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SEMINÁRIO PRESBITERIANO BRASIL CENTRAL


CURSO DE BACHAREL EM TEOLOGIA
DISCIPLINA DE PLANTAÇÃO DE IGREJAS
PROF. REV. SAMUEL VIEIRA
WESLEY PORFÍRIO NOBRE

SÍNTESE DE LEITURAS REQUERIDAS


Referente ao artigo do Rev. Samuel Vieira - Sinais de Vitalidade na Plantação de
Igrejas1.

O autor do artigo com a seguinte citação: “A vida da igreja depende da condição


espiritual do povo.” (A.W. Boehm) E é a comparar a igreja com um organismo vivo que o
Rev. Samuel Vieira, diagnostica seis sinais vitais que devemos perceber na igreja e que se
tornam essenciais para avaliarmos a vitalidade da igreja. Afinal, todo organismo vivo emite
sinais vitais.
Nem toda igreja que cresce, possui vitalidade e nem toda igreja que possui
vitalidade, apresenta crescimento. A diferença entre crescimento numérico e vitalidade é que
quase sempre o crescimento é resultado de uma igreja com saúde, mas há também excessões,
como uma igreja decrescer e ainda assim ter vitalidade.

VITALIDADE SEM CRESCIMENTO

Há cidades que sofrem com mudanças demográficas como a perda repentina de


milhares de habitantes através de um êxodo urbano e isso pode afetar diretamente a igreja
local. As igrejas locais estão sensíveis a situações como guerras, inundações, desastres
naturais, trabalho e questões econômicas, afetando a igreja na quantidade de membros ou
mesmo financeiramente, podendo até mesmo fecharem. Vemos também igrejas locais serem
afetadas por grande perseguição ao evangelho onde os membros tiveram que fugir para não
serem assassinados. Ou seja: igrejas saudáveis e possuem vitalidade mas o seu sofrimento as
impossibilita de crescer.

1
VIEIRA, Samuel http://www.ctpi.org.br/artigos.asp?artigo=29&x=1
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CRESCIMENTO SEM VITALIDADE

Por outro lado vemos que igrejas podem crescer num cenário totalmente oposto, mas
sem vitalidade, porque são igrejas infiéis e já apostaram na fé genuína. Elas crescem
numericamente, mas sem a ortodoxia doutrinária ou utilizando estratégias marketing ou
vendendo promessas ou qualquer outra adulteração e assim são um fracasso espiritual. É
possível um pastor piedoso, mas tímido ter dificuldade de plantar uma igrejas, enquanto um
pastor eloquente e que utiliza de estratégias espúrias possam fazer suas igrejas crescerem,
mesmo o pastor vivendo em pecado. Já o profeta Jonas teve uma vida de sucesso no fracasso,
onde em apenas três dias 120 mil pessoas se arrependeram e se voltaram para Deus, apesar da
sua atitude rebelde e mensagem de juízo e condenação.
Igrejas deixam de crescer também por motivos internos: mortes, transferências,
escândalos de pecado, brigas, perda de santidade, disputas de poder, intolerância, fofocas etc.
E igrejas perdem o vigor por causa de comodismo com o mundo, falta de liderança,
orientação espiritual, desorganização no planejamento e mundanismo.

OS SEIS SINAIS VITAIS

Na Igreja Presbiteriana do Brasil, para uma congregação ser organizada igreja ela
tem que provar que é estável no número de membros, líderes aptos a assumirem cargos de
liderança e recursos para se manterem estruturalmente. Contudo, isso não significa que elas
possuem vitalidade.

PRIMEIRO SINAL VITAL: EM MOVIMENTO: A IGREJA NÃO SE ENCONTRA


ESTACIONADA.

Muitas igrejas acabam passando por um período de grande crescimento e


entusiasmo. Mas logo vem o comodismo, a auto satisfação e elas acabam decrescendo ou
estagnadas. É como o "efeito platô" nos exercícios físicos onde o corpo estabilizou e não
consegue mais ser condicionado pelo programa de exercícios. Muitas igreja parecem sólidas e
ativas, mas lhes falta vitalidade espiritual para continuar avançando no impacto evangelístico
na cidade e em missões.
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SEGUNDO SINAL VITAL: BOA AUTO ESTIMA

Existem dois tipos de igreja: as que falam mal de si e as que falam bem de si.
Quando Israel estava saindo do cativeiro no Egito o povo começøu a murmurar e essa baixa
auto estima contaminou a todo o povo. Muitas igrejas sofreram muito baixa auto estima e o
clima organizacional acaba afetando no crescimento da igreja. Por outro lado, igrejas que
possuem uma boa visão acaba tendo uma boa auto estima e as pessoas começam a mobilizar,
a estabelecer alvos, sonhos e elas passam a crescer. Todo mundo quer jogar só no time que
está ganhando. Quando os próprios membros criticam sua própria igreja, ela acaba estagnada
ou decrescendo, porque as pessoas gostam de estar em igrejas com boa auto estima.

TERCEIRO SINAL VITAL: IMPACTO EM VIDAS

Quando uma pessoa se converte e é inserida na igreja e logo é desafiada, isso acaba
impactando mais e mais vidas dentro e fora da igreja. O impacto nas vidas dos novos
convertidos deve ser direcionado para que eles sejam usados pelo Espírito Santo para
impactarem mais e mais vidas e o resultado é o crescimento da igreja. Igrejas com vitalidade
estão sempre tendo a alegria de discipular e nutrir mais e mais pessoas.

QUARTO SINAL VITAL: ALEGRIA COMUNITÁRIA

Quando as igrejas locais não possuem um ambiente de harmonia, mas pastores


deprimidos e líderes rebeldes isso acaba afetando a alegria comunitária. As visitantes
participam do culto e depois percebem que os membros não são receptivos, mas fechados e
antipáticos. Porém, em uma igreja com vitalidade as pessoas demonstram entusiasmo,
simpatia e alegria de estarem unidas isso acaba contagiando os visitantes e novatos. Até
mesmo as comunicação visual e decoração das igrejas com vitalidade é diferente.

QUINTO SINAL VITAL: ACOLHEDORA E RECEPTIVA


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Uma igreja ensimesmada e introspectiva acaba se isolando, se fechando e isso


impede o seu crescimento. Já uma igreja com vitalidade é acolhedora e receptiva. Ela
compreende o seu chamado de Deus para sair de si mesma e ir aos que precisam da
manifestação do poder e da graça de Deus para fora de suas quatro paredes. As igreja com
vitalidade querem manifestar a glória de Deus em sua sociedade locais através de ações
sociais. Ela investe externamente para servindo a comunidade através de impactos locais,
onde o amor de Deus é pregado. Assim, por meio do Espírito Santo a igreja vai crescendo e
manifestando as boas obras espirituais.

SEXTO SINAL VITAL: CRESCIMENTO NUMÉRICO

O sexto e último sinal vital de uma igreja com vitalidade é o seu crescimento
numérico como fruto de uma igreja saudável que ministra aos perdidos no mundo e os atrai a
Cristo. O resultado natural é a manifestação do Espírito Santo dando crescimento numérico a
igreja e dá a ela cada vez mais vitalidade para avançarem e crescerem, mas não por vaidade,
mas por amor ao Reino de Deus. Infelizmente, há igrejas que desprezam esse sinal vital de
crescimento numérico como manifestação espiritual do Espírito Santo numa igreja com
vitalidade e tentam justificar sua falta de crescimento com uma obsessão pecaminosa por
"qualidade" e não "quantidade", que as fazem barrar o avanço do evangelho e zerar ano a ano
a quantidade de novos convertidos.

CONCLUSÃO

O elemento mais importante na plantação de uma igreja não é sua independência e


crescimento numérico regular, mas sua vitalidade. E a vitalidade é obra do Espírito Santo na
igreja, para que ela venha a crescer em visão, em ações, em impacto sobre as trevas, no
resgate dos perdidos, no discipulado dos fiéis, na pureza doutrinária da pregação, ensino e
liturgia e na manifestação da Glória de Deus onde quer que o Espírito a faça alcancar na
plantação de novas igrejas locais com vitalidade como ela mesma aprendeu em Cristo Jesus.

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