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Índice
[esconder]
1 Definição
2 Crenças e Práticas
3 A Roda do Ano
4 Instrumentos e símbolos
5 Nomes Mágicos
6 Sacerdócio
7 Ver também
8 Bibliografia
[editar] Definição
A palavra "Wicca" vem do inglês antigo, tendo sido reintroduzida no uso moderno
daquele idioma por Gerald Gardner, em sua publicação de 1954. Embora Gardner
utilizasse a grafia "Wica", popularizou-se o uso de "Wicca", mais coerente à etimologia
da língua inglesa moderna.
Os defensores da forma "wiccaniano" alegam ter sido o primeiro livro sobre Wicca
traduzido para o Português o "Feitiçaria Moderna", de Gerina Dunwich, onde foi
utilizada essa forma. Os demais termos são normalmente mantidos sem tradução, em
sua forma originalmente usada na língua inglesa. Entretanto, atualmente, o termo
wiccano(a) é mais amplamente utilizado, pois é a forma mais fácil e mais popularizada.
Embora sejam algumas vezes usadas como sinônimo, Wicca e bruxaria são conceitos
diferentes. A confusão se dá porque tanto os praticantes da Wicca quanto os da Bruxaria
Tradicional - se denominam Bruxos. Da mesma forma, não devem ser confundidos os
termos Wicca e neopaganismo, uma vez que a Wicca é apenas uma das expressões do
neopaganismo.
A Wicca é uma religião iniciática e pode ser praticada tanto de forma tradicional quanto
de forma solitária. Nas formas tradicionais, os praticantes avançam através dos graus de
iniciação da religião e geralmente trabalham em covens (grupos de iniciados que
celebram juntos, liderados por uma Alta Sacerdotisa e por um Alto Sacerdote) embora
existam Covens em que não se use o sistema de graus. Na forma solitária, os praticantes
celebram os rituais sazonais sozinhos ou podem se reunir com outros solitários nestas
datas.
A prática wiccana mais comum cultua duas divindades, A Deusa e O Deus, algumas
vezes chamados de Grande Mãe e Deus Cornífero (do latim: "o que porta cornos").
Os ritos da Wicca reverenciam a ligação da vida dos praticantes e das divindades com a
Terra. Essa reverência se expressa, principalmente, através de rituais cuja liturgia
celebra as lunações e as mudanças das estações do ano, através de um antigo calendário
agrícola (Roda do Ano). Sem esquecer a crença na reencarnação dentre os bruxos
modernos.
Os praticantes da Wicca realizam rituais em honra à Deusa nas noites de Lua Cheia.
Esses rituais são normalmente denominados Esbats. Algumas tradições chamam
também de Esbbat rituais realizados nas demais fases da Lua.
Esses rituais são celebrações onde se acredita que a Deusa manifesta-se na Suma
Sacerdotisa através do ritual de "puxar a lua para baixo", e através dela revela a sua
sabedoria. Da mesma forma, existe também o ritual de "puxar o sol para baixo",
realizado pelo Sumo Sacerdote. Vale ressaltar que, no caso de um ritual realizado em
um coven, apenas a Alta Sacerdotisa e o Alto Sacerdote realizam tal ritual.
Vale alertar que não há espaço em nenhuma tradição que esteja inserida no
neopaganismo para o conceito de "Mal Absoluto". Caem por terra, dessa feita, as
tentativas por parte de outras religiões de ligarem o paganismo, antigo ou moderno, a
entidades como do Diabo da mitologia cristã. Os pagãos não só não seguem essas
entidades, como também não acreditam na existência de tais entidades.
Quatro Sabbats, chamados Maiores por algumas tradições, celebram o auge das
estações. São eles: Samhain (Outono), Beltane (Primavera), Imbolc (Inverno) e Lammas
ou Lughnasadh (Verão). Os demais, chamados por vezes de Sabbats Menores,
comemoram os solstícios: Litha (Verão), Yule (Inverno) e Equinócios: Ostara
(Primavera) e Mabon (Outono).
Há uma grande controvérsia entre os praticantes brasileiros sobre qual a forma mais
adequada de escolher as datas dos Sabbats. Vários deles defendem que os Sabbats sejam
comemorados nas mesmas datas em que isso é feito no Hemisfério Norte (por exemplo,
Yule em Dezembro), enquanto outros defendem a comemoração nas datas em que as
estações ocorrem no Hemisfério Sul (Yule em Junho). Atualmente, praticantes
australianos, argentinos, porto-riquenhos, uruguaios e brasileiros comemoram, em sua
grande maioria, as datas do Hemisfério Sul.
A maioria dos wiccanos usa um conjunto de instrumentos de altar em seus rituais. Esses
instrumentos incluem, dentre infinitos outros, vassouras, caldeirões, cálices, bastões,
athames (um espécie de punhal de dois gumes, que não é usado para sacrifícios de
qualquer espécie), facas ou foices (chamadas bolline, usada para cortar ervas, flores, e
gravar símbolos e velas), velas, incensos, etc. Representações da Deusa e do Deus são
também comuns, seja de forma direta, representativa, simbólica ou abstrata, e são mais
usados os símbolos do Cálice para a Deusa, que é o símbolo de seu útero, e o Athame
para o Deus, que é a representação de seu falo. Os instrumentos são apenas isso,
instrumentos, e não têm poderes próprios ou inerentes. Apesar disso, são normalmente
dedicados ou "carregados" com um propósito específico, e usados apenas nesse
contexto. É considerado extremamente rude tocar os instrumentos de um bruxo ou
bruxa sem sua permissão.
Os praticantes acreditam que cada um deve cultuar a(s) divindade(s) à sua própria
maneira. Sem imposições ou leis escritas, mas com consciência em relação à cidadania,
à auto-estima e à preservação ambiental, repudiando qualquer forma de preconceito e
proselitismo, e incentivando a igualdade de gênero e a liberdade sexual.
A Wicca tem, como leis comuns a todas as tradições, a Lei Tríplice, que dita a regra:
"tudo o que fizeres voltará em triplo para ti" (tanto de bom quanto de ruim) e a Rede
Wicca que dita: "Faça o que desejar, sem a ninguém prejudicar" ou popularmente
repetido como "Faça o que quiseres, desde que não prejudiques nada nem a ninguém". A
primeira ilustra bem a importância do número 3 em sua filosofia, também exemplificada
nos aspectos da Deusa Mãe (Donzela, Mãe e Anciã), e nos três graus iniciáticos de
algumas tradições.
Mas também ganham um novo nome, diferente do apresentado aos Deuses, ao entrarem
em um Coven, para ser chamado assim dentro do grupo e/ou dentro da comunidade
Pagã; alguns preferem usar um outro nome para ser conhecido entre outros Pagãos,
diferente dos outros dois, o do Coven e o apresentado aos Deuses. Outros, porém,
utilizam um mesmo nome para todas as situações.
O mais importante é saber que o real significado do nome é que ele é um dos símbolos
de uma mudança que se iniciou em sua vida, de acordo com sua própria vontade. Por
isso, o nome escolhido, na maioria das vezes, representa aquilo que o iniciado mais
deseja em sua nova vida, ou até mesmo o nome de um deus ou deusa que possua aquela
característica.
[editar] Sacerdócio
A iniciação da Wicca corresponde ao mesmo tempo ao sacerdócio. Ou seja, todo
wiccano iniciado é considerado um sacerdote, podendo assim realizar e dirigir rituais. A
diferença dos sacerdotes da Wicca para os da maioria das religiões monoteístas é a
presença de sacerdotisas, sendo que uma das características da religião é a igualdade de
direitos entre mulheres e homens.
A Alta Sacerdotisa desempenha o papel de líder do coven junto com o Alto Sacerdote.
O Alto Sacerdote desempenha o papel de líder do coven junto com a Alta Sacerdotisa.
Ancião/Anciã é o nome dado aos membros mais velhos de um coven (embora algumas
tradições usem o termo inglês elder). São eles quem tomam as decisões cruciais e tiram
as dúvidas sobre questões polêmicas. São muitos respeitados pelos wiccanos (tanto
pelos modernistas quanto pelos tradicionais) devido à sua experiência e sabedoria.
[editar] Bibliografia
BUCKLAND, Raymond. Wicca: Um estilo de vida, Religião e Arte: Nova Era,
2003. - 196 p.
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Solitário. São Paulo: Gaia, 2002. 203 p. (ISBN 8575550012)
DANIELS, Estele & TUITEAN, Paul. Wicca Essencial. São Paulo: Pensamento,
2002. 387 p. (ISBN 8531513375)
GARDNER, Gerald. A Bruxaria Hoje. São Paulo: Madras, 2003. 149 p. (ISBN
8573747293)
GRIMASSI, Raven. Enciclopédia de Wicca e Bruxaria. São Paulo: Gaia, 2004.
320 p. (ISBN 8575550330)
GRIMASSI, Raven. Mistérios Wiccanos: Antigas Origens e Ensinamentos, Os.
São Paulo: Gaia, 2001. 283 p. (ISBN 8585351780)
LASCARIZ, Gilberto. Ritos e Mistérios Secretos do Wicca, Sintra. Zéfiro, 2008.
448 pp. (ISBN 9789728958527)
MARTINEZ, Mario. Wicca Gardneriana. São Paulo: Gaia, 2005. - (Coleção
Além da Lenda). 185 p. (ISBN 85-7555-068-3)
MILLENNIUM, Wicca-A Bruxaria Saindo das Sombras - São Paulo: Madras,
2004. - (Bruxaria). 192 p. (ISBN 85-7374-920-0)
PRIETTO, Claudiney. Wicca: a Religião da Deusa. São Paulo: Gaia, 2001. 301
p. (ISBN 8585351845)
PRIETTO, Claudiney. Wicca: Ritos e Mistérios da Bruxaria Moderna. São
Paulo: Germinal, 1999. 203 p. (ISBN 8586439053)
SHEBA, Lady. Livro das Sombras: os Rituais Sagrados dos Wicca, O. São
Paulo: Madras, 2002. 134p (ISBN 8573745150)
McCOY, Edain. Se Você Quer Ser Uma Bruxa. São Paulo: Pensamento, 2004.
207p. (ISBN 85-315-1407-X)
GONZÁLEZ-WIPPLER, Migene. Livro Das Sombras, O. São Paulo:
Pensamento, 2002. 200p (ISBN 85-315-1295-6)
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