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CC 2 Prát. Sim. Iv - Cível
CC 2 Prát. Sim. Iv - Cível
I - DA TUTELA CAUTELAR
A Autora é casada com o Réu há 30 anos, sendo que dessa união tiveram 2 filhos, maiores
e ambos capazes, Joaquim e Maria das Dores.
Para tanto, fumus boni iuris está evidenciado ante a atitude do Réu em proceder na
doação dos veículos a sua irmã Isabel, além dos saques nas contas conjuntas do casal. Tal
medida denota a intenção do Réu em dilapidar, senão fraudar, os bens comuns ao casal, os quais
a Autora tem direito a parte.
E o periculum in mora também é factível no perigo da Autora ter diminuída sua parte a ser
amealhada. Como a Autora não sabe ao certo o valor total do patrimônio aferido na constância da
relação, se a medida cautelar não for aplicada gerará grave dano ou de difícil reparação.
Destarte, ante a presença do fumus boni iuris e do periculum in mora, demonstra-se
imperiosa a concessão da liminar inaudita altera pars pretendida para que sejam arrolados os
bens do casal para salvaguardar futura partilha decorrente do divórcio, tendo em vista a Autora
não ter ciência do total do patrimônio do casal.
II – DOS FATOS
A Autora é casada há 30 anos com o Réu e na constância do matrimônio tiveram dois
filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes.
O Réu ao saber da vontade da Autora em não manter o casamento, deseja doar seus dois
automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para a sua irmã, A senhora Isabel Soares,
assim como passou a realizar diversos saques em uma das contas conjuntas do casal.
A Autora, após ouvir uma conversa entre o Réu e sua irmã Isabel, comprou juntamente ao
Banco ao qual possuem conta tais saques do Réu.
III – DO DIREITO
Diante do ocorrido a Autora quer que haja a dissolução da sociedade conjugal conforme
dispõe a lei nº 6.515/77 em seu artigo 2º, IV e Parágrafo único, in verbis:
Fica claro que pelo fato do Réu esta se desfazendo do patrimônio que também cabe a
Autora, pois a mesma é meeira do Réu, onde o requisito do fumus boni iures está presente e, há
o periculum in mora, por ter o risco de ao final da dissolução da relação entre os dois de que não
haja mais nenhum bem a ser dividido, pois o Réu tem a intenção de dilapidar o patrimônio.
Devendo assim, ser concedido o arresto dos bens, como forma de coibir tal atitude adotada pelo
Réu e, pela razão da Autora não ter ideia de todos os bens existentes, em tutela de urgência de
natureza cautela, com prazo para contestação de 5 dias, conforme preconizado nos artigos 301 e
306 ambos do Novo Código de Processo Civil, in verbis:
A Autora quer que seja efetivado o arrolamento dos bens para que ao final da lide tenha
garantido seu direito
Diante de tais fatos, não restou a Autora para ter seus direitos garantidos, senão se
socorrer do poder judiciário.
IV - DOS PEDIDOS
1- Que seja concedida liminar inaudita altera parte para arrolar os bens do casal;
2- Intimação do Réu para ciência da decisão;
3- Que seja marcada com a anuência do Réu audiência de conciliação;
4- Que o Réu seja citado para contestar a demanda, sob pena de revelia;
5- Que seja chamado o Ministério Público ao processo;
6- Julgar procedente o pedido para decretar o divórcio das partes com a consequente partilha
dos bens;
7- Condenação do Réu ao pagamento das custas judiciais e honorários de advogado, em
20% sob o valor da condenação.
V - DAS PROVAS
VI - DO VALOR DA CAUSA
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
Local, Data.
Advogada
OAB/UF