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Livro das Sombras

O Livro das Sombras é comumente associado ao livro de práticas da bruxaria moderna. Nele
contêm informações acerca de dos rituais, feitiços, ervas, correspondências astrológicas e
assuntos afins utilizados pelos praticantes do paganismo moderno. Além disso, ele é
comumente utilizado como um diário pelo praticante, contendo anotações pessoais bem como
detalhes das práticas pessoais do praticante.

O Livro das Sombras se originou com Gerald Gardner, fundador da Wicca. De acordo com
Gardner, o Livro das Sombras seria o livro pessoal de feitiço das bruxas, que seria queimado
após elas morrerem, para que não fosse descoberto que a pessoa era bruxa. De fato, o Livro
das Sombras, foi uma invenção de Gardner, e seu nome foi retirado de uma edição da revista
The Occult Observer, em que havia do lado oposto a um anúncio do livro High Magic’s Aid do
próprio Gardner, um artigo intitulado “The Book Of Shadows” (livro das sombras) escrito pelo
quiromante Mir Bashir. O artigo em questão era sobre um manual de adivinhação em sânscrito
que alegava explicar como fazer predições baseadas no tamanho da sombra de uma pessoa.

Na Wicca Britânica Tradicional (ou BTW – British Traditional Wicca), que contempla as
tradições gardneriana, alexandrina e algard, o Livro das Sombras usados pelos adeptos é
baseado naquele originalmente escrito por Gerald Gardner e Doreen Valiente. Apesar de
aclamar que seu livro contém material antigo, na verdade, o que compõe o Livro das Sombras
de Gardner são trabalhos de Aleister Crowley, que mais tarde foram retirados por Valiente e
substituídos por poemas como a Carga da Deusa, a Runa das bruxas e a Rede Wiccana, além de
materiais baseados em Aradia, o Evangelho das Bruxas, A Chave de Salomão, rituais da
maçonaria livre e poesia de Rudyard Kiping.

No geral, o Livro das Sombras de um coven é copiado pelo iniciado. Porém praticantes tendem
a manter seu livro pessoal. Praticantes solitários também possuem seu próprio livro, mas com
características mais assemelhadas a um diário, podendo variar de formato, sendo possível ser
desde um scrapbook até um arquivo de computador.

Aline Brum

Sereia – Filia Maris.

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