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1.

INTRODUÇÃO

No ramo empresarial, a logística tem ganhado destaque atualmente,


devido a alguns fatores, como: gastos empresariais e competitividade pelo
mercado consumidor. Gerando a necessidade de garantir não somente o
serviço, mas também os prazos de distribuição (CARLINI, 2002).
Além de oferecer um melhor serviço de forma geral. A crescente
internacionalização da economia e de fornecedores, leva à busca de melhores
condições de comercio e de operação semelhantes das observadas
internacionalmente (MENDES, 2000).
Atualmente, por conta do crescimento da conscientização do mercado
consumidor, o avanço da tecnologia e a da internet, a distribuição de produtos
se torna um ponto chave e de competitividade entre as empresas, significando
a conquista ou a perda definitiva do cliente (SOUZA; CARVALHO; LIBOREIRO,
2006).
Um mercado de distribuição crescente no país é o fornecimento de
materiais para a construção civil, devido o crescimento desse setor. Não basta
oferecer produto de qualidade e a entrega ser realizada em condições
precárias, não atendendo as expectativas do cliente e acarretando prejuízos ao
cliente (SANTOS; PINTO; MICHELÃO, 2004).

A eficácia de um serviço se refere à sistemas logísticos capazes de


fornecer o produto dentro das exigências dos clientes. Recebimento do produto
dentro do prazo, no local correto e embalado adequadamente para que não
sofra danos no transporte, são princípios básicos de uma distribuição bem
elaborada num sistema logístico.

O objetivo desse trabalho é verificar a qualidade no processo de


fornecimento de cimento para uma loja de pequeno porte em Teresina – PI.
Utilizando os gráficos de controle estatístico de processos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. LOGÍSTICA

O conceito de logística é coordenar atividades relacionadas à aquisição,


movimentação e armazenamento de materiais. Considerando o fluxo de
materiais e peças, desde os fornecedores até o estabelecimento, seu estoque
e linha de produção, fluxo de peças e produtos, através dos centros de
distribuição até os clientes (MOURA; BEUREN, 2003).

A evolução da logística empresarial tem início a partir de 1980, com as


demandas decorrentes da globalização, alteração estrutural da economia
mundial e desenvolvimento tecnológico, tendo como consequência a sua
divisão em três grandes áreas: administração de materiais, movimentação de
materiais e distribuição física (RODRIGUES, 2010).

O papel do gerenciamento logístico é planejar e comandar as atividades


para obtenção de respostas desejáveis dos serviços e qualidade com menor
custo. A logística deve ser o elo entre o mercado consumidor e as atividades
internas da empresa. Essa ação passa por toda a organização, e vai do
gerenciamento de matérias-primas até a entrega do produto final (SANTOS;
PINTO; MICHELÃO, 2004).

Nesse contexto, a missão da logística é formar um conjunto de objetivos


de serviço ao cliente para serem atingidos pela empresa. Tais missões podem
ser elaboradas em termos de tipo de mercado servido, quais produtos, e com
base nas restrições de serviço e de custos (SANTOS; PINTO; MICHELÃO,
2004).

A realização desses objetivos delimitados pela logística relaciona dados


de áreas funcionais e centros de atividade empresariais. Dessa maneira, um
sistema logístico eficaz deve proporcionar a determinação do custo total do
sistema para a realização dos objetivos logísticos desejados, o resultado do
sistema e os custos dos diversos fatores envolvidos na obtenção destes
resultados (REIS, 2004).
2.2. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS (CEP)

É definido como um conjunto de técnicas e ferramentas estatísticas, que


visam proporcionar ou manter a melhoria da qualidade de um processo. Pode
ser considerado como uma ferramenta ou estratégia da qualidade para
obtenção de alguns resultados importantes para a organização do processo
(MACHADO-DA-SILVA; BARBOSA, 2002).

O termo controlar um processo está intimamente ligado com o controle


de qualidade do mesmo. Portanto, controle é manter o processo conforme
planejado de maneira que ele permaneça capaz de atingir as metas previstas,
ou seja, o controle procura evitar prejuízos ao processo (SCFFLSSATTI, 1998).

O CEP é constituído da utilização de técnicas estatísticas afim de


controlar o processo. Dentre esse conjunto de técnicas disponíveis as mais
utilizadas são as cartas de controle, que podem ser classificadas em cartas de
variáveis e cartas de atributos (HESSLER, 2008).

As cartas de variáveis são utilizadas para características de qualidade


por variáveis, as cartas de atributos são utilizadas para características por
atributos. O CEP proporciona o conhecimento do processo, sua manutenção
em controle estatístico e a melhoria da capacidade do mesmo, reduzindo
assim, a variabilidade do processo (MELO, 2004).

2.2.1. CARTAS DE CONTROLE

Consistem em um gráfico formado por uma linha média central, um par


de limites de controle e valores das amostras marcados no gráfico
representando o estado de um processo. Se todos os valores marcados no
gráfico estiverem dentro dos limites de controle e a organização dos pontos
dentro dos limites for de maneira aleatória, é considerado que o processo está
sob controle (Figura 1). Porém, se os pontos estiverem fora dos limites de
controle ou apresentarem uma desordem na distribuição, o processo é tido
como fora de controle (ROLIM NETO et al., 2006).
Figura 1. Exemplo de processo sob controle estatístico.

As variáveis são avaliadas utilizando um sistema de medição, podendo


assumir valores de números reais. As cartas de controle comumente utilizadas
são as cartas ̅x e R (para média e amplitude) (Figura 2), as cartas para valores
individuais e as cartas para medianas (MARTINS, 2011).

Figura 2. Exemplo de gráfico XBarra e Amplitude.

A carta de atributos permite a correção dos produtos defeituosos com base


na quantidade dos mesmos. São elas: carta p, carta c, carta np e carta u.
Utiliza-se a carta de controle p quando a maneira da qualidade de interesse é
representada pela proporção de itens defeituosos produzidos (MARCOS,
2014).

Já as cartas carta c e u, são utilizadas quando o objetivo é controlar o


número de defeitos em uma unidade do produto, o que as diferencia é o
tamanho do subgrupo, onde para a carta u é maior do que um. A carta np, é
utilizada para os mesmos casos da carta p, diferenciando no resultado obtido,
onde na carta p o resultado é a fração de itens defeituosos na carta np o
resultado consiste no numero de itens defeituosos (MARCOS, 2014).
REFERENCIAS

CARLINI, Gelásio. Logística Integrada como Ferramenta para a


Competitividade em Agroindústria. 2002. 127 f. Dissertação (Mestrado) -
Curso de Pós Graduação em Administração, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre, 2002.

 HESSLER, Carlos Vilibaldo. Aplicação de Controle Estatístico de Processo


na Empresa “Metasa” como uma Ferramenta de Competitividade. 2008.
120 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Pós-graduação em Administração,
Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, 2008.

MACHADO-DA-SILVA, Clóvis L.; BARBOSA, Solange de Lima. Estratégia,


fatores de competitividade e contexto de referência das organizações: uma
análise arquetípica. Revista de Administração Contemporânea, [s.l.], v. 6, n.
3, p.7-32, dez. 2002. 

MARCOS, Elizangela de Lima. Implantação do Controle Estatístico de


Processo: um Estudo de Caso em uma Empresa do Setor
Alimentício. 2014. 83 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Pós-graduação em
Engenharia de Produção, Universidade Estadual Paulista, Bauru, 2014.

MARTINS, Sandro Luís Moresco. Monitoramento do Controle Estatístico do


Processo Utilizando Ferramentas Estatísticas. 2011. 95 f. Dissertação
(Mestrado) - Curso de Pós Graduação em Engenharia de Produção,
Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2011.

MELO, Karine Coelho de. Utilização das Cartas de Controle de Média para


Avaliação de Peso em Sorvetes. 2004. 69 f. TCC (Graduação) - Curso de
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MENDES, Sheila Valdirene. Gestão Financeira de um Sistema


Logístico. 2000. 77 f. Monografia (Especialização) - Curso de Departamento
de Economia, Contabilidade e Administração, Universidade de Taubaté,
Taubaté, 2000.

MOURA, Verônica de Miglio; BEUREN, Ilse Maria. O suporte informacional da


controladoria para o processo decisório da distribuição física de
produtos. Revista Contabilidade & Finanças, [s.l.], v. 14, n. 31, p.45-65, abr.
2003.

REIS, Priscila Remzetti Regis. Logística Empresarial como Estratégia


Competitiva: Caso do Centro de Distribuição da Ambev. 2004. 39 f. TCC
(Graduação) - Curso de Ciências Contábeis, Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, 2004.
RODRIGUES, Elaine Felippe. A importância da logística como diferencial
da empresa competitiva. 2010. 47 f. Monografia (Especialização) - Curso de
Pós Graduação "lato Sensu", Universidade Candido Mendes, Rio de Janeiro,
2010.

ROLIM NETO, Pedro José et al. Aplicação do controle estatístico de processo


na indústria farmacêutica. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e
Aplicada. [s. L.], p. 177-187. nov. 2006.

SANTOS, Célia Rodrigues dos; PINTO, Edna Soares; MICHELÃO, Edna


Soares Pinto Renato Jesus. Logística de Distribuição Física no Brasil e a
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