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IMPLANTODONTIA

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1. INTRODUÇÃO
O implante é uma alternativa segura para reabilitação oral, pois nota-se a sua:
1) Previsibilidade
2) Longevidade (deve se manter por tempo indeterminado)
3) Reprodutibilidade (funcionar para todas às técnicas)
4) Simplicidade (simplificar a proposta terapêutica ao paciente seguindo o protocolo)
5) Segurança

Observação:
O implante não causa rejeição, possui biocompatibilidade, contudo podem ser perdidos.
Suas perdas comuns ocorrem por:
- Infecção
- Doença sistêmica descompensada (Ex.: Diabetes)
- Falha iatrogênica (na técnica empregada)

Observação:
O maior desafio da Implantodontia é a relação Estética Branca x Estética Rosa.
A Estética Branca já está dominada, os desafios se encontram no domínio da zona de
transição que é a Estética Rosa (a relação entre a prótese e a margem tecidual)
A Estética Rosa tem evoluído muito, porém ainda são necessários muitos avanços

Implantodontia de Excelência Muitas explantações


x (falhas) devido a
Implantodontia de Sobrevivência iatrogenias

2. HISTÓRICO
o Incrustações de conchas por Egípcios
o “Doadores de dentes”
o Reimplantações de dentes por Civilizações Sulamericanas
o 1807: Maggiolo - Implante de ouro em alvéolos recentes
o 1844: Horace e Wells
o 1887: Haviis
o 1937: Universidade de Havard, Stock utiliza implantes de Vittalium em animais e
em humanos logo após (pela primeira vez utilizado com coroas)
o Parafuso de Garbaccio
o 1940: Formiggiani – Início da Implantodontia Moderna com o implante endósseo
espiral (implante do tipo parafuso)

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o 1948 e 1951: Gustavo e Lew – Descreveram o uso do implante subperiósteo


o 1961: Jacquer Scialon – Implante agulhado
o 1967: Ralph e Harold Roberts, Leonard Linkow – Implante Laminado

3. IMPLANTES ATUAIS
✓ O conceito de Osseointegração vem de BRANEMARK.
✓ Estudos experimentais foram realizados em cachorros sendo observado a estabilidade
de próteses sobre implantes
✓ ALBREKTSON aperfeiçoa à técnica

Observação:
Implantes são fabricados em ligas de titânio. O Grau de Pureza o torna biocompatível e
bioinerte e não causa rejeição ao corpo humano.

3.1. Conceito
✓ Osseointegração:
“É descrito como uma conexão direta, funcional e estrutural entre o osso organizado
e vital e a superfície de implantes sujeitos às cargas funcionais”
(BRANEMARK, ZARB e ALBREKTSON, 1985)

Fibrointegração
Osseointegração
(micromovimentos)

✓ A maioria das perdas de implantes ocorrem no 1° ano de implantação (ele é testado


se está osseointegrado pelas forças mastigatórias)
✓ Força dissipada na superfície apical e não no ápice (sem ligamento e propriocepção)

3.2. Biologia da Osseointegração

Princípios da Osseointegração
I. Estabilidade Primária do implante
II. Presença de células osteopromotoras
III. Vascularização (nutrição)
Etapas da Osseointegração
1) Instalação do implante

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2) Remodelação
3) Maturação (formação de osso lamelar)

1) INSTALAÇÃO DO IMPLANTE
o Cria um alvéolo cirúrgico por frezagem
o Permite o travamento (1º Princípio: estabilidade primária)
o Normalmente a estabilidade primária se dá no torque de 40 Ncm 2 (testada por
torquímetro ou motor elétrico de implantes)

Observação:
A rotação é muito menor (de 900 a 1200)
Motor elétrico calibra o torque de travamento
GAP (espaço) entre a parede do osso = formação do coágulo

o Nas duas primeiras semanas: Predomínio da fase Osteoclástica (zona de osso


necrótico > 1 mm) e há uma inversão depois dos 15 dias para a fase Osteoblástica
o A estabilidade primária reduz nas primeiras duas semanas devido à atividade
osteoclástica
o Porém não se perde o princípio da estabilidade primária (diminui, mas se mantém
a estabilidade)

2) REMODELAÇÃO
o Fase osteóide com início depois de duas semanas
o Predomínio da fase Osteoblástica (osteoblastos) e diminui a atividade
Osteoclástica
o 30 a 50 µm por dia
o Fragilidade da interface de 3 a 5 semanas (que é a duração dessa fase)
o 2º Princípio: Presença de células osteopromotoras com atividade osteogênica

Observação:
O 3º Princípio que é a Vascularização ocorre desde o início e produz a nutrição do tecido
ósseo e o consolida
Produz também a microcirculação vascular
Contudo, quando há micromovimentos os vasos são rompidos e prejudica a vascularização
(quando não há o travamento do implante, por exemplo)

3) MATURAÇÃO (FORMAÇÃO DO OSSO LAMELAR)


o Ocorre à formação do tecido ósseo perimplantar
o Nos 4 meses: o osso lamelar tem formação de 60%
o O restante da maturação necessita de estímulo
o O estímulo se dá pela Função Mastigatória
o A prótese provisória realiza essa função e completa o 100% da Osseointegração

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o Isso se dá aos 6 meses


Observação:
FUNÇÕES DO PROVISÓRIO:
1) Dar ao implante a carga funcional progressiva que ele necessita (devido a isso não
se coloca direto a prótese de cerâmica ou metal) e o provisório possui um material
mais resiliente
2) Modela o perfil de emergência (perimplantar) que é o tecido mole em torno do
implante (ajusta a região cervical)

3.3. Interface titânio x tecido ósseo


o Material não descalcificado (ideal)
o Sujeito às cargas mastigatórias
o Vascularizado
o Os implantes devem ser microtexturizados (rugosos) para que facilite o osteoblasto
a se fixar (adesão à célula) e ocorra o mais rápido possível
o Implantes cilíndrico – cônicos

3.4. Forma do implante


▪ 1° TIPO: Hexágono Externo (Branermark)
▪ 2° TIPO: Hexágono Interno
▪ 3° TIPO: Cone morse

3.5. Áreas
1) Hexágono do implante
2) Área de assentamento da prótese
3) Área de corte do implante
4) Espelho do implante
5) Pescoço do implante
6) Corpo do implante
7) Ápice do implante

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3.6. Tratamentos de superfície


1) Subtração ácida
2) Jateamento com partículas sólidas
3) Combinação das duas

Observação:
Isso cria as rugosidades na superfície do implante
Os implantes hoje em dia são usinados

Paciente

Periodontia Fonética

Estética Implantodontia Função

Cirurgia Prótese

Endodontia

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Observação:
- Os implantes se iniciaram na mandíbula com os implantes implantossuportados (não
mucossuportados)
- Edêntulo total não é boa a imediata instalação dos implantes
- Melhor prognóstico é o implante unitário (pois harmoniza com os dentes adjacentes)

4. FUNDAMENTOS DA IMPLANTODONTIA: FUNDAMENTOS CIRÚRGICOS

4.1. Classificação da qualidade óssea (LAKHOLM e ZARB)


o TIPO I: Osso compacto homogêneo, denso quase todo cortical (ex.: sínfise)
o TIPO II: Osso compacto circundando osso esponjoso denso (ex.: mandíbula post.)
o TIPO III: Cortical delgada circundando osso esponjoso denso (ex.: maxila anterior)
o TIPO IV: Cortical fina circundando osso esponjoso pouco denso (ex.: túber)

Observação:
- Entre o II e III seria o ideal para estabilização e nutrição plena de um implante
(Córtico-medular)
- Mandíbula: Mais fácil travar o implante, porém mais difícil nutrição (GRAU I)
- Maxila posterior: Mais difícil travar, porém maior nutrição (GRAU IV), sendo que
dificilmente se faz carga imediata

4.2. Geometria do implante

Cortical Expansão Instalação imediata Medular


Tipo I Tipo II Tipo III Tipo III
Tipo II Tipo IV Tipo IV Tipo IV

4.3. Bioengenharia do implante

Observação:
- Cortical: Mais cortante o implante (mandibular)
- Medular: Mais impactante o implante (maxila posterior)

1) Diâmetro da plataforma (da conexão protética)


2) Diâmetro do implante (varia de 3 a 5 de acordo o sistema)
3) Comprimento do implante (variam de 5 a 18)
4) Sistema (depende da marca – fabricante)

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5) Tipo de união pilar/implante


6) Geometria do implante
7) Ápice do implante

4.4. Superfície do implante


o Superfície porosa:
1) Jateamento
2) Subtração ácida
3) Nanoparticular

Observação:
Osseointegração precoce = 2 meses
Quando adicionado SLA que é um incremento químico e acelera a osseointegração
21 dias (três semanas)

Observação:
Osteoporose, osteopenia e diabetes = mais dificultada a osseointegração
Indicado o uso dos implantes de mais fácil e rápida osseointegração

4.5. Planejamento reverso


o Posição do implante depende do planejamento da prótese
o É a base de orientação para a fase cirúrgica

4.6. Distância entre dentes


o O bom diâmetro dos implantes é 4 mm
o Pelo menos 1,5 mm de espaço do implante e ligamento periodontal
o Menor que 1 mm compromete a nutrição e gera necrose
o A referência é 7 mm entre dois dentes
o Só assim se consegue estabelecer uma estética branca e rosa (Harmonia estética)
o Posicionamento tridimensional do implante (Cérvico-Apical, Vestibulo-Lingual e
Mésio-Distal)

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o Distância entre os implantes deve ser de 3 mm no mínimo


o A referência total é 7mm = 2mm + 3mm + 2mm

4.7. Altura cervical do implante


✓ C-A deve reproduzir o espaço biológico
✓ Cervical e base do dente tem 3mm

4.8. Limitações anatômicas


o Cantilever vestibular é errado
o O ideal é a inserção do implante verticalmente
o A inclinação não é correta (causa reabsorção óssea maior em um lado que em outro,
provocando uma reabsorção desigual)
o Remodelação óssea desproporcional nesses casos
o Há alternativas individualizadas na Implantodontia

Observação:
Deve-se planejar o maior número de implantes (diâmetros, altura e comprimentos)
da melhor forma possível, levando em consideração principalmente em maxila
posterior, analisar:
- Idade
- Potência muscular

4.9. Rebordos Alveolares Reabsorvidos


1) Presença do nervo alveolar inferior
2) Técnicas verticais muito imprevisíveis pela dificuldade de nutrição
3) Aumento horizontal mais fácil
4) Técnica de lateralização do nervo alveolar inferior tornou-se em desuso por conta
das altas taxas de parestesia
5) Implantes ultra-curtos para regiões reabsorvidas (5 ou 6 mm)

4.10. Região Anterior


o Implantes interpostos por pônticos
o Técnica com PPF (quando se perde os 4 incisivos por exemplo)

5. FUNDAMENTOS DA IMPLANTODONTIA: FUNDAMENTOS PROTÉTICOS

5.1. Prótese sobre implante


o Parafusada: Longo eixo do implante coincide com o cíngulo (da coroa protética)
- Deve ser mais palatinizada
o Cimentada: Longo eixo do implante coincide com a incisal
- Diferença em torno de 5°

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Observação:
- Reversibilidade = Sacar prótese do parafusado é mais fácil
- Custo é maior que a cimentada
- Estética da parafusada deve permitir um furo para emergência do parafuso
- Cimentada foi feita para corrigir a posição (se houver algum erro na parafusada ela corrige)
- O tipo de posição influencia no tipo do implante

5.2. Espaço Protético Requerido


o Da plataforma do implante até o antagonista é requerido um espaço = 4,5 mm
Ex.: Distância M-D para se colocar 2 implantes = 14 mm (7mm + 7 mm)
(Porém deve-se sempre analisar outros fatores)

5.3. Dente Natural x Implante


✓ Não se pode usar o implante como pilar de uma Prótese Fixa (PPF) com outra em
dente natural (pilar)
✓ Isso devido à Biomecânica (absorção de forças oclusais fica desigual)

Dente Implante
28µm 5µm

✓ Capacidade elástica do osso (Ex.: quando se morde uma pedra no almoço)


✓ Remodelação óssea perimplantar = perda óssea

5.4. Biomecânica
o Estuda a distribuição de cargas oclusais sobre os implantes osseointegráveis
visando otimização, previsibilidade e longevidade da reabilitação
o Deve-se evitar o Cisalhamento = sentido lateral (ajuste oclusal + posição protética)
o Maior dissipação de forças mastigatórias é na cervical e não apicalmente
o É bom, pois tem mais osso cortical

Observação:
Salserização perimplantar = Quando há uma força
lateral de cisalhamento sobre a prótese, o que
provoca uma perda óssea em volta do implante

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5.5. Prótese implantossuportada


✓ Direcionamento das forças oclusais no sentido axial
✓ Contato oclusal na fossa central, baixa inclinação das cúspides e tamanho reduzido
da plataforma oclusal (melhor para manter a estabilidade do implante)
✓ Maior número de implantes suportaria melhor as cargas mastigatórias dissipando
o estresse de forma mais efetiva
✓ A união das coroas protéticas apresenta melhor distribuição de forças junto a
interface osso-implante e também nos componentes protéticos
Ex.: Usar esplintadas as coroas (unidas) em dentes posteriores, pois a carga
mastigatória é maior

Observação:
- Hábitos parafuncionais = O bruxismo não representa uma contraindicação para a
reabilitação com implantes, porém influencia sobremaneira o planejamento
- Deve-se permanecer com a férula neuromiorrelaxante (placa)
- Fazer uso também de férula de manutenção preventiva depois de instalado o implante
- Deve-se tratar antes com a placa

6. PLANEJAMENTO EM IMPLANTODONTIA

o O planejamento em Implantodontia se dá pelo Planejamento Reverso = Prótese


guiando a cirurgia no planejamento dos implantes (a prótese que define)
o Identificação dos fatores limitantes de posição e previsão dos resultados finais
o Deve-se colocar o implante na posição protética ideal e não o osso em questão

6.1. Plano de tratamento


1) Radiografias periapicais e panorâmica
2) Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico
3) Fotografias extra e intrabucal
4) Modelos de estudos e de trabalho
5) Exames laboratoriais (Glicemia, ErNi, Coagulograma, Hemograma completo)
6) Enceramento diagnóstico
7) Guia Cirúrgico
8) Cirurgias de implantes / enxertos
9) Prótese sobre implantes

6.2. Radiografias Periapicais


o A linha cortical mais nítida é sempre a inferior do canal mandibular

6.3. Radiografias Panorâmicas


o Analisa pneumatização do seio maxilar e analisa o planejamento

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6.4. Limitações Anatômicas


❖ Dependendo da idade, da carga mastigatória do paciente, podem ser propostas outras
alternativas

6.5. Planejamento Reverso


1) Moldagem (modelos de diagnóstico)
2) Montagem em Articulador
3) Enceramento diagnóstico
4) Guia Cirúrgico

6.6. Prótese sobre implante

Unitária Múltipla
Altura de 6,7 mm Rotacional
Altura de 4,5 mm

6.7. Enceramento Diagnóstico


1) Ajuda a definir qual prótese deve-se utilizar
2) Repor dentes ausentes
3) Recompor anatomia perdida
4) Recompor oclusão
5) Avaliar o tamanho da cora a ser recuperada
6) Avaliar quantidade de tecidos a serem recuperados através de enxertos
7) Indicar necessidade de gengiva artificial na prótese
8) Definir tipo de fixação
9) Avaliar necessidade de Ortodontia
10) Avaliar necessidade de exodontias

Observação:
As vezes as próteses cimentadas são indicadas para corrigir a posição

6.8. Guia Cirúrgico 3D

✓ Dispositivo que estabelece uma continuidade lógica entre o diagnóstico,


planejamento protético e as fases cirúrgicas
✓ Auxiliar o Cirurgião a posicionar os implantes apropriadamente sob o ponto de vista
protético

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❖ Requisitos:
1) Estável e rígido
2) Assepsia cirúrgica
3) Transparência
4) Capacidade de ser modificado / corrigido

❖ Passos:
1) Prótese cimentada
2) Obtenção de espaço biológico
3) Localização Mésio-Distal, Vestíbulo-Lingual e Cervical dos implantes

Observação:
Inclusão em mufla e prensagem em acrílico termopolimerizável

❖ Tipos de acesso:
1) Com tubo
2) Abertos na palatina

❖ Guia multifuncional:
✓ Quando já há prótese total
✓ Numa prótese adequada, bem adaptada
✓ Duplica à prótese em mufla
✓ Vazamento em acrílico

Observações:
❖ Protocolo de desdentado total inferior
- 5 implantes entre forames mentonianos
- Guias radiográficos
- Guias tomográficos

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❖ Esvaziamento do canal nasopalatino


- Em casos em que possa gerar sensibilidade do nervo
- Esvaziamento com cureta, retirando o plexo e preenchendo com enxerto
❖ Tratamento da superfície do implante
- Subtração ácida + Jateamento = Melhor osseointegração

6.9. Bioengenharia dos implantes

❖ Classificação:
1) Diâmetro da Plataforma
2) Diâmetro do implante
3) Comprimento do implante
4) Marca (fabricante) = fidelização *mesmo componente e mesmo implante
5) Tipo de união pilar / implante
6) Geometria do implante
7) Ápice do implante
8) Cortical ou Medular
9) Seleção das conexões dos implantes (quanto a conexão protética):
- Hexágono Externo (HE)
- Hexágono Interno (HI)
- Cone Morse (CM)

I. Hexágono Externo (HE)


✓ Dissipação de forças predominantemente na
CERVICAL
✓ Causa perda óssea marginal na cervical)
✓ Hoje em dia se utiliza pouco menos
✓ Indicações restritas
✓ Nicho microbiológico entre os componentes
(Microgap)
✓ Causa Salserização perimplantar (é maior em HE)
✓ “Implantes de Hexágono Externo apresentam perda óssea marginal em média de
0,2mm a cada ano subsequente a instalação da prótese.” (ALBREKSTON et al.,
1986)

II. Hexágono Interno (HI)


✓ Plataforma Switch: Plataforma mais larga que o
componente protético
✓ Estabilidade tecidual perimplantar
✓ Preserva mais as estruturas
✓ Dissipação de forças maiores

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III. Cone Morse (CM)


✓ Efeito Cone Morse: O atrito entre duas superfícies
levemente divergentes, combinado com uma pressão
criada pela força de inserção, fixa o cone macho ao cone
fêmea
✓ Não dissipa as forças para a cervical, mas sim para o
LONGO EIXO DO DENTE
✓ Conceito da Plataforma de Switch
✓ Vedamento do ambiente cervical (impede que as
bactérias migrem para lá e não sejam um sítio entre os
componentes)
✓ Infraósseo (protocolo de instalação é de 1 a 2 mm dentro do osso)
- Obs.: HE e HI são a nível ósseo
✓ Posição do implante
✓ Embricamento elimina os Gaps (vedamento)
✓ Altura da gengiva (porção do componente) comprada de acordo à altura da gengiva
(altura da transmucosa)
✓ Distribuição de forças (CM é mais estável, já os de HE podem quebrar os parafusos
devido aos micromovimentos)

7. IMAGINOLOGIA APLICADA À IMPLANTODONTIA


7.1. Exames por Imagem
✓ Pré-cirúrgico
✓ Intra-tratamento
✓ Pós-cirúrgico

7.2. Avaliação Radiográfica Pré-cirúrgica


1) Quantidade de osso presente - altura e espessura do rebordo remanescente
2) Qualidade do osso
3) Localização de estruturas anatômicas nobres
4) Observar a presença de alterações ou patologias ósseas

7.3. Volume Ósseo


✓ O volume ósseo é a quantidade de osso no qual é possível colocar um implante,
considerando os parâmetros cirúrgicos e protéticos

Observação:
Se o volume ósseo disponível for considerado pequeno, o tratamento com implantes deverá
ser reconsiderado e técnicas de aumento ósseo devem ser efetuadas

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7.4. Densidade Óssea


✓ A densidade óssea é um parâmetro difícil de ser avaliado. Varia, substancialmente, de
uma região anatômica a outra e pode variar muito, mesmo dentro de uma mesma
zona operatória

7.5. Classificação segundo a Cicatrização (biologia óssea)


❖ BHP 1: Osso com potencial de cicatrização normal
❖ BHP 2: Osso com potencial de cicatrização moderadamente reduzido
Ex.: fumante moderado, diabetes controlado, osteoporose, deficiência nutricional,
enxerto ósseo, tratamento a longo prazo com corticoides ou agentes antinflamatórios
não-esteroidais
❖ BHP 3: Osso com potencial de cicatrização substancialmente reduzido
Ex.: fumante inveterado, hiperparatireoidismo, talassemia, doença de Paget, displasia
fibrosa, diabetes melito, anemia severa, tratamento antimitótico, osteoporose grave,
osso irradiado, artrite reumatoide

7.6. Estruturas anatômicas de interesse na Implantodontia


- Imagens radiolúcidas, simetricamente
Fossas Nasais dispostas, acima dos ápices radiculares dos
incisivos
- Maior dos seios paranasais, é uma cavidade
Seio maxilar preenchida por ar e revestida por mucosa
- Assim, aparece em radiografias como uma área
radiolúcida
- Ocasionalmente, os seios maxilares podem
aparecer “divididos” por finas linhas radiopacas
denominadas SEPTOS OU TABIQUES SINUSAIS
- As lojas ou cavidades formadas pelos septos
sinusais são denominadas DIVERTÍCULOS
SINUSAIS
- Geralmente implante fica próximo

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- Aparece nas radiografias da região posterior,


abaixo das raízes dos molares e pré-molares
como uma linha radiolúcida espessa delimitada
Canal Mandibular por duas tênues linhas radiopacas (bordas
superior e inferior do canal mandibular)
- Aloja o nervo alveolar inferior e estende-se
desde o forame mandibular até o forame
mentual
- Sinais imediatos de lesão: parestesia
- Aparece em algumas radiografias da região de
Forame Mentual prémolares inferiores como uma área
radiolúcida arredondada na altura ou
sobreposta ao ápice do 1° PM, do 2° PM ou entre
eles
- Para um planejamento correto do tratamento
Rebordo Alveolar com implantes, deve-se ter conhecimento da
anatomia do rebordo alveolar (altura, espessura,
formato e inclinação)

7.7. Avaliação Radiográfica Pré-Cirúrgica


1) Periapical
2) Panorâmica
3) Telerradiografia lateral
4) Tomografia Convencional
5) Tomografia Computadorizada Multislice
6) Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico

7.8. Radiografia Periapical


❖ Aplicação:
- Implantes isolados (único)
- Ideais quando o implante está instalado (quando bem feita consegue-se ver as espiras
do implante – qualidade)
❖ Qualidades:
- Resolução e detalhes ótimos
- Mínima distorção geométrica
❖ Limitações:
- Área pequena
- Duas dimensões
- Pequena visualização anatômica

7.9. Radiografia Panorâmica


❖ Aplicação:
- Múltiplos Implantes
- Visão geral

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- Avalia altura do rebordo ósseo


- 1ª Referência em alguns casos (como maxilares com selenidade)
- Valia possíveis patologias
❖ Qualidades:
- Visualização de estruturas anatômicas e alterações
❖ Limitações:
- Baixa resolução
- Ampliação/Distorção
- Sobreposição
- Problemas quanto ao posicionamento do paciente

7.10. Anatomia Radiográfica Panorâmica


✓ Projeta imagens sobrepostas em um só plano
✓ Sobreposição de várias imagens (tende a borrar áreas que não são de interesse)
✓ Gera imagens fantasmas (lado oposto)
✓ Podem ser vistos contornos de tecidos moles
✓ Podem ser vistos espaços aéreos
✓ Gera dúvidas no diagnóstico

7.11. Tomografia Computadorizada (TC)


❖ Aplicação:
- Imagem de múltiplos sítios
❖ Qualidades:
- Estimativa precisa da altura e da largura do osso examinado
- Possibilidade de reconstrução de imagens
❖ Limitações:
- Custo
- Acesso à unidade de tomografia computadorizada

7.12. Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC)


✓ Própria para Odontologia
✓ Redução da dose de radiação
✓ Exclui o ambiente hospitalar
✓ Facilidade para pacientes claustrofóbicos
✓ Redução de artefatos metálicos
✓ Indicada sempre na fase de planejamento (nunca depois da instalação do implante,
somente quando há queixa clínica e suspeita de danos às estruturas)
✓ Contraindicada no pós devido aos artefatos metálicos

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7.13. Avaliação Radiográfica Intra-tratamento


✓ Visualização do nível de osseointegração
✓ Para determinação do tempo ótimo para a segunda cirurgia

7.14. Avaliação Radiográfica Pós-Cirúrgica


✓ Avaliação periódica da prótese
✓ Controle do nível de reabsorção óssea peri-implantar

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8. TÉCNICA CIRÚRGICA – PRIMEIRO ESTÁGIO

✓ Conceito: quando não submerge o implante (estágio único)


✓ Indicação para o tratamento com implantes osseointegrados
✓ Paciente sem outra alternativa de tratamento
o Retenção de prótese comprometida
o Defeitos maxilares
✓ Paciente edêntulo
o Dificuldade de usar prótese removível
✓ Maior benefício que tratamentos convencionais
o Extremo livre
o Amplo espaço protético
o Coroa unitária
o Próteses parciais fixas

Observação:
Contraindicações
✓ Mesma para os demais procedimentos odontológicos
✓ Diabetes descompensada
✓ Uso de bisfosfonatos (osteoporose e lesões malignas)
✓ Displasias
✓ Pacientes irradiados

8.1. Princípio de Osseointegração


✓ Em 1977, Branemark introduziu o Princípio de Osseointegração
✓ A estabilidade primária e a ausência de micromovimento eram considerados os 2
principais fatores necessários para se atingir altos índices de sucesso para
implantes osseointegrado
✓ Para minimizar os riscos de falha, foi estabelecido um protocolo cirúrgico de 2
estágios que mantinham os implantes sem carga por um período de 3 a 4 meses
para a mandíbula e 6 a 8 meses para a maxila

Observação:
Protocolo
✓ As regras mudaram
✓ Antigamente (Branemark) utilizava apenas a prótese por Protocolo (achava que
apenas a ferulização somente funcionava com a esplintagem)
✓ Atualmente, com o avanço da Implantodontia, até a Carga Imediata pode ser utilizada
✓ Deve-se explicar para o paciente, para não causar uma falsa expectativa por parte da
Carga Imediata (pois dependerá do torque de se ele não for o mínimo adequado, não
deverá ser feito o procedimento imediato

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✓ Variáveis do Implante:
o Material
o Design
o Topografia e tratamento de superfície
✓ Técnica cirúrgica
✓ Variáveis do paciente:
o Quantidade e qualidade óssea
o Condição de saúde
o Tabagismo
o Bruxismo
❖ Carga mecânica do osso perimplantar:
o Fator biomecânico

Sistema de classificação
Termos descritivos para o momento de
- Baseado em resultados clínicos
instalação de implantes:
desejáveis durante a cicatrização
- Imprecisos
- Preferível a termos descritivos ou
- Aberto a interpretações
tempos rígidos após exodontia

3rd ITI Consensus Conference – 2003 (Hammerle et al. 2004)

8.2. Definição de Termos

TIPO 1 TIPO 2
Instalação de implantes em alvéolo dental Instalação precoce de implante em alvéolo
no momento da extração, como parte do dental após ter ocorrido considerável
mesmo procedimento sem cicatrização de cicatrização de tecido mole, mas antes de ter
tecidos duros ou moles ocorrido preenchimento ósseo considerável
dentro do alvéolo (4 a 8 semanas)

TIPO 3 TIPO 4
Instalação de implante após cicatrização dos Instalação de implante em sítio
tecidos moles e preenchimento ósseo clínico completamente cicatrizado (mais de 6
e/ou radiográfico significativo do alvéolo (12 meses de cicatrização)
a 16 semanas)

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8.3. Ativação ou aplicação de carga sobre o Implante

❖ Ativação imediata = Prótese provisória ou cicatrizador é colocado no momento da


instalação do implante (quem define é o torque – acima de 35 Ncm2)
❖ Ativação precoce = Até 10 dias
❖ Ativação tardia = Prótese provisória ou cicatrizador é colocado após o período de
osseointegração do implante

Observação:
O osso que vai determinar o implante imediato:
✓ Quantidade óssea para a instalação
✓ Analisar a necessidade de procedimento regenerativo em alguns casos
✓ Travamento em osso sadio

8.4. Modalidades de tratamento

Instalação de implantes

Período para
Protocolo de instalação osseointegração
convencional com
ativação tardia
Reabertura

Rebordo cicatrizado Instalação da prótese =


ativação

Prótese provisória

Ativação imediata

Cicatrizador

Com ativação Prótese provisória o


imediata cicatrizador

Alvéolo de Implante imediato à Período para


extração exodontia osseointegração

Com ativação
Reabertura
tardia

Instalação da prótese =
ativação

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8.5. Parâmetros relacionados à escolha do protocolo de um ou dois tempos cirúrgicos

Aumento
tecidual

Exigências Sítio pós-


estéticas extração

Escolha
do
protocolo
cirúrgico
Higiene bucal
Estabilidade
e saúde
Primária
periodontal

Ambiente
biomecânico

8.6. Protocolo cirúrgico nos tempos


Protocolo em dois tempos Protocolo em um tempo
- Cirurgia em dois tempos com implantes de - Cirurgia em tempo único com implante de
duas peças duas peças
- Ao fim da primeira cirurgia, deixa-se o - Ao fim da cirurgia, deixa-se o implante em
implantem tempo de espera posição transgengival
- Após 3 a 6 meses, uma segunda cirurgia - Pontos de sutura são feitos em torno do
descobre o implante e o recobre com um pilar de cicatrização
pilar de cicatrização

8.7. Instrumentos necessários


✓ Motor e contra-ângulo
✓ Kit cirúrgico
✓ Macro e microestruturas (Ex.: FRIDENT, 3i, STRAUMANN, NOBEL BIOCARE)
✓ Implante conexão (double, short, flash)
✓ Fresas do implante (Ex.: SIN – sequência para HI 3,8mm e Corpo 3,5mm)

8.8. Estágios

1º ESTÁGIO 2º ESTÁGIO

- Exposição do Implante
- Instalação do implante - Colocação do abutment na cabeça do
implante que sustentará a restauração
protética

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8.9. Posicionamento dos Implantes


✓ Volume ósseo mínimo nos 3 planos
✓ Guia cirúrgico
o Grande auxiliador no posicionamento dos implantes durante a sua inserção
o Correta posição e angulação
o Facilita procedimentos protéticos

8.10. Posição ideal do Implante

❖ PLANO ÂNTERO-POSTERIOR
✓ Depende do sistema de retenção utilizado na prótese
o Cimentada: Longo eixo do implante = longo eixo do dente
o Parafusada: Longo eixo do implante coincide com um ponto imaginário
entre a borda incisal e o cíngulo
❖ PLANO MÉDIO-LATERAL
✓ Centro da coroa clínica
✓ Não deve comprometer a região das ameias e papila gengival
❖ PLANO SÚPERO-INFERIOR
✓ Sentido ápico-coronal plataforma do implante posicionada 2 a 3 mm do nível
da junção cemento-esmalte do dente adjacente
✓ Área edêntula: 1 a 1,5 mm da crista óssea

Observação:
A correta posição do Implantes
✓ Distâncias de centro do implante a outro:
o 7mm = implantes de 3,75mm ou 4mm
o Presença de 3mm de osso vital entre os implantes ou 1,5mm ao redor de cada
implante
o 8mm = implantes de 5mm
✓ Distância do implante até o dente natural:
o 2mm para o osso vital e ligamento periodontal
✓ Distância entre a plataforma do implante e a oclusal do dente antagonista:
o Espaço interoclusal = 7mm

8.11. Técnica Cirúrgica – Primeiro estágio


1) Confecção de retalho
2) Mucoperiósteo total
3) Descolamento vestibular e palatino suficiente para permitir a visualização,
exposição e acesso adequados do sítio cirúrgico

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8.12. Preparo do sítio receptor do implante


1) Irrigação constante com solução salina
2) Movimentos de entrada e saída da broca para que a solução chegue a toda a
profundidade do sítio que está sendo preparado
3) Remoção dos fragmentos de osso
4) Prevenção de superaquecimento

Observação:
Superaquecimento
✓ Eriksson e Albreksson (1983) – ocorrência de dano histológico irreversível em tíbia de
coelho quando a exposição ao calor de 47C° por tempo superior a 1 minuto
✓ Velocidade de rotação < 2000 rpm

❖ Sequência:
1) Broca esférica ou lança
2) Levar em conta a anatomia e topografia da área a ser perfurada
3) Broca 2mm de diâmetro – preparo do leito na superfície da broca indicando a
profundidade e posição vestíbulo-palatina da broca (risco de perfuração de
parede)
4) Paralelômetro (guia para preparação do sítio)
5) Piloto 2-3mm de diâmetro – aumentar a largura do preparo (não tem corte na
ponta)
6) Broca 3
7) Paralelômetro
8) Preparo com a broca countersink (melhor adaptação da cabeça do implante e leito
preparado)
9) Roscas em baixa velocidade – 15 a 20 rpm
10) Adaptação do implante no monta-implante (contra-ângulo)
11) Implante é rosqueado até que o contra-ângulo pare
12) Torquímetro manual
13) Remoção do monta-implante
14) Colocação do parafuso de cobertura – prevenção de proliferação de tecido mole
dentro do implante
15) Torque final – manual
16) Não dar torque em excesso dificultando a remoção quando em segundo estágio
17) Reposição do retalho – sutura – antibióticos – analgésicos – remoção de suturas
18) Depende da estabilidade primária do implante

Observação:
Regra geral
✓ 0,7 mm a menos do implante o diâmetro da broca (ex.: 3,75 última é a broca 3,0)

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9. TÉCNICA CIRÚRGICA – SEGUNDO ESTÁGIO (REABERTURA)


9.1. Reabertura
✓ Exposição dos implantes para a confecção das próteses
✓ Instalar um cicatrizador ou em algumas condições, os próprios abutments
✓ Valorizada
✓ Responsável pelo ajuste dos tecidos moles, atendendo aos requisitos estéticos e
funcionais
✓ Durante a reabertura é possível:
1) Avaliar a osseointegração
2) Eliminar o crescimento do osso sobre o parafuso de cobertura
3) Observar diretamente o assentamento preciso do cicatrizador ou abutment
4) Preservar, criar e aumentar a quantidade de tecido mole
5) Conseguir uma melhor adaptação do tecido ao pilar de cicatrização
6) Melhorar a estética mediante um desenho adequado do retalho, recuperando
papilas e obtendo bons perfis de emergência

9.2. Manipulação de Tecidos Moles

Antes da colocação do
implante

Na reabertura do Durante a colocação


implante do implante

Na colocação do
implante imediato

9.3. Avaliação da osseointegração


✓ Antes da reabertura:
o Avaliação radiográfica
✓ Durante a reabertura
o Avaliação clínica
✓ Antes da realização da segunda fase cirúrgica
o Radiografias:
- Ausência de zonas radiolúcida
- Lesões ósseas ao redor do implante

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9.4. Avaliação clínica na reabertura


✓ Presença de micromovimentos do implante
✓ Existência de dor perimplantar
✓ Mobilidade e dor:
- O implante deve ser removido
- Não houve osseointegração

Observação:
Falha por Fibrointegração
✓ Caso faça uma remoção do implante, existem três possibilidades:
1) Fazer enxerto
2) Colocar um implante maior (mais longo) – repreparar na região apical
3) Colocar um implante de maior diâmetro

9.5. Tempo de cicatrização


✓ Cicatrizador deve permanecer de 2 a 3 semanas
✓ Tempo para o tecido mole cicatrizar

9.6. Procedimentos da segunda cirurgia


1) Localização dos implantes
2) Avaliar a área a ser operada e verificar a necessidade de manipulação de tecidos
moles ou enxertos para melhorar o perfil de emergência e possibilitar a obtenção
de excelência funcional e estética da prótese

❖ Localização dos implantes:


- Através do guia cirúrgico com auxílio do explorador
- Incisão cirúrgica diretamente sobre os implantes
- Por transparência dos tecidos

9.7. Instrumental Cirúrgico delicado


✓ Lâmina de bisturi 15c
✓ Descoladores
✓ Gengivótomo de Orban
✓ Pinça de Adson com e sem dente
✓ Osteótomos e cinzéis delicados (mini Ochsenbein e Weldstaed)
✓ Porta agulhas Castroviejo
✓ Tesoura Goldman Fox
✓ Fio de Sutura 4.0 ou 5.0

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9.8. Tipos de Abertura

1) Reabertura por compressão com provisório e bisturi circular


2) Reabertura com posicionamento apical dos retalhos
- Ampliar a faixa de gengiva inserida
- Aprofundar o vestíbulo
- Melhorar a estética pelo espessamento dos tecidos moles vestibulares
3) Reabertura com associação de técnicas para reabertura e ganho de volume de
tecido mole
4) Instalação de implantes com enxerto de membrana
5) Reabertura com remoção de membrana e reposição apical de retalho
6) Reabertura com retalhos reposicionados
- Compensar tecidos perdidos e corrigir inconsistências na cor dos tecidos
- Preservar gengiva ceratinizada existente com possibilidade de aumento
- Corrigir irregularidades morfológicas após cirurgias de instalação de implantes
- Recuperar o volume do tecido mole perdido
7) Reabertura com enxerto de tecido conjuntivo
8) Reabertura pela técnica da regeneração papilar

10. PERIIMPLANTE
✓ Originalmente descritos como técnicas de aplicação para indivíduos com edentulismo
total
✓ Universalização da técnica (edentulismo total, parcial, unitário e ancoragem
ortodôntica)

10.1. Leito receptor


Condições Necessárias
1) Deverá estar livre de patologias e infecções
2) Deverá ter osso em quantidade e qualidade
3) No mínimo 5mm de largura, 5mm de espessura e 10mm de altura
4) Deve existir mucosa ceratinizada ao redor do implante

10.2. Posicionamento ideal do Implante

1) Longo eixo imaginário (experiência profissional + exames atuais)


2) Espaço para o material protético estético
3) Parafusando no meio da Palatina ou Oclusal
4) 1 a 2 mm apical da JCE (Junção Cemento-Esmalte) adjacente ou a 1mm apical
da crista óssea – área edêntula

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Observação:
Implante/implante
- 3,75 e 4mm: 7mm centro a centro
- 5mm: 8mm centro a centro (garantindo 3 mm de osso vital

10.3. Cuidados Técnicos


1) Não tocar no implante
2) Não gerar calor (brocas novas e irrigação abundante)
3) Não contaminar o instrumental de titânio com outro metal

10.4. Reabertura (6 meses)


✓ Punch: somente com muita mucosa ceratinizada
✓ Trefinas: Quando há osso recobrindo
✓ Cicatrizadores: 1 a 2mm mais altos para evitar inflamação e hiperplasias
✓ Seleção do intermediário: Recessão de no mínimo 1mm é esperada
✓ Casos de estética crítica: Aguarda 3 meses para a seleção

11. MODALIDADES TERAPÊUTICAS


1) Prótese Unitária
- 2 estágios (Cirúrgico e Protético)
2) Prótese Múltipla
3) Carga Imediata
- Peça protética logo após o implante
4) Implante Imediato
- Implante logo após a extração
5) Protocolo Branemark
6) Protocolo Superior
7) Prótese Overdenture
- Variação dos dois outros protocolos com prótese implantomucossuportada,
porém é removível

I. PRÓTESE UNITÁRIA IMPLANTOSSUPORTADA


✓ Técnica de reabilitação em 2 estágios
✓ Indicação da técnica:
1) Alvéolo cicatrizado
2) Região de densidade óssea baixa (III e IV)
3) Pacientes com osteopenia (por exemplo)
✓ Planejamento Reverso

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✓ Fases:
o 1ª Fase (Cirúrgica): Instalação do Implante
o Período de Osseointegração (4 a 6 meses)
- Em média são 4 meses
- Entre fase cirúrgica e protética
o 2ª Fase (Cirúrgica): Instalação do Cicatrizador
- 2 a 3 semanas
- Epitélio Juncional se forma
o 3ª Fase (Protética): Instalação da Prótese (Provisório + Definitiva)
- Provisório em resina acrílica em torno de 6 meses
- Carga funcional progressiva (Gerar os 100% de osseointegração)
- Criar perfil de emergência

Observação:
O que determina se sepulta o implante ou usa o cicatrizador?
- Estabilidade primária até 25N no mínimo
- Biotipo gengival fino (usa o cicatrizador)

✓ Etapas
1) Seleção do componente
2) Inserção do componente
3) Parafusada
4) Pontos de contato
5) Princípios da Prótese

II. PRÓTESE MÚLTIPLA IMPLANTOSSUPORTADA


✓ Técnica em 2 estágios
✓ Indicação da Técnica:
1) Levar em consideração o padrão mastigatório
2) Bruxoma
3) Rebordos em cela
4) Regiões posteriores
✓ Planejamento Reverso
✓ Instalação simultânea dos implantes (melhor paralelismo desses implantes)
✓ 2ª Fase do cicatrizador
✓ Prótese Múltipla Esplintada (Provisório + Definitiva)
- Principalmente em molares em região de osso III e IV
- Na mandíbula com comprimentos maiores e o osso é tipo I (Prótese
individualizada é melhor)
- Região anterior (Próteses Individualizadas)

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Observação:
Distribuição de Forças Oclusais (Levar em consideração o Princípio do Tripodismo):
- Ao menos 3 implantes alinhados
- Não usar pilar dente/implante
- Não usar cantilever

III. CARGA IMEDIATA


✓ Técnica de estágio Único
✓ Instalação de implante em rebordo cicatrizado (Estabilidade de 45 Ncm)
✓ Instalação da Prótese provisória
✓ Prótese provisória em infraoclusão e contato interproximal

Observação:
- Fases ocorrem do mesmo modo
- Pode instalar o provisório imediatamente vai reduzir a fase Osteoclástica e aumentar a
fase Osteoblástica
- Nunca deve se fazer a carga imediata com 30 Ncm de torque ou menos
- Acima de 60 Ncm de torque começa a necrosar o osso por falta de vascularização
- Perde estabilidade primária abaixo de 45 Ncm, pois há o decaimento (ex.: 30 Ncm cai para
20 Ncm)
- Por fim: Depende do torque para se realizar a Carga Imediata

IV. IMPLANTE IMEDIATO


✓ Técnica de estágio Único (Exodontia e colocação do Implante)
✓ Indicações da técnica:
1) Alvéolo de 4 paredes
2) Ausência de lesão periapical
3) Presença de remanescente apical
✓ Exodontia + Colocação do Implante
✓ Carga oclusal em 2º Estágio
✓ Extração deve ser minimamente traumática
✓ Fenótipo Gengival:
1) Deve ser espesso (ideal) válido também para Prótese Convencional
2) Vantagem é que com técnicas regenerativas (enxertia de tecido conjuntivo
ou epitelial livre) pode-se mudar o biótipo e ajudar em cada caso
3) Biótipo mais estável o espesso (biótipos finos são sujeitos à recessão)
✓ Diagnóstico por Imagem:
- Importância da tábua óssea vestibular (osso fasciculado)
- Maioria das pessoas tem apenas 0,5mm desse osso na vestibular

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- Mal indicado o implante imediato quando em tábua óssea muito fina


vestibular

Observação:
- Quando o Gap é menor que 2mm se preenche o espaço com coágulo
- Acima disso deve se aplicar técnicas de enxertia

✓ Biomateriais:
- Grande semelhança com o osso humano
- O corpo humano interage melhor com um material que lhe é familiar

❖ Implante Imediato com Carga Imediata:


o Fenótipo gengival espesso
o Presença de cortical vestibular
o Remanescente apical (5mm) além do ápice o que ajuda na estabilidade
primária e no travamento do implante em 40 Ncm
o Estabilidade primária de 40 Ncm
o Hábitos parafuncionais ausentes
o Provisório em infraoclusão (com ponto de contato)
o Técnica de estágio Único
o Abutmant = Peça protética
o Prótese esplintada (provisória) e depois individualizada (permanente)

V. PROTOCOLO DE BRANEMARK
✓ Prótese total inferior fixa sobre o implante
✓ Instalação de 4 a 5 implantes (entre forames mentonianos)
✓ Estabilidade primária de 45 Ncm
✓ Carga tardia após 4 meses
✓ Carga imediata em 48 hs (95% de sucesso na mandíbula)
✓ Não é mucossuportadoda é total dentossuportada

Observação:
Melhor 5 implantes, pois de forem 4, caso perca um (ficando 3) inviabiliza à técnica

✓ Distribuição dos Implantes:


o Se mantem até pré-molar
o Diminui o cantilever ou braço de alavanca
o Cantilever maior ou menor (Força oclusal e compressão menor, produz tração
maior)

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✓ Limpeza:
o Escovas especiais
o Fio dental
o Não deixar acumular placa
✓ Prótese:
o Quando metaliza já é definitiva

VI. PROTOCOLO SUPERIOR


✓ Prótese total superior fixa sobre implantes
✓ Instalação de 6 a 8 implantes
✓ Estabilidade primária dos implantes (menor)
✓ Carga Imediata x Carga Tardia (50% são em carga imediata desde que alcance 40 Ncm)
✓ Prótese total provisória
✓ Prótese total fixa após 6 meses

Observação:
8 implantes (4 de cada lado) em regiões preferenciais
- Incisivo lateral
- Canino
- 2° pré-molar
- 1° molar

✓ Cantilever Distal = Tentar diminuir com a instalação adequada dos implantes


✓ Comportamento de remodelação é maior na maxila que na mandíbula
✓ Protocolo inferior = usa HE
✓ Maxila para protocolo é Cone Morse

VII. PRÓTESE TOTAL OVERDENTURE


✓ Técnica de prótese removível implantomucossuportada
✓ Instalação de 2 implantes em mandíbula e 4 em maxila
✓ Período de osseointegração (6 meses)
✓ Fica com dentadura depois coloca a conexão
✓ Instalação do componente (Atachmmann)
✓ Instalação de prótese total removível
✓ Manutenção semestral de conexão protética (em relação ao custo é mais barata)

Observação:
- Efeito biomecânico desfavorável – Movimento de báscula (movimento ântero-posterior)
- Cisalhamento (saucerização)

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12. PRÓTESE SOBRE IMPLANTES


✓ A indústria tem facilitado

12.1. Tipos
✓ Parafusada
✓ Cimentada

PARAFUSADA CIMENTADA
Unitária: Unitária:
- Pilar cônico - Pilar sextavado
- Pilar cônico angulado - Munhão universal
Múltipla: Múltipla:
- Mini pilar cônico - Munhão universal / Personalizado
- Mini pilar cônico angulado - Munhão angulado

Observação:
- Cimentada vem para corrigir erros da parafusada
- Periimplantite = cimento que escorre para os tecidos periimplantares
- Attachmann Bola = Overdenture

@R1Buco

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