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Texto base: GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
O QUE É PESQUISA?
Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo
proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se
dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação
disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao
problema (PAG. 17).
1 – O problema deve ser elaborado como pergunta – Isso facilita a identificação do problema por
parte de quem analisa o projeto de pesquisa (PAG. 27);
2 – Deve ser claro e preciso – Todos os tópicos do problema devem estar bem conceituados de
forma a não criar nenhuma ambiguidade (PAG. 27);
3 – O problema deve ser empírico – Passível de provado através da experiência, limitando-se ao que
pode ser captado pelo mundo externo, sem criar discussões que envolvam análise de valor ou
julgamento moral (PAG. 28);
4 – O problema deve ser suscetível de solução – O problema deve estar alinhado com as tecnologias
existentes que permitem a verificação que leva a resposta (PAG. 28);
5 – O problema deve ser delimitado a uma dimensão viável – Deve estar especificado o suficiente
para que possa ser experimentado e respondido. Evitar campos muito vagos (PAG. 29).
SOBRE AS HIPÓTESES
A hipótese é a proposição testável que pode vir a ser a solução do problema (PAG. 31).
CLASSIFICAÇÃO DAS HIPÓTESES
1 – Casuísticas – Afirmam que uma pessoa ou um fato específico possui determinada característica.
É muito usada na pesquisa histórica (PAG. 31);
2 – Frequência de acontecimentos – Antecipam que determinada característica ocorre com maior ou
menor freqüência« em determinado grupo, sociedade ou cultura (PAG. 32);
3 – Relação de associação entre variáveis – Refere-se a tudo aquilo que pode assumir diferentes
valores ou diferentes aspectos, segundo os casos particulares ou as circunstâncias (PAG. 32);
4 – Dependência entre duas ou mais variáveis – Estabelece que uma variável interfere na outra. Por
exemplo: “A classe social da mãe influencia no tempo de amamentação dos filhos”. Neste caso,
estabelece-se uma relação de dependência (causalidade) entre as variáveis. Classe social é a variável
independente (x) e tempo de amamentação é a variável dependente (y) (PAG. 33);
1 – Observação;
2 – Se basear nos resultados de outras pesquisas;
3 – Formulação de teoria;
4 – Intuição.
1 – Pesquisa exploratória (acredito que a minha se encaixa aqui) - Estas pesquisas têm como
objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou
a constituir hipóteses. Na maioria dos casos, essas pesquisas envolvem: (a) levantamento
bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema
pesquisado; e (c) análise de exemplos que “estimulem a compreensão” (PAG. 41);
2 – Pesquisa descritiva – Tem como objetivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis (PAG.
42);
3 – Pesquisa explicativa – Tem como preocupação central identificar os fatores que determinam ou
que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Esse é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o
conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso mesmo, é o tipo
mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente (PAG. 42).
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
PESQUISA DOCUMENTAL
PESQUISA DE CAMPO
Procura muito mais o aprofundamento das questões propostas do que a distribuição das
características da população segundo determinadas variáveis. Como consequência, o planejamento
do estudo de campo apresenta muito maior flexibilidade, podendo ocorrer mesmo que seus
objetivos sejam reformulados ao longo da pesquisa (PAG. 53).
Tipicamente, o estudo de campo focaliza uma comunidade, que não é necessariamente geográfica,
já que pode ser uma comunidade de trabalho, de estudo, de lazer ou voltada para qualquer outra
atividade humana. Basicamente, a pesquisa é desenvolvida por meio da observação direta das
atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar suas explicações e
interpretações do que ocorre no grupo. Esses procedimentos são geralmente conjugados com muitos
outros, tais como a análise de documentos, filmagem e fotografias.
No estudo de campo, o pesquisador realiza a maior parte do trabalho pessoalmente, pois é
enfatizada importância de o pesquisador ter tido ele mesmo uma experiência direta com a situação
de estudo. Também se exige do pesquisador que permaneça o maior tempo possível na comunidade,
pois somente com essa imersão na realidade é que se podem entender as regras, os costumes e as
convenções que regem o grupo estudado (PAG. 53).
1. Como delinear uma pesquisa de campo?
1.1 Elaboração do projeto inicial – Os estudos de campo na maioria das vezes iniciam-se com plano
bem geral, que leva em consideração muito mais os objetivos da pesquisa e as limitações materiais
do que propriamente a definição de procedimentos (PAG. 130);
1.2 Etapa exploratória – Período de investigação informal e relativamente livre, no qual o
pesquisador procura obter, tanto quanto possível, entendimento dos fatores que exercem influência
na situação que constitui o objeto de pesquisa (PAG. 130);
1.3 Elaboração do projeto de pesquisa – Uma vez identificados os contornos aproximados da
situação-problema, o pesquisador pode definir com mais precisão os objetivos da pesquisa e
determinar as técnicas de coleta de dados a serem adotadas para o estudo total, decisões que
requerem considerações sobre as descobertas obtidas na exploração preliminar (PAG. 131);
1.4 Pré teste dos instrumentos de pesquisa – Os estudos de campo requerem a utilização de variados
instrumentos de pesquisa, tais como formulários, questionários, entrevistas e escalas de observação.
Torna-se necessário, portanto, pré-testar cada instrumento antes de sua utilização (PAG. 132);
1.5 Coleta de dados (PAG. 132);
1.6 Análise de dados – A análise qualitativa depende de muitos fatores, tais como a natureza dos
dados coletados, a extensão da amostra, os instrumentos de pesquisa e os pressupostos teóricos que
nortearam a investigação. Pode-se, no entanto, definir esse processo como uma sequência de
atividades, que envolve a redução dos dados, a categorização desses dados, sua interpretação e a
redação do relatório (PAG. 133);
1.7 Redação do relatório (PAG. 135).