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CIRÚRGICA II
Prof.ª LAYSLA ADRIANO
ENFERMAGEM
PERIOPERATÓRIA
• O campo especial conhecido como Enfermagem
Cirúrgica ou Perioperatória engloba uma vasta gama
de funções da equipe de enfermagem associadas à
experiência do cliente/paciente durante este período.
A enfermagem perioperatória aborda os papéis da
enfermagem relevantes para fases cirúrgica: pré-
operatória, intra ou trans-operatória e pós-
operatória. Cada fase começa e termina em um
ponto particular na sequencia de eventos, e cada
uma compreende uma ampla gama de atividades
específicas realizada pela a enfermagem.
Classificações Cirúrgicas
Quanto ao Grau de Urgência
• Emergencial – o cliente requer atenção imediata: o distúrbio pode
ameaçar à vida. Ex: hemorragias, perfuração de vísceras
Intervenção de Enfermagem
• Incentivar o paciente a respirar profundamente para facilitar a eliminação do
anestésico;
• Apóias a ferida cirúrgica durante o esforço do vômito e o vômito; lateralizar a cabeça
de modo a evitar a aspiração;
• Aparar vômito em cuba-rim;
• Passagem de sonda naso-gástrica, para aliviar e esvaziar o conteúdo gástrico, caso
prescrito;
• Aspirar SNG a fim de esvaziar cavidade gástrica;
• Após o vômito, fazer higiene oral, trocar roupas de cama, se precisar e deixar
ambiente limpo;
• Administrar drogas antiemética (metoclopramida, bromoprida) prescrita;
• Anotar quantidade e aspecto da secreção eliminada e providências tomadas.
• Comunicar o vômito excessivo ou prolongado, para que a causa possa ser investigada.
C) Sede
• Sensação de ressecamento da boca e faringe, decorrente de
perdas sangüínea, restrição de líquidos e cavidade oral
exposta durante o ato operatório – anestesia geral por
entubação.
•
• Intervenção de Enfermagem
• Administrar líquidos por via venosa e por via oral, se
permitidos;
• Ocasionalmente, umedecer os lábios com uma gaze molhada,
para umidificar o ar inspirado;
• Deixar o paciente lavar a boca, porém sem engolir a água;
• Verificar liberação da dieta por via oral;
•
D) Constipação e Flatulência
Causado pelo traumatismo e manuseio do intestino durante a cirurgia,
bem como a mobilidade diminuída, a ingestão oral reduzida e o uso de
narcóticos contribuirão para a dificuldade em realizar uma eliminação
intestinal.
• Intervenções de Enfermagem
• Incentivar a deambulação precoce para ajudar o retorno da peristalse;
• Providenciar ingestão de líquidos adequada a fim de que as fezes
fiquem amolecidas;
• Verificar a prestasse com freqüência – eliminação de flatos;
• Administração de medicação laxativa, edema e supositório, se
prescritos; introduzir sonda retal a fim de diminuir a flatulência
dolorosa (abdome distendido e timpânico).
• Avaliar o abdome para a distensão e presença e frequência de sons
intestinais. Se o cliente não apresentar eliminação intestinal em torno
do segundo ou terceiro dia de PO, o médico deverá ser notificado.
B) Os Cuidados no pós-operatório MEDIATO
• Controlar TPR-PA conforme evolução do cliente.
• Controlar a infusão venosa.
• Observar e anotar a drenagem de líquidos pelos
cateteres, drenos e sondas.
• Proporcionar mudança de decúbito de acordo com a
evolução do cliente.
• Avaliar a possibilidade e ajudar na deambulação precoce,
• Auxiliar no banho de aspersão ou realizar banho no leito;
• Trocar curativos e/ ou auxiliar ao cirurgião na troca do
mesmo;
• Estimular a aceitação da dieta;
• Estimular a melhorar a auto-estima;
• Orientar o cliente e a família para a alta hospitalar.
Manifestações Clínicas
• Aumento da pressão arterial, da freqüência cardíaca e do pulso;
• Aumento da tensão ou da atividade muscular;
• Psicologicamente: maior irritabilidade, ansiedade, queixa de dor e
apreensão;
• A reação dependerá de experiência prévia, estado de saúde e
tolerância a dor.
•
Intervenções de Enfermagem
• Perguntar e avaliar as características da dor: local, tipo (pontada,
compressiva, constante) intensidade e duração;
• Tranqüilizar o paciente e tentar eliminar a dor: afrouxar curativos e
bandagens, verificar retenção urinária, flatulência;
• Manter roupas de cama limpas, secas e sem dobras ou sujeiras;
• Proporcionar ambiente tranqüilo, arejado e ventilado;
• Proporcionar mudança de decúbito e massagem de conforto;
• Aplicar técnicas de calor ou frio, conforme prescrição;
• Administrar analgésico prescrito e checar;
• Anotar e registrar no prontuário.
• Observar e controlar gotejamento de soros, sangue e derivados e
irrigações
• Anotar a quantidade e o tipo de drenagem pela ferida cirúrgica se
houver.
• Verificar as anotações do centro-cirúrgico e prescrição médica.
• Controlar a anotar TPR-PA de acordo com a rotina pós-operatória.
• Observar a variação da temperatura: hipotermia é decorrente da
supressão do sistema nervoso, decorrente das drogas anestésica;
hipertermia é decorrente da agressão tissular pela incisão cirúrgica.
• Promover conforto e segurança; através de meio ambiente adequado,
ventilação e iluminação satisfatórias.
• Observar complicações pós-operatórias e comunicar as
intercorrências.
• Registrar os dados observados e controlados no prontuário do
paciente.
• Conferir o retorno dos exames enviados ao centro-cirúrgico e deixá-lo
no quarto ou em local próprio, conforme rotina da instituição.
• Avaliar, periodicamente a cessação do efeito anestésico, avaliando o
grau de movimentação das extremidades e administrar medicação
prescrita.
V - COMPLICAÇÕES PÓS-
OPERATÓRIAS
• As complicações pós-operatórias são um risco inerente aos
procedimentos cirúrgicos.
•
• A) Soluços
• Espasmo diafragmático intermitente causado pela distensão gástrica ou
abdominal, peritonite, abscesso diafragmático, tubo de drenagem,
exposição ao frio ou ingesta de líquidos frios ou quentes, obstrução
intestinal.
• Soluços persistentes podem provocar estresse, vômitos, exaustão e
deiscência da ferida operatória.
•
• Intervenções de Enfermagem
• Aquecer o paciente;
• Proporcionar mudança de decúbito;
• Aspirar conteúdo gástrico ou lavagem gástrica;
• Auxiliar na deambulação;
• Auxiliar o médico na mudança do tubo de drenagem.
• Fazer anotação no prontuário do cliente.
• B) Choque
Quadro grave e uma resposta do organismo à diminuição do
volume sanguíneo circulante. A perfusão do tecido é
prejudicada, culminando em hipóxia celular e morte.
Pode ser classificado como:
HIPOVOLÊMICO- CARDIOGÊNICO – NEUROGÊNICO - SÉPTICO
– ANAFILÁTICO
• C) Hemorragias
Hemorragia é o extravasamento copioso de sangue de
um vaso, complicação rara, porém grave, que pode resultar
em morte. Pode apresentar-se de forma insidiosa ou
emergencial em qualquer período do pós-operatório ou até
vários dias depois da cirurgia.
Manifestações Clínicas
• Quando a hemorragia é extrema, o paciente fica apreensivo, agitado e
com sede; pele fria, pegajosa, úmida e pálida; palidez perioral e de
extremidades.
• Taquisfigmia, as respirações ficam mais rápidas e profundas, a
temperatura cai.
• Com a progressão da hemorragia:
• Queda do débito cardíaco e convergência da pressão do pulso;
• Queda rápida da pressão arterial, bem como do hematócrito e hemoglobinas;
• O paciente fica cada vez mais fraco até que sobrevém a morte.
Intervenções de Enfermagem
• Determinar a causa da hemorragia.
• Inspecionar a ferida operatória como possível local do sangramento.
• Aplicar curativo compressivo sobre o ponto sangrante visível.
• Deitar o paciente em decúbito dorsal; pernas elevadas em ângulo de
20°; os joelhos são mantidos retos.
• Aumentar a velocidade de infusão da solução IV e, se necessário
hemotransfusão, o mais rápido possível.
• Se a fonte do sangramento estiver oculta, encaminhar o paciente de
volta à sala de cirurgia para a exploração do sítio cirúrgico.
• D) Complicações Pulmonares
• As complicações pulmonares são os problemas mais sério e
freqüente no pós-operatório.
• Os fatores de risco são:
• Cirurgias torácicas e abdominais e de longa duração (acima de 3
horas);
• Repouso prolongado no leito,
• Idade de 40 anos ou mais;
• Alterações na condição física (obesidade, desidratados,
desnutridos, hipotensão arterial, quadro de inconsciência,
problemas respiratório crônico).
Vamos ver se você
entendeu?!
1. Faça um texto COM SUAS PALAVRAS em
relação ao que você entendeu sobre as
fases cirúrgica: pré-operatória, intra ou
trans-operatória e pós-operatória.