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Todo e qualquer Estado, tem como finalidade a preservação do bem-estar social,

Angola não é excepção. É necessário fazer um conjunto de reformas devido a actual


conjuntura, com vista, a garantir a satisfação das necessidades dos cidadãos, devendo
estes, estarem envolvidos como parte do processo destas reformas. Para isso, devem
existir instrumentos voltados a garantir a participação popular na formulação de
políticas públicas e no controle da gestão pública com garantia dos direitos e deveres à
cidadania e a participação popular, sendo que ter direitos não significa usufruir.

Em resposta as questões colocadas temos a dizer:

a): O processo de reforma do nosso Estado é pouco inclusivo, razão pela qual
ainda é muito difícil me rever nele. A dificuldade em ter acesso às informações do que
se realiza e como se realiza concorrem para tal exclusão. Por exemplo: Existem planos
como o PLANEAT (2015-2025) que não sei como se tem materializado, nem ao menos
é possível encontrar informações sobre o que já se conseguiu efectivar e quais os
resultados, como também acontece com PIIM, pois não de nada vale a sua existência
quando não conseguimos medir o real alcance e impacto dos programas; um outro
exemplo indispensável é a não funcionalidade da plataforma digital da Assembleia
Nacional – não é possível encontrar na plataforma informações em termos da função de
controlo e fiscalização da acção governativa do executivo exercida pelo parlamento, A
nível do nosso município verificamos que: 1. não existem hospitais, 2. falta de:
iluminação pública, saneamento básico; 3. o elevado índice de criminalidade – falta de
segurança pública, 4. existem menos de 10 escolas públicas a nível do município;

b): Deveria: 1. existir maior valor da cidadania, e um dos caminhos para maior
efectivação onde se pretende uma vida desigual seria a partir do âmbito local , pois é o
contexto municipal o lócus mais apropriado para a sociedade se conscientizar do poder
de decisão que possui frente à Administração Pública e, com isso, começa a fiscalizar
sua atuação, tornando-a mais transparente, efetiva, e eficiente, trazendo benefícios a
coletividade e não somente a uma classe privilegiada para isso é importante que além
do conhecimento dos direitos e deveres do cidadão o mesmo sentir-se parte e saber o
que é como funcionam as autarquias, 2. estimular o engajamento dos cidadãos em todos
os estágios da formulação de políticas públicas, 3. melhorar o acesso à justiça, 4. tornar
acessível as informações aos cidadãos, 5. proporcionar mecanismo para aumentar a
cultura política dos cidadãos; 6. É importante nos dias de hoje que se olhe para a
sociedade civil numa perspectiva de subordinação ao Estado, mas como um elo
intermédio entre as relações do Estado e do mercado proporcionando a participação dos
cidadãos nos assuntos públicos; 7. A reforma do Estado é uma forma de inclusão social
e não é um processo que deve ser feito apenas por uma comissão sendo que é um
processo complexo; 8. O acto de comunicação entre os governantes e governados não
deveria ser visto como uma prestação de favor, mas sim como um dever sendo que estes
são eleitos para servir aos cidadãos;

Fernando de Almeida Filipe, finalista em Ciência Política. Áreas de interesse:


Fiscalização Política, Reforma do Estado, Direitos Humanos, comunicação política,
Análise de políticas públicas, Direito Constitucional.

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