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Colégio Estadual Do Campo Rui Barbosa Valor: 10,0

Ensino Fundamental, Médio e EJA

Agudos do Sul - PR
Avaliação:

SEGUNDA APOSTILA DE LÍNGUA PORTUGUESA


Recuperação:
6° ANO

Nome: N°: Turma:

Instruções:
Leia atentamente as perguntas antes de respondê-las.
Evite utilizar corretivo e fazer borrões na sua apostila.
Bons estudos!

VAMOS LER UMA PEQUENA HISTÓRIA?

– ...eu nem te conto! – Está bem...

– Conta, vai, conta! Depois de muitos anos, ainda me


lembro em detalhes sobre o que eu e
– Está bem! Mas você promete não minha prima conversamos. Éramos muito
contar para mais ninguém? pequenas e eu passava as férias em sua
– Prometo. Juro que não conto! Se casa. Nunca brincamos tanto, quanto
eu contar quero morrer sequinha na naqueles dias!
mesma hora... Lembro-me do segredo que ela
– Não precisa exagerar! O que vou prometeu me contar.
contar não é nada assim tão sério. Não
precisa jurar.

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– Olha, eu vou contar, mas é – Ah, minha filha, deixa eu te fazer
segredo! Não conte para ninguém. Se apenas uma pergunta: a dona do segredo
você contar eu vou ficar de mal. te autorizou a contá-lo?

– Eu não vou contar, já disse! – Na verdade, não!

O segredo não era nada sério, coisa – E por qual motivo você me
mesmo de criança naquela idade. E ela contaria, então?
acabou contando...
– É que... Bem, o que ela fez não é
– Minha mãe saiu para fazer muito certo...
compras e eu fiz um bolo. Eu quebrei dois
ovos, misturei com a farinha de trigo e o – E você vai dedurar a sua prima? Se
açúcar. Não deu nada certo. Com medo, for alguma coisa muito grave ela ficará de
eu arrumei tudo, joguei o bolo fora e até castigo. E você não terá com quem
hoje minha mãe não sabe de nada... brincar. Você já pensou nisso?

– Meu Deus, sua doida! Você teve – Não...


coragem de fazer uma coisa dessas?! – Pois pense. E depois volte aqui
– Tive. Se a minha mãe descobrir, eu para conversarmos...
não quero nem imaginar o que ela fará Eu não sabia onde enfiar a cara, de
comigo!! Posso ficar uma semana de tanta vergonha. E para que ninguém
castigo. Ou até mais... descobrisse os meus pensamentos, me
A minha língua coçou. Um segredo escondi na casinha do fundo do quintal.
daqueles não poderia ficar guardado. Na Na hora do almoço, saí de lá, pois a fome,
primeira oportunidade em que eu fiquei nessas horas, é uma sensata conselheira.
sozinha, procurei minha tia, que estava E minha tia, com muito cuidado, voltou a
preparando o almoço. tratar do assunto.

– Tia, preciso contar uma coisa pra – Eu preciso contar uma coisa pra
senhora. vocês... Minha avó, quando eu era
pequena, me ensinou uma coisa que
– Pois conte, que estou ouvindo. Não nunca mais me esqueci. E hoje, ouvindo
posso te dar mais atenção, senão o uma notícia no rádio, lembrei-me dela. Ela
almoço não sai... dizia que nós temos uma boca e dois
ouvidos; por isso, nós temos que mais
– É que eu tenho um segredo pra te ouvir do que falar. E mais: nem tudo o que
contar e não sei se devo... ouvimos, devemos passar adiante, pois
– O segredo é seu ou dos outros? quem conta um conto, aumenta um ponto.
E se o que se conta é um segredo, pior
– Dos outros... Quer dizer, da prima! ainda. Por isso, nessas horas em que a
nossa língua coça, o melhor é lembrar que
– E por que você quer contar os
boca fechada não entra mosquito...
segredos alheios?
E contou também histórias de outras
– Bem, eu pensei que a senhora
gentes: mexeriqueiros, dedos-duros,
quisesse saber o que aconteceu...

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fofoqueiros, enfim, a turma do leva-e- olha que eles nem imaginam o que
traz... ocorreu anos depois, quando éramos
jovens e começamos a paquerar, sem
Naquela tarde, ainda preocupada saber, o mesmo cara...
que lessem os meus pensamentos, fiquei
murchinha, daqui para ali, inventando o Bem, mas isto é segredo e eu não
que fazer... posso contar!

Só no dia seguinte, quando minha Autor: Abel Sidney


prima decidiu contar para mim outro dos
Disponível em:
seus segredos, foi que eu tomei coragem http://www.dominiopublico.gov.br/pesqui
de me sentar ao seu lado, bem quietinha. sa/DetalheObraForm.do?select_action=
Disse ela: &co_obra=105130. Acesso: 01/12/2020

Sabe, o outro segredo é mais sério ATIVIDADE 1


que o primeiro...
O que fez com que essa história
E fez suspense – disse, acontecesse?
repentinamente que estava com sede e foi
buscar água na cozinha... Depois de ________________________________
retornar, bebeu a água bem devagarinho, ________________________________
até recomeçar: ________________________________
Olha, eu tenho um grande defeito. Às ________________________________
vezes eu me escondo na cozinha, para ________________________________
ouvir a conversa de minha mãe com as
________________________________
outras pessoas. E por acaso eu estava
ontem, tranquilamente sentada no meu
ATIVIDADE 2
cantinho secreto, quando alguém chegou
para conversar com ela.
Qual a lição aprendemos com essa
Como esta pessoa é minha história?
conhecida (e eu gosto muito dela), não
posso contar o que aconteceu por lá... É ________________________________
uma pena! Eu só posso dizer que essa
________________________________
pessoa é uma língua de trapo, uma
linguaruda... ________________________________
________________________________
Nunca rimos tanto!
________________________________
Eu, na verdade, não sabia se me ________________________________
sentia agradecida ou envergonhada…
________________________________
E passado tantos anos, ainda hoje ________________________________
nós fazemos questão de relembrar este
episódio. ________________________________
________________________________
Nossos filhos compreendem, então,
________________________________
porque somos tão amigas e cúmplices. E

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ESSE TEXTO QUE ACABAMOS DE LER É UM CONTO.

O conto é um gênero caracterizado por ser uma narrativa literária curta, tendo começo,
meio e fim da história narrados de maneira breve, porém o suficiente para contar a história
completa.

ATIVIDADE 3

Leia o trecho do conto.

A minha língua coçou. Um segredo daqueles não poderia ficar guardado. Na primeira
oportunidade em que eu fiquei sozinha, procurei minha tia, que estava preparando o
almoço.

O que quer dizer a expressão “minha língua coçou”?

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ATIVIDADE 4

Leia o trecho inicial do conto.

– ...eu nem te conto!


– Conta, vai, conta!
– Está bem! Mas você promete não contar para mais ninguém?

Você observou que a primeira frase do conto inicia-se com letra minúscula e com
reticências?

O que o uso das reticências sugere?

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Vamos pensar juntos?

O uso de reticências no diálogo entre a tia a sobrinha.

Observe o trecho a seguir.

– O segredo é seu ou dos outros?

– Dos outros... Quer dizer, da prima!

– Eu preciso contar uma coisa pra vocês... Minha avó, quando eu era pequena, me
ensinou uma coisa.

Quando há uma interrupção de pensamento e depois prossegue com encadeamento de


ideias novas, inicia-se a oração com letra maiúscula.

Observe outro trecho.

– Bem, eu pensei que a senhora quisesse saber o que aconteceu…

No caso acima, as reticências no fim de um período gramaticalmente completo, sugere um


prolongamento da ideia.

ATIVIDADE 5
Leia o trecho.

Como esta pessoa é minha conhecida (e eu gosto muito dela), não posso contar o que
aconteceu por lá...É uma pena!

As reticências foram usadas para

A) interrupção de pensamento.

B) indicar uma expressão.

C) prolongamento da ideia.

D) mostrar admiração.

ATIVIDADE 6

O título do conto é: Conto ou não conto? Qual o desfecho do conto?

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Vamos ler atentamente o diálogo abaixo

– Tia, preciso contar uma coisa pra senhora.

– Pois conte, que estou ouvindo.

– É que eu tenho um segredo pra te contar e não sei se devo…

– O segredo é seu ou dos outros?

– Dos outros... Quer dizer, da prima!

– E por que você quer contar os segredos alheios?

– Bem, eu pensei que a senhora quisesse saber o que aconteceu…

– A dona do segredo te autorizou a contá-lo?

– Na verdade, não!

ATIVIDADE 7

A reação da tia ao saber que a sobrinha queria contar-lhe um segredo foi

A) de curiosidade, pois queria logo saber o que era.

B) de desinteresse, pois ignorou totalmente a conversa.

C) de surpresa, pois admirou-se da filha lhe esconder um segredo.

D) de desaprovação, pois questionou a atitude da sobrinha.

ATIVIDADE 8

Em dado momento da história a tia dá alguns conselhos para a sobrinha e a filha, utilizando
para isso alguns ditados populares:

quem conta um conto, aumenta um ponto e

boca fechada não entra mosquito...

Que conselho a tia quis passar ao utilizar esses ditados populares?

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É IMPORTANTE SABER SOBRE O CONTO

● É um texto ficcional;
● Utilizado para leitura de fruição/prazer em ler;
● Não tem objetivo de informar;
● Não tem pretensão de ensinar;
● Não nasce da realidade;
● É trabalhado com bastante ênfase na escola;
● É encontrado em livros de literatura e em sites, blogs, livros didáticos
● O público leitor frequente são crianças e adolescentes.

Vamos produzir um conto?

Personagens: quem vive a história;

Espaço: onde se passa história;

Tempo: quando se passa a história;

Narrador: quem conta a história (1ª ou 3ª pessoa);

Enredo: a história que é contada.

DEFINA:

Personagens: quantas e quais são?


Narrador: 1ª pessoa (participa) ou 3ª pessoa (conta).
Espaço: local onde vai acontecer essa história.
Tempo: em que tempo ocorrerá ou ocorreu essa história.
Enredo: sucessão de acontecimentos que constituem a ação.

Planeje o seu conto, respondendo às questões. Não precisa copiá-las.

 A quem vou dirigir meu texto? Quem será o público?


 Por que quero escrever isso?
 Que tema vou tratar?
 Quantos e quais serão meus personagens?
 Em que tempo acontecerá essa história que vou contar?
 Onde acontecerá isso tudo?
 Participo da história ou só conto o que sei?

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ESTRUTURA DO GÊNERO CONTO

Situação inicial: quando as personagens e o espaço são apresentados;

Conflito: o aparecimento de um fato que rompe com normalidade;

Desenvolvimento: apresenta ações para tentar solucionar o conflito;

Clímax: ponto mais alto do conflito;

Desfecho: resolução do conflito.

AUTOAVALIAÇÃO (CONFIRA SE SEU TEXTO CONTÉM TODOS ESSES ASPECTOS)

Aspecto a ser observado SIM NÃO

Elementos da narrativa

O enredo possui introdução, conflito, clímax e


desfecho e seu tamanho está adequado ao gênero
conto?

Passagem do tempo

Título

Características das personagens

Acentuação e pontuação

Concordância nominal

Apresentação do trabalho (margem, parágrafo…)

Chegou a hora de escrever seu conto.

Mãos à obra!!!

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