
deve ter participado de uma experiência correta de reunião de desenvolvimento e
educação da mediunidade e, se passou não pôs em prática as recomendações e
procedimentos ensinados. Médium que recebe espírito em qualquer lugar, a
qualquer hora, está em franco estado de perturbação. Recomendáveis tratamento
espiritual, oração, vigilância e muito estudo de mediunidade.
33.Em um dos evangelhos Jesus propõe a um jovem que abandone tudo e que O
siga, entretanto o jovem opta por ficar e enterrar seu pai recém desencarnado. Jesus
então afirma “Deixai que os mortos cuidem dos mortos e os vivos cuidem dos
vivos”. Minha pergunta é: Estamos nos preocupando demais com os mortos e
menos com os vivos? Às vezes me pergunto se nós nos preocupássemos mais com
nossos irmãos encarnados por meio da caridade, não estaríamos conseqüentemente
auxiliando nossos irmãos desencarnados. Porque então alguns médiuns e dirigentes
de centros espíritas se preocupam muito mais com uma boa comunicação ou com
uma psicografia perfeita ou com a organização do centro e dão menos valor ao
indigente ou ao doente encarnado.
Allan Kardec ensina que devemos ser como um feixe de varas para que a união de
vários trabalhadores ofereça a resistência ao grupo. Assim, teremos no grupo
pessoas que se interessam por atividades diversas – as pertinentes aos espíritos
encarnados como as relativas aos espíritos desencanados. Paulo já ensinava isto em
suas cartas falando da diversidade dos carismas entre os membros de uma mesma
igreja.
34.A mediunidade tem, fundamentalmente, origem orgânica e pára por aí, ou é
-74-
basicamente liga a resgates do espírito ou os dois fatores ocorrem juntos? Se assim
for, como distinguir quando é um ou outros fatores que mais interferem em
determinado fenômeno mediúnico?
Podem acontecer os dois fatores, juntos ou separados. Difícil se distinguirem,
principalmente porque os dois fatores basicamente estão interligados. Ao invés de
preocuparmos com este ponto, manda o bom senso cuidemos de desenvolver e usar
a mediunidade com dignidade nos serviços que se propõem consolar, libertar
consciências.
35.A educação e direcionamento ao bem que uma pessoa pode fazer desta
respeitável faculdade pode acontecer mesmo sem incentivo da família da pessoa
(caso a pessoa seja menor de idade e more com os pais ainda)?
Se esta pessoa é menor de idade mas já tem uma vivência espírita, freqüenta uma
casa espírita e nas atividades dela, participa dos estudos, das tarefas no bem, nada
impede que ela seja encaminhada, se necessário aos grupos de estudo e preparação
para o desenvolvimento mediúnico. Caberá a análise do caso dos dirigentes da casa
espírita e do departamento de assuntos da mediunidade para saber como proceder
com o caso.
36.O que fazer quando se tem mediunidade, mas se tem medo dela?
André Luiz, espírito diz que o medo é força congelante nos assuntos de
mediunidade. Assim deve a pessoa estudar mais, aumentar seus conhecimentos
teóricos a respeito da intervenção dos espíritos no mundo físico, participar dos
grupos de estudos de assuntos da mediunidade, conversar, buscar sempre recursos
que tranqüilizem com relação à segurança de atuar nesta área, desde que tomados os
procedimentos corretos.
37.Quais são os pesares da mediunidade não tratada para o médium que precisa se
desenvolver?
O desconforto de ter assumido um compromisso, uma tarefa, de que estava ao seu
alcance, dar continuidade ao progresso, aurir sucesso, mas ficou no esquecimento.
39.O desenvolvimento mediúnico do livro dos Médiuns de Allan Kardec está sendo
praticado nos centros. Tem muita diferença das práticas de hoje?
-75-
Não conhecemos todos os centros, mas podemos afirmar que aqueles que estejam
procedendo o desenvolvimento de sua equipe mediúnica com seriedade, mesmo
usando outros livros, apostilas montadas especialmente para o tema, terão sempre
de se basear em o Livro dos Médiuns, o maior tratado de mediunidade escrito na
Terra até hoje.
41.Já fiz “O Livro dos Espíritos”, estou fazendo “O céu e o inferno”, terminei o
curso de mediunidade, agora estou refazendo “O livro dos Espíritos”. A minha
dúvida é a seguinte: tenho uma mediunidade ostensiva e o dirigente da mesa não me
colocou no desenvolvimento alegrando que preciso fazer meus tratamentos
desobsessivos, pois tenho vários irmãozinhos vinculados a mim de outra vida. Mas
-76-
ando sofrendo bastante com minha mediunidade; alguns amigos trabalhadores da
casa acham que eu já deveria estar no desenvolvimento. Tenho sofrido bastante, oro
muito, faço o evangelho toda semana e gostaria de saber o que fazer.
Levando em consideração suas palavras, acreditamos que você esteja nos
procedimentos de ser encaminhado a um grupo de desenvolvimento e educação da
mediunidade. Se isto não está acontecendo, provavelmente, pode ser por não estar
começando, no momento, um novo grupo com esta finalidade ou pode não haver
vagas no já existente. Seja como for, até surgir a oportunidade de você ir para a
reunião do desenvolvimento, a educação da mediunidade, aconselhamos perseverar
nos estudos, nas tarefas do bem, nas orações diuturnas, e assim criar e sustentar um
“modus vivendi” que permita a ajuda dos espíritos amigos dessa instituição.
-77-
46.Qual a importância de um curso de Desenvolvimento e Educação da
mediunidade no Centro Espírita?
Oferecer aos estudiosos e candidatos a participarem de reuniões mediúnicas como
uma seguimentos de informações e procedimentos para a utilização da mediunidade
com Jesus, com seguridade e equilíbrio.
50. Participo de uma mesa mediúnica há mais de 5 anos e nada acontece. Não vejo
nada, não ouço nada, não percebo nada, não sinto absolutamente nada. Gostaria
-78-
muito de desenvolver qualquer uma faculdade mediúnica, mas já tenho certeza de
que isto é impossível? Devo abandonar a mesa mediúnica?
Caro amigo, você não sabe o tamanho da importância do seu trabalho na mesa
mediúnica. Você é um médium de sustentação. Aquele que ajuda a segurar e
ordenar os trabalhos mediúnicos. Para isto você deve permanecer em concentração,
orando, ajudando mentalmente os irmãos necessitados que vierem. Por outro lado
nada o impede de ser um médium passista ou um médium doutrinador que não
precisa ter a faculdade do desenvolvimento mediúnico. Seu trabalho é muito
importante para você, para os irmãos necessitados e para Deus. Não abandone sua
atividade, quem duvida de que você não nasceu para este trabalho?
ARMANDO FALCONI
CVDEE – CENTRO VIRTUAL DE DIVULGAÇÃO E ESTUDO DO
ESPIRITISMO
-79-
25. SINTONIA
— Como podemos elevar cada vez mais as nossas vibrações e, assim, aprimorar a
capacidade de sintonia e vibração?
Com que fim os espíritos imperfeitos nos induzem ao mal? - Para que sofrais o que
eles sofrem. Vejamos duas questões do Livro dos Espíritos, que nos esclarecem
sobre o envolvimento entre encarnados e desencarnados: ( Capítulo IX, questões
467 / 469.)
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–"Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao
mal?
R.: Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os
chamam (vibrações, sintonia), ou aos que, pelos pensamentos, os atraem.
"Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus Espíritos? Praticando o
bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos
inferiores e aniquilareis o império que desejem ter sobre vós.
Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos
assaltam pelo lado fraco. Foi por essa razão que Jesus, nosso Mestre, nos ensinou a
oração dominical:
Também nos é necessário educar nosso pensamento em coisas edificantes para uma
melhor sintonia com a Espiritualidade Superior. O pensamento é idioma universal e,
entendendo que o cérebro ativo é um centro de ondas em movimento constante,
estamos sempre em correspondência com o objeto que nos prende a atenção. Todo
espírito, na condição evolutiva em que nos encontramos, é governado
essencialmente por três fatores específicos; experiência, estímulo, inspiração:
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compromissos com a retaguarda de nossas experiências ou libertando-nos para a
vanguarda do progresso, conforme nossas deliberações e atividades, em harmonia
ou em desarmonia com as Leis Eternas da Divindade.
Um livro, uma página, uma sentença, uma palestra, uma visita, uma notícia, uma
distração ou qualquer pequenino acontecimento que te pareça sem importância,
podem representar silenciosa tomada de ligação espiritual para determinado tipo de
interesse ou de assunto.
Geralmente, toda criatura que ainda não traçou caminho de sublimação moral a si
mesma assemelha-se ao viajante entregue, ao mar, ao sabor das ondas. Com a
bússola do Evangelho, sabemos perfeitamente onde e como localizar o bem e o mal,
razão porque dispomos todos nós do lema da vontade. O problema de sintonia corre
por nossa conta.
André Luiz é bastante claro no seu livro Nos Domínios da Mediunidade - Cada
médium com a sua mente, cada mente com seus raios, personalizando observações e
interpretações, e conforme os raios que arremessamos, erguer-se-ão o domicílio
espiritual na onda de pensamentos a que nossas almas se afeiçoam.
Basta que pensemos no que Jesus falou: A cada qual segundo suas obras. Não
esqueçamos que a mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos.
Nossa mente é um núcleo de forças inteligentes, gerando plasma sutil que, a emanar
sem parar, oferece recursos de objetividade, sob o comando de nossos próprios
desígnios.
-82-
diferenciados lugares que lhe são característicos. Elevemos, então, nossos
pensamentos redirecionando-os sempre para pensamentos altruístas.
Influência é um poder espiritual que todos temos e pelo qual irradiamos nossos
conceitos e predicados morais, como também culturais, devendo atingir aqueles que
pensam semelhantes a nós. Pense nas coisas desagradáveis e estará sintonizado
espiritualmente com um desencarnado que se sente infeliz. Todavia, agora vem a
celebre pergunta: Será que você começou a pensar negativamente porque quis ou
porque foi induzido por algum Espírito que está próximo a você? As duas coisas
podem perfeitamente acontecer. Se você resolveu ser infeliz a partir daquele
momento, a decisão é totalmente sua, você é quem vai sofrer. Se foi induzido e
passou a aceitar a sugestão, cabe a você mudar de opinião e não sintonizar com
aquela entidade.
Allan Kardec, em A Gênese, cap. XIV, item 15, esclarece este mecanismo da
influenciação de desencarnado para encarnado: Sendo os fluidos o veículo do
pensamento, este atua sobre os fluidos como o som sobre o ar; eles nos trazem o
pensamento, como o ar nos traz o som.. Pode-se pois dizer, sem receio de errar, que
há, nesses fluidos, ondas e raios de pensamentos, que se cruzam sem se
confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros.
Ele não pode ver o que ainda não esteja no pensamento do outro; o que vê é a
preocupação habitual do indivíduo, seus desejos, seus projetos, seus desígnios bons
-83-
ou maus. O trabalho, qualquer que seja ele, físico ou intelectual, aparece como o
primeiro recurso no combate à insurgência de pensamentos deprimentes.
Logo, vem a boa leitura, a música harmoniosa, a conversa que edifica, e sobretudo a
prece que nos liga com o Criador, facultando-nos força, otimismo e coragem para
enfrentar as dificuldades que criamos.
-84-
transe, o comunicante necessita encontrar na sua mente recursos para se externar
e, por isso, quanto mais o médium amplia os seus conhecimentos, maior
possibilidade oferece à entidade para externar a sua mensagem e quanto maior o
esforço em educar-se intimamente, maior a facilidade para controlar o Espírito,
mesmo durante o transe.
-85-
R - Na psicofonia consciente o Espírito comunicante transmite,
telepaticamente, às vezes, à distância, as suas idéias ao médium que as retrata
com as suas próprias palavras. Na semiconsciente, o Espírito comunicante,
através do perispírito do médium, entra em contato com este, atuando sobre o
campo da fala e outros centros motores. Na inconsciente, afasta-se o Espírito do
médium de seu próprio corpo, que mais livremente é utilizado pelo
comunicante. Quando há inteira confiança entre ambos, é como se o médium
entregasse um instrumento valioso às mãos de um artista emérito que o valoriza.
Se o comunicante é rebelde ou perverso, o médium, embora afastado, age na
condição de um enfermeiro vigilante a controlar o doente.
-86-
alguns médiuns apenas vêem entidades ou quadros do Plano Espiritual,
enquanto outros, além de verem, como que sentem o estado íntimo da entidade
ou as vibrações do ambiente (clarividência). Enquanto alguns ouvem sons ou
ruídos, outros ouvem e percebem interiormente o estado do Espírito ou do
ambiente (clariaudiência).
-87-
R - Todos somos em nosso íntimo (mentalmente) influenciados pelos
Espíritos. Enquanto esta influência sobre o médium ostensivo é mais direta,
portanto, com reflexos mais acentuados, sobre o médium de sustentação, ela se
limita às intuições ou manipulações de energias necessárias ao bom andamento
da reunião.
20- Como entender o fato de o médium alegar que faz preces e não
consegue superar o envolvimento de determinadas entidades?
R - Às vezes as nossas preces se limitam aos lábios. "Há diferença
fundamental entre orar e declamar". No entanto, se aliamos a mente ao coração
e realmente orarmos confiantes no Senhor e o envolvimento do Espírito
permanece é porque estamos frente a um trabalho de reajuste, expiação ou
testemunho, ou ainda frente a uma oportunidade de exercer a caridade a um
necessitado. Redobremos a vigilância e confiemos no Senhor que a solução está
a caminho.
-88-
27- ESPÍRITOS IMPERFEITOS
”As instituições das trevas são estruturadas numa rígida concentração de poder,
na mão de alguns líderes. Seus organogramas são bem planejados e implementados
como os de uma empresa. Têm seus chefes, seus planejadores, seus executores,
operários, guardas. Seus métodos são os do terror pela violência, sua incontestável
hierarquia apoia-se num regime disciplinar implacável, rígido, inflexível. Não se
tolera a falta, o deslize, a revolta, a desobediência.
-89-
aparentemente tranqüilo e sem ódios. Não se envolve diretamente com os métodos
de trabalho das organizações trevosas, ou seja, não expede ordens, nem as executa;
limita-se a estudar a problemática do caso e traçar os planos com extrema
habilidade. Os planejadores são elementos altamente credenciados e respeitados na
comunidade do crime invisível. O planejador exerce função importante, porque é
dos poucos, ali, que conservam a cabeça fria para conceber os planos estratégicos
indispensáveis. Seus companheiros de ação costumam ser impetuosos homens de
ação, que se entregam facilmente ao impulso desorientado de partir para ação
pessoal isolada, se não tiverem quem os contenha dentro de um inteligente
planejamento global, que proteja não apenas os interesses de cada dos componentes
isoladamente, mas também a segurança da organização. O planejador é, pois, figura
importantíssima na ordenação das tarefas maquiavélicas. Sua perda acarreta uma
desorientação geral. É difícil, senão impossível, para os companheiros que
permanecem na organização das sombras que alguém tão lúcido e brilhante se tenha
deixado convencer por um doutrinador encarnado.”
O Vingador – “Vingar-se é ir à forra, punir alguém por aquilo que fez ao vingador
e, por isso, vingança é uma palavra-chave nos trabalhos de desobsessão e
esclarecimento. Aquele que se dedica a essas tarefas, precisa estudá-la a fundo, suas
origens, suas motivações, seus mecanismos e as soluções que lhe estão abertas. É
preciso entender o vingador e aceitá-lo como ele se apresenta, se é que pretendemos
ajudá-lo, pois, ele é, antes de tudo, um prisioneiro de si mesmo, através da sua
-90-
cólera e da sua frustração. Sua maior ilusão é a de que a vingança aplaca o ódio,
quando, na realidade, o alimenta e o mantém vivo. Sua lógica é, ao mesmo tempo,
fria e apaixonada, calculada e impulsiva, paciente e violenta, e sempre implacável.
Envolvido no seu processo, ele nem sequer admite o perdão, e é capaz de perseguir
sua vítima através séculos e séculos, ao longo de muitas vidas, tanto aqui, na carne,
como no mundo espiritual. Quase sempre a vingança desdobra-se a partir de um
caso pessoal, mas é comum encontrarmos também o vingador impessoal, aquele
que trabalha para uma organização opressora. O vingador observa, planeja e espera
a ocasião oportuna e o momento favorável. Não se precipita, mas não esquece;
sempre que pode, interfere, ainda que seja somente para espetar uma agulha em sua
vítima indefesa. Casos tremendos e persistentes de obsessão vingativa resultam de
amores frustrados, traídos ou indiferentes. Paixões irrealizadas ou aviltadas
despertam os mais profundos sentimentos de revolta. De outras vezes, são crimes
horrendos, como a assassinatos, espoliações, desonras, difamações, iniquidades de
toda sorte. O vingador é aquele que tomou em suas mãos os instrumentos da justiça
divina. Não confia nela, ignora-a ou não tem paciência de esperar por ela. Não sabe
ainda, que o reajuste virá fatalmente, através da lei da causa e efeito.”
Magos e Feiticeiros – Muitas vezes são Entidades ligadas aos trabalhos de magia e
despachos de terreiro. Geralmente aparecem utilizando as vestimentas dos rituais e
de todos apetrechos necessários para as suas sessões. Chegam nos trabalhos de
desobsessão agressivos e indignados por estarem ali contra a sua vontade,
prometendo fazer um “trabalho pesado” para acabar com o grupo. Temos que
utilizar de uma certa energia com este tipo de Entidade, muitas vezes pedindo para
que ele jogue no chão todo o material que trouxe consigo e para que possamos
realizar uma verdadeira “queimada” destes objetos, mostrando a ele que a força do
Cristo é muito mais eficaz que aqueles rituais que ele pratica nos terreiros. Muitas
vezes estes “magos” são inteligentes, com muita experiência e com muito
conhecimento das fraquezas humanas, pois vivem disso nas suas práticas
ritualisticas. Na sua maioria são insensíveis aos apelos do Amor e do Perdão.
-91-
Espíritos Desafiadores – “Vêm desafiar-nos. Julgam-se fortes, invulneráveis e
utilizam-se desse recurso para amedrontar. Ameaçam os presentes com as mais
variadas perseguições e desafiam-se a que prossigamos interferindo em seus
planos.” Geralmente utilizam frases do tipo:
-92-
28 - MEDIUNIDADE DE CURA
1.O termo "Mediunidade de Cura" não me parece muito correto, o que você
pode nos falar a respeito?
Allan Kardec usa esse termo em "O Livro dos Médiuns". Ele quer dizer,
exatamente, que um espírito, utilizando o fluido próprio e associado ao do médium,
pode fazer um processo de cura. Assim, a palavra médium de cura, deste ponto de
vista, está perfeitamente correto. Mas, existem os curadores, ou seja, pessoas com
fluido próprio para o trabalho, independentemente da ação de um espírito. Neste
caso, ele será um curador e não um médium de cura.
O médium que recebe o Dr. Fritz, atualmente, não faz um trabalho tipo o feito por
José Arigó. Arigó era dominado inteiramente pelo espírito do Dr. Fritz. Ele fazia
realmente operações conforme eu mesmo testemunhei durante uma semana em que
convivi com o trabalho e Arigó, em Congonhas do Campo. Pode-se dizer que um
espírito para operar através de um médium, ele precisa dominar inteiramente a
mente, o pensamento e os movimentos do médium. O médium deverá ser um
médium mecânico, o que significa dizer que não poderá, de modo algum, interferir
na comunicação. As operações espirituais feitas através de médiuns precisa ter
objetivo e também atender a necessidade de pacientes. Nem sempre os espíritos
podem atender a esses dois quesitos. Por isso, devemos sempre ter em consideração,
nas operações mediúnicas, o objetivo das mesmas.
3.É correto termos num Centro Espírita uma reunião de Curas Espirituais
com receituário mediúnico, sem que um médico esteja presente para assinar a
receita ?
Sim. Me parece correto. É o que, aliás, ocorre na maioria dos Centro Espíritas que
utilizam o receituário mediúnico. Mas, se num centro, houver um médico que seja,
ao mesmo tempo, médium receitista, ou psicógrafo receitista, deve-se dar prioridade
ao trabalho desenvolvido por esse médium. Mas, recordemos, em sua grande
maioria, os centros espíritas não contam com médiuns médicos receitistas.
-93-
Sim. Corre-se esse risco. O código penal brasileiro prevê que todo o gesto (sic) e
receitas sem habilitação autorizam à polícia intervir no caso.
5.Como as pessoas que tem esse fluido próprio para cura, deveriam utilizar
esse "dom", do ponto de vista espírita ?
Através dos passes curativos em Centros Espíritas que possuem sessões próprias
para esse fim. No caso de um Centro não possuir este serviço, deve-se buscar algum
que o possua ou então trabalhar em lugar apropriado para o desenvolvimento dessa
belíssima faculdade mediúnica que, se bem utilizada, poderá promover inúmeras
conversões ao Espiritismo.
Não, não é certo! Tem-se que levar em conta uma série de circunstâncias. Às vezes
o doente, quando procura o médium, já está com a doença em estado avançado. O
médium, então, deverá dar os passes no sentido de aliviar as dores e os problemas
decorrentes. Não se pode esquecer que tudo na vida tem um fim, até mesmo a vida
física. Mas, temos ao longo de 35 a 37 anos de atividades semanais na cura visto
casos incríveis de cura feita pelos espíritos.
É a capacidade que um médium tem de promover a cura de doenças físicas ou, pelo
menos, aliviar os seus sintomas. Quando ele é curador, ele não é médium, é apenas
um "curador".
Não posso responder pela FEB, mas, ao que sei, ela somente cuida da divulgação do
Espiritismo. Embora ela tenha uma sessão de desobsessão, em uma reunião
chamada "Grupo Ismael", ao que me consta, ela prefere manter-se mais voltada para
a divulgação doutrinária.
9.Se as pessoas procurarem o centro espírita tão somente para a cura do físico,
não estaríamos aí tirando o espaço que deve ser da medicina tradicional ?
Sim. Por isso, todo Centro Espírita deve promover reuniões de estudos doutrinários
de caráter obrigatório para quem deseja tratar-se através da mediunidade de cura.
-94-
Não podemos esquecer que muitos que buscam a mediunidade de cura, já foram
desenganados pelos médicos da Terra. É nesta hora que podemos avaliar realmente,
o mérito dos doentes e se suas provas estão em curso ou em termo final.
Nesse caso, nós teríamos que examinar caso por caso, ou seja, médium por médium.
Tenho uma opinião: O médium de cura, na hora da cura deve limitar-se a atuar
fluidicamente e deixar para a hora do receituário a indicação medicamentosa.
Não podemos esquecer, com Kardec, que o homem para poder trabalhar precisa de
um corpo sadio. A mediunidade de cura serve, principalmente, para fortalecer e
amparar aqueles que precisam de um corpo sadio para a execução de suas tarefas.
Não se deve, porém, esquecer, em nenhum momento, que o médium de cura precisa
lembrar às pessoas que trata, que o objetivo do Espiritismo é a reforma moral das
criaturas.
12.Qual a melhor orientação quando alguém busca a cura num centro espírita
?
Devemos falar às pessoas que nós os iremos ajudar mas, que ele não esqueça do
tratamento médico convencional que não deixe de orar e que medite sobre sua
doença. Temos em nossa experiência pessoas que vieram buscar somente a cura e se
tornaram grandes trabalhadores da doutrina depois que passaram a conhecer a
doutrina.
13.Sem querer tocar fogo na questão: Por que os resultados das curas não são
publicados pelos estudioso de maneira científica para que possam ser
analisados?
-95-
14.Duas perguntas correlatas: Quais as orientações para os médiuns de cura
terem uma atuação correta? Qual deve ser a principal preocupação do
Médium de Cura?
Muita determinação nos seguintes pontos: Vontade firme, desejo de curar, preparo
de sua mente e de seu corpo, finalidade superior, humildade e sempre trabalhar com
bons espíritos.
É necessário, a maior parte das vezes, quando se nota nítida influência espiritual no
caso do doente.
Não, não há espiritismo moderno. Quando o doente tem que ser curado, ele fica
curado mesmo. Agora, como você fala, às vezes cessam sintomas. Temos sempre
que analisar cada caso. Não podemos esquecer que a mediunidade é matéria
experimental. A mediunidade de cura está nesse caso.
Isto depende das necessidades do doente, mas, pelo que tenho visto e lido através
dos anos, o assunto tem a ver com a disponibilidade de médiuns para este trabalho.
Há umas duas décadas, mais ou menos, nas Filipinas, na parte mais pobre do país,
havia um grupo liderado por um médium, não-espírita, chamado Tony Agpoa. Estes
médiuns tinham uma faculdade especialíssima que era de passar o dedo indicador
na parte afetada do doente, a carne se abria, ele metia as mãos no abdômen e puxava
tumores, cânceres e cortava aquele pedaço doente e em seguida ele voltava a passar
-96-
o dedo na parte aberta do corpo e esta parte se fechava ficando uma fina cicatriz.
Não houve casos de desencarnação por este tipo de trabalho. Este médium foi
acompanhado durante muito tempo por pesquisadores de todo mundo. Já faleceu.
No Brasil, tivemos o José Arigó que fazia cirurgias espirituais com cortes físicos.
Parece que veio numa ocasião certa para comprovação. O que veio comprovar a
existência do mundo espiritual através da mediunidade de cura.
19.Sabendo que 90% das doenças tem sua causa mais profunda na desarmonia
do perispírito, seria possível realizarmos reuniões onde tratássemos
diretamente com ele? Se a resposta for afirmativa, como fazer?
20.Sim. Mas esse trabalho não será tão difícil de ser realizado, a partir do momento
em que juntarmos doentes em uma mesma sala, fazermos uma prece e darmos o
passe nele sem aprofundar o fluido no corpo físico, e sim darmos o passe de um
modo, como se fosse mais superficial, para atingirmos o perispírito. É necessário,
porém, que haja um médium vidente, ou um sensitivo, que acompanhe a ação do
fluido no perispírito.
Não, não podemos encarar o assunto só desse ponto de vista. Há doenças adquiridas
como as infecciosas. Mas, realmente, há uma fase de doença que podemos observar
um grande conflito entre mente e espírito. Temos caso em nossa lembrança de que
uma menina, durante os passes, ela entrava em uma espécie de sonambulismo e se
reportava a um passado que não víamos, só víamos a sua mente mergulhar e ela
entrava em crises de ausência. O tratamento dela foi todo feito por psicólogo, que
conseguiu fazer com que ela se preocupasse somente com seu futuro e nunca com o
passado. É um caso bem interessante em que vimos que os passes de cura nenhuma
ou pouca influência tiveram na sua cura.
Não. Geralmente, são espíritos mais próximos de nós que nos acompanham na fase
inicial do tratamento. Isto, porém, é uma regra geral. Conheço casos, raros, em que
os mentores se aproximaram bem no início do trabalho do seu médium.
-97-
Poderiam. Mas, quando se trata de trabalho de cura, eles devem ficar, realmente, em
salas, ou em horário, separados, para uma melhor produção mediúnica, assim como
se faz nas sessões de desobsessão.
24.O tratamento feito com cirurgia, cortes, é mais eficiente que os que feitos
com passes apenas?
Dentro do código penal brasileiro, sim. Mas, desde 1945, não há mais esse tipo de
acusação para médiuns que apenas usam os passes curadores.
Você disse bem: "Alguns estudiosos". Realmente, os que falam assim só vêem o
Espiritismo por um aspecto, ignoram outros aspectos, como a cura, como também
existem os que afirmam que um Centro Espírita não precisa do trabalho de
desobsessão. Segundo eles, a própria sessão pública é a grande sessão de
desobsessão. Isto é verdade, mas, para os que vão à sessão e as intercessões, o pai, a
mãe, o filho, a esposa, o esposo que não vão ao Centro Espírita? Entendemos que
uma casa espírita deve ter sua especialidade de trabalho, mas não se deve ignorar o
esforço desenvolvido por outras instituições.
27.Há males que vem para o bem, algumas enfermidades não podem ser assim
classificadas?
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29.Gostaria que você me explicasse o que entende por "mediunidade
experimental", com relação às curas.
Quero dizer que todos os casos de curas, como os casos mediúnicos de um modo
geral, devem ser examinados. Por isso, a mediunidade é experimental. Há a tese,
mas há a comprovação da tese. Em certos casos, o médium já é tão experimentado
no assunto que não se testa mais sua mediunidade, mas a cada médium novo é
natural que ele comprove seu dom mediúnico. Assim, a mediunidade, em si mesma,
estará sempre sendo testada. Não mais a tese, mas sim o médium.
Quanto às sessões de cura, devemos lembrar Kardec, em "O Livro dos Médiuns",
que nos fala especificamente do assunto e na "Revista Espírita" de 1865, igualmente
o mestre lionês fala sobre este tipo de mediunidade.
Léon Denis, no livro "No Invisível", fala sobre fluidos e sobre os passes curadores,
inclusive, ao que me parece, foi o primeiro a falar em passe de sopro. André Luiz,
mais tarde, no livro "Os Mensageiros", também fala sobre esse assunto. (t)
Creio que se deve manter o termo "Medicina Espiritual", uma vez que, em sua
maior parte, quem conduz o fenômeno mediúnico, junto aos médiuns, são os
médicos e enfermeiros no mundo espiritual. Entretanto, não está errado falar em
tratamento espiritual, embora a maior parte das vezes eu tenho ouvido este termo
aplicado às sessões de socorro desobsessivo.
Creio que com o tempo ficará mais claro para todos nós essas duas afirmativas.
-99-
acabam de verificar que a questão da personalidade humana pode ser modifica
com substâncias químicas, desmitificando a provável existência do Espírito
como causa da personalidade humana. Mostraram, ainda, que as ligações
íntimas entre substâncias químicas e os neurônios altera o comportamento do
paciente. Com isso, como fica a Medicina Espírita? Já era? Ou vamos proceder
com o fanatismo de dizer que ela continua intocável, fazendo dela um dogma?
Tenho a certeza que os cientistas citados pesquisaram junto a almas que lhes deram
condições para que eles chegassem a essas conclusões. Eles não falaram das
possíveis tentativas em personalidades que não aceitaram as substâncias aplicadas e,
portanto, não modificaram as personalidades.
Muitos poderão dizer que, no caso das substâncias químicas, por elas não serem
subjetivas, não há como contestar sua ação, mas qual o médico que não será capaz
de contar um caso em que os remédios aplicados deram certo com algum doente e
não deram com outros doentes? Os remédios também não são subjetivos e, no
entanto, a sua ação pode ser abalada pelo resultado de uma mente que o rejeite. (t)
33.Poderia falar um pouco sobre este espírito Dr. Fritz e seu trabalho?
Gostaria de saber um pouco sobre as operações espirituais feitas pelo suposto
espírito do Dr. Fritz e outros.
O espírito de Dr. Fritz, ao que me parece, trabalhou unicamente com o médium José
Arigó. Este médium foi realmente o grande médium que comprovou a medicina
receitista, principalmente, e a cirúrgica, em segundo plano.
Os outros médiuns que trabalharam com Dr. Fritz, ao que tenho conhecimento, não
o fizeram nas mesmas circunstâncias e possibilidades do médium José Arigó.
Inclusive, pesa-nos falar acerca da questão financeira que envolveu os últimos
médiuns que trabalharam com o referido espírito.
Repito que, na minha observação, se trata de outro espírito que não o Dr. Fritz que
se apresentou pelo José Arigó. Poderemos dizer que isto não infirma a possibilidade
-100-
da mediunidade receitista e curadora nos médiuns pós José Arigó. Nesse caso,
teremos que ver o resultado prático de suas intervenções e o quanto isto beneficiou
a doentes. Tenho conhecimento de pessoas que afirmam ter sido curadas pela
medicação ou outras ações praticadas por esses médiuns. (t)
34.Há alguns dias atrás, em uma palestra, o expositor afirmou que a água não
precisa ser fluidificada porque ela já o é, e o que ocorre é a energização da
água pelo plano espiritual. Isto procede? De que forma a água fluidificada ou
"energizada" pode contribuir nos tratamentos espirituais?
Assim, acredito que não haja uma energização e sim a colocação de energias
curativas na água que chamamos, nas casas espíritas, de água fluidificada.
Não se pode negar que haverá ocasiões em que os espíritos apenas energizam a
água e não colocam substâncias curativas na mesma. Será uma questão a ser
perguntada a cada benfeitor e em cada sessão. (t)
Uma outra maneira que temos para verificar nosso potencial de cura é darmos
passes em pessoas doentes. Após uma série de passes, essas pessoas ficarão
perfeitamente curadas.
-101-
36.Porque os trabalhos de cura fascinam a tantos médiuns?
Todo médium jamais deve esquecer as lições básicas da Doutrina Espírita: nem
todo espírito é superior ou bom. O mesmo se aplica aos espíritos médicos do além.
Eles também podem ser espíritos sofredores. Médicos que usaram mal suas
possibilidades profissionais podem, ao passar para o mundo dos espíritos, continuar
maus médicos.
A AIDS é uma doença de fundo cármico ou resultado da lei de causa e efeito. Creio
que o Espiritismo vê nessa doença o mesmo que vê em outras doenças e/ou doentes:
alguém ou alguma coisa que precisa ser tratada.
Os passes nos aidéticos são dados, de um modo geral, na região dos pulmões, por
ser uma região sensível à doença. Mas tenham certeza que cada médium deverá ter
sua percepção própria acerca da doença e do tratamento.
Posso afirmar que muitos portadores da AIDS ficaram com a doença controlada
com a associação dos remédios e dos passes curativos tomados com muita
confiança em Deus e nos bons espíritos.
-102-
39.Tento explicar uma tese em que, considerando o corpo físico cópia do
perispírito, da mesma forma que existem mecanismo de feedback no corpo
orgânico, pode ou deve existir os mesmos mecanismos no perispírito (minha
pergunta se refere mais aos centros vitais)?
39.Sabemos que o trabalho de cura atrai muita gente que busca a cura do
corpo físico, mas, muitas vezes, não despertam o seu lado espiritual. Neste caso,
a cura do corpo não faz mais mal para o espirito?
Vamos dizer que não valeu a pena dar passes naqueles que apenas usam a
mediunidade de cura para ficarem curados e não se transformaram moralmente.
O médium de cura deve ter o cuidado de ou ele mesmo falar às pessoas doentes da
Doutrina Espírita ou só trabalhar em Centros Espíritas cujas sessões de estudos
doutrinários sejam obrigatórias aos doentes, fazendo, desse modo, com que eles,
antes de tomar os passes, pelo menos escutem alguma coisa de Doutrina Espírita.
Indo a uma casa espírita que tenha este tipo de trabalho, explicar a sua situação de
doença e pedir que você seja beneficiada pelos passes de cura.
Não esquecer, porém, de que para sermos curados precisamos contar com o nosso
sentimento de transformação e com a nossa vontade pura de nos transformarmos, se
houver erros em nós.
-103-
A nossa experiência diz que a ida à casa espírita propõe ao doente maior quantidade
de estudos, de fluidos e, conseqüentemente, de aprendizado mais rápido e, portanto,
de sua cura.
41.Como os passistas, que não são médiuns curadores, podem fazer para
ampliar a sua atuação?
Dar passes o maior número de vezes possível e trabalhar nos mais variados tipos de
trabalho de passes. Por exemplo, passes nas reuniões de desobsessão, passes em
crianças e idosos, que são pessoas com situações diferentes de um adulto comum.
Também pode-se trabalhar nos passes dispersivos que preparam o doente para o
passe de cura propriamente dito.
A experiência indica que todo médium, ao dar passes, "sente" quando está na hora
de parar de dar passes ou de direcionar o passe numa direção preferentemente à
outra. Assim, quando damos passes em uma pessoa equilibrada, ela logo fica
saturada de bons fluidos e o médium sente que está na hora de parar com o passe.
Nos casos em que o médium não tem essa percepção, ele deverá desenvolver outros
mecanismos para parar com o passe quando ele sentir que o paciente já está
saturado de energias. A audição, a visão mediúnica, ou mesmo a percepção fluídica
junto ao doente dará ao médium esta segurança de que você fala.
43.Como conseguir aproveitar todas as ondas espirituais que nos vêm através
do passe? Como aproveitá-la e utilizar no dia a dia da vida, para conseguirmos
a recuperação da doença espiritual, principalmente quando uma pessoa é bem
desequilibrada, possui muita doenca espiritual?
Todo médium, bem como todos os seres que freqüentam a Casa Espírita devem
valorizar o fluido que lhes é aplicado. E isto começa pela noção de gratidão aos
guias espirituais, tanto quanto a Deus, sem esquecer que as pessoas devem se dar
conta de que o fluido será para elas uma espécie de energização e, portanto, todos
devem valorizar ou sentir-se gratas quando recebem o passe.
-104-
44.Uma amiga presente (tímida) trabalha numa ONG ajudando a cuidar de
aidéticos. Qual a orientação geral a ser seguida, onde ela poderá ajudar ainda
mais?
De qualquer modo, nunca esqueça que o aidético é alguém que traz em si marcas
profundas em torno da dor, além da própria discriminação que ele faz de si ou que
ele sente partida dos outros.
Que as pessoas valorizem o passe de cura como uma das bênçãos de Deus que caem
sobre a Terra. Não é que a mediunidade de cura haja de suprimir todas as doenças,
mas através dela o conforto espiritual, a prece, os hábitos elevados e as forças da
caridade se movimentam com maior freqüência junto a todos nós. Valorizemos esta
abençoada mediunidade como fonte de auxílio ao semelhante e de amor ao
próximo.
29 -BENEFÍCIOS DA MEDIUNIDADE
O mesmo bem-estar que logra uma pessoa que se encontra num estado
depressivo e conversa com alguém otimista. Aquele primeiro contato não lhe
resolve o problema, mas abre uma brecha na escuridão que reina intimamente no
campo mental do desencarnado.
-106-
Por mais rápida que seja a comunicação, o Espírito sofredor recebe o
benefício eficaz daquele instante, às vezes fugidio.
Qualquer pessoa que leia a coleção André Luiz toma conhecimento das
reuniões realizadas no mundo espiritual, onde os Espíritos-Médiuns funcionam no
atendimento às entidades atrasadas ou captam o pensamento dos seres superiores.
Em toda a coletânea de Manoel Philomeno de Miranda, constituída de várias Obras
sobre mediunidade e obsessão, consta que, terminadas as reuniões mediúnicas no
plano terreno, funcionando como um prolongamento destas, continuam, fora do
campo físico, os trabalhos de socorro espiritual, onde os Espíritos se utilizam dos
médiuns desencarnados para ajudarem os médiuns encarnados.
-107-
sua proteção. Cada vez mais ele se renova, se depura, recebe e pratica a caridade. A
exemplo de Chico Xavier, o médium doa-se a si mesmo., entretanto se ele não
exerce a sua atividade mediúnica, ele se fecha, os espíritos necessitados o procuram,
os cobradores o atacam e o médium pode até ficar doente.
É verdade que os médiuns precisam ter uma série de cuidados com a saúde,
mas também é preciso que nós tenhamos consciência de que eles não são
pessoas dotadas de poderes e forças sobre-humanas, mas apenas seres
humanos, como nós, com seus acertos e erros.
Todo médium é um ser encarnado e, como tal, tem um corpo físico e uma vida
material para cuidar, além da espiritual. O corpo físico é apenas uma máquina, é um
empréstimo, é temporário. É uma extensão do espírito e deve durar o tempo
suficiente para o cumprimento da tarefa a que ele se dispõe aqui na Terra, inclusive
a mediúnica. Dessa forma, exige certos cuidados práticos que não podem ser
negligenciados, a fim de que não se comprometa o seu plano de encarnação, nem a
sua tarefa como médium.
-108-
Considerando ainda que o perispírito, o duplo e a aura são as principais elementos
de contato do espírito comunicante com o médium – como se fosse “órgãos do
sentido mediúnico”, é natural que qualquer coisa que interfira na sua vibração,
tornando-a mais lenta e mais densa e deixe suas energias mais pegajosa ou oleosas,
também influencie diretamente seu grau de sensibilidade, dificultando a percepção e
a sintonia do médium com as entidades desencarnadas, especialmente as mais
elevadas, cujo padrão vibratório é mais intenso e sutil.
Por esse motivo o médium deve ter atenção especial a sua alimentação. Ele deve
evitar tudo aquilo que, com o tempo, ele percebe que não lhe faz bem ou prejudica
seu trabalho de intercâmbio, amortecendo a sensibilidade mediúnica energética,
especialmente no dia de trabalho e reunião.
Por se tratar de algo individualizado, não há regras e receitas prontas: cada um deve
estabelecer o que melhor lhe convierem termos de alimentos;, observar as próprias
reações físicas psíquicas e espirituais a cada um deles, lembrando-se sempre que
essas reações podem mudar, e muito, com o tempo, a medida que sua sensibilidade
for aumentando ou mudando.
Além disso, o médium deve ter sempre a preocupação de manter uma alimentação a
mais equilibrada possível, variando bastante os alimentos, para garantir também
uma variedade suficiente de nutrientes físicos e energéticos que possam atender a
todas as suas necessidades e garantir também sua saúde física e energética. Porém,
todo esse cuidado não deve impedir que o médium leve uma vida normal,
usufruindo equilibradamente de tudo que a vida material oferece. Os prazeres
materiais, quando experimentados com equilíbrio, podem até ajudar o médium a se
manter mais centrado, não permitindo que entre em contato com o mundo físico
que, no momento, é mundo que lhe toca mais de perto.
-109-
sentimento por essas coisas e por tudo que a vida lhe proporciona e oferece. Todo
trabalho mediúnico e energético depende do corpo físico e suas energias e também
do estado de saúde do médium, o qual depende e ao mesmo tempo interfere no seu
estado mental e emocional.
Num caso desses, o médium deve ser capaz de reconhecer que não tem condições
de trabalhar, e o dirigente responsável pelo trabalho deve ter o bom senso de não
existir o sacrifício. Isso não significa que qualquer dor de cabeça ou unha encravada
possa ser usada como desculpa para não trabalhar. Estamos falando de problemas
de saúde que realmente estejam debilitando e limitando o médium em sua
capacidade de concentração, atenção, doação e em seu vigor físico, e não de
qualquer indisposição leve a que todos estamos sujeitos no dia-a-dia agitado que
levamos.
-110-
Na higiene física não estão apenas os bons hábitos básicos diários, mas também a
prevenção médica dentária regular, bem como a própria imagem, bem como suas
condições físicas. A auto-estima sadia é fator de muita importância no equilíbrio do
médium, já que a falta de auto-estima costuma ser uma das principais causas da
depressão, revolta, agressividade, etc.
-111-
perturbações que outras pessoas, e o fato de adoecer ou precisar de ajuda
profissional ou medicamentos não é mérito para ele, nem como pessoa, nem como
médium. É preciso tratar os médiuns como seres humanos, imperfeitos, sujeitos a
altos e baixos, mas tentando acertar, crescer e melhorar, como todo mundo. É
importante não pensar que médiuns não erram, não se enganam, não falham, não
fracassam, não fraquejam. Não se deve exigir deles mais do que exigimos de nós
mesmos, pois eles não são criaturas especiais, dotados de poderes e forças sobre-
humanas. São apenas seres humanos.
Sexo é energia, é vida, é saúde. Faz parte do nosso estágio evolutivo e deve ser
encarado com naturalidade. Como tudo na vida, deve ser pensado, usado, praticado
e apreciado com equilíbrio e bom senso. O sexo sadio, feito com amor e prazer,
com alguém de quem se gosta, por quem se tem respeito e afinidade e com quem se
tem uma relação estável e sadia, é extremamente benéfico e ajuda no equilíbrio
psíquico e energético do médium.
Assim que o próprio médium aprenda a encarar sua sexualidade com naturalidade e
equilíbrio, dosando sua necessidade de sexo e procurando praticá-lo de forma
equilibrada, saudável e elevada, eliminando preconceitos e tabus que em nada
-112-
contribuem. Devemos lembrar que sexo também é criação de Deus e, portanto,
também é sagrado, elevado, necessário, positivo, desde que, como em tudo, possa
ser visto com bom senso e discernimento.
Para funcionar como intermediário entre o plano astral e o plano físico, seja
transmitindo mensagens de incentivo, consolo ou orientação ás pessoas que estão à
sua volta, seja servindo de canal para a transmissão de energias necessárias ao
reequilíbrio físico ou emocional de alguém. Não estamos dizendo que o médium
deva permanecer constantemente em transe, mas que esteja sempre consciente de
que é uma ponte entre o mundo espiritual e o físico e deve estar sempre a serviço
das pessoas, podendo ser acionado automaticamente a qualquer momento, em
qualquer situação, em qualquer lugar.
Por isso, é importante que o médium tenha sempre boa sintonia, mantenha
pensamentos e sentimentos saudáveis, seja sempre alegre e equilibrado, seja sereno
e confiante, para que possa ser um cana de coisas elevadas e saudáveis para todos
com quem encontra. Não estamos dizendo que o médium deva permanecer
constantemente em transe, mas que esteja sempre consciente de que é uma ponte
entre o mundo espiritual e o físico e deve estar sempre a serviço das pessoas,
podendo ser acionado automaticamente a qualquer momento, em qualquer situação,
em qualquer lugar.
Por isso, é importante que o médium tenha sempre boa sintonia, mantenha
pensamentos e sentimentos saudáveis, esteja sempre alegre e equilibrado, seja
sereno e confiante para que possa ser um canal de coisas elevadas e saudáveis para
-113-
todos com quem encontra. Se a mediunidade é capacidade ativa 24 horas por dia,
sete dias por semana, durante toda a vida, ela está presente também durante as horas
de sono. Sim, mesmo dormindo, podemos funcionar como intermediários entre
planos ou dimensões diferentes. Quando nosso corpo físico adormece, nosso
espírito se projeta para fora dele e por algum tempo passa a viver no plano
espiritual.
Para se manifestar nesse plano, ele se utiliza de psicossoma, um corpo muito mais
sutil que o físico, mas também um corpo material. Esse corpo pode ser usado por
entidades superiores para se manifestar nos planos mais densos da espiritualidade.
O plano espiritual dispõe de vários “níveis”, caracterizados por diferentes graus de
densidade de energias e frequências vibratórias. Quando mais elevado o nível, mais
sutis as suas energias e mais altas suas freqüências vibratórias.
As entidades que vivem nesses níveis mais elevados não podem se comunicar
facilmente com os níveis mais densos do plano espiritual, pois para isso seria
necessário que adensassem muito seu psicossoma, reduzindo muito sua freqüência
de vibração. Em vez disso, atuam mediunicamente em espíritos, encarnados ou
desencarnados, que ainda vivem nesses planos e, portanto, possuem um psicossoma
também mais denso, e transmitem mensagens, levam socorro, dão lições, etc.
através do que poderíamos chama de “mediunidade astral” ou “paramediunidade”.
-114-
30 - COMPROMISSO MEDIÚNICO
-115-
O futuro médium então renasce e cresce, recebendo os devidos cuidados da
parte dos espíritos responsáveis pela sua tarefa.
Então, ao aproximar-se a época em que deve iniciar a sua atividade
mediúnica, começam a lhe ocorrer coisas estranhas: perturbações as mais variadas,
doenças que médicos não conseguem diagnosticar, acidentes anormais, sensações
perturbadoras como arrepios e formigamentos, sonhos esquisitos., pesadelos, dores
de cabeça, visão ou audição de espíritos e outras semelhantes.
Nessas ocasiões sempre aparece alguém para dizer que isto pode significar
mediunidade.
Pois bem, quando o médium, obedecendo ao compromisso assumido, inicia o
desenvolvimento de suas faculdades, também passa a merecer assistência dos bons
espíritos, que irão orienta-lo e ajuda-lo de acordo com permissão superior. Mas,
para que possa receber essa ajuda é necessários que se torne merecedor, sendo
dedicado, responsável, e procurando melhorar sempre as próprias atitudes,
tornando-as mais compatíveis com a nobreza de uma tarefa no bem.
O médium deve também trabalhar, sem cessar, pela própria evolução ou
crescimento interior; dedicar-se a leituras de elevado teor espiritual, como por
exemplo: O evangelho segundo o espiritismo. A conduta reta e o amor fraterno
representam a sua segurança e equilíbrio como medianeiro entre a dimensão
material e espiritual. Isto é fundamental para fortalecer o seu campo energético e
situa-lo fora da faixa de sintonia com entidades inferiores.
Nos meios espíritas é onde poderá encontrar maior segurança para suas
atividades, porque é onde melhor se conhece e mais seguramente se trabalha no
campo mediúnico.
Mas a mediunidade também pode ser uma faca de dois gumes: com Cristo, na
caridade mais pura e sob a direção de pessoas experientes e verdadeiramente
fraternas, apresenta-se como ponte de luz entre a Terra e o Céu. Mas quando se
propõe ao atendimento a interesses rasteiros, ao ganho de bens, de posições, de
influência ou status, ou pior ainda, a fazer o mal, ela se transforma em canal para
espíritos das sombras com resultados imprevisíveis, mas sempre muito ruins.
E o pior ocorre no retorno ao mundo espiritual, depois da morte. Ali, o
médium faltoso terá de amargurar suas dores, seus remorsos e o resultado de suas
ações irresponsáveis ou anti fraternas, sem falar em que terá de recomeçar tudo
outra vez, e em condições mais desfavoráveis.
Na maioria dos casos, o candidato a médium começa a receber o chamamento
para a tarefa e não atende; muitos por medo, outros por acomodação e outros ainda,
por causa de suas religiões, pois a maioria delas, sem conhecerem bem o assunto,
condenam a mediunidade e a comunicação dos espíritos.
Mas as suas faculdades certamente começarão a aflorar, mesmo assim, no
tempo previsto. Só que, pela falta de orientação adequada e pelo não cumprimento
-116-
do compromisso assumido antes da reencarnação, elas podem transformar-se em
canal para as mais diversas perturbações, podendo desembocar em doenças ou em
desequilíbrios os mais variados, de conseqüências imprevisíveis.
É preciso, no entanto, ver que não foi a mediunidade a causadora desses
problemas, mas sim, o descaso do próprio médium que deixou de cumprir seus
compromissos.
PERGUNTA FREQUENTE – é possível que todas as pessoas sejam
médiuns?
De certa forma todas as pessoas são médiuns, porque todas são possíveis de
serem influenciadas pelos espíritos, mas quando falamos em médium a referência é
feita aos que têm essas faculdades mais desenvolvidas, capazes de transmitir o
pensamento dos espíritos, ou servir como veículo para suas manifestações na
matéria.
Há médiuns, desde aqueles que possuem faculdades apenas latentes, até
aqueles outros nos quais elas se agrupam com toda a sua potencialidade.
Os primeiros, regra geral, não têm maiores compromissos nesse terreno,
enquanto uma mediunidade estuante certamente está informando que há tarefas de
maior ou menor abrangência em sua pauta reencarnatória.
Também há casos em que a tarefa é ampliada no decorrer dos anos, a
depender do desempenho do médium, enquanto em outros ela não chega a ser
cumprida em sua totalidade. E há também aqueles, infelizmente muitos, que
abandonam a maio do caminho, sem falar nos que nem chegam a inicia-la.
Na maioria dos centros espíritas há cursos para médiuns, com estudos
doutrinários e sobre mediunidade, nos quais os participantes vão aprendendo a se
concentrar e a educar suas faculdades. Isto é muito importante para que a sua tarefa
possa desenvolver-se com equilíbrio dentro dos princípios de ética ensinados pelo
Espiritismo.
A mediunidade praticada com amor, dedicação e despreendimento é fator de
equilíbrio e paz para seu portador.
Quais as principais atividades mediúnicas desenvolvidas num centro Espírita?
As principais atividades mediúnicas nos centro espíritas são a desobsessão e o
atendimento a espíritos sofredores.
Alguns centros também se dedicam a curas através da mediunidade, nos mais
variados formatos. Mas as faculdades mediúnicas também são utilizadas para
contatos com espíritos orientadores, para recepção de mensagens, para escrita de
livros e muitas outras finalidades voltadas para o bem.
E há ainda a pintura de quadros, por espíritos de pintores, a composição de
músicas, etc.
-117-
32 - MESA MEDIÚNICA: UMA PRÁTICA
Os trabalhos mediúnicos são muito cobiçados por aqueles que querem conhecer os
mistérios da vida espiritual, as conversas com os espíritos, as manifestações que
acontecem, as linguagens deles, e muitas outras maneiras de sentir que está perto do
sobrenatural, do desconhecido. Esses tipos de coisas geralmente só acontecem em
uma mesa mediúnica, onde os irmãos dão comunicação, falam sobre seus
antepassados, sua história, e até revivem momentos desta vida que se passaram com
eles e seus colegas e amigos, daí muitas pessoas se interessarem pelo espiritismo. É
pensando nessa gente que se pretende mostrar o que acontece numa mesa
mediúnica, sem mistério, sem invenções, e com nada de extra-normal, porque
espiritismo é vida e não brincadeira com o outro mundo, isto é, dos espíritos.
Muitas pessoas pensam, até mesmo alguns dirigentes de Centro Espírita têm a idéia
de que deve existir um trabalho em separado sobre o mediunismo, para conversar
com os irmãos que querem dar sua graça, mostrar para a humanidade que eles
existem, e estão prontos para ajudar, bem como pedir ajuda. Um trabalho mediúnico
acontece em qualquer lugar, quando se está falando sobre os ensinamentos
atribuídos a JESUS, porque os espíritos para muitos, são invisíveis e, neste
momento, conscientizam-se de seu estado de sofrimento e dor, pois procuram o
caminho mais correto a seguir. Outros, pela sua inferioridade, afastam-se por não
conhecerem que ali está a sua libertação do mal, procurando outros companheiros
para continuarem sua trajetória de orgulho, de inveja, de ódio, e de todo tipo de
maledicência.
-118-
A celebração de um trabalho mediúnico é propriamente uma pregação, uma missa,
um culto evangélico, ou uma palestra espírita, como acontece nas reuniões públicas
que os Centros Espíritas promovem para mostrar os ensinamentos de transformação
a todos que vão a sua procura, objetivando o seu bem-estar. Aí está sendo praticada
uma reunião mediúnica, tendo em vista que os irmãos encarnados e desencarnados
estão sendo doutrinados para o caminho de retidão, de felicidade, e de amor, que é o
que todos procuram com muito esforço. Talvez o trabalho dos católicos, o culto dos
protestantes, a reunião pública dos Centros Espíritas seja um trabalho de
conscientização mais eficiente do que uma mesa mediúnica, onde os participantes
estão apreensivos em sentir, ou ver uma presença espiritual que não é esta a
proposta efetiva.
Tudo isto remonta o ser humano a pensar no trabalho efetivo de uma mesa
mediúnica que é a prática de um contato direto entre os espíritos e os membros de
um trabalho de concentrações e preces para ajudar a alguém quanto a sua situação
no outro lado da vida, e as dificuldades dos que estão desse lado. Em verdade, a
mesa mediúnica constitui um trabalho sério de ajuda aos irmãos do outro lado da
vida, e não para satisfazer a curiosidade daqueles que querem conhecer o mundo
espiritual sem compromissos, e desejo de mudança. O extra-físico tem despertado
em muita gente o anseio de saber algo de alguém que já se foi, tentando saber se o
outro lado da vida é melhor do que este, ou até mesmo de como ganhar na loto, ou
na loteria esportiva, ou de alguma forma, de como arrumar um casamento.
-119-
material e o mundo espiritual, devido às condições do corpo físico. Neste dia, evitar
contendas com os amigos próximos, com os familiares, tentando passar um dia de
meditação é o ideal para que a interferência dos espíritos grosseiros, brincalhões, e
maldosos, não possam participar desse trabalho tão sério.
Depois da prece inicial, faz-se uma chamada dos diversos nomes que vão passar
pela vibração, ficando os sensitivos atentos, porque a espiritualidade já está
trabalhando cada nome, tentando entender os problemas que cercam as pessoas que
estão sendo anunciadas, e alguns outros que a espiritualidade trouxe. Em seguida, o
coordenador da mesa faz uma vibração, e aqueles casos mais urgentes a
espiritualidade faz tal trabalho a parte; entretanto, se existirem alguns irmãos que
precisam se comunicar, ele é trazido à mesa, com a ajuda de um sensitivo de
incorporação, conecta-se o processo. Neste instante, ele diz o que quer, ou o que
sente, cujo coordenador orienta para que ele possa compreender a sua situação,
libertando-se daquelas dores e sofrimentos que está passando, pela sua
incompreensão do mundo espiritual.
Este trabalho transcorre dentro da hora marcada pelo coordenador que foi orientado
pela espiritualidade para iniciar e findar na hora certa, isto é, o trabalho deve ser de
-120-
uma hora e meia, conforme o tempo dos espíritos designados para esta atividade,
porque o mundo espiritual também divide o seu tempo para outros encontros.
Quando existe algum empecilho na execução do trabalho, ou melhor, quando
aparece distúrbio de energia, os entrelaces mediúnicos não se encontram, eleva-se
uma prece que se possam harmonizar, ou unificar as vibrações, sanando as situações
adversas que circulam. O ideal é que cada sensitivo só receba no máximo dois
espíritos sofredores, dado os desgastes que sofrem aqueles que têm a faculdade de
incorporação, deixando tal agente com o seu corpo debilitado.
-121-
33 - DA EVOCAÇÃO DOS ESPÍRITOS
Cada uma destas duas maneiras de operar tem suas vantagens e nenhuma
desvantagem haveria, senão na exclusão absoluta de uma delas. As comunicações
espontâneas inconveniente nenhum apresentam quando se está senhor dos espíritos
e certo de não deixar que os maus tomem a dianteira. Então, é quase sempre bom
aguardar a boa-vontade dos que se disponham a comunicar-se, porque nenhum
constrangimento sofre o pensamento deles e dessa maneira se podem obter coisas
admiráveis; entretanto, pode suceder que o Espírito por quem se chama não esteja
disposto a falar, ou não seja capaz de faze-lo no sentido desejado. O exame
escrupuloso, que temos aconselhado é, aliás uma garantia contras as comunicações
más. Nas reuniões regulares, naquelas, sobretudo em que se faz um trabalho
continuado, há sempre Espíritos habituais que a elas comparecem, sem que sejam
chamados, por estarem prevenidos, em virtude mesmo da regularidade das sessões.
Tomam, então, freqüentemente a palavra para tratar de um assunto qualquer,
desenvolver uma proposição ou prescrever o que se deve fazer, caso em que são
facilmente reconhecíveis, quer pela forma da linguagem, que é sempre idêntica,
quer pela escrita, quer por certos hábitos que lhes são peculiares.
-122-
Quando um Espírito é evocado pela primeira vez, convém designa-lo com
alguma previsão. Nas perguntas que se lhe façam, devem evitar-se as fórmulas
secas e imperativas, que constituiriam para ele um motivo de afastamento. As
fórmulas deve ser afetuosas, ou respeitosas, conforme o Espírito, e, em todos os
casos, cumpre que o evocador lhe dê prova de sua benevolência.
-123-
pelo desejo muito natural que todos têm de confabular com os entes que lhes são
caros. Julgamos dever fazer a este propósito algumas recomendações importantes
aos médiuns. Primeiramente que não acedam a esse desejo, senão com muita
reserva, se se trata de pessoa de cuja sinceridade não estejam completamente
seguros e que se acautelem das armadilhas que lhes possam preparar pessoas
malfazejas. Em segundo lugar, que a tais evocações não se prestem, sob
fundamento algum, se perceberem um fim de simples curiosidade, ou de interesse, e
não uma intenção séria da parte do evocador; que se recusem a fazer qualquer
pergunta ociosa, ou que sai do âmbito das que racionalmente se podem dirigir aos
espíritos. As perguntas devem ser formuladas com clareza, precisão e sem idéia
preconcebida, em se querendo respostas categóricas. Cumpre, pois, se repilam todas
as que tenham caráter insidioso, porquanto é sabido que os espíritos não gostam das
que têm por objetivo pô-los à prova. Insistir em questões desta natureza é querer ser
enganado. O evocador deve ferir franca e abertamente o ponto visado, sem
subterfúgios e sem circunlóquios. Se receia explicar-se, melhor será que se
abstenha.
-124-
Entre as causas que podem impedir a manifestação de um espírito, umas lhe são
pessoais e outras estranhas. Entre as primeiras, devem colocar-se as ocupações ou
as missões que esteja desempnhando e das quais não pode afastar-se, para ceder ao
nossos desejos. Neste caso, sua visita apenas fica adiada.
-125-
34 - DOS LUGARES ASSOMBRADOS
CAPÍTULO IX – LIVRO DOS MÉDIUNS
"O princípio ainda é aqui o mesmo. Os Espíritos que já se não acham apegados à
Terra vão para onde se lhes oferece ensejo de praticar o amor. São atraídos mais
pelas pessoas do que pelos objetos materiais. Contudo, pode dar-se que dentre eles
alguns tenham, durante certo tempo, preferência por determinados lugares. Esses,
porém, são sempre Espíritos inferiores."
"Certamente que não. Pode um Espírito ser pouco adiantado, sem que por isso seja
mau. Não se observa o mesmo entre os homens?"
-126-
a) Contudo, pelo que sabemos da diversidade dos caracteres entre os Espíritos,
podemos inferir a existência de Espíritos misantropos, que prefiram a solidão.
"Por isso mesmo, não respondi de modo absoluto à questão. Disse que eles podem
vir aos lugares desertos, como a toda parte. É evidente que, se alguns se conservam
insulados, é porque assim lhes apraz. Isso, porém, não constitui motivo para que
forçosamente tenham predileção pelas ruínas. Em muito maior número os há nas
cidades e nos palácios, do que no interior dos bosques."
6ª Há, para os Espíritos que costumam reunir-se, dias e horas em que prefiram
fazê-lo?
"Não. Os dias e as horas são medidas de tempo para uso dos homens e para a vida
corpórea, das quais os Espíritos nenhuma necessidade sentem e nenhum caso
fazem."
a) Sendo assim, por que é então que alguns Espíritos anunciam sua vinda e
suas manifestações para certos e determinados dias, como a sexta-feira, por
exemplo?
"Isso fazem Espíritos que aproveitam a credulidade dos homens para se divertirem.
Pela mesma razão, há os que se dizem o diabo, ou dão a si mesmos nomes infernais.
Mostrai-lhes que não vos deixais enganar e não mais voltarão."
-127-
8ª Preferem os Espíritos freqüentar os túmulos onde repousam seus corpos?
"O corpo era uma simples vestidura. Do mesmo modo que o prisioneiro nenhuma
atração sente pelas correntes que o prendem, os Espíritos nenhuma experimentam
pelo envoltório que os fez sofrer. A lembrança das pessoas que lhes são caras é a
única coisa que para eles tem valor."
a) São-lhes mais agradáveis, do que quaisquer outras, as preces que por eles se
façam junto dos túmulos de seus corpos?
"A prece, bem o sabes, é uma evocação que atrai os Espíritos. Tanto maior ação
terá, quanto mais fervorosa e sincera for. Ora, junto de um túmulo venerado, sempre
se está em maior recolhimento, do que algures, e a conservação de estimadas
relíquias é em testemunho de afeição dado ao Espírito e que nunca deixa de o
sensibilizar. O que atua sobre o Espírito é sempre o pensamento e não os objetos
materiais. Mais influência, do que sobre o Espírito, exercem esses objetos sobre
aquele que ora, porque lhe fixam a atenção."
"Dissemos que certos Espíritos podem sentir-se atraídos por coisas materiais.
Podem sê-lo por determinados lugares, onde parecem estabelecer domicílio, até que
desapareçam as circunstâncias que os faziam buscar esses lugares. "
"A simpatia por algumas das pessoas que os freqüentam, ou o desejo de com elas se
comunicarem. Entretanto, nem sempre os animam intenções louváveis. Quando são
Espíritos maus, podem pretender tirar vingança de pessoas de quem guardam
queixas. A permanência em determinado lugar também pode ser, para alguns, uma
punição que lhes é infligida, sobretudo se ali cometeram um crime, a fim de que o
tenham constantemente diante dos olhos (1).''
-128-
a) Podem estabelecer-se num lugar desses com o fito de protegerem uma
pessoa, ou a própria família?
"Certamente, se forem Espíritos bons; porém, neste caso, nunca manifestam sua
presença por meios desagradáveis."
"Há; porém, as mais das vezes o que fazem, para isso, os atrai, em vez de os afastar.
O melhor meio de expulsar os maus Espíritos consiste em atrair os bons. Atraí, pois,
os bons Espíritos, praticando todo o bem que puderdes, e os maus desaparecerão,
visto que o bem e o mal são incompatíveis. Sede sempre bons e somente bons
Espíritos tereis junto de vós."
a) Há, no entanto, pessoas muito bondosas que vivem às voltas com as tropelias
dos maus Espíritos. Por quê?
"Se essas pessoas são realmente boas, isso acontece talvez como prova, para lhes
exercitar a paciência e concitá-las a se tornarem ainda melhores. Fica certo, porém,
de que não são os que continuamente falam das virtudes os que mais as possuem.
Aquele que é possuidor de qualidades reais quase sempre o ignora, ou delas nunca
fala."
14ª Que se deve pensar com relação à eficácia dos exorcismos, para expelir dos
lugares mal-assombrados os maus Espíritos?
"Já tiveste ocasião de verificar a eficácia desse processo? Não tens visto, ao
contrário, as tropelias redobrarem de intensidade, depois das cerimônias do
exorcismo? É que os Espíritos que as causam se divertem com o serem tomados
pelo diabo. "
Também, os que se não apresentam com intenções malévolas podem manifestar sua
presença por meio de arruídos e até tornando-se visíveis, mas nunca praticam
-129-
desordens, nem incômodos. São, freqüentemente, Espíritos sofredores, cujos
sofrimentos podeis aliviar orando por eles. Outras vezes, são mesmo Espíritos
benfazejos, que vos querem provar estarem junto de vós, ou, então, Espíritos
levianos que brincam. Como quase sempre os que perturbam o repouso são
Espíritos que se divertem, o que de melhor têm a fazer, os que se vêem perseguidos,
é rir do que lhes sucede. Os perturbadores se cansam, verificando que não
conseguem meter medo, nem impacientar." (Veja-se atrás o capítulo V: Das
manifestações espontâneas.)
Resulta das explicações acima haver Espíritos que se prendem a certos lugares,
preferindo permanecer neles, sem que, entretanto, tenham necessidade de
manifestar sua presença por meio de efeitos sensíveis. Qualquer lugar pode
constituir morada obrigatória, ou predileta de um Espírito, embora mau, sem que
jamais qualquer manifestação se produza.
-130-
35 -A Mediunidade na Criança e no Jovem
Allan Kardec, pergunta aos Espíritos na questão 221. de O Livro dos Médiuns, nos
seguintes itens:
Item 7. : “Mas há crianças que são médiuns naturais, seja de efeitos físicos, de
escrita ou de visões. Haveria nesses casos o mesmo inconveniente?”
-131-
criança que tem visões, geralmente pouco se impressiona com isso. As visões
lhe parecem muito naturais, de maneira que ela lhe dá pouca atenção e quase
sempre as esquece. Mais tarde a lembrança lhe volta à memória e é facilmente
explicada, se ela conhecer o Espiritismo.
-132-
Nesse período, o adolescente se abre para contatos mais profundos com a vida e o
mundo, sendo necessário ampliar sua visão da Vida, à luz da Doutrina Espírita.
Estimulá-lo a fazer escolhas adequadas, mostrando-lhe que há renúncias
necessárias, principalmente as relacionadas a si mesmo. Os exemplos dos familiares
influem mais em suas opções do que ensinos e exortações. Começa a tomar conta
de si mesmo e a firmar sua personalidade, necessitando ser respeitado, amado e
compreendido, a fim de estruturar mais facilmente, o caminho que percorrerá com
destino à Perfeição.
Bibliografia:
• KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2a. ed. São Paulo: FEESP, 1989 -
Cap. XXI, q. 221, itens 6, 7 e 8.
• PIRES, J. Herculano - Mediunidade: 2a. ed. São Paulo: PAIDÉIA, 1992 -
Cap. I.
-133-
36 - MEDIUNIDADE NOS ANIMAIS
Muitas vezes, os animais percebem a presença dos espíritos até mesmo antes dos
sensitivos. Mas eles podem ser “médiuns” como o homem?
Irvênia Prada - Texto extraído do livro "A Questão Espiritual dos Animais"
Para analisarmos a possibilidade dos animais atuarem ou não como médiuns, vamos
considerar as diferentes maneiras de atuação do médium nos diversos tipos de
manifestações dos espíritos.
-134-
MANIFESTAÇÕES INTELIGENTES
-135-
compreendem certos pensamentos do homem, mas, não os podendo reproduzir, não
podem nos servir de intérpretes. Aqui temos um fato interessante, pois se a restrição
apontada é a dos animais não poderem reproduzir o que eventualmente entendam,
há, então, os que podem fazê-lo!
Essas considerações ficam como uma porta aberta para reflexões e, um dia, quem
sabe, à possibilidade de pesquisas sobre o assunto. Talvez, essa capacidade dos
animais compreenderem determinados pensamentos do ser humano esteja
relacionada à citação de Ernesto Bozzano a respeito da participação deles em
fenômenos de telepatia. No livro Mediunidade: vida e comunicação, mais
precisamente no capitulo intitulado “Mediunidade Zoológica”, o prof. J. Herculano
Pires tece considerações sobre o desenrolar do processo evolutivo, desde o reino
mineral até o hominal, asseverando que “o animal só terá condições para a
mediunidade ao atingir a síntese dos poderes dispersos nas espécies de seu reino
para se elevar ao plano humano, só que, então, não será mais animal, mas homem”.
-136-
Dessa forma, em que pese o respeito que devemos ter com a figura de Edgard
Armond, não temos como aceitar, à luz da doutrina espírita, a descrição que
encontramos sobre o assunto no capítulo 13 de seu livro Mediunidade: “Na Índia,
homens-tigres, incorporação ou semi-incorporação de feiticeiros em tigres que
funcionam como médiuns (...) Na África e outros lugares, mulheres e homens,
encarnados e desencarnados, incorporam-se em animais domésticos, como cães ou
gatos, e selvagens, como lobos, raposas, veados, entre outros”.
EFEITOS FÍSICOS
-137-
Em determinados fenômenos, discute-se se a ocorrência é de mediunidade mesmo
ou de animismo. Assim, referindo-se aos médiuns videntes, Kardec comenta no
livro Obras Póstumas: “Seria, porventura, demasiado considerar essas pessoas como
médiuns, porquanto a mediunidade se caracteriza unicamente pela intervenção dos
espíritos, não se podendo ter como ato mediúnico o que alguém faz por si mesmo.
Aquele que possui a vista espiritual vê pelo seu próprio espírito, não sendo de
necessidade, para o surto de sua faculdade, o concurso de um espírito estranho”.
A mesma observação pode ser feita em relação aos médiuns videntes, auditivos e
sensitivos ou impressionáveis, sendo, portanto, nesses casos, um fenômeno anímico,
não propriamente mediúnico.
Sabemos que o médium vê, ouve ou sente o que está na esfera de irradiação de seu
perispírito, havendo, então, uma combinação de seus fluidos com os do plano
espiritual. Dessa forma, podemos entender o mecanismo segundo o qual os espíritos
humanos se tornam visíveis para os animais, como disse Erasto, exemplificando
com o relato bíblico da “Mula de Balaão”. Entre os vários casos com a participação
de animais que já ouvi, lembro-me de um muito interessante. Em uma certa família,
era hábito de um idoso senhor chegar em casa à tarde, sentar-se em sua cadeira de
balanço e tirar os sapatos. Como um ato contínuo, seu amigo e fiel cão ia ao quarto
e lhe trazia os chinelos. O tempo passou e esse senhor desencarnou. Certo dia, essa
família estava reunida na sala quando se percebeu uma repentina mudança de
comportamento no cão, que demonstrava alegria. O impressionante é que o animal
se dirigiu ao quarto do antigo dono e, trazendo os chinelos, depositou-os no lugar de
costume, diante da cadeira de balanço. Surpresos e emocionados, os familiares se
entreolharam e perguntaram: será que ele está lá? Analisando o que aconteceu, não
podemos afirmar que sim ou não. Obedecendo aos rigores do método racional,
podemos dizer apenas que o ocorrido sugere que, de fato, o espírito do senhor
desencarnado esteve lá, tendo a sua presença percebida pelo cão.
SENTINDO INFLUÊNCIAS
Encontramos outra passagem interessante sobre esse item no relato bíblico da “cura
do endemoniado geraseno”. Possesso de demônios, o homem recorreu a Jesus para
curá-lo. Então, os seres rogaram a Jesus que não os mandasse sair para o abismo.
Pastando no monte, uma grande manada de porcos andava por ali e eles pediram
permissão para entrar naqueles animais. E Jesus permitiu. Os demônios saíram do
homem e entraram nos porcos, que se precipitaram para dentro do lago e se
afogaram.
-138-
Pelo texto, podemos entender que os demônios ou espíritos obsessores exerciam
uma influência deletéria sobre o homem. Certamente o vampirizavam, pois esses
espíritos se alimentavam do fluido vital de encarnados. Aliás, André Luiz relata
como esses espíritos se amontoam nos matadouros para captar o fluido vital que
emana dos animais sacrificados. Então, uma vez que tiveram de se afastar do
homem, pois a autoridade de Jesus assim determinava, serviram-se dos porcos que
por ali passavam para, com certeza, continuarem a se valer de alguma fonte do
fluido vital de que necessitavam. É o sentido que vejo no texto, já que não podemos
levar ao pé da letra a informação de que os demônios “entraram nos porcos”. Esses
animais “sentiram” a influência ou a presença da legião de obsessores, tornando-se
extremamente perturbados por ela.
Agora, se os porcos sentiram os espíritos, será que eles atuaram como médiuns? É
uma questão complexa. Segundo O Livro dos Médiuns, “todo aquele que sente a
influência dos espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium”. Esse é um
conceito bastante amplo (“lato sensu”, como poderíamos dizer) e, nesse caso,
abrangeria até os porcos do caso do “endemoniado geraseno” ou daquele cão que
foi buscar os chinelos do senhor desencarnado. Entretanto, em uma visão mais
focalizada e remontando à origem etimológica do termo, o vocábulo “médium”
seria utilizado única e exclusivamente para manifestações de efeitos intelectuais,
quando a atuação do indivíduo é a de intermediário.
Por fim, permitam-me uma reflexão. Imagino que os prezados confrades, a essa
altura, estão entendendo bem a razão peta qual decidi tratar o assunto como questão,
ou seja, como tema a ser discutido. E se estamos com a proposta de discutir, temos
que estar abertos para as possíveis explicações, sem idéias preconcebidas nem
preconceitos, valendo-nos, é claro, de informações contidas nas obras básicas da
codificação espírita, assim como da lógica e da razão, como recomendou Kardec.
No meu entender, a questão da mediunidade dos animais continua em aberto, pois
ainda existem mais perguntas do que respostas, estando a própria discussão do
conceito de “médium” implicada na discussão do assunto.
-139-
37 - ESTRUTURA ENÉRGICA DAS SESSÕES
A Criação foi moldada por Deus num oceano fluídico primitivo, pela atuação
da Sua poderosa vontade. A matéria, tal como a conhecemos na Terra e nos
mundos materiais que nos cercam, é a região mais densa da obra divina.
-140-
imperfeito, constituem-se em verdadeiros entraves à ação dos Espíritos
Superiores nessas regiões. Para que eles possam agir com certa desenvoltura
nos campos densos, eles necessitam de campos vibratórios elevados, que
podem ser criados pela elevação dos pensamentos das pessoas encarnadas
presentes à sessão e pela sua harmonização moral.
-141-
O dirigente da reunião é o responsável pelo andamento da sessão. Ele deverá
cuidar para que as condições vibratórias do ambiente sejam mantidas em um
nível satisfatório. Cuidará das leituras, das explanações doutrinárias e do
nivelamento das idéias contrárias.
A vidência e o desdobramento
A vidência é uma faculdade instável e, por isso mesmo, deve-se ter muita
cautela ao lidar com ela. Muitos acreditam ver o que só existe na própria
imaginação.
-142-
espírita, paralelamente aos seus esforços de estudos e aprimoramento têm
maiores possibilidades de sucesso. Os chamados "videntes naturais", de um
modo geral, não são médiuns confiáveis. Por causa de suas faculdades,
costumam possuir o amor-próprio muito desenvolvido. Geralmente acreditam
que são pessoas especiais e que, por isso, deveriam ser ouvidas sem
questionamentos.
Há situações em que o vidente sabe o que significa sua visão, sem que
ninguém o diga. O motivo disso é que os acontecimentos no mundo invisível
irradiam uma onda psíquica que a mente do vidente interpreta instintivamente
como uma informação. Alguns deles interpretam as visões com mais
facilidade, outros não. Mas, de um modo geral, o exercício leva ao
aperfeiçoamento da interpretação daquilo que vêem.
-143-
A seguir, apresentamos uma citação de Allan Kardec, que esclarece alguns
pontos relevantes sobre a mediunidade de vidência:
"Algumas pessoas podem sem dúvida enganar-se de boa fé, mas outras
podem simular essa faculdade por amor-próprio ou por interesse. Nesse
caso, deve-se particularmente levar em conta o caráter, a moralidade e a
sinceridade habituais da pessoa. Mas é sobretudo nas questões
circunstanciadas que se podem encontrar o mais seguro meio de controle.
Porque há circunstâncias que não podem deixar dúvidas, como nos casos de
exata descrição de Espíritos que o médium jamais teve ocasião de conhecer
quando encarnado" - (Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, item 171).
-144-
A maioria das visões obtidas pelos médiuns videntes sérios são reais e
referem-se a acontecimentos que se passam no ambiente onde está, mas
também pode acontecer de verem coisas relacionadas com situações que
estão distantes, porém, sempre vinculadas ao que se faz no momento na
sessão.
Por exemplo: durante uma prece a um necessitado, o médium poderá ter uma
visão em que observa os Espíritos amigos transmitindo um passe ao enfermo,
lá no ambiente onde se encontra.
-145-
Os Espíritos bons utilizam formas perispirituais variadas, que trazem
agradável aparência e sensação de bem-estar.
A vidência deve ser encarada com cuidado redobrado a fim de que os grupos
não sejam presas de Espíritos mentirosos, posto que a tendência que se tem é
a de valorizar essa faculdade e endeusar os médiuns que a possuem.
-146-
também é uma faculdade extremamente delicada e difícil de se controlar com
racionalidade. Isso porque o médium, quando está fora do seu corpo, vê as
coisas da 4ª dimensão com mente ainda prisioneira na 3ª dimensão. É quase
natural fazer uma descrição enganosa daquilo que vê no mundo invisível.
Durante uma sessão, essa médium narrou que esteve numa casa terrena, onde
viu uma equipe de Espíritos amigos fazendo um trabalho de auxílio. Passou
então a descrever o quarto da casa, a sala e a cozinha, nos mínimos detalhes.
Coisas como os quadros que estavam nas paredes, a cor e os desenhos da
colcha que cobria a cama e até o tipo de geladeira que viu foram narradas
com precisão.
-147-
Espírito volta de imediato ao corpo, sofrendo uma espécie de choque
emocional e psíquico.
Observações:
-148-
São os espíritas com tendências materialistas e que defendem a idéia de que o
Espiritismo não é religião e que o centro espírita não é um templo. Essas
opiniões são respeitáveis, mas há outras que parecem mais coerentes e
sensatas.
Pode-se utilizar a prece do Pai Nosso nos trabalhos de Espiritismo? Sim, não
há qualquer problema. Deve-se, no entanto, evitar o uso de preces feitas por
outras crenças. Não porque elas não mereçam nosso respeito, mas porque
podem despertar em algumas mentes os hábitos religiosos de suas antigas
crenças. É o caso da Ave Maria, mesmo nos casos em que trocam a frase
"Mãe de Deus" pela "Mãe de Jesus".
A Ave Maria é uma prece bonita, porém, católica. O Espiritismo não segue a
doutrina católica e sim a doutrina espírita, que é consequência do
desdobramento do Cristianismo.
Uns dizem que é coisa da Igreja, mas antes de ser da Igreja Católica, ela o é
do Cristo. O Evangelho também está na Igreja, no entanto, serve de base para
a moral espírita.
-149-
espírita não deve se prender a este tipo de preocupação. Pode e deve utilizar o
Pai Nosso como uma oração de apoio às suas atividades mediúnicas e seu
equilíbrio pessoal.
Mas como aplicar o Pai Nosso no centro espírita? Bem, ainda aqui deve-se
utilizar do bom senso. Jesus instruiu que a prece é um ato interior de
louvação, que ela nada tem de exterioridade. Deduz-se daí, que não é
necessário orar em voz alta.
O Espiritismo não é uma religião, mas uma doutrina que tem seu lado
religioso. Essa doutrina faz o homem transcender o aspecto material da vida
para encontrar-se com Deus na sua intimidade. Só a meditação e a prece
atraem para o Espírito a coragem e o ânimo de que necessita para enfrentar a
vida.
"Uma sessão espírita começa geralmente pela prece do Pai Nosso, dita por
uma pessoa, com acompanhamento apenas mental da assistência. Onde se
usa o acompanhamento oral, em tom de ladainha, está evidente a influência
de religiões de origem do dirigente, ou dirigentes.
-150-
''A prece do Pai Nosso não tem nenhuma influência mágica especial. Tem
apenas, a seu favor, o fato de figurar nos Evangelhos como prece ensinada
pelo Cristo, o que a transformou numa prece tradicional e obrigatória em
todo o Cristianismo. Ela não é imantada por nenhum poder misterioso, mas
tem a carga emotiva de uma tradição de dois mil anos.
Nas sessões espíritas há duas realidades que devem ser levadas em conta: a
presença humana material e a presença humana espiritual. Espíritos
encarnados e desencarnados mostram-se sensíveis à prece do Pai Nosso, que
lhes dá maior confiança e segurança no decorrer dos trabalhos mediúnicos.
A prece não é dita apenas por formalismo ou superstição. Há um motivo
psicológico e espiritual para essa prática marcar o início e o fim das sessões.
Muitas entidades espirituais perturbadas se acalmam ao ouvi-la e o clima da
sessão se torna mais favorável aos resultados esperados.
Os dirigentes avisados explicam que ninguém deve fixar uma imagem, pois
isso exigiria esforço mental cansativo, tensão mental contrária ao fim
desejado, que é a criação e manutenção de um ambiente fluídico, ou seja, de
vibrações serenas e estimuladoras. Trata-se de uma técnica psicológica de
resultados espirituais".
-151-
Eis também um texto de Allan Kardec, no qual ele se refere ao assunto
Pai Nosso.
Para preencher o vazio que a concisão desta prece nos deixa ajuntamos a
cada uma de suas proposições, segundo o conselho e assistência dos Bons
Espíritos, um comentário que lhes esclarece o sentido e as aplicações. De
acordo com o tempo que se disponha, pode-se pois dizer a Oração Dominical
em sua forma simples ou desenvolvida" - (Allan Kardec, Evangelho Segundo
o Espiritismo, 28:2).
-152-
38 - TEORIA E PRÁTICA
"Espíritas, Amai-vos!" - esse é o primeiro ensinamento; "Instruí-vos" - esse, o
segundo.
O Espírito da Verdade
Não estamos aqui nos referindo à mera curiosidade sobre os fenômenos mediúnicos,
tampouco sobre a "procura de soluções imediatistas" para os problemas de cada um,
causas que levam muitas pessoas aos centros espíritas. Grande número de pessoas,
tendo aprendido algo sobre o Espiritismo, acomodam-se nessa atitude, esquecendo
que nosso aprendizado em qualquer situação da vida deve ser constante e
progressivo.
Ouve-se constantemente que isso não é muito fácil de ser feito: trata-se de leitura
difícil para alguns, falta o tempo necessário para outros, e assim por diante. Porém,
os que assim pensam ficam, na maioria das vezes, embatucados com as questões
mais simples sobre o Espiritismo, isso quando não se lançam a debater as questões
complicadas, aquelas que requerem bom conhecimento doutrinário.
Diante de tal situação, o estudo nos centros espíritas revela-se como atividade
essencial para seus freqüentadores, o que na prática tem mostrado ótimos
resultados, propiciando sempre novos colaboradores mais preparados, com melhor
formação doutrinária, isto é, com melhores conhecimentos sobre o Espiritismo
como um todo. O próprio Codificador, depois da terceira viagem por várias cidades
da França, no ano de 1862, já afirmava: "Há algum tempo, constituíram-se alguns
grupos de especial caráter e cuja multiplicação entusiasticamente desejamos
encorajar. São os denominados grupos de ensino."
-153-
Daí a recomendação a todos os que buscam conhecer o Espiritismo, para procurar
os centros espíritas que oferecem o estudo sistematizado, o qual deverá ser, sempre,
estritamente baseado nas obras de Kardec.
Dessa maneira, estaremos melhor preparados para o entendimento do Evangelho de Jesus como
norma de conduta para toda a Humanidade, iniciando, assim, a nossa reforma íntima,
especialmente no aspecto moral, bem como a mudança de nossos hábitos, visando sempre ao
nosso aperfeiçoamento espiritual.
-154-
DESVIOS PERIGOSOS
Com o desencarne, o espírito não se torna sábio, nem santo ou demônio, de uma
hora para outra, como pensam alguns. Ele continua sendo o mesmo que era antes,
apenas mudando de dimensão, tendo a mesma personalidade, os mesmos
sentimentos, as mesmas simpatias e antipatias, os mesmos conhecimentos e as
mesmas necessidades, de acordo com o seu grau de evolução. Portanto, o espírito,
ao se comunicar através do médium, transmite os conceitos que possui.
Por isso, é necessário estudar, analisar e passar pelo crivo da razão toda e qualquer
orientação antes de levá-la a sério, verificando se ela não conflita com a Doutrina
Espírita e nem a compromete. O espírito Erasto, discípulo de Paulo, recomenda que
é preferível duvidarmos de nove verdades do que acreditarmos em uma única
mentira. Os Espíritos Superiores não se ofendem quando questionados; ao contrário,
eles se alegram com a nossa precaução doutrinária, ao passo que os espíritos
inferiores, estes sim, se ofendem e se aborrecem.
-155-
que algumas dessas obras são recomendadas, e até mesmo adotadas, por dirigentes
espíritas menos avisados, que, por ignorância, ingenuidade, ou mesmo por
envolvimento obsessivo, se deixam conduzir, comprometendo sobremaneira o
Cristianismo Redivivo! São bem oportunas as palavras do espírito Emmanuel,
quando afirma:
"É urgente e fundamental que todos aqueles que tiveram a ventura de entender o
Espiritismo lutem, dia a dia, pela manutenção da pureza doutrinária. Que não se
omitam. Que não se escondam atrás de um comodismo preguiçoso, alegando que,
cada qual tem o direito de adotar a prática que quiser, e que cada qual vive a
religião de acordo com seu grau de evolução intelectual. Realmente, não temos o
direito de apontar o dedo ameaçador à face dos profitentes de outras religiões e
cultos. Eles têm o direito de ter a religião que quiserem e adotar os cultos que bem
entenderem. O que não se pode permitir é que, em nome do Espiritismo, se
pratiquem atos totalmente condenados pela Doutrina.
Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes, provai os espíritos se
procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora." (S.
João, 1 Epístola, Cap. IV, v. 1)
Fernando Norberto Massaro
Gentileza da "Associação Espírita de Estudos Evangélicos Francisco de Paula
Victor", Limeira-SP.
-156-
Aconteceu na Casa Espírita
Título bem sugestivo este. É o mesmo de livro lançado pelo departamento editorial
do Centro Espírita Allan Kardec, de Campinas. Ditado pelo Espírito Nora, na
psicografia de Emanuel Cristiano, o livro surge em momento importante para o
movimento.
Mas não é só isso. Uma Casa Espírita tem programação nobre. Sua função
principal, prioritária, como se sabe, é ensinar Doutrina Espírita. Isto significa
esclarecimento para muita gente e por conseqüência isto também desperta atenções
contrárias. Espíritos desejosos de interromper o trabalho do bem e do progresso da
coletividade, infiltram-se nos grupos espíritas tentando desviar o caminho. Aí
começam as lutas, através das chamadas "fofocas" ou das vaidades humanas, nas
competições e lutas internas, sempre usando as imperfeições humanas.
-157-
Toda Casa Espírita passa por momentos de dificuldades e o livro mostra bem a
atuação de espíritos equivocados, que aproveitando-se também dos equívocos dos
encarnados, tentam entravar, paralisar e destruir totalmente as bençãos do trabalho
espírita. Realidade que não é rara, diga-se de passagem.
Como bem destacado pelo Codificador Allan Kardec, o livro vem realçar e somar
os constantes apelos para o estudo doutrinário, único caminho capaz de impedir
fracassos e ridículos tão comuns.
Outros fatores que abrem o caminho das trevas sobre nós: Invigilância – O espírita
que não ora, que não está sempre atento; negativismo – Tudo para esta pessoa vai
dar errado, não acredita em nada que vai ser realizado, põe defeito onde não tem, vê
nuvens negras onde não há nada errado; Desconfiança – não confia em ninguém,
está sempre com um pé atrás; Lamentação – Tudo de ruim acontece para ela,
ninguém gosta dela, todos fogem, esqueceram dela; Fofoca – fala de tudo e de
todos, todos possuem defeitos que precisam ser retirados, aumenta coisas que nem
ouviu, faz conclusões e juízo dos outros; Preguiça – Não procura ajudar a ninguém,
os outros trabalhadores da casa se matam e esta pessoa nem desconfia, depois
reclama, não procura ajudar nem a si mesma.
-158-
39 -O QUE SE ENCONTRA E O QUE NÃO DEVE
Para que uma casa religiosa seja espírita, ela deve seguir os ensinamentos
contidos nas Obras Básicas da Doutrina Espírita e no Evangelho de Jesus.
Geralmente, os locais espíritas recebem o nome de: Centro, Grupo, Casa,
Sociedade, Instituição ou Núcleo Espírita. Deve ser legalmente constituído, de
acordo com as leis vigentes no país em que está instalado. Mesmo ostentando este
nome, quem os visita necessita estar atento para quais as atividades e as formas
como as mesmas são praticadas por seus dirigentes e auxiliares (veja o que um
centro espírita faz).
Visando ajudar àqueles que não conhecem o Espiritismo, mostraremos abaixo
o que se encontra e o que não deve ser encontrado em uma casa espírita verdadeira.
Palestras: todo centro espírita tem o seu momento de esclarecimento
doutrinário. As exposições geralmente são sobre a Codificação espírita e o
Evangelho de Jesus, em uma ligação direta com nosso cotidiano. Não há nenhum
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ritual antes dos trabalhos, a não ser uma prece evocando a proteção de Jesus e dos
bons Espíritos (geralmente, a oração é feita em pensamento). Em algumas
oportunidades, antes ou no final das palestras, alguns grupos fazem a apresentação
de corais musicais, quase sempre formados por grupos de jovens. Porém, este tipo
de procedimento não é aconselhável, sendo indicado que seja praticado em datas e
horários diferentes dos trabalhos espirituais e de esclarecimento ao público,
exatamente para se evitar confusões e mal-entendidos.
Explanações e orações ao som de músicas, batuques, atabaques: o
Espiritismo não utiliza instrumentos musicais para exortar o público ou evocar
Espíritos. Não há o uso de qualquer instrumento durante os trabalhos.
Trajes normais: os trabalhadores de uma casa espírita trajam-se normalmente,
de forma simples. A discrição deve fazer parte dos que trabalham no local, pois ali
estão para auxiliar as pessoas que buscam orientação paraseus problemas materiais
e espirituais.
Trajes especiais: o Espiritismo não tem roupas especiais para os dias de
trabalhos ou mesmo no dia-a-dia das seus adeptos. Enfeites, amuletos, colares,
vestimentas com cores que significariam o bem (branca) ou o mal (negra, vermelha)
não têm fundamento para o espírita.
Inexistência de rituais, amuletos e imagens: o verdadeiro centro espírita não
pratica em suas atividades nenhum tipo de ritual. A Doutrina Espírita segue o que o
Mestre Jesus ensinou: que Deus é Espírito, e deve ser adorado em espírito e
verdade. Portanto, sem a necessidade de nada material para contatarmos com a
espiritualidade.
Presença de rituais como: ajoelhar-se frente a algo ou alguém, beijar a mão
ou louvar os responsáveis pela casa, benzer-se, sentar-se no chão ou ficar
levantando e sentando durante os trabalhos, proferir determinadas palavras
(mantras) para evocar os Espíritos. Nas sedes dos verdadeiros centros espíritas não
são encontradas imagens de santos ou personalidades do movimento espírita,
amuletos de sorte, figuras que afastam ou atraem maus Espíritos, incensos, velas e
tudo o mais que seja material e que teoricamente serviria de ligação com o mundo
espiritual. Animais para sacrifício: o local que possui este tipo de prática ou
decoração não é espírita. O Espiritismo é contrário a qualquer tipo de sacrifício
animal. Espíritos que pedem este tipo de atividade são Espíritos atrasados,
ignorantes da Lei de Deus e muitas vezes maléficos, que podem prejudicar a vida de
quem dá ouvidos aos seus baixos desejos.
Comunicação particular com os Espíritos: os grupos espíritas têm reuniões
específicas e íntimas para que os trabalhadores da casa, aptos e preparados durante
longos estudos para tal, possam comunicar-se com os Espíritos. E através deles,
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obter informações do mundo espiritual, orientações e mesmo ajudar no afastamento
de perturbações espirituais que porventura estejam prejudicando alguém. Todo este
cuidado baseia-se na orientação dos próprios Espíritos superiores, responsáveis pela
elaboração do Espiritismo, como também no alerta de João, o Evangelista, que em
sua 1ª Epístola, capítulo IV, versículo 1, diz: "Amados, não creiais em todos os
Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus". Agindo assim, o centro espírita
evita o máximo possível a influência de Espíritos zombeteiros e maldosos, que
muitas vezes vêem neste contato com os encarnados a oportunidade de tecer
comentários mentirosos e doutrinas esdrúxulas. A seriedade de reuniões fechadas os
intimida, favorecendo a presença dos Espíritos esclarecidos.
Há alguns tipos de trabalhos mediúnicos, principalmente de psicografia
(escrita dos Espíritos através de médiuns), onde pessoas levam até lá o nome de
entes desencarnados para tentarem a comunicação dos mesmos através da
mediunidade, e ficam observando a manifestação. O médium Francisco Cândido
Xavier, conhecido como Chico Xavier, da cidade mineira de Uberaba, é um destes
exemplos. Porém, nestes casos, o Espírito não se comunica diretamente com seu
parente. Apenas influencia o médium, que escreverá, de forma discreta e ordenada,
a mensagem do além.
Comunicação de Espíritos em público: a Doutrina Espírita é contrária a este
tipo de manifestação, cercada geralmente de curiosidades e interesses materiais, ao
invés do bom senso que deve permear toda comunicação espiritual. Há locais em
que os médiuns recebem seus "guias" ou "Espíritos protetores", teoricamente
responsáveis pelo funcionamento da casa, e orientam os consulentes sobre qualquer
tipo de dúvida. Muitas vezes, as respostas dadas por este tipo de Espírito não têm
base científica ou doutrinária alguma, seguindo apenas seu próprio conhecimento,
que pode ser limitado. Em vários destes lugares em que há a manifestação pública,
as entidades espirituais são servidas de fumo, bebida, comida, ingeridas pelo
médium incorporado. Com isso, mostram a limitação destes Espíritos, ainda muito
apegados aos vícios e prazeres materiais.
Desenvolvimento cauteloso da mediunidade: a Doutrina Espírita explica que
todo ser vivo tem mediunidade, pois é através dela que os encarnados recebem
influências boas e más do mundo espiritual, que servirão de ajuda ou aprendizado
no decorrer de suas existências terrenas. São chamados de médiuns aqueles capazes
de proporcionar a manifestação dos espíritos. O Espiritismo adverte que para poder
ampliar esta ligação com o mundo espiritual, é necessário que o médium passe por
uma série de preparativos. Anos de estudo, maturidade, modificação moral
constante, vida regrada, abstendo-se dos vícios mais grosseiros, como o fumo e a
bebida, são algumas das regras básicas para que o indivíduo possa vir a desenvolver
sua mediunidade, e estão contidas em "O Livro dos Médiuns" . Os centros espíritas
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verdadeiros não aconselham a pessoa a trabalhar mediunicamente sem antes passar
por este período e preparação citados. Muito menos diz que alguém "precisa"
desenvolver a mediunidade. Ninguém é obrigado a nada, afirma a Doutrina. Todos
têm seu livre-arbítrio, e mesmo que o ser tenha um canal mediúnico amplo, próprio
para o desenvolvimento da mediunidade, e não quiser desenvolvê-lo, não há
problema. Tudo o que é forçado é prejudicial ao homem.
Desenvolvimento mediúnico forçado: se ao chegar em um ambiente
espiritualista lhe afirmarem que sua mediunidade "precisa" ser desenvolvida, caso
contrário você sofrerá as consequências materiais e espirituais; sua vida será um
transtorno; que os Espíritos estão lhe chamando para o trabalho; que esta é a sua
missão; com certeza este não é um local que segue a Doutrina Espírita. Há seitas e
religiões afro-brasileiras que obrigam a pessoa a desenvolver-se mediunicamente e
depois as ameaçam com terríveis problemas futuros se elas deixarem de "trabalhar".
Isto gera angústia, medo e desespero nos envolvidos, que geralmente acabam
vítimas de graves obsessões (influência maléfica persistente de um Espírito atrasado
sobre outro ser). Cuidado!
Não há promessas de curas: o verdadeiro centro espírita não promete a cura
para quem o procura. A Doutrina afirma que a cura de uma influência espiritual ou
doença material depende de uma série de fatores, entre os quais a modificação
moral do enfermo, sua necessidade, seus problemas relacionados com encarnações
anteriores e acima de tudo, se há ou não a permissão de Deus para que haja a
solução da dificuldade. Muitas vezes, o sofrimento é um período necessário para o
ser refletir sobre sua existência, e o único que sabe quando é a hora disso terminar é
o Criador.O que o centro espírita faz é um pronto-socorro aos necessitados de
amparo e esclarecimento, é de todas as formas possíveis (orações, tratamentos
espirituais, passes, orientações morais e materiais) tenta minimizar o sofrimento
alheio, rogando a Jesus que se o Pai permitir, que interceda junto ao indivíduo.
Promessas de cura: qualquer lugar que prometa a cura de problemas
espirituais ou materiais, sem levar em consideração os fatores já citados, não é um
local espírita. Condicionar uma cura à frequência exclusiva naquele ambiente, ao
pagamento de dinheiro ou bens materiais, ou mesmo à "força da casa" não tem base
no Espiritismo e foge do bom senso que regula as leis de Deus. Estas, não podem
ser modificadas de acordo com nossa vontade. Por isso, prometer algo que não
depende apenas de nós mesmos beira a irresponsabilidade e pode levar a pessoa
desesperada ao desequilíbrio total ou à descrença em Deus.
Passes simples: o passe é um método utilizado dentro dos centros espíritas.
Nada mais é do que a simples imposição das mãos de médiuns sobre a fronte de
outras pessoas, transmitindo-lhes fluidos magnéticos e espirituais (energias
positivas do próprio médium e de bons Espíritos), no intuito de fortalecer-lhes o
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corpo e a parte espiritual. Tem duração em média de 30 segundos a 01 minuto.
Geralmente, é aplicado dentro de salas específicas, após a palestra, individual ou
coletivamente, com o público sentado e o passista de pé. Apenas são feitas orações,
em pensamento, pelos médiuns, rogando o amparo de Jesus àqueles que estão
recebendo os fluidos. Os passistas não ficam incorporados pelos Espíritos, apenas
recebem sua influência mental e fluídica.Importante: nunca há necessidade do
passista tocar a pessoa que recebe o passe. Toques, apertos, carícias têm grandes
possibilidades de serem mal-interpretados, gerando confusões, e por isso são
dispensados no centro espírita.
Passes com movimentos: locais em que os passes são aplicados com
movimentos bruscos, utilizando objetos, baforadas de cigarro ou charuto, estalando-
se os dedos, repetindo mantras e cânticos, tocando várias partes do corpo do
receptor não são centros espíritas. Passistas que transmitem os passes incorporados
por entidades, fazendo orientações ou conversando normalemente, não são médiuns
espíritas.
Todo o serviço espiritual é gratuito: o verdadeiro centro espírita não cobra
nenhuma orientação ou ajuda espiritual de seu público, nem condiciona o
recebimento de curas ou salvação às doações. Dar de graça o que de graça receber,
ensinou Jesus, em alusão aos conhecimentos espirituais. Não aceita dinheiro por
serviços prestados mediunicamente. Seus dirigentes e trabalhadores têm profissões
próprias, que lhes dão o sustento financeiro necessário para suas vidas. Quem
sustenta materialmente a casa espírita são seus trabalhadores, através de doações
mensais, destinadas ao pagamento de aluguéis, manutenção, divulgação doutrinária
e aquisição de alimentos, roupas e demais objetos a serem distribuídos às famílias
carentes ou instituições filantrópicas que sejam assistidas pelo grupo. Todo valor
arrecadado será exposto em balanços mensais, para que tanto trabalhadores como
frequentadores tenham acesso sobre onde é investido o dinheiro do centro espírita.
Caso algum frequentador da casa queira doar algo ao núcleo, é preferível que a
doação seja feita em gêneros alimentícios, roupas, materiais de construção e afins,
que poderão ser destinados aos carentes ou mesmo utilizados na manutenção da
casa. Se houver por algum motivo uma doação em dinheiro, o centro espírita deverá
fornecer um recibo ao doador e inscrever esta doação no balanço mensal do grupo.
Cobrança pela ajuda espiritual: todo local que cobra dinheiro, favores ou
exige qualquer coisa ou favor material devido à ajuda espiritual prestada não é um
centro espírita. A cobrança financeira é própria de pessoas que vivem da exploração
da crença alheia, contrariando os ensinos de Jesus. Há seitas que pedem dinheiro
aos seus assistidos afirmando que será usado para o feitio de trabalhos espirituais,
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como a compra de velas, comida, roupas e coisas do gênero. Isso não é
Espiritismo. Espíritos que se prestam a fazer serviços espirituais em troca de coisas
materiais são entidades atrasadas, que nada de bom podem trazer aos que os
procuram.
Não podemos comprar a paz de espírito e tranqüilidade que buscamos, é isto
que prega a Doutrina Espírita. Se não for esta a orientação do local, com certeza não
é um ambiente espírita.
Copyright by Grupo Espírita Apóstolo Paulo / Last revised: Junho 22, 1999
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40.UMBANDA NÃO É ESPIRITISMO
Diz-se, com freqüência, que Umbanda e Espiritismo são a mesma coisa, com uma
ou outra variante. Os que assim pensam não refletiram o suficiente sobre os
fundamentos de cada doutrina.
Uma análise mais acurada nos mostrará que há, entre essas duas correntes
espiritualistas, pontos concordantes e discordantes.
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Fonte:
AMORIM, Deolindo. O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas, publicado pelo
C. E. Léon Denis.
PIRES, José Herculano. Mediunidade: Vida e Comunicação, publicado pela Edicel.
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41.FOFOFA: MÃE DE TODOS OS PECADOS
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42. CONCENTRAÇÃO ESPIRITUAL
Uma das dificuldades dos integrantes das reuniões mediúnicas diz respeito à
concentração.A capacidade de controlar,direcionar e manter o pensamento dentro
das finalidades da reunião é, para a maioria, um esforço muito grande e que nem
sempre dá bons resultados. Geralmente os pensamentos se dispersam, fixam-se em
fatos do dia-a-dia e acabam por tornar alguns sonolentos, enquanto outros estão
distraídos e longe dos objetivos propostos para um trabalho sério. Alguns poucos
conseguem uma boa concentração e estes sustentarão os trabalhos programados,
porém, como é óbvio, sem alcançar melhor produtividade devido aos bloqueios
vibratórios existentes no ambiente
A nossa cultura ocidental não dá ênfase à necessidade do controle mental,
pois é fundamentada em uma mentalidade racional, extremamente oposta ao
Ocidente, cuja mentalidade se estrutura de forma intuitiva, mística e introvertida e
que realça a essência espiritual do ser humano, incentivando a busca da
verticalidade.
Nos últimos tempos tem-se notado um sensível aumento no interesse por
algumas práticas orientais, que despertaram para a necessidade de uma busca
interior, ou seja, o autoconhecimento.
A concentração que é praticada nas reuniões mediúnicas, evidentemente, tem
conotações próprias e não deve ser tomada aqui como as realizadas nas práticas
orientais, embora os aspectos semelhantes nas suas bases, quais sejam a disciplina
mental, o controle e equilíbrio dos pensamentos. Exatamente por terem estes
mesmos fundamentos é que citaremos algumas definições de autores do oriente,
visto que a sabedoria oriental é multimilenar e pode beneficiar-nos através desses
pontos comuns.
Concentração – Concentrar, significa fazer convergir para um centro ou para
um mesmo ponto. Aplicar a atenção a algum assunto. O poder de concentração
consiste na habilidade para manter inabalavelmente sua percepção sobre um tema
escolhido. É exatamente essa capacidade de concentrar nos objetivos da reunião
mediúnica que irá favorecer a realização dos trabalhos. Conforme o seu estado
psíquico, os assistentes favorecem ou embaraçam a ação dos espíritos.
Na maior parte dos homens os pensamentos flutuam sem cessar. Sua
mobilidade constante e sua variedade infinita, pequeno acesso oferecem às
influências superiores. É preciso saber concentrar-se, por o pensamento acorde com
o pensamento divino.
A reunião mediúnica apresenta ainda outras conotações que são peculiares ao
tipo de atividade que ali se desenvolve. Assim a dificuldade de concentrar-se nos
objetivos elevados que o exercício da mediunidade requer é resultado da pouca
prática que a maioria das pessoas têm de fixarem seus pensamentos em assuntos
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edificantes, em ideais e idéias nobres durante o seu dia-a-dia. Estão com a mente
sempre ocupada pelos problemas e questões do cotidiano por coisas supérfluas e
interesses imediatos, pelo noticiário da TV, músicas, conversações banais e não
conseguem esvaziá-las desses assuntos para dar campo às influências benéficas dos
espíritos superiores, dos mentores que assessoram os trabalhos. As preocupações de
ordem material criam correntes vibratórias horizontais, que põem obstáculo ás
radiações etéreas e restringem nossas percepções. Ao contrário a meditação, a
contemplação e o esforço constante para o bem e o belo formam correntes que
estabelecem as relações com os planos superiores e facilitam a penetração em nós
de eflúvios divinos.
A concentração deve ser um estado habitual da mente em Cristo e não uma
situação passageira junto ao Cristo. É necessário compreendermos que o
pensamento é energia viva construindo centros magnéticos ou ondas com os quais
emitimos nossa atuação ou recebemos a atuação dos espíritos. Nas tarefas
mediúnicas esta sintonia apresenta peculiaridade própria. É essencial que exista
uma afinização, uma sintonia entre os participantes para que se estabeleça uma
sincronia de forças, a conhecida corrente vibratória. Pode-se inferir desde agora, o
quanto é importante a concentração individual, visto que a qualidade dos trabalhos
de intercâmbio depende da participação consciente e responsável de cada um. São
favoráveis ás condições de experimentação quando o médium e os assistentes
constituem um grupo harmônico, isto é, quando pensam e vibram em uníssono. No
caso contrário os pensamentos emitidos e as forças exteriorizadas se embaraçam e
anulam reciprocamente.
Em “O livro dos médiuns”, o codificador ressalta a necessidade da
concentração ao referir-se à reunião como um ser coletivo, resultante das qualidades
e propriedades de seus membros e esta tanto mais força terá quanto maior
homogeneidade vibratória houver. Ele afirma que o poder de associação dos
pensamentos de todos é que contribuirá para a comunicação dos Espíritos, mas a
fim de que todos esses pensamentos concorram para o mesmo fim, é preciso que
vibrem em uníssono, que se confundam por assim dizer em um único ponto
Portanto a concentração consiste em colocar o pensamento em um único
ponto o tempo todo. Supomos que todos se concentrem em Cristo Jesus. Os
pensamentos todos se unem e formam um triângulo que vai fazer o ponto de ligação
com a espiritualidade.
JESUS
ESPÍRITOS
MÉDIUNS
BIBLIOGRAFIA