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sem-
arte' c1o ponto de vista histórico'
Qualquer enfoque da a considerar
ceíta tendência
pre apresentará primeiramente uma
.o-o história cla expressão, buscando na <lbra
a história cÌa arle ^ e ieconhecenclo nas grancles
de cacla afiista a ,.t" p"t*ulidacle' a.s
imaS;inação a reação imecliata
transformaçÒes cla fbrma e da fclrm:ttt't
raízes'
movimentos espirituais qt"' po"uinclo
diversas
de munclo' o sentimento prÓplitl 2Ì tlnlrÌ
na sua totaliclade a visão
de negar a uma ot t"i:tryll
cleterminacla época Quem haveria qlÌent() c
cle existir e desconhecer o
ião ,, ,".t dlreito primário englobe toda a t"l::-11
imprescindívelum panorama que ]l:::.
entretanto, essa interpretação corre..o rtsccl
lrzacla unrlateralmente,
vez qLle esta trabalha pre-
;. p-à., a especificiclade da afie' uma As afies plásticas' en-
cóm noçOes cle natLrreza óptica'
--rirr*.rlr. ut'to- paÍa os "úot'^1ottt'em sLÌas ptóprias
quanto afies que
" a sua própria existência Diferen-
premissas e Ìeis que asseguram
temente clo que ocorre tt'- t homem'
cuias alteraçU"t
"" :.11:"^:
fluxo seus sentimentos' * Alte na()
são c1o rosto exprimem o
c1e
otr exempÌo
- per- linear (plástico) e pictórico; representação no plano e representa
plásricos exisre, áo ;;;"';::i:_1
qr" parece, .,_n,o,ulï[:tiiï.,1i,ïï::: ção na profundidade; forma fechada e forma aberta (tectônica c
cepçâo plâstica. Mas atectônica); unidade múltipla e unidade indivisível; e clareza
também Ìrtr.".a"
u"i-'t'n - "rsa
;;.i.:l absoluta e clareza relativa. Naturalmente não convém discutir
ff ;:: ;ï1L,',,e "
d; ; I Ïi.ïlÍ i ;! J il.ff 3- aqui até que ponto esses conceitos esgotam a matêria, ou se eles
""ïï;ï,ï devem ser colocados num mesmo nível. Não se trata de um caso
Ì :ïj:'#'1 ff "ïiï#*
inrerior, e que, cle
*il:#hifi ti transformaÇâo.# histórico is olado, mas de consideraçÕes teóricas. .
de modo
n
::
gera]. moclor ;;;.;;.-
nècéssâriò inz., n seguinte ressalva: é claro que, nesse particular,
sentaçâo semelhanres::^":-tt"-' não entram no mérito da questão nem os estilos arquitetônicos
e coesos, a despeito
origens. da diversiciacle de suas
em seu aspecto morfológico (o Gótico, por exemplo, enqlÌanto ()
Os paisagistas holancleses estilo das linhas verticais, do arco pontiagudo, das abóbaclas
clo séc. XVIÌ
diferir quanro ao temne.,ï.^l^"ï.ïi- '\vrl, por. mais que possam
utilizam-se toclos de repletas de nervuras, etc.), mas os temas desenvolvidos na pintttt':t
geraÌ de ..o*;;;;;;peramento' ilf".-; e na escultura, aos quais se vinculam também os ideais de be le'zlr
ji;,.:::il f,ï il ffi'tr i: Ë**' ::*
ÍU'::l;iri -,'hÏ:::::1,':Ïi:: alternantes.
No sentido de caracterizar as formas de representa('ào, livt'
1:: pf
artista in:ípi", d;
*rn'io'ã
ï'::1
o desenho cle um
l; ;; mos oportunidade de compará-las a um recipiente, clcnl|<l tlrr
itaÌiano da ,nesma época qr-ral se recolhe um determinado conteúdo, e tambénl ttttl:t lt'i;t,
simpl esmenr. po.q.,.l - Michelan exempr o
ì-r >os peft ence_ .::ti;ïor -, na qual os artistas tecem as suas imagens variadas: tttis <<>ltt1r:tt.t
"" ções são válidas, pois evidenciam o aspecto meramentc ('ti(llt('ttr,r
334 CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA HISTORTA
DAARTE PoSFACIo: UMA REVISÃo t l'rlil {l\
tico desses conceitos formais e, além disso, não
coincidem c()Ín o junto adquiriu uma forma na qual todos os elementos sittt ot11:ttti
conceiro geraÌ de ,,estilo,,, cujo significado é muito t't ;t
mais abrangen_ camente necessários, etc. Ncsse caso, nào 9çrá çtlfíçil 1c<6trltt't
te. Não obstante, eu as evitaria agora, por tornarem
nqtglez.;1 iglerna d-4 gv-,olliçâo' Não haveriaseltido
e1 firzt'l t
"trt's
o conceito da
1;
forma demasiaclo mecânicoc p-o_r.
ÇSld.uzircm à noção..er.Ooea a* õÍa; ;;aà .inpn àu evolr,ição uma clererminada nurrrçrr tl,,
V,l. I 3"-", " torma e o conteúdo se justapÕem como dois elemenl'o*s É cliferènte o (ltl(' ( )( ( )l
bomem c.lâssico, que acompanhasse a arte-
diferenciáveis. No enranro, cada forma de visão pres_ cla forrna do modo como elas s('1ll)l(' ( '
Ii li:ll-."r. i.'ôôm ni"t.ansformaçÕes
supòe uma realidade rá obscrvada. e r'ahe pcrgunlar na oposição entre o séc' XVI e o séc' XVll
l'-
ale que sentam, por exemplo,
ponto uma é condicionada pela outra.
o.pçrncopalesdeconceitoscitaclosanteriormenteabrangctlrt.<lrt.*]
espíril<t' r l
Existe uma arte antiga, na qual a forma de representação fort.., t-tò aàt'ito dos sentidos e também no clo
como taÌ se impÕe vigorosamenre aos olhos do
esplctador (L a
-fiçlçS-,"" p-a1ç-cç
que não pg..1-s-íygÌ entenclê-l9s qe4ã'o comQ formas
clt' :\. I
"rigidez" da arte primitiva); contudo, em estágios observação mais meticttl.s:t '' ,ì
ela parece ter entrado em perÍèito entendimento
mais avançaclos, ËÈrÊ"+ã;;*á; "ü;;";,à, q.,alq'-rer que puderam ser utilizaclot
com as exigên_ ."*;;"";â que se trata cle esquemas 5 ;-'
cias do conreúdo, de sorte que apenas o historiado,
ê cupnï de do modo mais variado na análise dos cfeitos. c q\te - caso st'i:rrn l, ,*
perceber as limitaçÕes ,,ópticas,, a que se prende
cada epoËa. Màp.. inseparáveisdec1eterminadaintenção-Jêm-p.9!]9*9-.4'V''9"{.,.'C.9s1)U1 \
Qentro dqçsas limitações rambém ;a exist! a renciência história da'arte, se costuma charpar de t"ptttiâg )
tendência) para um determinado tipo de cgnfiguraçâo,
Ìop.,ïãï **Pnrr"-os
-Çyq-e-m
A forma "aberta" é uma clas
a alguns exemplos
determinada ordem cle beleza e áe interpretaçâo ;i.;;; " no séc' XVII EIa nà<r
,l^ nut rr.z^. características mais marcantes dos quadros
Utilizando nossas próprias palavras: ,,em cado pocle ser dissociada cla essência da nova imagem' obserwada par-
visâo cristaliza-se um novo conteúdo clo mundo,,.""""
;;;ri;;;" de que Ruysdael foi
,,Não tic.rla.mertt" na paisagem' Mas não há dúvida
só se vê
apenas de uma outra maneira, mas também
se vêem outras coi_ um clos que menos se preocupou com esse conceito em sllas
sas". Mas, então, por que não atribuir tudo isto ,,expressão,;?
à composições, pois para ele essa forma era natural' Certamentt'
Para que compÌicar a observação, na pretensão aberta precisasse set'
de assegurar à isso não significava que o motivo da forma
até mesmo qlÌe ()
arte vida própria e leís específicas que á regem?
Se uma época de totalmente inexpressivo; poder-se-ia aftmar
arquitetura linear possui um posiciorlo-.rrto espiritual novosensodeespaço'bemcomoasensibilidadevoltaclapaf2l:t
diferente
do pictórico, por que falar ainda cle uma evoluçãà ,,imanente,, noção de infinito, tivessem gerado essa nova
forma da imagenl'
nas
artes pÌásticas?
Masessaobserwaçãocontraclizofatodeospintoresdeintericlrcs
da forma "abert;r"
A resposta é a seguinte: para fazer justiça ao seu
caráter espe_ claqueÌa época utilizarem os mesm()s princípios
cífico de representação figurada. O fato de essa i.p.,r.l.trirem o contrário, ou seja' a atmosfera de um complÌr
representaçâo
"o na oltra clc'
coincidir com a história geral do espírito só se exprica-parciarmen- timeÁto fechaclo. prtr conseguinte, o fator decisivo
te pela reaçâo de causa e efeito: o.es.sencial
continua.a ser a evo_ Ruysclaeldeveencontrar-senosdetalhes.enãonaslinhasger-lrrs
iuçào específica a partir a. u-n ïãi, .o-rrÀ
clotfatamentoformal;eéprecisomuitacautelanomoment()('tìì
Faz-se necessárìo estaberecer uma diferenÇa
enffe evoÌucÕes que quisermos traduzir em palavras o conteúdo exprcssivtr
llr que se processam numa direção bem determinada
daquela imagem global'
:
e evoluç:Ões que
I implicam transformaçÒes em LÌm tipo totalnente [Jm outro caso: quando Frans Hals ou Velásquez'
clìì s('ll:'
diferente. Dentre
as primeiras encontfa-se, por exemplo, a estático de Holbein pel<> clt'st'lrlr"
evoluçâo pafa a forma retratos, substituem o ãesenho
"clássica" do Renascimento itaÌiano, que
cessou só quando foi oscilante, vibrátil,.podemos supof que esse
novo estilo clt't ()It t.' t l;r
('sl:r rì(
atingido o grau máximo cle clarezamaterial e visual, nova concepÇão do homem, segundo a quai a essôncilr
r
movimento pictórico de
caso devemos evitar uma explicação demasiado específic ai païa- tórica global, da aparência pictÓrica' do
Ìelamente ocorreram transformaçòes maiores e mais g.-ir, n luz, etc.
jarra sobre a mesa, assim como a natvreza morta casos em que " AÌém disso, é claro que a evolução não
pode significar um
- por si só e sob
não se pode falar de movimento no sentido literal do termo _, é consuma
desenvolvimento mecânico, algo que se
pintada com os mesmos recursos. se processará de forma
quaisquer condições Por toda parte ela
De modo semeÌhante, o estilo tectônico do séc. XVI pode em todo caso' será
diversa, e nem sempre o fará completamente;
ser perfeitamente sentido como um estilo que consolida os seus
"impulsionacla por um sopro que deve
provir do espírito" A
elementos com uma certa gravidade solene, quer se trate cle um em que entendemos esse
expressão ê vaga, mas no momento
quadro histórico ou de uma representação de natureza religiosa. sensível e espiritual' iiexa
Contudo, quando Massys pinta um quadro de costumes em forma orã.".ro como senclo de naturezaque se refere ao homem' E ver-( Õ
estabelecidaa relação com tuclo o
de retrato - O Cambista e sua Espos.t, por exemplo seu procedi_
- +J
mento está de acordo com os mesmos graus máximos cle simetria
e de equilíbrio estável, se bem qlÌe a sua intenção certamente não ,,m::x,:ïã:':,:*:ïïlÏi:ãi:i:tiïï;::;:ï*":J
em grandes artistas' como Ticiano' a
evolução estilística apre- se i
-l
"vistzi gro.sso
"rr. seguinte frase, anotacl.a em um c1e seus cadernos: !
o homem se .sente e com. eÌe Burckharclt pretendia atribr-rir a essa frase, mas é curioso encon-
se posiciona cliante das coisas cÌo
munclo, tanto sob o arrg.rt,, .t,
razàct, qrÌanto sob c1a emoção. pofianto, traí ulna afìrmação clessa natureza entre os escritos de um homem 1
' ,t prolrlema .s.'.'JJu, ,o qì.le, ctom mais capaciclacle e clisposiçào do que oLÌtros, consiclera- i
seguinte: nossa história cra visãr artística pocle ser realmente
,1
con- ,ro nrt" como um eÌemento inteÉlf-.Ìnte da história geral'
'siderada r-rma hi.stória centracra em cleterminacr.s
fènôrnenos cÌis_ "
tintos? Apenas em parte. Os proce.ssos
internos, cle acorclo com
sÌta narureza scnsilii a c cspiritrrll.
senlprr sc srrh.r.Jinarrm ; Í\ Á.
Irrcjo gcrlrl mlis:rlr1211gcnle tlr cpoc:r Nio se trat:r de ";;
r:rcj"r nro_
( cssos tJistintos, ( )'
J.tônotn,,.. Vinr.trllr.io, , .,_-Àr;; ;r],.;,
eles sernpre foram regicÌ.s pelas
."igar.._o. .l;;;';;.'i a.
rm povo A Antigiiirr:rtrc g't'srr rambcm rivcrr
, seu pcríocl, "pit._
tórico, mas em certa se manteve, continuamente, nllm
posicirnament. 'rcclicla
em'rLs:rcr. na visào p'ástic:r, que
isola cacla oble_
to sem crírvida, - Iì:r'xrt'-ìt:rÌiano c1lrr. ,-. visto c.m.r um
estiìo
tl