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PRODUTOS / Sensores

14/12/2010 14:21:34

Relés X Sensores
É notável o avanço da Física e Eletrônica nos últimos anos. Sem dúvida, de todas as áreas técnicas,
foram as mais marcantes em desenvolvimentos. Hoje, somos incapazes de viver sem as facilidades e
benefícios que estas áreas nos proporcionam em nossas rotinas diárias. Nos processos e controles
industriais não é diferente, somos testemunhas dos avanços tecnológicos com o advento dos
microprocessadores e componentes eletrônicos, da tecnologia Fieldbus, o uso da Internet, etc.
Comentaremos neste artigo, dois importantes componentes na automação e controle de processos e
manufatura: os Relés e os Sensores. Estes dois elementos são amplamente utilizados, com inúmeras
funcionalidades e recursos. O primeiro, com características marcantes em atuações e o segundo, com
características quantitativas e qualificativas, contribuindo para medições, performance e diagnósticos
de forma geral

César Cassiolato; Edson de Oliveira Emboaba

Relés: Um relé, de forma bem simples, é um interruptor acionado eletronicamente e que se coloca em
um circuito elétrico sendo capaz de interromper ou não o fluxo de corrente elétrica, de acordo com um
circuito de controle. Quando o circuito de controle é alimentado, o relé fecha permitindo fluxo de
corrente entre os dois pontos conectados. Ao se tirar o comando de controle, isto é a energia, abre-se
o circuito. A grande maioria dos relés se utiliza de um mecanismo interessante, no qual parte da
corrente elétrica que flui pelo circuito é desviada para realimentar o circuito de controle, mantendo-o
fechado até que uma ação externa interrompa a corrente no circuito de controle, abrindo-o e
mantendo-o neste estado até que outra ação externa aplique uma corrente ao circuito de controle.
Dispositivos deste tipo são chamados biestáveis, pois oscilam entre dois estados que não se alteram
so-
zinhos, onde é preciso uma ação externa para modificá-los. Para entendermos melhor e mais
facilmente, vamos analisar os relés mais comuns que são dispositivos eletromecânicos (veja figura 1),
onde uma bobina é enrolada em torno de um núcleo de ferro, formando um eletroímã. Nas
proximidades do eletroímã é instalada uma armadura móvel que tem por finalidade abrir ou fechar os
contatos. Quando a bobina é percorrida por uma corrente elétrica é criado um campo magnético que
atua sobre esta armadura, atraindo-a, e ativando os contatos.
Através de uma corrente de controle aplicada à bobina do relé, podemos abrir, fechar ou comutar os
contatos de tal forma a controlar as correntes que circulam por circuitos externos(cargas). Quando a
corrente deixa de circular pela bobina do relé, o campo magnético criado desaparece, e com isso com a
ação da mola, a armadura volta a sua posição natural. A aplicação mais simples de um relé com
contato simples é no controle de ligar/desligar de uma carga, por exemplo, na aplicação de controlar
uma bomba, ligando-a ou não, de acordo com o nível de um tanque. Observe o símbolo usado para
representar este componente na figura 2. Podemos ter relés com contatos normalmente abertos,
normalmente fechados e mistos. Mas há também relés eletrônicos, formados por transistores ligados
entre si tão engenhosamente que basta aplicar um potencial elétrico a um terminal de controle para
fechar o circuito por eles controlado. Além disso, existem os relés de estado sólido, que veremos a
seguir com mais detalhes.

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Em termos de projetos utilizando relés, existem algumas características elétricas e mecânicas que
devem ser observadas: Tensão nominal, tensão de operação e tensão máxima de trabalho Corrente
nominal Resistência ôhmica Potência nominal dissipada Características dos contatos (a superfície dos
contatos; a tensão e corrente máximas que os circuitos do contato podem admitir e controlar;
resistência e materiais dos contatos (o cobre, a prata e o tungstênio); o número de contatos e sua
disposição que vai depender das aplicações a que se destinam os relés; capacitância entre
contatos,etc.) Tempo que o relé leva para fechar e/ou abrir seus contatos. Tipo de carga: AC ou DC.
Lembrando que em aplicações com cargas indutivas, o tempo de abertura aumenta. Vida mecânica.
Etc. A corrente que aciona o relé é denominada corrente de acionamento. Esta é a corrente necessária
para se criar uma intensidade de campo magnético que atraia a armadura para perto da bobina. Uma
vez vencida esta inércia, o campo magnético já não precisa ser tão intenso para mantê-la junto à
bobina.
A corrente que mantém o relé fechado é conhecida como corrente de manutenção. A corrente que vai
circular por sua bobina é função da resistência do enrolamento, o quê pode ser calculado pela lei de
Ohm, assim como a potência a ser dissipada no mesmo. A utilização de relés na prática requer alguns
cuidados durante sua desativação (remoção do controle de comando), onde se tem uma tensão de
polaridade oposta àquela que criou o campo magnético e que devido à característica de variações
bruscas em um indutor, atinge valores altos. Este valor está relacionado à taxa de variação di/dt e com
a indutância (L) da bobina (V=Ldi/dt). Se o circuito de controle de ativação do relé não for protegido
pode-se ter o seu mau funcionamento ou sua total danificação.
A técnica mais comumente usada é a do diodo reverso ou a do varistor em paralelo com a bobina do
relé. No caso do diodo, quando ocorre a interrupção da corrente, ocorre a indução de uma alta tensão
na bobina, e o diodo fica polarizado no sentido direto, servindo de caminho para a corrente, protegendo
o circuito de disparo. O varistor ou VDR é utilizado empregando se sua característica de que uma vez
ultrapassada a tensão limite a ele aplicada, sua resistência diminui significativamente. Esta propriedade
é usada no instante em que o relé é desenergizado e quando a corrente poderia causar problemas aos
componentes de disparo. A tensão do varistor deve ser especificada em um valor maior que a tensão
de disparo do relé, porém menor que a tensão máxima suportada pelo componente usado no disparo.
Outro detalhe a ser observado na área de automação e controle é o tipo de montagem e os requisitos
de classificação de áreas. Existem relés abertos, fechados com invólucro dos mais diversos materiais e
condições de selagem que atendem áreas classificadas (áreas perigosas) e que podem estar sujeitos
aos mais diversos ambientes. Fica claro aqui que o relé é um elemento de conexão e que normalmente
estará relacionado a elementos finais de controle, onde exige-se vários cuidados a serem observados
não só em nível de especificação mas também operacionalmente.

Relés de Estado Sólido:

Esta classe de relés é desenvolvida com dispositivos e componentes eletrônicos baseados em


semicondutores que permitem controle e fluxo de elétrons, de acordo com mudanças de níveis de
energia, modificando níveis de tensão de entrada com o objetivos de se conseguir características de
retificação, amplificação e chaveamento. Podemos destacar algumas características de suas
aplicações: Longa vida de operação; Quando a aplicação envolve operação em ambiente severo
(sujeira, umidade, combustão, etc.); Operações silenciosas; Alta velocidade de chaveamento; Baixo
consumo para disparo; Compatível com aplicações envolvendo lógica digital e baseada em
microprocessadores e controle em geral; Baixa susceptibilidade a interferência eletromagnética; Alto
número de operações. Isolação ótica. Acionamentos na condição de “zero-cross”; Circuitos de proteção
(snubbers); Modo de funcionamento por ângulo de fase, trem de pulso ou on-off. Etc. Seu campo de

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aplicação é amplo, onde podemos citar desde integrações compatíveis com microprocessadores,
sistema de lógicas TTL e MOS, até acionamento controle de cargas AC e DC, como moto res e
solenoides on/off.

Sensores

Sem dúvida a utilização de sensores nas aplicações industriais é algo muito extenso e impossível de se
cobrir em um artigo. Procuramos aqui, dar uma ideia geral de alguns conceitos envolvidos em
sensores.
Neste artigo trataremos os sensores como transdutores de entrada, embora na prática o termo sensor
e transdutor muitas vezes acabam sendo usados como sinônimos.Para esclarecermos, transdutor é um
dispositivo que “toma” energia de um sistema em medição convertendo-a a um sinal de saída que pode
ser traduzido em sinal elétrico e que corresponde ao valor medido. Já o sensor sugere algo além de
nossas percepções físicas, envolvendo exatidão, precisão, tempo de resposta, linearidade, histerese,
zona morta, etc. Quando se fala em sensores, é importante se ter em mente que podemos ter domínios
elétricos da informação relacionados aos mesmos: Domínio analógico, onde se tem a amplitude do
sinal (corrente, tensão, potência); Domínio do tempo, onde se tem relação de tempos (período ou
frequência, largura de pulso, fase); Domínio digital, onde a informação é caracterizada binariamente e
pode se conduzida por um trem de pulsos, ou codificação serial ou paralela, por exemplo. Existem
também os domínios não elétricos, onde por exemplo, podemos citar os químicos. Devido à ampla
variedade de sensores, normalmente os mesmos são classificados de acordo com alguns critérios:
Alimentação: segundo este critério podem ser classificados em ativos, onde utilizam a alimentação
derivada de uma fonte auxiliar, ou passivos quando não consomem energia e a potência para a saída
vem da entrada. Como exemplo de sensores podemos citar o termistor (ativo) e o termopar (passivo);
Saída: segundo este critério podem ser classificados em analógicos e digitais, como por exemplo, um
potenciômetro e um encoder de posição, respectivamente; Modo de operação: neste caso são
classificados em termos de suas funções em modo de deflexão ou modo nulo. No primeiro caso, o valor
medido gera um efeito físico de ação contrária a variável medida, como por exemplo em um
acelerômetro de deflexão. No caso de modo nulo, o sensor tenta compensar a deflexão de um ponto
nulo pela aplicação de um efeito conhecido que se opõe ao valor medido, como por exemplo em um
servo acelerômetro. Normalmente, o de modo nulo é mais exato já que pode-se calibrar o efeito
contrário com referências de alta exatidão, porém podem ser lentos; Entrada-saída: podem ser
classificados de acordo com a relação entrada-saída em sensores de primeira, segunda, terceira ou
maior ordem.
A ordem está relacionada com números de elementos independentes que conseguem armazenar
energia e afeta a exatidão e tempo de resposta, e que são importantes quando estes sensores fazem
parte de malhas de controles. Existe um ampla variedade de sensores e suas aplicações são infinitas
em automação, controles industrias e manufatura: temperatura, pressão, densidade, vazão, umidade,
posição, velocidade, aceleração, força, torque, deslocamento, cor etc. São vários os tipos de sensores:
indutivos, capacitivos, ópticos, ultrassônicos, etc.

Características que devem ser consideradas em sensores


Na prática, o que se espera de um sensor é que sua sensitividade seja somente devido à quantidade
em interesse (grandeza a ser medida) e que o sinal de saída seja inteiramente função da entrada.
Porém, nenhuma medição é obtida em circunstâncias ideais e qualquer sensor sofre algum tipo de
interferência e perturbações internas, como por exemplo, efeitos em temperatura, efeitos em pressões
estáticas, efeitos devido a interferência magnética, etc. Outro fator a ser considerado é o
comportamento estático e que afeta diretamente o comportamento dinâmico de um sensor, tais como a
exatidão, precisão, sensitividade, linearidade, resolução, erros sistemáticos, randômicos e dinâmicos,
velocidade de resposta, impedância de entrada, etc. Com o avanço tecnológico, várias técnicas de
compensações foram desenvolvidas e hoje são empregadas, minimizando estes efeitos a níveis
aceitáveis e confiáveis.

Relé & Sensores Integrados

Devido aos avanços tecnológicos e principalmente ao desenvolvimento de redes de campo e a


distribuição da inteligência no campo, hoje encontramos no mercado, relés e sensores integrados em
um mesmo equipamento, minimizando custos de instalação, aumentando o endereçamento nos
barramentos de campo (uma vez que um único dispositivo, possuindo um ou mais sensores e um ou
mais relés, representa um único nó de rede), aumentando a flexibilidade de aplicações, facilitando
integrações etc. Pode-se achar dispositivos simples, como por exemplo, um relé para supervisão de
temperatura que pode ser aplicado para avaliar temperaturas em meios sólidos, líquidos ou gasosos
(proteção de motores, monitoração de forma geral envolvendo temperatura em processos industriais e
manufaturas,etc), onde a temperatura é adquirida pelo sensor, avaliada pelo relé e

monitorada dentro de limites pré-configurados. O relé de saída é acionado ou desligado no valor de


referência, dependendo dos ajustes nos parâmetros do dispositivo. Podemos achar relés com
comunicação via PC, via protocolo Profibus DP, Asi, Foundation Fieldbus ou Modbus, como por

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exemplo, para proteção eletrônica e controle de motores, com capacidade de diagnósticos, etc. Existem
outras famílias voltadas à segurança como por exemplo, o Relé detector de chama, que utiliza sensores
do tipo ionização e fotorresistor.

O uso de Sensores e Relés em Fieldbus

Agora, este artigo mostrará alguns detalhes do que há de mais novo em termos de desenvolvimento da
tecnologia Foundation Fieldbus para acionamento discreto via relé de estado sólido em pequenas e
médias aplicações com equipamentos de campos conectados diretamente ao barramento, o FR302 -
Fieldbus Relé. O FR302 é um equipamento de controle industrial microprocessado, desenvolvido para
efetuar especificamente controle lógico de variáveis discretas e que com uma ampla biblioteca de
blocos funcionais Foundation Fieldbus, pode ser usado em todos os tipos de controle. A Smar foi a
primeira empresa em nível mundial a lançar no mercado um equipamento que, diretamente conectado
ao barramento fieldbus, permite acionamento discreto via relés de estado sólido. Esta facilidade de
desenvolvimento se deve em sua grande maioria às inovações tecnológicas dos microprocessadores e
microcontroladores. O FR302 permite uma fácil integração entre o Fieldbus e saídas discretas
convencionais. Dispositivos discretos como por exemplo, válvulas “on/off”, bombas, esteiras e
atuadores elétricos, variadores de velocidade,etc, podem ser integrados ao sistema Foundation™ via
barramento H1, usando o FR302. Ele pode estar distribuído ao campo onde se tem os dispositivos
discretos convencionais, sem a necessidade de cabeamento entre estes e a sala de controle. O FR302
permite que entradas e saídas discretas e analógicas convencionais possam estar disponíveis à fácil
configuração de estratégias de controle, usando o conceito de Blocos Funcionais Foundation™ e
tornando o sistema homogêneo de tal forma a fazer com que estes dispositivos possam parecer como
simples diapositivos em um barramento fieldbus. Possui vários blocos funcionais como PID, PID STEP,
ARITH, AALM, ISEL,TIMER, FFET, DO, MDO etc. A figura 3 mostra o diagrama funcional do FR302. E
a figura 4 exibe a conexão física das saídas.

Características:
3 opções de saídas:

• 2 Contatos em relés de estado sólido Normalmente Fechadas (NF),

• 2 Contatos em relés de estado sólido Normalmente Abertos (NA),

• 1 NF e 1 NO

• Saída: 2 contatos em relés de estadosólido:

• [NF] Máxima Tensão de chaveamento: 350 Vpico

• [NF] Máxima Corrente de chaveamento (AC): 100 mA

• [NF] Máxima Corrente de chaveamento (DC): 165 mA

• [NA] Máxima Tensão de chaveamento: 400 Vpico

• [NA] Máxima Corrente de chaveamento (AC): 150 mA

• [NA] Máxima Corrente de chaveamento (DC): 250 mA

• Funcionalidade de Mestre Backup;

• Blocos Funcionais Simples e Avançados com instanciação;

• Fácil atualização de firmware;

• Salvamento de dados durante shutdown;

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• Alimentação: Via H1: 9-32 Vdc; Consumo de corrente quiescente: 17 mA.

Conexão Física com o Bloco Funcional DO

Através de dois blocos funcionais Digital Output (DO), pode-se comandar duas cargas DCs ou Acs.
Veja a figura 5.

Conexão Física com o Bloco Funcional PID_STEP

Através de um bloco funcional PID SETP, pode-se ter uma aplicação interessante com atuadores
elétricos. Figura 6. Qualquer atuador elétrico, incluindo a série Smar AD/AR/AL, se torna um Atuador
Fieldbus, fazendo do FR302 um equipamento ideal em atualizações e reinstrumentação de plantas. O
bloco PID Step é ideal nestes casos, onde pode-se modular a válvula sem a necessidade da posição
real (feedback).

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Exemplo de Aplicação: Controle de Nível

Suponha a situação, onde em uma rede fieldbus tenhamos um controle de nível onde um transmissor
de nível LD302 está medindo o nível de um tanque. O sinal do nível é disponibilizado via bloco de
Entrada Analógica(AI) a um bloco de Alarme Analógico(AALM) instanciado no FR302. Ao se atingir um
valor pré-configurado de nível, através de um bloco de saída discreta (DO), pode-se desligar a bomba
que alimenta o tanque e também ligá-la assim que o nível seja inferior ao limite configurado. Veja a
figura 7. Veremos a seguir o detalhamento de um sensor de pressão do tipo capacitivo, utilizado na
série de transmissores de pressão da Smar, incluindo o LD302, citado na aplicação do Fieldbus Relé.
O sensor de pressão utilizado pelos transmissores de pressão Smar, é do tipo capacitivo (célula
capacitiva), mostrado esquematicamente na figura 8.

Onde: • P1 e P2 são pressões aplicadas nas câmaras H e L.

• CH = capacitância medida entre a placa fixa do lado de P1 e o diafragma sensor.

• CL = capacitância medida entre a placa fixa do lado de P2 e o diafragma sensor.

• d = distância entre as placas fixas de CH e CL.

• Dd = deflexão sofrida pelo diafragma sensor devido à aplicação da pressão diferencial DP = P1 - P2.

Sabe-se que a capacitância de um capacitor de placas planas e paralelas pode ser expressa em
função da área (A) das placas e da distância (d) que as separa como:

Onde, ε = constante dielétrica do meio existente entre as placas do capacitor. Se considerarmos CH e


CL como capacitâncias de placas planas de mesma área e paralelas, quando P1 > P2 tem-se:

Por outro lado, se a pressão diferencial (P) aplicada à célula capacitiva, não defletir o diafragma sensor
além de d/4, podemos admitir P proporcional a d, ou seja:

Se desenvolvermos a expressão (CL-CH) / (CL+CH) obteremos:

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Como a distância (d) entre as placas fixas de CH e CL é constante, percebe se que a expressão
(CL-CH) / (CL+CH) é proporcional a Dd e, portanto, à pressão diferencial que se deseja medir. Assim,
conclui-se que a célula capacitiva é um sensor de pressão constituído por dois capacitores de
capacitâncias variáveis, conforme a pressão diferencia aplicada. A Estes capacitores fazem parte de
um circuito oscilador que tem sua frequência dependente da pressão diferencial aplicada. Esta
frequência é medida pela CPU do transmissor de pressão em alta resolução, alta exatidão e velocidade
de processamento. Ela será inversamente proporcional à pressão aplicada. A figura 9, ilustra o
diagrama de hardware do LD302 e a figura 10, os diversos modelos de sensores conforme várias
aplicações.

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Conclusão

Vimos através deste artigo a importância dos relés e sensores, aliados aos avanços tecnológicos dos
microprocessadores na automação e controle de processos, assim como detalhes de um equipamento
microprocessado para acionamento discreto e de um sensor de pressão capacitivo.

Extraído do Portal Saber Eletrônica Online - Todos os direitos reservados - www.sabereletronica.com.br

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