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XVIII Encontro de Iniciação à Pesquisa

Universidade de Fortaleza
22 à 26 de Outubro de 2012

Responsabilidade Individual e AIDS.

Nathássia Matias de Medeiros¹(IC)*, Clara Virgínia Queiroz Pinheiro²(PQ).


¹ Aluna da Universidade de Fortaleza. Bolsista PAVIC.
² Professora da Universidade de Fortaleza.
Nathassiamm@hotmail.com

Palavras-chave: AIDS. Responsabilidade. Prevenção. Modernidade.

Resumo
As intervenções governamentais em relação à AIDS baseiam-se, primeiramente, na prevenção à doença. O
presente trabalho pressupõe, a partir da teoria foucaultiana, que os discursos e práticas preventivas
implicam em consequências sobre os modos de subjetivação, o que configura o problema de estudo deste
trabalho. O discurso preventivo surge na modernidade e, atualmente, as estratégias de intervenção em
saúde pública não são mais somente dever o Estado e direito de cada cidadão, mas também cada pessoa
passa a ser responsável por sua própria saúde. Tal noção de responsabilidade individual só é possível
surgir também na modernidade, pois é só então que há a noção de um sujeito livre e autônomo,
diferentemente da Grécia antiga e da idade média. As maneiras de evitar a AIDS já estão postas e a opção
e responsabilidade de segui-las ou não é de cada um. No caso desses cuidados preventivos não serem
seguidos, a responsabilidade é somente de cada um que fugiu à norma atual de como viver de forma
saudável. A partir de tal noção de responsabilidade, torna-se possível pensar a o princípio do preconceito
ainda presente em relação às pessoas vivendo com AIDS.

Introdução
As intervenções a nível da população em relação à AIDS, assim como acontece com qualquer
outra doença, consistem, antes de tudo, na prevenção. Dessa forma, a AIDS é tomada pelo discurso
preventivo e este trabalho busca esboçar sobre algumas das consequências dessa abordagem preventiva
na vida dos indivíduos vivendo com HIV e AIDS.
De acordo com Amorim e Szapiro (2008), o discurso preventivo, tão presente no combate à AIDS,
é algo que surge com o advento da medicina moderna. Herdeira da anátomo-clínica, a medicina na
modernidade possui um olhar de profundidade em relação à patologia e esta é localizada no espaço
corpóreo individual. A doença é o próprio corpo tornado doente. A diferenciação é no campo do doente e
do saudável. O processo de adoecimento é visto como individual e ligado às condições de vida de cada
um. Estabelece-se aqui uma relação entre corpo, morte e vida. A morte é localizável no corpo e a vida é
pensada em relação à morte.
Esse caráter individualizante do cuidado médico obriga o sujeito a uma
preocupação permanente com a própria saúde, a qual depende de sua
forma de vida. Estabelece, assim, uma prática de auto-regulação,
autodomínio que implica o conhecimento de sua situação orgânica

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singular. Daí o indivíduo submeter-se incessantemente, a uma disciplina
constante da alimentação, da higiene, dos exercícios físicos, das relações
sexuais, entre outros cuidados. (PINHEIRO, 2006, p. 51).
As intervenções médicas não se restringem somente ao restabelecimento do estado normal, mas
também irão definir as diferenças entre o sujeito sadio e o doente. Isso implica em um exercício de poder
da medicina sobre esses corpos, já que a doença é uma categoria corporal, tornando o indivíduo objeto
médico. “Nesse sentido, o objeto do saber e da intervenção médica é a existência de cada indivíduo.”
(PINHEIRO, 2006, p. 51).
A prevenção é herdeira da medicina moderna na medida em que identifica no espaço corpóreo a
doença, agindo sobre o corpo. “Esta, ao constituir a doença como objeto de intervenção, passou a ter como
alvo não só o combate às doenças como também a todos os comportamentos e situações que poderiam
provocar doenças.” (AMORIM e SZAPIRO, 2008, p.648).
A prevenção irá agir, portanto, nas atitudes geradoras de risco à saúde das pessoas. Esse discurso
e intervenção medico-preventivos não deixam de ter consequências sobre os modos de vida dos
indivíduos, inclusive dos que vivem com HIV e AIDS, o que será abordado neste trabalho no que diz
respeito à responsabilização de cada um por sua saúde individual que a prevenção acarreta. Considera-se
aqui, com base em Foucault (2010), que o homem, enquanto conceito moderno, perpassado por categorias
também criadas na modernidade, como psique, subjetividade, personalidade, etc. é efeito de uma sujeição
articulada por saberes e poderes, dentre eles a medicina. Cria-se uma alma, uma identidade que é
produzida por saberes e práticas, pois é tomada como objeto destes. A pergunta é sobre que sujeito é
produzido a partir dessa articulação saber/poder.
Busca-se também contemplar as mudanças no pensamento que levaram ao surgimento dessa
noção de responsabilidade individual na modernidade, para que então se possa pensar nos efeitos de tal
responsabilização.

Metodologia
Este artigo, em conformidade com as ideias foucaultianas, analisa a prática e o saber médico-
preventivos no campo do HIV e AIDS como dispositivos produtores de subjetividades. A metodologia do
presente trabalho baseou-se em uma pesquisa bibliográfica sobre os temas abordados. Utilizou-se como
referencial teórico Pinheiro, Ortega e Zorzanelli, assim como, Bezerra e Amorim e Szapiro para pensar as
implicações do discurso preventivo na experiência subjetiva. Os mesmos autores foram utilizados para
pensar a questão da responsabilidade individual decorrente de tal discurso. Por fim, utiliza-se Marcondes e
Figueredo para realizar um percurso histórico das mudanças que levaram ao advento na noção de
responsabilidade individual.

Resultados e Discussão
Como já foi explicitado anteriormente, o discurso preventivo torna-se possível a partir do
surgimento da medicina moderna. E a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, atualmente, é tomada pelo
discurso preventivo. Na lógica preventiva, o que apresenta risco em relação à contaminação pelo vírus é o
comportamento de cada um em relação ao uso de drogas, transfusão sanguínea e, principalmente, aos
hábitos sexuais.
Segundo Bezerra (2002), as estratégias de intervenção em saúde pública não são mais somente
dever o Estado e direito de cada cidadão, mas também cada pessoa passa a ser responsável por sua

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própria saúde. “Propaga-se a crença de que o indivíduo pode e deve ser capaz não só de evitar doenças,
mas, sobretudo de gerenciar os riscos à sua saúde, minimizando de forma consciente a possibilidade de
patologias e otimizando seus próprios recursos.” (BEZERRA, 2002, p.233). Nessa linha de pensamento,
nota-se que são realizadas diversas campanhas, veiculadas pelos diversos meios de comunicação, de
prevenção à AIDS. Em tais campanhas, não se trata de proibir o sexo, a transfusão sanguínea ou o uso de
drogas injetáveis. Trata-se muito mais de informar, ou melhor, estabelecer a forma correta e segura de
realizar essas ações. Não se proíbe o sexo, estabelece-se que deve ser feito com camisinha, não se prega
o não uso de drogas injetáveis, mas que seja usada uma seringa individual, não se proíbe a transfusão de
sangue, mas esta deve seguir os mais altos padrões de segurança e testagem quanto ao vírus da AIDS e
outros. Enfim, considera-se que está estabelecido e divulgado como não contrair a AIDS, basta seguir a
forma segura de viver que está posta.
É possível que surja a pergunta: por que então as pessoas ainda contraem AIDS? Talvez essa
pergunta apareça porque parece ser quase uma escolha pessoal ter AIDS ou não. Com a noção de
comportamento de risco, a responsabilidade individual por ter o vírus HIV passa a ser de cada um que não
foi suficientemente civilizado em suas práticas de trocas de fluidos com outra pessoa. “Não possuir uma
boa saúde pode parecer uma falha, um desvio da normalidade, uma fraqueza individual ou uma falta de
vontade. Quase como se merecêssemos as doenças que contraíssemos.” (AMORIM e SZAPIRO, 2008, p.
652).
Talvez seja possível afirmar que o discurso médico, principalmente o preventivo, seja o grande
legitimador dessa noção de responsabilidade de cada um por sua doença. Tal discurso, como já foi
colocado, surge na modernidade, juntamente com a noção de individualidade e de responsabilidade
individual. É que só na modernidade foi possível pensar o homem como um ser autônomo e livre porque
racional e, portanto, responsável pelos seus atos. Analisando a tradição filosófica do pensamento
ocidental, é possível afirmar que nem sempre houve essas noções, elas são históricas.
Realizando um breve percurso histórico, ver-se que a noção de responsabilidade era inviável na
Grécia antiga, época representada principalmente através do pensamento platônico. Isso porque, segundo
Marcondes (2009), em Platão, se o homem realizava o Mal ou o Bem este o fazia por conhecimento ou
ignorância em relação à essência do Bem. Não era uma questão de escolha entre Bem e Mal, mas sim uma
questão de conhecimento. Se não há escolha, portanto, o homem não pode responsabilizar-se por seus
atos. Platão afirma que a virtude é natural, inata ao homem, ela só precisa ser despertada a partir do
conhecimento do Bem. Se a virtude é algo inato, é algo que foge ao controle do homem, ele não escolhe
ser virtuoso, não é possível para ele, através de escolhas e atos, agir virtuosamente. É possível afirmar que
há uma impossibilidade de que houvesse na Grécia antiga uma noção de homem como temos na
modernidade: um ser racional e livre para escolher, virtuoso porque escolhe o bem a partir de sua
liberdade que decorre da própria racionalidade.
Entretanto, na Idade Média, pensada através de São Tomás de Aquino e Santo Agostinho, surge a
noção de livre arbítrio, que era a liberdade de escolha concedida por Deus para que os homens escolham
entre o Bem e o Mal e sejam recompensados e punidos a partir de suas escolhas. “O livre arbítrio, ou
liberdade individual, é, segundo santo Agostinho, a característica do ser humano que o torna responsável
por suas escolhas e decisões.” (MARCONDES, 2009, p. 51). Quanto a São Tomás de Aquino, Marcondes
(2009) afirma que “Para ele, o livre arbítrio decorre da própria racionalidade humana e é um pressuposto
da ética enquanto possibilidade de escolha daquilo que é bom em detrimento do que é mau.” (p.61) . Dessa

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forma, ver-se aí instaurada uma noção de liberdade, traduzida em liberdade de escolha como um dom
divino. A opção entre o bem e o mal aqui já se trata de algo decidido pelo homem, ele possui controle sobre
seu agir e, portanto já pode, de certa forma, responder por ele.
Na modernidade, com Descartes, essa noção de responsabilidade amadurece, pois agora o
homem é considerado possuidor de total controle sobre as suas paixões corpóreas que outrora poderiam
ter deturpado as suas escolhas. Como afirma Marcondes (2009), “É preciso portanto que a vontade se guie
pela razão e não pelas paixões, garantindo assim a possibilidade de distinguir o certo do errado e o bem do
mal.” (p.68)
Em Kant, o homem é racional e, porque racional, livre das paixões corpóreas, livre para escolher
sem que nada o corrompa e, consequentemente, ele é inteiramente responsável por cada decisão. “No que
diz respeito à prática, trata-se da escolha livre dos seres racionais, que podem se submeter ou não à lei
moral, que por sua vez é fruto da razão pura em seu sentido prático; portanto, age moralmente aquele que
é capaz de se autodeterminar.” (MARCONDES, 2009, p. 86).
De acordo com Figueredo (2009), é exatamente na modernidade que surge esse sujeito livre para
escolher porque é racional e, portanto, responsável por sua escolha, que vemos em Descartes e,
principalmente, em Kant. Figueredo (2009) aponta, para explicar o surgimento do sujeito moderno, que
anteriormente, na Idade Média, as referências de como se deveria viver eram muito claras. A vida era
regulada pelas tradições e obediência. Na gestação da modernidade, principalmente com o movimento
renascentista, as referências de vida tornam-se diversas. As referências e perspectivas para a existência
do homem não eram mais absolutos. As pessoas precisaram voltar-se para si mesmas e, através da
reflexão, reconstruir novos referenciais. Para que essa reconstrução fosse realizada baseada em verdades
e certezas, era preciso submeter a diversidade de novos fenômenos e o próprio sujeito a procedimentos de
controle.
Contudo, para converter o mundo num estoque de objetos representáveis,
acumuláveis de forma sistemática, previsíveis, manipuláveis e exploráveis
enquanto ‘recursos naturais’, o sujeito da modernidade devia começar por
impor a si mesmo a autodisciplina de um método. De fato, é próprio da
modernidade que o homem se descubra não apenas senhor de direito de
todas as coisas, mas que também se reconheça como fonte primordial de
seus próprios erros e desatinos. Daí a necessidade de uma auto-disciplina.
(FIGUEREDO, 2009, p.36).
Essa auto-disciplina cinde o homem em dois. O sujeito deveria expurgar de si tudo o que o
tornasse dubio, duvidoso, mundano, incerto, a fim de que fosse possível conhecer sem riscos de erros. Isso
porque, como vimos em Descartes, o erro é apenas um mau uso das vontades. Segundo Marcondes
(2009), “Na ‘Quarta Meditação’ Descartes discute o problema do erro, caracterizando-o como consequência
não de nossas faculdades intelectuais, mas de um mau uso de nossa vontade, quando esta assente em
algo com base em ideias que não são claras e distintas.” (MARCONDES, 2009, p. 68). Dessa forma, de um
lado, ficaria a subjetividade expurgada e de outro um sujeito epistemológico, uma consciência
representativa purificada. “Do método, em outras palavras, esperava-se a construção de um sujeito
epistêmico pleno, sede, fundamento e fiador de todas as certezas.” (FIGUEREDO, 2009, p. 36-37).
O homem é capaz, portanto, de escolher, agir e ser responsável por seus atos, pois, enquanto
sujeito epistêmico pleno, não há nada que o separe da verdade. É baseado nessa concepção moderna de

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homem, que se torna possível pensar que a responsabilidade por estar saudável ou doente é de cada um,
que é livre para escolher entre viver de forma saudável ou não. “Apoiando-se nesta concepção iluminista
do sujeito da razão, a lógica da prevenção levará a atribuição de responsabilidade a cada um pelas
decisões que toma e, obviamente, pelas escolhas sobre os riscos que pode correr.” (AMORIM e SZAPIRO,
2008, p. 648-649). A forma de viver chamada saudável, que evita a doença, é estabelecida pelo saber
médico. Segundo Amorim e Szapiro (2008), a prevenção é a grande maneira atual de lidar com a saúde e a
doença, porque se tem como pressuposto um sujeito capaz de seguir as prescrições preventivas, de
escolher o que é colocado como verdade, pois age a partir da sua razão pura.
A partir do que foi exposto, torna-se possível pensar que a responsabilidade por ter AIDS é de
cada um. As maneiras de evitar a AIDS já estão postas e a opção e responsabilidade de segui-las ou não é
de cada um. No caso desses cuidados preventivos não serem seguidos, a responsabilidade é somente de
cada um que fugiu à norma atual de como viver a sexualidade, do uso de drogas injetáveis, da transfusão
de sangue, e todas as formas de contágio do vírus HIV.
Portanto, não incorreremos ao erro ao enfatizar que com a racionalidade
anatomopatológica se estabelece uma relação de dependência entre
identidade pessoal e corporeidade. A identidade está circunscrita aos
limites corporais, não sendo possível extrapolá-los. O corpo encarna o
destino inexorável da existência humana. Entretanto, o homem pode evitar
a doença e, consequentemente, a morte, através do adestramento de seus
hábitos e comportamentos, instaurando, assim, uma prática permanente de
autocontrole. Tal prática de cuidado de si implica um reconhecimento de si
como sujeito autônomo e responsável que pode, a partir de decisões
corretas (saudáveis), definir o curso de seu destino tendo em vista seus
limites físicos que o singularizam e o situam entra a vida e a morte.
(PINHEIRO, 2006, p.52).

Conclusão
Diante da noção de responsabilidade individual explicitada anteriormente, foi possível pensar que
cada pessoa sente-se responsabilizada por ter o vírus HIV, pois isso decorreu dos seus maus hábitos, da
sua insubmissão às formas seguras e corretas de viver.
Nesse contexto, as pessoas buscam sempre manter-se afastadas de tudo e de todos que
apresentem risco às suas saúdes. E como fica então uma pessoa que está fora da norma de saúde? E se
essa mesma pessoa, mesmo que remotamente, apresentar risco à minha saúde que deve ser perfeita? A
ideia da AIDS como um terror, típica do surgimento da síndrome na década de 80, não é tão antiga e,
mesmo que se considere que seja possível que essa ideia tenha sido inteiramente superada, o medo de ter
qualquer doença, seja ela qual for, é próprio do contexto atual. Amorim e Szapiro (2008) respondem a essa
questão colocando que
Isto porque, neste quadro, torna-se legítimo que eu me preserve de
situações de risco a qualquer preço. Se depende apenas de minha escolha
o passo a dar, isto pode me levar a formas de extremo individualismo, sem
lugar para compaixão ou solidariedade, caso isto possa me colocar, ainda

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que imaginariamente, em risco. O caso das pessoas que vivem com o vírus
HIV e que relatam enormes discriminações na sociedade é um exemplo
claro deste problema. (AMORIM e SZAPIRO, 2008, p. 651).

Além da responsabilidade que recai sobre cada indivíduo que possui AIDS, a noção de
responsabilidade individual na contemporaneidade pode ainda reverberar nas atitudes das outras pessoas
que não possuem AIDS em relação à doença. O preconceito ou a discriminação permanecem mesmo
depois de tantas campanhas, esforços políticos do governo, de ONG’s, das mais diversas instâncias da
sociedade para que haja a inclusão social dessas pessoas. Entretanto, em um contexto em que cada um
deve viver com risco zero, proteger-se, prevenir-se, cuidar-se para evitar toda e qualquer doença,
imperfeição ou sofrimento, parece destacar-se um possível motivo do medo ou preconceito. “Práticas de
responsabilização conduzem a atos de escolha individual que devem servir para repensar a relação com
futuros cônjugues e o estilo de vida, a partir dos riscos de doenças” (ORTEGA e ZORZANELLI, 2010, p.
89-90).
A questão que se impõe nesse momento é uma interrogação sobre a chamada discriminação ou
preconceito e acredita-se que este estudo possibilitou o levantamento de questões que apontam a uma
direção para a reflexão sobre a questão.

Referências
AMORIM, C. M.; SZAPIRO, A. M. A domesticação das singularidades: reflexões sobre o paradigma da
prevenção - o caso da epidemia de HIV/AIDS. Estud. pesqui. psicol., Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, dez.
2008.

BEZERRA, B. J. O ocaso da interioridade e suas repercussões sobre a clínica. In: PLASTINO, Carlos
Alberto (org.). Transgressões. Rio de Janeiro: Contracapa, p. 229 - 239. 2002.

FIGUEIREDO, L. C. M. Revisitando as psicologias: da epistemologia à ética das práticas e discursos


psicológicos. 5 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

MARCONDES, D. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 4ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,
2009.

PINHEIRO, C. V. Q. Saberes e práticas médicas e a constituição da identidade pessoal. PHYSIS: Rev.


Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 45 – 58. 2006.

ORTEGA, F.; ZORZANELLI, R. Corpo em evidência: a ciência e a redefinição do humano. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2010.

Agradecimentos
À Universidade de Fortaleza. À Professora Clara Virgínia Pinheiro

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