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O Cego de nascença e o Tanque de Siloé…

Indice
O evangelho de Jesus segundo escreveu João nos conta que o Messias
encontrou em seu caminho um cego de nascença e os seus discípulos que
O acompanhava lhe perguntaram sobre a condição daquele homem,
dizendo: “Mestre, quem pecou, este homem ou seus pais, para que
nascesse cego?” (9.2), mas Jesus lhes respondeu que o pecado não vinha
nem dele e nem de seus pais, mas ele estava nessa condição desde o seu
nascimento para que as obras de Deus fossem reveladas na vida dele, Eu,
Jesus, faço as obras daquele que me enviou, prosseguia o Mestre.

Na sequencia, Jesus cuspiu no chão e fez barro com a saliva, em seguida


ungiu os olhos do cego com aquela mistura e lhe ordenou: “Vai, lava-te no
tanque de Siloé” (9.7) – O reservatório de Siloé está localizado em
Jerusalém.

O cego fez como Jesus lhe havia orientado, lavou-se e voltou vendo. As
pessoas que conheciam aquele cego perguntaram a ele o que havia
acontecido e como lhe foram abertos os olhos e ele respondeu: “Um
homem chamado Jesus misturou terra com saliva, ungiu meus olhos e
disse-me: ‘vai, lava-te no tanque de Siloé’. Então eu fui, lavei-me e recebi a
visão” (9.11).

Significado de Siloé

Siloé do hebraico “shilôah”, “águas enviadas”, expressão que vem do verbo


“shâlah”, “enviar” e se refere a Jesus, o enviado, em grego “apestalmenos”.

O propósito do Milagre do Cego de Siloé


Acredita-se que o fato de Jesus ter mandando o homem cego lavar-se
no tanque de Siloé tenha por proposito atrair a atenção para Si mesmo,
pois para curá-lo não era necessário toda essa ação, bastava apenas uma
ordem da parte Dele para que o milagre de qualquer natureza
acontecesse.

Contudo, há uma clara mensagem sendo ensinada nessa passagem: O fato


do cego lavar-se nas “águas enviadas” – o Siloé – dava o recado de que
Aquele que estava sendo o responsável pelo milagre na vida daquele
homem era sim o Enviado de Deus, bem como todo aquele que não se
lavasse Nele não ficaria “curado” dos seus próprios pecados para alcançar a
vida eterna.

O profeta Isaías Registra assim:

“Então o Eterno tornou a falar-me: ‘Visto que este povo rejeitou as águas
de Siloé, que correm mansamente, e alegrou-se com Rezim e com o filho
de Remalias, o Eterno está trazendo contra eles as impetuosas e
devastadoras águas do Rio Eufrates, a saber, o rei da Assíria com todo o seu
exercito. Ele subirá sobre todos os seus leitos e transbordará por todas as
ribanceiras” – 8.6 – a expressão as águas de Siloé, dizem estudiosos e
pesquisas, é usada para ratificar a calmaria da presença sustentadora do
Senhor. O tanque de Siloé foi a  provisão para Jerusalém nos tempos
de Ezequias. E assim como os judeus rejeitaram as águas de Siloé, como
disse o profeta, eles também estavam rejeitando a Jesus, o Messias, pois
“Ele veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (João 1.11).

Na sequencia do milagre na vida desse homem que era cego, vemos que o
levaram à presença dos fariseus, era sábado quando o milagre foi realizado,
então os fariseus perguntaram como ele estava vendo e o homem
explicou novamente tudo quanto havia sucedido, por conta disso alguns
fariseus alegavam: “Esse homem não é de Deus, porque não guarda o
sábado”, os fariseus já não entendiam mais a Palavra que estava sendo
anunciada por Jesus. Eles seguiam com outros ataques como chamando
Jesus de pecador.

Na sequencia, então perguntaram o que o homem que havia recebido o


milagre dizia a respeito de Jesus e ele os asseverou que Jesus era um
profeta, contudo os judeus não acreditaram que ele fosse cego e havia
recebido a visão, duvidando pediram que fossem chamados os pais
daquele homem, os pais disseram que ele de fato era cego, mas não
sabiam como ele estava vendo agora, mandando que perguntassem ao
homem que pela idade que tinha já podia responder por si (eles fizeram
isso porque estavam com medo dos judeus, pois quem confessasse que
Jesus era o Cristo, seriam expulsos da sinagoga).

Em seguida, chamando o que era cego, ele afirmou frente as


argumentações e acusações dos judeus: “Se Jesus é um pecador ou não, eu
não sei. Todavia, uma verdade eu sei: eu era cego, mas agora eu vejo”, o
homem que recebeu o milagre continuou a responder-lhe afirmando:
“Se esse homem não viesse de Deus, não poderia fazer obra alguma” e os
judeus acusando-o dos seus pecados o excluíram da sinagoga, pois não
suportavam e entendiam a ideia de que Jesus é o Cristo – João 9.13-34.

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