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SOCIEDADE ESPÍRITA OS MENSAGEIROS DA PAZ | DEP.

INFANCIA E JUVENTUDE

PLANO DE AULA

CICLO: 2º DATA: 25/11/2023

MÓDULO: VIII UNIDADE: Jesus SUBUNIDADE: Ressurreição de Lázaro

OBJETIVO GERAL DA AULA / ELEMENTO EVANGELIZADOR:

Explicar sobre ressurreição X reencarnação, explicar o “milagre”

ROTEIRO TÉCNICAS E RECURSOS

1º Check In – perguntar às crianças como foi a semana - prato raso


2° Introdução ao tema: - corante alimentício
- Relembrar: Jesus nasceu em Belém, mas passou a maior parte de sua infância e adolescência em - leite
Nazaré, com sua família e com seu primo João Batista. Ele sempre foi muito amoroso com sua família, - água
e falava a seus pais que a melhor escola que temos é o nosso lar. Depois que completa 30 anos, Jesus - detergente
parte para Jerusalém para instaurar o reino de Deus nos corações dos homens, e encontra os seus 12 - palito
amigos: João, Mateus (cobrador de impostos), Filipe, Tomé, Tiago, Simão, Judas Tadeu, Judas Iscariotes, - história recortada
André e Pedro. - aplicativo com as perguntas
Desde que encontrou seus amigos para essa jornada, Jesus começou a espalhar os seus ensinamentos
por onde passavam. Os seus amigos o ajudavam diretamente, e cheios do ideal de servir se
transformaram de discípulos em apóstolos e fiéis continuadores da sua tarefa.
Todos juntos, por onde passavam iam espalhando a Boa Nova, e alguns fatos extraordinários
aconteceram nesta jornada, e que algumas religiões chamam de “milagres”.
Perguntar às crianças: Vocês sabem o que é milagre? Será que milagres existem?
Ouvir as respostas, e em seguida fazer uma experiência:
- Pegar um prato raso e por água, pingar gotas de corante e misturar com um palito. Nada de
extraordinário acontece.
- Pegar um prato raso e por leite, pingar algumas gotas de corante alimentício no centro. Pingar gotas
de detergente no centro do prato – onde estão os corantes, e perceber o corante se misturando com
a água do leite, como se estivesse em movimento.
(Referência: https://www.youtube.com/watch?v=8dY3jRUPGXI )
>> Perguntar às crianças: isso foi um milagre? Foi um fato extraordinário?
Não, eu simplesmente me utilizei da química, o corante não se mistura no leite, por causa da sua
gordura. Mas o detergente que é um agente tensoativo, é capaz de quebrar essa tensão superficial que
impede o corante de se dissolver no leite. O detergente, devido a sua constituição química, é capaz de
interagir tanto com a água como com a gordura do leite, formando pequenos glóbulos, que vão
juntando a água e a gordura, parecendo que se movem, e ai o corante consegue ir se misturando com
essa água do leite.
E era isso que Jesus fazia. Como co-criador do nosso planeta, ele tem todo o conhecimento das leis que
o regem, e sabe utiliza-los da forma que for necessário para o seu ensinamento.
- Até antes do Espiritismo, tudo o acontecia que fugia dos padrões da normalidade e que não podiam
ser explicados pelo homem, eram considerados milagrosos, e dentre esses, todos os fatos
extraordinários da vida de Jesus. Coube ao Espiritismo, estudando as leis que regem o mundo Espiritual
e sua influência no plano físico, esclarecer esses fenômenos, dando-lhes explicações justas e racionais.
- Os fatos extraordinários da vida de Jesus são o resultado de sua ação consciente dentro das leis que
universalmente regem os dois planos da vida (físico e espiritual) e todos visavam sempre o nosso
aprendizado e melhoria espiritual, nunca simples demonstração de poder ou evidência pessoal.
Tanto que o próprio Jesus nos disse: “(...) Aquele que em mim crer, também fará as obras que eu faço
e fará outras coisas ainda maiores.” (João 14:12)

Na última aula, nós falamos de 1 fato extraordinário da vida de Jesus, que foi a cura do paralítico da
piscina de Betsaida, vocês lembram?
>> Hoje, vamos falar de mais um fato extraordinário na vida de Jesus, que foi a ressureição da Lazaro.

3° Contar a história:
história:
(história ilustrada: https://www.masimpulsoglobal.com/jesus-resucita-a-lazaro/)
João - Capítulo 11
11.1 Estava enfermo Lázaro, de Betânia, da aldeia de Maria e de sua irmã Marta. 11.2 Esta Maria,
cujo irmão Lázaro estava enfermo, era a mesma que ungiu com bálsamo o Senhor e lhe enxugou os pés
com os seus cabelos. 11.3 Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo
aquele a quem amas. 11.4 Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim
para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado. 11.5 Ora, amava Jesus a
Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. 11.6 Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou
dois dias no lugar onde estava. 11.7 Depois, disse aos seus discípulos: Vamos outra vez para a Judéia.
11.8 Disseram-lhe os discípulos: Mestre, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e voltas para
lá? 11.9 Respondeu Jesus: Não são doze as horas do dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque
vê a luz deste mundo; 11.10 mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz. 11.11 Isto dizia
e depois lhes acrescentou: Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo.
11.12 Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. 11.13 Jesus, porém, falara
com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono.
11.14 Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu; 11.15 e por vossa causa me alegro de que
lá não estivesse, para que possais crer; mas vamos ter com ele. 11.16 Então, Tomé, chamado Dídimo,
disse aos condiscípulos: Vamos também nós para morrermos com ele. 11.17 Chegando Jesus,
encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias. 11.18 Ora, Betânia estava cerca de quinze estádios
perto de Jerusalém. 11.19 Muitos dentre os judeus tinham vindo ter com Marta e Maria, para as
consolar a respeito de seu irmão. 11.20 Marta, quando soube que vinha Jesus, saiu ao seu encontro;
Maria, porém, ficou sentada em casa. 11.21 Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estiveras aqui, não
teria morrido meu irmão. 11.22 Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus,
Deus to concederá. 11.23 Declarou-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir. 11.24 Eu sei, replicou Marta,
que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia. 11.25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a
vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; 11.26 e todo o que vive e crê em mim não morrerá,
eternamente. Crês isto? 11.27 Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho
de Deus que devia vir ao mundo. 11.28 Tendo dito isto, retirou-se e chamou Maria, sua irmã, e lhe
disse em particular: O Mestre chegou e te chama. 11.29 Ela, ouvindo isto, levantou-se depressa e foi
ter com ele, 11.30 pois Jesus ainda não tinha entrado na aldeia, mas permanecia onde Marta se
avistara com ele. 11.31 Os judeus que estavam com Maria em casa e a consolavam, vendo-a levantar-
se depressa e sair, seguiram-na, supondo que ela ia ao túmulo para chorar. 11.32 Quando Maria
chegou ao lugar onde estava Jesus, ao vê-lo, lançou-se-lhe aos pés, dizendo: Senhor, se estiveras aqui,
meu irmão não teria morrido. 11.33 Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a
acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se. 11.34 E perguntou: Onde o sepultastes? Eles lhe
responderam: Senhor, vem e vê! 11.35 Jesus chorou. 11.36 Então, disseram os judeus: Vede quanto
o amava. 11.37 Mas alguns objetaram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer que este não
morresse? 11.38 Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, encaminhou-se para o túmulo; era este
uma gruta a cuja entrada tinham posto uma pedra. 11.39 Então, ordenou Jesus: Tirai a pedra. Disse-
lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias. 11.40 Respondeu-lhe
Jesus: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus? 11.41 Tiraram, então, a pedra. E Jesus,
levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste. 11.42 Aliás, eu sabia que
sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.
11.43 E, tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora! 11.44 Saiu aquele que estivera
morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou
Jesus: Desatai-o e deixai-o ir. 11.45 Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo visitar Maria,
vendo o que fizera Jesus, creram nele.

Perguntar às crianças:
- O que será que aconteceu aqui? Jesus ressuscitou Lázaro?
Ouvir as respostas e dizer:
1. No Evangelho, Lázaro é apresentado como irmão de Marta e Maria, residentes todos em
Betânia, perto da cidade de Jerusalém. Jesus muito o amava, assim como as suas irmãs.
2. Quando Lázaro ficou ''doente'', as suas irmãs mandaram dizer a Jesus: "Senhor, aquele a quem
amas está doente". Ao ouvir isso, Jesus disse: "Essa doença não acabará em morte; é para a
glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela".
dela" No entanto, quando
ouviu a notícia, ficou mais dois dias no lugar em que estava.
3. Jesus, conhecia a condição de seu amigo Lázaro. Através da dupla vista (vista da alma), que
transpõe distâncias e não conhece barreiras, verificou que Lázaro não fora atacado de uma
doença física, mas que estava em estado de letargia,
letargia que têm o mesmo princípio da catalepsia.
A catalepsia, tal como a letargia, não é uma doença física, mas uma faculdade mediúnica
incompreendida.
incompreendida
4. A letargia e a catalepsia têm como característica a perda momentânea da sensibilidade e do
inexplicada. Elas diferem entre si em que, na
movimento, por uma causa fisiológica ainda inexplicada
letargia a suspensão das forças vitais é geral, dando ao corpo todas as aparências da morte, e
na catalepsia é localizada e pode afetar uma parte mais ou menos extensa do corpo, de maneira
a deixar a inteligência livre para se manifestar, o que não permite confundi-la com a morte.
5. O fluído vital é essencial para a manter o funcionamento dos órgãos (tais como: o coração, o
pulmão, o estômago, os rins, etc) e lhes dar o movimento. Na letargia, o corpo não está morto,
pois há funções vitais que continuam a realizar-
realizar-se, porém o fluido vital, que anima todos os
seres vivos, encontra-
encontra-se quase totalmente extinto. Os liames que ligam o perispírito ao corpo
encontram-
encontram-se enfraquecidos (frágeis), diz-
diz-se que a vida aí está por um fio. No entanto, o corpo
corpo
ainda vive, enquanto estiver ligado pelo cordão fluídico.
6. Através do passe magnético é possível restituir ao corpo o fluido vital que lhe falta.
falta Quando diz
que Jesus ressuscitou Lázaro, ele não estava morto, pois o Espírito não pode retornar ao corpo
morto, isto seria contrário as leis da natureza. Foi através do poder fluídico que Jesus possuía,
acionado por uma vontade forte que fez o Espírito de Lázaro voltar ao corpo, prestes a
abandoná-
abandoná-lo.
7. Este fenômeno era muito comum naquela época e era dificilmente diagnosticado. Além da
ressurreição de Lázaro, outros casos podem ser verificados no Evangelho, tais como a filha de
Jairo e o filho da viúva de Naim, em que houve a intervenção do mestre Jesus.

4° Atividade de fixação:
fixação:

Dividir as crianças em duas equipes, fazer as perguntas abaixo e ver quem responde correto:
Ver as perguntas no aplicativo.
Perguntas retiradas do site:
https://www.passatempoespirita.com.br/products/ressurrei%C3%A7%C3%A3o-de-lazaro/
Subsídio para o Evangelizador:
Segundo a medicina, a letargia é um estado patológico de sono profundo, sem paragem das
funções vitais e de duração variável, podendo ser causado por infecções graves que afetam os centros
nervosos; sono artificial provocado quer pela sugestão (hipnose) quer por um medicamento
(narcose) (https://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/letargia).
classifica--as, mas não se
A ciência moderna oficial, a Medicina, conhece a catalepsia e a letargia, classifica
interessa
interessa por elas, talvez percebendo não ser da sua alçada o fato de curá curá--las. A ciência psíquica, no
entanto, assim também a Doutrina Espírita, não só as conhecem como se interessam grandemente por
elas, pois que as estudam,
estudam, tirando delas grandes ensinamentos e revelações em torno da alma humana,
e por isso podem curá- curá-las e até evitá-
evitá-las,
las ao mesmo tempo que também poderão provocá- provocá-las,
contorná-
contorná-las, dirigi-
dirigi-las, orientá-
orientá-las e delas extrair conhecimentos esplendentes para a instrução
científico-
científico-transcendente a benefício da Humanidade. (Recordações da mediunidade. Cap. 1 . Ivonne A.
Pereira).
A letargia e a catalepsia derivam do mesmo princípio, que é a perda temporária da sensibilidade
e do movimento (1), por uma causa fisiológica ainda inexplicada. Diferem uma da outra em que, na
letargia, a suspensão das forças vitais é geral e dá ao corpo
corpo todas as aparências da morte; na catalepsia,
fica localizada, podendo atingir uma parte mais ou menos extensa do corpo, de sorte a permitir que a
inteligência se manifeste livremente, o que a torna inconfundível com a morte. A letargia é sempre
natural; a catalepsia é por vezes magnética. (O Livro dos Espíritos. Questão 424. Allan Kardec).
A catalepsia, tal como a letargia, não é uma enfermidade
enfermidade física, mas uma faculdade que, como
qualquer outra faculdade medianímica insipiente ou incompreendida,
incompreendida, ou ainda descurada e mal
orientada, se torna prejudicial
prejudicial ao seu possuidor. Como as demais faculdades suas companheiras, a
catalepsia e a letargia também poderão ser exploradas pela mistificação e pela obsessão de inimigos e
perseguidores invisíveis, degenerando então em um estado mórbido do chamado perispírito, tendência
viciosa das vibrações perispirituais para o aniquilamento, as quais se recolhem e fecham em si mesmas
como a planta sensitiva ao ser tocada, negando-se às expansões necessárias ao bom funcionamento
do consórcio físico-psíquico, o que arrasta uma como neutralidade do fluido vital, dando em resultado
o estado de anestesia geral ou parcial, a perda da sensibilidade, quando todos os sintomas da morte e
até mesmo o início da decomposição física se apresentam, e sômente a consciência estará vigilante,
visto que esta, fagulha da Mente Divina animando a criatura, jamais se deterá num aniquilamento,
mesmo temporário. (Recordações da mediunidade. Cap. 1 . Ivonne A. Pereira).
Os letárgicos e os catalépticos, em geral, vêem e ouvem o que em derredor se diz e faz, sem que
possam exprimir que estão vendo e ouvindo. É pelos olhos e pelos ouvidos que têm essas percepções?
“Não; pelo Espírito. O Espírito tem consciência de si, mas não pode comunicar-se.”
Por quê?
Porque a isso se opõe o estado do corpo. E esse estado especial dos órgãos vos prova que no
homem há alguma coisa mais do que o corpo, pois que, então, o corpo já não funciona e, no entanto,
o Espírito se mostra ativo. ( O Livro dos Espíritos. Questão 422. Allan Kardec).
Na letargia, pode o Espírito separar-se inteiramente do corpo, de modo a imprimir-lhe todas as
aparências da morte e voltar depois a habitá-lo?
Na letargia, o corpo não está morto, porquanto há funções que continuam a executar-
executar-se. Sua
vitalidade se encontra em estado latente, como na crisálida, porém não aniquilada. Ora, enquanto o
corpo vive, o Espírito se lhe acha ligado. Em se rompendo, por efeito da morte real e pela desagregação
dos órgãos, os laços que prendem um ao outro, integral se torna a separação e o Espírito não volta mais
ao seu envoltório. Desde que um homem, aparentemente morto, volve à vida, é que não era completa
a morte. (O Livro dos Espíritos. Questão 423. Allan Kardec).
Por meio de cuidados dispensados a tempo, podem reatarreatar--se laços prestes a se desfazerem e
restituir-
restituir-se à vida um ser que definitivamente morreria se não fosse socorrido?
Sem dúvida e todos os dias tendes a prova disso. O magnetismo, em tais casos, constitui, muitas
vezes, poderoso meio de ação, porque restitui ao corpo o fluido vital que lhe falta para manter o
funcionamento dos órgãos. ( O Livro dos Espíritos. Questão 424. Allan Kardec).
Contrário seria às leis da Natureza e, portanto, milagroso, o fato de voltar à vida corpórea um
indivíduo que se achasse realmente morto. Ora, não é necessário recorrer a essa ordem de fatos, para
ter-
ter-se a explicação das ressurreições que Jesus operou.
(...) O próprio Jesus declara positivamente, com relação à filha de Jairo: Esta menina, disse ele,
não está morta, está apenas adormecida.
Dado o poder fluídico que ele possuía, nada de espantoso há em que esse fluido vivificante,
acionado por uma vontade forte, haja reanimado os sentidos em torpor; que haja mesmo feito voltar
ao corpo o Espírito, prestes a abandoná-lo, uma vez que o laço perispirítico ainda se não rompera
definitivamente. Para os homens daquela época, que consideravam morto o indivíduo desde que
deixara de respirar, havia ressurreição em casos tais; mas, o que na realidade havia era rara e não
ressurreição (2), na acepção legítima do termo.
"Essas mortes aparentes sempre ocorreram, principalmente no passado quando os estados
catalépticos eram dificilmente diagnosticados. A técnica de diagnóstico da morte era muito empírica,
normalmente através da respiração e dos batimentos cardíacos. Hoje, graças ao electroencefalógrafo,
pode-se detectar com maior profundidade o momento da paragem cardíaca definitiva e da morte
real..''.( Divaldo Pereira Franco, em entrevista concedida a José Carlos Lucas . Fonte:
https://regeneracaoplanetaria.com.br/index.php/entrivistas/divaldo-p-franco-responde/).
A ressurreição de Lázaro (3), digam o que disserem, de nenhum modo infirma este princípio. Ele
estava, dizem, havia quatro dias no sepulcro; sabe-
sabe-se, porém, que há letargias que duram oito dias e
até mais. Acrescentam que já cheirava mal, o que é sinal de decomposição. Esta alegação também nada
prova, dado que em certos indivíduos há decomposição parcial do corpo, mesmo antes da morte,
havendo em tal caso cheiro de podridão. A morte só se verifica quando são atacados os órgãos
essenciais à vida. ( A Gênese. Cap. 15 . Itens 39 e 40. Allan Kardec).
Essa “moléstia” era muito comum na Judéia, onde os enterramentos eram imediatos.
Vemos, por exemplo, no capítulo V, versículo 5 e seguintes de Atos dos Apóstolos, que tendo
Ananias e sua mulher Safira retido parte da importância de uma propriedade que venderam e deveria
ser entregue aos Apóstolos, só pelo fato de Pedro repreendê-los severamente, caíram ambos mortos
e em menos de 3 horas foram enterrados.
Nestes dois exemplos vemos não se tratar de morte real, mas de simples casos de sincope ou
letargia.
Assim foi, certamente, o que aconteceu a Lázaro.
Vitimado por uma letargia, imediatamente fizeram-no enterrar, permanecendo no túmulo
durante a crise cataléptica.
Jesus, conhecendo a natureza de seu amigo Lázaro e as crises a que ele estava sujeito; dotado
ainda, o Mestre, como era, dessa vista dupla, ou clarividência, que transpõe distâncias e não conhece
barreiras, verificou que Lázaro não fora atacado de uma enfermidade
enfermidade física, mas que a sua moléstia era
toda de ordem psíquica, como se observa nos casos de sonambulismo, catalepsia; letargia. Foi isto que
o fez demorar 4 dias para chegar a Betânia. Ele tinha certeza de que não houvera ruptura dos laços
fluídicos que
que ligam o Espírito ao corpo.
E tanto é assim, que o despertou com voz alta e imperiosa: Lázaro, sai para fora, operando a
ressurreição do seu amigo. (Parábolas e ensinos de Jesus. A ressurreição de Lázaro. Cairbar Schutel).
Aí vemos um estado cataléptico superagudo, porque espontâneo, relaxamento dos elos vitais pela
depressão cansada por uma enfermidade, fato patológico, portanto, provando o desejo incontido que
o espírito encarnado tinha de deixar a matéria para alçar-se ao infinito, e onde o próprio fluido vital,
que anima os organismos vivos, ao encontrava quase totalmente extinto, e cujos liames magnéticos do
perispírito em direção à carne se encontravam de tal forma frágeis, danificados pelo enfraquecimento
das vibrações e da vontade.
(...) Neste, as mesmas forças vitais se encontravam já em desorganização adiantada, e não fora
o concurso dos liames magnéticos ainda aproveitáveis
aproveitáveis e as reservas vitais conservadas pelo perispírito
nas constituições físicas robustas (o perispírito age qual res reservatório
ervatório de forças vitais e os laços
magnéticos são os agentes transmissores que suprem a organização física) e se não fôssem aquelas
reservas Jesus não se abalaria à cura porque esta seria impossível.
Porque então tal coisa é possível sob as vistas da harmoniosa lei da Criação? Que culpa tem o
homem de sofrer tais ou quais acidentes se não é ele quem os provoca e que se realizam, muitas vezes,
à revelia da sua vontade?
Tais acidentes são próprios do carreiro da evolução, e enquanto o homem não se integrar de
boamente na sua condição de ser divino, vibrando satisfatória-mente no âmbito das expansões
sublimes da Natureza, mecânicamente estará sujeito a esse e demais distúrbios.
(...) De outro modo, sendo a catalepsia e a letargia uma faculdade, patrimônio psíquico da
criatura e não própriamente uma enfermidade, compreender-
compreender-se-
se-á que nem sempre
sempre a sua ação
comprova inferioridade do seu possuidor, pois que, uma vez adestradas, ambas poderão poderão prestar
excelentes serviços à causa do bem, tais como as demais faculdades mediúnicas, que, não adestradas,
servem de pasto a terríveis obsessões, que infelicitam a sociedade, e quando bem compreendidas e
dirigidas atingirão feição sublime.
Um espírito encarnado, por exemplo, já evolvido, ou apenas de boa vontade, senhor das
próprias vibrações,
vibrações, poderá cair em transe letárgico, ou cataléptico, voluntàriamente (4), alçar
alçar--se ao
Espaço para desfrutar o consolador convívio dos amigos espirituais
espirituais mais intensamente,
intensamente, dedicar-
dedicar-se a
estudos profundos, colaborar com o bem e depois retornar à carne, reanimado e apto a excelentes
realizações. Não obstante, homens comuns ou inferiores poderão cair nos mesmos transes, conviver
com entidades espirituais inferiores como eles e retornar obsidiados, predispostos aos maus atos e até
inclinados ao homicídio e ao suicídio.
Todavia, repetimos, tanto a catalepsia como a letargia, uma vez bem compreendidas e
dirigidas, quer pelos homens quer pelos Espíritos Superiores, transformar-se-ão em faculdades
preciosas, conquanto raras e mesmo perigosas, pois que ambas poderão causar o desenlace físico do
seu paciente se uma assistência espiritual poderosa não o resguardar de possíveis acidentes. A letargia,
contudo, presta-se mais à ação do seu possuidor no plano espiritual. Ao despertar, o paciente trará
apenas intuições, às vezes úteis e preciosas, das instruções que recebeu e sua aplicação nos ambientes
terrenos. É faculdade comum aos gênios e sábios, sem contudo constituir privilégio, agindo sem que
eles próprios dela se apercebam, porque se efetivam durante o sono e sob vigilância de Espíritos
prepostos ao caso. (Recordações da mediunidade. Cap. 1 . Ivonne A. Pereira).

Comentário (1): A matéria inerte é insensível; o fluido perispirítico igualmente o é, mas transmite a
sensação ao centro sensitivo, que é o Espírito. As lesões dolorosas do corpo repercutem, pois, no
Espírito, qual choque elétrico, por intermédio do fluido perispiritual, que parece ter nos nervos os seus
fios condutores. É o influxo nervoso dos fisiologistas que, desconhecendo as relações desse fluido com
o princípio espiritual, ainda não puderam achar explicação para todos os efeitos.
A interrupção pode dar-se pela separação de um membro, ou pela secção de um nervo, mas,
também, parcialmente ou de maneira geral e sem nenhuma lesão, nos momentos de emancipação, de
grande sobreexcitação ou preocupação do Espírito. Nesse estado, o Espírito não pensa no corpo e, em
sua febril atividade, atrai a si, por assim dizer, o fluido perispiritual que, retirando-se da superfície,
produz aí uma insensibilidade momentânea. Poderse-ia também admitir que, em certas circunstâncias,
no próprio fluido perispiritual uma modificação molecular se opera, que lhe tira temporariamente a
propriedade de transmissão. É por isso que, muitas vezes, no ardor do combate, um militar não percebe
que está ferido e que uma pessoa, cuja atenção se acha concentrada num trabalho, não ouve o ruído
que se lhe faz em torno. Efeito análogo, porém mais pronunciado, se verifica nalguns sonâmbulos, na
letargia e na catalepsia. Finalmente, do mesmo modo também se pode explicar a insensibilidade dos
convulsionários e de muitos mártires.
A paralisia já não tem absolutamente a mesma causa: aí o efeito é todo orgânico; são os próprios
nervos, os fios condutores que se tornam inaptos à circulação fluídica; são as cordas do instrumento
que se alteraram. ( A Gênese. Cap. 14. Item 29. Allan Kardec).
Comentário (2): Ressurreição é termo que pode ser empregado sob o ponto de vista material e
espiritual. Quando dizemos que tal indivíduo “ressuscitou”, afirmamos que ele reapareceu, porque
“ressuscitar” quer dizer “reaparecer”. Esse reaparecimento se pode dar em corpo car carnal
nal ou em Espírito.
Por exemplo: Lázaro “ressuscitou”, reapareceu com seu corpo carnal, que todos já julgavam
morto. Mas os “mortos” também ressuscitam em corpo espiritual. Foi assim que Moisés e Elias
ressuscitaram no Tabor, assim Samuel ressuscitou no Endor, assim Jesus Cristo ressuscitou em
Jerusalém e circunvizinhanças. Destes” morreram os corpos carnais, mas eles ressuscitaram em seus
corpos espirituais. A Imortalidade não é apanágio do corpo material, mas sim do corpo fluídico, celeste,
espiritual. A Ressurreição de Lázaro foi uma manifestação física do poder de Jesus; a Ressurreição de
Jesus foi uma graça psíquica da Sabedoria Divina. (Parábolas e ensinos de Jesus. A ressurreição de
Lázaro. Cairbar Schutel).
Comentário (3): Na Betânia, pequena cidade perto de Jerusalém, situada no sopé do monte das
Oliveiras, na estrada geral de Jericó, próximo à de Betfagé, ficava a aldeia onde vivia Lázaro. Jesus muito
o amava, assim como às suas irmãs Marta e Maria. A afeição que Jesus consagrava a esses irmãos
constituía um ensino, um exemplo da predileção que merecem aqueles que caminham pela estrada
que conduz ao Senhor Todo Poderoso. Lázaro era um dos Espíritos devotados que haviam encarnado
para cooperar no desempenho da missão terrena do divino Mestre, bem como Marta e Maria, que
encarnaram para assisti-lo e ajudá-lo. Jesus os distinguia com a sua amizade. (Elucidações Evangélicas.
Cap. 148. Antônio Luiz Sayão).
Comentário (4): Esses transes são comuns à noite, durante o repouso do sono, e muitas vezes o próprio
paciente não se apercebe deles, ou se apercebe vagamente. Entre os espiritualistas orientais torna-se
fato comum, conforme é sabido, dado que os mesmos cultivam carinhosamente os poderes da própria
alma. (Recordações da mediunidade. Cap. 1 . Ivonne A. Pereira).

Bibliografia:
- O Livro dos Espíritos. Questões 422, 423, 424. Allan Kardec.
- A Gênese. Cap. 14, item 29. Cap. 15, itens 39 e 40. Allan Kardec.
- Parábolas e ensinos de Jesus. A ressurreição de Lázaro. Cairbar Schutel.
- Recordações da mediunidade. Cap. 1 . Ivonne A. Pereira.
- Elucidações Evangélicas. Cap. 148. Antônio Luiz Sayão.
-Sites: https://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/letargia;
https://regeneracaoplanetaria.com.br/index.php/entrivistas/divaldo-p-franco-responde.
Leia mais: https://www.passatempoespirita.com.br/aulas/aula-32-letargia%2c-catalepsia%2c-morte-
aparente-a-ressurrei%C3%A7%C3%A3o-de-lazaro-%2a/

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