Você está na página 1de 3

Prevenção à violência doméstica e ao Bullying nas escolas

Fabiana Alves da Costa


Leila Alves X. Catarina

A família é uma das instituições mais importantes da sociedade, ela agrega


novos membros; forma a sua personalidade, transmite valores essenciais da
convivência civil, como a dignidade da pessoa, a confiança mútua, o bom uso da
liberdade, o diálogo, a solidariedade, a obediência e respeito à autoridade. Influencia
de forma significativa nas escolhas dos indivíduos em muitos aspectos: conquistas,
carreira profissional, emprego do tempo livre, amizades e relações sociais em geral.
Por isso, é necessário que a família consiga manter um relacionamento equilibrado e
harmonioso entre seus membros, a fim de contribuir para o bom desenvolvimento
dos mesmos.

Neste contexto, a família vem passando por diversos conflitos que tem
provocado uma grande desestruturação e disfuncionalidade nos relacionamentos
interpessoais de seus membros entre si e com os demais sujeitos de seu ciclo de
convivência. Um dos problemas mais graves que as famílias vêm enfrentando é a
violência doméstica e o bullying nas escolas.

O abuso e a violência doméstica é tudo aquilo que causa ou tenta causar


dano à liberdade, individualidade, intimidade, identidade, auto estima, inibibição do
desenvolvimento da pessoa nas áreas da educação, trabalho e psicológico.
Relacionamentos que causam sofrimento, constrangimento em público, agressões
verbais etc.

A violência emocional vai muito além da ameaça! ela se manifesta também por
atos como: Intimidar (fazer ameaças sutis) Diminuir, fazer a pessoa sentir-se mal
consigo mesma, xingar, fazer a pessoa pensar que está louca, provocar confusão
mental, fazer a pessoa se sentir culpada; Humilhar (desqualificar, criticar
continuamente, desvalorizar, ironizar publicamente, desconsiderar a opinião da
pessoa etc) Coagir, cercear, controlar os movimentos e perseguir; Usar os filhos
para fazer chantagem; Isolar a vítima dos amigos e parentes. Controlar, reter, tirar o
dinheiro da vítima;
Violência física não é só bater! além de espancar, os(as) agressores(as) podem:
Empurrar, atirar objetos, sacudir, esbofetear; Estrangular, chutar violentamente,
torcer os braços; Queimar, perfurar, mutilar e torturar; Usar arma branca ou arma de
fogo.

Violência sexual não é só o estupro cometido por um desconhecido! o marido


também estará praticando violência se ele: Forçar as relações sexuais (com ou sem
violência física) quando a pessoa não quer, quando está dormindo ou doente; Forçar
a prática de atos que causam desconforto ou repulsa; Obrigar a mulher a olhar
imagens pornográficas, quando ela não deseja; Obrigar a vítima a fazer sexo com
outras pessoas.

A violência patrimonial e financeira ocorre quando há a proibição da utilização


dos bens do casal como carro, e o isolamento dos familiares. Bem como o controle
excessivo do dinheiro, impedindo que a mulher tenha acessoa quantias, ficando
totalmente na dependência do agressor.

A violência tecnológica é o controle das redes sociais, exposição de fotografias


não autorizadas, chantagear com fotos e vídeos, além do recolhimento do telefone.

Tais situações colocam não só a mulher em perigo como também os filhos,


caso tenham, e geram consequências e danos a eles. O bullying muitas vezes tem
origem em contextos familiares onde a agressividade e violência estão presentes.

Bullying: Você sabe o que é?

O bullying é todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo


que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou
mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à
vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

O mais fácil de identificar é o físico: seu filho começa a chegar com machucados,
sem explicações muito lógicas ou seguras. Porém, existem outras formas tão graves
quanto as agressões físicas:
 Psicológico: a criança é perseguida e amedrontada constantemente, seja
por gostos pessoais, aparência física, orientação sexual, condições financeiras ou
crença, por exemplo.
 Moral: a criança é vítima de difamação, calúnia e boatos. Hoje, ainda temos o
agravante das redes sociais. O bullying nesses casos pode gerar consequências
terríveis para o agredido.
 Verbal: o agressor, constantemente, xinga a vítima ou a chama de apelidos
humilhantes. Nesses casos, é comum que características físicas, como peso, cor da
pele, cabelo ou alguma deficiência física sejam o grande alvo.
 Social: a criança é isolada, ignorada e excluída propositalmente do convívio
com os demais colegas.
 Material: a vítima pode ter seus pertences furtados, escondidos ou
danificados em função da perseguição.

Para intervir nas ações de bullying é importante manter o diálogo aberto com
os filhos, e tanto os pais quanto a escola, devem trabalhar com a psicoeducação, ou
seja, ensinar às crianças e adolescentes a reconhecer suas emoções e expressar o
que sentem por meio da palavra, sem a necessidade de recorrer à violência verbal
ou física. Proporcionar atividades e conversas que valorizem e priorizem o respeito
às diferenças, e a compreensão da alteridade. Promover ações em casa que
minimizem discussões e ações violentas que possam incentivar esta forma de
resolver conflitos e encontrar novas possibilidades para solucionar e debater as
insatisfações e problemas gerados na convivência com o outro.

Você também pode gostar