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RELATÓRIO
VOTO
Art. 2º. Constitui dívida ativa da Fazenda Pública aquela definida como
tributária ou não tributária na Lei 4.320, de 17 de março de 1964, com as alterações
posteriores, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
(...)
§ 3º. A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da
legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e
suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 (cento e oitenta) dias ou
até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.
Segundo a doutrina, esta norma não se aplica aos créditos tributários, mas
tão-somente aos créditos não-tributários (veja-se, a propósito, Comentários à Lei de Execução
Fiscal por Milton Flaks, p. 94/95, ed. Forense, Rio de Janeiro, 1981; Lei de Execução Fiscal
Comentada e Anotada, por Odmir Fernandes e outros, p. 63, ed. RT, 4ª ed.; e Lei de execução
Fiscal Comentários e Jurisprudência por Humberto Theodoro Júnior, p. 33, ed. Saraiva, 9ª ed,
2004).
Observe-se que a Constituição Federal, no art. 146, III, "b", reservou à lei
complementar a disciplina das regras gerais em matéria de legislação tributária, dentre as quais
se inclui a prescrição. Assim, a prescrição tributária regula-se, pois, pelo art. 174 do CTN. Nesse
sentido, colaciono os seguintes julgados do STJ: