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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO


CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
Curso de Enfermagem Bacharelado

KERLLIN KARINE BARROS DANTAS

ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE DA GESTANTE COM SOBREPESO OU


OBESIDADE: UMA OBSERVAÇÃO DO PRÉ-NATAL REALIZADO PELA EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL NO MUNICÍPIO DE SINOP/MT.

Sinop-MT
2018
KERLLIN KARINE BARROS DANTAS

ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE DA GESTANTE COM SOBREPESO OU


OBESIDADE: UMA OBSERVAÇÃO DO PRÉ-NATAL REALIZADO PELA EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL NO MUNICÍPIO DE SINOP/MT.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Bacharelado em
Enfermagem da Universidade Federal de Mato
Grosso Campus de Sinop, como requisito
parcial para obtenção do título de Bacharel em
Enfermagem.

Orientadora: Esp. Karla Eduarda Von Dentz

Sinop-MT
2018
Folha de Aprovação

ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE DA GESTANTE COM SOBREPESO OU


OBESIDADE: UMA OBSERVAÇÃO DO PRÉ-NATAL REALIZADO PELA EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL NO MUNICÍPIO DE SINOP/MT.

KERLLIN KARINE BARROS DANTAS

Aprovado em 15 de março de 2018, pela Comissão Examinadora, abaixo assinada.

_________________________________________

Orientadora: Esp. Karla Eduarda Von Dentz

Instituto de Ciências em Saúde

________________________________________

Examinador 1: Me. Claudia Regina De Barros Costa

Instituto de Ciências em Saúde

_________________________________________

Examinador 2: Dr. Rosângela Guerino Masochini

Instituto de Ciências em Saúde


Dedico o meu trabalho de conclusão de curso aos
meus pais Joel e Salete, irmão Walker, e ao meu
companheiro Bruno, por estarem sempre me apoiando
durante toda a caminhada acadêmica.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por conseguir concluir o meu tão esperado curso de
graduação, por me encontrar no curso, e também as pessoas me apoiaram, principalmente a
minha orientadora Karla Eduarda Von Dentz que me deu a mão desde do início do nosso projeto
e tem sido mais que uma irmã.
Agradeço o apoio das minhas supervisoras de projeto extensão Emiliane Santiago, Cintia
Lopes Branco por terem sido como uma mãe durante toda a caminhada acadêmica, e as minhas
amigas de turma que são como umas irmãs para mim.
Muito obrigada...

Como já diz Paulo Coelho Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela
RESUMO

A obesidade no período gravídico é um grande desafio para os profissionais de saúde.


Segundo a Organização Mundial de Saúde, excesso de peso atingiu quase dois bilhões de
adultos em 2016, sendo mais de 650 milhões obesos. Evidências na literatura demonstram que
o excesso de peso no período pré-gestacional é um dos mais importantes fatores de risco à saúde
materna-fetal. A pesquisa teve como objetivo avaliar assistência integral à saúde da gestante
com sobrepeso ou obesidade através de uma observação do pré-natal realizado pela equipe
multiprofissional no município de Sinop/MT. O público alvo da pesquisa foram 18 gestantes,
selecionadas de cinco unidades básicas de saúde do município. A pesquisa é estudo
epidemiológico descritivo transversal e exploratório, com o uso dos prontuários para selecionar
as gestantes, considerando os critérios de inclusão e exclusão. As gestantes foram submetidas
a um questionário estruturado, aplicado através de entrevista, para coletar informações sobre o
pré-natal. As gestantes avaliadas apresentaram média de idade de 27 (±5,5) anos, questionadas
sobre a avaliação da qualidade do serviço durante o pré-natal, 61,1% afirmaram como bom o
atendimento, seguido por 22,2% como regular, 11,1% como excelente e 5,56% como péssimo.
As gestantes foram atendias por médico, enfermeiro, dentistas, nutricionistas e psicólogos.
Quando questionadas, 55,6% afirmaram não terem recebido orientações pré-concepcional em
relação o excesso de peso, 77,8% declararam terem recebido orientações sobre o ganho de peso
durante a gestação, 50% não foram orientadas sobre sua classificação nutricional, 50,0% não
obtiveram o planejamento de ganho de peso e 50,0% declararam que não receberam
informações sobre os riscos materno-fetal devido ao excesso de peso. Em relação aos hábitos
alimentarem, 72,2% das gestantes admitiram terem recebido orientações sobre o tema e a
prática de atividade física regular foi relatada por 22,2% das gestantes. No preenchimento da
Caderneta de Gestante, houve o registro em 100% (18) dos dados nos campos sobre peso e
altura. Já nos demais campos avaliados não estavam preenchidos corretamente. Conclui-se que
esta pesquisa foi fundamental para identificar a atual assistência ao pré-natal de gestantes com
excesso de peso e identificar a importância da assistência dos profissionais médicos e
enfermeiros nesse processo.

Palavras-chave: assistência integral à saúde; equipe multiprofissional; gestantes; obesidade;


sobrepeso.
ABSTRACT

Obesity in pregnancy is a major challenge for health professionals. According to the


World Health Organization, the prevalence of obesity in Brazil increased from 11.8% in 2006
to 18.9% in 2016. Evidence shows that pregestational overweight is one of the most important
risk factors for maternal-fetal health. In view of this epidemiological evidence, the number of
overweight women in reproductive age should be considered as an alarming value, considering
the aggravations due to pregestational overweight during pregnancy. The present study aimed
to evaluate the assistance provided by the multi-professional team to pregnant women with
pregestational overweight during prenatal care in basic health units in Sinop/MT. The target
audience of the research was represented by a sample group with 18 pregnant women. The
study made possible to characterize the profile of overweight pregnant woman assisted by the
basic health service of the municipality, the professionals who provided assistance during
prenatal care, the level of guidance/information that the pregnant women received, the quality
of care, the impact on the pregnant woman's life and, above all, allowed the identification of
the care received during the prenatal period, thus being able to crosscheck with the
recommendations of the Ministry of Health. Findings provided information for the formulation
of a situational diagnosis and suggestions for actions to improve the care provided, ensuring the
prevention of maternal-fetal complications due to overweight during pregnancy.

Keywords: pregnant women; obesity; overweight; integral healthcare; multiprofessional team.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 9
2. PROBLEMA 12
3. JUSTIFICATIVA 13
4. HIPOTESE 14
5. OBJETIVOS 11
5.1. OBJETIVO GERAL 11
5.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 11
6. REFERÊNCIAL TEÓRICO 12
7. METODOLOGIA 18
8. RESULTADOS 20
9. DISCUSSÃO 27
10. CONCLUSÃO 34
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35
ANEXOS 40
APÊNDICES 47
1. INTRODUÇÃO

A obesidade no período gravídico é um grande desafio para os profissionais de saúde


(BRASIL, 2013). Segundo a Organização Mundial de Saúde, excesso de peso atingiu quase
dois bilhões de adultos em 2016, sendo mais de 650 milhões obesos (fonte). No Brasil, a
prevalência de obesidade passou de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016 (vigitel). Segundo
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o excesso de peso e a obesidade
entre as mulheres cresceram 50% nos últimos 30 anos, e atualmente mais da metade das
brasileiras em idade fértil estão com um IMC acima do valor adequado (MATTAR et al, 2009).
Evidências na literatura demonstram que o excesso de peso no período pré-gestacional é um
dos mais importantes fatores de risco à saúde materna-fetal (BRASIL, 2016). Diante dessa
evidência epidemiológica, deve-se considerar o número de mulheres em idade reprodutiva com
excesso de peso como um valor alarmante, considerando os agravos decorrentes do excesso de
peso pré-gestacional durante a gravidez.

O Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN) foi instituído pelo


Ministério da Saúde através da Portaria/GM n.º 569, de 1/6/2000, refere sobre o
cadastramento das gestantes e a qualidade da assistência do pré-natal. Segundo Nascimento
e colaboradores, a qualidade do pré-natal pode comprometer o diagnóstico precoce das
doenças, prevenção e tratamento (NASCIMENTO, 2007). A equipe multidisciplinar tem um
papel fundamental no pré-natal contribuindo para conhecimento de cada profissional,
complementando-se para prestar uma assistência de qualidade e eficaz (SANTIAGO, 2017).
Pesquisas apontam que as falhas nas orientações das gestantes com excesso de peso estão
relativamente ligadas ao aumento da taxa de partos cesáreos (CIDADE, 2011).

Segundo o Ministério da Saúde (2014), o estado nutricional da gestante é fundamental


para o diagnóstico nutricional, primordial para o planejamento de ganho peso materno durante
a gestação. É sabido que além do excesso de peso pré-gestacional ser um risco para a saúde
materno-fetal, o ganho excessivo durante a gestação também tem um importante papel no risco
de complicações (MARTTA et al, 2009). A equipe multidisciplinar deve encorajar as
gestantes com excesso de peso realizar uma mudança de estilo de vida, como hábitos
alimentares saudáveis e prática de atividade física leve (NASCIMENTO, 2011). Em relação
ao atendimento das gestantes com excesso de peso, deve-se adotar um calendário diferenciado
das gestantes com peso adequado, realizando consultas com intervalos menores (BRASIL,
2014).
As pesquisas mostram que o aumento do número de mulheres com excesso de peso
durante o período gestacional leva aos riscos materno-fetal de desenvolver complicações,
como desenvolvimento de doenças crônicas, parto prematuro, aborto espontâneo (BRASIL,
2014). Os estudos apontam que uma assistência inadequada da equipe multidisciplinar tem
maior influência no ganho de peso excessivo durante a gestação (BRASIL, 2014). Assim, o
excesso de peso e uma assistência de pré-natal de baixa qualidade são situações problemáticas
a serem enfrentadas no serviço básico de saúde.
Diante disso, estudos que busquem avaliar a situação excesso de peso e assistência de
saúde, são relevantes para identificar possíveis problemas, justificando a necessidade de
investigação da qualidade assistência no pré-natal das gestantes com excesso de peso atendidas
nas unidades básicas de saúde e quais as intervenções promovidas pela equipe multidisciplinar
para a prevenção de complicações durante o pré-natal, baseado nas recomendações do
Ministério da Saúde. Com isso, será possível visualizar uma situação real do atendimento e,
se necessário, sugerir ações para solucionar os problemas.
2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Avaliar assistência integral à saúde da gestante com sobrepeso ou obesidade através de


uma observação do pré-natal realizado pela equipe multiprofissional no município de
Sinop/MT

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Avaliar o preenchimento da caderneta das gestantes, o uso do instrumento de classificação


do estado nutricional, as condutas praticadas pela equipe multiprofissional e aplicação do
planejamento de ganho de peso total recomendado.
3. REFERÊNCIAL TEÓRICO

A obesidade no período gravídico é um grande desafio para os profissionais de saúde


(BRASIL, 2013), onde o aumento anormal ou excessivo das células adiposas apresenta um
risco á saúde (WHO, 2017). O aumento do peso na gestação tem sido uma das problemáticas
para saúde pública, devido ao risco desenvolver complicações durante a gestação, podendo
ocasionar a morte materna e/ou fetal (MAARTA et al, 2009). Segundo a Política Nacional de
Alimentação e Nutrição (PNAN), o atual perfil epidemiológico e nutricional tem aumentado
nos últimos anos, com isso o Sistema Único de Saúde (SUS) teve elevação dos gastos com o
aparecimento de doenças crônicas (BRASIL, 2008). Segundo dados da Vigilância de Fatores
de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico VIGITEL, atualmente a
obesidade tem atingido 50% mulheres com idade no Brasil fértil (BRASIL, 2017).
A importância de uma boa assistência prestada à gestante com sobrepeso e obesidade tem
um papel fundamental para prevenção e promoção de saúde, para identificação precoce de
doenças, e assim criando o planejamento e obtendo informações durante todo período gravídico,
que através das consultas realizadas com qualidade tem apresentado um bom desempenho das
gestantes por obterem mais conhecimento, e também apresentam ótimos resultados pós-parto
(NETO, 2012).
3.1. GESTAÇÃO
A gravidez é um período onde ocorrem grandes transformações na vida e no corpo da
mulher, do(a) seu(sua) parceiro(a) e toda a sua família. Nesse momento acontecem vivências
intensas e por vezes sentimentos contraditórios, momentos de dúvidas, de ansiedade. Ao longo
desses 40 semanas de gestação, o corpo vai sofrer lentamente modificações, preparando-o para
o parto e a maternidade, enquanto o bebê se desenvolve (BRASIL, 2014).
Na gestação, a mulher passa por mudanças físicas, fisiológicas e metabólicas (PESSOA
et al, 2014) e, é um momento de crises construtivas, onde deve ocorrer reajustes pessoais e aos
que estão ao redor da nova mãe, e o preparo psíquico da gestante, sendo um momento essencial
para a formação de vínculo e desenvolvimento pessoal. Essa fase do ciclo de vida é um
momento estratégico para a promoção da saúde. (BRASIL, 2014).
As transformações que ocorrem na gestação promovem o aumento das demandas do
organismo, como energia e de nutrientes para suprir as necessidades maternas e fetais, para isso
a gestante deve ter uma alimentação saudável para possibilitar, o desenvolvimento fetal
adequada (PESSOA et al, 2014).
Durante o período gravídico o acompanhamento com a gestante sobrepeso e obesidade,
deve ser discutido as necessidades energéticas para o controle de peso, destacando o ponto
principal que é aumento do apetite que deve ser controlada, assim relacionando de qual forma
ela deve suprir a vontade de forma saudável (BRASIL, 2014).
3.2. OBESIDADE NA GESTAÇÃO
Obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo ou anormal de gordura corporal que
pode deteriorar a saúde (WHO, 2017). O Ministério da Saúde recomenda que mulheres com
sobrepeso ou obesidade, quando possível, serem encorajadas a adotar mudanças nos hábitos de
vida durante o período pré-concepcional, com o objetivo de minimizar os riscos do
desenvolvimento de complicações durante a gestação (BRASIL, 2014).
A obesidade é considerada doença multifatorial, ocorrendo pela interação de diversos
fatores, principalmente as condições do ambiente. Muitos dos mecanismos fisiopatológicos que
levam à obesidade são ainda desconhecidos (BRASIL, 2016). A prevalência de sobrepeso e
obesidade é considerada um problema de saúde pública, tendo um crescente aumentando em
todo o mundo, tornando-se uma epidemia mundial, atingindo todas as classes sociais (VIDO et
al, 2014), e está fortemente relacionada ao desenvolvimento de doenças crônicas degenerativas.
Com o aumento de gordura corporal, nosso organismo desencadear diferentes complicações,
como resistência á insulina, aumento da pressão arterial, doenças cardiovasculares, síndrome
metabólica (AZEVEDO et.al, 2015).
O estilo de vida é um dos principais fatores que levam ao excesso de peso, hábitos como
sedentarismo e ingesta calórica aumentada promove um balanço negativo no gasto energético,
gerando acúmulo de energia que posteriormente é armazenada em forma de gordura (ALANIZ,
2006). É fundamental que mulheres com excesso de peso recebam assistência da equipe
multiprofissional personalizada, com orientação sobre um estilo de vida saudável e ações para
prevenção de complicações (BRASIL, 2014).
Mulheres com obesidade durante a gravidez são consideradas como paciente que
necessitam de atenção de alto risco. Essa demanda é decorrente aos riscos no qual estão sujeitos
à mãe e o feto, devido às diversas complicações que podem se manifestar durante todos os
períodos da gestação, do parto e o pós-parto decorrente ao excesso de peso, e essas
complicações que podem levar ao óbito materno e fetal (RAPOSO, 2011).
Um estudo feito para avaliar o ganho de peso durante gestação, realizado em Porto
Alegre-RS entre os anos de 2008 a 2010, revelou que a prevalência de mulheres que
apresentaram ganho de peso superior ao valor máximo recomendado para o IMC pré-
gestacional foi de 46,5% para gestante com sobrepeso, 45,9% para as com obesidade e 17,6%
entre as gestantes eutróficas (NAST et al, 2013).
Apesar da recomendação sobre o ganho de peso controlado durante a gestação, o
Ministério da Saúde orienta que a perda de peso durante a gestação não deve ser estimulada,
por ser um fator de risco para o desenvolvimento fetal (BRASIL,2016).
A obesidade gestacional deve assistida de maneira individual pela equipe
multiprofissional, tendo o cuidado diferenciado das demais gestantes classificadas com baixo
risco, em decorrência as complicações que obesidade pode acarretar a saúde materno-fetal
(SEABRA et al, 2011). A detecção precoce da gestante com excesso de peso pela equipe
multiprofissional é importante para obter resultados positivos durante o pré-natal, promovendo
a identificação imediata dos fatores de riscos e planejamento da assistência adequada para a
gestante (GARCIA et al, 2017).
Quando há o ganho de peso gestacional maior que o recomendado, deve-se investigar
qual a causa real do aumento de peso e realizar continuamente o acompanhamento do peso
materno, comparando sempre com as pesagens anteriores (NAST et al, 2013).
Segundo o Ministério da Saúde, a assistência prestada a gestantes com excesso de peso
deve incluir ações que promovam a detecção de doenças associadas à nutrição, como exemplo
a diabetes mellitus ou anemia, e considerar outros achados de significância como avaliação do
edema, que compromete diretamente o diagnóstico do estado nutricional (BRASIL, 2016).
Durante a gestação, a obesidade pode ocasionar complicações para a saúde da mãe e da
criança, como diabetes mellitus gestacional, indicação para parto cesáreo, hemorragia no pós-
parto, parto prematuro, pré-eclâmpsia, síndrome hipertensiva arterial, tromboembolia,
macrossomia fetal, baixo Apgar, anomalias congênitas, entre outras complicações (BRASIL,
2016; PESSOA et al, 2014). Alguns estudos vêm mostrando a relação da obesidade materna e
complicações durante a gestação, devido à possibilidade de desenvolver distúrbios metabólicos
(SILVA et al, 2014).
O profissional da saúde deve-se fornecer orientação nutricional com o objetivo de
promover o ganho de peso recomendado durante a gestação e adoção de hábitos alimentares
saudáveis (BRASIL, 2014).
3.3. CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
Segundo o Ministério da Saúde, a caracterização do estado nutricional de gestantes é
realizada através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), que é calculado através do
peso em quilogramas divido por altura em metros elevada ao quadrado. Diante do valor do IMC
deve-se considerar a idade gestacional da mulher para identificar o estado nutricional utilizando
a tabela de avaliação do estado nutricional da gestante segundo o IMC por semana gestacional
(anexo A) ou o gráfico de acompanhamento nutricional da gestante (anexo B), devendo ser
reavaliado o estado nutricional conforme a evolução da gestação (BRASIL, 2013).
Após a classificação da gestante com sobrepeso e obesidade, o profissional de saúde
deve investigar a presença de edema, polidrâmnio, macrossomia e gravidez múltipla, pois são
alterações que influenciam na somatória do peso (BRASIL, 2014).
É de extrema importância o registro do estado nutricional tanto no prontuário quanto no
Cartão da Gestante. A avaliação do estado nutricional é capaz de fornecer informações
importantes para a prevenção e o controle de agravos à saúde e à nutrição (BRASIL, 2012).
A orientação de ganho de peso total recomendado para gestantes durante toda a gestação
é definida de acordo com o estado nutricional da gestante, sendo recomendado o ganho total
para gestantes com sobrepeso entre 7 kg a 11 kg e para gestantes com sobrepeso entre 5 kg a 9
kg. O planejamento de ganho de peso deve ser considerado o trimestre de gestação, devendo o
ganho ponderado semanalmente (BRASIL, 2013).
3.4. ASSISTÊNCIA À GESTANTE COM EXCESSO DE PESO
Durante o pré-natal a gestante deve ser orientada sobre as mudanças corporais e
hormonais durante o período gestacional e ser instruída sobre os riscos à saúde materno-fetal
em decorrência da obesidade (BRASIL, 2012). Assistência pré-natal tem papel decisivo no
resultado da gestação e é utilizada como um indicador da qualidade das ações e os cuidados
com o mãe-filho que minimizam o efeito dos fatores de risco associados à gestação (BRASIL,
2014).
No que diz respeito à prevenção e acompanhamento do sobrepeso/obesidade, a
possibilidade de apoio interdisciplinar pode representar um avanço, com isso as equipes teriam
suporte de profissionais especialistas (saúde mental, nutricionistas, assistentes sociais, entre
outros) (BRASIL, 2006). O Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) que é uma equipe de
multiprofissionais que atuam de forma coletiva com os pacientes juntamente com a Equipe dos
profissionais da Saúde da Família (BRASIL, 2010).
O pré-natal da gestante com sobrepeso e obesidade tem que ser discutido e analisado às
questões biológicas e nutricionais, assim observando qual a vida que essa gestante possui, desde
renda socioeconômica até a relação familiar (BRASIL, 2014). Essas gestantes devem ter
consultas em intervalos menores, que o calendário das gestantes com peso adequado, durante
as consultas necessitam receber toda informação sobre o planejamento de ganho de peso, quais
os cuidados com a restrição alimentar, e está ciente do IMC anterior da gestação e atual
(BRASIL, 2014). O controle de ganho de peso é um método para amenizar os riscos para saúde
materna e fetal (BRASIL, 2014).
A avaliação do ganho de peso ponderal deve ser realizada em todas as consultas para
melhor qualidade de assistência, e a equipe multidisciplinar deve realizar promoção de saúde
com a gestante para obter o ganho de peso adequado até o final da gestação (MAGALHÃES,
2015; BRASIL, 2014). Durante o pré-natal deve ser transmitida as informações necessárias para
a gestante iniciar as modificações do hábito alimentar, estimulando o comportamento para
adequação da dieta, montando estratégias para que elas consigam seguir durante toda a
gestação, e promovendo as essas informações de forma clara para obter resultados positivos
(BRASIL, 2014). As orientações nutricionais das gestantes devem ser realizadas desde o início
do pré-natal para obter bom desempenho materno, e suprir as necessidades materna com a
alimentação adequada, juntamente o desenvolvimento fetal, sendo demonstrado a importância
da adoção hábito alimentar saudável para o bem-estar materno e fetal (BRASIL, 2013).
Durante o acompanhamento do pré-natal, é de extrema importância o monitoramento e
controle de peso, para a identificação precoce de sobrepeso e obesidade, e assim possibilitará
informações para o planejamento de intervenções e promoção de saúde (BRASIL, 2016).
3.5. CADERNETA DA GESTANTE
O Ministério da Saúde, após a confirmação da gravidez em consulta dá-se início ao
acompanhamento da gestante, com seu cadastramento no Sistema de Acompanhamento do
Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (SISPRENATAL). Os procedimentos e
as condutas que se seguem devem ser realizados sistematicamente e avaliados em toda consulta
de pré-natal (BRASIL, 2005). O profissional de saúde deverá anotar na caderneta de gestante
todos os dados de seu pré-natal e escreverá o resultado das consultas, dos exames, das vacinas
e o que for importante para um bom acompanhamento do pré-natal (BRASIL, 2014).
O cartão da gestante é um documento de uso obrigatório nos serviços de saúde e deve
ser mantido sempre disponível para o adequado acompanhamento, fornecimento de
informações e a assistência à gestação, assegurando a integração dos serviços de saúde e a
comunicação entre os profissionais da atenção primária com os profissionais da atenção
hospitalar (PARIS, 2013).
Através do cartão da gestante é possível obter todos os dados do acompanhamento,
como exames, peso pré-gestacional da gestante, e o peso gestacional atual. Esses dados devem
ser anotados pelo profissional que realiza o atendimento durante todas as consultas do pré-natal
(NAST et al, 2013).
2.7 SUPLEMENTAÇÕES ALIMENTAR NA GESTAÇÃO
O programa Nacional de Suplementação de Ferro criado por meio da Portaria MS nº 730,
de 13 de maio de 2005, é uma das estratégias da Política Nacional de Alimentação e Nutrição
para o combate da deficiência de ferro no Brasil, que Segundo o ministério da Saúde, o seu uso
recomendado é de 40mg/dia de ferro elementar (200mg de sulfato ferroso) para prevenir a
instalação de baixos níveis de hemoglobina no parto e no puerpério (BRASIL, 2012). E também
o uso de Ácido Fólico que é um comprimido 5mg/g dia durante o período pré-concepcional e
no primeiro trimestre de gestação, para proteção contra defeitos abertos do tubo neural
(BRASIL, 2012).
4. METODOLOGIA

4.1. ESTUDO

A pesquisa foi um estudo epidemiológico descritivo transversal e exploratório.

4.2. LOCAL DA PESQUISA

Foram selecionadas as gestantes para estudo em cinco UBS distintas, através de um


sorteio aleatório da UBS localizadas na região urbana do município. As UBS selecionadas
foram: Gente feliz, Jardim das Palmeiras, Jardim das Oliveiras, São Cristóvão, Jardim das
Primaveras; e a coleta dos dados foi realizada durante os meses de outubro, novembro e
dezembro de 2017. Após a seleção das gestantes nas UBS, foram agendados visita domiciliar
ou consultas nas unidades para a coleta dos demais dados necessários e a aplicação do
questionário.

4.3. PÚBLICO ALVO

O público alvo da pesquisa foram 18 gestantes com sobrepeso ou obesidade, selecionadas


conforme dados descritos nos prontuários, considerando os critérios de inclusão e exclusão. As
gestantes selecionadas foram capturadas de acordo com o trimestre gestacional, considerando
os trimestres: 1º trimestre com idade gestacional até 13 semanas e seis dias; 2º trimestre com
idade gestacional de 14 a 25 semanas e seis dias; 3º trimestre com idade gestacional de 26 a 40
semanas.

4.3.1. Critérios de Inclusão

São definidos com critérios de inclusão para participação da pesquisa gestante com:
classificação pré-gestacional de sobrepeso ou obesidade; faixa etária de 18 á 40 anos de idade;
em qualquer situação conjugal; e cadastradas no Sistema de Acompanhamento do Programa de
Humanização no Pré-Natal e Nascimento - SISPRENATAL; atendidas na rede pública de saúde
(UBS).

4.3.2. Critérios de Exclusão

Os critérios de exclusão das gestantes da participação na pesquisa: histórico de doenças


crônicas ou infecciosas anterior da gestação atual; Histórico de intercorrências médicas na
gestação anterior; com hiperêmese gravídica; uso contínuo de medicação anterior da gestação;
realiza qualquer tipo acompanhamento fora da rede pública de saúde.
4.4. INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS

Para avaliação da assistência prestada pela equipe multiprofissional foram utilizados os


seguintes instrumentos: ficha de cadastro da gestante (anexo C), ficha de dados obstétrico da
gestante (anexo D), ficha de avaliação do preenchimento da caderneta da gestante sobre os
dados antropométricos e a classificação do estado nutricional da gestante (anexo E) e
questionário fechado (Anexo F), aplicado através de entrevista nas consultas de pré-natal ou
visitas domiciliares. O questionário fechado teve como objetivo avaliar as condutas praticadas
pela equipe multiprofissional e o nível de conhecimento da gestante.

4.5. COLETA DE DADOS

Para coleta dos dados foi entrado em contado com as gestantes, via telefone, para convida-
las para participar da pesquisa, e posteriormente foram agendadas as entrevistas, sendo
realizadas em suas residências ou na UBS. As entrevistas foram realizadas de forma clara e
imparcial, respeitando o nível de conhecimento da gestante. Os dados do Cartão de Gestante
foram coletados durante as visitas para as entrevistas e em caso de dúvidas ou informações
incompletas, foram realizadas visitas as UBS para buscar novamente os prontuários ou sanada
as dúvidas com os profissionais da equipe multidisciplinar que realizava o atendimento da
gestante.

4.6. ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados estão apresentados em média, desvio-padrão e frequência relativa e a estatística


utilizada foi à descritiva.

4.7. ASPÉCTOS ÉTICOS

Para a participação do estudo, as gestantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e


Esclarecido (Anexo G). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas da
Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Sinop (nº do parecer 2.647.998, Anexo H).
5. RESULTADOS

O estudo avaliou 18 gestantes, com média de idade de 27 (±5,5) anos, com idades
variáveis entre 20 a 37 anos, todas em situação conjugal de casada/união estável, de raça
predominante parda com 55,6% (10), seguido por branca com 38,9% (7) e amarela com 5,56%
(1). Sobre nível de escolaridade, apenas 16,7% (3) das gestantes possuíam com ensino superior
completo/incompleto, sendo 61,1% (11) com ensino médio completo/incompleto e 22,2% (4)
com ensino fundamental completo/incompleto (Tabela 1).

As gestantes participantes da pesquisa estavam distribuídas em 12 bairros diferentes, com


maior número coletado no Bairro Jardim das Oliveiras, que representa 16,7% (3) da
distribuição. As unidades básicas participantes do estudo foram Gente Feliz, Oliveiras,
Palmeiras, Primaveras e São Cristóvão, com uma média de 3,6 gestantes por unidade
selecionada na pesquisa (Tabela 1).

Tabela 1. Descrição dos dados pessoais de gestantes com excesso de peso de unidades básicas de
saúde do município de Sinop/MT
N (18) %
Idade
20-25 anos 9 50,0
26-30 anos 6 33,3
>30 anos 3 16,7
Raça
Parda 10 55,6
Branca 7 38,9
Amarela 1 5,56
Estado Civil
Casada/União Estável 18 100
Grau de Escolaridade (Ensino)
Fundamental completo 3 16,7
Fundamental incompleto 1 5,56
Médio completo 7 38,9
Médio incompleto 4 22,2
Superior completo 2 11,1
Superior Incompleto 1 5,56
UBS pertencente
Gente Feliz 5 27,8
Jardim das Oliveiras 4 22,2
Jardim das Palmeiras 3 16,7
Jardim das Primaveras 3 16,7
São Cristóvão 3 16,7

Das gestantes participantes, 72,2% (13) relataram não terem planejado a gestação. No
histórico obstétrico, o número de gestações foi de 33,3% (6) gestantes primigestas, 33,3% (6)
secundigestas, 16,7% (3) tercigestas e 16,7% (3) quartigestas, onde 16,7% (3) evoluíram para
o aborto. Sobre a via de parto, dos 18 partos realizados 77,8% (14) foram parto cesárea e 22,2%
(4) parto vaginal.

As gestantes que participaram da pesquisa realizada na atenção básica obtiveram um


número médio de quatro de consultas, sendo o média de consulta por trimestre de duas consultas
no primeiro trimestre, três consultas no segundo trimestre e seis consultas no terceiro trimestre.
A média da IG das gestantes foi de 26 semanas e 3 dias (±8semanas2dias), com 50,0% (9) das
gestantes no terceiro trimestre de gestação, 44,4% (8) no segundo trimestre e apenas 5,56% (1)
no primeiro trimestre. Durante a coleta dos dados foi evidenciado a dificuldade em coletar
gestantes para a pesquisa dentro do primeiro trimestre, sugere-se que a justificativa para esta
problemática, confirme observado durante a seleção das gestantes, seja devido à abertura do
pré-natal tardia.

As gestantes não apresentaram histórico de antecedentes clínicos com alterações. Na


gestação atual, 16,7% (3) das gestantes estavam ou já realizaram tratamento para infecção
urinária durante o período da coleta de dados.

De acordo com a recomendação de suplementação durante a gestação, 94,4% (17) faziam


uso diariamente de sulfato ferroso e ácido fólico. No consumo de outras medicações, as
gestantes relataram que 5,56% (1) fazia uso de Dramin® (Dimenidrinato, antiemético), 5,56%
(1) de Dipirona (Dipirona monoidratada, antitérmico e analgésico), 5,56% (1) de Inibina®
(Cloridrato de isoxsuprina, relaxante uterino e vasodilatador periférico), 11,1% (2) de
Materna® (suplemento vitamínico-mineral).

Segundo as gestantes, quando questionadas sobre a avaliação da qualidade do serviço


prestado pelos profissionais na atenção básico durante o pré-natal, 61,1% (11) das gestantes
afirmaram como bom o atendimento recebido, seguido por 22,2% (4) como regular, 11,1% (2)
como excelente e apenas 5,56% (1) como péssimo, conforme Gráfico 1. Durante a assistência,
as gestantes foram atendidas por diversas equipes multiprofissionais, sendo predominante
assistência do médico (17 gestantes atendidas) e do enfermeiro (16 gestantes atendidas), e
seguido pela assistência dos profissionais dentistas, nutricionistas e psicólogos, com nove, seis
e duas pacientes atendidas, sucessivamente.
Tabela 2. Descrição dos dados obstétricos de gestantes com excesso de peso de unidades básicas
de saúde do município de Sinop/MT
N (18) %
Gravidez planejada
Sim 5 27,8
Não 13 72,2
Gestações
Primigesta 6 33,3
Secundigesta 6 33,3
Tercigesta 3 16,7
Quartigesta 3 16,7
Partos
Nenhum 7 38,9
Um parto 5 27,8
Dois partos 5 27,8
Três partos 1 5,56
Tipo de parto
Parto Normal 4 22,2
Parto Cesária 14 77,8
Abortos
Nenhum 15 83,3
Um aborto 3 16,7
Numero de consultas
Duas 5 27,8
Três 3 16,7
Quatro 2 11,1
Cinco 2 11,1
Seis 2 11,1
Sete 3 16,7
Oito 1 5,56
Trimestre gestacional
Primeiro trimestre 1 5,56
Segundo trimestre 8 44,4
Terceiro trimestre 9 50,0
Antecedentes clínicos na gestação atual
Nenhuma 15 83,3
Infecção urinária 3 16,7
Suplementação (sulfato ferroso e ácido fólico)
Sim 17 94,4
Não 1 5,56
Outros medicamentos
Nenhum 13 72,2
Dramin® 1 5,56
Dipirona sódica 1 5,56
Inibina® 1 5,56
Materna® 2 11,1
Gráfico 01 - Frequência relativa da qualidade do pré-natal segundo gestantes com excesso de
peso de unidades básicas de saúde do município de Sinop/MT.

Gestante (%)

Excelente Bom Regular Péssimo


Avaliação do Pré-natal

No Gráfico 02, está demonstrada a avaliação de qualidade da assistência prestada de


acordo com o profissional que realizou o atendimento da gestante durante o pré-natal. Na
avaliação, as gestantes atendidas por médico afirmaram 64,7% (11) receberam um atendimento
bom, 17,6% (3) regular, 11,8% (2) excelente e 5,88% (1) péssimo. Na avaliação do atendimento
do enfermeiro os resultados foram 62,5% (10) como bom, 25,0% (4) regular, 6,25% (1) para
excelente e para péssimo. O atendimento do profissional dentista foi classificado como 55,6%
(5) bom, 22,2% (2) para excelente e para regular. A qualidade do atendimento do nutricionista,
as gestantes afirmaram que 50,0% (3) dos atendimentos foram bom, seguido por 33,3% (2)
como excelente e 16,7% (1) como regular. O atendimento com psicólogo foi classificado 100%
(2) como bom.

Gráfico 02 - Frequência relativa da qualidade do pré-natal de acordo com a assistência


profissional segundo gestantes com excesso de peso de unidades básicas de saúde do município de
Sinop/MT.
Gráfico 03 - Dados da assistência à saúde durante o pré-natal de acordo com questionário
aplicado segundo gestantes com excesso de peso de unidades básicas de saúde do município de
Sinop/MT.

*Legenda: 1 - Você recebeu alguma orientação antes de engravidar sobre excesso de peso?; 2 - Você já
recebeu alguma orientação sobre ganho de peso durante a gestação?; 3 - Você foi orientada sobre sua classificação
nutricional?; 4 - Você recebeu algum planejamento de ganho de peso total durante a gestação?; 5 - Você recebeu
informações sobre os riscos materno-fetal devido o excesso de peso na gestação?; 6 - Você recebeu alguma
orientação sobre hábitos alimentares?; 7 - Você já foi ou será encaminha para consultar com a nutricionista?; 8 -
Você pratica atividade física regularmente?.

Sobre o nível de orientação e a efetividade, as gestantes afirmaram que 55,6% (10) não
receberam orientações no período pré-concepcional em relação o excesso de peso. Sobre o
ganho de peso durante a gestação, 77,8% (14) das gestantes declararam terem recebido
orientações. As gestantes também afirmaram que 50% (9) não foram orientadas sobre sua
classificação nutricional durante o pré-natal. Em vista da classificação do estado nutricional,
50,% (9) das gestantes se consideraram com sobrepeso, seguido por 27,8% (5) com obesidade
e 22,2% (4) como peso adequado (Gráfico 04). A respeito do ganho de peso total durante a
gestação, 50,0% (9) das gestantes não obtiveram o planejamento de ganho de peso. Metade das
gestantes (9) declararam que não receberam informações sobre os riscos materno-fetal devido
ao excesso de peso durante a gestação nas consultas de pré-natal.

Em relação aos hábitos alimentarem, 72,2% (13) das gestantes admitiram terem recebido
orientações sobre o tema. Os profissionais de saúde que realizaram as orientações foram
nutricionista, enfermeiro e médico (Gráfico 5). Entretanto, 11,1% (2) das gestantes disseram
que as informação não foram fornecidas por profissionais da saúde durante o pré-natal. A
realização de consulta com nutricionista foi possível para 55,6% (10) das gestantes durante o
pré-natal, sendo que esses profissionais eram atuantes no Núcleo de Apoio à Saúde da Família
(NASF). A prática de atividade física regular foi relatada por apenas 22,2% (4) das gestantes,
sendo as atividades praticadas caminhada e pilates.

Gráfico 04 - Frequência relativa do estado nutricional que gestantes com excesso de peso de
unidades básicas de saúde do município de Sinop/MT se consideram.

Az avaliação do preenchimento da Caderneta de Gestante pode verificar que houve o


registro em 100% (18) dos dados nos campos sobre peso e altura. Já nos demais campos, como
idade gestacional, IMC e edema não estavam preenchidos corretamente, estamos em falta de
dados em 27,8% (5), 77,8% (14) e 94,4% (17) dos campos das Cadernetas de Gestantes
avaliadas, sucessivamente (Gráfico 06). Sobre os dados dos exames que devem estar registrados
na Caderneta de Gestante, durante a coleta de dados foi identificado um grande falha no
preenchimento, com problemas como ausência de dados e informações escritas que
dificultavam a leitura. Assim, não foi possível a coleta dos dados satisfatória para contribuição
na pesquisa.

Gráfico 05 - Frequência relativa sobre as orientações dos hábitos alimentares, qual profissional
forneceu mais informações segundo gestantes com excesso de peso de unidades básicas de saúde do
município de Sinop/MT.
Gráfico 06 - Frequência relativa sobre o preenchimento correto das informações relacionadas à
assistência ao pré-natal com excesso de peso da caderneta de gestantes com excesso de peso de unidades
básicas de saúde do município de Sinop/MT.
6. DISCUSSÃO

Após as pesquisas bibliográficas foi possível constatar o limitado número de estudos


sobre a assistência às gestantes com excesso de peso, tornando assim, difícil o paralelo dos
resultados encontrados no presente estudo com demais estudos.

Um estudo realizado em Jundiaí/SP com 712 gestantes caracterizou a população com


média de idade das gestantes de 25,18 ± 6,39, com variáveis de idade entre 14 a 46 anos
(FONSECA, 2014), resultado semelhante ao observado em nossa pesquisa. Outro estudo trouxe
dados próximos, realizado por Melo e colaboradores (2011), avaliou gestantes atendidas em
uma maternidade pública na cidade de Recife (PE) identificou o maior número de gestantes
dentro da faixa deidade entre 18 e 24 anos.

Estudos realizados no Nordeste (SANTOS, 2012) e no Rio de Janeiro (NIQUINI, 2012)


corroboraram na prevalência de gestantes de cor parda em suas pesquisas, achado similar ao
demonstrado na presente pesquisa.

Sobre a situação conjugal da mulher durante o período gravídico, a pesquisa realizada no


Rio de Janeiro afirmou o predomínio de mulheres que vivem com o seu companheiro durante
esse período (NIQUINI, 2012), e Melo e colaboradores (2011) também apontou em sua
pesquisa resultado similar. Esse padrão conjugal também está claro em nossa pesquisa.

Carvalhaes e colaboradores (2013) trouxe em seu estudo dados sobre o nível de


escolaridade das gestantes próximos ao encontrado em nosso estudo, onde mais de metade das
mulheres haviam cursado apenas o ensino médio completo ou incompleto.

Segundo Sanches (2013), a gravidez não planejada pode ocasionar vários distúrbios
psicológicos, que representa uma variável de sentimentos positivos e negativos com a
confirmação da gravidez. Em sua pesquisa, Sanches (2013) identificou o não planejamento da
gestação em 72,7% das mulheres, resultado semelhante nossa pesquisa. Em relação ao número
de gestações, Carvalhães e colaboradores (CARVALHÃES, 2013) e Santos e colaboradores
(SANTOS, 2012), em suas pesquisas constataram a prevalência de gestantes primigestas,
evidência também observada na presente pesquisa.

Segundo OMS em 2011(OMS, 2015), 53,7% dos partos no Brasil foram cesáreas, a maior
taxa do mundo, e as estimativas para 2014 são que essa taxa chegará 55% do número de partos
(OMS, 2015). O oposto ao observado em nossa pesquisa, o estudo de Jundiaí (FONSECA,
2014) refere que a maioria das mulheres teve como escolha a via de parto normal, semelhante
ao estudo de Tostes e colaboradores (TOSTES, 2016), que observou nos relatos da maioria das
mulheres pela preferência do parto vaginal/normal, por ser tranquilo, com rápida recuperação e
ser mais saudável para o bebê, já os restantes das gestantes preferem parto cesárea por medo de
sentir dor, e por apresenta menos complicações.

Silva e colaboradores (2014) relatam em sua pesquisa o aumento do índice de partos


cesáreos que está associado às gestantes com sobrepeso e obesidade, por apresentar riscos de
laceração de tecidos durante a via de parto vaginal, e uma taxa mais lenta de progressão do
trabalho de parto, e semelhante a pesquisa Tostes e colaboradores (2016) corroborou com sua
pesquisa afirmando que a equipe multiprofissional aponta em quais circunstâncias indicam o
parto cesárea sendo a via mais segura para gestante sobrepeso e obesidade, para diminuir os
riscos maternos e fetal. Em associação a via de parto cesárea Cidade e colaboradores (2011)
refere que o parto das gestantes com sobrepeso e obesidade tem indicação de 95%, por essa
mulher apresentar dilação mais demorada do que as de peso normal, e juntamente o sofrimento
fetal. Segundo o Ministério da Saúde (2013), o excesso de peso materno apresenta riscos de
doenças cardiovasculares e metabólicas, e está relacionado também a parto prematuro com
complicações neurológicas e aumento de partos cesáreos.

Durante a pesquisa não houve a investigação da causa do abortamento, porém estudos


descrevem a associação entre excesso de peso e mortalidade fetal (VALLE et.al, 2008). Um
grupo de pesquisa registrou a prevalência de 16% das mulheres com excesso de peso
apresentaram histórico obstétrico de gestações que progrediam para aborto (FONSECA, 2014).
Portanto, aos profissionais que prestam assistência ao pré-natal de gestantes com excesso de
peso devem estar atentos ao risco de abortamento e promover intervenções para prevenção
dessa complicação (BRASIL, 2013).

O pré-natal consiste de uma assistência prestada pela equipe multiprofissional que,


segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número adequado para realização das
consultas seria igual ou superior a seis (BRASIL, 2013). O número de consultadas das gestantes
investigadas na presente pesquisa está dento da expectativa de realizações de consultas.

Em relação à abertura de pré-natal tardia, na pesquisa de Nunes e colaboradores (2016)


aponta o início da abertura de pré-natal tardio podendo ser considerado uma baixa adequação
de assistência. Foi observada em nossa pesquisa a dificuldade de coleta de dados com as
gestantes do primeiro trimestre, um problema também encontrado em outros pesquisas
(NUNES, 2016).
Segundo a Anvisa (2015), a utilização de medicamentos no período gestacional deve
ser analisada pelo profissional, para não trazer riscos materno e fetal, tendo como recomendação
apenas suplementação de ácido fólico e sulfato ferroso, sendo utilizadas conforme a
recomendação do Ministério da Saúde (BRASIL, 2013). Foi observado na pesquisa o uso da
suplementação Materna® por algumas gestantes. Materna® é um suplemento vitamínico-
mineral indicado para uso durante a gravidez e lactação, períodos de grande atividade
fisiológica, com aumento das necessidades nutricionais diárias, com sua composição química
contendo 60mg fumarato ferroso e 1mg de ácido fólico (ANVISA, 2015). De acordo com a
recomendação preconizada pelo Ministério da Saúde, o Materna® não possui a quantidade
recomendada de ferro e ácido fólico (BRASIL, 2012), portanto, não deve ser utilizado como
rotina para gestantes.

Nascimento e colaboradores (2007) refere que assistência do pré-natal é um conjunto de


atividades com o objetivo de identificar precocemente os riscos de complicações durante a
gestação, e a promoção realizada pela equipe multiprofissional de ações para reestabelecer ou
manter a saúde da mulher, com a finalidade de garantir a saúde materno-fetal.

Domingues e colaboradores (2015) corroboram em sua pesquisa que apenas um quinto


das gestantes receberam uma assistência de pré-natal com qualidade, de acordo com
recomendações do Ministério da Saúde. Esses dados devem ser considerados como um alarme,
pois há o risco para qualquer mulher de desenvolver alguma complicação, e um alarme ainda
maior para a assistência às gestantes com excesso de peso, por estarem um estado de saúde que
aumenta o risco de desenvolver diversas complicações (BRASIL, 2014). A assistência
inadequada as gestantes podem gerar problemas sérios para a saúde pública, sendo que
assistência inadequada pode prejudicar as gestantes que fazem parte do pré-natal de baixo risco
e podem manifestar diversas doenças ao decorrer da gestação, e somente assim, são
encaminhadas para a assistência de alto risco para finalizar o pré-natal com cuidados
específicos.

As consultas de pré-natal devem ser realizadas pela equipe multiprofissional na atenção


básica (BRASIL, 2013). Durante a coleta, observou-se a existência de uma rotina no município,
onde a primeira consulta de pré-natal é realizada pelo enfermeiro, na qual ocorre à abertura do
pré-natal e o cadastramento da gestante no SISPRÉNATAL, e as consultas subsequentes são
realizadas pelo médico. A rotina de assistência de pré-natal realizada intercalada entre médico
e enfermeiro no município foi alternada apenas em duas UBS, sendo que três gestantes
avaliadas tiveram atendimento realizado apenas pelo médico ou pelo enfermeiro. Na UBS
Jardim das Oliveiras, duas gestantes pesquisadas foram atendidas durante o pré-natal apenas
pelo médico, justificado pela ausência do enfermeiro da unidade por motivos de saúde. Oliveira
e colaboradores (2016) referem em sua pesquisa que em algumas regiões as consultas são
realizadas somente enfermeiro, isso mostra a importância de uma consulta de qualidade
realizada pelo enfermeiro.

Em relação à qualidade geral de atendimento, alguns estudos apontam que o pré-natal no


Brasil apresenta o menor índice de adequação da assistência (NUNES, 2016). Em nossa
pesquisa, a maioria das gestantes classificou como boa assistência do pré-natal. Porém, houve
relatos da qualidade de assistência considerada como péssima. Valente e colaboradores (2013)
evidenciou em sua pesquisa que a assistência com qualidade tem papel fundamental para uma
gestação saudável, prevenindo de doenças sexualmente transmissíveis, doenças crônicas e até
mesmo a morte materna e fetal.

Durante o pré-natal, gestantes diagnosticadas com excesso de peso devem ser


encaminhadas para o atendimento com o profissional nutricionista (BRASIL, 2014), onde o
profissional terá como função a promoção de ações educativas sobre os hábitos alimentares,
avaliação do consumo dietético e a elaboração de um cardápio alimentar de acordo com as
necessidades energéticas da gestante (NOCHIERI, 2008). Durante a pesquisa, quando
questionadas sobre a qualidade do atendimento no pré-natal, as gestantes que tiverem
atendimento com nutricionista avaliaram seu pré-natal como excelente, bom e regular,
demonstrando que o pré-natal com participação do nutricionista obteve uma melhor avaliação,
quando comparada com o atendimento realizado apenas pelo médico e/ou enfermeiro. Lisboa
e colaboradores (2017) apontou que assistência individualizada do profissional nutricionista
com a gestante durante o pré-natal apresenta um bom prognóstico, por receber orientações
desde o início da gestação.

Em algumas UBS do município, as gestantes recebem o atendimento da equipe do NASF,


no qual possui um profissional nutricionista e um educador na equipe multidisciplinar. As ações
desenvolvidas pelo NASF nas UBS envolvem atividades como pilates, orientações nutricionais,
acompanhamento psicológico, sendo essas atividades realizadas, em sua maioria, em grupo de
gestantes de forma coletiva. As gestantes com excesso de peso recebem assistência do
nutricionista de forma coletiva, e em algumas exceções são atendidas individualmente. A
justificativa para o atendimento nutricional individual, segunda a própria nutricionista do
NASF, é devido à falta de adesão das gestantes com excesso de peso aos atendimentos
coletivos. Henriques e colaboradores (2015) cita em sua pesquisa a importância dos grupos de
gestantes na contribuição do conhecimento e promoção de saúde, porém também ressalta a
dificuldade de algumas gestantes de aderir ao grupo.

Santiago e colaboradores (2017) referem em sua pesquisa que a equipe multidisciplinar


deve prestar cuidado integral do pré-natal. O médico e enfermeiro tem um papel fundamental
no pré-natal, e também são os principais participantes de uma assistência qualificada
(VALENTE, 2013), semelhante à pesquisa de Lisboa e colaboradores (2017), refere que para
obter uma assistência qualificada, é primordial a interação da equipe multidisciplinar no pré-
natal. Na presente pesquisa, algumas gestantes foram assistidas no pré-natal apenas com o
profissional médico ou enfermeiro, com avaliações de qualidade entre bom, regular, excelente
e péssima. É importante destacar a necessidade do constante aprimoramento dos profissionais
médicos e enfermeiros sobre assistência à gestante com excesso de peso, visto seu papel
fundamental no atendimento dessa população no serviço de atenção básica.

Alguns autores referem que a equipe multidisciplinar da atenção básica deve partilhar
com a equipe do NASF os conhecimentos para obter o pré-natal com qualidade, assim
garantindo assistência qualificada durante todo o período (LISBOA, 2017). Santiago e
colaboradores (2017) corroboram com a pesquisa onde a equipe de multiprofissional deve
desenvolver as técnicas de interação com as gestantes, com a finalidade de melhorar assistência
prestada.

Segundo o Ministério da Saúde (2013), é fundamental para garantir uma futura gestação
saudável, realizar as orientações pré-concepcionais e o planejamento familiar, para
identificação de riscos à saúde materna. Em nossa pesquisa, metade das mulheres referiram não
terem recebido orientações antes da gestação sobre os riscos materno-fetais decorrentes do
excesso de peso. Borges e colaboradores (2016), cita em sua pesquisa que as orientações pré-
concepcionais são essenciais para promoção de saúde e prevenção de danos, consiste também
planejamento de ganho peso, alimentação adequada, identificar as condições socioeconômica,
entre outros. Segundo o Ministério da Saúde (2014), as mulheres que apresentam diagnóstico
de sobrepeso e obesidade no período pré-concepcional devem ser estimuladas a realizarem
mudanças de hábitos alimentares, inserção de atividades físicas e também necessitam serem
orientadas sobre os riscos materno e fetal.

A classificação nutricional das gestantes é realizada na primeira consulta do pré-natal,


seguindo IMC e as semanas gestacionais, podendo ser classificadas como baixo peso, peso
adequado, sobrepeso e obesidade, a classificação e preenchimento do gráfico nutricional devem
ser efeituado durante todas as consultas, e também devem orientar as gestantes sobre a sua
classificação (BRASIL, 2013). Outro achado significativo foi à classificação nutricional na qual
as gestantes se consideram quando questionadas, onde 44,4% das gestantes classificaram-se
erroneamente sobre sua situação nutricional. É importante ressaltar que a gestante deve
reconhecer o seu estado nutricional, assim sendo orientada desde o início da gestação. Segundo
o Ministério da Saúde (2013) a avaliação do estado nutricional deve ser obtida na primeira
consulta e orientar a gestante sobre o ganho peso ponderado, seguindo o planejamento de
quantas gramas a gestante poderá ganhar por trimestre.

Fica claro em nosso estudo a negligência do profissional da atenção básica durante o pré-
natal sobre o preenchimento dos campos idade gestacional, IMC, edema e gráfico de
classificação nutricional na Caderneta das gestantes avaliadas. Essas informações são cruciais
para a definição da classificação nutricional segundo o Ministério da Saúde (2013). É
fundamental o preenchimento do gráfico nutricional, diante desses dados os profissionais
conseguem acompanhar a saúde da gestante, e assim implementar as medidas de prevenção e
controle de peso, observando se a apresenta riscos de doenças crônicas e alteração de edema.
Diante disso, reforça-se a importância do profissional de saúde na atenção básica realizar o
preenchimento desses dados, com o objetivo de possuir as informações necessárias para uma
assistência de qualidade.

As principais intervenções para gestantes com excesso de peso iniciam-se priorizando a


reeducação alimentar de três em três horas, restringir alimentos ricos em gordura, refrigerantes,
doces e lanches, dessa forma o profissional deve orientar os novos hábitos alimentares para a
gestante, como inserção de frutas, legumes e verduras (BRASIL, 2014). Sobre as orientações
de hábitos alimentares, grande parte das gestantes entrevistadas afirmaram terem recebido,
porém 11,1% das gestantes afirmaram que as informações recebidas não foram feitas por
profissional de saúde. É importante salientar a atuação do profissional da saúde na promoção
da educação em saúde das gestantes com excesso de peso sobre temas como alimentação e
controle de peso, não devendo o profissional abandonar essa função em decorrência da enorme
disponibilidade de informações.

Segundo Cavalhaes e colaboradores (2013) a atividade física e a orientação nutricional é


um conjunto de benefícios para o controle de ganho de peso ponderal. Nascimento (2011)
corroborou afirmando que a prática de atividade física com as gestantes de sobrepeso e
obesidade promove menor incidência de doenças. Apenas quatro gestantes declaram estarem
realizando atividades físicas regularmente. As gestantes com excesso de peso devem ser
orientadas por um educador físico, sendo importante a realização de atividade física na
gestação. Porém os exercícios físicos devem ser de baixo impacto, como por exemplo a
realização de uma caminhada ou hidroginástica, podendo ser recomendada pelo profissional
medico, devendo considerar se acaso a gestante nunca praticou atividade física deve começar
de forma gradativa (BRASIL, 2014). Os profissionais da saúde devem estar atentos as possíveis
limitações das gestantes com excesso de peso e estimular a prática de exercícios físicos.
7. CONCLUSÃO

Conclui-se que esta pesquisa foi fundamental para identificar a atual assistência ao pré-
natal de gestantes com excesso de peso e identificar a importância da assistência dos
profissionais médicos e enfermeiros nesse processo, com a necessidade de atualização e
treinamento constante para a assistência adequada a essa população.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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http://who.int/mediacentre/factsheets/fs311/en/. Acesso em: Maio/2017.
ANEXOS
Anexo A: Tabela de avaliação do estado nutricional da gestante segundo o IMC por semana
gestacional (BRASIL, 2013).
Anexo B: Gráfico de acompanhamento nutricional (BRASIL, 2013).
Anexo C: Ficha de cadastro da gestante.
Anexo D: Ficha de dados obstétrico da gestante.
Anexo E: Ficha de avaliação do preenchimento da caderneta da gestante sobre os dados
antropométricos e a classificação do estado nutricional da gestante.
Anexo F: Questionário estrutura para avaliação sobre condutas praticadas pela equipe
multiprofissional e o nível de conhecimento da gestante.

QUESTIONÁRIO
1) Como você avalia a qualidade do seu pré-natal?
Excelente Bom Regular Ruim Péssimo
2) Durante o pré-natal quais profissionais que você foi atendida:
Médico Enfermeiro Nutricionista Psicólogo Dentista
Outros:
3) Você recebeu alguma orientação antes de engravidar sobre excesso de peso?
SIM NÃO
4) Você já recebeu alguma orientação sobre ganho de peso durante a gestação?
SIM NÃO
5) Você foi orientada sobre sua classificação nutricional?
SIM NÃO
6) Em qual estado nutricional você se considera:
Baixo Peso Adequado Sobrepeso Obesidade
7) Você recebeu algum planejamento de ganho de peso total durante a gestação?
SIM NÃO
8) Você recebeu informações sobre os riscos materno-fetal devido o excesso de
peso na gestação?
SIM NÃO
9) Você recebeu alguma orientação sobre hábitos alimentares?
SIM NÃO
10) Sobre os orientações sobre hábitos alimentares, qual profissional lhe trouxe
mais informações?
Médico Enfermeiro Nutricionista Outros:
11) As informações sobre hábitos alimentares estão sendo eficazes nas
mudanças do seu consumo alimentar durante a gestação?
SIM NÃO
SIM NÃO
14) Você já foi ou será encaminha para consultar com a nutricionista?
SIM NÃO
15) Você pratica atividade física regularmente?
SIM NÃO
Anexo G: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Título do Projeto: Assistência integral à saúde da gestante com sobrepeso ou obesidade: uma
observação do pré-natal realizado pela equipe multiprofissional no município de Sinop/MT.
Objetivo da pesquisa: avaliar o preenchimento da caderneta das gestantes com excesso de
peso pré-gestacional durante o pré- natal; avaliar uso do instrumento de classificação de estado
nutricional gestante com excesso de peso pré-gestacional durante o pré-natal; avaliar as
condutas praticadas pela equipe multiprofissional com gestantes com excesso de peso pré-
gestacional durante o pré-natal; avaliar aplicação pela equipe multiprofissional do planejamento
de ganho de peso total recomendado para gestantes com excesso de peso pré-gestacional.
Pesquisadora Responsável: Karla Eduarda Von Dentz
Telefone: (66) 99629-0595
E-mail: kaarla9@hotmail.com
Eu________________________________________________________________,
idade__________, estado civil _____________________, profissão
___________________________, RG __________________, CPF _________________,
endereço ________________________________________________________, Cidade/UF
___________________________________________.
Declaro aceitar participar da pesquisa sobre o tema: Assistência a gestante com excesso de
peso durante o Pré-Natal:Avaliar a assistência da equipe multiprofissional diante o excesso de
peso das gestantes nas Unidades Básicas de Saúde no Município de SINOP-MT. É através das
pesquisas que se fazem grandes descobertas e sua participação é importante para que se possa
transformar a realidade. Trata-se de uma pesquisa de campo. Sua participação vai ser realizada
através de uma entrevista, análise da caderneta da gestante e juntamente o preenchimento do
questionário semi-estruturado que a pesquisadora fará sobre análise dos dados para avaliar a
conduta dos profissionais de saúde com a gestante. Sei que minha participação está isenta de
despesas, concordo em participar voluntariamente deste estudo e sei que posso retirar meu
consentimento a qualquer momento, estando ciente de estar exposta a riscos de fadiga e
cansaço mental durante ou após a entrevista. Os benefícios da pesquisa será de melhorar o
atendimento com as gestantes de excesso de peso durante o pré-natal, à sua participação
consistirá a partir de questionário que será aplicado na entrevista. Os benefícios advindos da
posterior análise dos resultados devem para se ter melhor compreensão sobre a assistência
prestada pelos profissionais da saúde, e possibilite melhorar na qualidade da assistência e
ampliar o conhecimento da gestante sobre os riscos do excesso de peso na gestação. Os dados
referentes à sua pessoa serão confidenciais, e garantimos o sigilo de sua participação, inclusive
na divulgação dos resultados. Também informamos que há expressa liberdade de retirar o
consentimento, a qualquer momento, sem prejuízo. Você receberá uma cópia deste termo de
consentimento, na qual se encontram registrados o nome, telefone e o endereço do pesquisador
responsável.
Sinop, ___de ________________ 2017.

_____________________________________
______________________________________
Assinatura da voluntária Assinatura do pesquisador (a) responsável
Anexo H: PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

UFMT - UNIVERSIDADE
FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS SINOP

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Título da Pesquisa: Assistência à saúde da gestante com excesso de peso durante o pré-natal nas
unidades básicas de saúde no município de Sinop-MT
Pesquisador: Karla Eduarda Von Dentz
Área Temática:
Versão: 2
CAAE: 82914017.0.0000.8097
Instituição Proponente: Curso de Enfermagem da UFMT - Sinop
Patrocinador Principal: Financiamento Próprio

DADOS DO PARECER

Número do Parecer: 2.647.998

Apresentação do Projeto:
Assistência à saúde da gestante com excesso de peso durante o pré-natal nas unidades básicas de saúde
no município de Sinop/MT
Objetivo da Pesquisa:
O objetivo da pesquisa será avaliar assistência prestada pela equipe multiprofissional as gestantes com
excesso de peso pré-gestacional durante o pré-natal em unidades básicas de saúde em Sinop/MT. O
público alvo da pesquisa representando por um grupo amostral com 50 gestantes com excesso de peso.
Com o pesquisa, espera-se que possibilite informações sobre a assistência prestada pela equipe
multiprofissional à gestantes com excesso de peso pré-gestacional, na busca de verificar a qualidade ou as
problemáticas enfrentadas na prática do serviço básico de saúde pública no município de Sinop/MT. Diante
dos achados, poderá haver um diagnóstico situacional e a promoção de estratégias de enfrentamento dos
desafios identificados e o melhoramento da assistência prestada, assegurando a prevenção de
complicações materno-fetais decorrentes do excesso de peso durante a gestação.

Avaliação dos Riscos e Benefícios:


Riscos de fadiga e cansaço mental durante ou após a entrevista. O benefício da pesquisa será de melhorar
o atendimento com as gestantes de excesso de peso durante o pré-natal, à minha

Endereço: Alexandre Ferronato, 1200


Bairro: Residencial Cidade Jardim CEP: 78.550-728
UF: MT Município: SINOP
Telefone: (66)3533-3147 E-mail: cepsinop@gmail.com

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Continuação do Parecer: 2.647.998

participação consistirá a partir de questionário que será aplicado na entrevista. Os benefícios advindos da
posterior análise dos resultados devem para se ter melhor compreensão sobre a assistência prestada pelos
profissionais da saúde, e possibilite melhorar na qualidade da assistência e ampliar o conhecimento da
gestante sobre os riscos do excesso de peso na gestação.

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:


Não se aplica.
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
Adequados. Pesquisadora apresentou as informações conforme solicitado no parecer anterior.
Recomendações:
Não se aplica.
Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:
Aprovado
Considerações Finais a critério do CEP:
Encaminhar o relatório final até 90 dias após o término da pesquisa.

Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:


Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situação
Informações Básicas PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_P 23/04/2018 Aceito
do Projeto ROJETO_821002.pdf 16:10:42
TCLE / Termos de TCLE.docx 23/04/2018 Karla Eduarda Von Aceito
Assentimento / 16:10:26 Dentz
Justificativa de
Ausência
Projeto Detalhado / Projeto_detalhado.docx 23/04/2018 Karla Eduarda Von Aceito
Brochura 16:10:15 Dentz
Investigador
Brochura Pesquisa Projeto.docx 20/04/2018 Karla Eduarda Von Aceito
15:40:28 Dentz
Declaração de Parecer__CIES_Sinop_1.jpg 24/10/2017 Karla Eduarda Von Aceito
Instituição e 21:17:35 Dentz
Infraestrutura

Endereço: Alexandre Ferronato, 1200


Bairro: Residencial Cidade Jardim CEP: 78.550-728
UF: MT Município: SINOP
Telefone: (66)3533-3147 E-mail: cepsinop@gmail.com

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Declaração de Parecer__CIES_Sinop_4.jpg 24/10/2017 Karla Eduarda Von Aceito


Instituição e 21:16:53 Dentz
Infraestrutura
Folha de Rosto folha.docx 14/08/2017 Karla Eduarda Von Aceito
10:52:13 Dentz
Outros QUESTIONARIO.pdf 20/07/2017 Karla Eduarda Von Aceito
22:10:35 Dentz
Outros avaliacao_caderneta.png 19/07/2017 Karla Eduarda Von Aceito
18:19:55 Dentz
Outros dados_obstetricos.png 19/07/2017 Karla Eduarda Von Aceito
18:18:44 Dentz
Outros cadastro.png 19/07/2017 Karla Eduarda Von Aceito
18:17:09 Dentz
Outros Grafico.png 19/07/2017 Karla Eduarda Von Aceito
18:15:04 Dentz
Outros tabela.png 19/07/2017 Karla Eduarda Von Aceito
18:13:50 Dentz

Situação do Parecer:
Aprovado
Necessita Apreciação da CONEP:
Não

SINOP, 10 de Maio de 2018

Assinado por:
PAMELA ALEGRANCI
(Coordenador)

Endereço: Alexandre Ferronato, 1200


Bairro: Residencial Cidade Jardim CEP: 78.550-728
UF: MT Município: SINOP
Telefone: (66)3533-3147 E-mail: cepsinop@gmail.com

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