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Principais Impostos no Brasil

As regras tributárias no Brasil baseiam-se nos artigos 155 e 156 da Constituição, Constituição Brasileira e demais
emendas, no portal do Senado Federal. que definem quem pode criar impostos, taxas e contribuição de melhoria, e
estão contidas no Código Tributário Nacional - CTN (Lei 5.172/1966).[3] Em seu artigo 16, o Código define imposto
como "tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte." Calcula-se que o trabalhador brasileiro precise trabalhar 147 dias por ano para
pagar impostos.

Os principais impostos vigentes no Brasil são:


Impostos federais (União)
IR (Imposto de Renda)- Dividido em dois grandes impostos, quanto à arrecadação: Imposto sobre a renda de
pessoas físicas - IRPF e Imposto sobre a renda de pessoas Jurídicas - IRPJ, ambos de competência da União - Artigo
155 C.F.
IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) - incide sobre produtos industrializados, sendo de competência
da União. Em 2009, o IPI foi reduzido até junho. Isso estimulou as vendas de vários setores, principalmente o
automobilístico, dada a redução do preço final dos produtos.
II - Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros
IE - Imposto sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados
IOF - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários
ITR - Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural - O imposto, de competência da União, sobre a
propriedade territorial rural tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por
natureza, como definido na lei civil, localizado fora da zona urbana do Município. A base do cálculo do imposto é o
valor fundiário, o contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu
possuidor a qualquer título.

Impostos estaduais
ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) - incide sobre mercadorias, sobre
transporte, comunicações e energia - de competência dos Estados e do Distrito Federal.
ITCD - Imposto sobre a Transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos, O ITCD é de competência
dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos.
ITBI - Imposto sobre a transmissão de bens imóveis, de competência municipal a partir de 1988 (artigo 156
da Constituição Federal). Competência Estadual, mesmo após a Constituição de 1988, só houve mudança para
compra e venda dos imóveis que passa a ser de competência municipal.
IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, O IPVA é de competência dos Estados, incide
sobre a propriedade de veículos automotores (Artigo 155,inciso III, da Constituição Federal de 1988).

Impostos municipais
ISS - Imposto Sobre Serviços - incide sobre todos os demais serviços não alcançados pelo ICMS - de
competência dos municípios.
IPTU - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana. O IPTU é de competência dos Municípios,
sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de
bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. A
base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.
ITCD - Imposto sobre a Transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos. Quando se tratar de
Compra e Venda de imóveis é de competência do Município, Artigo 156 da CF. São chamados os atos onerosos do
Município e não onerosos dos Estados.
ITBI - Imposto sobre a transmissão de bens imóveis, de competência municipal a partir de 1988 (artigo 156
da Constituição Federal). Competência Estadual, mesmo após a Constituição de 1988, só houve mudança para
compra e venda dos imóveis que passa a ser de competência municipal. São chamados os atos onerosos do
Município e não onerosos dos Estados.

Considerações gerais sobre o ICMS. Segue apresentação sobre ICMS/ST.

ALÍQUOTAS DO ICMS/SP

1. Introdução

Compete aos Estados e ao Distrito Federal fixar as alíquotas para o cálculo do ICMS incidente sobre as
operações e prestações realizadas dentro de seu território, enquanto que para as interestaduais e de
exportação cabe ao Senado Federal através de resolução, estabelecer as alíquotas correspondentes, art. 155, §
2º, IV da Constituição Federal.

Nos termos dos artigos 15 e 16 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 5.141/2001- RICMS, são
fixadas as alíquotas para as operações e prestações desenvolvidas no Estado.

2. Alíquotas Internas

Compete aos Estados e ao Distrito Federal fixar  as alíquotas para o cálculo do ICMS incidente sobre as
operações e prestações realizadas dentro de seu território, enquanto que para as interestaduaise de
exportação  cabe  ao Senado Federal  através de resolução, estabelecer as alíquotas correspondentes, art. 155,
§ 2º, IV da Constituição Federal.

Nos termos dos artigos 15 e 16  do Regulamento do ICMS, aprovado pelo  Decreto nº 5.141/2001- RICMS, são
fixadas as alíquotas para as operações e prestações desenvolvidas no Estado.

As  alíquotas internas são seletivas em função da essencialidade dos produtos ou serviços, e estão assim
distribuídas: 

I -    7% para as operações com alimentos, quando destinados à merenda escolar, nas vendas
internas à órgãos da administração federal ou municipal.

II - 12%  para as operações e prestações com os seguintes bens, mercadorias e serviços:

a) animais vivos;
b) calcário e gesso;
c) farinha de trigo;
d) máquinas e aparelhos industriais (exceto peças e partes), classificados nas posições 8417
a 8422, 8424, 8434 a 8449, 8451, 8453 a 8465, 8468, 8474 a 8480 e 8515 da NBM/SH;
e) massas alimentícias classificadas na posição 1902 da NBM/SH, desde que não consumidas no
próprio local;
f) óleo diesel;
g) os seguintes produtos avícolas e agropecuários, desde que em estado natural:
1. abóbora, abobrinha, acelga, agrião, aipim, aipo, alcachofra, alecrim, alface, alfavaca,
alfazema, algodão em caroço, almeirão, alpiste, amendoim, aneto, anis, araruta, arroz, arruda,
aspargo, aveia, azedim;
2. batata, batata-doce, beringela, bertalha, beterraba, beterraba de açúcar, brócolis, brotos de
feijão, brotos de samambaia, brotos de bambu;
3. cacateira, cambuquira, camomila, cana-de-açúcar, cará, cardo, carnes e miúdos comestíveis
frescos, resfriados ou congelados, de bovinos, suínos, caprinos, ovinos, coelhos e aves, casulos
do bicho-da-seda, catalonha, cebola, cebolinha, cenoura, centeio, cevada, chá em folhas,
chicória, chuchu, coentro, cogumelo, colza, cominho, couve, couve-flor;
4. endivia, erva-cidreira, erva-de-santa maria, erva-doce, erva-mate, ervilha, escarola,
espinafre;
5. feijão, folhas usadas na alimentação humana, frutas frescas, fumo em folha, funcho;
6. gengibre, gergelim, girassol, gobo, grão-de-bico;
7. hortelã;
8. inhame;
9. jiló;
10. leite, lenha, lentilha, losna;
11. macaxeira, madeira em toras, mamona, mandioca, manjericão, manjerona, maxixe, milho
em espiga e em grão, morango, mostarda;
12. nabo e nabiça;
13. ovos de aves;
14. palmito, peixes frescos, resfriados ou congelados, pepino, pimentão, pimenta;
15. quiabo;
16. rabanete, raiz-forte, rami em broto, repolho, repolho-chinês, rúcula, ruibarbo;
17. salsão, salsa, segurelha, sorgo;
18. taioba, tampala, tomate, tomilho, tremoço, trigo;
19. vagem;

h) produtos classificados na posição 1905 da NBM/SH;

i) refeições industriais classificadas no código 2106.90.0500 da NBM/SH e demais refeições quando


destinadas a vendas diretas a corporações, empresas e outras entidades, para consumo de seus
funcionários, empregados ou dirigentes, bem como fornecimento de alimentação de que trata o inciso I
do art. 2º, excetuado o fornecimento ou a saída de bebidas (Lei n. 13.961/02)

j) semens, embriões, ovos férteis, girinos e alevinos;

l) serviços de transporte;

m) tijolo, telha, tubo e manilha que, na sua fabricação, tenha sido utilizado argila ou barro como
matéria-prima;

n) tratores, microtratores, máquinas e implementos agropecuários e agrícolas (em todos etuados peças e
partes) classificados nos códigos, posições ou subposições 8701.10.0100, 8701.90.0100, 8701.90.0200, 8201,
8424.81, 8432, 8433, 8436 e 8437 da NBM/SH;

o) veículos automotores segun classificados nos e na posição 8711, da NBM/SH, quando a operação seja
realizada sob o regime da sujeição passiva por substituição tributária, com retenção do imposto relativo às
operações subseqüentes;
p) veículos classificados nos códigos 8701.20.0200, 8701.20.9900,
8702.10.0100,                      8702.10.0200, 8702.10.9900, 8704.21.0100,
8704.22.0100, 8704.23.0100, 8704.31.0100, 8704.32.0100, 8704.32.9900,
8706.00.0100 e 8706.00.0200 da NBM/SH;independente da sujeição ao regime da
substituição tributária.

q) veículo importado do exterior, por contribuinte do imposto, para o fim de comercialização,


integração no ativo imobilizado ou uso próprio do importador, independente da sujeição ao
regime da substituição tributária.

r) operação realizada pelo fabricante ou importador, que destine o veículo diretamente a


consumidor ou usuário final, ou quando destinado ao ativo imobilizado do adquirente,
independente da sujeição ao regime da substituição tributária) produtos classificados na
Nomenclatura Brasileira de Mercadorias: assentos (9401); móveis (9403); suportes elásticos
para camas (9404.10) e colchões.

s) produtos classificados nas posições da NBM/SH 4410 - painéis de partículas e painéis semelhantes de
madeira ou de outras matérias lenhosas, mesmo aglomeradas com resinas ou com outros aglutinantes
orgânicos e 4411 - painéis de fibras de madeira ou de outras matérias lenhosas, mesmo aglomeradas com
resinas ou com outros aglutinantes orgânicos;

t) produtos classificados nos códigos da NBM/SH 3909.50.29 - blocos de espuma, e 3916.20.00 - perfis de
polímeros de cloreto de vinila; e nas posições 3917 - tubos e seus acessórios, 3920 - outras chapas, folhas,
películas, tiras e lâminas, de plásticos não alveolares e 3923 - artigos de transporte ou de embalagem, de
plásticos; rolhas, tampas, cápsulas e outros dispositivos para fechar recipientes de plásticos;

u) produto classificado nos códigos da NBM/SH 2522.10.00, 2522.20.00 e 2522.30.00 - cal destinada à
construção civil

x) produtos classificados na NBM/SH: reboques e semi-reboques (8716.3900); eixos, exceto de transmissão e


suas partes (8708.60); elevadores e monta-cargas (8428.10); escadas e tapetes rolantes (8428.40) e partes
de elevadores (8431.31) (Lei n. 14.599/04);v) gasolina de avião - AVGAS.

z) pias, lavatórios, colunas para lavatórios, banheiras, bidês, sanitários e caixas de descarga, mictórios e
aparelhos fixos semelhantes para uso sanitário, de porcelana ou cerâmica, classificados nos códigos 6910.10.00
e 6910.90.00 da NCM/SH (Lei n. 14.604/04);

zz) ladrilhos e placas de cerâmica classificados nos códigos 6907 e 6908 da NBM/SH  (Lei n. 14.738/05).

zzz) produtos classificados na Nomenclatura Comum do Mercosul   NCM: retroescavadeiras (8429.5900),


carregadeiras (8429.5190 - 8429.5199), motoniveladoras (8429.2090), empilhadeiras (8427.2090, 8427.2010
e 8427.1019), escavadeira hidráulica (8429.5290), trator de esteira (8429.1     190) e rolo compactador
(8429.4000) (Lei n. 15.003, de 26.01.2006).

zzzz) leite UHT (ultra high temperature, acondicionado em embalagem longa vida, classificado na posição 0401
da NBM/SH.

II -  18%  para os demais serviços, bens e mercadorias;

IV - 25%  para as operações e prestações com os seguintes bens, mercadorias e serviços:

a) armas e munições, suas partes e acessórios classificados no Capítulo 93 da Nomenclatura Brasileira de


Mercadorias - Sistema Harmonizado - NBM/SH;

b) asas-delta, balões e dirigíveis classificados na posição NBM/SH 8801;

c) embarcações de esporte e de recreio classificadas na posição 8903 da NBM/SH;

d) energia elétrica destinada à eletrificação rural;

e) refeições industriais classificadas no código 2106.90.0500 da NBM/SH e demais refeições quando destinadas
a vendas diretas a corporações, empresas e outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados
ou dirigentes, bem como fornecimento de alimentação de que trata o inciso I do art. 2º, excetuado o
fornecimento ou a saída de bebidas;
f) perfumes e cosméticos classificados nas posições 3303, 3304, 3305 e 3307 da NBM/SH;

g) peleteria e suas obras e peleteria artificial classificadas no Capítulo 43 da NBM/SH.

V -  26%  para as operações com:

a) gasolina;

b) álcool anidro para fins combustíveis;

VI - 27%  para operações e prestações com:

a) energia elétrica, exceto a destinada à eletrificação rural;

b) prestação de serviços de comunicação;

c) bebidas alcoólicas classificadas nas posições 2203, 2204, 2205, 2206 e 2208 da NBM/SH;

d) fumos e sucedâneos manufaturados classificados no Capítulo 24 da NBM/SH.

2.1 Outras hipóteses

Entre outras hipóteses as alíquotas internas são aplicadas quando:

a) o remetente ou o prestador e o destinatário da mercadoria, bem ou serviço estiverem situados neste Estado;

b) da entrada de mercadoria ou bens importados do exterior;

c) da prestação de serviço de transporte, ainda que contratado no exterior, e o de comunicação transmitida ou


emitida no estrangeiro e recebida neste Estado;

d) o destinatário da mercadoria ou do serviço for consumidor final localizado em outra unidade federada desde
que não contribuinte do imposto.

3. Alíquotas Interestaduais

    Nos termos das Resoluções nºs 22/89, 95/96 do Senado Federal e do  art. 16 do RICMS, as  alíquotas para
operações e prestações interestaduais são:

I -  12% para as operações e prestações interestaduais que destinem bens, mercadorias ou serviços a


contribuintes estabelecidos nos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e
São Paulo, ressalvado o disposto no inciso III deste artigo;

II - 7% para as operações e prestações interestaduais que destinem bens, mercadorias ou serviços a


contribuintes estabelecidos no Distrito Federal e nos demais Estados não relacionados no inciso anterior,
ressalvado o disposto no inciso seguinte;

III - 4% nas prestações de serviço de transporte aéreo interestadual de passageiro, carga e mala postal.

BASE DE CÁLCULO do ICMS/SP

1.     Considerações

A base de cálculo de um imposto, também chamada de base imponível, base de incidência, valor
tributável, montante tributável, montante econômico  a ser tributado, é o valor básico, relacionado com  o
seu fato gerador, que através da operação matemática  de multiplicação pela alíquota, indicará a quantia de
imposto a recolher. 

2.     Base de Cálculo - QUADRO SINÓTICO


Nos termos do art. 6º do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 5141/01-RICMS, a base de
cálculo do imposto é a disposta na quadro a seguir:

Fato Gerador Base de Cálculo


Saída de mercadoria de estabelecimento O valor da operação.
de contribuinte, ainda que para outro
estabelecimento do mesmo titular.
No fornecimento de alimentações, O valor da operação, compreendendo
bebidas e outras mercadorias por mercadoria e serviço.
restaurantes, bares e estabelecimentos
similares.
Na importação de mercadorias ou bens. A soma das seguintes parcelas: 
a) valor da mercadoria ou bem constante dos
documentos de importação;
b) Imposto de Importação (II);
c) Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI);
d) Imposto sobre Operações de Câmbio (IOF);
e) quaisquer despesas aduaneiras
efetivamente pagas à repartição alfandegária
até o momento do desembaraço da
mercadoria ou bem.
Na prestação de serviço de transporte O preço do serviço.
interestadual e intermunicipal.
Na prestação onerosa de serviço de O preço do serviço compreende, também, os
comunicação. valores cobrados a título de acesso, adesão,
ativação, habilitação, disponibilidade,
assinatura e utilização dos serviços, bem
assim aqueles relativos a serviços
suplementares e facilidades adicionais que
otimizem ou agilizem o processo de
comunicação, independentemente da
denominação que lhes seja dada.
No fornecimento de mercadoria com O valor da operação.
prestação de serviços não tributados pelo
ISS.
Nas prestações de serviços tributados O preço corrente da mercadoria
pelo ISS, mas com indicação expressa de fornecida ou empregada.
incidência do ICMS sobre as mercadorias
fornecidas, conforme Lei Complementar
nº 56/87.
Na transmissão a terceiro de mercadoria O valor da operação.
depositada em armazém-geral ou em
depósito fechado, na unidade federada
do transmitente.
Na transmissão de propriedade de O valor da operação.
mercadoria, ou de título que a
represente, quando a mercadoria não
houver transitado pelo estabelecimento
transmitente.
No recebimento, pelo destinatário, de O valor da prestação do serviço, acrescido, se
serviço prestado no Exterior. for o caso, de todos os encargos relacionados
com a sua utilização.
Na aquisição em licitação pública de bens O valor da operação acrescido do valor dos
ou mercadorias importados do Exterior Impostos de Importação e sobre Produtos
apreendidos ou abandonados. Industrializados e de todas as despesas
cobradas ou debitadas ao adquirente.
Na entrada no território do Estado de O valor da operação de que decorrer a
petróleo, inclusive lubrificantes e entrada.
combustíveis líquidos e gasosos dele
derivados, e de energia elétrica, oriundos
de outra unidade federada, quando não
destinados à industrialização ou
comercialização.
Na utilização, por contribuinte, de serviço O valor da prestação na unidade federada de
cuja prestação se tenha iniciado em origem.
outra unidade federada e não esteja
vinculada a operação ou prestação
subsequente, alcançada pela incidência
do imposto.

3. Cálculo do Imposto  " Cálculo por dentro “

 Estabelece o art. 6º, § 1º do RICMS, que o  montante do ICMS integra a sua própria base de cálculo,
inclusive na importação de mercadorias, bens e serviços do Exterior, constituindo o respectivo destaque no
documento fiscal mera indicação para fins de controle.

Exemplo:

- Custo da mercadoria + margem de lucro = R$ 80,00

- Alíquota do ICMS = 18%

- (100% (valor do produto) – 18(alíquota) = 82

Base de cálculo = R$ 80,00 : 82 = R$ 97,56 x 18% = 17,56

ICMS devido = R$ 17,56

A divisão por 82 aplica-se nos casos em que estejamos calculando o ICMS "por dentro" considerando a
alíquota de 18%, ou seja, é a divisão por (1,00 - 0,18). Caso a alíquota fosse 12%, a divisão seria por 88 e
assim sucessivamente.

3.1 Integram a base de cálculo

Integram a base de cálculo do ICMS os descontos concedidos sob qualquer condição, assim entendidos
os que estiverem subordinados a eventos futuros e incertos.

Também integram a base de cálculo do ICMS os valores correspondentes a seguros, juros e demais
importâncias pagas, recebidas ou debitadas ao destinatário, bem como o frete, caso o transporte seja efetuado
pelo próprio remetente ou pr sua conta e ordem e seja cobrado em separado.

3.2. Não integram a base de cálculo

Já os descontos incondicionais, ou seja, aqueles que não dependem de evento futuro para serem
concedidos e que são indicados no próprio documento fiscal, não integram a base de cálculo do imposto.

6. Bonificações

As mercadorias dadas em bonificação fazem parte do valor da operação e, conseqüentemente, da base


de cálculo do ICMS, em face da ocorrência do fato gerador do imposto, que é a circulação de mercadoria, e da
inexistência de procedimento específico.

Caracteriza  bonificação a concessão feita pelo vendedor ao comprador, entregando-lhe quantidade


maior que a estipulada. Como exemplo de bonificação tem-se a promoção "leve 3 e pague 2".

7. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI

Nas operações efetuadas por contribuintes do IPI, o valor deste imposto não integrará a base de cálculo
do ICMS quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à
comercialização posterior, configurar fato gerador de ambos os impostos.

Ou seja, para que o IPI não faça parte da base de cálculo do ICMS deve-se observar, simultaneamente, as
seguintes situações:
a) a operação deve ser realizada entre contribuintes do ICMS;

b) o destinatário do produto não pode utilizá-lo para seu uso/consumo ou integrá-lo em seu ativo permanente;

c) a operação deve configurar fato gerador do IPI e do ICMS.

8. ACRÉSCIMOS MORATÓRIOS

Não integram a base de cálculo do ICMS os valores correspondentes aos juros, multa e atualização monetária
recebidos pelo contribuinte, a título de mora, por inadimplência de seu cliente, desde que calculados sobre o
valor de saída da mercadoria ou serviço, e auferidos após a ocorrência do fato gerador do ICMS.

9. PEDÁGIO

Somente na prestação de serviço de transporte rodoviário de cargas o valor correspondente ao pedágio não
integra a base de cálculo do ICMS.

Nas demais prestações de serviços de transporte rodoviário em que haja a obrigação de pagamento do
pedágio, este deverá ser incluído na base de cálculo do ICMS.

10. ACRÉSCIMOS FINANCEIROS

Os acréscimos financeiros cobrados nas vendas a prazo promovidas por estabelecimentos varejistas, para
consumidores finais, pessoa física, não integrarão a base de cálculo do ICMS, desde que:

a) haja a indicação no documento fiscal relativo à operação, dentre outros elementos, do preço à vista da
mercadoria, do valor total da operação, do valor da entrada, se for o caso, do valor dos acréscimos financeiros
excluídos da tributação e do valor e da data do vencimento de cada prestação;

b) o valor excluído não exceda o resultado da aplicação de taxa, que represente as praticadas pelo mercado
financeiro, fixada mensalmente pela Secretaria de Estado da Fazenda, sobre o valor do preço a vista.

A parcela do acréscimo financeiro que exceder ao valor resultante da aplicação da taxa fixada não será excluída
da base de cálculo do imposto, sendo tributada normalmente.

Depois de deduzidos os acréscimos financeiros, a base de cálculo do imposto não poderá ser inferior:

a) ao preço máximo ou único de venda a varejo fixado pelo fabricante ou por autoridade competente;

b) ao valor da venda à vista da mercadoria na operação mais recente;

c) ao valor da aquisição mais recente, acrescido do percentual de margem de lucro bruto operacional, apurado
no exercício anterior, na hipótese de inaplicabilidade das letras "a" e "b" supra.

Este procedimento de não inclusão dos acréscimos financeiros na base de cálculo do ICMS não se aplica em
operação para a qual a legislação determina base de cálculo reduzida, e não exime o contribuinte de outras
obrigações relativas à venda a prestação, fixadas em legislação específica.

11. TRANSFERÊNCIAS INTERESTADUAIS

Na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outra unidade federada, pertencente ao mesmo
titular, a base de cálculo do imposto é:

a) o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria;

b) o custo da mercadoria produzida, assim entendida a soma do custo da matéria-prima, material secundário,
mão-de-obra e acondicionamento;

c) tratando-se de mercadorias não industrializadas, o preço corrente no mercado atacadista do estabelecimento


remetente.

12. OPERAÇÕES SEM VALOR


Nas remessas de mercadorias a título de mostruário, doação, bonificação, demonstração e outras operações
tributadas, porém, desprovidas de valor, a base de cálculo do ICMS será calculada conforme o ramo de
atividade do remetente, que será exposto a seguir.

12.1 - Estabelecimento de Produtor, Extrator ou Gerador

Caso o remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia, a base de cálculo do imposto será o
preço corrente da mercadoria, ou de sua similar, no mercado atacadista local da operação ou, na sua falta, no
mercado atacadista regional.

12.2 - Estabelecimento Industrial

Caso o remetente seja industrial, a base de cálculo do imposto será o preço F.O.B. estabelecimento industrial,
ou seja, o preço efetivamente cobrado na operação mais recente.

Se o remetente não efetuou venda de mercadoria, deve ser adotado o preço corrente da mercadoria ou de sua
similar no mercado atacadista do local da operação ou, na falta deste, no mercado atacadista regional.

Nota: F.O.B. - abreviatura da expressão inglesa "Free on Board" (posto livre a bordo), indicativa de que o
remetente da mercadoria não irá arcar com as despesas de transporte, seguro e outras. Estas despesas
correrão por conta do destinatário da mesma.

12.3 - Estabelecimento Comercial

Caso o remetente seja comerciante, a base de cálculo do imposto será o preço F.O.B. estabelecimento
comercial à vista, na venda a outros comerciantes ou industriais, ou seja, será o preço efetivamente cobrado
pelo remetente na operação mais recente.

Se o remetente não efetuou venda de mercadoria, será adotado o preço corrente da mercadoria ou de sua
similar no mercado atacadista do local da operação ou, na sua falta, no mercado atacadista regional.

Em não sendo efetuadas vendas a outros comercian-tes ou industriais ou, em qualquer caso, não houver
mercadoria similar, a base de cálculo será equivalente a 75% (setenta e cinco por cento) do preço de venda
corrente no varejo.

13. PRESTAÇÕES SEM VALOR

Nas prestações de serviços de transporte intermu-nicipais e interestaduais, a base de cálculo do ICMS é o valor
cobrado pelo prestador.

Caso a prestação não possua valor determinado, a base de cálculo do imposto será o valor corrente do serviço
no local da prestação.

14. IMPORTAÇÃO - VARIAÇÃO CAMBIAL

O preço de importação expresso em moeda estrangeira será convertido em moeda nacional pela mesma taxa
de câmbio utilizada no cálculo do Imposto de Importação, ou a que seria utilizada para tanto, sem qualquer
acréscimo ou devolução posterior, se houver variação da taxa de câmbio até o pagamento efetivo.

O valor fixado pela autoridade aduaneira para fins de base de cálculo do Imposto de Importação, nos termos da
lei aplicável, substituirá o preço declarado.

                        CESTA BÁSICA DE ALIMENTOS – ICMS/SP

1. Considerações

Com o advento da Lei nº 14.978, de 28.12.2005, foram isentadas as operações ocorridas no âmbito do
Paraná com produtos da cesta básica, a partir de 01.01.2006. De outra parte,  o Decreto nº 3.869/2001
continua vigorando, sendo que aos produtos não acolhidos pela Lei referida  aplicar-se-á a base de cálculo do
ICMS reduzida, opcionalmente ao regime normal de tributação, nas operações internas em percentual que
resulte carga tributária de 7%.

2. Definição de Consumidor Final

Necessário frisar que este benefício somente aplica-se ao consumidor final, que é o destinatário final do
bem. Não adquiri-lo para revenda, não adquiri-lo para uso profissional, pois o bem seria novamente um
instrumento de produção de novos benefícios econômicos (lucros), o bem estaria sendo transformado
novamente, usado como instrumento de produção, cujo preço será incluído no preço final do profissional que o
adquiriu.

3. Isenção

Ficam isentas do ICMS as operações realizadas internamente que destinem os seguintes produtos da
cesta básica de alimentos a consumidores finais:

a) açúcar e outros adoçantes artificiais ou naturais; arroz em estado natural; amido de milho; aveia em flocos;

b) café torrado em grão ou moído; carnes e miúdos comestíveis, frescos, resfriados ou congelados, resultantes
do abate de aves, coelhos e gados bovino, bufalino, suíno, ovino e caprino; chá em folhas;

c) erva-mate;

d) farinha de aveia e de trigo; farinha de mandioca e de milho, inclusive pré-gelatinizada;

e) feijão em estado natural; frutas frescas; fubá, inclusive pré-cozido;

f) leite, exceto os concentrados e adicionados de açúcares e edulcorantes, leite em pó e linguiças;

g) macarrão e outras massas alimentícias não cozidas, não recheadas ou não preparadas de outro modo, que
constituam massa alimentar seca, classificada na posição 1902.1 da NBM/SH (sistema adotado até
31.12.1996); manteiga; margarina e creme vegetal; mel; mortadelas;

h) óleos refinados de soja, de milho, de canola e de girassol; ovos de galinha;

i) pão francês ou de sal, obtido pela cocção de massa preparada com farinha de trigo, fermento biológico, água
e sal, que não contenham ingrediente que venha a modificar o seu tipo, característica ou classificação a que
sejam produzidos com o peso de até 1000 gramas; peixes frescos, resfriados ou congelados; produtos
hortifrutigrangeiros, inclusive alho em estado natural; produtos vegetais em embalagem longa vida, com ou
sem carne, desde que dispensados de refrigeração, descascados, esterilizados e cozidos a vapor;

j) queijo minas, mussarela e prato;

k) sal de cozinha; sardinha em lata; salsichas, exceto em lata;

l) vinagre.

4. Produtos Constantes da Cesta Básica -  Dec.  nº 3.869/2001

A cesta básica paranaense, para fins de aplicação da redução da base de cálculo do ICMS, é atualmente
composta dos seguintes produtos (Atualizado até o Decreto nº 5.634/2005):

1) açúcar;

2) açúcar mascavo (acrescido através do Decreto nº 2.521/2004, com aplicação a partir de 23.01.2004);

3) alho (acrescido através do Decreto nº 1.769/2003, com aplicação a partir de 28.08.2003);

4) areia (acrescido através do Decreto nº 1.246/2003, com aplicação a partir de 12.05.2003);

5) argila (acrescido através do Decreto nº 1.246/2003, com aplicação a partir de 12.05.2003);

6) arroz em estado natural;


7) balas de melado de cana (acrescido através do Decreto nº 2.521/2004, com aplicação a partir de
23.01.2004);

8) batata em estado natural;

9) brita graduada (acrescido através do Decreto nº 1.246/2003, com aplicação a partir de 12.05.2003);

10) café torrado em grão ou moído;

11) cebola em estado natural;

12) chá em folhas;

13) embalagens para acondicionar e transportar ovos de aves (acrescido através do Decreto nº 3.460/2004,
com aplicação a partir de 11.08.2004);

14) erva-mate;

15) farinha de mandioca e de milho, inclusive pré-gelatinizada;

16) frutas frescas;

17) fubá, inclusive pré-cozido;

18) leite pasteurizado enriquecido com vitaminas;

19) leite pasteurizado tipo "C";

20) mel;

21) melado de cana (acrescido através do Decreto nº 2.521/2004, com aplicação a partir de 23.01.2004);

22) óleos refinados de soja, de milho e de canola (acrescido através do Decreto nº 3.924/2001, com aplicação
a partir de 27.03.2001);

23) ovo em pó (acrescido através do Decreto nº 3.924/2001, com aplicação a partir de 27.03.2001);

24) ovos de aves;

25) pão;

26) pedra brita (acrescido através do Decreto nº 1.246/2003, com aplicação a partir de 12.05.2003);

27) pedra marruada (acrescido através do Decreto nº 1.246/2003, com aplicação a partir de 12.05.2003);

28) peixes frescos, resfriados ou congelados;

29) pó de pedra (acrescido através do Decreto nº 1.246/2003, com aplicação a partir de 12.05.2003);

30) produtos alimentícios adicionados de açúcar mascavo (acrescido através do Decreto nº 2.521/2004, com
aplicação a partir de 23.01.2004);

31) produtos vegetais em embalagem longa vida, desde que dispensados de refrigeração, descascados,
esterilizados e cozidos a vapor (acrescido através do Decreto nº 4.325/2001, com aplicação a partir de
02.07.2001);

32) rapadura e rapadura mista com amendoim (acrescido através do Decreto nº 2.521/2004, com aplicação a
partir de 23.01.2004);

33) saibro (acrescido através do Decreto nº 1.246/2003, com aplicação a partir de 12.05.2003);

34) sal de cozinha;


35) vinagre.

4.1 - Observações

A seguir  algumas observações importantes a serem feitas acerca de determinados produtos elencados


na cesta básica:

a) Frutas Frescas (Exceto Maçãs, Pêras, Amêndoas, Avelãs, Castanhas e Nozes)

Nas operações em que destinem frutas frescas nacionais ou provenientes de países membros da ALADI
destinadas à industrialização, o recolhimento do ICMS é diferido até que ocorra uma das hipóteses contidas no
artigo 86 do RICMS/PR, face ao contido no item 32 do artigo 87 do Regulamento.

Já nas operações internas não destinadas à industrialização aplicar-se-á a isenção do recolhimento do


ICMS, conforme o item 51 do Anexo I do RICMS/PR, sendo que o benefício não se aplica às operações com
maçãs, pêras, amêndoas, avelãs, castanhas e nozes. Não sendo possível a aplicação dos benefícios do
diferimento ou da isenção nas operações internas com frutas frescas, poderá ser aplicada a redução de base de
cálculo do imposto tratada nesta matéria.

b) Maçãs e Pêras

Embora não estejam relacionadas entre as frutas frescas amparadas pelo benefício da "cesta básica" no
Estado do Paraná, nas operações internas e interestaduais com maçãs e pêras aplicar-se-á a isenção do
imposto, prevista no item 59-A do Anexo I do RICMS.

c) Cebola em Estado Natural

Apesar de relacionado na cesta básica paranaense, as operações internas e interestaduais com cebola
em estado natural são beneficiadas com a isenção do ICMS, face ao contido no item 78, letra "c", do Anexo I do
RICMS.

d) Batata em Estado Natural

Apesar de relacionado na cesta básica paranaense, as operações internas e interestaduais com cebola
em estado natural são beneficiadas com a isenção do ICMS, face ao contido no item 78, letra "b", do Anexo I
do RICMS.

e) Leite Pasteurizado Tipo "C"

Apesar de relacionado na cesta básica paranaense, as operações internas com leite pasteurizado tipo "C"
são beneficiadas com a isenção do ICMS, face ao contido no item 57 do Anexo I do RICMS.

f) Arroz

Nas saídas de arroz em operações internas, promovidas por produtor agropecuário não inscrito do
CAD/ICMS, deve-se, primeiramente, observar a suspensão do recolhimento do imposto nos termos do art. 503
do RICMS.

g) Erva-Mate Bruta e Cacheada

As operações internas com erva-mate bruta e cancheada estão, primeiramente, amparadas com o
diferimento do pagamento do ICMS, desde que observado o contido no artigo 86 e item 27 do artigo 87 do
RICMS.

h) Canelone e Outras Massas Alimentícias

Estão, também, incluídos na cesta básica o canelone e outras massas alimentícias com as mesmas
características do macarrão e do espaguete, conforme resposta à Consulta Tributária nº 67/2001.

i) Pão de Queijo, Panetone e Outros


O setor consultivo do Estado, através de resposta à Consulta Tributária nº 06/2002, expediu
entendimento de que o benefício da cesta básica, aplicado nas operações internas com pão, estende-se às
operações com pão de queijo, pão de mel, panetone e outras espécies de pães.

j) Ovo em Pó

O produto "ovo em pó", relacionado na cesta básica, compreende também os produtos "gema de ovo em
pó" e "clara de ovo em pó", conforme Consulta Tributária nº 14/2002.

k) Chá em Folhas

Conforme resposta expedida pelo Fisco Paranaense à Consulta nº 105/1999, o benefício outorgado às
operações internas com chá em folhas pode ser aplicado ao chá em folhas moídas ou embaladas em saquinhos.

l) Açúcar Mascavo, Balas de Melado de Cana, Melado de Cana, Produtos Alimentícios Adicionados de Açúcar
Mascavo, Rapadura e Rapadura Mista com Amendoim

A redução na base de cálculo na comercialização de açúcar mascavo, balas de melado de cana, melado
de cana, produtos alimentícios adicionados de açúcar mascavo, rapadura e rapadura mista com amendoim
aplica-se apenas aos produtos originários de produtores rurais que não estejam enquadrados no tratamento
tributário diferenciado denominado "Fábrica do Agricultor", disciplinado no Capítulo XXXVI do RICMS.

5. Outros Benefícios

Como forma de estímulo ou de proteção para a produção rural e industrial do Estado, poderão ser
concedidos, pelo Poder Executivo, outros benefícios, em qualquer das etapas da cadeia de produção e de
comercialização, de forma temporária ou permanente, para os alimentos da cesta básica.

6. Redução de Alíquotas

Os produtos paranaenses primários e deles derivados, tais como trigo, milho, feijão, mandioca e outros,
poderão, a critério do Poder Executivo, ter reduzida a alíquota do ICMS, de modo permanente ou temporário.

REGIME DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS

Introdução

Substituição Tributária (ST) é um instituto criado e implementado pelas Unidades da Federação antes do
advento da atual Constituição Federal, por intermédio de legislação infraconstitucional, ou seja, de Convênios e
Protocolos celebrados entre os secretários de fazenda estaduais.

Durante muito tempo, a sua constitucionalidade e legitimidade foi argüida em juízo pelos contribuintes, sob a
alegação de falta de previsão constitucional e de lei complementar para a sua implementação.

Em face da eficiência desse instituto, uma vez que a sua aplicação fez diminuir a evasão fiscal e facilitou a
fiscalização, a atual Constituição Federal, no seu artigo 150, parágrafo 7º, incorporou-o definitivamente e a Lei
Complementar nº 87/96 veio a legitimá-la.

Conceito

A Substituição Tributária pode ser conceituada como sendo o regime pelo qual a responsabilidade pelo ICMS
devido em relação às operações ou prestações de serviços é atribuída a outro contribuinte.

Espécies de Substituição Tributária no ICMS

1 – Sobre Mercadorias

1.1  – Operações anteriores


Nesta hipótese de substituição tributária, a legislação atribui a determinado contribuinte a responsabilidade pelo
pagamento do ICMS em relação às operações anteriores. Nesta espécie se encontra o diferimento do
lançamento do imposto.

1.2 – Operações subsequentes

A ST em relação às operações subsequentes caracteriza-se pela atribuição a determinado contribuinte


(normalmente o primeiro na cadeia de comercialização, o fabricante ou importador) pelo pagamento do valor
do ICMS incidente nas subsequentes operações com a mercadoria, até sua saída destinada a consumidor ou
usuário final. (Art. 6º, parágrafo 1º, da Lei Complementar nº 87/96)

1.2  – Operações concomitantes

Esta espécie de Substituição Tributária caracteriza-se pela atribuição da responsabilidade pelo pagamento do
imposto a outro contribuinte, e não àquele que esteja realizando a operação ou prestação de serviço,
concomitantemente à ocorrência do fato gerador. Nesta espécie se encontra a Substituição Tributária dos
serviços de transportes de cargas.

A Substituição Tributária do ICMS foi implementada porque se constatou que poucos fabricantes vendiam seus
produtos a milhares de distribuidores e revendedores, sendo que esses últimos sonegavam ICMS. Assim
passaram a tributar os fabricantes, que por serem grandes e em pouco número, seria, e são, facilmente
fiscalizados.

2 – Sobre serviço de transportes

O ICMS sobre o serviço de transporte é devido ao local do início da prestação.

Considerando este fato, as Unidades da Federação, por intermédio do Convênio ICMS nº 25/90, estabeleceram
que, por ocasião da prestação de serviço de transporte de carga por transportador autônomo ou por empresa
transportadora de outra Unidade da Federação não inscrita no cadastro de contribuintes do Estado de início da
prestação, a responsabilidade pelo pagamento do ICMS devido poderá ser atribuída :

a)      – ao alienante ou remetente da mercadoria, exceto se produtor rural ou microempresa, quando


contribuinte do ICMS;

b)      – ao destinatário da mercadoria, exceto se produtor rural ou microempresa, quando contribuinte do


ICMS, na prestação interna;

c)      – ao depositário da mercadoria a qualquer título, na saída da mercadoria ou bem depositado por pessoa
física ou jurídica.

Contribuintes

Contribuinte Substituto

É o responsável pela retenção e recolhimento do imposto incidente em operações ou prestações antecedentes,


concomitantes ou subsequentes, inclusive do valor decorrente da diferença entre as alíquotas interna e
interestadual nas operações e prestações de destinem mercadorias e serviços a consumidor final. Em regra
geral será o fabricante ou importador no que se refere às operações subsequentes .

Contribuinte Substituído

É aquele que tem o imposto devido relativo às operações e prestações de serviços pago pelo contribuinte
substituto.

Responsável

O contribuinte que receber, de dentro ou de fora do Estado, mercadoria sujeita à substituição tributária, sem
que tenha sido feita a retenção total na operação anterior, fica solidariamente responsável pelo recolhimento do
imposto que deveria ter sido retido.

Na hipótese de responsabilidade tributária em relação às operações ou prestações antecedentes, o imposto


devido pelas referidas operações ou prestações será pago pelo responsável quando:
a)      – da entrada ou recebimento da mercadoria ou serviço;

b)      – da saída subsequente por ele promovida, ainda que isenta ou não-tributada;

c)      – ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a ocorrência do fato determinante do pagamento do
imposto.

Quando se aplica

O regime da sujeição passiva por substituição tributária aplica-se nas operações internas e interestaduais em
relação às operações subsequentes a serem realizadas pelos contribuintes substituídos.

Ressalte-se que, nas operações interestaduais, em relação a algumas mercadorias, a sujeição ocorre, também,
quanto às entradas para uso e consumo ou ativo imobilizado desde que o destinatário das mercadorias seja
contribuinte do ICMS e nestes casos não incidirá na operação a margem presumida, pré-definida pelo Governo,
na base de cálculo do regime da ST. (Arts. 6º e 9º, parágrafo 2º, da Lei Complementar nº 87/96)

Quando não se aplica

Não se aplica a Substituição Tributária :

a)      – às operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição da mesma mercadoria. Ex.:
saída de fabricante de lâmpada para outra indústria de lâmpada;

b)      – às transferências para outro estabelecimento, exceto varejista, do sujeito passivo por substituição,
hipótese em que a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento
que promover a saída da mercadoria com destino a empresa diversa;

c)      – na saída para consumidor final, salvo se a operação for interestadual e o destinatário contribuinte do
ICMS, uma vez que, como me referi no subitem acima, alguns Protocolos/Convênios que dispõe sobre o regime
da Substituição Tributária atribuem a responsabilidade ao remetente em relação à entrada para uso e consumo
ou ativo imobilizado, ou seja, em relação ao diferencial de alíquotas. (No caso específico de lâmpadas os
Estados de BA e PR não exigem a Substituição Tributária mesmo se o destinatário for contribuinte do ICMS);

d)      – à operação que destinar mercadoria para utilização em processo de industrialização.

Mercadorias sujeitas

Entre as mercadorias cuja sujeição nas operações foi determinada por Convênios/Protocolos subscritos por
todos os Estados e/ou por uma maioria podemos citar

a)      – fumo;

b)      – tintas e vernizes;

c)      – motocicletas;

d)      – automóveis;

e)      – pneumáticos;

f)      – cervejas, refrigerantes, chope, água e gelo;

g)      – cimento;

h)      – combustíveis e lubrificantes;

i)        – material elétrico.

Existem, também, mercadorias que foram objetos de Protocolo subscrito apenas por algumas Unidades da
Federação que estão sujeitas ao regime da substituição tributária apenas em operações interestaduais:

a)      – discos e fitas virgens e gravadas;


b)      – bateria;

c)      – pilhas;

d)      – lâminas de barbear;

e)      – cosméticos;

f)        – materiais de construção.

Base de cálculo (BC)

A Lei Complementar nº 87/96 em seu artigo 8º, ao tratar do regime de sujeição passiva por substituição,
determina que a base de cálculo será o valor correspondente ao preço de venda a consumidor acrescido do
valor do frete, IPI e demais despesas debitadas ao estabelecimento destinatário, bem como a parcela
resultante da aplicação (sobre esse total) do percentual de valor agregado (margem de lucro). Esse percentual
é estabelecido em cada caso de acordo com as peculiaridades de cada mercadoria.

BC = (Valor mercadoria + frete + IPI + outras despesas) x margem de lucro

Margem de valor agregado

A margem de valor agregado será determinada com base em preços usualmente praticados no mercado,
obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações e outros elementos fornecidos
por entidades representativas dos setores, adotando-se a média ponderada dos preços coletados. A mercadoria
submetida ao regime de substituição tributária em operação interestadual terá a margem de valor agregado
estabelecida em Convênio ou Protocolo. 

Forma de cálculo

Como o contribuinte substituto pratica o fato gerador ao promover a saída das mercadorias de seu
estabelecimento e, pela sistemática do regime, paga o ICMS em relação aos fatos geradores futuros praticados
pelos contribuintes substituídos, sabemos que este terá:

a)      – o ICMS da operação própria;

b)      – o ICMS das operações subsequentes.

Consideramos, para fins de exemplificação, uma operação realizada por um fabricante de lâmpadas
estabelecido no Estado do Rio de Janeiro com destino a um cliente localizado no Estado do Rio de Janeiro, cujo
valor da venda é de R$ 1.000,00 e com IPI calculado a uma alíquota de 15%, teremos:

.ICMS da operação própria – R$ 1.000,00 x 19% (origem RJ destino RJ) = R$ 190,00

.Base cálculo da ST – R$ 1.000,00 + R$ 150,00 (IPI) + 40% (margem de valor agregado) = R$ 1.610,00

R$ 1.610,00 x 19% (alíquota interna praticada no Estado do RJ) = R$ 305,90

Como, de conformidade com o citado, o valor do imposto substituição será a diferença entre o calculado de
acordo com o estabelecido no subitem “Base de cálculo” e o devido pela operação normal do estabelecimento
que efetuar a substituição tributária, teremos :

R$ 305,90 – R$ 190,00 = R$ 115,90

O ICMS-Substituição (ICMS-ST), também denominado imposto retido, ao contrário do ICMS normal, que se
encontra embutido no preço, será cobrável “por fora” do destinatário, como permitem os Convênios e
Protocolos específicos.

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