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Matheus Basilo
de Matos
Já, a reação álcali-carbonato, por sua vez, leva à decomposição de dolomita e à formação de
brucita, em um processo que pode provocar expansão. Por causa da expansão associada
ao processo, as reações álcali-agregado levam à fissuração e deslocamentos estruturais.
Confira como funciona a prevenção de acordo com cada um dos tipos de reação álcali-
agregado:
Reações álcali-sílica e álcali-silicato: esses dois tipos de reações podem ser prevenidos
com o uso de agregados inertes – o que nem sempre é possível – pelo uso de cimentos
inibidores, adição de escória, pozolana ou sílica ativa , metacaulim direto no concreto ou pela
limitação da quantidade de álcalis solúveis no concreto
Vale ressaltar que os cimentos inibidores são aqueles cujo teor de álcalis solúveis é baixo
ou com adições ativas (escórias e pozolanas). As escórias e pozolanas inibem as reações
álcali-sílica e álcali-silicato pela redução do pH do concreto, por meio da redução do teor de
portlandita [Ca(OH)2] (hidróxido de cálcio) da pasta de cimento endurecida. Por fim, essa
redução se dá pela reação da portlandita com essas adições ativas, para formar C-S-H
(silicato de cálcio hidratado).
Aula: Cimento
Materiais pozolânicos: Materiais silicosos ou silico aluminosos que apesar de não possuirem características
aglomerantes próprias, reagem com a cal na presença de água, resultando em compostos cimentícios.
Pozolanas naturais: Materiais de origem vulcânica. Ex: cinza vulcânica.
Pozolanas artificiais: Materiais provenientes de tratamento térmico ou subprodutos industriais com
atividade pozolânica. Ex: argila calcinada, cinza volante, cinza da casca de arroz, microssílica, escória
de alto forno.
1. A pozolana reage com o hidróxido de cálcio na presença de água formando o C-S-H que é o
constituinte cimentante e mais resistente da pasta de cimento endurecida;
2. Apresentam baixos teores de C3S e elevados teores de C2S.
Alunos: Arthur Pinheiro Mendes Vieira, Debora Perillo Arruda Unes, Felipe Martins Machado, Juliana Machado Pereira, Matheus Basilo de Matos
3. Seu uso é interessante no caso de concretos sujeitos à lixiviação sob ação de águas agressivas, uma vez
que apresenta menor permeabilidade comparada ao cimento comum;
4. Seu uso também é interessante em concretos massa ou estruturas cujas dimensões favoreçam o
aparecimento de fissuras de origem térmica;
5. Nas primeiras idades apresentam o desenvolvimento mais lento das resistências mecânicas se
comparado ao Cimento Portland comum, o que tende a inverter em idades mais avançadas.
Aula 8 – Desagregação
A desagregação do material é um fenômeno que frequentemente pode ser observado nas estruturas
de concreto, causado pelos mais diversos fatores, ocorrendo, na maioria dos casos, em conjunto com a
fissuração. Segundo Souza e Ripper (1998), a desagregação do material é um fenômeno causado por
muitos fatores, ocorrendo, na maioria dos casos, em conjunto com a fissuração. Devendo-se entender
como desagregação, a separação física de placas de concreto, com perda de monolitismo, da
capacidade de acomodação entre os agregados e da função ligante do cimento.
Aula 11 – Porosidade
Permeabilidade
É a propriedade que governa a taxa de fluxo de um fluido para o interior de um sólido poroso.
A permeabilidade do concreto à água é uma das principais propriedades do concreto que determina a
sua durabilidade, pois somente há migração e movimentação de agentes deletérios no concreto
quando os seus poros capilares estão saturados.
A permeabilidade do concreto à água depende da relação água/cimento utilizada na mistura, a qual
determina o tamanho, volume e continuidade dos poros capilares, como depende também, da
dimensão máxima dos agregados, que influencia nas microfissuras da zona de transição (MEHTA &
MONTEIRO, 2008).
A permeabilidade aos gases do concreto não é um mecanismo muito comum em estruturas de
concreto, no entanto, por meio desses ensaios, tem se buscado caracterizar a sua porosidade e
correlacioná-la com os mecanismos de difusão de dióxido de carbono, de oxigênio e se estabelecer
parâmetros de durabilidade (NEPOMUCENO, 2005).
Corrosão:
É a transformação de um metal em íon metálico pela sua interação química ou eletroquímica com o
meio em que se encontra. CASCUDO (1997)
Quando houver a perda de elétrons tem-se íon positivo ou cátion, e quando houver o ganho de
elétron, íon negativo ou ânion.
Como os elétrons se localizam externamente ao átomo, somente haverá a formação de íon pela
variação de elétrons.
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Carbonatação
Definição: a carbonatação transforma íons alcalinos como: cátions de sódio, potássio e cálcio, em sais de carbonatos desses
elementos, pela ação ácida de CO2 presente no ar.
Representa um dos fatores iniciadores mais importantes da corrosão das armaduras. Ocorre a uma velocidade lenta, atuando-
se com o tempo. A carbonatação pode ocorrer em ambiente cuja concentração de CO 2 no ar é muito baixa (0,03% em volume –
ambiente rural, por exemplo). A carbonatação acontece através: da dissolução do dióxido de carbono (CO 2) ou decomposição
do silicato de cálcio hidratado (C-S-H) e das fases de aluminato. Nos poros de concreto há ainda os álcalis do cimento (sódio e
potássio) também passíveis de carbonatação. Porém, eles formam carbonatos estáveis.
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REPARO
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RAA
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PREVENÇÃO
REPARO
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DIAGNÓSTICO
PROGNÓSTICO
A origem de uma patologia está relacionada com a etapa da vida da estrutura em que foi criada a predisposição para que
agentes desencadeassem seu processo de formação. Conheça as origens das enfermidades do concreto: Defeitos de projeto,
Defeitos de execução, Erosão e Desgaste, Má qualidade dos materiais ou uso inadequado, Sinistros ou causas fortuitas
(incêndios, inundações, acidentes etc.), Uso inadequado da estrutura, Manutenção imprópria, Outras, incluindo origens
desconhecidas.
REPARO
Reparos nas ativas (ou inativas com monoliticidadenão exigida) –feitos por juntas de dilatação. “Para impedir a penetração
de materiais que impeçam sua livre movimentação (pó, areia, brita etc.) ou que sejam deletérios ao concreto (água, óleos,
fuligens etc.), as ‘novas juntas’ devem ser vedadas com mastiquesou outros materiais elásticos”.
Reparos especiais –são aqueles nos quais é inviável a execução de técnicas padronizadas. Nesses casos, são empregadas
combinações de técnicas, algumas delas com adaptações. Procedimentos alternativos são também utilizados.
Pintura - “Com o objetivo de uniformizar a cor da estrutura, após o reparo, pode ser feita a pintura estética à base de tinta
pva, acrílica, epoxídicaou cimentícia, utilizando ou não argamassa de estucamento. No caso de intervenções devidas à corrosão
de armaduras, é recomendável a aplicação de pinturas que visem proteger o concreto contra penetração de água e gases”, diz
o professor, que continua: “é importante salientar que elementos estruturais, que possam receber umidade por uma ou mais
de suas faces, só devem receber pinturas ou revestimentos nas demais faces, se forem permeáveis ao vapor d’água. Caso tal
regra não seja observada, estará criada situação favorável para acelerado processo de oxidação de armaduras”.
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Polimento - O polimento do concreto, recurso protetor e estético, raramente é adotado por engenheiros e arquitetos. No
entanto, é um bom mecanismo de proteção, pois reduz a área de absorção pela diminuição da área desenvolvida da superfície
exposta do concreto, e reduz o tempo de absorção, pelo aumento da velocidade de escorrimento da água. O tratamento é
extremamente otimizado, quando, antes do polimento do concreto, são aplicados em sua superfície produtos
impermeabilizantes que atuam obturando os capilares do concreto, através de formações cristalinas insolúveis. “Com um
simples, mas adequado tratamento, o concreto convencional pode se tornar um ‘granito raro e impermeável.